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O Ministério das Relações Exteriores informou, nesta sexta-feira (7), que a Rússia pôs fim ao embargo à carne bovina brasileira. As restrições haviam sido impostas em 1º de março após um caso “atípico e isolado” de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como mal da vaca louca, no Pará.

“O anúncio, que se soma à recente reabertura do mercado das Filipinas, lograda em 28 de março, e à reabertura de outros mercados, representa a plena normalização do comércio do produto com a Rússia”, afirmou o Itamaraty.

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Segundo comunicado da pasta, diferentemente da forma clássica da enfermidade, a forma atípica é de ocorrência natural e espontânea no rebanho bovino, não representa risco à saúde pública e tampouco justifica restrições à importação, conforme diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de vaca louca.

Ainda assim, em função do caso, a Rússia suspendeu a importação de carne bovina de animais com mais de 30 meses de idade provenientes do Pará.

“O Ministério das Relações Exteriores, por meio de sua rede de embaixadas, em conjunto com as adidâncias agrícolas do Ministério da Agricultura e Pecuária em países estratégicos, segue atuando desde a ocorrência do caso de encefalopatia espongiforme bovina para evitar fechamentos indevidos de mercados”, informou a pasta.

Em 2022, as exportações de carne bovina para a Rússia somaram cerca de US$ 165 milhões, equivalente a 24 mil toneladas do produto. Já as Filipinas são o sexto destino das exportações de carne bovina do Brasil, chegando a US$ 275 milhões em 2022 (61 mil toneladas).

A doença

Causado por um príon, molécula de proteína sem código genético, a encefalopatia espongiforme bovina é uma doença degenerativa. As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja. Além de bois e vacas, a doença acomete búfalos, ovelhas e cabras.

A ingestão de carne e de subprodutos dos animais contaminados com os príons provoca, nos seres humanos, a encefalopatia espongiforme transmissível. No fim dos anos 1990, houve um surto de casos de mal da vaca louca em humanos na Grã-Bretanha, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país por vários meses. Na ocasião, a doença foi transmitida aos seres humanos por meio de bois alimentados com ração animal contaminada.

O encarecimento da carne nos últimos anos deixou consequências na alimentação dos brasileiros. No ano passado, o consumo de carne bovina atingiu 24,2 quilogramas (kg) por habitante, o menor nível desde 2004.

O relatório foi divulgado pela Consultoria Agro do Banco Itaú BBA. Segundo o documento, foi o quarto ano seguido de queda no consumo per capita (por habitante).

Segundo o relatório, o consumo caiu mesmo com a produção de carne bovina tendo subido 6,5% no ano passado. Em 2022, foram abatidas 29,8 milhões de cabeças, alta de 7,5% em relação a 2021, mas o peso médio menor das carcaças fez a produção de carne aumentar em ritmo menor.

A alta da produção, no entanto, não se refletiu em preços mais baixos ao consumidor, com o excedente sendo exportado. Do total de 7,9 milhões de toneladas de carne bovina produzida, 65% (5,2 milhões de toneladas) foram consumidas no mercado interno e 35% (2,85 milhões de toneladas) foram vendidas ao exterior. As exportações cresceram 23,8% sobre 2021.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a carne fica mais cara desde 2020. Naquele ano, o preço médio subiu 18%, impulsionado pelas compras da China. A alta desacelerou para 7% em 2021 e 1,84% em 2022.

Conab

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Para este ano, o relatório prevê aumento na produção de carnes e na demanda por exportações, mas não faz projeções sobre o consumo. Os dados de 2022 estão em linha com os números oficiais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Conforme a edição mais recente do relatório Quadro de Suprimentos de Carnes, divulgada pela Conab em fevereiro, a disponibilidade per capita de carne bovina no Brasil somou 25,9 kg por habitante no ano passado, o menor nível desde o início da série histórica, em 1996. O indicador não mede o consumo, mas a oferta de carne no mercado interno dividido pela população.

Para 2023, a Conab projeta disponibilidade per capita de 26,3 kg, alta de 1,8% em relação ao ano passado. A produção de carne bovina, pelas estimativas, subirá de 8,49 milhões para 8,75 milhões de toneladas (+3%), com as exportações aumentando 4%, de 3,02 milhões para 3,14 milhões de toneladas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de um lote de filé-mignon da marca BF Meat, após o Ministério da Agricultura identificar que o produto estava contaminado pela bactéria salmonella. A decisão da agência, publicada na terça-feira (8) no Diário Oficial da União (DOU), proíbe a comercialização, distribuição e uso do lote de 27 de janeiro de 2022, com validade no dia 28 de março.

Os locais em que o lote contaminado foi distribuído não foram informados na publicação, mas os procedimentos para recolhimento são de responsabilidade da empresa produtora da carne bovina. Caso o cliente tenha comprado filé-mignon do lote informado, é necessário entrar em contato com a empresa, por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) disponível no rótulo. A BF Meat irá recolher voluntariamente o lote.

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As infecções por salmonella são extremamente comuns – Salmonella é um grupo de bactérias que comumente causam doenças transmitidas por alimentos. Uma infecção pela bactéria é chamada de salmonelose (ou salmonella), e é possível contraí-la consumindo produtos alimentícios contaminados, incluindo aves cruas, ovos, carne bovina e, em alguns casos, frutas e legumes. Também é possível pegar salmonella ao manusear animais de estimação – principalmente alguns pássaros e répteis.

A salmonella causa uma doença gastrointestinal leve a grave chamada gastroenterite, que também é conhecida como gripe estomacal. Os sintomas geralmente começam entre seis horas e seis dias após a exposição à bactéria (embora possa levar várias semanas para algumas pessoas desenvolverem sintomas. Os sintomas comuns incluem diarreia, cólicas abdominais, febre, dor de cabeça, náusea e vômito, e perda de apetite.

As exportações totais de carne bovina caíram 47% em novembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. A receita gerada teve recuo de 41%. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior e foram compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). O volume em novembro foi de 105,2 mil toneladas e inclui o produto in natura e processado, com receita de US$ 501 milhões.

O acumulado de janeiro até novembro é de 1,716 milhões de toneladas, queda de 7,15% em relação aos 11 primeiros meses de 2020. Já a receita deste ano, de US$ 8,5 bilhões, teve aumento de 10% graças à elevação dos preços do produto no mercado internacional.

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Em 2021, os preços médios de exportação no acumulado até novembro alcançaram US$ 4.959 por tonelada, aumento de 18,35% em relação aos preços do mesmo período de 2020 (US$ 4.190).

A China se mantém em primeiro lugar entre os maiores compradores do produto brasileiro, com 928.815 toneladas importadas pelo país e pela cidade-Estado de Hong Kong, 54% do total exportado pelo Brasil. A seguir no ranking vêm os Estados Unidos, que movimentaram até aqui 117.805 toneladas, contra 54.384 toneladas no ano passado (aumento de 116,6%).

O Chile é o terceiro país que mais importa a carne brasileira, seguido por Egito, Emirados Árabes e Filipinas. No total, 95 países aumentaram suas compras e outros 75 reduziram suas aquisições, informa a Abrafrigo.

A Polícia Civil de Santa Catarina (PC-SC) cumpriu a prisão preventiva expedida pela Justiça de um proprietário de um açougue e interditou o estabelecimento comercial, em Tubarão. A 'Casa de Carnes Boi Nobre' estaria comercializando carne equina como se fosse bovina, ludibriando os consumidores e colocando em risco a saúde pública.

Segundo a PC-SC, as investigações iniciaram há seis meses após dois homens serem presos em Imaruí, no Sul do Estado, em que cavalos estavam sendo mortos em um abatedouro clandestino. Diversas amostras de carne comercializadas pelo estabelecimento foram coletadas durante as investigações e encaminhadas para Brasília/DF para realização de exame pericial, em cooperação firmada com o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.

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Os exames periciais de sequenciamento genético realizados pelo Setor de Perícias em Meio Ambiente e pelo Setor de Perícias em Genética Forense do I.N.C. constataram que, misturados à carne bovina, havia carne de cavalo e de búfalo.

Além disso, diligência anterior no estabelecimento constatou uma série de irregularidades como armazenamento de carnes estragadas com outras a serem comercializadas, peças de carne inteira e moída sem qualquer identificação de procedência, além de precária higiene no local que tinha forte mau cheiro.

Os responsáveis pelo abate clandestino dos cavalos foram interrogados e confirmaram que vendiam a carne equina à casa de carnes de propriedade dos investigados. Também foi verificado que um dos proprietários da casa de carnes ofereceu quantia em dinheiro para que a dupla responsável pelo abate mentisse em seus depoimentos à Polícia.

Os proprietários do estabelecimento responderão por receptação qualificada e crimes contra as relações de consumo, podendo ser condenados a uma pena de até 18 anos de reclusão.

Com informações da assessoria da PC-SC

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) está lançando nesta terça-feira, 24, um vídeo para dizer à população que não há desabastecimento de carne bovina no Brasil.

"O vídeo passa a ser veiculado nas redes sociais da associação, com a mensagem de que a indústria está trabalhando com foco na segurança de seus colaboradores e na garantia de fornecimento de carne de qualidade para toda a população", disse a entidade em nota.

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Há pouco mais de uma semana, o vigilante Carlos Henrique Menoio de Carvalho, de 40 anos, foi morto durante uma tentativa de assalto a um caminhão no Rio de Janeiro. O crime aconteceu durante a madrugada, na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), na altura do km 164, em Jardim América.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os bandidos interceptaram o caminhão para roubar a carga. Houve confronto entre os criminosos e os responsáveis pela escolta do veículo. O vigilante foi baleado e não resistiu aos ferimentos. Os criminosos fizeram cerca de 20 disparos, sendo que um deles atingiu o pescoço de Menoio, quando ele corria pelo acostamento da Dutra. O alvo dos bandidos: uma carga de carne.

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Levantamento feito pelo jornal O Estado de São Paulo aponta que no último mês, secretarias de 11 Estados e do Distrito Federal registraram 23 ocorrências de roubos de carne bovina. Algumas tiveram relação com roubo de gado vivo, direto do pasto, mas foram casos isolados.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Segurança Privada (Contrasp), a situação de violência contra as transportadoras e frigoríficos colocou as empresas do setor de carnes diante de uma situação inédita: caminhões têm saído para a estrada acompanhados de escolta armada (o que aumenta ainda mais o custo do produto).

Com o aumento das exportações para a China, a oferta de carne no Brasil diminuiu e os preços subiram. A alta acumulada em 2019 foi de 32,4%. Um caminhão lotado de carne passou a valer entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão, o que atrai os bandidos.

O presidente da Contrasp, João Soares, afirma que as quadrilhas que têm roubado caminhões de carne são as mesmas que atuavam em ataque a empresas de transporte de valores. Ele explica, com base em relatórios policiais, que os bandidos têm empregado as mesmas técnicas e lançado mão de armamentos pesados. No caso da morte do vigilante no Rio, o bando estava em dois carros, armado com fuzis calibre 556, para roubar a carga avaliada em R$ 1 milhão.

Em grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro e São Paulo, já é possível observar caminhões de carne sendo escoltados até mesmo dentro das cidades, enquanto entregam as mercadorias nos supermercados, bares e açougues.

No sábado passado, funcionários de um frigorífico entregavam caixas de carne em um bar na Rua Pedro Álvares Cabral, esquina com a Marechal Deodoro, em São Vicente (SP). Os responsáveis pela entrega disseram que a escolta armada foi implantada em dezembro, por causa dos assaltos registrados nos últimos dias. Surpreso com a cena, o dono do supermercado contou que foi a primeira vez que viu um caminhão de carne chegando ao estabelecimento escoltado por homens armados, algo que é comum acontecer com cargas de cigarro.

Valores

Com décadas de experiência no setor de segurança, Soares afirma que a escolta de cargas de carne em rodovias é uma demanda nova para o setor. A Contrasp estima que os roubos a caminhões de carne já supera o número de assaltos a carro-forte no País, apesar de ainda não ter os dados detalhados do mês dos crimes na área de valores.

"O crime organizado sempre dá um passo à frente. Sempre está se renovando. Como a carne subiu demais, agora as empresas estão contratando escolta porque não querem ter prejuízo. Os frigoríficos resolveram contratar escolta. É uma modalidade nova, desconhecida inclusive por nós, da área de segurança privada", afirma.

O representante dos vigilantes diz que os serviços de escolta para transporte de carne têm sido contratados para viagens mais longas, geralmente para o interior do País. Nas estradas sem policiamento, segundo ele, as ações dos bandidos costumam ser mais ousadas.

No último domingo, 12, policiais militares do 10.º Batalhão do Distrito Federal localizaram um caminhão que tinha sido roubado em Goiás e recuperaram 16 toneladas de carne bovina. O carregamento, transportado num caminhão menor, era avaliado em R$ 300 mil. Um casal foi detido no setor industrial de Ceilândia, no Distrito Federal.

O caminhão saiu de Tocantins e tinha como destino o Rio Janeiro. Por volta das 23 horas de sábado, o veículo sumiu do radar antes de passar por Goiânia e só voltou a ser rastreado pela empresa de monitoramento nas proximidades de Brasília. Profissionais de segurança da transportadora foram até o 10.º Batalhão e solicitaram o apoio dos policiais militares.

Por conta do tempo que ficou sem refrigeração, parte da carga recuperada não

servia mais para consumo e foi incinerada. O motorista do caminhão foi deixado pelos bandidos em Cristalina, no interior de Goiás.

Depois de acumularem alta de 30,43% em 2019, as carnes bovinas começaram a ceder e chegaram à primeira semana de janeiro com deflação de 3,0% na ponta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). É a segunda semana de taxa negativa no critério ponta, já que em dezembro os preços do grupo já mostraram queda de 0,2%, lembra o coordenador do índice, Guilherme Moreira.

Na primeira quadrissemana de janeiro, o IPC-Fipe subiu 0,78%, desacelerando em relação ao aumento de 0,94% observado em dezembro. O grupo Alimentação mostrou alívio, de 2,96% para 2,47%, com decréscimo nas taxas das carnes bovinas de 13,95% para 7,39%.

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No critério ponta, o IPC também mostra arrefecimento entre o fechamento de dezembro e a primeira medição de janeiro nos preços das carnes suínas (de 13,0% para 3,0%) e nas de frango (de 7,0% para 1,0%). "Em breve esses itens também devem começar a devolver e essa deflação que estamos vendo na ponta tende a aparecer também no índice como um todo", avalia Moreira.

Com isso, o economista espera ver uma desaceleração do grupo Alimentação, que pode fechar janeiro com inflação de 0,88% dos 2,97% de dezembro, segundo as projeções da Fipe. Para o primeiro mês do ano ante dezembro, a instituição também vê arrefecimento nas taxas de Habitação (0,23% para -0,30%), Despesas Pessoais (0,36% para -0,16%), e Vestuário (0,11% para 0,09%).

Por outro lado, a Fipe estima pressão sobre o IPC dos conjuntos de preços de Transportes (0,69% para 1,12%), Saúde (-0,16% para 0,19%) e Educação (0,04% para 2,70%). Mesmo assim, todas as variações são "comportadas" para o que se esperaria no início do ano, segundo Moreira. "Esses itens que normalmente são os vilões não estão pressionando tanto, principalmente porque o reajuste de ônibus e metrô não foi muito alto", pontua.

A Fipe reduziu as expectativas para a inflação de janeiro, de 0,40% para 0,37%, e manteve a projeção para o IPC fechado de 2019 em 3,55%. "No curto prazo, a única pressão mais inesperada que estamos vendo é uma alta nos embutidos, que ainda é reflexo do choque das carnes. No ano, o risco que vemos são os combustíveis, por causa dos preços do petróleo e da taxa de câmbio", afirma Moreira.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou, nessa quinta-feira (26), em transmissão ao vivo nas redes sociais sobre a alta da carne bovina no país e afirmou que não vai tabelar o preço do produto. Segundo ele, trata-se de uma crise que já houve com outros alimentos em anos anteriores. Bolsonaro também afirmou ter mandado reduzir o consumo da carne no Palácio da Alvorada. 

O chefe de Estado pontuou que a autorização no Palácio é de carne uma vez por semana, mas a sua esposa, Michele Bolsonaro, aumentou para duas vezes por semana. Em substituição, o presidente estaria comendo outras proteínas como peixe, galinha e ovo. 

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"'Ah o presidente tem mordomia, tem carne de graça'. Tenho carne de graça, não tenho dúvida disso, sem problema nenhum. Mas determinei aqui no Alvorada, na semana passada, carne uma vez por semana.  Logicamente que a minha esposa mandou passar para duas”, explicou.

Na fala, o presidente ressaltou que se tivesse que tabelar a carne, deveria fazer o mesmo com outros produtos e setores da indústria e citou como exemplo a Venezuela. “O pessoal reclama do preço da carne. E o que alguns querem que eu faça é tabelar a carne. Maduro fez no passado isso aí. Chaves, Maduro… Hoje tem cachorro nem carro pra comer na Venezuela. Nós somos do livre mercado e ponto final”, disse. 

Na semana passada, o presidente brincou ao desejar 'Feliz Natal' aos brasileiros. "Feliz Natal para você, mesmo sem carne para algumas pessoas aí, mas continua com a liberdade e temos outras opções". 

Em meados de outubro, o preço da carne disparou por conta da exportação do produto para outros países, principalmente para a China, devido à peste suína que devastou a produção da carne de porco na Ásia. O país ainda segue se recuperando da doença.

Uma carga com mais de 27 toneladas de carne bovina, que havia sido roubada em Itaurama, Minas Gerais, foi recuperada na madrugada deste último domingo (6), pela Polícia Militar de São Paulo. A PM havia sido comunicada pela empresa responsável pelo monitoramento do veículo que o mesmo estaria fora de sua rota e transitando em uma velocidade acima da compatível. Carga está avaliada em R$ 558 mil.

Com as indicações de um possível roubo, a equipe da Polícia Militar Rodoviária iniciou patrulhamento em busca do automóvel, que foi localizado próximo ao quilômetro 8 da Rodovia Eliseo Bernabé, em Piacatu, na região de Araçatuba. 

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, quando localizado o caminhão, o homem que dirigia o veículo não correspondia ao informado anteriormente pela empresa de rastreamento. Após comprovar o roubo, o suspeito foi preso em flagrante.

O verdadeiro motorista contratado - vítima do crime - foi localizado pela PM na cidade de Jales (SP) e levado à delegacia, onde informou que foi mantido em cárcere privado após ter o veículo roubado no pátio de um posto de combustível.  

O Ministro das Finanças da Finlândia, que detém a presidência rotativa da União Europeia, emitiu comunicado nessa quinta (22) condenando a "destruição da Floresta Amazônica" e incentivando que a os países que compõe o bloco parem de importar carne bovina do Brasil.

"O ministro das Finanças, Mika Lintila, condena a destruição da Floresta Amazônica e sugere que a UE e a Finlândia devem considerar urgentemente a possibilidade de banir a importação de carne bovina brasileira", diz o comunicado.

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O vereador e filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, utilizou a ferramenta do story da sua conta no Instagram para criticar o governador de Pernambuco Paulo Câmara.

 O assunto da vez foi o aumento do ICMS para a carne bovina em Pernambuco, que passou de 2,5% para 4,5%. O que representará um aumento de 140% no preço do insumo.

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Carlos Bolsonaro postou uma matéria que relata o aumento ilustrada com uma imagem de Paulo Câmara com o ex-presidente Lula. “Isso não é inocência: ele sabe que a culpa de tudo isso recairá neste momento em Bolsonaro, pois ainda temos uma população que não está muito bem informada!”, exclamou o vereador.

O filho do presidente ainda foi enfático ao dizer que “tudo que está acontecendo não é ao acaso”.

O deputado federal Daniel Coelho, líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, usou sua conta nas redes sociais para fazer críticas ao governador Paulo Câmara, devido ao aumento da alíquota do ICMS, que passou de 2,5% para 4,5%. Isto vai representar um aumento de 140% no preço da carne bovina.

“140% é o aumento do ICMS que Paulo Câmara está colocando na carne do pernambucano. Uma vergonha! Uma vergonha repassar imposto para o mais pobre, para a classe média, para todo mundo na comida que vai à mesa dos pernambucanos”, reclamou Daniel, em vídeo postado em sua conta no Twitter.

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O parlamentar, crítico ferrenho das gestões do PSB no governo do Estado e no Recife, afirmou que o governador faz populismo e pediu reação da Assembleia Legislativa.

“Nós não podemos nos calar. Cada dia ele aumenta mais os impostos para fazer populismo com o dinheiro alheio. Isso tem que ser denunciado e a gente pede reação na Assembleia Legislativa para esse absurdo”, concluiu.

As exportações brasileiras de carne bovina totais (in natura e processada) caíram em abril em comparação com igual mês do ano anterior, em volume e em receita. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), foram embarcadas 88,95 mil toneladas, 18% menos ante abril de 2016. Em receita, o recuo foi de 14%, para US$ 362,2 milhões.

Entre os motivos para a queda, a Abrafrigo destaca os efeitos da Operação Carne Fraca, o mês relativamente curto (18 dias úteis) e problemas em importantes compradores, como o Egito. A associação observa que este foi o pior resultado para este mês nos últimos cinco anos.

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No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o Brasil exportou 420,43 mil toneladas (-10%), com receita de US$ 1,66 bilhão (-6%). A China continua sendo o maior cliente do produto brasileiro. Hong Kong comprou 88,55 mil toneladas (-19% ante igual período do ano passado) no acumulado do ano e a China Continental 64,77 mil toneladas (+26,6%).

A Rússia foi o segundo maior comprador da carne bovina brasileira com 50,383 toneladas (+15,2%). Já o Egito comprou 21,85 mil toneladas de janeiro a abril deste ano, ante 74,2 mil toneladas em igual período do ano passado, uma queda de 70%.

Neurocisticercose é uma palavra que, recentemente, tem sido bastante comentada, aliada ao caso do ex-jogador do Sport Clube do Recife, Leonardo, que se encontra internado, em estado grave. Por conta disso o consumo da carne suína começou a ser questionado. 

“Ao contrário do que muitos dizem, o cisticerco não é transmitido pelo porco. O animal é vítima do ser humano”, explica o médico veterinário e pesquisador, Nelson Batista. O profissional esclarece que a contaminação acontece em um ciclo em que o suíno ingere fezes do ser humano contaminada com os ovos da Tênia Solium - conhecidas por parasitarem o intestino delgado do homem -, ficando o animal contaminado com o cisto. Sua carne passa a apresentar uma espécie de verruga, “conhecidas no interior como carne com 'pipoquinha' ou carne de pérola”, explica.

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“A carne mal cozida irá provocar a tênia, mas não o cisto. Já o que causa a cisticercose [atinge os músculos] ou a neurocisticercose [atinge o cérebro] é a ingestão de alimentos regados por água contaminada com fezes humanas, afinal o homem infectado com a tênia transmite a cisticercose”. O médico veterinário ainda explica que também há a forma de contaminação vertical, em que o próprio ser humano pode se contaminar, caso ele mesmo tenha contato com suas fezes com tênia por via oral. 

O profissional esclarece: qualquer animal pode ser contaminado com o cisto, caso ingira ovos de tênia oriundos das fezes humanas, o que significa que essas características apresentadas na carne dos suínos pode aparecer nas bovinas. “A carne contaminada pode causar a tênia, mas somente os ovos ou larvas podem causar o cisto e isto só é encontrado na água ou fezes”, esclarece.    

Quais cuidados devem ser tomados na hora de comprar carnes 

Apesar disso, a médica veterinária Naiara Nascimento explica que é possível comer carnes sem correr risco, mas reafirma a necessidade de consumir o produto de procedência. “O primeiro passo é verificar se o produto está embalado adequadamente e se há selo da fábrica ou etiqueta do comércio atacadista”, esclarece. A profissional explica que neste rótulo é necessário conter informações como qual é o produto, marca, data de fabricação e validade. “Além dessa característica, é muito importante que sejam verificadas a cor da carne [descartar as pálidas ou esverdeadas], textura e se há líquido dentro da embalagem, pois ele é um local propício para acumulo e proliferação de bactérias”. 

A médica deixa claro que é importante primar pela certificação das carnes, afinal, toda indústria e abatedouro legal possui este tipo de registro de inspeção, seja ele federal [Serviço de Inspeção Federal – SIF], estadual [SIE] ou municipal [SIM]. “Esses cistos presentes em algumas carnes se configuram, geralmente, em carnes de feiras ou provenientes de abatedouros clandestinos, pois em abatedouros certificados este tipo de carne é condenada, não sendo possível ser vendida”, pontua.

A exportação brasileira de carne bovina alcançou em outubro o melhor resultado do ano. Em volume, foram exportadas 138,7 mil toneladas de carne, com faturamento de US$ 557,3 milhões. Foi o maior crescimento do ano também comparado com setembro, sendo 14,7% em volume e 5,36% em faturamento. O levantamento é da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), divulgado nesta quarta-feira, 11.

Conforme a associação, no mês passado Hong Kong voltou ao topo dos maiores importadores de carne bovina brasileira, com cerca de 33 mil toneladas e faturamento de US$ 114 milhões, 80% maior que no mês anterior. A China ocupou a segunda posição com a compra de 17 mil toneladas e faturamento de US$ 83 milhões.

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A Abiec destaca o crescimento dos embarques para a Rússia, também em relação a setembro: foram 20 mil toneladas embarcadas ao país, aumento de 93% na comparação com setembro, e faturamento de US$ 60 milhões (77% superior ao mês anterior).

No acumulado do ano até outubro, a exportação de carne bovina brasileira alcançou US$ 4,8 bilhões em faturamento. No período, foram embarcadas perto de 1,1 milhão toneladas de carne. O resultado ainda se mantém inferior ao mesmo período de 2014, com queda de 18% em faturamento e 11% em volume.

Mas, como já era esperado, está havendo uma recuperação neste segundo semestre. As expectativas do setor ficaram ainda melhores com o anúncio da reabertura do mercado da Arábia Saudita, no início de novembro.

O presidente da Abiec, Jorge Camardelli, disse em comunicado que a Arábia Saudita é um mercado de muito potencial para a carne brasileira. "Junto com a Arábia, também conseguiremos atingir outros países como Bahrein, Kuwait, Qatar e Iraque, o que terá um ótimo reflexo e incremento nas exportações já a partir de dezembro", afirmou.

A carne in natura continua como a categoria de produtos mais exportada. Em outubro, atingiu faturamento de US$ 450 milhões, seguida de miúdos com US$ 51 milhões de faturamento.

A decisão do Banco do Povo da China (PBoC) de desvalorizar abruptamente a moeda do país, o yuan, pode afetar negativamente a exportação de carne bovina brasileira no curto prazo, diz a analista Lygia Pimentel, sócia-diretora da AgriFatto. Mas apesar do transtorno para o comércio exterior, ela avalia que a maior preocupação para a pecuária nacional é o fato de a medida sinalizar que o crescimento da economia asiática segue "artificialmente induzido" e que o governo chinês tem deixado mudanças estruturais necessárias para depois. "A China é uma promessa para a exportação de carne bovina brasileira no longo prazo, então a mudança cambial é preocupante", afirmou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. "O governo chinês segue em esforços para tentar resultados positivos em uma economia que já não responde tão bem aos estímulos. No longo prazo, isso é muito ruim, porque vai postergando problemas", diz a especialista.

Lygia acredita que a medida pode levar importadores chineses a limitar compras do Brasil. "Moeda fraca é moeda que compra menos, então, no curto prazo, vejo isso como negativo. Mas esse impacto deve ser diminuído pela desvalorização do real", afirma. Em agosto do ano passado, o real chegou a 2,70 yuans. Hoje, mesmo com a ação do PBoC, está em 1,80 yuan.

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O PBoC limita diariamente as oscilações do yuan no mercado de câmbio por meio de uma taxa de paridade com o dólar. No entanto, na terça-feira, 11, o banco central chinês decidiu desvalorizar em 1,9% essa banda de referência e fez a divisa afundar. Com isso, o dólar atingiu a máxima de 6,3391 yuans durante o pregão em Xangai, ante 6,2097 yuans do fechamento de segunda-feira. Segundo o Deutsche Bank, durante o dia a moeda chinesa registrou a maior queda desde 1994. A medida busca aumentar a competitividade de exportadores da China, após as vendas externas registrarem queda de 8,3% nas receitas em dólares em julho, e estimular a economia, que avança no menor ritmo desde 1989.

A China oficializou a reabertura de seu mercado interno aos produtos bovinos brasileiros em maio, após anos de embargo sanitário. O país é encarado pelo mercado como um dos destinos de maior potencial de expansão do consumo, dados o crescimento econômico e o aumento da renda de sua população. Desde a retomada dos embarques foram vendidas ao país 15,1 mil toneladas de carne bovina, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). O desempenho já fez com que a China continental se tornasse o décimo maior comprador de cortes bovinos do Brasil. O primeiro da lista é Hong Kong, província chinesa semiautônoma, que adquiriu 152,8 mil toneladas entre janeiro e julho de 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, realizada nesta quarta-feira (29), resultou na apreensão de 125 quilos de carne bovina na BR 232, em São Caitano, no Agreste pernambucano. O alimento estava sendo transportado sem refrigeração. 

Enquanto fazia a abordagem, o Grupo de Fiscalização de Transporte da PRF e policiais do posto de São Caitano encontraram diversos sacos com carne em um veículo de carroceria aberta, sem a nota fiscal, nem selos de controle de qualidade. O motorista informou que trazia a mercadoria de Cachoeirinha (PE) para entregá-la em Caruaru.

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Além dessa, os policiais constataram diversas irregularidades no transporte de madeira, sucatas e sólidos a granel, além de falta de sinalização e de equipamentos obrigatórios nos veículos, totalizando 54 autuações. A ocorrência foi encaminhada à Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO). 

 

O Brasil exportou 26% menos carne bovina em janeiro, com 96 mil toneladas, ante 130 mil toneladas há um ano. Em receita, também houve queda, de 23%, passando de US$ 555 milhões para US$ 426 milhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 09, pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e consideram a carne in natura, industrializados, cortes salgados e miúdos.

"A desaceleração já era esperada pela conjuntura macroeconômica que a Rússia atravessa e também porque as novas cotas para o ano ainda não foram distribuídas para os importadores do país", explicou, em nota, o presidente da entidade, Antônio Jorge Camardelli.

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Hong Kong continua sendo o principal destino do produto nacional, com importação de 29 mil toneladas e faturamento de US$ 130 milhões em janeiro. Com crescimento de quase 30% em faturamento (US$ 71 milhões) e 23% em volume (20 mil toneladas), o Egito ocupou a segunda posição no mês passado.

A Abiec destaca também o mercado norte-americano, que ocupou a quinta posição em janeiro. O crescimento em faturamento ultrapassou 127% e, em volume, mais de 170%. Vale lembrar que o Brasil exporta apenas carne industrializada para os EUA e a abertura do mercado para carne in natura ainda no primeiro semestre é uma das grandes apostas do setor para ampliar exportações em 2015, informa a associação. "Temos indicativos de que as negociações com o mercado norte-americano para carne in natura deverão avançar de maneira positiva e em breve. A abertura para os EUA é de fundamental importância porque possibilita também atingir outros países da NAFTA, bem como Caribe e América Central", diz Camardelli.

Segundo a Abiec, outras apostas do setor para ampliar mercados em 2015 é a retomada definitiva da China - que também tem previsão para o primeiro semestre; bem como as perspectivas positivas para o anúncio do fim do embargo da Arábia Saudita e Japão.

"O cenário continua em alta para este ano. Além dos esperados anúncios de liberação de mercados, temos diversas ações para a promoção da carne brasileira pelo mundo. Iniciamos agora em fevereiro com a presença na Gulfood, em Dubai. Os países árabes formam um mercado essencial para a carne brasileira, onde somente nos últimos dez anos, mais que dobramos o faturamento com vendas para aquela região, passando de US$ 537 milhões para US$ 1,3 bilhão. E ainda temos potencial para crescer mais", complementa o presidente da Abiec.

Ainda dentro dos resultados do mês de janeiro, a carne in natura foi a categoria de produtos brasileiros mais importada em todo o mundo, atingindo um faturamento de US$ 326 milhões.

Os preços das carnes bovinas e do frango estão com um cenário de altas menores no Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em entrevista concedida ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, o economista da instituição André Braz informou que ambos os itens, que têm peso importante nos indicadores de inflação ao consumidor, passaram a "subir menos" na segunda quadrissemana de outubro ante a primeira leitura do mês.

Segundo Braz, o valor médio da carne bovina saiu de uma elevação de 2,30%, na medição inicial de outubro, para uma variação positiva de 1,77% na segunda quadrissemana do mês. A alta no preço do frango, por sua vez, passou de 1,64% para 0,37%.

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Outro segmento do IPC-S que está com um cenário de avanços menores é o de Laticínios. Conforme o economista da FGV, esta parte da Alimentação mostrou variação positiva de 0,69% ante elevação de 0,81% da primeira quadrissemana.

No campo das quedas, o preço dos ovos mereceu destaque. O recuo no valor do item se intensificou, passando de 3,81% para 4,38%.

Para Braz, estes exemplos da Alimentação servem para mostrar que não existe atualmente uma aceleração da inflação disseminada por todos os itens da classe de despesa. "Em geral, o grupo não está subindo de forma espalhada", comentou.

Segundo ele, o conjunto de preços ainda tende a ser o principal fator de alta para o IPC-S de outubro, cuja projeção da FGV continua de uma taxa entre 0,50% e 0,55%. Para o economista, esta pressão deve continuar existindo por causa do comportamento dos preços dos alimentos in natura, que saíram do terreno de quedas (variação de 2,89%) para o de altas (variação de 0,62%) entre a primeira e a segunda quadrissemanas de outubro.

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