Tópicos | Caxemira indiana

Supostos rebeldes mataram cinco soldados indianos na região da Caxemira indiana nesta segunda-feira (11) - anunciou um porta-voz das Forças Armadas.

"Um suboficial e quatro soldados foram mortos, provavelmente pelas mãos de infiltrados, durante uma operação de busca", disse o coronel Devendar Anand à AFP, acrescentando que "a operação continua".

Os tiros foram disparados em uma passagem de montanha perto da linha de controle (LOC) que separa a região da Caxemira administrada pelo Paquistão.

Este foi o incidente mais mortal envolvendo o Exército indiano na região desde que um cessar-fogo foi anunciado, em fevereiro, entre Índia e Paquistão ao longo da fronteira de facto.

Índia e Paquistão compartilham a Caxemira desde sua independência, em 1947, e ambos reivindicam a totalidade da região do Himalaia como parte de seu território.

Há mais de três décadas, grupos rebeldes enfrentam soldados indianos, exigindo a independência da Caxemira, ou sua fusão com o Paquistão.

Dezenas de milhares de civis, soldados e rebeldes morreram nesses confrontos. A Índia acusa o Paquistão de apoiar a rebelião.

Na Caxemira indiana, as tensões aumentaram desde que o governo central revogou o "status" de semiautonomia da região, em agosto de 2019, obrigando a aplicação de novas leis e a supressão de outras.

Mais recentemente, houve vários ataques contra civis, reivindicados por um grupo rebelde. Na semana passada, dois professores morreram em ações desse tipo.

As forças de segurança da Caxemira administrada pela Índia mataram um famoso militante que jurou lealdade à Al-Qaeda, anunciaram as autoridades locais, que consideram a notícia um duro golpe aos rebeldes neste território disputado por Índia e Paquistão.

Após a divulgação da notícia da morte de Zakir Musa na quinta-feira à noite, centenas de manifestantes saíram às ruas e enfrentaram as forças de segurança em diversas localidades, incluindo Srinagar, capital do estado indiano de Jammu e Caxemira.

As autoridades cortaram o acesso à internet no vale da Caxemira e anunciaram um toque de recolher em grande parte do território para impedir a propagação dos protestos.

Musa, 25 anos, foi encontrado na tarde de quinta-feira por soldados e policiais em um esconderijo perto da cidade de Tral.

Os oficiais pediram sua rendição, mas ele jogou uma granada e abriu fogo, morrendo no tiroteio iniciado em seguida, informou uma fonte policial à AFP.

Musa anunciou em 2017 a criação do grupo Ansar Ghazwat ul Hind e declarou lealdade à Al-Qaeda, prometendo lutar para estabelecer um califado islâmico na Caxemira.

Grupos rebeldes lutam há décadas contra quase 500.000 soldados indianos na parte do território controlada por Nova Délhi, buscando a independência ou uma fusão com o Paquistão, que administra uma parte da região.

A Caxemira foi dividida entre os dois países ao final do domínio colonial britânico em 1947.

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