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Israel reabriu nesta segunda-feira (8) a fronteira com a Faixa de Gaza e a única central de energia elétrica do território palestino retomou as operações após a trégua estabelecida entre o Estado hebreu e o grupo armado Jihad Islâmica, anunciada depois de três dias de hostilidades que deixaram dezenas de palestinos mortos, incluindo crianças.

As passagens de fronteira entre o Estado hebreu e a Faixa de Gaza, fechadas por Israel na terça-feira (2), reabriram nesta segunda-feira "por razões humanitárias", anunciou em um comunicado o Cogat, o serviço do ministério da Defesa de Israel que monitora as atividades civis nos territórios palestinos.

"O retorno à rotina dependerá da evolução da situação e do respeito à segurança", completa a nota.

Caminhões-tanque entraram pela passagem de fronteira de Kerem Shalom, no sul do território palestino, que está sob bloqueio israelense há mais de 15 anos.

Pouco depois, a única central do pequeno território, que interrompeu as atividades no sábado por falta de combustível, voltou a "gerar energia elétrica", anunciou um porta-voz da empresa.

A trégua, alcançada graças à mediação do Egito, entrou em vigor no fim do domingo, mas Israel e a Jihad Islâmica se reservaram o direito de responder em caso de futuras agressões.

- "Trágica" -

"A situação é trágica e difícil em Gaza", declarou à AFP Mohamed Alai, um morador do enclave de 362 quilômetros quadrados, onde vivem 2,3 milhões de palestinos. "Há muitos mortos e feridos, muita destruição e devastação, mas Gaza está curando suas feridas", acrescentou.

Suhail al Bauab, morador de Gaza de 56 anos, passou três dias com medo. "Não queremos uma guerra a cada seis meses e, quando tomamos conhecimento da trégua, ficamos felizes, apesar do luto pelos mártires", disse.

Do o início da operação israelense na sexta-feira e até a noite de domingo, 44 palestinos morreram, incluindo 15 crianças, e 360 ficaram feridos", segundo o boletim mais recente divulgado pelo ministério da Saúde do território, governado pelo grupo islamita Hamas.

No sul de Israel, Davit Shitrit, habitante da cidade de Ashkelon, disse que "não confia" na Jihad Islâmica. "Sempre promete, mas atacam novamente (...). Espero que desta vez (a trégua) seja mantida".

"A Jihad Islâmica sofreu um duro golpe que a fará recuar por décadas", declarou à imprensa um diplomata israelense.

O acordo de trégua inclui, entre outras coisas, "o compromisso do Egito de trabalhar pela libertação de dois prisioneiros" da Jihad Islâmica detidos por Israel, afirmou o grupo palestino.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou a trégua e pediu uma investigação sobre as circunstâncias das mortes de vítimas civis.

Em Israel, três pessoas ficaram feridas por disparos de foguetes desde sexta-feira. O exército afirmou que centenas de projéteis foram lançados contra o país a partir de Gaza, mas a grande maioria foi interceptada.

As autoridades israelenses afirmaram que alguns palestinos faleceram durante tentativas frustradas de lançamentos de foguetes por parte da Jihad Islâmica contra o território do Estado hebreu.

- "Ataque preventivo" -

Israel apresentou os primeiros ataques de sexta-feira como uma operação "preventiva" contra a Jihad Islâmica, que, segundo o governo, estava planejando um atentado iminente.

Em resposta aos bombardeios, o grupo armado, apoiado pelo Irã e incluído nas listas de organizações terroristas dos Estados Unidos e da União Europeia, disparou centenas de foguetes contra Israel.

Os principais comandantes militares da Jihad Islâmica em Gaza, Taysir al Jabari e Khaled Mansur, morreram, assim como diversos combatentes do grupo.

O braço militar da Jihad Islâmica informou em um comunicado que 12 integrantes do grupo morreram nos ataques israelenses.

Israel também prendeu 40 integrantes do grupo armado nos últimos dias na Cisjordânia ocupada.

Este confronto foi o mais violento no território desde o conflito de maio de 2021 entre Israel e o Hamas - movimento islamita que governa Gaza desde 2007.

Na guerra de 11 dias do ano passado, o balanço de mortos foi de 260 palestinos, incluindo combatentes, e 14 israelenses, entre eles um soldado.

O Hamas, que já travou diversas guerras contra Israel, permaneceu à margem das hostilidades do fim de semana.

Sessenta e sete pessoas morreram nesta quinta-feira (24) no desabamento de uma central elétrica em construção no centro da China, informou a agência estatal Xinhua.

O acidente aconteceu às 07H00 hora local (21H00 de Brasília, quarta-feira) na central de Fengcheng, província de Jiangxi, e por ora se desconhece o número exato de trabalhadores atingidos.

As imagens divulgadas pela agência mostram uma massa cinza composta pelos restos de concreto quebrado, ferros retorcidos e pedaços variados de metal. As equipes de resgate tiraram um dos mortos de meio aos escombros.

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No local, estão mais de 30 caminhões de bombeiros, 212 militares, nove cães treinados e dois drones, segundo anunciaram os bombeiros. Até o momento cinco trabalhadores foram atendidos no hospital.

A central estava sendo ampliada desde julho de 2015, com o objetivo de construir dois geradores extras de 1.000 MW cada um. Segundo a imprensa oficial local, China Jiangxi Online, no momento do desabamento havia 68 pessoas no lugar.

As obras, que deviam ser concluídas no fim de 2017 ou início de 2018, tinham um orçamento de 1,1 bilhão de dólares, segundo dados publicados pelo governo local. Os acidentes de trabalho em instalações industriais são comuns na China, onde os padrões de segurança geralmente são ignorados para reduzir custos.

Em agosto, a explosão de um oleoduto em uma central de elétrica a carvão na província vizinha de Hubei deixou 21 mortos. Pouco antes, mais de 130 pessoas foram hospitalizadas depois de um vazamento de produtos químicos em uma fábrica do leste da China.

Em abril, uma explosão de um depósito de produtos químicos e de combustível em Jiangsu desatou um incêndio que ficou ativo por 16 horas.

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