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Durante as festas de carnaval, as tendências da moda influenciam como as pessoas se apresentam, seja nas roupas ou nos cabelos, e diversos produtos são utilizados para embelezar, além de ajudar a “montar o look perfeito” para seguir os blocos e troças carnavalescas. No entanto, há certos componentes químicos que devem ser manuseados com cautela, como as pomadas capilares, usadas comumente para modelar os cabelos. 

No final do período das prévias de carnaval do ano passado, centenas de casos de cegueira, mesmo que temporária, foram registrados no Recife, devido ao uso de pomadas capilares que continham ingredientes não aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Segundo a oftalmologista Telma Florencio, especialista em doenças da retina e cirurgia vítreo retiniana, os componentes responsáveis pela maioria dos quadros de cegueira são o metilcloroisotiazolinona e o metilisotiazolinona, conhecidos como MCI e Ml. De acordo com a especialista, eles são um tipo de conservante presente em produtos de cabelo, como pomadas capilares, alisadores e colas para extensão de cílios. 

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Florencio afirma que é preciso ficar atento aos componentes químicos presentes em alguns produtos, em especial os que não necessitam de enxague após o uso, como é o caso das pomadas capilares. “Os produtos que têm liberação da Anvisa são mais seguros, pois passam por uma avaliação. Inclusive estes conservantes podem estar presentes em produtos do tipo “rinse off”, desta forma não causam danos à saúde”, explicou a médica à reportagem. 

A especialista alerta ainda sobre outros problemas que podem ser causados por tais produtos em contato direto com a pele e os olhos. “Dermatite alérgica, coceira, edema na pele e ou pálpebras e danos permanentes à córnea, podendo causar cegueira”, listou. 

Para saber com precisão quais produtos não causam danos à saúde, Florencio aconselha utilizar os que são aprovados pela Anvisa. A lista completa, atualizada no final de dezembro de 2023, está disponível no site oficial da agência

 

A Diretoria de Vigilância em Saúde, ligada à Secretaria de Saúde de Olinda, iniciou a fiscalização em lojas de cosméticos para o eventual recolhimento das pomadas para tranças, vetadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os casos de pacientes com irritação nos olhos e risco de cegueira, devido ao uso do produto, aumentaram vertiginosamente nas últimas semanas.

A ação faz vigorar as resoluções 192, 198, 230 e 231, publicadas em 19 de janeiro de 2023 pela Anvisa. Durante a vistoria nos estabelecimentos visitados não foi encontrado nenhum produto que consta na lista dos que estão proibidos. Segundo Ana Cláudia Callou, secretária de saúde de Olinda, é fundamental que a fiscalização continue. “Nossa Vigilância Sanitária está atenta a essa resolução da Anvisa e nas ruas para evitar que as pessoas adquiram esses produtos”, informa a gestora.

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Denúncia

A sede da Vigilância em Saúde de Olinda será ponto de recolhimento, localizada na PE-15, s/n, ao lado da Justiça do Trabalho, Cidade Tabajara, de segunda à sexta-feira, das 8h às 13h. O telefone para contato é (81) 9.92010816, email: devsolinda2022@gmail.com

Com informações da assessoria

Dezenas de mulheres e homens estão indo parar na emergência após terem utilizado pomadas modeladoras para tranças nas prévias carnavalescas que aconteceram neste fim de semana, na Região Metropolitana do Recife. Mais de 100 pessoas foram parar na emergência. 

De acordo com o g1, pelo menos 68 foram atendidas na Fundação Altino Ventura, a única emergência oftalmológica pública do Recife, entre o domingo (5) e o início da tarde desta segunda-feira (6). A queixa dos pacientes é irritação nos olhos após o uso de pomadas modeladoras durante as prévias. 

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A estudante de enfermagem de 19 anos, Thais Maely, foi uma das pessoas que usou a pomada modeladora para trança e teve a retina do olho arranhada pela ação do produto químico. A marca utilizada pela jovem foi a Negros Trançados, que não consta na lista da Anvisa sobre as recomendações. 

Ao LeiaJá, a Rainha da Bateria Auê, Thais, fez o penteado para uma apresentação em Olinda, ainda no sábado (4). “Começou a chover muito e eu senti uma irritação no olho. Na hora, percebi que seria a pomada, porque era a única coisa possível que estaria escorrendo no meu olho. Como eu estava com aplique no cabelo, soltei ele todo e levantei a cabeça para cima, para que a chuva pudesse bater e limpar, o que não deixou piorar a situação”, disse. 

A estudante contou ter sentido ardência só na hora da chuva, quando o produto caiu no olho, e ficou com a visão um pouco turva, mas melhorou depois. “De Olinda, eu fui para outro bloco e estava tranquilo. O meu olho só estava vermelho, mas eu não estava sentindo tanta dor, até dormir. Quando acordei, já não enxergava mais nada e a minha visão estava totalmente turva”, afirmou. 

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Thais disse ter ficado desesperada, com medo de perder a visão. “Eu fui dormir só com a irritação nos olhos e acordei sem enxergar nada. Não conseguia nem visualizar a tela do celular para ligar para alguém, e eu estava sozinha em casa. Consegui falar com a minha avó por ser o contato de emergência do meu celular. Já liguei pra ela chorando e desesperada”. 

Quando a avó chegou, já no domingo (5), ela lavou os olhos com soro fisiológico e correu para o hospital. Mesmo com plano de saúde, Maely observou que não teve nenhuma assistência. “O hospital que o plano de saúde mandou a gente ir não tinha emergência oftalmológica e lá me mandaram ir no SUS. Não fui porque estava lotado com casos similares e optei por ir num hospital particular, o Hope. Chegando lá, tinham 12 pessoas na minha frente e eu tive que pagar R$ 400 de consulta, porque estávamos desesperadas, tanto eu quanto a minha avó. A gente não sabia mais o que fazer. Eu gritava e chorava de dor, sem enxergar nada. E todas as meninas que chegavam lá estavam na mesma situação ou pior”. Os sintomas dela foram: tontura, dor de cabeça, ânsia de vômito e a visão totalmente turva. 

Segundo a jovem, havia 12 pessoas na frente com os mesmos sintomas, e a rede hospitalar estava com uma médica específica para atender estes casos. “Ela [a médica] falou que chegava muita gente com isso desde a madrugada. Ela foi bem clara e disse que a gente estava com produto químico no olho e que, quanto mais tempo passava, a gente tinha o risco de ter uma lesão mais séria. No meu caso, a minha retina arranhou. Além do mais, estavam colocando analgésico no nosso olho assim que a gente chegava, porque não dava pra abrir nem para examinar. Voltei ao hospital depois de 24 horas para retirar o curativo que a médica colocou no olho que estava mais arranhado, porque não pode colocar nos dois”, detalhou. 

A médica orientou que a paciente não fique na claridade, evite abrir os olhos, não pode mexer no celular e “sol nem pensar”, e passou um tratamento de oito dias. “Quando a gente compra a pomada, eles só pedem que a gente evite tomar banho de piscina e molhar o cabelo, mas não avisam que isso pode acontecer e a gente pode ter uma lesão tão séria assim no olho”, apontou a jovem. 

Especialistas reforçam que, para os penteados, devem ser utilizados gel sem álcool e gelatina sem álcool. A Anvisa proibiu, recentemente, algumas pomadas modeladoras de cabelo causadoras de efeitos adversos graves, como queimaduras nos olhos e cegueira. Dezenas de produtos foram alvos de ações da agência. 

As pomadas modeladoras têm sido utilizadas para penteados, principalmente em tranças, e são mais usadas em cabelos crespos e cacheados para trazer definição. Os produtos costumam fazer sucesso por deixar o cabelo mais consistente e fácil de modelar. Porém, em contato com a água, ele “derrete” e, ao tocar nos olhos, causa o problema. 

Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou a regularização que autorizava a fabricação de sete pomadas modeladoras para cabelos por não estarem cumprindo as normas sanitárias previstas, segundo a Agência. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União do dia 16 de janeiro. 

A marcas que foram objeto de medidas restritivas na comercialização e do uso, assim como a fabricação, dada a regulamentação, foram as seguintes marcas: Pomada Braids Hair, Pomada Cassu Braids Cassulinha Cabelos, Pomada Braids Tranças Poderosas Esponja Magic, Rosa Hair - Pomada Modeladora - Mega Fixação 150G, Pomada Modeladora Master Fix Black Ser Mulher, Pomada Black - Essenza Hair e Pomada Modeladora para Tranças Boxbraids (Fixa Liss). Todos têm a função de modular os cabelos.

A orientação da Anvisa é que os produtos fabricados especificamente pela Microfarma Indústria e Comércio Ltda, devem entrar em contato com a empresa para checar a forma de devolução, já que o fabricante deve recolher todos os produtos disponibilizados no mercado. Determina, ainda, que os estabelecimentos que tiverem produto para uso dos clientes devem suspender a utilização “imediatamente”.

A Agência já havia divulgado um alerta de prevenção à pomada Cassu Braids, no início de janeiro deste ano, depois de relatos de que o produto estaria causando danos aos olhos como irritação ocular, pálpebras inchadas, dor nos olhos e dificuldades para enxergar o cabelo. 

Após relatos de clientes com diversos problemas de saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a restrição e o recolhimento de pomadas capilares para modelar tranças. Ao todo, 11 pomadas modeladoras estão com a venda suspensa para que a haja investigação das substâncias contidas nesses produtos e as marcas possam regularizá-las.

Segundo a tricologista e cabeleireira Rosi Ribeiro, os efeitos negativos com o uso das pomadas capilares podem ser sentidos tanto pelo profissional que aplica o produto quanto pelo cliente. Os relatos são de coceira e vermelhidão nos olhos, irritação na pele, inflamação no folículo capilar e até cegueira provisória. Há casos em que o uso reiterado da pomada pode levar ao entupimento do folículo e à queda do cabelo. 

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"Houve um caso em que a cliente usou trança durante três meses, o cabelo caiu e o folículo fechou. Em vez de retirar a trança, ela refez o penteado. O maior problema é que, com fechamento desse folículo, o cabelo não nasce mais", contou a profissional. 

Informação

A pomada é um cosmético geralmente usado para fixação de penteados. De acordo com a tricologista, substâncias conservantes permitem validade maior do produto, mas podem causar efeitos adversos nos usuários. Esses problemas surgem após contato do produto com água, que faz a pomada escorrer pelo rosto e os olhos. Para Rosi Ribeiro, a melhor forma de prevenção de efeitos negativos é a informação.

"Há um mito de que a mulher precisa sofrer para ficar bonita, mas isso não é verdade. O essencial é ter informação", disse. "Atualmente, cada um pode fazer seu produto. Vai ao laboratório e faz um produto sem controle de quantidade desses conservantes e coloca em excesso. Não é que as substâncias não podem ser usadas, mas que devem seguir regras específicas e com a possibilidade de enxague - o que não acontece atualmente. Assim, as pessoas precisam saber quais são as substâncias que podem provocar riscos à saúde", explicou.

De acordo com a Anvisa, os produtos são alvo de investigação por parte da própria agência reguladora e dos órgãos de Vigilância Sanitária locais devido a relatos de pacientes sobre a ocorrência de eventos adversos graves após o uso. Todos esses produtos podem oferecer risco à saúde.

A Anvisa explica que a interdição das pomadas é uma medida cautelar que visa proteger a saúde da população e que permanece vigente enquanto são realizados testes, provas, análises ou outras providências são requeridas para investigação mais aprofundada do caso.

O que fazer se tiver adquirido o produto

No caso de o consumidor ter um dos produtos em casa, a recomendação é que não o utilize e entre em contato com a empresa para verificar a forma de devolução.

Se o produto já tiver sido usado, em caso de qualquer efeito adverso, o conselho da agência é procurar imediatamente o serviço de saúde e informar a Anvisa pelas páginas de cidadão e profissional que maneja o produto ou de empresas e profissionais da saúde.

De acordo com a tricologista, a instrução é que os clientes procurem produtos com base em substâncias naturais, sem conservantes e por consequência, com validade curta.

"Há uma carência de informação na área de cachos e cabelos afro. Profissionais precisam entender que é possível o serviço ser feito com a mesma qualidade, sem até mesmo o uso da pomada", afirmou. "Muitas pessoas optam por determinadas opções pelo preço, mas a recorrência de produtos muito mais baratos, sem nenhuma regulamentação, a curto prazo. Só que a longo prazo, ou até médio prazo (de 3 a 6 meses), a pessoa pode ter uma calvície permanente", explicou.

Segundo Rosi Ribeiro, os efeitos negativos da pomada podem impactar na autoestima das mulheres. "O uso desses produtos pode levar a uma calvície permanente e isso vai abalar psicologicamente a sua autoestima, sua parte física, além de levar a gastos com diversos profissionais como dermatologistas e psicólogos”, apontou.

Atendimento social

Rosi Ribeiro conduz o projeto social Alisa não, mamãe, uma iniciativa gratuita para ajudar a família a cuidar dos cabelos crespos e cacheados dos pequenos. Voltado para crianças de dois a 14 anos, a proposta é ensinar técnicas para cuidar dos cabelos crespos e cacheados. A profissional avalia o cabelo das crianças e orienta sobre as possibilidades de cuidar do cabelo sem danificá-lo.

Relato

A influenciadora digital Bielle Elizabeth contou em sua conta no Instagram a experiência com uma pomada capilar e o susto ao ficar temporariamente sem a visão. A pomada modeladora usada para fixar penteado no cabelo, caiu nos olhos em virtude de uma chuva.

"Usei a pomada para poder finalizar o baby hair, porque é isso que a gente faz. É uma coisa normal, não tem culpado a não ser a marca da pomada que não tem as indicações corretas para deixar circular no mercado", disse. "Usei a pomada e fui para um evento, eu estava fazendo a publicidade, e choveu. Peguei chuva e automaticamente a pomada escorreu e veio nos meus olhos. Na mesma hora, tive reação", acrescentou.

Com fortes dores nos olhos e sem enxergar, Elizabeth foi recuperando a visão gradualmente após ter sido socorrida e medicada em um pronto-socorro.

"Quem aqui já não deixou um pingo de shampoo cair no olho ao lavar o cabelo no banho? É a regra ficar cego por isso? Não. O mesmo pensamento deve ser aplicado para a pasta modeladora. É de uma extrema irresponsabilidade e covardia culpar as vítimas. Choveu, suou. Algo natural, que em nenhum momento deve ser colocado em xeque para justificar um produto que cause dor ao cliente", disse. "Uma irritação é aceitável até e na exceção. Mas o que estamos vendo aqui é a regra de apenas um dia 140 pessoas tendo reações a um produto que tem em sua química o poder de cegar uma pessoa", completou.

No Dia Mundial da Retina, 24 de setembro, uma pesquisa inédita da organização não governamental (ONG) Retina Brasil, com apoio da Roche Farma Brasil, alerta que as dificuldades no diagnóstico da degeneração macular relacionada à idade (DMRI) ocorrem, principalmente, pela pouca informação do paciente sobre a doença e pela demora para iniciar o tratamento. Segundo o estudo, muitas vezes, os sintomas são encarados como parte do envelhecimento e não existe rastreio adequado.

Com o envelhecimento da população brasileira, a DMRI torna-se mais prevalente. A doença afeta a área central da retina (chamada mácula) e representa a principal causa de cegueira irreversível em indivíduos com mais de 50 anos nos países desenvolvidos, informa o Ministério da Saúde.

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A pesquisa, que ouviu 100 pessoas com DMRI de todo o Brasil, revela que 81% encontraram barreiras para chegar ao diagnóstico. As principais dificuldades foram a demora para procurar um médico por achar que os sintomas não eram relevantes (59%), a falta de acesso a especialistas (17%) e o medo do diagnóstico (7%). Dificuldades financeiras ou para marcar consultas e realizar exames e falta de acompanhante também foram citadas pelos entrevistados.

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia cita estimativas com base na projeção populacional segundo as quais, em 2030, o país terá quase 900 mil pessoas com DMRI. A doença não tem causa única e, sim, uma combinação de fatores de risco, como: idade, história familiar de DMRI, índice de massa corporal (IMC) elevado, tabagismo e etnia.

Com a progressão da doença, ocorre perda gradual da visão, que pode levar à cegueira total. Os indivíduos com DMRI devem ser examinados e acompanhados periodicamente por um especialista, pois a doença pode se agravar.

“É essencial que seja implantado o protocolo de atendimento no SUS [Sistema Único de Saúde] e na saúde suplementar para a boa gestão do tratamento para preservar a visão e a qualidade de vida. Programas de detecção precoce da doença, facilitação do fluxo dos exames e agilidade para o início do tratamento permitem melhores resultados visuais e otimização da capacidade funcional e independência do idoso”, afirma a médica e professora Juliana Sallum, oftalmologista especializada em retina e genética ocular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Sintomas

Os principais sintomas da degeneração macular relacionada à idade são: visão embaçada, com piora lenta e progressiva, que dificulta enxergar de perto e de longe; prejuízo na capacidade de executar trabalhos detalhados; aparecimento de pontos cegos na visão central e percepção de distorção de linhas. Quando a neovascularização se inicia, o paciente nota piora acentuada e abrupta dos sintomas. Nesse momento, deve começar o tratamento para minimizar a perda visual.

Estima-se que um terço dos adultos acima de 75 anos tem DMRI. Além disso, as mulheres têm mais risco de desenvolver a doença do que os homens, justamente em razão da maior expectativa de vida.

“A DMRI é uma doença degenerativa da retina, especialmente da área macular. A idade é o principal fator de risco. Já o tabagismo é um fator predisponente”, diz a oftalmologista. 

A degeneração macular relacionada à idade decorre do envelhecimento da retina. Na forma inicial da doença, ocorre a deposição de material degenerativo na retina, as drusas, fase drusiforme da retina. Na fase úmida, vem o desgaste das camadas da retina, deflagrando a formação de neovascularizacão sub-retiniana.



“A DMRI pode evoluir para a atrofia do epitélio pigmentado da retina na forma seca da doença. As áreas da retina afetada pela atrofia ou pela neovascularização correspondem a áreas de distorção e diminuição da capacidade de enxergar”, completa Juliana.

Prevenção e tratamento

Alguns hábitos saudáveis auxiliam na prevenção da DMRI e são recomendáveis, informa a especialista. “O primeiro [hábito] seria não fumar, pois o tabagismo é o principal fator de risco modificável, assim como proteger-se do sol com óculos escuros e chapéu. Também é indicada uma dieta rica em frutas e vegetais. Alguns estudos apontam benefícios na suplementação de luteína, zeaxantina, zinco e cobre para a prevenção de formas mais graves da doença.”

O tratamento para a forma úmida consiste em injeções intravítreas de anti-VEGF, por meio de injeções intraoculares periódicas, para evitar o dano causado pelo crescimento de complexos neovasculares sub-retinianos. 

“Trata-se de uma classe de medicamentos que inibem o VEGF, que é um fator de crescimento de vasos. A retina degenerada estimula a produção de VEGF para formar novos vasos. Mas estes têm a parede frágil, sangram e alteram o tecido retiniano, levando à formação de uma lesão. O paciente percebe como uma mancha que altera a visão central. O tratamento anti-VEGF visa diminuir e controlar esta lesão macular”, detalha Juliana.

Desinformação

Além da falta de informação, que faz com que as pessoas não percebam que a visão está sendo afetada, a pesquisa revela desconhecimento delas sobre sua própria condição, mesmo após o diagnóstico: 10% das pessoas ouvidas não souberam dizer se tinham DMRI seca ou úmida, informação relevante para os cuidados adequados, já que a forma úmida tem opções de tratamento.

Segundo a vice-presidente da Retina Brasil e uma das autoras da pesquisa, Maria Antonieta Leopoldi, a desinformação pode ser atribuída a três fatores: falta de escolaridade do paciente, impacto emocional no momento de ouvir o diagnóstico e falta de o médico comunicar o nome e as características da doença.

“Não é uma doença rara; é uma doença prevalente”, alerta Antonieta. “A desigualdade social do país se apresenta também no sistema de saúde, com diferenças enormes entre o atendimento público e o privado, na forma de obter o diagnóstico e tratar a DMRI. É preciso que as pessoas sejam atendidas cada vez mais rápido e melhor em ambos os serviços”, reforça.

A pesquisa indica necessidade de acompanhamento médico mais adequado para os pacientes. Perguntados sobre o que teria facilitado sua jornada, 38% citaram o fato de terem procurado um especialista no início dos sintomas, 17% disseram que teriam sido beneficiados se tivessem conseguido tratamento precoce e acessível, 10% queriam ter tido acesso a especialistas no início da doença e 8% responderam que ter mais acesso a informação teria sido benéfico. Chama a atenção o fato de que 27% não souberam explicar ou responder.

Outro dado mostra que 32% dos pacientes afirmaram não ter tido informações do médico sobre a DMRI e sobre como conviver com a doença após o diagnóstico. A pesquisa revela ainda que somente 15% das pessoas com DMRI entendem que vivem um novo contexto, uma nova identidade e tentam se adaptar à nova vida com baixa visão.

Entre os entrevistados, 84% resistem em admitir que a vida mudou com a doença, o que, para a ONG Retina Brasil, é mais um sinal de que a saúde mental dos pacientes merece atenção dos médicos, equipe profissional e rede de apoio.

“Quando perguntamos diretamente sobre o impacto no dia a dia, 43% alegaram dificuldade na leitura e na realização de atividades de perto e 45% disseram que estavam perdendo autonomia”, ressalta Antonieta. “Ouvimos constantemente relatos sobre perdas de trabalho, amizades, companheiros, deixar de dirigir e de ler”, acrescenta.

Depois de uma década de estudos, a tecnologia batizada de 'Gennaris' avança para auxiliar as pessoas que ficaram cegas por conta do comprometimento dos nervos ópticos. Pesquisadores da Monash University desenvolveram implantes eletrônicos sem fio, miniaturizados, que ficam na superfície do cérebro e têm a capacidade de restaurar a visão.

Depois do sucesso obtido nos testes com animais, o projeto caminha para a fase de ensaios clínicos em humanos. Muitas pessoas que são clinicamente cegas têm nervos ópticos danificados. Isso evita que os sinais sejam transmitidos da retina para o "centro de visão" do cérebro. O sistema de visão biônica 'Gennaris' pode contornar esse dano.

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O sistema consiste em um capacete personalizado com uma câmera e um transmissor sem fio, uma unidade de processamento de visão e software, e um conjunto de placas de 9x9 mm que são implantadas no cérebro.

A cena capturada pela câmera de vídeo será enviada para o processador de visão - semelhante em tamanho a um smartphone - onde será processada para extrair as informações mais úteis.

Os dados processados ​​serão transmitidos sem fio para circuitos complexos dentro de cada placa implantada; isso converterá os dados em um padrão de pulsos elétricos, o que estimulará o cérebro por meio de microeletrodos finos como cabelos.

Em estudos pré-clínicos, 10 matrizes (sete ativas e três passivas) foram implantadas usando um sistema de inserção desenvolvido para esse fim. A estimulação foi fornecida por meio dos sete dispositivos ativos por até nove meses. Cumulativamente, mais de 2.700 horas de estimulação foram realizadas sem quaisquer efeitos adversos à saúde observáveis.

O glaucoma é uma doença crônica, que provoca lesões no nervo óptico e não tem cura. Apesar da gravidade do quadro, quatro em cada dez pessoas não sabem o que é, de acordo com levantamento realizado pelo Ibope Inteligência. 

O índice chega a 53% entre jovens com idade entre 18 a 24 anos e a 71% entre adultos com 55 anos ou mais. Há, ainda, diferença em relação ao gênero: 44% dos homens consultados estão desinformados sobre o assunto, contra 38% das mulheres.

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A pesquisa, intitulada “Um olhar para o glaucoma no Brasil”, avaliou o nível de conhecimento de 2,7 mil internautas sobre a doença. Os participantes eram provenientes de sete estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Pernambuco.

Conforme destaca o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, que preparou uma seção de perguntas e respostas sobre glaucoma, em 80% dos casos, o paciente não apresenta sintomas logo que se instala. Apesar disso, a doença pode causar cegueira, se não for tratada, aspecto desconhecido por mais da metade (53%) dos entrevistados da sondagem feita pelo Ibope Inteligência. 

Consultas médicas

Com a ausência de sintomas mais evidentes, a recomendação é de que se consulte um médico oftalmologista regularmente, pois é quem poderá fazer um diagnóstico precoce da doença. Para avaliar a saúde ocular do paciente, o médico solicita ou realiza exames que permitam observar e aferir o fundo dos olhos, campo visual e a pressão intraocular. 

A consulta médica é fundamental, porque pode evitar que o paciente descubra tardiamente que tem a doença, quando já corre o risco de perder a visão, como frisa Augusto Paranhos Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), entidade que, em parceria com a Upjohn, divisão da Pfizer focada em doenças crônicas não transmissíveis, lançou uma campanha educativa sobre o tema. A ação, de caráter preventivo, porém, esbarra em uma consequência da desigualdade social: enquanto 83% dos entrevistados pertencentes à classe A declaram ir ao oftalmologista pelo menos uma vez por ano, somente 46% dos entrevistados da classe C mantêm essa mesma frequência. 

A proporção de entrevistados que informaram nunca ter ido a uma consulta com um médico oftalmologista é de 10%, e 25% disseram que vão somente quando sentem incômodo nos olhos. No grupo de pessoas mais jovens, os números continuam preocupantes: 21% relataram nunca ter ido a uma consulta e 10% foram uma única vez na vida. 

Embora a maioria (73%) dos entrevistados com 55 anos de idade ou mais compareçam ao consultório uma vez ou mais ao ano, um em cada quatro deles não incorporou uma rotina nesse sentido. Além disso, 30% de todos os entrevistados acreditam que devam procurar o oftalmologista somente depois que começam a usar óculos e 23% após perceberem alguma perda de visão.

Segundo Paranhos Junior, outro ponto importante é a percepção da maioria quanto ao tratamento atualmente disponível. No total, 51% dos entrevistados não souberam opinar a respeito, acreditam não existir tratamento ou imaginam que usar óculos ou lentes de contato diariamente é o suficiente para se combater o glaucoma.

A automedicação também surgiu na pesquisa como um tópico relevante. Ao todo, 28% dos entrevistados disseram discordar da necessidade de consulta médica para uso de colírios ou que não têm posição formada sobre isso. Entre os jovens de 18 a 24 anos, quase um terço (32%) afirmou acreditar que esses medicamentos são inofensivos ou preferiram não opinar sobre a necessidade de um médico prescrevê-los corretamente. 

Fatores de risco

Especialistas também salientam o peso de determinados fatores que aumentam as chances de alguém ter glaucoma. A propensão é maior entre pessoas negras, que tenham histórico da doença na família (hereditariedade), idosas, portadoras de alto grau de miopia ou que utilizem, de forma constante, colírios com corticoide na composição. 

Complementando os demais dados, os pesquisadores do Ibope Inteligência apontam que quase metade (47%) das pessoas ouvidas acredita que a relação entre hereditariedade e glaucoma é um mito ou declarou não saber desse fato. Já 90% não associam a patologia com o recorte étnico-racial, taxa parecida entre entrevistados negros (86%). Ainda em relação aos públicos de risco, verificou-se que 63% entendem que doenças metabólicas, como o diabetes, podem aumentar o risco de glaucoma. 

A Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad), órgão do Governo da Paraíba, está oferecendo 25 vagas para o 'Beleza Sensorial', curso gratuito de automaquiagem para mulheres cegas. As inscrições estão abertas e devem ser feitas através do WhatsApp (83) 98878-6333. 

A aula será ministrada na próxima segunda-feira (2), às 9h, pelos maquiadores Emanuel Pontes e Rosângela Araújo, na Rua Dr. R. Orestes Lisboa, sem número, bairro Pedro Gondim, em João Pessoa. As alunas devem levar seus próprios kits de maquiagem. 

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“Com base no conhecimento das linhas e desenho do próprio rosto, vamos trabalhar nelas o domínio das técnicas iniciais de maquiagem até que comecem a se sentir seguras no manuseio dos pincéis e paletas”, disse o maquiador Emanuel Pontes. “Vamos dar ênfase à preparação da pele e usar os materiais e pincéis corretamente. Pelo tato e cheiro, as alunas vão aprender a identificar os produtos. Mais importante do que acertar a composição de primeira é criar um ambiente de acolhimento entre elas”, afirmou. 

A pedagoga Heloisa Helena Tomaz ficou cega aos 41 anos em razão do diabetes. Vaidosa, ao perder a visão, ela conta que se deparou com uma falta de representatividade da feminilidade e beleza das mulheres com deficiência visual ou baixa visão. “Me deparei com o estereótipo da mulher cega: a que veste cores neutras, anda de cabeça baixa, cabelos presos e bengala. É como se faltasse na mídia um modelo que soubesse espelhar a nossa feminilidade”, afirmou ela, que é fã de batom vermelho e unhas feitas, mas tem dificuldades para maquiar a pele e olhos. 

Analice Lopes tem 21 anos, é estudante de letras, começou a perder a visão aos oito anos e aos 15 estava totalmente cega. Vaidosa desde pequena, ela nunca abriu mão do delineador nos olhos. “Ando sempre com pó, corretivo, base, lápis e lenços demaquilantes na bolsa. Acho que o papel da maquiagem serve mais para realçar traços do que esconder falhas”, disse a jovem.  

*Com informações da assessoria de imprensa

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Parece que Di Ferrero está se dedicando mesmo ao quadro Show dos Famosos. Depois de ter feito sucesso com o hit Uptown Funk, de Bruno Mars, o cantor optou por homenagear o cantor italiano Andrea Bocelli em sua segunda apresentação. Além de ter levantado a plateia com a música Time to Say Goodbye, Di chamou a atenção por conta de seu figurino, já que ele usou uma lente de contato que o impediu de ver, uma vez que seu homenageado é cego!

Apesar do esforço, na hora da avaliação, Miguel Falabella apontou algumas falhas vocais:

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- Eu acho que ele se saiu muito bem. O Di fez com muita propriedade. Acho que talvez houve um pequeno problema de afinação em alguns momentos, que ele contornou bem. Eu senti falta talvez de uma voz mais de cabeça, mais coberta, mais lírica. Mais no geral eu achei que foi muito bacana.

Já Claudia Raia declarou o seguinte:

- O pedido dele de ter uma lente que impeça de enxergar para que ele tenha outros sentidos, ou seja, de sentir, de ouvir, de sentir a presença e não ver as pessoas, tudo isso ajuda muito na composição. Tudo isso é muito emocionante, ver esse mergulho tão profundo do Di.

Imitando Jennifer Lopez, a cantora de forró Solange Almeida também se apresentou! Ao som do sucesso On The Floor, ela confessou que teve algumas dificuldades já que não fala inglês e não dança em seus shows. Ela também contou que um dos motivos pelos quais escolheu a J.Lo é o fato de muitos acharem as duas parecidas! Na hora da avaliação, Claudia declarou:

- A voz dela é compatível. Você dançou lindamente. Você fez todos os gestos dela, é difícil fazer isso. Só quem faz é quem sabe. É difícil dançar e cantar ao mesmo tempo, só quem faz é quem sabe.

Boninho também declarou:

- Você foi muito bem, tirou onda. Mas a gente tem que olhar pelos detalhes. Você sofreu a beça para dançar e cantar ao mesmo tempo.

A ex-Rebeldes Mel Fronckowiak apostou na eterna Man! I fell like a Woman, da Shania Twain, para impressionar o público e os jurados! Apesar da música animada, ela teve problemas com o seu retorno de ouvido, o que a fez desafinar. O fato não passou batido por Miguel Falabella, que acabou soltando críticas:

- O cantar ao vivo é muito complicado. Então a gente tem que estar atento duplamente à afinação. É muito difícil cantar ao vivo. Acho que há pequenos acertos que você precisa fazer. Acho que você se entregou, se jogou, gostei muito do seu número.

Claudia Raia apontou o problema técnico, mas foi só elogios:

- Isso atrapalha muito porque estava dançando, porque a orquestra reverbera para você de outro jeito. Então eu percebi isso. Mas eu gostei muito! Você veio de uma Celi Campello que é uma cantora de pouco gesto, de pouca coisa física e trouxe uma performance que se mexe com muita propriedade.

O humorista Ceará, que na sua primeira apresentação homenageou Mick Jagger, deu vida à cantora Simone e disse que foi difícil controlar a emoção:

- Eu segurei o meu choro ali para não perder a voz, para não perder o personagem.

Na hora da avaliação, Boninho deu uma declaração ácida:

- Como seu lado tem um humor, você tem uma tendência a expandir demais. Eu acho que dessa vez você passou um pouquinho. A Simone é quase parada, ela trás tudo de dentro para cantar e o que eu acho é que você trabalhou isso, mas de vez em quando você passava um pouco do ponto. Não é tão Mick Jagger, mas não muito Simone animada.

Miguel Falabella descordou de seu colega e disse:

- Eu acho que você teve grandes acertos no timbre, na prosódia. Você trouxe essa pegada baiana leve dela. Não acho que você passou do ponto. Acho que você fez com grande propriedade.

 O cantor Roberto Leal revelou que luta contra um câncer há dois anos e que também corre o risco de ficar cego de um olho. Em entrevista ao ‘Domingo Show’, da Record, exibido no último dia 30, ele ainda disse que não tem medo de morrer.

"Se realmente cheguei a esta situação, se este caminho é o único caminho possível, eu não tenho escolha, mas voltar para atrás, não. Isso é próprio de alguém que sabe que há uma luz no fim do túnel, e eu sei e tenho certeza que o amor vencerá toda a dor", afirmou convicto.

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O cantor português ficou conhecido no Brasil nos anos 70, com sucessos como ‘Arrebita’ e ‘Bate o pé’.

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Cientistas dizem que descobriram como a luz azul emitida por smartphones, laptops e outros dispositivos digitais prejudica a visão e pode acelerar a cegueira. Uma pesquisa da Universidade de Toledo, nos EUA, revelou que a exposição prolongada à essa iluminação artificial faz com que moléculas venenosas sejam geradas nas células do olho.

A luz azul, que tem um comprimento de onda menor e mais energia em comparação com outras cores, pode gradualmente causar a chamada degeneração macular - uma condição incurável que afeta a parte central da visão.

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A degeneração macular é uma condição comum entre pessoas de 50 e 60 anos e resulta em perda de visão significativa. É causada pela morte de fotorreceptores, ou seja, células sensíveis à luz, na retina. Embora não cause a cegueira total, pode tornar difíceis as atividades cotidianas, como ler e reconhecer rostos.

Os pesquisadores descobriram que a exposição à luz azul faz com que a retina desencadeie uma série de reações que leva à criação de moléculas tóxicas nas células fotorreceptoras.

"Se você der luz azul na retina, a retina mata as células fotorreceptoras à medida que a molécula de sinalização na membrana se dissolve. A toxicidade gerada pela retina pela luz azul é universal. Pode matar qualquer tipo de célula", informou o estudante de doutorado da Universidade de Toledo, que esteve envolvido no estudo, Kasun Ratnayake.

Os pesquisadores descobriram que uma molécula chamada alfa-tocoferol, um derivado da vitamina E e um antioxidante natural no olho e no corpo, impede que as células morram. No entanto, à medida que a pessoa envelhece ou o sistema imunológico é suprimido, as pessoas perdem a capacidade de se protegerem.

Para aqueles que querem proteger os olhos, os pesquisadores aconselham os usuários a usar óculos de sol que possam filtrar tanto a luz UV quanto a azul. Outra dica é evitar navegar em celulares e tablets em ambientes escuros. A pesquisa foi publicada na revista Scientific Reports.

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Alguns dos principais monumentos do país serão iluminados de verde neste sábado (26) para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Essa é uma doença silenciosa do nervo óptico, que é o caminho de condução do estímulo luminoso captado pelo olho até o cérebro. “Se a gente tem uma doença que atinge fibras desse nervo, o resultado final é um prejuízo da visão”, disse o médico Bruno Esporcatte, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e representante da Sociedade Brasileira de Glaucoma no Rio de Janeiro.

Segundo ele, muita gente confunde o glaucoma com a questão da pressão intraocular aumentada. Esse é um fator de risco para o desenvolvimento do glaucoma e, em consequência, para a perda da visão. Como não apresentam sintomas muito nítidos ou “exuberantes” da doença, disse Esporcatte, muitas pessoas não sentem nada. Quando começam a sentir alguma coisa, é porque o glaucoma está em estágio bem avançado. “A gente não pode esperar o paciente sentir alguma coisa para começar a tratar. O ideal é que o diagnóstico seja feito de maneira precoce”.

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Uma campanha de combate à doença está sendo feita em todo o país e se estenderá até o final deste mês. O objetivo é lembrar à população que ela precisa procurar o oftalmologista para fazer um exame regular sobre a perspectiva de glaucoma. Isso se aplica, especialmente, àquelas pessoas que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

Fatores de risco

Entre os fatores de risco, Bruno Esporcatte destacou os pacientes acima de 40 anos de idade, os que têm histórico familiar de parentes em primeiro grau com a patologia - o que aumenta de três a cinco vezes a chance de desenvolver a doença - pacientes negros e pacientes com alta miopia, acima de 6 graus. “A campanha é para lembrar, especialmente a essas pessoas com fatores de risco, que elas devem procurar o oftalmologista e fazer uma avaliação”. Deve ser medida a pressão intraocular e feita uma avaliação do nervo óptico, por meio do exame de fundo de olho, para ver se há alguma lesão no local e, a partir daí, iniciar um tratamento regular.

O glaucoma pode afetar pessoas de qualquer idade mas é mais comum nos pacientes idosos, após os 50 anos. Como a partir dos 40 as pessoas começam a ter a chamada vista cansada, os especialistas recomendam que os adultos procurem o oftalmologista. Não é impossível, no entanto, que a patologia apareça em pacientes mais jovens.

O glaucoma se insere entre as principais causas de cegueira no mundo, juntamente com a catarata e a degeneração macular relacionada à idade. Entre essas, a catarata é reversível. “Se operar, o paciente melhora, recupera a visão”. O mesmo não ocorre com o glaucoma, que é a segunda causa de perda de visão, mas é a principal causa de cegueira irreversível. Bruno Esporcatte disse que há poucos estudos no Brasil sobre a prevalência da doença.

SUS

Para o diagnóstico do glaucoma, o médico afirmou que não são necessários instrumentos sofisticado. No próprio laboratório, o oftalmologista consegue fazer um exame de fundo de olho e medir a pressão intraocular. Há muitas opções de tratamento em todo o país, informou. “Hoje, na maioria das cidades, existem locais em que a população consegue retirar medicações de maneira gratuita”.

De acordo com o Ministério da Saúde, os procedimentos relacionados ao glaucoma têm crescido no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2016, foram realizados 223,2 milhões de procedimentos. no valor de R$ 2,74 milhões, com aumento de 27% em relação a 2015, quando foram registrados 175,3 milhões, no valor de R$ 2,2 milhões. O SUS oferece consultas, exames de diagnóstico, acompanhamento, tratamento oftalmológico, cirurgias e implante de prótese, informou a assessoria do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Embora não tenha cura, é possível interromper a perda de visão provocada pelo glaucoma com medicação adequada, que inclui o uso de colírios, além de tratamento a laser ou cirurgia.

Os monumentos turísticos que estarão iluminados de verde neste sábado são o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; o Obelisco, em Campo Grande (MS); o Museu do Olho e o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; o Paço Municipal, em João Pessoa; o Prédio CPA e o Palácio das Artes, em Porto Velho; o Elevador Lacerda, em Salvador; o Forte Santo Antonio, em São Luís; a Ponte Estaiada, o Monumento às Bandeiras e a Ponte das Marginais, em São Paulo.

Previsto para ser extinto no ano de 2020, dentro da estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tracoma é considerado a principal causa infecciosa da cegueira a nível mundial. Responsável por atingir mais de 200 milhões de pessoas de 51 países da África, Ásia e América Latina, a doença que afeta a visão é uma das mais negligenciadas pelo sistema de saúde e atinge principalmente regiões mais pobres com falta de saneamento básico. 

O tracoma é uma doença inflamatória ocular crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e que afeta pálpebras, conjuntiva e córnea. Nos sintomas, os olhos ficam irritados e lacrimejando. Com o tempo, as pálpebras incham e surgem até cicatrizes. Os cílios podem ficam invertidos e arranhar a córnea. A enfermidade é um tipo de conjuntivite grave e infecções recorrentes podem levar à cegueira.

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De acordo com o oftalmologista do Serviço Oftalmológico de Pernambuco (Seope), Luiz Felipe Lynch, o tracoma é transmitido pelo contato direto com secreções oculares e nasais de pessoas infectadas. Ele explica que também pode ser propagado através das moscas, quando pousam em locais infectados. "É uma doença ligada a falta de higiene e ao pouco ou nenhum acesso ao saneamente básico e por isso atinge populações de regiõe menos desenvolvidas", afirmou.

De acordo com os estudos da OMS, é necessário reduzir a prevalência do tracoma para menos de 5%, em crianças de um a nove anos de idade. No Brasil, atualmente a prevalência da enfermidade é de 3,5%, mas dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelam que Pernambuco supera o índice nacional e apresenta uma taxa de 6%. Pesquisadores da instituição realizaram, em mais de 70 municípios de Pernambuco, pesquisas nos domicílios para identificar e acompanhar o tratamento de pacientes com a doença.

No Recife, foram examinadas 109 crianças de um a nove anos na comunidade do Coque, na Zona Sul, e sete delas foram diagnosticadas com tracoma. A taxa de detecção, que relaciona o número de casos com o total de crianças examinadas, ficou em 6,4%. De acordo com a Fiocruz, nos locais onde foram realizados os estudos, as famílias foram orientadas sobre procedimentos de higiene simples, como o hábito de lavar o rosto utilizando algum tipo de sabão ou sabonete e o não compartilhamento de toalhas de banho e de rosto, lençóis ou fronhas.

Para o oftalmologista Luiz Felipe Lynch, os grandes bolsões de pobreza e a falta de infraestrutura de Pernambuco são as principais razões para o Estado registrar um alto número de casos da doença. "Aqui temos muitos zonas de alta densidade populacional com baixas condições de higiene e saúde e isso é um das causas não só da ploriferação do tracoma, mas de outras doenças também", acrescentou.

Pelos sintomas semelhantes ao de uma conjuntivite, o diagnóstico do tracoma muitas vezes não é realizado da forma correta e pode levar à cegueira, se não for tratato. Em Pernambuco,  a Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (SEVS) desenvolve desde o ano de 2011 o 'Programa Sanar', de enfrentamento às doenças negligenciadas. Ao todo, o projeto já examinou 11 mil escolares de 206 escolas. Desse total, 4,3 mil precisaram fazer tratamento contra o tracoma.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, no ano de criação do programa, a prevalência da doença era de 9%. Em 2014 diminuiu para 2,5% e até 2015, dos mais de 20 municípios prioritários para a doença, apenas 1 não tinha alcançado a meta de 5% da OMS. A quatro anos do prazo estabelecido mundialmente para a extinção da doença, o cenários dos pernambucanos ainda é preocupante.

O tratamento clínico da doença pode ser feito através de cirurgia para pestanas viradas para dentro, antibióticos para infecção ocular e em caso de cegueira, o transplante de córnea. Para Luiz Felipe Lynch, as ações de prevenção têm de ser mais intensas e direcionadas. "Para minimizar os casos, temos que resolver a distribuição do saneamento básico em Pernambuco, o acesso a água potável também é um problema. Temos de tratar do tracoma como um problema de saúde pública", concluiu.

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Municipal de Educação, firmou uma parceria com o Instituto de Cegos Antonio Pessoa de Queiroz, que pertence à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia. O convênio vai garantir que os 132 estudantes com cegueira e baixa visão matriculados nas unidades de ensino municipais sejam atendidos na instituição, que também vai promover formações para os professores que atendem estudantes com deficiência visual em suas turmas. 

"Ficamos muito felizes e agradecidos por iniciar essa parceria. Estamos dando nossa colaboração para que os jovens com deficiência visual desenvolvam sua autonomia e possam exercer sua cidadania. A Prefeitura, o Instituto e o público só têm a ganhar com esse convênio", destacou a diretoria do instituto, Irmã Maria Gomes.

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A Secretaria de Educação do Recife vai disponibilizar a professora Valéria Maria Vasconcelos para atuar na entidade como professora de braile, desenvolvendo também diversas outras atividades pedagógicas, tanto para os alunos matriculados nas escolas municipais do Recife como para os demais usuários do instituto.

Curso

Em contrapartida, 30 professores da rede que atendem alunos com cegueira e baixa visão farão um curso de tiflologia, que inclui aulas de braile, orientação e mobilidade, adaptação de material didático, audio-descrição, práticas de vida independente, entre outros. As aulas começam no primeiro semestre de 2017, no Centro de Apoio à Pessoa com Deficiência, localizado em Casa Amarela.

Um grupo de pesquisadores das faculdades de Ciências Médicas (FCM) e de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um colírio para a prevenção e combate da degeneração gradativa que ocorre com frequência nos olhos das pessoas com diabetes, a chamada retinopatia diabética.

“A grande vantagem desse achado é o fato de não ser invasivo. Por ser tópico não implica em riscos e cria uma barreira contra as alterações neurodegenerativas que afeta os diabéticos”, explicou a pesquisadora da FCM Jacqueline Mendonça Lopes de Faria.

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A cientista disse que a descoberta foi feita a partir de uma pesquisa que já dura cerca de duas décadas. “É consequência de um estudo de 20 anos para entender o mecanismo de ataque das células nervosas e de irrigação sanguínea no tecido ocular.”

De acordo com a pesquisadora, por causa da hiperglicemia – excesso de açúcar no sangue no organismo dos diabéticos – vários órgãos podem ser comprometidos. Em cerca de 40% dos casos, a doença leva a complicações na retina provocadas pelo efeito tóxico da glicose. O sistema nervoso e vascular da retina passam a ter alterações progressivas que podem levar a cegueira. “Isso ocorre, muitas vezes, justamente no momento em que a pessoa está em idade ativa.”

Atualmente, o tratamento da retinopatia diabética é feito com opções invasivas, como a fotocoagulação com laser, injeções intravítrea ou mesmo cirurgia. A expectativa dos pesquisadores da Unicamp é que, além de servir para a cura da retinopatia diabética, a descoberta dessa tecnologia possa ser benéfica também no tratamento de outras anomalias da visão, como o glaucoma.

Eficácia

Testes em laboratórios da Unicamp comprovaram a eficácia da fórmula. No entanto, antes de ser transformado em medicamento para a distribuição e comercialização, o colírio tem de ser submetido à fase clínica de tetes, com os ensaios em seres humanos. Ainda não há previsão de quando isso vai ocorrer porque os testes dependem do interesse de empresas em fazer o licenciamento da tecnologia junto com a agência de inovação da universidade, a Inova Unicamp.

No teste com os roedores, não foram observados efeitos adversos e o colírio mostrou-se eficaz na proteção do sistema nervoso da retina.

Também participam da pesquisa a professora Maria Helena Andrade Santana; a pesquisadora Mariana Aparecida Brunini Rosales e a aluna de mestrado Aline Borelli Alonso. Os estudos receberam financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério de Educação.

O vírus zika pode permanecer nos olhos - é o que revelam testes em ratos, que poderiam explicar o motivo pelo qual pessoas infectadas desenvolvem doenças oftalmológicas, podendo, em alguns casos raros, levar à cegueira.

A conclusão é de um estudo publicado, nesta terça-feira (6), na revista americana "Cell Reports", que descreve os efeitos do zika nos olhos dos fetos de ratos, de camundongos e de animais adultos. Os cientistas pretendem completar seu estudo com pesquisas em humanos.

"Nossa pesquisa sugere que os olhos podem ser um reservatório para o vírus Zika", explica o dr. Michael Diamond, professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis (Missouri), coautor do trabalho. "Devemos verificar se pessoas infectadas pelo zika têm o vírus nos olhos e por quanto tempo ele pode ficar ali", completou.

Nos adultos, o zika pode provocar conjuntivite, uma irritação dos olhos e, em alguns casos raros de uveíte, uma queda da pressão intraocular que pode levar à cegueira irreversível. Para determinar os efeitos para os olhos, os cientistas infectaram, em especial, ratos adultos na pele, reproduzindo uma infecção transmitida pela picada de mosquito. Eles detectaram o zika vivo nos olhos dos roedores sete dias depois.

Ainda não se sabe se o vírus atravessa, de modo sistemático, a barreira protetora que separa a retina do olho do restante da circulação para se propagar ao longo do nervo óptico, ligando o cérebro aos olhos, ou se busca outros caminhos. Uma infecção nos olhos por esse vírus abre a possibilidade de que pessoas possam ser contaminadas por um simples contato com lágrimas.

Os pesquisadores detectaram uma assinatura genética do zika no líquido lacrimal de ratos infectados até 28 dias após a infecção. Neste caso, porém, o vírus não estava vivo.

A chegada da idade avançada traz uma série de alterações físicas e mentais no organismo. Mas especialistas do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE) atentam para um cuidado que nem sempre vem em primeiro lugar na preocupação das pessoas: a saúde dos olhos. Esta também passa por um processo de desgaste com o passar dos anos, a exemplo da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), que é hoje a principal causa de perda da visão após os cinquenta anos.

A DMRI é uma degeneração da mácula, uma pequena área localizada na porção central da retina, que contém a maior densidade de fotorreceptores e é responsável pela percepção de detalhes. Segundo o oftalmologista do HOPE, Felipe Patriota, ela é causada por depósitos de restos celulares, chamados drusas. "Estas drusas podem destruir os fotorreceptores e provocam proliferação anormal de vasos sanguíneos sob a retina. A partir daí, aparecem cicatrizes que afetam a integridade da mácula e comprometem a visão central e a capacidade de distinguir cores”, explica.

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A degeneração macular pode vir de duas formas: atrófica ou seca, quando evolui lentamente e provoca perda gradual da visão; ou úmida, quando se instala abruptamente e pode provocar perda total da visão. Alguns fatores de risco aumentam a probabilidade do surgimento da DMRI, como exposição à luz solar, predisposição genética, hipertensão, obesidade, ingestão de grandes quantidades de gorduras vegetais e dietas pobres em frutas, verduras e zinco. Fumantes ativos e passivos também estão mais sujeitos. “Um dos detalhes importantes da doença é que pessoas brancas são mais afetadas do que os negros ou pardos”, afirma Patriota.

Na fase inicial do problema, a perda visual não é muito perceptível, mas logo em seguida começam a aparecer os sintomas. Visão borrada, pontos luminosos, manchas no centro da visão, dificuldade de adaptação ao escuro e diminuição da sensibilidade aos contrastes de luz são alguns. O diagnóstico só pode ser feito por meio do oftalmologista com o exame da retina, além de outros mais específicos como a retinografia, a angiofluoresceinografia e a tomografia de coerência óptica.

Quando diagnosticada no começo, o tratamento pode ser somente com regime alimentar ou com medicações que possuem vitaminas especificas para evitar essa destruição dos fotorreceptores. “Nas fases mais avançadas da doença, deve ser feita a aplicação de uma medicação diretamente no olho, os antiangiogênicos”, conclui.

Com informações da assessoria. 

Autoridades investigam a informação de que onze pessoas ficaram cegas depois de uma cirurgia de catarata em um centro médico de uma instituição de caridade no norte da Índia. Os prejudicados são todos idosos e de baixa renda.

As operações foram feitas no dia 4 de novembro em dezenas de pacientes com mais de 50 anos de idade. Alguns deles anunciaram esta semana que perderam a visão ou estão sofrendo com infecções, afirmou um oficial da cidade de Amritsar, Ravi Bhagat.

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Médicos da cidade estão tratando alguns dos pacientes. A polícia abriu uma investigação e deteve ao menos um médico que participou das cirurgias.

Todo ano, milhares de pessoas, especialmente da zona rural do país, passam por cirurgias de catarata em centros médicos que realizam o procedimento gratuitamente, mantidos por instituições de caridade. O incidente destaca as precárias condições de saúde a que muitos indianos são expostos. Sem planos de saúde, eles buscam tratamento nesses locais por causa das péssimas condições dos hospitais públicos.

No mês passado, treze mulheres morreram depois de receberem medicamentos contaminados. Elas passaram por cirurgias simples de esterilização no Estado de Chhattisgarh. Fonte: Associated Press.

Um novo aplicativo para celular promete ajudar milhares de pessoas que apresentam problemas na visão ou histórico de cegueira. Nomeada de Potable Eye Exame Kit (PEEK), a ferramenta possibilita que pessoas sem treinamento façam exames oftamológicos e possam atender diversas pessoas, entre elas, as de comunidades mais pobres. O aplicativo recebe dados que podem ser transferidos para um smartphone, fazendo testes básicos de visão. Os resultados podem ser salvos no telefone e enviado, caso necessite, em email para os médicos, para que eles possam analisá-los corretamente. 

O PEEK está sendo testado em cinco mil pessoas no Quênia. Os cientistas que desenvolveram a ferramenta esperam que ela possa ajudar a tratar muitas pessoas com risco grande de se tornarem parcialmente cegas ou deficientes visuais. O sistema foi desenvolvido por cientistas da London School of Hygiene and Tropical Medicine, e está sendo usado por equipes na Antártida. A Organização Mundial de Saúde afirmou que 285 milhões de pessoas são cegas ou tem alguma deficiência, e que 90% dos doentes vivem em países de baixa renda. Desse número, os médicos acreditam que quatro em cada cinco casos poderiam ter sido evitados ou curados caso houvesse um diagnóstico precoce. 

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Até o momento o aplicativo só foi testado em crianças, o uso em adultos ainda está em análise. No entanto, os primeiros resultados desses testes sugere que o aplicativo também é eficaz em coletar dados de problemas na visão de adultos. O PEEK consegue diagnosticar cegueira, catarata, degeneração macular, retinopatia diabética e outras deficiências visuais. O app ainda pode identificar indicadores primários de tumores e hemorragias cerebrais. 

Como funciona - O app usa uma sequência de letras decrescente com um teste simples de visão. A lanterna da câmera também é utilizada para iluminar o fundo do olho e a retina.  Todas as imagens tiradas são classificadas e os pacientes recebem o diagnóstico, que pode chegar de forma automatizada, ou por meio do envio das imagens para especialistas de todo o mundo. O sistema utiliza o GPS para identificar os dados e local em que o paciente está e ainda utiliza o Google Maps para acompanhar o tratamento. 

No capítulo de sábado (14) de Amor à vida, César (Antonio Fagundes) cairá na piscina de sua casa após discussão com Ninho (Juliano Cazarré).  O novo cúmplice de Aline (Vanessa Giácomo) debocha da cegueira de César e não o ajuda a sair da piscina.

Aline entra em desespero, ao ver a situação, e pula na piscina para salvar o marido. Agora a vilã precisa convencer César de que ele tropeçou sozinho. Com raiva de Ninho, Aline explica ao pintor que ainda precisa arrancar muito dinheiro do médico antes de matá-lo. 

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