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O preço da cesta básica teve alta de 0,23% no período de 3 a 9 de maio, aponta pesquisa do Procon-SP divulgada nesta quinta-feira, 9. O preço médio da cesta ficou em R$ 382,08 hoje, ante R$ 381,22 apurado no dia 2.

Dos 31 produtos pesquisados pela fundação, 15 apresentaram alta, 15 diminuíram de preço e um permaneceu estável. Dos três grupos de produtos analisados, a maior alta ficou por conta de higiene pessoal: 2,24%. Limpeza teve alta de 0,89% e alimentos registrou uma leve queda, -0,04%.

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Os produtos que registraram maior alta foram: papel higiênico (6,85%), macarrão c/ ovos (4,46%), farinha de trigo (4,31%), feijão carioquinha (3,79%) e extrato de tomate (3,61%). Já as maiores desvalorizações ficaram por conta de ovos brancos (6,68%), cebola (4,58%), batata (4,19%), margarina (3,52%) e linguiça fresca (3,24%).

Até o momento, a inflação da cesta básica paulistana no mês de maio ficou em 0,29%, tendo como data base o dia 30 de abril deste ano. Já nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 11,14% com base no dia 9 de maio de 2012.

Os preços dos itens que compõem a cesta básica subiram em abril em 12 das 18 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.

As altas mais expressivas, de acordo com o levantamento, foram apuradas no Recife (6,55%), em João Pessoa (5,94%) e Belém (5,25%). As retrações mais significativas ocorreram em Salvador (-4,63%), Porto Alegre (-3%) e Campo Grande (-1,73%).

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Em abril, São Paulo continuou a ser a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica: R$ 344,30. Na sequência aparecem Manaus (R$ 339,64), Vitória (R$ 328,94) e Rio de Janeiro (R$ 327,52). Já os valores mais baixos foram verificados em Aracaju (R$ 247,72), Salvador (R$ 268,05) e Campo Grande (R$ 271,65).

Acumulado

No acumulado dos primeiros quatro meses de 2013, as 18 capitais pesquisadas registraram expansão nos preços da cesta básica. As altas mais expressivas foram registradas em João Pessoa (22,33%), Aracaju (21,40%) e no Recife (19,84%). Já Porto Alegre (6,08%), Florianópolis (7,36%) e Goiânia (8%) registraram os menores aumentos.

Em 12 meses, entre maio de 2012 (quando o Dieese divulgava a estimativa de preços da cesta básica em 17 capitais, sem os dados de Campo Grande) e abril último, houve aumento acima de 10% em todas as regiões, com as maiores variações em João Pessoa (34,11%), Recife (33,21%) e Fortaleza (32,99%). As menores variações foram verificadas em Porto Alegre (16,48%), Curitiba (18,98%), Florianópolis (20,75%) e Goiânia (20,76%).

As 18 capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese são Vitória (ES), Manaus (AM), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Aracaju (SE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Belém (PA), João Pessoa (PB), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Recife (PE), Natal (RN) e Florianópolis (SC).

O preço da cesta básica teve queda de 0,25% no período de 26 de abril a 2 de maio, aponta pesquisa do Procon-SP divulgada nesta quinta-feira, 2. O preço médio da cesta ficou em R$ 381,22 hoje, ante R$ 382,16 apurado no dia 26.

Dos 31 produtos pesquisados pela fundação, 13 apresentaram alta, 15 diminuíram de preço e três permaneceram estáveis. São três grupos de produtos analisados: Alimentação, Limpeza e Higiene Pessoal. Higiene Pessoal registrou a maior queda: 3,34%. Limpeza se manteve estável e o grupo Alimentação registrou leve aumento de 0,03%.

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Os produtos que registraram a maior queda foram: creme dental (7,86%), papel higiênico (6,01%), feijão carioquinha (2,52%), sabonete (2,41%) e sabão em barra (2,20%). Já as maiores valorizações ficaram por conta da batata (4,88%), desodorante spray (3,16%), ovos brancos (3,11%), farinha de trigo (2,96%) e cebola (2,91%).

Até o momento, a inflação da cesta básica paulistana no mês de maio ficou em 0,07%, tendo como data base o dia 30 de abril deste ano. Já nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 11,22%, com base no dia 2 de maio de 2012.

O consumidor está pagando mais caro pela cesta básica, principalmente, nos itens de higiene pessoal. De acordo com a pesquisa divulgada pelo Procon-PE. Os itens que mais variaram de preço na Região Metropolitana do Recife (RMR) foram o pacote de papel higiênico (150,91%) e o sabonete (134,12%).

Em Caruaru, no Agreste, os produtos que mais variaram foram a farinha de mandioca (115,38%) e o feijão (103,24%). Já em Vitória, na Zona da Mata, os itens que mais variaram foram o creme dental (210,13%) e o pacote de absorvente (123,60%). No Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, o alho (109,92%) e o fubá (88,89%) apresentaram maiores diferenças de preços.

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Em percentuais, a cesta básica está 4,15% mais cara em Vitória de Santo Antão, 3,81% na RMR, 3,41% em Caruaru e 2,59% no Cabo de Santo Agostinho. Isso quer dizer que enquanto na RMR as compras do mês março custaram R$ 282,32, em abril o valor foi para R$293,07. Em Caruaru passou de R$ 280,55 para R$ 290,12, em Vitória de R$ 274,88 para R$ 286,29 e no Cabo de R$ 288,64 para R$ 296,12.

O Procon-PE calculou ainda o impacto do valor da cesta básica no salário mínimo atual. Na RMR foi de 41,64%, em Caruaru 41,38%, em Vitória 40,54% e no Cabo 42,57%.

 

A cesta básica do paulistano está mais magra. Em pouco mais de dois anos, entre fevereiro de 2011 e março de 2013, a inflação reduziu em quase 8 quilos, ou 26,7%, as quantidades de produtos, que incluem alimentos e itens de higiene e limpeza, aponta um estudo do Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA) em parceria com Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo.

Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do Provar, e Cauê Moraes Moura, pesquisador da instituição, fizeram uma análise para avaliar o impacto da alta de preços na capacidade de compra do consumidor, só que de uma forma inusitada: em quantidades. Para isso, converteram em quilos, sem restrições, os 31 itens que compõem a cesta básica do Procon/Dieese. Isso quer dizer, por exemplo, que foram somados quilos de sabão em pó com quilos de arroz e feijão para saber se o carrinho estava mais cheio ou vazio fisicamente.

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O estudo mostra que, em fevereiro de 2011, mês escolhido como base de comparação, a cesta básica total pesava 29,68 quilos. Considerando apenas a evolução dos preços, sem impactos de ganhos de renda do consumidor no período ou substituição de produtos, essa cesta encolheu para 27,216 quilos em fevereiro de 2012. É uma retração de 2,432 quilos, ou 8,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

A maior queda nas quantidades foi registrada no último ano, entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013, quando a inflação se acelerou, especialmente a partir do terceiro trimestre do ano passado, com o choque de preços agrícolas. Resultado: em fevereiro deste ano, a cesta pesava 21,188 quilos. Isto é, tinha 6,028 quilos a menos ou era 22,14% menor do que no ano anterior. "Em dois anos, houve uma grande perda de poder aquisitivo no conjunto dos produtos da cesta básica", observa Felisoni.

Essa avaliação é confirmada pelos dados do comércio varejista apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os volumes vendidos nos supermercados e hipermercados, por exemplo, recuaram 2,1% em fevereiro de 2013 ante o mesmo mês de 2012. Foi a primeira queda desse indicador desde março de 2009 e reflete o avanço da inflação. A alimentação em domicílio, por exemplo, acumula alta de 13,9% nos 12 meses terminados em fevereiro, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial de inflação. Até janeiro, a alta em 12 meses havia sido de 12% da alimentação em domicílio segundo o IPCA.

Desoneração

Para tentar tirar o fôlego da inflação, o governo anunciou em 8 de março a desoneração de PIS/Cofins de alguns produtos da cesta básica. A análise feita pelo estudo mostra que as quantidades de produtos da cesta básica diminuiu cerca de 1% até o fim da segunda semana de março e que a política econômica do governo de desonerações começou a dar algum resultado somente após a terceira semana do mês.

"Mas o impacto da desoneração nas quantidades foi pífio", enfatiza Felisoni. Em números exatos, com o corte de imposto, o volume em quilos da cesta básica aumentou de 21,188 quilos em fevereiro para 21,730 em março. Foi um ganho de quase meio quilo ou 2,55% num mês, incapaz de repor as perdas anteriores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O preço da cesta básica teve queda de 0,22% no período de sexta-feira (12) a esta quinta-feira (18) em São Paulo, aponta pesquisa da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo (Procon-SP). O preço médio da cesta ficou em 383,15 reais nesta quinta-feira ante 384 reais no dia 11.

Dos 31 produtos pesquisados pela fundação, 19 apresentaram queda, 11 tiveram alta e um permaneceu estável. São três grupos analisados: Alimentação, Limpeza e Higiene Pessoal. Higiene Pessoal registrou a maior queda: 1,14%. Limpeza caiu 0,46% e Alimentação recuou 0,10%. Os produtos que registraram maior queda no período foram papel higiênico fino branco (-4,20%), desodorante spray (-2,41%), frango resfriado inteiro (-2,12%), arroz (-1,97%) e cebola (-1,57%).

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Já as maiores valorizações foram batata (6,33%), feijão carioquinha (4,33%), alho (3,88%), linguiça fresca (2,40%) e creme dental (1,48%). Até o momento, a inflação da cesta básica paulistana no mês de abril está positiva em 0,11%, tendo como data base 28 de março. Já nos últimos 12 meses, a inflação registra alta de 13,12%.

O efeito da desoneração de itens da cesta básica, anunciada pelo governo no início de março, ainda não pode ser percebido com clareza sobre a inflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Toda a questão da desoneração dos preços dos produtos da cesta básica é que ainda não há como perceber com clareza o efeito dessas medidas. Com certeza algum efeito houve no sentido de reduzir taxa de crescimento em produtos específicos, tanto que você pode ver que vários produtos desaceleraram (o ritmo de aumentos). Mas outros eventos ocorreram", notou Eulina na manhã desta quarta-feira.

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A coordenadora do IBGE cita como outras contribuições para o alívio nos preços as previsões para a safra recorde em 2013, com aumento de produção em produtos como soja e arroz, além da melhora nas condições climáticas em países como Estados Unidos e Argentina, que também possuem influência sobre preços dos alimentos no País.

"A previsão é que a safra desse ano seja 12% maior que do ano passado. A de arroz está 5% maior, a soja está prevista para ser 23% maior. E há notícia que condições as desfavoráveis no clima dos Estados Unidos estão mais amenizadas", apontou Eulina, ressaltando ser difícil medir o peso que a desoneração da cesta básica teve sobre a redução no ritmo de aumentos de preços dos alimentos. Ela considerou ainda o fato de a desoneração ter entrado em vigor em 8 de março, quando os preços já estavam sendo coletados.

Entre os produtos alimentícios que se destacaram como as principais quedas no IPCA de março estão itens beneficiados pela medida do governo: açúcar cristal (de -1,76% em fevereiro para -1,91% em março), carnes (de -0,13% para -1,63%), óleo de soja (de -0,84% para -1,53%) e açúcar refinado (-2,82% para -1,06%).

"São itens que estão na lista da desoneração e já vinham caindo em março. Pode ser que teve queda por outro motivo, mas teve uma ajuda (da desoneração). Em fevereiro, a desoneração não tinha acontecido, mas o preço já estava caindo. Mas pode ser que agora estivesse caindo menos (não fosse a medida do governo)", considerou Eulina.

Entre os itens de higiene que tiveram desoneração, apenas os preços da pasta de dente caíram em março (a queda foi de 0,41%, ante aumento de 1,56% em fevereiro). O papel higiênico subiu 1,92% (ante alta de 0,89%), enquanto o sabonete ficou 0,48% mais caro (após aumento de 0,15% em fevereiro).

São Paulo se manteve como a cidade mais cara entre as 18 pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em março, o valor da cesta básica na capital paulista chegou a R$ 336,26. Em relação a fevereiro houve alta de 2,96% nos preços dos produtos essenciais. No primeiro trimestre do ano a alta foi de 10,29%. Já na comparação com março de 2012 o aumento chega a 23,06%.

Em março, sete dos 13 itens que compõem a cesta paulistana apresentaram elevação: tomate (15,68%), feijão (9,89%), farinha de trigo (5,56%), batata (3,94%), pão francês (1,69%), leite in natura integral (1,16%), e manteiga (0,26%). Outros seis itens tiveram queda no período: óleo de soja (-3,43%) açúcar refinado (-2,34%), café em pó (-2,10%), arroz tipo agulhinha (-1,98%), banana nanica (-1,84%) e carne bovina (-0,82%).

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Na comparação anual, apenas o açúcar refinado (-1,42%) teve recuo nos preços. Assim como no mês anterior, quatro dos outros 12 produtos da cesta que tiveram aumento registraram variações acima da encontrada para o total da cesta: tomate (108,06%), batata (96,00%), arroz (30,00%) e feijão (27,80%). Os outros oito itens tiveram alta abaixo do preço médio da cesta: farinha de trigo (22,98%), óleo de soja (19,43%), pão francês (18,09%), café em pó (9,93%), leite in natura integral (8,98%), manteiga (8,37%), carne bovina (5,81%) e banana nanica (3,57%).

Ranking nacional

Depois de São Paulo, as capitais que registram os maiores valores das cestas básicas são Vitória (ES), com R$ 332,24, Manaus (AM), com R$ 328,49, e Belo Horizonte (MG), com R$ 323,97. Os menores valores médios para o conjunto de alimentos básicos foram apurados em Aracaju (SE), com R$ 245,94, João Pessoa (PB), com R$ 274,64, e Campo Grande (MS), com R$ 276,44.

Completam a lista das capitais pesquisadas pelos Dieese: Salvador (BA) que registrou o valor da cesta básica de R$ 281,05; Rio de Janeiro (RJ), com o preço de R$ 314,99; Belém (PA), com R$ 291,86; Brasília (DF), R$ 310,75; Fortaleza (CE), R$ 280,69; Porto Alegre (RS), R$ 321,95; Curitiba (PR), R$ 294,78; Goiânia (GO), R$ 287,78; Recife (PE), R$ 280,01; Natal (RN), R$ 279,24; e Florianópolis (SC), R$ 307,37.

Salário mínimo

Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, e levando em consideração a determinação da Constituição do País que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador, O Dieese aponta que em março o salário mínimo necessário no Brasil deveria ser de R$ 2.824,92, ou seja, 4,17 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678,00. Em fevereiro, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.743,69 ou 4,05 vezes o piso vigente. Em março do ano passado, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.295,58, o que representava 3,69 vezes o mínimo de então (R$ 622,00).

De acordo com o Dieese, um trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu, em março, 47,81% de seus vencimentos líquidos para comprar os mesmos produtos que em fevereiro demandavam 46,91%. Em março de 2012, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta equivalia a 41,94%.

O trabalhador de São Paulo comprometeu 53,91% do salário mínimo líquido em março. Em fevereiro, o porcentual era de 52,36%. Em março de 2012, a parcela gasta com os gêneros alimentícios somou 47,75%. Segundo o Dieese, "este aumento do comprometimento do salário com a aquisição da cesta de alimentos está relacionado à elevação de preços acima da alta do salário mínimo, verificada no período".

A carne bovina, item de maior peso na composição do valor da cesta básica, ficou mais barata em março em 15 das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

As maiores quedas foram registradas em Brasília (-3,97%), Natal (-3,24%) e Goiânia (-3,14%). Houve aumento em três capitais: Florianópolis (4,35%), Rio de Janeiro (2,08%) e Manaus (0,65%). Segundo o Dieese, de modo geral, os preços no varejo podem estar relacionados às reduções do valor da arroba e também à oferta de carnes nos frigoríficos.

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O Dieese destaca ainda que a desoneração da carne, um dos cinco itens da cesta básica beneficiados pela medida de redução de imposto do governo federal, influenciou o comportamento de queda de preço do item.

Na comparação anual, no entanto, houve recuo apenas em três localidades: Belém (-3,08%), Porto Alegre (-0,99%) e Curitiba (-0,80%). Neste mesmo intervalo, a carne ficou mais cara em 14 regiões, destacando-se Salvador (17,02%), Florianópolis (14,41%) e Vitória (7,45%).

Supermercados

O Índice de Preços nos Supermercados (IPS/APAS) divulgado nesta segunda-feira pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) confirma a redução nos valores das carnes, que caíram 3,90% março. Segundo a Apas, que congrega 1.200 associados no Estado, considerando que o processo de desoneração dos produtos da cesta básica ocorreu no dia 8 de março, o IPS apontou redução de 0,38% nos itens da cesta básica. Além da carne, manteiga, café, açúcar e óleo foram beneficiados pela medida.

Das carnes que apresentaram redução no preço, segundo a Apas, o destaque foi a picanha (-9,44%), seguido por contrafilé (-8,67%), alcatra (-7,52%), filé mignon (-5,57%) e fígado (-5,56%).

De acordo com o presidente da Apas, João Galassi, apesar de já ser possível observar diminuição nos preços dos produtos desonerados, "o repasse integral dos descontos por parte da indústria deverá ocorrer na reposição dos estoques ao longo de abril". A medida provisória nº 609, publicada no dia 8 de março, zerou as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep Importação e da Cofins-Importação, incidentes sobre a receita decorrente da venda no mercado interno e sobre a importação de produtos que compõem a cesta básica.

Segundo Galassi, "considerando a inflação ao longo dos últimos 12 meses, a redução dos preços desses produtos tem relação direta com a desoneração da cesta básica". Ele explica, ainda, que a inflação subiu (0,60%), mas como previsto pelo setor, "com a redução da carga tributária os preços dos itens da cesta básica apresentaram queda".

IPC-S

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas e divulgado nesta segunda-feira, também confirmou a tendência de queda nos preços das carnes. O indicador, que passou de 0,72% para 0,71% da última quadrissemana de março para a primeira deste mês, teve como principais influências de baixa a redução no preço da alcatra (de -5,14 para -5,27%), do contrafilé (de -5,97% para -5,04%) e da costela bovina (de -2,31% para -3,20). O IPC-S é calculado por meio da medição de preços em sete capitais do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.

Apesar da recente desoneração de alguns itens que fazem parte da cesta básica, os preços do conjunto de alimentos essenciais continuaram a trajetória de alta e subiram em março em 16 das 18 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.

As maiores elevações, de acordo com o levantamento, foram apuradas em Vitória (6,01%), Manaus (4,55%) e Salvador (4,08%). As duas capitais que apresentaram queda foram Florianópolis (-2,25%) e Natal (-1,42%). São Paulo continuou a ser a capital com o maior valor para a cesta básica (R$ 336,26). Depois aparecem Vitória (R$ 332,24), Manaus (R$ 328,49) e Belo Horizonte (R$ 323,97). Os menores valores médios foram apurados em Aracaju (R$ 245,94), João Pessoa (R$ 274,64) e Campo Grande (R$ 276,44).

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Acumulado

No primeiro trimestre deste ano, todas as 18 capitais pesquisadas registraram expansão nos preços da cesta básica. As maiores elevações acumuladas no ano foram em Salvador (23,75%), Aracaju (20,52%) e Natal (16,52%). Já Florianópolis (5,97%), Belém (7,47%) e Curitiba (8,65%) tiveram as menores altas.

Em 12 meses, na comparação com março do ano passado (quando o Dieese divulgava a estimativa de preços da cesta básica em 17 capitais, sem os dados de Campo Grande), houve aumento acima de 10% em todas as regiões, com as maiores variações em Fortaleza (32,78%), Salvador (32,63%) e João Pessoa (28,01%). As menores variações foram verificadas em Belém (19,09%), Curitiba (19,78%) e Florianópolis (20,29%).

As capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese são Vitória (ES), Manaus (AM), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Aracaju (SE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Belém (PA), João Pessoa (PB), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Recife (PE), Natal (RN) e Florianópolis (SC).

Mesmo após a desoneração de impostos de alguns produtos da cesta básica, anunciada pela presidenta Dilma Rousseff, a feira do mês está mais cara na Região Metropolitana do Recife (RMR) e em outras duas cidades pernambucanas, segundo pesquisa do Procon-PE.

Alguns itens de higiene pessoal e limpeza doméstica, que seriam responsáveis pela queda no valor das compras foram os culpados pelo aumento. Na RMR, os itens que mais sofreram variação foram o sabonete (132,22%) e a lã de aço (96,20%). Em Caruaru, no Agreste, os produtos que mais variaram foram o absorvente íntimo (123,40%) e o creme dental (80%). Já em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, o absorvente íntimo também variou mais (122,47%).

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O aumento no valor da cesta básica representa um acréscimo de 0,45% no Grande Recife e nos municípios de Caruaru (0,77%), Vitória de Santo Antão (0,07%) e Cabo de Santo Agostinho (0,06%).

O preço médio da cesta básica foi de R$282,32 na RMR, R$280,55 em Caruaru, R$274,88 em Vitória e R$288,64 no Cabo de Santo Agostinho. O PROCON-PE calculou ainda o impacto do valor da cesta básica no salário mínimo atual. Na RMR foi de 41,64%, em Caruaru 41,38%, em Vitória 40,54% e no Cabo 42,57%. A pesquisa completa já está disponível no site do Procon-PE.

Resumo da pesquisa cesta básica Procon-PE:

Variação da cesta básica:

RMR – aumento de 0,45%

CARUARU –aumento de 0,77%

VITÓRIA –aumento de 0,07%

CABO – aumento de 0,06%

Impacto do valor da cesta básica no salário mínimo:

RMR – 41,64%

CARUARU – 41,38%

VITÓRIA – 40,54%

CABO – 42,57%

Valor médio da cesta básica:

RMR – R$ 282,32

CARUARU –R$ 280,55

VITÓRIA –R$ 274,88

CABO – R$ 288,64

O preço da cesta básica teve queda de 0,23% no período entre o dia 21 e esta quinta-feira em São Paulo, aponta pesquisa da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon SP). O preço médio da cesta ficou em 382,71 reais nesta quinta-feira ante 383,59 reais no dia 21. Dos 31 produtos pesquisados pela Fundação Procon SP, 15 apresentaram declínio, 15 tiveram alta e um permaneceu estável.

São três grupos analisados: Alimentação, Limpeza e Higiene Pessoal. Alimentação registrou a maior diminuição: 0,50%. Limpeza aumentou 2% e Higiene Pessoal manteve-se inalterável. O artigo que assinalou maior baixa no período foi açúcar refinado (4,26%), seguido por alho (3,75%), margarina (2,86%), papel higiênico (2,67%) e óleo de soja (2,45%). As maiores valorizações foram: salsicha avulsa (4,08%), sabão em barra (3,30%), desodorante-spray (2,44%), leite em pó (2,24%) e detergente líquido (1,87%). Até o momento, a inflação da cesta básica paulistana em março ficou negativa em 0,90%, tendo como data-base 28 de fevereiro. Já nos últimos 12 meses, a inflação registra alta de 14,40%.

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Os preços de 11 produtos que fazem parte da cesta pesquisada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e foram desonerados de PIS/Cofins e IPI no dia 8 deste mês caíram, em média, 2,79%, da primeira para a segunda semana deste mês, revela pesquisa feita pela Fipe. Também o custo da cesta completa, com 51 produtos e pesquisada pela instituição, teve uma redução de 0,55% no mesmo período.

Na primeira semana de março, antes de a medida provisória da desoneração entrar em vigor, o paulistano desembolsava, em média, R$ 88,77 pela compra dos 11 produtos. Na segunda semana deste mês, o gasto com a mesma cesta foi de R$ 86,29. Isso significa uma economia de R$ 2,48.

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Dos 11 itens pesquisados, e que foram teoricamente desonerados, 9 tiveram queda de preço da primeira para a segunda semana deste mês e 2 apresentaram alta: acém e papel higiênico (pacote com 8 rolos).

"Não dá para afirmar que toda essa queda seja fruto da desoneração", observa o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, Rafael Costa Lima. Mas ele destaca que, no caso das carnes bovinas, o movimento de queda se acentuou no período. O preço médio do coxão mole, por exemplo, caía 0,14% na primeira quadrissemana deste mês e registrou retração de 1,18% na segunda quadrissemana.

"Cada produto da lista de desoneração tem a sua trajetória de preço, mas, na média, a queda foi relevante", destaca o economista. Isto é, tanto em termos porcentuais como em valores monetários, as quedas observadas na cesta de produtos desonerados superaram a retração da cesta total. "A cesta total caiu 0,55% e a cesta desonerada, 2,79%, no mesmo período. Já existe algum impacto", diz Costa Lima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que os empresários têm de ter "consciência" para que "todo mundo ganhe" com a redução do valor da cesta básica. O anúncio da desoneração de impostos federais sobre a cesta básica foi feito em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão na sexta-feira passada, mas pesquisa do Procon-SP e Dieese apontou que os valores subiram.

"O nosso País tem de ter uma relação entre o governo e a sociedade de respeito. O governo desonerou a cesta básica. O governo acha que é fundamental reduzir os tributos. Agora, nós precisamos que essa consciência seja também dos empresários, dos senhores donos dos supermercados, dos produtores, para que de fato a desoneração seja algo que todo mundo ganhe. Nós temos feito reuniões esclarecendo isso", afirmou a presidente após cerimônia no Palácio do Planalto de anúncio do Plano de Consumo e Cidadania.

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Questionada o que pode ocorrer se os varejistas não reduzirem o preço para o consumidor, a presidente respondeu: "A relação do prende e arrebenta acabou. O governo não faz isso. O governo dialoga, o governo persuade e é uma questão que eu também acho que beneficia o empresário. Porque se ele tiver desoneração, ele vai ter mais renda. Então, é muito mais pelo lado da persuasão e não da ameaça e da coação."

A presidente disse ter "certeza" de que vários produtores, empresários e donos de supermercados já desoneraram a cesta básica. "Alguns não fizeram. Eu acho que esse é um processo. É um processo de educação, de conscientização", afirmou a presidente. "Tenho certeza que alguns produtores e varejistas reduziram preços da cesta básica, outros não", afirmou Dilma.

Sobre o argumento de setores produtivos de que a embalagem não foi desonerada, a presidente foi categórica: "O conteúdo foi. Então retirem o custo do conteúdo. Mantenham o da embalagem. O que não é possível é aumentar os dois."

A primeira pesquisa do custo da cesta básica feita pela Fundação Procon de São Paulo em parceria com o Dieese depois de o governo ter cortado o PIS/Cofins de oito produtos de consumo básico - carnes, café, óleo, manteiga, açúcar, papel higiênico, creme dental e sabonete - mostra que houve um pequeno recuo de preços para a maioria dos itens. Mas o corte está abaixo do pretendido pelo governo, de 9,25%.

Entre os dias 7 de março, véspera do anúncio da desoneração, e ontem, de dez itens incluídos na lista de desonerações, sete registraram queda nos preços médios, enquanto dois tiveram alta e apenas um ficou estável.

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No entanto, a pesquisa, de grande abrangência porque levanta preços médios de 31 produtos da cesta básica, entre alimentos e itens de higiene e limpeza, em 70 supermercados da capital paulista, mostra que na última semana o custo médio total da cesta básica subiu. Era de R$ 384,58 na quinta-feira da semana passada e estava, na quinta-feira (14), em R$ 386,71. Foi uma elevação de 0,55% em apenas uma semana.

A margarina liderou o ranking de queda, com retração de 2,19%, seguida pelo café (-1,35%). Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic, que reúne as torrefadoras de café, diz que o preço médio deve recuar cerca de 4%, porcentual distante dos 9,25% divulgados pelo governo e também do resultado obtido na pesquisa da cesta básica da última semana. O motivo dessa divergência, segundo ele, ocorre porque o café tinha PIS/Cofins presumido. Isto é, a torrefadora ao comprar o grão verde era creditada em 7,4% de imposto. Quando vendia o café torrado, pagava 9,25%, abatido do crédito de imposto. Agora, como a Medida Provisória da desoneração acabou com o imposto presumido, o setor entende que deve reduzir o preço proporcionalmente ao imposto que pagava anteriormente.

A história se repete no caso das carnes bovinas, suínas e das aves, que tiveram, até agora, reduções de preços muito pequenas. Técnicos do Ministério da Fazenda e da Receita têm se reunido com os setores para resolver os problemas advindos da nova fórmula de tributação.

A pesquisa da Fundação Procon/SP mostra que dois itens do total de desonerados na semana passada tiveram elevação de preços: o açúcar refinado, que ficou 2,59% mais caro na última semana, e o creme dental (0,7%). Procurada, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar informou ontem que não tinha porta-voz para comentar a elevação de preço.

Já João Carlos Basílio, presidente da Abihpec, que reúne a indústria de higiene pessoal, atribui a alta do preço do creme dental e a estabilidade do preço médio do sabonete aos reajustes feitos pela indústria no começo do ano, que variaram entre 5% e 7%. "As reduções de preços ainda vão acontecer", diz ele. No caso do sabonete, diz Basílio, a queda de preço deve ser menor do que a do creme dental porque o setor também tinha crédito presumido do sebo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Edmundo Klotz, afirmou nesta quinta-feira que ainda não é possível apresentar os porcentuais de redução dos preços da indústria ao varejo em função da desoneração da cesta básica. "Os cálculos de impacto sobre os preços dos produtos desonerados são complexos, pois envolvem particularidades tributárias dentro das diversas Cadeias Produtivas, bem como questões adjacentes, como por exemplo a geração e o desconto de créditos presumidos", explicou, por meio de nota. Mas garantiu que a indústria de alimentos se comprometeu com o governo e com a sociedade a repassar ao consumidor todo e qualquer benefício gerado pela medida.

"As medidas adotadas pelo Governo Federal para reduzir a zero o PIS/Cofins e o IPI de produtos de amplo consumo no País são percebidas pela indústria de alimentos como acertadas e fundamentais para combater a alta da inflação e ampliar o poder aquisitivo do consumidor brasileiro", destacou. Segundo ele, as reuniões com o ministério da Fazenda têm sido diárias, desde segunda-feira (11), para dirimir dúvidas sobre a operacionalidade das medidas que desoneraram a cesta básica e, assim, compreender a redução real dos preços da indústria.

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O preço da cesta básica em São Paulo aumentou 0,55% na última semana, aponta pesquisa do ProconSP - órgão ligado à Secretaria Estadual da Justiça - realizada entre os dias 8 e 14 de março. O valor médio da cesta de 31 produtos passou de R$ 384,58 no dia 7 de março para R$ 386,71 no dia 14. A pesquisa é realizada em convênio com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com relatório do ProconSP, dos 31 produtos analisados, 14 apresentaram alta nos preços, 14 baixaram e três se mantiveram iguais. Dos três grupos de produtos analisados - alimentação, limpeza e higiene pessoal -, dois apresentaram alta: alimentação (0,67%) e higiene pessoal (0,19%). O grupo limpeza registrou queda nos preços de 0,17%.

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Os alimentos que mais encareceram nesse período foram batata (15,94%), alho (7,32%), cebola (6,15%), farinha de mandioca torrada (4,89%). As maiores quedas foram salsicha avulsa (-3,64%), margarina (-2,19%), ovos brancos (-2,03%), arroz (-1,68%) e linguiça fresca (-1,57%).

Os consumidores devem ficar atentos na hora de fazer as compras no final do mês. O custo médio de uma cesta básica familiar, em fevereiro, no Recife foi de R$ 612,33, aponta pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), que verificou o preço da cesta de consumo alimentar da cidade em 39 estabelecimentos de 25 bairros do município. O critério de escolha dos produtos e marcas dentro dos estabelecimentos pesquisados foi o ‘mais consumido’ pela população. 

Segundo o Instituto, para obter uma cesta ideal composta por 20 produtos apresentando os menores preços possíveis e disponíveis, o consumidor precisaria visitar, pelo menos, 25 estabelecimentos em 17 bairros diferentes. Tendo como resultado uma variação de 30,96%, em cima do valor estabelecido, que equivale uma economia de R$ 189,62, passando de R$ 612,33 para R$ 422,71. Já no mês de janeiro, a cesta básica apresentou um aumento de 5,99%.

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Dentre os produtos, o que apresentou maior variação de preço em fevereiro foi o tomate, com alteração de 200,50%. Já o produto com menor variação de preço entre os estabelecimentos pesquisados foi óleo de soja, com oscilação de 16,26%.

Em relação aos bairros visitados, Boa Viagem e Aflitos apresentaram os preços mais baixos de cada produto. Arroz, cebola, leite e café tiveram seus menores valores encontrados nesses lugares. No entanto, também no bairro de Boa Viagem alguns produtos apresentaram preços máximos, tais como o macarrão. 

A desoneração de oito itens da cesta básica anunciada pelo governo na sexta-feira (08) deve dar uma folga de cerca de R$ 10 no bolso do consumidor. Isso é o que mostra uma simulação feita por Clóvis Panzarini, ex-coordenador de Política Tributária da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e hoje consultor especializado em tributação.

A pedido do jornal O Estado de S. Paulo, ele fez uma simulação do impacto das desonerações na cesta básica calculada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede o custo de vida na cidade São Paulo.

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No mês passado, o último dado disponível, o paulistano que mora em bairros da zona oeste desembolsava R$ 351,11 pela compra de 51 produtos da cesta básica de consumo. Com as desonerações anunciadas para oito produtos (carnes, café, óleo de soja, manteiga, creme dental, papel higiênico açúcar e sabonete), o desembolso deve ser reduzido para R$ 341. Uma diferença de R$ 10,11 ou uma redução de 2,88% no gasto mensal.

Já o paulistano que mora em bairros do extremo da zona leste, que inclui Itaquera e Itaim Paulista, por exemplo, deve economizar um pouco menos com o corte de impostos: R$ 9,47 por mês, ou 2,85%.

A simulação foi feita com base na hipótese de que a totalidade do corte de imposto seja repassada ao consumidor. A cesta da Fipe considera a lista de compras de uma família de quatro pessoas, com renda mensal familiar entre um e dez salários mínimos, isto é, de até R$ 6.780.

"O maior ganho da desoneração é político", afirma Panzarini. Ele observa que o impacto macroeconômico da desoneração na liberação de sobra de recursos no bolso do consumidor para a compra de outros bens e serviços é praticamente irrisório. "Com essa sobra não dá para comprar um quilo de carne", observa o consultor.

Já do ponto de vista da inflação, ele acredita que o reflexo será favorável. De toda forma, Panzarini ressalta que não acredita que a desoneração será integralmente repassada para o consumidor. "Essa hipótese é pouco provável."

A simulação considerou a cesta básica adquirida pelas famílias em dois polos opostos da cidade. Nos bairros da zona oeste mora uma população predominantemente mais abastada. Já nos bairros dos extremos da zona leste predominam as famílias de menor renda.

Distorção

Para Panzarini, uma distorção apontada pelos resultados da simulação é que toda vez que há desonerações de impostos indiretos os consumidores mais abastados são privilegiados, pois compram maiores quantidades de produtos.

A simulação mostra, por exemplo, que a economia das famílias que residem na zona oeste da cidade de São Paulo seria de R$ 10,11 por mês. O resultado é R$ 0,64 maior do que o obtido na zona leste. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff destacou a importância do corte de impostos federais dos produtos da cesta básica como medida para diminuir a inflação. Por conta da forte alta dos preços em janeiro e fevereiro, o Palácio do Planalto resolveu antecipar em quase dois meses a medida. "A redução dos impostos da cesta básica é muito boa porque diminui a inflação e melhora a renda dos assalariados e de qualquer brasileiro, porque permite que ele compre o mesmo produto por um preço menor", afirmou Dilma, que participou, em Água Branca (AL), da entrega de dois trechos do Canal do Sertão, obra que desvia águas do Rio São Francisco para o interior alagoano.

A persistência da inflação em patamar elevado tem preocupado o governo. O Banco Central já indicou que poderá iniciar, ainda este ano, um novo ciclo de alta da taxa básica de juros para trazer o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza a política de metas de inflação, para um patamar menor do que o verificado no ano passado, quando subiu 5,84%.

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Dilma destacou durante seu discurso a decisão do governo de incluir a carne na lista de produtos beneficiados com o corte de impostos. "A cesta básica do brasileiro tem que ter carne", afirmou a presidente, ponderando que essa decisão foi a "mais custosa".

A desoneração das carnes responde por quase 39% do dinheiro que o governo deixará de arrecadar este ano. As projeções feitas pela equipe econômica indicam que, somente em 2013, o corte de tributos da cesta básica fará com que o Tesouro Nacional deixe de arrecadar R$ 5,5 bilhões. A manutenção do benefício terá um custo anual de R$ 7,3 bilhões. "Essa cesta básica é crucial: quanto mais barata ela for, melhor para o Brasil", disse Dilma.

Contra corrente

A desoneração da cesta básica foi incluída pela presidente na lista de ações que o governo tem tomado para incentivar a economia, que registrou baixas taxas de expansão nos últimos dois anos. Dilma citou o corte na taxa de juros, a criação de empregos e outras desonerações já promovidas. Na visão da presidente, o Brasil "nada contra a corrente internacional" ao tomar essas medidas.

Dilma afirmou que a situação do Brasil é similar a de uma pessoa que compra uma casa e faz pequenas reformas. "Nossa economia é forte, mas nós estamos igual quando você consegue comprar uma casa, todo mundo quer dar uma melhoradinha, nós temos de querer melhorar o nosso País".

A presidente deixou claro que os incentivos dados à produção tem como objetivo garantir uma expansão mais forte do Produto Interno Bruto (PIB) do País. "Mas não vai crescer porque nós achamos bonito falar que o PIB cresceu. Vai crescer porque isso é essencial para melhoria de vida de cada brasileiro".

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