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O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) reconduziu a seu antigo cargo o aliado do ex-presidente Michel Temer e do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, que se encontra preso. Marun fez parte do conselho de 31 de dezembro de 2018 até o último mês de março, quando a decisão de uma desembargador o afastou com base na Lei das Estatais de 2016.

A lei afirma que ministros não podem integrar conselhos administrativos, mas como Itaipu se trata de uma binacional, há divergências de interpretação. Antes de assumir a pasta no governo Temer, Marun ficou conhecido por defender Cunha, que foi preso e transferido para Bangu 1, mas hoje cumpre pena domiciliar devido ao coronavírus.

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Marun também foi um grande defensor de Temer, chegando até mesmo a visitá-lo na prisão nos momentos em que o ex-presidente foi preso. Quando a denúncia contra Temer foi barrada no Congresso, Marun chegou a dançar na Câmara dos Deputados.

Bolsonaro também reconduziu o ex-deputado federal e delatado pela Odebrecht Célio Faria Junior, o assessor-chefe da assessoria especial da Presidência Wilson Ferreira Junior, o presidente da Eletrobras, e o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, ao conselho de Itaipu. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), José Carlos Aleluia era suspeito de receber R$ 300 mil por meio de caixa 2 para campanha eleitoral. À época, ele negou quaisquer irregularidades.

A prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB), na manhã desta quinta-feira (21), tem repercutido em todo o país. Aliado de primeira hora do emedebista e ex-deputado federal, Carlos Marun classificou a prisão como uma "abuso de autoridade" e "uma tentativa de atrapalhar o futuro do país. 

“Eu fiquei sabendo agora dessa notícia. Não sei, não vi o motivo. Vou ver que atitude tomar. É claro que não esperava isso. Eu, de pronto, posso dizer que essa prisão é mais um abuso de autoridade, certo? Não sei ainda as questões, mas posso lhe antecipar isso. É mais uma tentativa de atrapalhar o futuro do país. Essa é que é a verdade. Mas tenho certeza de que isso é um absurdo”, disparou Carlos Marun em entrevista ao site Antagonista.

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Marun foi ministro da Secretaria Geral da Presidência do governo de Michel Temer e defendeu ferrenhamente o ex-presidente durante a tramitação de pedido de abertura de inquérito no Congresso Nacional, enquanto Temer ainda estava na presidência, a partir de um pedido do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. No arquivamento de uma das denúncias, inclusive, Marun apareceu em um vídeo ironizando ao cantar uma música de Benito de Paula, 'Tudo está no seu lugar'. 

O ex-presidente foi preso preventivamente pela Lava Jato do Rio de Janeiro. O mandado foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas.

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Marun (MDB), avaliou nesta quinta-feira (27) que o maior erro cometido pelo governo de Michel Temer foi não ter insistido na votação da proposta da Previdência na Câmara, mesmo com chance mínima de aprovação.

"O erro foi não termos votado mesmo sem a garantia de ganhar porque, assim, não obrigamos os indecisos a se posicionarem. (...) A derrota seria péssima mas acho que a pequena chance de vitória que existia, valia o risco", afirmou o ministro em um café da manhã com jornalistas.

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De acordo com ele, nas contas do governo faltavam cerca de 50 votos para que a reforma fosse aprovada e haviam 100 deputados indecisos. "Eu defendi a votação da proposta mas fui voto vencido. Os líderes partidários decidiram assim", disse.

Marun, no entanto, minimizou a questão e afirmou que o mérito do governo Temer em relação a esta questão foi ter colocado a necessidade de uma reforma no setor na pauta política do País.

"A discussão é nacional. Hoje você vai em um bar e fala sobre a reforma da Previdência e ela só vai sair da pauta quando for votada", afirmou. "Vejo hoje um maior reconhecimento das pessoas em relação a sua necessidade", avaliou.

Para Marun, o próximo governo, de Jair Bolsonaro, deveria colocar a matéria em votação já no início do ano legislativo. "Eu vejo um certo e necessário empenho do próximo governo em aprová-la", disse.

Já a maior vitória de Michel Temer na avaliação de Marun, foi a aprovação do teto de gastos públicos. "Isso foi o caminho para a recuperação econômica do País. Um governo nunca colocou limite para os seus próprios gastos", disse.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quinta-feira (27), que o presidente Michel Temer publicará até sexta-feira (28) o decreto de indulto natalino com a exclusão dos crimes de corrupção. "Ele está avaliando o formato já que não temos uma decisão final do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre isso", disse Marun.

Em conversa com jornalistas nesta manhã, o ministro afirmou que Temer não quer assinar um novo indulto que possa ser questionado futuramente e, por isso, deverá excluir do rol de beneficiários aqueles que cometeram crime de corrupção.

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"O presidente está avaliando se não teremos um novo indulto sem efetividade", disse. "Ele deve se basear em indultos que já foram promulgados e que foram cumpridos sem nenhuma intervenção do STF. Esse deverá ser o norte", completou.

Temer havia decidido não editar o indulto porque o Supremo encerrou o ano sem finalizar o julgamento sobre a validade do indulto natalino assinado por ele no ano passado. As regras estabelecidas pelo último documento estão suspensas.

Como a Coluna do Estadão mostrou na terça-feira, 25, o presidente mudou de ideia ao acatar o pedido feito pelo defensor público-geral federal em exercício, Jair Soares Júnior, que solicitou que o decreto de indulto fosse editado para este ano.

Marun informou também que Temer sancionará o Orçamento da União para o próximo ano. A peça chegou ao Planalto nesta quarta-feira (26).

Acostumado a ser o partido do poder, que se adapta a qualquer governo, o MDB do presidente Michel Temer já está se preparando para ficar fora do Palácio do Planalto. "O MDB agora está no segundo time", disse ao jornal O Estado de São Paulo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, após lembrar o fiasco da legenda nas urnas, no primeiro turno das eleições.

No quarto andar do Planalto, Marun carrega diariamente um calhamaço de quase duas mil páginas, chamado por ele de "bíblia política", sob o título "Ações já executadas e as que serão executadas até o final de 2018".

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O documento está à espera da equipe de transição do presidente eleito, seja ele Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT)."Tenho certeza de que o Brasil vai ter saudade do governo Temer", afirma Marun, que classifica o indiciamento do presidente pela Polícia Federal, no inquérito dos Portos, como "festival de ilações". Na avaliação do ministro, ao entrar para a segunda divisão, o MDB não será mais protagonista da cena política e, em 2019, ficará ao lado dos "balzaquianos", partidos que têm cerca de 30 parlamentares, "uns mais, outros menos".

Há quatro anos, o MDB elegeu 65 deputados federais. Agora, porém, a bancada caiu quase pela metade e, no rastro da alta impopularidade de Temer, ficou com 34. No Senado, o presidente do MDB e líder do governo, Romero Jucá (RR), não conseguiu nem mesmo renovar o mandato.

"Houve uma destruição da política. Quem sobreviveu? Quem tinha radicais ao seu lado, Lula e Bolsonaro. Quem não tinha foi levado pelo tsunami", argumentou Marun, citando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso pela Lava Jato, e o candidato do PSL. O mapa das urnas indica que as maiores bancadas da Câmara serão as do PT e do PSL, mas grandes partidos ainda tentam atrair "nanicos" para ampliar suas fileiras.

Defensiva

Temer ficou contrariado com o candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, que, no seu diagnóstico, não defendeu o governo. "Nem Meirelles teve essa coragem", admitiu Marun. "Ele ficou jogando na defensiva, perdeu e acabamos todos perdendo de goleada. Se não tivesse ficado na retranca, poderia ter ultrapassado (Geraldo) Alckmin, do PSDB, e mudado essa eleição."

Ex-ministro da Fazenda, Meirelles disse ao jornal O Estado de São Paulo que o seu papel na campanha não era o de ser para-raio do Planalto, mas, sim, de mostrar a sua história e divulgar propostas para o País. "Sempre falei com clareza: ‘Posso perder o seu voto, mas espero ganhar o seu respeito", insistiu o candidato derrotado.

Conhecido como pit bull de Temer e atuando como uma espécie de "bombeiro" na fervura política, Marun já declarou apoio a Bolsonaro, mas ressalvou que o MDB não deve participar de um eventual governo do capitão reformado do Exército. "Acredito que o momento é de observação", definiu ele. "Precisamos avaliar a forma de atuação daquele que vier a ser eleito e esperamos que algumas das nossas ideias sejam aproveitadas."

No diagnóstico do articulador político do Planalto, o principal desafio de quem ganhar a eleição será pacificar o País e fazer a reforma da Previdência. No último dia 16, Temer chegou a dizer que, se o presidente eleito quiser, ajudará a encaminhar a votação da proposta no Congresso. Marun, porém, não escondeu o ceticismo em relação a essa ideia. "Estamos abertos, mas, se não existe nem mesmo unidade na equipe de nenhum dos dois candidatos sobre o assunto, dificilmente teremos condições de avançar até dezembro", concluiu o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta segunda-feira, 15, em entrevista no Palácio do Planalto, que tem "recomendado aos seus amigos" o voto no segundo turno no candidato do PSL, Jair Bolsonaro. "Mesmo discordando de algumas situações em relação às palavras do candidato Bolsonaro, eu entendo que o meu pensamento encontra mais sinergia com as suas colocações", declarou ele, listando a pauta em comum.

"Ele defende valorização da família, o combate duro à violência, votou pelo impeachment como eu, pela redução da maioridade penal. Ou seja, existe uma maior proximidade ou uma menor distância entre nossos pensamentos e com a pauta do nosso governo", comentou ele, ressalvando que não vai fazer campanha para o deputado. "Não pleiteio nenhum espaço, mas recomendo aos amigos que me perguntam o voto no 17", apontou ele, negando que esse "apoio" possa atrapalhar do líder das pesquisas, já que integra o impopular governo Temer. "Só recomendo aos amigos", reiterou, após confessar ainda que nunca votou em Michel Temer, vice da petista Dilma Rousseff.

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No primeiro turno em 2018, o ministro informou que apoiou a candidatura de Henrique Meirelles, o candidato do MDB, seu partido. Mas não deixou de criticar o ex-ministro da Fazenda por não ter defendido o governo Michel Temer durante a sua campanha. Segundo Marun, que na verdade não votou no primeiro turno, porque estava em Brasília e seu título é de Mato Grosso do Sul, "Meirelles foi pouco combativo, pouco governo". E ironizou: "poderia ter sido um pouco mais (governo). Talvez tivesse recebido mais votos". Meirelles terminou em sétimo lugar na corrida eleitoral, com 1,2% dos votos, ficando atrás até mesmo do Cabo Daciolo, do Patriota, que obteve 1,26% dos votos.

O ministro Marun falou que "seu voto sempre foi aberto" e que não tinha "o menor problema" em dizer quem apoiou nas últimas eleições. Ao listar os seus candidatos, acabou "confessando" que nunca votou na candidata do PT, Dilma Rousseff, nem em 2010 e nem em 2014, o que significava que nunca votou no vice Michel Temer, que era do então PMDB, o seu partido. Justificou que votou nos tucanos José Serra e Aécio Neves, nestas duas eleições, por questões regionais. Marun chegou a confidenciar que, no primeiro turno de 2014, por orientação partidária, votou até em Marina Silva, já que, no seu Estado, o MDB apoiava Eduardo Campos, do PSB, que morreu em um acidente aéreo, abrindo a vaga para Marina Silva. Marun contou ainda que nunca votou em Fernando Collor de Mello ou em Fernando Henrique Cardoso. Mas que, em 1994, votou a favor do petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao comentar que nunca votou em Temer, por conta de questões regionais, onde o MDB era contra o PT, Marun disse que, depois de um tempo, acabou em algumas ocasiões, votando com o governo. Segundo ele, a certa altura, o então vice-presidente o chamou para conversar para convencê-lo a votar com o governo, justificando que o seu partido estava no governo. Mas Marun ressaltou que depois apoiou a CPI da Petrobras e o impeachment de Dilma.

Marun, no governo Temer, no entanto, tornou-se um dos seus mais fiéis escudeiros, quando estava no Congresso e, depois, no Planalto, como ministro-chefe da Secretaria de Governo.

O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, voltou a apelar para o “patriotismo” dos parlamentares em prol da aprovação da Medida Provisória (MP) 840, que criou 164 cargos destinados ao Ministério da Segurança Pública. A MP perde a vigência na próxima quarta-feira (17).

“Estamos otimistas em razão da certeza que temos em relação ao patriotismo das senhoras e senhores parlamentares. Sabemos que foi uma eleição difícil, atípica. Mas os mandatos para o qual nós nos elegemos vai até janeiro. Existem necessidades de votação e os parlamentares não faltarão com seu dever de votar”, disse o ministro em entrevista coletiva, na tarde de hoje (15), no Palácio do Planalto. Marun é deputado federal, licenciado para exercer o cargo de ministro. Seu mandato termina no final de janeiro.

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Ele afirmou que o governo não tem trabalhado com a possibilidade de ver a MP perder a vigência sem uma aprovação nesta semana. Ele acredita que o Congresso aprovará a matéria, baseado no apoio que o governo teve, segundo ele, para a criação da pasta. “O governo vai analisar eventuais possibilidades, mas não estamos trabalhando com isso [não aprovação da MP]. Haja vista a importância do tema, o apoio que tivemos quando da instalação do ministério estamos trabalhando com a hipótese da aprovação desta MP”.

Eleições

Questionado pelos jornalistas, o ministro revelou que votará em Jair Bolsonaro para presidente da República no segundo turno. Segundo ele, existem mais pontos em comum com o deputado federal do que com o Partido dos Trabalhadores. Ele frisou, no entanto, que essa é sua posição pessoal e que o governo se manterá neutro na disputa.

“Tenho divergências em relação à política externa, divergências em relação a algumas colocações que ele fez. Mas nesse momento não me cabe colocar as divergências. Se estou dizendo que estou recomendando o voto nele, deixe que os adversários colocarem o que ele pensa de errado.

Vejo mais afinidade dos meus pensamentos em relação à pauta do Bolsonaro do que à pauta do Haddad”.

Após a entrevista coletiva, o ministro revelou aos jornalistas seus votos para presidente no passado. Em 1989, afirmou ter votado em Leonel Brizola no primeiro turno e em Lula no segundo turno. Também afirmou ter votado em Marina Silva no primeiro turno de 2010, e explicou que participava de uma dissidência que apoiou Eduardo Campos, que faleceu e em seu lugar assumiu Marina.

O ministro também disse nunca ter votado em Dilma Rousseff, mesmo com Michel Temer concorrendo a vice-presidente. “Nós no Mato Grosso do Sul temos uma disputa muito forte com o PT. Eu votei no Temer para a presidência do MDB”.

 

Implicado por um delator no escândalo de fraudes em registros sindicais no Ministério do Trabalho, o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun (MDB), passou a ser formalmente investigado por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa no âmbito da Operação Registro Espúrio. Este é um dos três inquéritos que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, mandou abrir a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para a continuidade das investigações - cinco deputados e dois senadores também são alvo. A PGR denunciou 26 pessoas no dia 27 de agosto por organização criminosa.

Um dos novos inquéritos foi aberto para apurar suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo os senadores Dalírio Beber (PSDB-SC) e Cidinho Santos (PR-MT) identificadas ao longo da operação, que teve três fases. Num terceiro inquérito, PGR e a Polícia Federal vão apurar suspeita de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro por parte dos deputados federais Jovair Arantes (PTB-GO), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Paulinho da Força Sindical (SD-SP), Wilson Santiago Filho (PTB-PB) e Nelson Marquezelli (PTB-SP) - os cinco denunciados no fim de agosto por supostamente integrarem organização criminosa. Fachin deu 15 dias para que as defesas dos parlamentares apresentem resposta à denúncia.

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Também por decisão de Fachin, os outros 21 denunciados por organização criminosa, incluídos o ex-ministro do Trabalho Helton Yomura e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, tiveram a acusação formal desmembrada e encaminhada à 10ª Vara Criminal da Justiça Federal do Distrito Federal, por não terem prerrogativa de foro no Supremo. A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, os investigados que não chegaram a ser denunciados junto com os 26 também continuarão sob a mira do Ministério Público, agora na primeira instância, também no Distrito Federal, para aprofundamento das apurações. Entre eles está o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah - um dos 13 nomes que, segundo a PF, faziam parte da suposta organização criminosa mas que não foram incluídos na denúncia pela PGR.

'Demandas'

 

Nomeado articulador político do governo Temer no fim de dezembro, o ministro Carlos Marun teria demandado, segundo as investigações, a aprovação de registros sindicais de três entidades de Mato Grosso do Sul - o Estado pelo qual, em 2014, o advogado e engenheiro gaúcho foi eleito para seu primeiro mandato como deputado federal.

Os pedidos teriam sido repassados por intermédio de sua chefe de gabinete, Vivianne Lorenna Vieira de Mello, ao ex-coordenador de registro sindical da pasta, Renato Araújo Júnior. Preso preventivamente na primeira fase da Registro Espúrio, Araújo assinou acordo de colaboração premiada e entregou as informações que baseiam a abertura de inquérito contra o ministro.

Araújo afirmou que, em uma reunião em maio com a assessora de Marun e com Júlio "Canelinha" Bernardes - na época, chefe de gabinete do então ministro do trabalho Helton Yomura -, "Viviane repassou ao depoente uma folha de papel contendo o nome e o CNPJ de três entidades". As "demandas" se referiam ao Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, ao Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Secretaria de Administração do MS e ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Parnaíba/MS. "Viviane disse que havia ordem direta de Carlos Marun para o deferimento do registro sindical das três entidades", acrescentou Renato, ainda sobre a reunião.

O ex-coordenador de registro sindical contou que o pedido em relação a um desses três sindicatos sequer cumpria os requisitos legais para obtenção do registro sindical. "Mesmo assim, considerando a ordem advinda de Carlos Marun, disse que era para Jéssica (funcionária) fazer a nota deferindo o registro", relatou Renato Araújo. A nota só não foi elaborada porque eclodiu a primeira fase da Registro Espúrio e tanto Renato como Jéssica foram presos.

Fotografias juntadas aos autos do inquérito da Registro Espúrio mostram a proximidade de Marun com a cúpula do Ministério do Trabalho - já denunciada. Elas registram, segundo a Polícia Federal, uma "reunião festiva, provavelmente realizada no dia de um dos jogos do Brasil na Copa do Mundo de 2018, na qual estavam presentes, dentre outras pessoas, o então ministro Helton Yomura, seu chefe de gabinete Júlio de Souza Bernardes (Canelinha) e o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República Carlos Marun".

A PF cita "esforço de Renato Araújo Júnior e Julio de Souza Bernardes para atender de forma ilícita os pleitos do ministro-chefe da Secretaria de Governo, tudo realizado com a ciência e o aval do então ministro Helton Yomura". "Dentro desse contexto, Renato, em depoimento prestado em Sede Policial, foi categórico ao afirmar que 'o chefe de gabinete do Ministério do Trabalho, Julio de Souza Bernardes, conhecido como Canelinha, determinou ao depoente que atendesse sem questionar as demandas advindas do Planalto e de Carlos Marun", disse a PF.

Prisões

Edson Fachin decidiu deixar também para a análise da 10ª Vara os pedidos de liberdade feitos por presos preventivos na Operação Registro Espúrio. Considerando que assinou acordo de colaboração premiada, a PGR havia se posicionado a favor do relaxamento da prisão de Renato Araújo Júnior e a conversão para um regime de prisão domiciliar noturna com o uso de tornozeleira eletrônica durante o dia.

Além de Renato, outros seis membros do núcleo administrativo da organização criminosa, segundo denúncia apresentada pela PGR, ainda estão presos e também passam à jurisdição da 10ª Vara Criminal da Justiça Federal do DF: Carlos Cavalcante Lacerda, ex-secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho; Leonardo Cabral Dias, ex-coordenador de registro sindical do ministério; Renata Frias Pimentel, ex-chefe de divisão na Secretaria de Relações do Trabalho; Jéssica Mattos Rosetti Capeletti, ex-servidora do ministério; Leonardo José Arantes, ex-número 2 do Ministério do Trabalho; e Rogério Papalardo Arantes, ex-diretor do Incra que teria buscado influenciar processos no Ministério do Trabalho. Os dois últimos são sobrinhos do deputado Jovair Arantes.

Carlos Marun

Em relação a informação vazada ao Jornal O GLOBO de que foi autorizada pelo ministro Fachin a abertura de inquérito contra mim, a recebi com a tranquilidade de quem nada deve e portanto nada teme. Nada fiz que extrapole as minhas funções previstas no ordenamento jurídico e não recebi nenhuma vantagem, devida ou indevida, pelas ações que desenvolvi em prol de Sindicatos de MS. Estou consciente de que o constrangimento que me impõe com esta medida é real e lamento o fato de que ao final não poderei buscar a reparação destes danos, haja visto que os que me acusam não serão sequer investigados. Afirmo também a minha confiança nas atitudes de minha assessora Dra Vivianne Lorenna Vieira e lamento o constrangimento que ela está passando em função desta tendenciosa acusação que tem por objetivo me atingir e intimidar. Sei que sou alvo de uma intimidação sob a forma de inquérito, mas desde já reafirmo todas as críticas que fiz a atitudes e decisões indevidas e ilegais que estão sendo tomadas por autoridades que deveriam zelar pelo estrito cumprimento da lei. Por fim destaco a necessidade da aprovação de legislação que permita a punição de Abusos de Autoridade, para que pessoas indevidamente constrangidas possam ser indenizadas e eventuais culpados punidos.

Cristiane Brasil

"A Polícia Federal e o Ministério Público tornaram-se assassinos de reputações. Sem provas, acusam a esmo. É o que ocorre agora com o relatório final da Operação Registro Espúrio, preparado pela Polícia Federal e endossado pelo Ministério Público para criar um fato político contra políticos. Apesar de as investigações transcorrerem no período de um ano, utilizam a troca de mensagens de 17 dias (entre 13 de maio e 30 de maio deste ano) entre a deputada Cristiane Brasil e um ex-funcionário do ministério para firmar convicção de que ela integra uma organização criminosa. A Polícia Federal e o Ministério Público insistem em tratar pedidos políticos _ comuns a todos os parlamentares, de todos os partidos, em todos os ministérios _ em crime. Crime é acusar sem provas, como fazem a PF e o Ministério Público, com objetivos puramente político-paritários. A deputada provará sua inocência mais uma vez, como já o fez em outras ocasiões, com a consciência tranquila de que nada fez de errado", disse Luiz Gustavo Pereira da Cunha, advogado.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta segunda-feira (20) que as autoridades federais aguardam o retorno da comissão interministerial que viajou hoje a Roraima para tomar mais medidas no esforço de conter a tensão entre brasileiros e imigrantes venezuelanos na região. Após participar de reunião entre o presidente Michel Temer e representantes de diversas áreas, ele voltou a criticar a tentativa do governo de Roraima de limitar a entrada de venezuelanos em território brasileiro. 

“Vamos aguardar o retorno da comissão interministerial que foi enviada a Roraima para que o governo possa tomar novas decisões a respeito desse assunto. O governo já investiu cerca de R$ 200 milhões nessa situação. Temos pontos de acolhimento, intensificamos as ações sociais, de segurança no estado. Todavia, esse conflito nos preocupa, como não poderia deixar de ser”, disse.

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Segundo Marun, o assunto é tratado como prioridade no Palácio do Planalto. De acordo com ele, novas reuniões podem ocorrer “a qualquer momento”. Não mencionou datas.

Na reunião, da tarde de hoje, no Planalto, foi anunciada a liberação da licença ambiental para o início das obras do Linhão de Tucuruí, que vai interligar o estado de Roraima com o sistema elétrico nacional. Neste fim de semana, cerca de 1,2 mil venezuelanos voltaram ao país após o ataque a abrigos dos imigrantes por brasileiros em Pacaraima, cidade fronteiriça.

Suspensão temporária

Na reunião, que contou com a presença de ministros e técnicos das áreas econômica e social, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), sugeriu ao presidente Temer como alternativa a suspensão temporária da autorização de entrada dos venezuelanos via fronteira brasileira no estado. "[O estado de Roraima está] sobrecarregado e não tem mais condições de acolher [os imigrantes]."

“Eu pedi ao presidente a suspensão provisória do ingresso de venezuelanos na fronteira de Roraima, especificamente em Pacaraima por conta dos conflitos e problemas que estão tendo, para que nem a população de Roraima seja prejudicada nem os próprios venezuelanos, cuidando da segurança de ambos”, disse. “Não estamos fechando fronteira”, disse Jucá.

De acordo com o líder, Temer solicitou um “estudo técnico operacional” para avaliar a sugestão.

Para o ministro Marun, há “grandes dificuldades” em implementar essa solução, devido aos acordos internacionais assinados pelo Brasil e à tradição brasileira de acolher os refugiados. “Não é uma situação fácil para Roraima”.

Questionado sobre o novo pedido da governadora de Roraima, Suely Campos (PP), de fechar temporariamente a fronteira para os venezuelanos, Marun disse que é preciso ter mais compreensão.

“Estamos vivendo um momento em que as questões assumem uma dramaticidade ainda maior. É um momento eleitoral, muitas vezes situações como essa são tentadoras no sentido de ter algum viés político, mas nós vamos seguir conduzindo essa questão com a atenção que ela merece em função da gravidade que tem, mas dentro da legalidade e da racionalidade”, afirmou Marun.

Ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot tem utilizado sua conta no Twitter para comentar os acontecimentos políticos do país. Nesta sexta-feira (6), ele não poupou ironia ao compartilhar uma notícia que expunha a reação do ministro da Secretaria do Governo, Carlos Marun (MDB), sobre a Operação Registro Espúrio deflagrada nessa quinta (5) pela Polícia Federal. O emedebista chegou a dizer que havia uma “conspiração asquerosa contra governo e o presidente Temer”.

“Rindo alto”, publicou Rodrigo Janot ao registrar a observação feita por Marun. A investigação associou o ministro de Temer ao suposto esquema de fraudes de registros sindicais no Ministério do Trabalho. Na linha de frente de defesa do governo Temer,  Marun também disse que "se alguém fez isso pensando que ia me assustar, se enganou redondamente". 

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Janot foi autor de duas denúncias contra o presidente Michel Temer (MDB) por corrupção e obstrução à Justiça no âmbito da investigações da Lava Jato. O ministro é o mesmo que disse ter ‘surrado’ a oposição ao adaptar letra da música Tudo Está no Seu Lugar, sucesso na voz do cantor Benito de Paula, para comemorar o arquivamento de uma das denúncias pela Câmara dos Deputados. 

 

O levante de caminhoneiros que agora pedem a volta dos militares já em sinal de desespero fez do risco de uma queda de Michel Temer a pauta do Congresso. O presidente continua perdido sem ação, apenas demonstra que é fraco e tem na sua linha de frente um monte de ministro fraco que não demonstram nem tem nenhuma credibilidade junto a população brasileira. Temer dá sinais que não tem mais nenhuma condição de comandar este país, é de uma inabilidade incrível, e agora começa a se esconder de todos e coloca na linha de frente três ministros que não servem nem para assessorar vereador de munícipio pequeno. Vejam vocês, o Brasil está entregue a Eliseu Padilha, Moreira Franco e Carlos Marun, precisa dizer mais alguma coisa? Em reunião a portas fechadas, no Senado, ao menos um parlamentar da base do governo defendeu a derrubada de Temer. A esta altura muitos congressistas já tramam nos bastidores a saída do presidente Temer, mas pelo visto Temer quer continuar sangrando o país e tem apoio de alguns políticos corruptos que agem como ele.

 

Prefeitura intervém e transporte coletivo é ampliado em Petrolina

Uma boa notícia para os usuários do transporte coletivo de Petrolina: após mobilização do prefeito Miguel Coelho, nesta segunda-feira (28), a Autarquia Municipal de Mobilidade (Ammpla) conseguiu o repasse de 15 mil litros de combustíveis o que possibilitará o aumento da frota do transporte coletivo, já a partir desta terça-feira (29).

Frota

A frota que estava operando com apenas 40% será ampliada, gradativamente, mas já volta à normalidade nos horários de pico quando 100% dos veículos deverão estar disponíveis à população. De acordo com o diretor-presidente da Ammpla, Geraldo Miranda, de imediato, a frota será ampliada para 50% fora dos horários de pico, mas a expectativa é que, a partir desta terça-feira (29), o número de veículos circulando seja aumentado paulatinamente.

Prefeitura de Caruaru divulga funcionamento desta terça-feira (29)

Em decorrência do movimento nacional dos caminhoneiros, a Prefeitura de Caruaru informa abaixo o expediente interno de alguns setores para atender a população. 

 

Secretarias e órgãos

Saúde: Funcionamento dos serviços ambulatoriais especializados, centros de saúde, UPAs, hospitais e demais unidades de funcionamento 24 horas terão seus serviços mantidos normalmente. As Unidades de Saúde da Família vão funcionar até as 12 horas;

Serviços Públicos: A Feira do Gado, realizada às terças-feiras, funcionará normalmente, em seu horário habitual, das 4h às 12h. O Matadouro Público também está funcionando normalmente;

Centro Administrativo: A Secretaria da Fazenda e o Procon funcionam das 7h às 12h;

Recursos Humanos:

A Secretaria de Administração estará atendendo os funcionários da prefeitura das 8h às 13h. Após esse horário, o expediente será interno;

Destra: Setor administrativo (atendimento ao público) vai funcionar das 7h às 13h. A guarda municipal, agentes de trânsito, defesa civil e 118 continuam com o horário normal, disponíveis 24h;

Secretaria de Ordem Pública: Funcionamento será das 8h às 13h, com atendimento ao público.

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos 

Ficam mantidos os atendimentos essenciais do Centro de Atendimento aos Adolescentes Usuários de Drogas (CAUD), das quatro casas de acolhimento para crianças e adolescentes e do acolhimento da população adulta, assim como as atividades de emergência do Centro Pop. O CadÚnivo está funcionando em horário normal, das 07h às 17h, de segunda à sexta.

Secretaria da Mulher

Os serviços da Secretaria de Políticas para Mulheres estarão funcionando das 8h às 12h, como o Balcão da Mulher (serviço de apoio jurídico, psicológico e de Assistência Social) e o CRM - Centro de Referência Maria Bonita (serviço de acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar).

Educação: As aulas na rede municipal de ensino e o funcionamento das creches continuam suspensos

Produtores de frutas do Vale do São Francisco estimam R$ 570 milhões em prejuízos

Maior exportador de frutas do país, o Vale do São Francisco já contabiliza um prejuízo de R$ 570 milhões ao final do oitavo dia de paralisação dos caminhoneiros. A conta foi apresentada na tarde desta segunda-feira (28), pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira.

Preocupação

Segundo o representante do mais importante segmento da economia regional, a paralisação vem atingindo fortemente o setor, que deixou de comercializar nesta semana para os mercados interno e externo 40 mil toneladas de uvas e 60 mil toneladas de mangas, além de mais 200 mil toneladas de outras frutas, a exemplo de acerola, banana, coco e mamão.

Safra perdida

Jailson Lira advertiu ainda que 80% da safra a ser colhida essa semana poderá ficar comprometida por falta de mercado. “Além de termos cancelados todos os novos pedidos do mercado interno, outro agravante é a falta de combustível para os tratores e pulverizadores, o que pode ocasionar a perda das safras de exportação de setembro e outubro”, pontuou.

Movimento apoiado 

 

Ao final da reunião, os produtores assinaram um documento, onde reconhecem a legitimidade do movimento dos caminhoneiros, “por que também sentem o alto custo do diesel na atividade agrícola” e solicitam dos poderes competentes a agilização das negociações, liberação das estradas e acessos aos portos, além da agilização dos documentos de liberação das frutas, a exemplo da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).

Reitoria do IFPE mantém suspensão de atividades nesta terça-feira (29)

A reitoria do IFPE informa à comunidade acadêmica que manterá a suspensão das aulas e atividades administrativas nesta terça-feira (29), considerando que a circulação do transporte público e o abastecimento dos postos de combustíveis ainda não foram normalizados. A decisão, tomada em conjunto com os Diretores Gerais, é válida para a reitoria e todos os 16 campi do Instituto. 

Calendário

Com o cancelamento do expediente administrativo, fica suspensa até quarta-feira (30) a entrega de documentos para solicitação da isenção da taxa de inscrição do Vestibular 2018.2. Um novo cronograma será divulgado pela Comissão de Vestibulares e Concursos (Cvest), no site cvest.ipfe.edu.br. Também estão suspensas as inscrições para a eleição do Conselho Superior do IFPE. 

Amanhã

Em relação ao expediente da quarta-feira (20), a reitoria divulgará um novo posicionamento da tarde desta terça (29), após avaliar a retomada e a normalização dos serviços de transporte no estado.

Paulista suspende coleta de lixo

Por conta da falta de abastecimento, decorrente da greve dos caminhoneiros, a empresa que presta serviço à Prefeitura do Paulista foi obrigada a suspender temporariamente a coleta de lixo nesta segunda-feira (28.05). Ao todo, 13 caminhões compactadores e outros seis do tipo caçamba paralisaram o serviço. Diante da situação, 500 toneladas de resíduo domiciliar e entulhos deixam de ser recolhidos por dia em toda a cidade.  

 

O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) comprometeu-se a apresentar ao presidente Michel Temer, até as 15h deste domingo, 27, novas reivindicações dos caminhoneiros para acabar com a paralisação, que hoje entra no sétimo dia, conforme informações da Agência Brasil. A categoria pede agora desconto de 10% no valor do diesel que será cobrado na bomba, a ampliação desta redução de 30 para 60 dias e o fim da suspensão da cobrança de tarifa de pedágio para eixo elevado dos caminhões para todo o País.

As reivindicações dos líderes do movimento foram apresentadas a Marun na noite deste sábado, após reunião, na sede do governo paulista, com o ministro e o governador de São Paulo, Márcio França (PSB).

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Ainda conforme a Agência Brasil, Marun e outros ministros se reunirão no Palácio do Planalto, no gabinete de gestão de crise, na tentativa de encerrar a paralisação.

Na quarta-feira, 23, a Petrobras anunciou a redução em 10% do valor médio do diesel comercializado em suas refinarias por 15 dias. Na quinta-feira, 24, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) anunciou um acordo com nove entidades de caminhoneiros pela suspensão da greve da categoria por 15 dias, mas a paralisação continuou. Esse acordo prevê, entre outros pontos, prazo de 30 dias para reajustes no preço do diesel, com manutenção do desconto de 10% nos primeiros 30 dias.

O presidente Michel Temer assinou nesta quinta-feira (19), o decreto que autoriza o início dos estudos de capitalização da Eletrobras. Com a assinatura do documento, a estatal entra no Plano Nacional de Desestatização (PND) do governo.

Com o enfraquecimento para a votação da Reforma da Previdência, a privatização da Eletrobras é uma das prioridades na agenda econômica de Temer. O governo pretende vender a estatal ainda esse ano.

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Em pronunciamento no Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que agora cabe ao Congresso aprovar a medida. “O presidente Michel Temer assinou o decreto que permite o início depois estudos referentes à capitalização da Eletrobras. No decreto, seu texto deixa claro que a mesma só irá acontecer após aprovação do Congresso Nacional”, disse.

A Eletrobras é uma empresa do setor elétrico criada em 1962, administrada pelo Governo Federal, e responsável por coordenar subsidiárias como a “Eletrobras Furnas” e “Eletrobras Eletronuclear”.

Por Fabio Filho

Após reunião ministerial, no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer decidiu ir para São Paulo cumprir uma agenda particular. Antes, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta quinta-feira (12) que Temer é vítima de “mais um capítulo de perseguição”. “A própria falta de cautela, a agressividade de alguns setores ao se referirem ao presidente, sem que prova alguma exista a corroborar as afirmações que fazem, no meu entender, eu vejo essa questão como mais um capítulo desta perseguição que se faz ao governo”, completou Marun.

Marun se referiu à reportagem da Folha de S. Paulo informando que a filha do presidente a psicóloga Maristela Temer teria recebido pagamento suspeito da mulher do coronel João Baptista Lima Filho, investigado pela Polícia Federal (PF).

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O coronel chegou a ser preso pela PF no último dia 29 de março no âmbito da Operação Skala - que investiga suposto favorecimento à empresa Rodrimar S/A por meio do Decreto dos Portos em maio de 2017. Lima é apontado como intermediário no pagamento de propinas das empresas beneficiadas. Ele foi solto em 1º de abril, após ser interrogado. O juiz Marcos Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, negou ontem (11) um pedido de prisão preventiva contra o coronel.

“Nós temos que parar de ter essa visão de que o que fala o delator é a absoluta verdade. Tem delator falando tanta coisa que muita gente que parece boa estaria comprometida se tudo o que o delator falar for verdade”, declarou Marun após a reunião ministerial.

Impeachment

Marun afirmou que desistiu de entrar com um pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, Barroso “tem desrespeitado a Constituição e deixado com que suas preferências políticos partidárias se revelem nas suas decisões”.

No mês passado, Marun disse que apresentaria um pedido de impeachment, na primeira sessão conjunta do Congresso. “Desisti [de apresentar o pedido] porque daria a impressão de que seria uma ação de governo. Não gostaria que isso acontecesse. Então estou reavaliando e não devo fazê-lo, pelo menos por enquanto."

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse hoje (29) que as prisões feitas na Operação Skala, da Polícia Federal, não enfraquecem o governo e defendeu o Decreto dos Portos.

Questionado se as prisões na manhã de hoje de pessoas ligadas ao presidente Michel Temer enfraquecem o governo, Marun negou e reafirmou a certeza de que o presidente não tem relação com concessão de nenhum benefício à Rodrimar, empresa investigada por suposto favorecimento pelo decreto.

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"A prisão de dois amigos do presidente é uma situação em relação a qual nós ainda não temos um conhecimento específico dos motivos que levaram a ela”, disse. E completou: “Quero antes de mais nada ter conhecimento dos motivos [das prisões] e tenho a certeza de que se isso não for tratado com parcialidade, com sensacionalismo, não enfraquece o governo porque o presidente Temer nada tem a ver com isso. O decreto não beneficia a Rodrimar”, disse o ministro.

Entre os presos temporários estão o advogado José Yunes, ex-assessor do presidente Michel Temer; o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi; o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco. A polícia apura as suspeitas de que agentes públicos favoreceram empresas do setor portuário com a publicação de um decreto assinado pelo presidente Temer em maio do ano passado, o chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).

Por determinação do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal restringiu a divulgação de informações a respeito da operação.

Marun disse ainda que a “absoluta inocência” do presidente Michel Temer será esclarecida. “Temos a mais absoluta convicção de que, em havendo clareza, em havendo imparcialidade na condução das investigações, chegaremos a óbvia conclusão: o Decreto dos Portos não beneficia a Rodrimar e que ao final restará esclarecida a absoluta inocência do presidente em relação a tudo isso”, disse em entrevista a jornalistas após participar de evento em Florianópolis (SC).

De acordo com o Ministério Público Federal, vários mandados de prisão temporária e de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela PF, a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. As medidas foram determinadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator do chamado Inquérito dos Portos, no STF. O inquérito foi aberto pela Corte para investigar o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado pelo presidente Michel Temer em maio do ano passado.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que costuma falar demais, sem conhecimento de causa e se mostrando sempre um leão de chácara do presidente Temer, subiu o tom de suas críticas ao Supremo Tribunal Federal  e sugeriu a deputados o impeachment de integrantes da corte, Em mensagem enviada a um grupo de parlamentares no WhatsApp nesta terça (13), Marun defendeu a medida após criticar decisão do ministro Luis Barroso que alterou o decreto de indulto de natal editado pelo presidente Michel Temer no final do ano passado. “Amigos, estamos diante de uma situação não prevista pelos constituintes: um juiz do STF que não se considera obrigado a respeitar a CF [Constituição Federal] na tomada de suas decisões. E o que é pior: esta atitude estabelecendo jurisprudência no Judiciário. Penso que está chegando a hora de acionarmos o dispositivo constitucional que possibilita o ‘impeachment’ de ministros do Supremo”, diz a mensagem. Vamos combinar, um país que tem uma figura desprezível como esse senhor mostra que governo tem.

Prefeitura do Paudalho inaugura creche

Centenas de pessoas participaram, neste domingo (11), da inauguração da creche Leonel Francisco Soares, a primeira de Paudalho. A programação contou com muita celebração. Ao som da apresentação do Mestre Anderson e da Raiz da Mata Norte, os munícipes fizeram uma grande ciranda para comemorar o momento. 

Depoimentos

A estudante, Cleive Farias, de 32 anos, é mãe da pequena Rianny Farias, de cinco. Ela comentou sobre o apoio que o local vai trazer aos moradores da comunidade. “ Vai ajudar não só a mim, mas também a muitas pessoas. É uma grande oportunidade. Por exemplo: eu estudo e preciso de alguém para ficar com ela. Outras mães trabalham e só a gente sabe como é difícil.

Assinatura de ordens de serviço para outras creches

A solenidade contou com a presença de diversas autoridades como o senador Armando Monteiro e o ministro da Educação, Mendonça Filho. No momento, foram assinadas mais duas ordens de serviço para outras creches. Elas serão construídas nos bairros da Primavera e Belém e os investimentos estão alçados em cerca de R$ 4,4 milhões.

Professores da Rede municipal de Petrolina iniciam aula em Mestrado da UPE

Professores efetivos da Rede Municipal de Petrolina iniciaram, nesta segunda-feira (12), o curso de pós-graduação stricto sensu do Mestrado Profissional em Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares (PPGFPPI). Os servidores foram beneficiados por um convênio entre a Prefeitura de Petrolina e a Universidade de Pernambuco (UPE). 

Boa notícia

De acordo com Joelma Reis, diretora de ensino da Secretaria de Educação (SEDU), a parceria, que reservou vagas para os professores efetivos da Rede municipal, tem o intuito de colaborar com o alcance da meta 14 do Plano Nacional de Educação (PNE) que tem como objetivo elevar o número de matrículas na pós-graduação no nível stricto sensu, e, assim, melhorar os índices educacionais. Neste semestre, 9 professores foram aprovados, após submissão no processo seletivo do programa, organizado pela UPE. 

E Lula??

O PT já começa a discutir, ainda de forma discreta, providências que deverão ser tomadas caso Lula seja preso. Uma delas é a escolha de um porta-voz que possa visitá-lo com frequência, transmitindo as opiniões do petista para o mundo exterior.

Detalhes

As prisões restringem as visitas a familiares e amigos, que só podem ver os detentos uma vez por semana. Assim, apenas advogados poderão falar com Lula com frequência. Parlamentares também podem entrar nas prisões com maior facilidade.

Um senador e suas historinhas

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) negou a informação publicada pela Folha de que o patrimônio dele aumentou de R$ 2,5 milhões em 2015 para R$ 8 milhões em 2016. De acordo com o parlamentar, o jornal "confundiu crescimento patrimonial com valorização de um patrimônio pré-existente. Para afirmar que o patrimônio triplicou, misturou valores históricos de bens e valores atuais de venda de um ativo";

O que diz o ilustre homem público?

"A informação é falsa e absurda. Não se sabe por que o jornal escolheu essa data, uma vez que não houve, a partir de 2014, a aquisição de qualquer bem pelo senador. Portanto, ao contrário do que sugere a matéria, não houve qualquer aumento no seu patrimônio", disse. 

Confira a íntegra da nota: e acredite se quiser

"Em matéria publicada nesta terça-feira, a Folha de S.Paulo vincula as eleições de 2014 ao que seria um salto no patrimônio do senador Aécio Neves. A informação é falsa e absurda. Não se sabe porque o jornal escolheu essa data, uma vez que não houve, a partir de 2014, a aquisição de qualquer bem pelo senador. Portanto, ao contrário do que sugere a matéria, não houve qualquer aumento no seu patrimônio.

A Folha confundiu crescimento patrimonial com valorização de um patrimônio pré-existente. Para afirmar que o patrimônio triplicou, misturou valores históricos de bens e valores atuais de venda de um ativo. Ao fazer referência de que o valor declarado antes de 2016 “era menor”, a matéria simplesmente omite que é exatamente isso o que determina a legislação. Os bens são declarados pelo valor pelo qual são adquiridos e apenas quando são vendidos os novos valores são registrados.

Foi isso exatamente o que foi feito. Por exemplo, se alguém comprou um apartamento por 100 mil reais e o vendeu hoje por um milhão, não se pode dizer que o patrimônio dessa pessoa cresceu 1000%. O patrimônio é o mesmo, o que houve foi apenas a sua valorização. Importante ressaltar que parte do valor advindo da venda das quotas será recebido no futuro, sendo, portanto, crédito a receber.

É grave e condenável a tentativa de lançar suspeitas sobre uma operação comercial legítima declarada à Receita Federal, e que teve os impostos devidamente recolhidos. Os sigilos fiscais do senador sempre estiveram à disposição das autoridades e é lamentável que tenham sido vazados ilegalmente e seus dados interpretados de forma tão incorreta".

Agora de fato podemos desejar um feliz ano novo, pois como de praxe neste país acabado, o ano somente começa agora pós carnaval. O povo brasileiro é assim nunca aprende e cria uma grande desculpa dizendo que tem de existir um pouco de alegria e o carnaval proporciona isso, coisa mesmo de país de terceiro mundo. Todos os números mostram um carnaval gigante em pessoas, em participações populares, em consumo de bebida, em hotéis lotados etc... todos esquecem a crise, os problemas do Brasil, a falta de escola, de saúde, de segurança de infra estrutura, mas afinal estamos no Brasil. Que este mesmo povo se lembre e se conscientize que teremos eleições no final do ano e que esqueçam a copa do mundo para poder mudar ou iniciar uma mudança neste país. Mas as notícias não são as melhores, Junto com uma resolução do TSE que havia ficado estrategicamente esquecida até agora, as cinzas da quarta-feira trouxeram uma certeza: mais do que qualquer outra, a eleição de 2018 será dos ricos e famosos. É o que acontecerá com a combinação da campanha mais curta (45 dias, sendo 30 de rádio e TV), que favorece os candidatos já conhecidos, com a permissão praticamente ilimitada de autofinanciamento, que coloca os ricos em larga vantagem. Lembremos que já houve um ensaio disso nas eleições municipais de 2016, embora os candidatos ricos tivessem um limite para colocar seu próprio dinheiro na campanha.

Jogo sujo

Prepare-se para o jogo sujo das eleições. Os políticos se autoconcederam uma autorização para mudar de partido durante o mês de março sem sofrer punições. Abriu-se o que eles chamam de “janela partidária”.

O agora

Nesse exato momento está acontecendo uma aberração que logo escalará as manchetes na forma de mais um escândalo: a pretexto de seduzir políticos com bom potencial de votos, partidos lavajatistas estão oferecendo dinheiro. É verba pública.

Dinheiro

A verdade e que tudo esse rolo de dinheiro sai do fundo eleitoral. Alega-se que tudo será usado na campanha. Sabe Deus! Há ofertas de mais de R$ 2 milhões.

O país da desordem se supera a cada dia

Mais uma vez, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Segóvia, falou o que não deveria e não poderia ter falado. Tem sido uma marca da gestão Segóvia dar declarações desastradas e que denotam um desejo de agradar ao governo que o nomeou para comandar a Polícia Federal. É inadequado que um diretor-geral aja assim.

Temer temendo

O próprio Palácio do Planalto avalia que Segóvia deu um tiro no pé, numa tentativa de servilismo que teve efeito contrário ao pretendido. No entanto, ele não está dançando a música sozinho.

Ridículo

Delegados da Polícia Federal e procuradores da República são pródigos em falar sobre investigações em andamento. A diferença é que Segovia falou em defesa do presidente da República. Normalmente, as manifestações são para alardear provas contra um investigado. Falar contra um investigado pode. Falar a favor não pode? Ora, não pode a favor nem contra.

Não vai dar em nada

Dificilmente um ministro do STF cobra esses delegados e procuradores a explicar suas declarações sobre inquéritos em curso. Aliás, é comum ver ministros do STF a pontificar sobre casos que ainda serão julgados, antecipando posições.

Uma piada chamada Carlos Marun

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, falou que o governo continua confiando "no bom senso da justiça" em relação a autorização da Justiça para que a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) possa assumir o ministério do Trabalho. "O governo vai continuar confiando no respeito a Constituição federal", disse o ministro, que afirmou não ter lido a decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, de manter suspensa a posse. Um país que tem como ministro um sujeito do porte de Marum diz na verdade o que somos.

Críticas ao carnaval de Olinda

O vereador Jorge Federal alertou, através de ofício enviado 15 dias antes do carnaval, quanto aos problemas de mobilidade que ocorreram durante os festejos que foram provocados pela liberação de mais de 30 mil carros de aplicativos com acesso ao sítio histórico “prejudicando uma categoria centenária, os taxistas, e causando transtornos à população”.

Críticas pesadas em Lupércio

“Estava claro que iriam acontecer problemas no trânsito das principais artérias que circundam a cidade de Olinda, a exemplo da PE-01, PE-15 e da avenida Olinda, além da Estrada do Bonsucesso, Bultrins, Pan Nordestina e outras vias de acesso”, afirmou Jorge Federal. E completou: “Infelizmente, o prefeito Lupércio não teve a humildade em considerar o alerta feito e foi registrado, durante o carnaval, o maior congestionamento de todos os tempos”.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta segunda-feira (22) que o governo continua tentando manter a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho. Na madrugada de hoje, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, acatou o recurso que pedia a suspensão da posse da deputada.

Segundo Marun, “o caminho jurídico será definido pela área jurídica do governo” e a decisão tomada pelo governo é “continuar nessa demanda” com o objetivo de garantir o respeito à Constituição. Questionado se considerada equivocada a decisão de Carmen Lúcia, Marun evitou críticas e avaliou a decisão como “técnica” e que “não adentrou o mérito da questão”.

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“Novela sempre tem um final feliz, já que você se refere a novela. O governo mantém a serenidade e obviamente insistirá nesta luta judicial pela preservação das prerrogativas do presidente e temos confiança no bom senso das decisões judiciais que vão, no devido tempo, garantir a posse da ministra escolhida pelo presidente para exercer a função de ministra do Trabalho”, declarou o ministro.

O vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), já havia sinalizado há algumas semanas que a base governista já esperava uma decisão negativa da ministra Carmen Lúcia e que a equipe jurídica da Presidência esgotaria todas as possibilidades de recurso até que o processo pudesse ser analisado pelo plenário do STF, na volta do recesso em fevereiro.

Cristiane Brasil foi indicada para chefiar o Ministério do Trabalho no âmbito das negociações pela aprovação da reforma da Previdência, em tramitação da Câmara dos Deputados desde o ano passado. Marun disse que o governo não vai desistir da reforma e reconheceu que "até que seria mais fácil" se o PTB indicasse outra pessoa para o cargo, mas explicou que a equipe governista optou, nesse momento, por lutar “pela preservação da prerrogativa da presidência da República” de nomear ministros de Estado.

“Se alguém pensa que vai nos desviar do nosso rumo que é a aprovação da reforma da Previdência com apresentação de questões como essa, está enganado. O governo tem um rumo e nada afastará do propósito de aprovar a reforma da Previdência”, ressaltou.

Marun sinalizou ainda que, caso o governo consiga garantir por meio de outro recurso a nomeação de Cristiane Brasil, a posse poderá ocorrer mesmo com a ausência do presidente Michel Temer, que viajará hoje para Davos, Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial até o dia 26 de janeiro. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumirá a presidência da República neste período.

Mesmo com o Congresso Nacional em recesso, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, continua trabalhando na busca dos votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência no plenário da Câmara. Nesta segunda-feira (15), ele avaliou que o panorama atual pela aprovação é mais favorável do que em dezembro, quando começou o recesso parlamentar.

Marum almoçou hoje com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e os dois conversaram sobre o rebaixamento da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P). Para Marun, o fato não deve diminuir o apoio dos deputados à reforma proposta pelo governo, mas sim deixar mais clara a necessidade de mudanças na Previdência.

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“Os parlamentares já tem, em sua grande maioria, consciência da necessidade da aprovação da reforma, inclusive, os da oposição que se posicionam contra a reforma por serem contra o governo e por aceitarem nesse momento serem contra o país. Não vejo uma relação imediata entre o rebaixamento e voto. O rebaixamento é mais um fator que corrobora o que estamos dizendo há um tempo e que todos os especialistas no setor afirmam: o Brasil precisa reformar sua Previdência”.

Marun disse entender que existe preocupação de alguns parlamentares com o apoio à reforma da Previdência pela proximidade com o período eleitoral, mas avalia que a sociedade começa a cobrar dos parlamentares uma atitude com o país que é o voto favorável à reforma da Previdência. “É uma coisa natural e normal, por isso que tenho uma expectativa muito grande na reação da sociedade”, disse.

Posse Cristiane Brasil

Sobre o impedimento pela Justiça para a posse da deputada Cristiane Brasil no cargo de ministra do Trabalho, Marum citou o artigo da Constituição que registra que a nomeação e exoneração de ministro de Estado é um ato privativo do presidente e disse que o governo confia na Justiça. “Entendemos que a Constituição Federal vai ser respeitada com o apoio e com a decisão do Judiciário”, disse.

Questionado por jornalistas se o Judiciário teria extrapolado sua competência ao atender a ação popular que pedia o impedimento da posse de Cristiane Brasil, o ministro Marun respondeu que não se pode generalizar, mas que houve equívoco de um juiz em sua decisão.

“Jamais eu ia generalizar dizendo que tem juízes extrapolando, até porque, até onde eu sei, foram solicitadas esse tipo de liminar em cinco comarcas e um juiz entendeu como pertinente”, disse. E completou “minha posição é que esse juiz se equivocou na sua decisão”.

Deputado de primeiro mandato, alçado ao cargo de ministro da Secretaria de Governo desde dezembro, Carlos Marun é conhecido como um dos homens da tropa de choque do presidente Michel Temer. Assim que assumiu a função, se indispôs com governadores ao vincular liberação de empréstimos aos Estados à votação da reforma da Previdência.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro reafirmou a prioridade do governo de aprovar a mudança no regime de aposentadorias e disse que o Planalto só vai começar discutir nomes para a eleição presidencial após a proposta passar no Congresso. Não descartou, porém, que o PMDB apoie uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

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Segundo Marun, apesar da mágoa em relação à postura do tucano durante a tramitação das duas denúncias contra Temer, a defesa que Alckmin tem feito da reforma permite a abertura de um canal de reaproximação entre o governo e o PSDB.

Temer disputará a reeleição?

Acredito que o projeto que o governo defende e já executou deve ter um candidato.

O PMDB tem outros nomes para lançar à Presidência?

Nomes nós temos e acredito que o PMDB vai colocá-los após a conclusão da reforma da Previdência. Não um nome inarredável, do tipo, "nós não vamos sair, faça chuva ou faça sol". Eu até ia instalar uma placa aqui: "Nesta sala, a sucessão presidencial só entra depois da Previdência". Penso que a reforma será um fator determinante para as possibilidades de sucesso desse que venha a ser o candidato.

Há dificuldade de apoiar outro nome da base, como o do governador Geraldo Alckmin (PSDB)?

As dificuldades já foram maiores. A posição que o governador está tomando em relação à reforma da Previdência tem como consequência uma retomada de aproximação.

Há brecha para reaproximação?

Há, (a posição de Alckmin) deixa clara a existência desse espaço. Nunca houve um completo afastamento, mas, eu, Carlos Marun, fui um dos que se sentiram magoados com a pouca participação do governador no processo de combate às denúncias (contra Temer). No entanto, vejo agora essa posição firme em defesa da reforma como um fator que abre espaço para a reaproximação, e, sem dúvida, ele é uma das candidaturas que podem representar esse projeto do governo.

O que o sr. acha da eventual candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)?

Eu não gostaria de colocar nomes, mas há alguns que estão aí. Alckmin, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Rodrigo Maia. Eu nunca ouvi do Maia que quer ser candidato, mas existe um grupo que defende a candidatura.

Não ficou rusga em relação a como o presidente da Câmara se posicionou nas denúncias?

Não, pelo contrário. Nós temos o reconhecimento do papel digno naqueles processos.

O governo tem votos para aprovar a reforma da Previdência?

Temos um ambiente muito mais favorável. Saindo de um restaurante, tinha uma mesa de jovens, e eles me disseram: "Ministro, vamos aprovar a reforma da Previdência". Saindo do hotel, um hóspede disse: "Ministro, vamos aprovar a reforma". Se isso está acontecendo comigo, deve estar acontecendo com os parlamentares. Isso é muito importante, por que, o que leva alguém que não é oposição, da base, a votar contra a reforma? É o medo, de que um voto favorável à reforma possa trazer impacto eleitoral negativo. É justo.

Havia desconfiança de que o governo poderia pôr um fim nas investigações da Lava Jato. A operação está chegando ao fim?

O caminho da Lava Jato é continuar, mas dentro da estrita legalidade.

O sr. acredita que o ex-presidente Lula, que será julgado na segunda instância neste mês, vai concorrer à Presidência?

O que diz a Lei da Ficha Limpa? Condenado em segunda instância é inelegível. É isso. Essa é a minha visão sobre esse processo. Agora, se o Lula deve ser condenado ou não, isso não opino.

O sr. já falou da perseguição da Lava Jato ao Temer. Não seria o mesmo caso com Lula?

Eu não falei da Lava Jato. Falei do senhor Janot (Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República). Isso eu falo e repito. A minha única contrariedade com a equipe de Curitiba é o exibicionismo de alguns procuradores. Isso é hoje um problema para a Lava Jato, o fato de que algumas pessoas se julgam superstars, não se julgam mais procuradores. Os maiores problemas para a Lava Jato hoje estão dentro da Lava Jato. O (juiz Sérgio) Moro ainda luta para manter uma linha. Facebook não é lugar para ficar dando despacho, essa é a verdade.

O sr. também foi um grande defensor do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso hoje em Curitiba.

O Eduardo Cunha eu defendi pelo processo, porque nós necessitávamos de alguém que fizesse uma defesa razoável, para que ele permanecesse como presidente (da Câmara) até o dia do impeachment (de Dilma Rousseff). Naquele momento todos concordaram. Mas eu nunca fui amigo do Cunha. Depois visitei-o, publicamente, não escondi. Ninguém precisou descobrir. Não acharam foto minha conversando com o Cunha de óculos escuros, atrás de uma pilha da caixa de cerveja (Janot se encontrou num sábado com o advogado que defende o empresário Joesley Batista em um bar em Brasília e teve uma foto divulgada).

O sr. teve que devolver a verba de gabinete, que usou para pagar a viagem até Curitiba...

Eu me apressei em devolver, deveria ter debatido se a minha visita tinha sido pública ou não. Aquela devolução não me causou muito conforto, deveria ter feito doação a alguma instituição, mas resolvi devolver. Nunca mais falei com ele nem com ninguém ligado a ele. Por que não o visitei nesse Natal? Porque sou ministro. Como aquela vez dei munição para a hipocrisia dos meus adversários, agora daria munição para a hipocrisia dos adversários do governo. Esse direito eu não tenho.

Se fosse deputado, iria de novo?

Se fosse deputado, é possível. Não sei. Se eu estivesse passando por Curitiba... Não fiz essa avaliação. Fiz a avaliação em cima das circunstâncias, agora sou ministro. Se eu for, vão criticar a mim ou ao governo? Vão criticar o governo, então agi como ministro.

E como está a saúde do presidente?

A saúde dele é boa. Mas os procedimentos exigiriam cuidados que ele não teve. Acredito que agora se conscientizou.

Ele terá que passar por alguma nova intervenção e se afastar do governo?

Não conversamos sobre isso. Não está no horizonte nenhum afastamento mais prolongado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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