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Uma grande multidão acompanhou nesta terça-feira (9) a procissão anual do "Nazareno Negro" pelas ruas de Manila, nas Filipinas, em uma das manifestações mais importantes da fé católica, na qual os fiéis tentam tocar a estátua a que atribuem poderes milagrosos.

Homens, mulheres e crianças sobem uns em cima dos outros para alcançar a estátua do Cristo de dimensões humanas, que carrega uma grande cruz negra sobre os ombros, convencidos de que esta pode curar doenças e trazer boa sorte.

A estátua, exibida sobre uma carruagem puxada pelos fiéis com grandes cordas, abandonou durante um dia a basílica do Nazareno Negro em uma lenta procissão de cerca de 20 horas pelas ruas da cidade velha de Manila.

Uma enorme multidão lotou as ruas para a passagem da procissão, gritando "Viva!", enquanto as pessoas tentavam tocar a estátua com um pano branco, convencidas de que absorveriam seus poderes milagrosos.

"É realmente difícil tocar o Nazareno. Me esmagaram, pisaram no meu rosto, mas eu conservo a minha fé", explica à AFP Honey Pescante, dona de casa de 24 anos da província Bataan, ao oeste da capital deste arquipélago, onde 80% da população é católica.

A estátua é chamada de Nazareno Negro devido à sua cor escura provocada, segundo a lenda, pelo incêndio de um navio que a trouxe do México em 1606.

- Dois mortos em 2016 -

Mais de 700 pessoas ficaram feridas na procissão nesta terça-feira pelos empurrões em torno da estátua, segundo a Cruz Vermelha, que indicou que um homem sofreu uma lesão na coluna vertebral ao cair quando tentava subir à carruagem do Nazareno Negro. Em 2016, duas pessoas morreram nesta procissão.

Este balanço com frequência é recordado pelos que denunciam o fato de que esta procissão se assemelha demais à idolatria.

Os responsáveis da Igreja e alguns sociólogos alegam que este acontecimento é visto como um desafio pelos fiéis.

"O catolicismo filipino defende a ideia de que o Espírito santo pode ser sentido através do corpo" e do sofrimento, explica à AFP Maria Yohana Frias, pesquisadora de etnologia no Museu nacional das Filipinas.

"Para alguns, participar descalço na procissão é também uma maneira de provar sua fé", acrescenta.

A crença nas virtudes milagrosas da estátua foi reforçada também, ao longo dos séculos, pelo fato de que esta sobreviveu a um grande número de incêndios e terremotos, e ao bombardeio de Manila em 1945.

"Os filipinos que vêm a Quiapo têm o sentimento de estar perto do Senhor, de que o Senhor os toca, os acompanha em suas vidas difíceis", explica o padre Marvin Cruz, vigário da paróquia de Quiapo, um bairro da capital filipina.

Em uma calçada, Julio Castillo, de 61 anos, seguia a procissão nesta terça-feira, sentado em sua cadeira de rodas, após uma dupla fratura dos pés em um acidente de moto.

"Venho aqui porque sou um homem de fé", diz. "Espero que minha família conserve a saúde, que tenha prosperidade, que nunca estejamos doentes e que eu me cure".

Em entrevista concedida à TV Senado para um especial que está sendo elaborado em comemoração aos 30 anos da Constituição Federal, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) falou novamente sobre religião. O psolista disse que se sentia “ferido de morte” toda vez que um parlamentar sobe à tribuna “ostentando uma bíblia”. 

“Eu fico ferido de morte cada vez que eu vejo um deputado ou um senador subindo à tribuna para dizer que está ali defendendo não a Constituição, que a lei maior dele é a bíblia e ostenta a bíblia como seu guia. Isso é um atentado à democracia, à República, isso é um atentado ao juramento que a pessoa fez no momento que tomou posse”, criticou. 

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O parlamentar falou que se sente “profundamente ofendido” porque nem todos são cristãos. “Cada um de nós eleito pelo povo com o voto popular, nos elegemos para proteger o direito da coletividade, então cada vez que um deputado ou deputada sobe à tribuna e ostenta a bíblia, acena a bíblia como o livro com o qual ele vai atuar nesta casa, eu me sinto profundamente ofendido porque desses 200 milhões de habitantes [no Brasil], nem todos são cristãos, nem todos professam a fé cristã e nem todos os cristãos querem impor a sua fé aos outros”.

“Nós somos um país também feito de judeus, feitos de mulçumanos, feitos de espíritas kardecistas, que professam as religiões de matriz africana e nós somos também um país formados por ateus, que não creem em nada e que não merecem estar desprotegidos nem serem insultados e nem violados porque não acreditam em uma divindade. Isso me fere de morte ou me coloca como guardião dessa Constituição”, continuou argumentando Wyllys. 

Paixão religiosa

O deputado falou que irá continuar defendendo a Constituição. “Eu sou um defensor da Constituição cidadã. Ela tem lacunas, é verdade, ela não é radicalmente laica na medida em que faz uma menção a Deus no preâmbulo, eu gostaria que ela fosse radicalmente laica porque eu acho que o estado democrático de direito tem que ser laico, não tem que ter influência de nenhuma religião, não tem que ter paixão religiosa, tem que garantir a liberdade de crença, mas não pode se deixar influenciar por princípios nem por dogmas religiosos”.

“Eu sei que ela tem lacunas, esses pontos cegos, mas ela ainda é uma grande Constituição a ser defendida. Desde a escola, ela serve para mim não só como um documento, mas como uma lei máxima que precisa ser protegida porque contém os princípios que me protegem (...) eu continuo como defensor dessa Constituição e, por isso, achei escandaloso, por exemplo, que esse Congresso Nacional tenha alterado a Constituição no sentido de congelar gastos públicos durante 20 anos em saúde e educação e tecnologia”, assegurou. 

 

 

 

O papa Francisco celebrou, neste sábado (28), uma missa no Cairo diante de milhares de fiéis, no segundo dia de uma visita dedicada a apoiar a minoria cristã e promover o diálogo com os muçulmanos. O Papa, de pé na parte traseira de um veículo, chegou ao estádio cumprimentando os fiéis pouco antes das 10h (às 5h no horário de Brasília).

Em meio a um enorme dispositivo de segurança em toda a capital, Francisco entrou cercado por guarda-costas. Sorridente, saiu do veículo para cumprimentar um pequeno grupo de crianças. Nas arquibancadas, a multidão agitava bandeiras com as cores amarela e branca do Vaticano.

O pontífice argentino de 80 anos subiu posteriormente em um grande palco e iniciou sua homilia, pronunciada em italiano e traduzida ao árabe por um intérprete.

Os fiéis haviam chegado mais cedo em ônibus que precisaram atravessar vários postos de controle das forças de segurança para alcançar o estádio, com capacidade para 30.000 pessoas e sobrevoado por um helicóptero.

Freiras, famílias, homens de terno, jovens de jeans, padres ortodoxos e católicos ou idosos avançavam lentamente pelas diferentes entradas do estádio. 

"Estamos tão felizes que não nos importamos de esperar. (...) Estamos orgulhosos com o fato de (o papa) estar no Egito", disse à AFP Kanzi Bebawi, de 33 anos, com um longo vestido branco, presente na fila ao lado de seu marido.

"É muito importante que esteja aqui. Não temos medo de ir à igreja no Egito", disse Nabil Shukri.

A concentração religiosa reúne todos os ritos católicos do país, especialmente as igrejas copta, armênia, maronita e melquita. Líderes religiosos muçulmanos também participavam da missa.

Depois da missa e de um encontro com os bispos egípcios, Francisco se reunirá com os futuros sacerdotes de um seminário copta-católico no Cairo. O pontífice argentino planeja deixar o Egito durante a tarde, após sua curta visita de 27 horas, marcada pelos visíveis reforços da segurança.

O país de maioria muçulmana conta com uma comunidade católica de 272.000 fiéis, ou seja, 0,3% da população egípcia. Os católicos estão presentes no Egito desde o século V.

Nos séculos XVIII e XIX, várias ordens católicas, entre elas os franciscanos, os dominicanos e os jesuítas, se instalaram no país, onde desenvolveram uma rede de escolas, hospitais e instituições de caridade.

A viagem do Papa, que ocorre três semanas após o grupo extremista Estado Islâmico (EI) lançar dois ataques contra igrejas coptas ortodoxas que deixaram 45 mortos, adquire um caráter simbólico para os cristãos no país.

O líder espiritual de cerca de 1,3 bilhão de católicos no mundo defendeu a tolerância e o diálogo entre muçulmanos e cristãos ao chegar na sexta-feira ao Cairo.

O sumo pontífice abordou vários assuntos de importância no Oriente Médio, como a proliferação de armas ou os "populismos demagógicos" que "não ajudam a consolidar a paz e a estabilidade".

Há 112 anos, o dia 8 de dezembro é um marco para os católicos pernambucanos. A data é dedicada à Nossa Senhora da Conceição e a chamada Festa do Morro é um evento tradicional para os devotos que se dedicam, durante dez dias, a visitar, pagar e fazer promessas. 

Em 2016, a festividade tem o tema “Nossa Senhora da Conceição do Morro, Santuário do Povo”. Desde o dia 29 de novembro, o Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, recebe os fiéis até o ápica da celebração, nesta quinta-feira (8), com programação de missas, procissões e orações. 

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A história da Festa do Morro se tornou conhecida a partir da comemoração do cinqüentenário do dogma da Imaculada Conceição, instituído pelo Papa Pio IX, em 1854. Apenas em 1904 a imagem de Nossa Senhora da Conceição foi inaugurada no Morro da Boa Vista, pelo então bispo de Olinda, Dom Luiz Raymundo da  Silva Britto. O local onde a figura da santa foi colocada ficou conhecido como Morro da Conceição. A imagem foi trazida da França e chegou ao Recife em um navio, no ano de 1904. Ela mede 3,5 metros de altura e pesa 1840 kg. 

Junto à imagem da santa, um santuário foi construído, em 1906, em estilo gótico, a mando do mesmo bispo da época. Sua inauguração se deu em 1906; atualmente esse espaço tem características modernas e é ainda maior para abrigar maior número de fiéis e visitantes. 

Programação do dia de Nossa Senhora da Conceição

Desde a meia-noite desta quinta, missas a cada duas horas foram realizadas e seguem até às dez da manhã.  Já a tradicional procissão de encerramento da Festa terá concentração iniciada a partir das 14h, com saída do estacionamento da Prefeitura do Recife, no Cais do Apolo. 

Durante o percurso, a caminhada seguirá pela Ponte do Limoeiro e Avenida Norte em direção ao Morro da Conceição. Ao fim haverá a missa campal solene de encerramento, presidida pelo arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. A previsão de início é às 18h.

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Quem acha que Caratateua é mais frequentada no mês das férias escolares por causa das praias da ilha, mais conhecida por Outeiro, certamente não conhece o Círio do distrito. Cerca de seis mil pessoas são esperadas só para participarem das procissões. Porém, segundo dados dos organizadores dessa grande festividade religiosa, Caratateua recebe mais de dez mil visitantes durante esse período.

"O Círio não começa no 1º domingo de dezembro. Ele se inicia com as preparações das peregrinações das imagens da padroeira nas casas dos moradores, ainda em setembro. O maior objetivo dessa grande manifestação religiosa é unir as famílias, a vizinhança, a comunidade, tornando comuns as visitas de católicos dentro das casas dos irmãos para receber a palavra, a oração e os testemunhos de fé da igreja católica. Também trabalhamos com a pacificação junto com outros irmãos não católicos, mas que têm a certeza da existência de um Deus", afirma o padre Maurício Dias do Mar, que está pelo segundo ano consecutivo na organização do Círio de Caratateua.

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Com o tema “Maria, com misericórdia divina, rogai ao Pai por nós”, as procissões da 63ª edição do Círio de Nossa Senhora da Imaculada Conceição têm início na quinta-feira (1), não com a imagem peregrina original da padroeira, mas com os retornos das imagens das peregrinações. Na sexta-feira (2), é feita a carreata com a imagem peregrina que visita os bairros que o Círio não vai percorrer, com parada na Comunidade Cristo Redentor. Já no sábado (3), ocorre a Motocicloromaria pela manhã até à Comunidade São José, no bairro da Água Boa, e à noite a Trasladação vai até Itaiteua, na Comunidade de Nossa Senhora de Fátima. No domingo (4), às 7 horas, após a missa em Itaiteua, tem início a grande procissão até a igreja Matriz do distrito.

As festividades do Círio de Caratateua não se encerram com a grande procissão. De 4 a 10 de dezembro, no espaço cultural da Igreja Matriz, situada à rua Manoel Barata, além do casamento comunitário, haverá shows das bandas Portal do Arrocha, Skema M e Cia, TDB, Ponto sem nó, além do músico Renato e da cantora lírica Patrícia Oliveira, que estará presente na manhã da última procissão. E claro: também não faltarão comidas típicas da quadra nazarena, como pato no tucupi e maniçoba e a recepção calorosa dos moradores e comerciantes de Caratateua não vão faltar aos visitantes e fieis que forem até a ilha.

História - O Círio de Caratateua ou de Outeiro, como a ilha é mais conhecida, começou com o casal Joaquim e Maria Cortinhas Marques. Eles eram imigrantes portugueses e nunca deixaram de lado a devoção que tinham por Nossa Senhora da Imaculada Conceição, realizando sempre novenas na comunidade. Foi na década de 50 que se iniciaram as primeiras procissões, que cresceram a cada ano, até virar tradição. Atualmente, o maior objetivo dessa grande manifestação de fé, que já tem mais de 60 anos, é a renovação espiritual, e o desejo de mudanças na realidade sociocultural dos moradores da ilha que sofrem com a violência e prostituição.

SERVIÇO:

Círio da Ilha de Caratateua 2016

De 1 a 4/12: procissões e peregrinações.

Informações: (91) 3267-1174 / 98232-8929

De 4 a 10/12: atrações culturais.

Informações: (91) 99977-1535.

Por Vivianny Martos, especialmente para o LeiaJá.

 

 

Milhares de católicos se dirigiram nesta segunda-feira (15) ao santuário de Lourdes para celebrar a Assunção e "rezar pela França", uma peregrinação sob fortes medidas de segurança após o atentado de Nice e o assassinato de um padre em julho. No início da manhã, uma multidão de fiéis, alguns deles carregando os estandartes de sua diocese, já se preparavam para a primeira missa. 

"Viemos rezar pela paz em todo o mundo, que parece estar afundada no caos", disse Piet Tarappa, um empresário indonésio que chegou de Jacarta com um grupo de 35 peregrinos acompanhados por um bispo.

Sob um sol escaldante, policiais e militares patrulhavam o local, após a implementação de um dispositivo excepcional depois do massacre de 14 de julho em Nice (sudeste), que deixou 85 mortos, e o assassinato em 26 de julho do sacerdote Jacques Hamel, de 85 anos, degolado em plena missa em uma igreja da Normandia (noroeste).

A missa ao ar livre, organizada na pradaria situada fora do santuário, comemora a Assunção, que segundo o dogma católico celebra a subida ao céu da Virgem Maria.

Lionel Ambroise, um engenheiro francês de 29 anos que vive em Bruxelas, disse que foi ao local para agradecer a virgem por seu casamento e também para "refletir sobre o mundo e sobre a França, em especial pela crise que atravessa".

O cardeal e arcebispo de Lyon (centro-leste) Philippe Barbarin, uma das personalidades mais influentes da Igreja francesa, preside a cerimônia, cujo tema central é a misericórdia. O presidente da Conferência Episcopal, Georges Pontier, convocou os fiéis a "rezar pela França" e a fazer os sinos soarem ao meio-dia.

Os fiéis também estão convocados a "se reunir nas igrejas" e a "acender velas" em homenagem a Jacques Hamel. "Os católicos não faltarão ao evento", afirmou na sexta-feira Vincent Neymon, diretor de comunicação da Conferência Episcopal, que destacou o "contexto difícil" e a "tensão no país".

No entanto, Neymon ressaltou que esta oração não é "política" e que é "um momento de reunião".

"Solidariedade"

Outra cerimônia na gruta de Massabielle durante a tarde celebrará a aparição da virgem no local, que segundo a igreja católica se apresentou ali à pastora Bernadette Soubirous em 1858. A oração "terá um tom particular neste ano", disse Nicolas Brouwet, bispo de Tarbes-Lourdes. "No fundo, nós percebemos que nosso país é o alvo, não apenas a igreja católica".

O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, expressou no sábado depois de inspecionar o dispositivo de segurança sua "solidariedade" aos católicos e sua "gratidão" e "reconhecimento pelo discurso extremamente responsável que os bispos adotaram" após o atentado de 26 de julho.

Após o ataque, registrado pouco depois do atentado de Nice, muitos muçulmanos foram às igrejas expressar sua solidariedade aos seus "irmãos" cristãos e sua rejeição ao terrorismo.

Segundo uma pesquisa recente, cerca de 65% dos franceses se declararam católicos em 2010, mas apenas 7% vão à missa ao menos uma vez por semana.

Além das celebrações religiosas, há muitos eventos festivos programados para esta segunda-feira na França, incluindo danças populares, fogos de artifício e festas culturais, mas alguns foram cancelados por motivos de segurança.

Era a única igreja parisiense que aceitava animais nas missas e apesar de uma longa resistência, animada pelos católicos tradicionalistas, a igreja de Santa Rita foi evacuada nesta quarta-feira (3) para ser demolida para um projeto imobiliário.

Trinta pessoas que ocupavam o edifício neogótico, situado no oeste de Paris, foram retiradas "sem incidentes", informou a polícia, que afirmou que a igreja não estava "consagrada nem dedicada ao culto".

Vários membros da oposição de direita, como o deputado Eric Ciotti, criticaram a dispersão de policiais e "o triste símbolo" que deixa a evacuação feita por "um poder socialista sem alma e sem referências".

O prefeito do distrito, Phillippe Goujon, opositor da prefeitura de Paris, comandada pela socialista Anne Hidalgo, a qual é subordinado, disse estar indignado pelo fato de a evacuação ocorrer em um momento "em que toda a comunidade cristã está em duelo", em referência ao assassinato de um padre da igreja de Saint Étienne du Rouvray (noroeste) por dois homens em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

A entidade proprietária do edifício, a Associação de Capelas Católicas e Apostólicas (não vinculada à Igreja católica) decidiu por sua demolição para ocupar o terreno para um projeto imobiliário.

Os ofícios religiosos abertos a mascotes, que incluíam a festa anual para abençoar cachorros, gatos, pássaros e outros animais, se celebravam, segundo o rito galicano, não reconhecido pelo Vaticano.

O abade Guillaume de Tanouärn, uma figura do catolicismo tradicionalista francês, foi quem organizou a resistência dos fiéis.

"Estou escandalizada, triste e enojada por esse tipo de coisa que acontece na França. Foi aterrorizante a dispersão policial contra uma ocupação pacífica. E, ainda por cima, em plena missa", lamentou-se uma mulher de 27 anos que compareceu para apoiar os ocupantes.

No entanto, o porta-voz do governo, Stépane Le Foll, explicou que a igreja não estava inscrita no "Patrimônio Histórico" e é a associação a própria responsável.

"A regra e a lei" se aplicam para "todo mundo da mesma forma", destacou o funcionário, efetuando um chamado para apaziguar os ânimos, mais que atiçar as tensões.

Cerca de mil fiéis católicos e muçulmanos acompanharam neste domingo a missa organizada na catedral de Rouen, no noroeste da França, para prestar homenagem ao sacerdote Jacques Hamel, degolado na terça-feira por dois terroristas em uma igreja.

Às 08h00 GMT (05h00 de Brasília), 900 fiéis se reuniam no interior da catedral, onde foram reservados assentos para os habitantes de Saint Etienne du Rouvray, também no noroeste do país, onde se encontra a igreja na qual o padre foi assassinado quando celebrava uma missa.

Do lado de fora, vários militares vigiavam a entrada do templo.

Entre os fiéis, uma centena de muçulmanos responderam ao chamado do Conselho Francês de Culto Muçulmano (CFCM), que convidou os responsáveis de mesquitas, imãs e fiéis a assistir a missa para expressar sua "solidariedade e compaixão".

"Amor a todos, ódio a ninguém", afirmava um cartaz pendurado dentro da catedral por uma associação muçulmana.

No sábado ocorreram vigílias interreligiosas por todo o país, abalado pelo assassinato, na manhã de terça-feira, do padre Jacques Hamel, de 85 anos, por Abdel Malik Petitjean e Adel Kermiche, ambos de 19 anos.

O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Em uma igreja de Saint Etienne du Rouvray, diante de um retrato do padre assassinado cercado por flores, fiéis católicos e muçulmanos ouviram com atenção as palavras do padre Auguste Moanda, que lembrou que "a fraternidade existe entre as duas religiões".

Em Bordeaux, no sudoeste, 400 pessoas de diferentes confissões participaram de uma oração conjunta na igreja de Notre Drame.

"Construir um pacto"

No plano político, o primeiro-ministro Manuel Valls considerou em um artigo publicado no Journal du Dimanche (JDD) que, embora "o islã tenha encontrado seu lugar na República", é urgente "construir um verdadeiro pacto" com a segunda religião da França.

Segundo Valls, apesar do fracasso da Fundação pelo Islã na França, criada há mais de dez anos "para reunir com toda transparência os fundos necessários" para seu desenvolvimento, será preciso "revisar algumas regras para esgotar o financiamento externo e aumentar, para compensar, a possibilidade de recolher fundos" no país.

Em outro artigo do JDD, quarenta personalidades muçulmanas da França disseram estar "consternadas pela impotência da organização atual do Islã na França, que não tem nenhuma influência nos acontecimentos".

Por sua vez, a polícia investiga o entorno dos autores do ataque, que haviam sido fichados de forma separada pelos serviços de inteligência, embora não tenha sido possível detectar que fossem passar à ação.

Segundo os jornais La Voux du Nord e Le Parisien deste domingo, os dois jovens se conheceram através do aplicativo de mensagens Telegram, utilizado por Adel Kermiche, que teria descrito anteriormente o modus operandi do atentado, mencionando uma faca e uma igreja.

No âmbito da investigação, a polícia deteve provisoriamente o primo de um dos assassinos e um refugiado sírio. Já um menor de 16 anos que havia sido detido foi liberado, mas a polícia analisa documentos de propaganda jihadista que encontrou em seu telefone e computador.

O Carnaval foi embora há quase um mês, deixando muitos já na contagem regressiva para a festa no próximo ano. Mas, para outros tantos, uma contagem diferenciada, de 40 dias, se iniciou na Quarta-feira de Cinzas: a Quaresma. Nesta época do ano, para os católicos, é comum a realização de tipos de jejuns, um processo que precisa ser difícil, mas cumprido à risca como forma de evolução do ser humano. 

Os 40 dias que antecedem a Sexta-feira Santa - este ano marcada para 23 de março - são conhecidos entre os cristãos como período da Quaresma. Criado pela igreja católica no século IV, o tempo existe tradicionalmente para incentivar a prática da oração e do jejum de carne após o período carnavalesco. A ação, no entanto, tem sido atualizada pelos fiéis nos últimos anos: redes sociais, músicas, doces e outros costumes, mais modernos, entraram no "cardápio" de privações dos católicos, principalmente os mais jovens.

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O padre Moisés Lima, chanceler da Cúria Arquidiocesana, explicou que “a Quaresma é um retiro de toda a Igreja por quarenta dias, durante os quais ela propõe a seus fiéis o exemplo de Cristo em seu retiro no deserto, período no qual rezava e jejuava. Assim, a Igreja prepara-se para a celebração da Páscoa, propondo a penitência, a purificação e a prática mais intensa da caridade e da oração na vida cristã”.  O padre ainda acrescenta qual a intenção final de adotar algum tipo de abstinência. “O apelo de Jesus à conversão e à penitência não visa primariamente às obras exteriores, os jejuns e as mortificações, mas a conversão do coração, a penitência interior, pois sem ela as obras de penitência são estéreis e enganadoras. A intenção final é a conversão do coração”.

A ingestão de carne, por anos, foi a opção adotada como abstinência de muitos cristãos. No entanto, com o acesso cada vez maior de meios pelos quais as pessoas se tornam mais dependentes, a renúncia mudou de alvo. 

O estudante de gestão da informação Deyverson Santana, de 23 anos, optou por passar os 40 dias longe do Facebook e do Instagram. “Decidi que sairia do Facebook e do Instagram através de um testemunho de um amigo. Ele publicou que desapegaria daquela rede social na Quaresma e aquilo me tocou. Parei, refleti e segui o exemplo”, explicou à reportagem. 

Indagado sobre como estava sendo os primeiros dias longe das páginas, Santana classificou como “muito difíceis”. “Desinstalei os Apps do celular. Tenho muita vontade de usar, mas o propósito com Deus tem sido um fator crucial para eu conter a minha vontade. Espero que a Quaresma contribua para que depois eu use o Facebook, mas não seja tão fissurado nele quanto antes”, declarou.

De acordo com o padre Moisés, “abstinência significa renúncia. Abster-se de carne na Quaresma é uma foram de penitência, mas é possível fazer renúncia de outras ações que nos custam um pouquinho. Há jovens que renunciam nesse tempo o uso de redes sociais, por exemplo. Para uma pessoa habituada a estar conectada sempre, isso vai lhe custar. Contudo, é importante que a ação penitencial externa vá unida à prática da misericórdia. Por exemplo, uma pessoa que escolhe renunciar às redes sociais deve buscar estar mais conectada a Deus na oração, buscar o sacramento da confissão, dar atenção aos pais ou aos avós, visitar uma pessoa enferma ou idosa, mudar de comportamento, entre outras formas”, esclarece. 

Já a administradora Catarina Espírito Santo (foto acima) resolveu se abster de assistir seriados durante os quarenta dias que precedem a Páscoa. “Assistir séries estava me fazendo mal. Passou a ser vício e isso estava me prejudicando. Eu estava dividindo minha atenção aos estudos com o hábito intenso de ver as séries”, explicou a administradora. “Eu usava a desculpa de não estudar para assistir as séries. No caso, os seriados serviam de fuga para a minha falta de vontade em me dedicar aos estudos”, disse Catarina ao contar que em todos os anos ela realiza tanto abstinência como penitência, inclusive fazendo jejum de carne. 

O professor de educação física, Victor Diniz, resolveu, em 2016 fazer abstinência de jogos eletrônicos. O rapaz afirma que costumava dedicar de 1h a 1h30, mas resolveu se afastar dos jogos eletrônicos como Leage of Legends. “Resolvi parar porque esse tempo é um tempo muito perigoso e uma época muito propícia à conversão e passar a olhar mais pra cristo. Afinal a Quaresma é o período que Jesus passou no deserto passando por provações e, neste período nós tentamos acompanhar o sofrimento de cristo. Então a ideia é carregarmos a cruz com a finalidade de obter mudança e ver o que é necessário ou não é pra sua vida”.

Entre as tantas possibilidades de penitência, Victor afirmou que está realizando cerca de quatro abstinências. Nesta lista está incluído também o afastamento músicas. “Resolvi abrir mão de escutar músicas ditas do mundo. No caso, a busca voluntária por essas músicas, o que difere de, caso esteja na rua e tocar, não posso evitar”, detalha.

Pegando o gancho dos quarenta dias de abstinência, a equipe das editorias de Notícias, Tecnologia e Política do Portal LeiaJá também resolveu adotar a medida. Doces, consumo de refrigerantes, ingestão de carne e até mesmo mudanças de ações foram tomadas pelos nossos profissionais durante a Quaresma com a finalidade de desarraigar hábitos que eram julgados como ruins para a vida de cada um. 

O jejum

A Quaresma é um período de abstinências, no entanto, o jejum é uma ação obrigatória em dois dias no ano, pois, nestes dias, a alimentação fica restrita a apenas uma refeição ao dia. “A Igreja, assim como Cristo, insiste principalmente na necessidade da conversão do coração, na penitencia interior. A conversão interior impele à expressão dessa atitude com sinais visíveis, gestos e obras de penitência.  As práticas recomendadas são: oração, caridade e o jejum.  O jejum como tal está previsto como obrigatório em dois dias do ano, a quarta-feira de cinzas e sexta- feira da paixão. O jejum consiste em só realizar uma refeição completa nesses dois dias e as outras duas em quantidade reduzida. É obrigatório nesses dois dias para os católicos maiores de 18 anos e até 60 anos. Fora disso, cada pessoa pode escolher alguma renúncia para poder se unir mais espiritualmente a Cristo, para poder ser mais generoso ou fazer gestos concretos de caridade para com os mais necessitados”.

Com colaboração de Giselly Santos

A separação entre os cristãos do Oriente e do Ocidente, que se tornaram ortodoxos e católicos, teve como pano de fundo questões teológicas complexas, mas também profundas divisões políticas.

Desde os primeiros séculos do cristianismo, as diferenças se fizeram sentir entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente: alguns observam o rito greco-bizantino, os demais, o rito latino, e cada um reivindica para si a verdadeira doutrina, em especial sobre a natureza da Trindade (Pai, ​​Filho e Espírito Santo).

Acima de tudo, o Oriente, a terra dos Pais da Igreja, questiona quando o Papa, bispo de Roma, se apresenta como o sucessor de Pedro, o discípulo a quem Jesus confiou a missão de fundar e conduzir sua Igreja.

Em 451, o Concílio de Calcedônia estabeleceu o primado de Roma, mas Constantinopla o interpretou como um primado de honra não dando autoridade ao Papa sobre seus próprios fiéis. Mas, à medida que a autoridade do Papa começou a aparecer como uma ameaça do Ocidente carolíngio frente ao patriarca e ao imperador de Constantinopla, a ruptura tornou-se inevitável.

Em 1054, na Catedral de Santa Sofia de Constantinopla, o cardeal Humberto excomungou o patriarca Miguel I Cerulçário, iniciando o Grande Cisma que perdura até hoje.

Mas foram sobretudo as Cruzadas, temidas pela maioria dos cristãos do Oriente, que materializaram a separação, especialmente quando os cruzados estabeleceram patriarcados latinos paralelos aos patriarcados gregos.

Em 1964, o encontro em Jerusalém entre o papa Paulo VI e Atenágoras, patriarca de Constantinopla, deu início a um processo de reconciliação: as excomunhões mútuas foram levantadas. Os encontros passaram a ser frequentes entre os seus sucessores - Francisco encontrou Bartholomeu em 2014 em Jerusalém e em 2015 em Istambul - e os gestos de boa vontade se multiplicaram.

Desta forma, João Paulo II, em um gesto solene em 2004, devolveu aos ortodoxos as relíquias dos santos Gregório, o Teólogo, e João Crisóstomo, sequestrado em 1204 durante uma das cruzada. Em 1979, uma "comissão mista para o diálogo teológico" foi criada com o objetivo de uma reconciliação entre as duas tradições cristãs que, fora a liturgia, permaneceram bastante próximas.

Mas ao longo dos séculos, foi o patriarcado de Moscou, com pelo menos 130 milhões de seguidores contra menos de 3,5 milhões de Constantinopla, que assumiu a liderança sobre o mundo ortodoxo, formado por 14 Igrejas autocéfalas.

Mas as relações entre Moscou e a Santa Sé permaneceram por muito tempo em ponto morto, com os russos acusando o Vaticano de promover o proselitismo católico em terra ortodoxa.

Na primeira celebração de 2016, o papa Francisco pediu o fim da indiferença na humanidade e lembrou que hoje (1°) é o Dia Mundial da Paz. Segundo Francisco, apenas a misericórdia – tema do Jubileu católico – pode "regenerar” o homem para que “ele vença a indiferença que impede a solidariedade e que saia da falsa neutralidade que cria obstáculos que impedem a partilha”.

Durante a homilia, Francisco retomou um dos temas de que mais falou em 2015 e ressaltou que “as múltiplas formas de injustiça e de violência ferem cotidianamente a humanidade”.

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“Às vezes, nos perguntamos: como é possível que perdure a opressão sobre o homem? Que a arrogância continue a humilhar os mais fracos, deixando-os às margens mais abandonadas do nosso mundo? Até quando a maldade humana semeará sobre a terra a violência e o ódio, provocando vítimas inocentes?”, refletiu o líder católico.

Ao falar sobre imigrantes, o papa questionou: “Como pode haver plenitude em um tempo em que se coloca, diante de nossos olhos, multidões de homens, mulheres e crianças que fogem da guerra, da fome, da perseguição, dispostos a arriscar a sua vida para ver respeitados os seus direitos fundamentais?”

Segundo Francisco, “um rio de miséria, alimentado pelo pecado, parece contradizer a plenitude do tempo idealizada por Cristo”. No entanto, nas palavras do papa, “esse rio nada pode contra o oceano de misericórdia que inunda o nosso mundo”.

Francisco lembrou o Dia Mundial da Paz e destacou a importância de desejar o bem para os outros durante o primeiro dia de um novo ano.

“No início do ano, é bonito trocar saudações. Renovamos assim de um para outro o desejo de que aquele que começa seja um pouco melhor. No fundo, é um sinal de esperança que nos anima e nos convida a acreditar na vida. Mas, sabemos que, com o ano novo, não mudará tudo e muitos problemas de ontem permanecerão amanhã”, disse o líder católico, pedindo para que os fiéis acreditem em Deus como forma de mudar o futuro.

“O Pai é um apaixonado pelo homem que não se cansa jamais de recomeçar conosco para nos renovar. Mas Ele não promete mudanças mágicas porque Ele não usa uma varinha mágica. Ele ama mudar a realidade por dentro, com paciência e amor. Pede para entrar na nossa vida com delicadeza, como a chuva na terra, para criar frutos. E sempre nos espera com tenacidade”, concluiu.

Na tarde desta sexta-feira, o papa abrirá a Porta Santa da Basílica de Santa Maggiore, em mais uma etapa do Ano Santo Extraordinário.

O papa Francisco se prepara para visitar, entre 25 e 30 de novembro, três países africanos - Quênia, Uganda e República Centro-Africana -, com fortes comunidades católicas formadas por um clero ativo apoiado por milhares de catequistas.

Com 42,9 milhões de habitantes, os católicos no Quênia representam 32,3% (13,8 milhões) da população. Em Uganda, com uma população de 36,4 milhões, os batizados são 47% dos ugandenses (mais de 17 milhões).

A população da República Centro-Africana é de apenas 4,6 milhões, e os católicos representam 37,3% (1,7 milhão), de acordo com estatísticas do Vaticano divulgadas no final de 2014. O clero nos três países também é importante: há 38 bispos no Quênia, 32 em Uganda 16 na RCA.

Os padres estão distribuídos da seguinte forma: 2.744 no Quênia, 2.180 em Uganda em 350 na RCA. Milhares de freiras também estão presentes nos três países onde a fé católica, como ocorre em toda a África, também é ensinada por catequistas leigos: 11.300 no Quênia, 15.800 em Uganda e 6.200 na RCA.

Quênia e Uganda também contam com centros de formação clerical, com milhares de futuros padres formados em grandes e pequenos seminários: 5.500 no Quênia, 7.000 em Uganda e quase 400 na RCA.

A Igreja Católica também tem um papel-chave nas áreas de educação, saúde e assistência social, em especial nos dois países de língua inglesa, Quênia e Uganda. Segundo as estatísticas, mais de 12.000 escolas, incluindo jardins de infância, são dirigidas por religiosos no Quênia, cerca de 10.000 em Uganda e 300 na RCA.

Além disso, mais de 2.700 clínicas, orfanatos, hospitais, casas para deficientes e idosos operam nos três países.

Um grito uníssono em favor da vida e da paz foi ouvido neste domingo (18), na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, durante uma caminhada organizada pela Arquidiocese de Olinda e Recife. Católicos de todas as idades, com faixas que diziam “Sim à Vida” e lenços brancos acompanharam quatro trios que animavam a passeata com louvores religiosos.

Abrindo a caminhada, o arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, se colocou contrário ao aborto. "Viemos hoje às ruas defender e mostrar que somos contra o aborto. Defendemos a vida desde o ventre materno, mas não se restringe apenas a vida humana, mas à animal e à natureza”, disse.

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O religioso também questionou a falta de prioridade do poder público quanto aos principais serviços que garantem a vida e reduzem a violência. “Temos visto uma violência contra a saúde e a educação da parte do poder público”. Falta prioridade, na questão da educação por exemplo. Um povo bem educado, com escolas de qualidade, pensa melhor em certas situações difíceis”, frisou. 

Além dele, outros sete bispos participaram da caminhada. Os trios foram animados pelos padres Frei Damião Silva, Frei Rosivaldo e outras bandas católicas acompanharam o percurso.

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De idosos a crianças, pessoas de todas as idades defendiam o fim da violência. "Precisamos urgentemente de paz. Os homens precisam de um bom coração. Ligamos as televisões e só vemos violência contra a vida", frisou Genezia de Souza, de 80 anos, frequentadora da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, em Piedade.

O discurso contra a legalização do aborto foi enfatizado pelos jovens. "Atos como este mostram para todos que a igreja está firme e forte na luta contra o aborto. Dizemos todos os dias Sim à Vida", ressaltou Izaque Lima, de 20 anos, da Paróquia de São Lourenço Mártir, em São Lourenço da Mata.

O Vaticano pediu nesta sexta-feira a empresários, banqueiros e políticos que se comprometam com o fim da impunidade no setor da mineração, em particular nos países pobres, onde ocorrem graves crimes contra os trabalhadores das minas.

Trinta representantes de comunidades afetadas pelas minas na África, Ásia e América Latina participaram no Vaticano no encontro "Jornada de reflexão: Unidos em Deus ouvimos um grito”, dedicado às duras condições de trabalho nas minas.

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No encontro, também foram denunciadas a criminalização e a perseguição dos dirigentes comprometidos na defesa de suas terras e seus direitos.

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Com missas a cada meia hora, a Basílica de Nossa Senhora do Carmo, no Centro Recife, festeja nesta quinta-feira (16) a 319º Festa da Padroeira da capital pernambucana. Na Igreja, as celebrações religiosas acontecem desde as 5h e seguem até ás 15h, com a participação do Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, que além de presidir a última cerimônia religiosa, seguirá em procissão junto aos fiéis católicos até à Igreja do Carmo em Olinda.

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Acompanhada da filha e do neto, a dona de casa Ivonete Maria dos Santos, 53 anos, veio agradecer uma graça alcançada. “Já recebi uma graça há seis anos. Minha filha estava grávida e pedi a Nossa Senhora que ocorresse tudo bem no parto e hoje meu neto está aqui”, contou, revelando assistir missas na Basílica quase toda semana.

Outra fiel que também relatou ter recebido graças foi a pedagoga Josiane Campelo, 50. “Minha filha teve um problema grave de auto imunidade. Os braços dela ficavam cheios de manchas e os médicos diziam que não tinha cura. Hoje ela está curada e todos os anos estamos aqui agradecendo a Nossa Senhora do Carmo”, ressaltou.

De acordo com o reitor da Basílica do Carmo, Frei Dárcio de Azevedo Santos, hoje o dia é de festa para a igreja. “Mais uma festa de Nossa Senhora do Carmo, ela que é a senhora do lugar, é a padroeira da cidade e da Província Eclesiástica de Pernambuco”, enfatizou.

O Frei também ressaltou o significado de Maria para a igreja. “Representa para nós o sentido pleno daquele que disse sim a Deus, e que nos convida também a responder a Deus com a qualidade a nossa fé e com segmento a Jesus Cristo. Maria é a serva fiel, a mulher perfeita na bíblia que também nos convida a também dar o nosso sim na perfeição, na busca de Jesus Cristo”, destacou.

Segundo o religioso, a Basílica do Carmo foi aberta às 4h da manhã e segue com celebrações. Além das missas da Matriz, no claustro, ao lado do espaço religioso, há missas a cada meia hora.

Mudanças no trânsito – Em virtude da festa religiosa, alguns trechos das ruas do Centro do Recife foram interditados: Nossa Senhora do Carmo com Rua do Imperador e Martins de Barro e a Avenida Dantas Barreto com a Avenida Guararapes e a 1º de Março.

À tarde, após às 16h30, quando começa a procissão até a Igreja do Carmo em Olinda, o efetivo de agentes de trânsito será reforçado e haverá barreiras e interdições itinerantes ao longo das vias.

Nesta quinta-feira (4), dia em que é comemorada a festa cristã Corpus Christi, católicos de diversas localidades do Estado celebrarão a data, que representa o testemunho público, a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia. Na Cáritas Diocesana de Pesqueira, as comemorações começam a partir da 7h, com a confecção de tapetes com serragens, missa e procissão.

Para este ano, a Diocese de Pesqueira escolheu o símbolo da campanha da fraternidade 2015 “Eu vim para servir”. Após a confecção de tapetes com serragens, acontecerá uma missa, às 17h, na Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, seguida de uma procissão eucarística que percorrerá as ruas da cidade, atravessando o corredor de tapetes, e findando na Catedral de Santa Águeda, onde haverá a solene bênção do Santíssimo Sacramento.

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Cinco peregrinos que se dirigiam ao santuário de Fátima, em Portugal, morreram e outros quatro ficaram feridos neste sábado (2) perto de Coimbra (centro), atropelados por um carro enquanto caminhavam pelo acostamento da estrada.

"As vítimas formavam parte de um grupo de mais de 80 pessoas que circulavam por uma parte da estrada destinada aos peregrinos, como a cada ano na época de peregrinação de Fátima", informou à AFP o comandante dos bombeiro de Condeixa (centro), Fernando Gonçalves.

Quatro pessoas morreram na hora e uma quinta a caminho do hospital. O motorista, que também ficou ferido no acidente, havia perdido o controle do veículo.

A cada ano, no dia 13 de maio, centenas de milhares de fiéis visitam a vasta esplanada do santuário de Fátima, a 130 km ao norte de Lisboa, para comemorar as aparições da Virgem Maria. Segundo a fé católica, a Virgem apareceu em seis ocasiões diante de três crianças pastoras entre 13 de maio de 13 de outubro de 1917.

O papa Francisco aceitou nesta terça-feira a demissão de Robert Finn, bispo de Kansas City (Missouri, Estados Unidos), que representa um caso emblemático nos Estados Unidos por ter acobertado um padre pedófilo, anunciou o Vaticano.

Esta medida era exigida há muito tempo pelas associações de vitimas de padres nos Estados Unidos, como a rede SNAP.

O prelado de 62 anos foi reconhecido culpado em 2012 pela justiça americana de não ter denunciado o padre pedófilo.

É provável que sua demissão tenha sido exigida pelo Vaticano, seguindo a política de "tolerância zero" do papa Francisco ante estes escândalos que abalaram a reputação da Igreja.

Em setembro de 2012, depois de um processo de várias semanas, Finn foi reconhecido culpado de não ter denunciado o padre de sua diocese, Shawn Ratigan, acusado de pedofilia e de posse de imagens de pornografia infantil.

Em compensação, a nomeação em janeiro pelo papa de um bispo chileno, Juan de la Cruz Barros, suspeito de ter protegido outro padre pedófilo, foi considerada uma decisão infeliz por especialistas laicos, que aconselham o Vaticano e expressaram seu desejo de que a indicação seja anulada.

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Católicos de todo o mundo participaram neste sábado (4) da Missa do Sábado de Aleluia, conhecida também como a celebração da Vigília Pascal. O ato é o mais importante do ano litúrgico em que a igreja celebra justamente a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Na Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR), o evento religioso foi realizado, nesta noite, pelo arcebispo Dom Fernando Saburido, na Catedral da Sé, em Olinda, Região Metropolitana do Recife. Lá, centenas de fiés se fizeram presentes e deram uma demonstração de fé.

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Último dia da Semana Santa e do Tríduo Pascal, a Missa do Sábado de Aleluia iniciou, como de costume, com a bênção do fogo e do Círio Pascal – grande vela que representa a luz do Cristo ressuscitado, que ilumina o mundo. Nela estão gravadas as letras gregas Alfa e Ômega, que significam "Deus é o princípio e o fim de tudo”. Posteriormente, os católicos entraram na Catedral de São Salvador do Mundo, acenderam suas velas e renovaram as promessas batismais. Em seguida, a missa seguiu os ritos tradicionais.

Mais extensa que as missas cotidianas, a celebração deste sábado renova os sacramentos da Igreja Católica e relembra a história bíblica desde os primórdios até a ressurreição de Cristo. “Se estende porque além de lembrar os sacramentos fundamentais, tem uma narração da história da salvação. Tem trechos mais importantes que ligam o povo de Israel até a paixão e morte do Senhor”, explicou o padre Sandro Corazza, que concelebrou a missa.

Para o casal Amarilis Buriti, funcionária pública, e Jaílson Marinho, aposentado, a celebração é um momento de reaproximação com a igreja. “Hoje em dia, no mundo em que vivemos, é muito importante buscarmos Deus”, frisou Buriti. Já para a freira da Congregação das Irmãs Dorotéias, Irmã Marlene Almeida, a missa de hoje é muito relevante. “Hoje é a bênção do fogo. Um ato muito importante para a igreja. Todos os anos venho participar”, revelou a religiosa.

Segundo Dom Fernando, a missa deste sábado é a culminância de todo o período da quaresma. “Agora chegou o momento da grande notícia, da grande alegria, da ressurreição de Jesus. Nós nos preparamos durante a quaresma inteira e durante o Tríduo Pascal, para agora celebrar a festa. Então, é uma celebração muito bonita onde se acende o Círio Pascal que representa Jesus Cristo, a luz do mundo, e tem toda uma reflexão na história da salvação”, disse o religioso.

O bispo também frisou a renovação dos sacramentos, feita durante a cerimônia religiosa. “Hoje é um dia que os cristãos renovam as promessas batismais para renovar seus compromissos com o Cristo. De modo que é uma ocasião muito bela para nós podermos retomar nossa caminhada cristã à luz do evangelho”, destacou o bispo.

Como tradição católica, a Vigília Pascal só pode ser celebrada à noite, por isso, no decorrer do dia, nenhuma igreja tem missa. “É uma tradição, porque só depois do entardecer é que se pode celebrar a Vigília Pascal. Ontem e hoje são dias de silêncio onde Jesus está morto, e a partir de agora vem à ressurreição sobre a morte e nós nos alegramos e fazemos festa”, explicou Saburido.

O arcebispo de Olinda e Recife também emitiu uma mensagem de páscoa para todos os católicos. “Que procurem viver realmente o Cristo ressuscitado, ou seja, uma vida alegre e feliz. Quem tem Deus consigo é uma pessoa contente. É uma pessoa realizada. Então, ele nos dá forças para superar as barreiras e as dificuldades todas que estão surgindo no decorrer de nossa existência. (...)”, disse, reforçando o amor ao próximo. “Então, que a gente procure entender isso e procure de fato fazer alguma coisa pelo outro e impulsionar a todas às pessoas viver este clima de alegria que nos proporciona a quem é cristão, a quem vive a sua fé”, ressaltou o bispo.

Para os fiéis católicos, a Páscoa é a época de relembrar a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Em Olinda, esta sexta-feira (3) foi marcada pelas tradicionais Celebração da Paixão de Cristo e da Procissão do Senhor Morto, realizadas na Catedral da Sé e pelas ladeiras da Cidade Alta, respectivamente. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, comandou o ritual, que começou pontualmente às 15h, e destacou a importância da data para estimular o lado fraterno dos homens.  

“Jesus Cristo morreu exatamente às 15h por amor e espera de cada um de nós gestos semelhantes, que a gente possa viver em uma sociedade justa e fraterna. Então, o nosso empenho deve ser sempre imitar Jesus, que foi um bom pastor e está ao lado, principalmente, das ovelhas mais debilitadas e fracas”, pontuou dom Fernando Saburido.

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A aposentada Maria das Dores, de 57 anos, acredita que esta é uma das celebrações mais importantes para os católicos. “É nesse momento que devemos refletir, em silêncio, sobre a morte de Cristo. É uma ocasião que me comove muito porque ninguém passa por essa vida sem sofrimento e dor. Gosto de estar ao lado dele nesse momento”, pontuou.

Jovens de diversas idades também estiveram presentes na celebração. Priscila Cruz, de 16 anos, participou pela primeira vez do ato para renovar a fé. “A Páscoa não é só de chocolates, precisamos lembrar do sofrimento de Cristo todos os dias, principalmente na Semana Santa. Apesar de ser um momento triste, é uma celebração muito bonita”, complementou.

Às 17h, a Procissão do Senhor Morto ganhou as ladeiras da Cidade Alta. Os fiéis, então, seguiram com a imagem de Jesus Cristo, acompanhado das imagens de Nossa Senhora, Maria Madalena e São João Evangelista. A caminhada seguiu até o Convento de São Francisco.

Os atos da Semana Santa continuam neste sábado (4). A partir das 20h, também na Catedral da Sé, em Olinda, os católicos participam da Vigília Pascal. A celebração começa pela bênção fogo e do Círio Pascal – grande vela que representa a luz do Cristo ressuscitado. Durante o ritual, os fiéis renovam as promessas batismais. Em seguida, a missa segue os ritos tradicionais.

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