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Um grupo de quatro homens, com idades entre 24 e 35 anos, foi morto a tiros na cidade de Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco, na noite dessa sexta-feira (29). O caso foi confirmado pela Polícia Civil, que informou que o crime aconteceu em via pública, com testemunhas, em um trecho do distrito de Bizarra. Populares informaram às autoridades que o crime foi cometido por homens desconhecidos na localidade; os autores efetuaram os disparos e fugiram.

As vítimas, de 24, 25, 28 e 35 anos, estavam bebendo em uma praça às margens da PE-89 quando foram alvejadas. Todos foram atingidos na região da cabeça. A população acionou a Polícia Militar ao local e equipes isolaram a área até a chegada da Polícia Civil. Ainda não é possível falar na motivação do crime, mas um inquérito foi aberto para apuração do caso na Delegacia de Belo Jardim. O crime é investigado como quádruplo homicídio.

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Em uma operação denominada "Sobejo", deflagrada nesta quinta-feira (14), a Polícia Civil prendeu cinco policiais militares suspeitos de envolvimento na "chacina de Camaragibe", ocorrida em 15 de setembro deste ano. Os alvos são investigados pelos crimes de associação criminosa e homicídio, após uma família inteira ser morta na comunidade do Córrego do Jacaré, em Tabatinga, no Grande Recife. 

Além dos cinco mandados de prisão, foram emitidos 20 mandados de busca e apreensão domiciliar, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Camaragibe. A operação desta quinta-feira (14) é presidida pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) e conta com apoio da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) e da assessoria da Diretoria de Inteligência (Dintel). 

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Os policiais tiveram os celulares apreendidos e periciados em uma outra operação, realizada em outubro, e que desencadeou nas prisões da nova deflagração. A chacina de Camaragibe, forma como o caso ficou conhecido nacionalmente, se trata da execução de seis pessoas da mesma família, em um possível crime de vingança pela morte de dois policiais. Os crimes aconteceram entre 14 e 15 de setembro, e deixaram oito mortos no total, entre PMs e civis. 

A cronologia do caso 

As mortes começaram no dia 14 de setembro, quando o soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, foram baleados na cabeça e mortos por Alex Silva, o "Samurai", de 33 anos. As vítimas serviam ao 20º Batalhão da Polícia Militar e estavam atendendo a um acionamento que denunciou presença de um homem armado na região do Córrego do Jacaré, em Tabatinga, bairro de Camaragibe. 

Nesse mesmo tiroteio, além dos PMs, uma grávida de 19 anos e um primo dela, de 14 anos, também foram baleados. Ana Letícia deu à luz uma menina e morreu mais de um mês depois após o crime, se tornando a nona vítima do caso. 

Durante a madrugada de 15 de setembro, a chacina aconteceu. Foram mortos três irmãos de Alex Samurai - as vítimas foram executadas na frente de casa e o crime foi filmado em uma transmissão ao vivo -, e também a mãe e a esposa do atirador. As últimas, mortas em um canavial em Paudalho, na Zona da Mata de Pernambuco. Pela manhã, Alex foi morto durante confronto com a polícia. 

 

Pelo menos 29 pessoas em situação de rua foram assassinadas no estado de Alagoas nas últimas semanas. Integrantes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) viajaram a Maceió, na última sexta-feira (29), para apurar os fatos, e denunciam que a contagem oficial de casos é menor do que a feita pelo movimento de defesa dos direitos da parcela da população que vive nessas condições.

Na ocasião, o órgão convocou uma reunião interinstitucional, com autoridades locais. O encontro contou com a presença de representantes dos três Poderes estaduais, do movimento de pessoas em situação de rua, das forças de segurança pública, das defensorias públicas e dos Ministérios Públicos. A reunião foi realizada na sede do governo de Alagoas, segundo o CNDH.

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Ainda de acordo com o conselho, foram registrados assassinatos nos dias 17, 23 e 24 de setembro. A Agência Brasil chegou a pedir informações detalhadas sobre os casos à Secretaria da Segurança Pública de Alagoas e buscou saber se já aconteceram outros homicídios com o mesmo perfil de vítima. Até o momento, não houve resposta com os dados solicitados, incluindo informações sobre a possibilidade de a polícia já ter instaurado inquéritos para investigar as circunstâncias das mortes e identificar suspeitos.

O presidente do CNDH, André Leão, contou à reportagem que a primeira chacina teve como vítimas três pessoas de uma mesma família, todas em situação de rua, que foram baleadas enquanto dormiam, na Praça de Sinimbu, no centro da capital. "Uma dessas pessoas morreu na hora. As outras duas foram socorridas, sendo que uma veio a falecer e a outra está gravemente ferida. No fim de semana seguinte, o CNDH recebeu mais uma denúncia de outras duas pessoas em situação de rua mortas. Isso chamou a atenção do conselho, porque não é possível crer que essas mortes sistemáticas sejam fatos isolados", disse.

Leão comentou, ainda, que os movimentos de defesa dos direitos das pessoas em situação de rua já contabilizam 30 casos desde o início do ano. "Durante a reunião [interinstitucional], ouvimos diversas demandas da própria população em situação de rua sobre abordagens truculentas por parte da polícia. A Secretaria da Segurança Pública também não reconhecia as 30 mortes e contabilizava apenas 17. Percebemos que havia também um problema nas próprias estatísticas da secretaria", afirmou.

"No final, existe uma constatação da necessidade de uma integração política de segurança, para melhor atendimento à população em situação de rua. Por isso, o CNDH vai expedir uma recomendação. Primeiro, para instalação de um gabinete de crise e, segundo, para que sejam adotadas medidas emergenciais voltadas à proteção dessa população", acrescentou.

No último dia 25, uma segunda-feira, o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, esteve com representantes de diversos órgãos para tratar da violência cometida contra a população em situação de rua, mais recentemente. Um dos encaminhamentos definidos na oportunidade foi o reforço do policiamento de agentes da chamada Ronda no Bairro, que, na avaliação do procurador-geral, teria mais condições de fazer a segurança, nesse caso, por "estar em contato direto com a comunidade". Albuquerque também defendeu a ampliação de vagas em abrigos.

O procurador-geral informou, ainda, que o Ministério Público de Alagoas deverá compor uma comissão de promotores, nas próximas semanas, para acompanhar a implementação de políticas públicas. A reunião foi uma iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e recebeu autoridades da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Secretaria de Estado de Prevenção à Violência, Secretaria Municipal de Assistência Social, Tribunal de Justiça de Alagoas, Ordem dos Advogados do Brasil e da Defensoria Pública estadual.

A Agência Brasil também questionou a Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social sobre a escalada de violência contra a população em situação de rua, mas a pasta não respondeu até o fechamento desta matéria. A Defensoria Pública de Alagoas também foi procurada pela reportagem e não respondeu os questionamentos feitos.

Momentos antes de ser assassinada no portão da própria casa, Agata Ayanne da Silva, de 30 anos, buscou as redes sociais para denunciar um episódio de violência que terminou com a execução de sua família inteira. Ela foi uma das vítimas da chacina ocorrida no Córrego do Jacaré, em Tabatinga, no município de Camaragibe, Grande Recife. O caso aconteceu entre a noite da quinta-feira (14) e a manhã da sexta-feira (15). 

Minutos antes de morrer, Ayanne deixou comentários em páginas de notícias locais, no Instagram, e denunciou a chegada de, pelo menos, "dez homens encapuzados" à casa de sua mãe, Maria José. Maria foi sequestrada e o pai da família teve a moto alvejada por tiros de arma de fogo. O corpo da mãe só foi encontrado na manhã seguinte, no dia 15, em Paudalho. 

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Antes de ser assassinada, Agata Ayanne pediu socorro em páginas de notícias locais no Instagram. Imagem: Captura de tela/Reprodução/Instagram

"Três carros com mais de dez caras invadiram a casa da minha mãe e levaram ela, tomaram o celular da minha mãe, do meu pai e da minha irmã. Atiraram no pneu da moto do meu pai", diz um dos comentários. Ágata também chegou a pedir ajuda para tentar localizar a mãe. "Alguém aqui poderia me mandar o número de algum repórter? Preciso urgente, pois sequestraram a minha mãe por conta da ocorrência que aconteceu em Tabatinga, e a minha mãe não tem nada a ver", afirma outro comentário. 

Agata era irmã de Alex Samurai, suspeito de matar dois policiais militares na noite do dia 14. Sua família foi executada aos poucos, mas os autores ainda não foram identificados ou localizados. A vítima foi assassinada junto aos irmãos, Amerson e Apuynã. No momento de sua morte, ela realizava uma transmissão ao vivo no Instagram, que continuou sendo reproduzida mesmo após a mulher ser alvejada. 

A mulher também afirmou ter ido em delegacias procurando a mãe. "Eu estou desesperada, pois já andei nas delegacias e não consigo resposta. Minha mãe tem problema de pressão alta. Minha mãe não tem nada a ver com o que aconteceu. Nesse mundo a gente já não sabe quem é quem", dizem outras postagens feitas por ela no Instagram. 

O caso 

Na noite da quinta-feira (14), os policiais militares Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, foram até o Córrego do Jacaré, em Tabatinga, para atender uma ocorrência de disparos de armas de fogo na região. O autor dos tiros foi Alex da Silva Barbosa, o "Alex Samurai", que era Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e tinha o registro da arma. 

Ao notar a presença dos policiais em sua rua, Alex abriu fogo contra os militares e atingiu ambos na região da cabeça. Os PMs morreram ainda no local. No tiroteio, ficaram feridos uma mulher de 18 anos e grávida de sete meses, e um adolescente de 14 anos. Alex Samurai se tornou foragido após o crime. 

A violência continuou durante a madrugada. Pela ordem, as primeiras mortes foram as de Maria José Pereira da Silva, de 58 anos, mãe de Alex, e de Maria Nathalia Campelo do Nascimento, 27 anos, companheira do suspeito. Elas foram sequestradas e levadas de Camaragibe até Paudalho, na Zona da Mata, onde foram alvejadas com tiros na nuca e abandonadas em um canavial. Os corpos, porém, foram encontrados apenas pela manhã. 

Por volta das 2h, novamente no Córrego do Jacaré, três irmãos de Alex foram baleados por homens encapuzados: Agata Ayanne da Silva, de 30 anos; Amerson Juliano da Silva e Apuynã Lucas da Silva, ambos de 25 anos. A mais velha filmou o crime em uma live no Instagram (confira abaixo).

Agata e Amerson morreram no local; Apuynã foi socorrido para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no Recife, mas morreu na unidade de saúde. Horas depois, por volta das 11h, durante buscas da Polícia Militar, o suspeito Alex Silva foi localizado em Tabatinga, trocou tiros com o efetivo e foi morto.  

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A morte de cinco pessoas de uma mesma família, após um familiar matar dois policiais militares no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, município da Região Metropolitana do Recife, na última quinta-feira (14), chocou a sociedade pela brutalidade e violência demonstradas. Alex “Samurai” Silva foi capturado e morto pela polícia na manhã de sexta-feira (15), totalizando oito mortes em um intervalo de cerca de 12 horas. Confira aqui a cronologia dos acontecimentos. 

Quinta-feira (14), à noite 

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Alex estava com alguns amigos bebendo na laje de uma casa no Córrego do Jacaré, comunidade localizada no bairro de Tabatinga, onde morava. De acordo com moradores da vizinhança, ele tinha um certo costume de beber e se alterar, fazendo demonstrações de violência, e carregando sua arma de fogo. Segundo a Secretaria de Defesa Social, ele era portador da licença para colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CAC), e sua arma era registrada em seu nome

Quando ele começou a dar tiros para o alto, vizinhos acionaram a Polícia Miliar (PM). O cabo Rodolfo José da Silva, 38 anos, e o soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, foram ao local para verificar a situação relatada na denúncia. Eles teriam sido recebidos por tiros vindos da arma de Alex. Durante o confronto armado, os policiais foram atingidos com tiros na cabeça, e outras duas pessoas foram atingidas, uma mulher grávida e uma adolescente. Alex fugiu. 

Os policiais chegaram a ser socorridos e levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Caxangá, na zona Oeste do Recife, mas não resistiram. A PM deu início a uma busca ostensiva por Alex. 

Sexta-feira (15), madrugada 

Com o início das buscas, a PM foi atrás da família de Alex. A irmã dele, Agata Ayanne da Silva, de 30 anos, estava em casa com seus outros dois irmãos, Amerson Juliano da Silva e Apuyna Lucas da Silva, ambos de 25 anos. 

Agata Ayanne, irmã de Alex. Foto: Reprodução/redes sociais 

Agata iniciou uma transmissão ao vivo no seu perfil pessoal no Instagram para registrar o momento em que um carro para na rua e homens encapuzados e armados se aproximam da casa. Nas imagens não é possível identificar quem eram as pessoas. Eles andam em direção aos irmãos, que estão desarmados, e mandam eles ficarem de joelhos e com as mãos para cima. Agata chega a avisar que a ação está sendo filmada. Se ouvem tiros, o celular que estava gravando cai no chão e a transmissão é encerrada. 

Sexta-feira (15), pela manhã 

Em Chã de Conselho, região do município de Paudalho, na zona da Mata, foram encontrados os corpos de duas mulheres no meio de um matagal. Maria José, de 58 anos, era a mãe de Alex Silva. A outra mulher, embora ainda não identificada, foi apontada como sendo a companheira dele. 

Alex ainda estava foragido. Câmeras de segurança na vizinhança de Tabatinga, onde ele morava, registram momentos em que ele anda pelas ruas. Ele não aparentava estar armado, porém, no segundo confronto com a polícia, que acontece no final da manhã, ele troca tiros e deixa duas pessoas feridas. A ação de captura resulta em sua morte. 

Alex Samurai andando pelas ruas do bairro onde morava. Foto: Reprodução/redes sociais 

Sexta-feira (15), à tarde 

Foram oito pessoas mortas e outras quatro feridas. Os corpos dos policiais mortos foram sepultados ao final da tarde no cemitério de São Lourenço da Mata. http://leiaja.com/politica/2023/09/15/raquel-lyra-se-posiciona-sobre-ass...">A governadora Raquel Lyra (PSDB) se pronunciou, do Palácio do Campo das Princesas, no Recife, se solidarizando pelas famílias enlutadas. 

O secretário de Defesa Civil, Alessandro Carvalho, afirmou que as investigações para elucidar os crimes não descartam nenhuma hipótese. Alex Silva não possuía antecedentes criminais nem passagem pela polícia.

O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, afirmou nesta sexta-feira (15), que o homem que matou dois policiais militares na última quinta-feira (14), em Camaragibe, município da Região Metropolitana do Recife, não possuía antecedentes criminais, e que era portador de licença de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC). Segundo o chefe da pasta, a arma de Alex Silva, conhecido como "Samurai", responsável pelos disparos contra os PMs, era registrada no nome dele. 

A confirmação foi dada durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, onde a governadora Raquel Lyra (PSDB) se pronunciou sobre o caso das oito mortes, se solidarizando pelas famílias dos policiais mortos em serviço. 

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O que aconteceu 

Na noite da quinta-feira (14), os PMs foram atender a um chamado no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, de uma denúncia anônima que algumas pessoas estavam em uma laje fazendo disparos com arma de fogo. Ao chegar ao local, eles foram recebidos com tiros, sendo atingidos na cabeça. Na troca dos disparos, uma mulher grávida foi atingida, e está hospitalizada. Alex fugiu. 

"Ao chegar no local, na escada, os policiais estavam chegando, ele de cima da escada, efetuou os disparos. E tiros precisos, atingiram as cabeças dos dois policiais. Havia mais pessoas sobre a laje, e com a confusão, se evadiram todos, então, uma das coisas que a investigação irá esclarecer é quem eram as pessoas que estavam lá”, relatou Alessandro. 

Durante a madrugada, três irmãos de Alex foram mortos, mas não se sabe ainda quem são os responsáveis pelos assassinatos. Na manhã desta quinta-feira, os corpos de duas mulheres foram encontrados em um matagal no município de Paudalho, na zona da Mata. Uma foi identificada como Maria José, de 58 anos, mãe de Alex, e a outra seria a companheira dele, mas a informação ainda não foi confirmada pelos peritos. 

Alessandro Carvalho afirmou ainda que as investigações, até o momento, não descartam nenhum possível suspeito. “Nós não temos como descartar nenhuma hipótese. O que nós temos é: dois policiais foram assassinados ao atender a uma ocorrência; cinco pessoas ligadas à vítima foram mortas em menos de 12 horas. Existe uma correlação, e é isso que nós vamos investigar. O delegado Erivaldo Pereira e equipe dele vai investigar. Seja qual for a hipótese, ela será checada, confirmada ou descartada”, declarou. 

Carvalho ressaltou que há uma linha de trabalho que já está sendo apurada para chegar aos verdadeiros responsáveis. “O que a gente quer é o resultado final, o que todos nós queremos aqui é o resultado final. Que se determine quem foram os autores, quais foram as pessoas que estavam em cima da laje, e que são coautores do homicídio dos policiais, e quem foram os autores dos homicídios contra os familiares do criminoso que matou os policiais. Então essa é a resposta que a polícia tem que dar no final”, disse. O secretário não soube informar se algum familiar de Alex vai receber algum tipo de suporte ou indenização por parte do estado. 

Programa que gera dúvidas 

O governo do estado lançou, ainda no final de julho, o programa “Todos Pela Segurança”, tendo como primeiro passo um período de escuta da população para entender as principais demandas em relação à segurança pública em Pernambuco. Alessandro Carvalho reforçou o calendário apresentado no dia do lançamento, cujo plano final deverá ser divulgado no dia 28 de setembro.

“A escuta da população também está em curso e irá terminar agora no sábado, dia 23. Eu cheguei [à chefia da Secretaria de Defesa Social] na semana passada e não participei de nenhuma etapa do ‘ouvir para mudar’. Então o que acontece? Eu cheguei, já fui secretário de 2014 a 2016, executivo antes, conheço um pouco da realidade do estado [em relação à] segurança. Porém de 2016 pra cá, sete anos se passaram, e muita coisa deve ter mudado. Então estou em processo ainda de conversa com as operativas para que eu me entregue o mais rápido possível aí que a gente tenha uma implementação e a medidas que possam melhorar a segurança no estado”, prometeu. 

 

O homem suspeito de matar dois policiais militares nessa quinta-feira (14), em Camaragibe, no Grande Recife, foi morto durante uma ação policial na manhã desta sexta-feira (15). Além dele, outras sete pessoas foram mortas nas últimas horas. A Polícia Civil de Pernambuco apura a relação entre os crimes. 

Conhecido como "Alex Samurai", o suspeito foi filmado caminhando pelas ruas do Córrego do Jacaré, em Tabatinga, onde os crimes aconteceram, e posteriormente foi visto trocando tiro com policiais durante as buscas, em uma região de mata.

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Ligação entre os crimes

Ao todo, são oito mortos e quatro feridos. A hipótese é de que todos os casos estão interligados. A chacina se iniciou na quinta-feira (14), quando o soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, foram baleados e mortos por Alex Silva, o "Samurai". As vítimas serviam ao 20º Batalhão da Polícia Militar. Eduardo tinha duas filhas e o cabo Rodolfo, que estava há oito anos no efetivo, deixou uma filha. 

Após as mortes dos dois militares, foram registradas outras seis. Nas redes sociais, todas as vítimas são apontadas como familiares de Alex Samurai, mas não foram identificadas. Seriam a mãe de Alex, a companheira, dois irmãos e uma irmã. Os assassinatos aconteceram durante a madrugada e fecham o número de sete mortes. Com a execução do suspeito nesta sexta-feira (15), foi registrada a oitava morte. 

Execuções

Questionada pelo LeiaJá, a Polícia Civil de Pernambuco apenas informou que está apurando os casos. O órgão foi questionado sobre a relação entre as mortes e o que estaria por trás da execução de familiares do suspeito.  

Duas das mulheres executadas foram encontradas em Paudalho, na Zona da Mata Norte. De acordo com o delegado da cidade Marcos Roberto, os corpos das vítimas foram encontrados com dois disparos na nuca, cada um. "Tudo indica, pela perícia, que elas foram trazidas e mortas aqui. Os disparos foram ouvidos por volta das 0h30", disse Marcos.  

Uma delas estava identificada e há indícios de que seria a mãe de Alex, uma mulher de 58 anos, que não teve o nome divulgado. A segunda mulher aparenta ter 25 anos, mas não portava identificação. Esta seria a companheira de "Samurai". As duas foram encontradas em uma região remota, de mata, e conhecida por ser "área de desova de corpos".

Outras vítimas

Também há quatro feridos entre essas ocorrências. Na quinta-feira (14), uma mulher grávida de 18 anos e um adolescente de 14 anos, sem relação com as execuções, foram baleados na ocorrência que vitimou os policiais militares. Eles estão internados no Hospital da Restauração (HR), no Recife. A gestante está em estado grave e o garoto, em estado estável. 

Já nesta sexta-feira (15), outros dois policiais ficaram feridos na ação que buscava Alex Samurai, em Camaragibe. Os disparos foram superficiais e não ameaçam a vida dos militares. A Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco ainda não se manifestou sobre o caso.

Dezenas de jovens dormiam nas calçadas dos arredores da Igreja da Candelária, no centro da cidade do Rio de Janeiro, na madrugada de 23 de julho de 1993, uma sexta-feira. No dia anterior, alguns deles haviam apedrejado um carro da Polícia Militar (PM), mas provavelmente não imaginavam que haveria retaliação por seu ato de vandalismo.

O revide veio por meio de uma ação desproporcional e covarde, cometida por policiais militares, que envolveu a execução de oito dos jovens sem teto. As vítimas tinham entre 11 e 19 anos de idade. Wagner dos Santos, que foi alvo de quatro disparos, conseguiu sobreviver e acabou tornando-se peça-chave na elucidação do crime, que viria a ser conhecido como Chacina da Candelária.

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Dois policiais militares e um ex-policial foram condenados pelo massacre, os três com penas que superam os 200 anos de prisão. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, o PM Nelson Oliveira dos Santos cumpriu pena até sua extinção, em 2008. Já o PM Marco Aurélio Dias de Alcântara e o ex-PM Marcus Vinícius Emmanuel Borges cumpriram suas penas até receberem indultos, em 2011 e 2012, respectivamente.  

A condenação dos responsáveis e a comoção nacional (e até internacional) provocada pelo crime não evitaram que novas chacinas ocorressem no país e, em especial, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, por exemplo, 22 pessoas seriam executadas na favela de Vigário Geral. No ano seguinte, foram 13 mortes na Nova Brasília. Os assassinos eram, mais uma vez, policiais.

Passados 30 anos do crime, várias outras chacinas ocorreram no estado, vitimando centenas de pessoas. Em vários desses casos, os perpetradores foram agentes do Estado, que, segundo as leis brasileiras, deveriam proteger vidas.

Outros casos

Um estudo publicado em abril deste ano, pelo Grupo de Estudos de Novas Ilegalidades da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF), mostrou que, apenas de 2007 a 2022, foram registradas 629 chacinas decorrentes de ações de policiais no estado, ou seja, ocorrências em que três ou mais pessoas foram mortas (segundo a metodologia da pesquisa). Mais de 2.500 pessoas morreram nesses episódios. 

O mesmo estudo também fez um recorte das “mega chacinas” policiais, ou seja, quando, segundo a metodologia da pesquisa, as ações de agentes do Estado resultaram em oito mortes ou mais, como na Candelária. Nesse período de 15 anos, foram registradas 27 ocorrências deste tipo, que resultaram na morte de 300 civis e de quatro policiais.

“Me parece que há uma continuidade bastante clara, de forma historicamente situada, que se relaciona à ausência de um efetivo controle democrático da atividade policial. Em regimes democráticos, o uso da força é socialmente pactuado e deve ser feito nos limites estritos da lei”, afirma o sociólogo Daniel Hirata, coordenador do Geni/UFF. 

Em depoimento enviado à Agência Brasil, em abril deste ano, o diretor-geral de Polícia Especializada da Polícia Civil fluminense, Felipe Curi, discorda da definição de chacina policial dada pelo Geni/UFF. Segundo Curi, chacinas são ocorrências “ilegais, indeterminadas e de forma aleatória de várias pessoas ao mesmo tempo” e que, portanto, mortes em operações policiais não poderiam ser consideradas chacinas, porque são uma “ação legítima do Estado”.

O estudo da UFF ressalta, no entanto, que parte dessas mortes pode ser resultado da desproporcionalidade no uso da força por policiais, ou mesmo serem consideradas execuções sumárias. Isso extrapolaria a definição de “ação legítima do Estado”.

Em maio de 2021, por exemplo, uma operação policial para cumprimento de mandados de prisão na comunidade do Jacarezinho, na zona norte da cidade, terminou com 27 civis mortos. Moradores da comunidade acusaram policiais de execuções extrajudiciais e relataram casos de pessoas que se renderam e mesmo assim foram mortas. Uma das vítimas foi o jovem Marlon Santana de Araújo, de 24 anos, que, segundo sua mãe, Adriana, foi morto dentro de uma casa junto com outros jovens. 

“Uma testemunha disse que ele estava com as mãos para o alto. Ele se entregou mas, assim mesmo, eles perfuraram o meu filho. Eles iam matando e brincando com os corpos. Quem estava vivo sabia que ia ser o próximo”, relata a mãe.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) reconheceu indícios de execução em pelo menos três mortes. Um desses homicídios virou processo criminal na Justiça do estado. 

Em Costa Barros, em 2015, um carro com cinco amigos que voltavam de uma comemoração foi fuzilado, com mais de 100 tiros, por policiais militares. As vítimas tinham entre 16 e 25 anos e não eram criminosos, não estavam armados e não ofereciam nenhum risco aos agentes que os mataram. 

A mãe de Marlon, Adriana Santana de Araújo, diz que as chacinas continuam e não vão parar, devido à impunidade. “Depois dessa matança, teve matança no Salgueiro [em São Gonçalo, com nove mortos em novembro de 2021], depois teve a matança do Complexo da Penha [com 23 mortos, em maio de 2022]. Por que matam? Porque não param eles. Eles podem entrar [na favela], podem matar e fazer o que for porque sabem que, para eles, não dá nada [ou seja, nenhuma punição].”

Segundo Daniel Hirata, as chacinas não só continuam a ocorrer no Rio de Janeiro após a Candelária, como também passaram a ter perfil mais “oficial”.  

“No caso da chacina da Candelária, assim como de Vigário Geral, Acari [em 1990], enfim nessas chacinas que marcaram os anos 90, nós tínhamos a atuação comprovada de policiais, mas atuando fora do horário de serviço, muitas vezes fazendo parte de grupos de extermínio, com viés de ‘limpeza social’. Tinham uma atuação extralegal. Com o passar do tempo, essas chacinas passaram a ser predominantes em operações policiais, avalizadas pelos poderes políticos e policiais”, explica o pesquisador. 

Crianças e jovens

Márcia Gatto, representante do Movimento Candelária Nunca Mais e membro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio, destaca que o estado tem uma política de segurança muito “agressiva e violenta”, que ocasiona não apenas chacinas, mas também a mortes de crianças e jovens, de forma isolada.   

“Na verdade, a gente vive uma política homicida, em especial contra um segmento, que são os negros e pobres. É uma política de segurança pública que, aqui no Rio de Janeiro, é muito agressiva e violenta. É, de fato, uma política que não assegura direitos, mas está sempre violando os direitos, violando o direito à vida dessas pessoas”, afirma. 

Segundo Márcia, a data da chacina da Candelária precisa ser lembrada, porque até hoje persistem os crimes de execução e a vitimização de crianças e adolescentes.

Dados do Instituto Fogo Cruzado, compilados pelo Geni/UFF, mostram que, de 2016 a 2022, 17 crianças e adolescentes foram mortos em chacinas policiais. Analisando-se todas as mortes, ou seja, mesmo aquelas que não ocorreram em chacinas, o número de vítimas é ainda maior. 

De acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, de 2012 a 2021, 1.368 crianças e jovens de até 19 anos foram mortos em “intervenções legais e operações de guerra” (nomenclatura do ministério para as mortes provocadas por agentes do Estado), no estado do Rio. Dentre essas vítimas, 50 tinham menos de 15 anos.  

“Tem balas perdidas, crianças sendo mortas no caminho para a escola, dentro da escola. Isso é inconcebível. A desculpa é sempre que entram [na favela] para combater o tráfico e a violência nas favelas. Mas isso tem um resultado de que sempre morrem inocentes”, acrescenta Márcia.

Violência e abandono

A educadora Yvonne Bezerra de Mello trabalhava com as crianças e adolescentes em situação de rua na região da Candelária quando houve a chacina, em 1993. O projeto de educação mantido por ela na época evoluiu e se transformou na organização não governamental (ONG) Uerê, que é voltada para o ensino de crianças e adolescentes que têm bloqueios cognitivos e emocionais, devido à exposição constante a traumas e violência. 

“A chacina da Candelária, mesmo tendo despertado atenção internacionalmente, não serviu para nada. Não serviu para os dirigentes pensarem e reformularem as políticas de segurança no país”, afirma Yvonne. 

Segundo a educadora, as rotineiras incursões policiais nas favelas e periferias provocam não apenas mortes, mas também traumas nas crianças e adolescentes. “É absurdo que, apesar de termos leis muito boas, como o Estatuto [da Criança e do Adolescente, o ECA], você não cumpre esse estatuto e deixa que crianças cresçam de uma maneira muito negativa. As crianças não podem se desenvolver nesse ambiente de violência”, ressalta Yvonne. “A saúde mental de crianças e adolescentes está altamente comprometida no país.”

Yvonne chama a atenção para outro fato: a continuidade da existência de crianças e adolescentes vivendo nas ruas. Segundo ela, em 1993, na região da Candelária, vivia um grupo de mais de 70 pessoas em situação de rua.

“É um absurdo deixar um grupo desses se formar. E não foi por falta de aviso. Procurei prefeitinho do centro, autoridade, deputado e nunca ninguém deu a menor atenção. Só deram atenção, depois que aconteceu o massacre”, afirmou. “Ninguém dava a menor bola para aquelas crianças, como não dão até hoje. Isso não mudou também.” 

Yvonne Bezerra de Mello não demonstra muito otimismo em relação aos próximos 30 anos. “Normalmente eu sou uma pessoa positiva, mas nesse sentido eu espero muito pouca coisa, porque, enquanto o sistema brasileiro não mudar sua forma de enxergar a realidade, vamos ter o mesmo problema eternamente.”

Respostas

Em nota, a Polícia Militar afirma que suas ações têm “como preocupação central a preservação de vidas e o cumprimento irrestrito da legislação em vigor”. A PM acrescentou que se pauta por informações do setor de inteligência e por planejamento prévio.  

Ainda segundo a PM, o índice de mortes por intervenção de agentes do Estado caiu mais de 15% no Rio de Janeiro de janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). “Oscilações pontuais deste e de outros indicadores estratégicos são permanentemente verificadas para ajustes.”

A Secretaria Municipal de Assistência Social da cidade do Rio, também por meio de nota, informa que existe um serviço de acolhimento institucional temporário para garantir direitos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social que precisaram ser afastados de suas famílias ou casas. 

Também há ações de acompanhamento das famílias, com o objetivo de fazer a reinserção familiar e comunitária de crianças e jovens. A rede de acolhimento, segundo a secretaria, está espalhada pela cidade, de forma a garantir cobertura ampla em todo o município. 

De acordo com a Secretaria de Assistência Social, de janeiro a junho do ano de 2023 foram realizados 2.907 acolhimentos na rede da prefeitura. Atualmente, encontram-se acolhidos 173 crianças e adolescentes. São 33,52% de crianças e 66,47% de adolescentes.

“Nos últimos 30 anos, muitas políticas públicas para este grupo foram implementadas, como o Estatuto da Criança e do Adolescente. Infelizmente, ainda temos casos de violência, seja em casa ou nas ruas. Temos que reconhecer que o trabalho feito está reduzindo essa ferida histórica, mas é importante dizer que a nossa meta é que não haja nenhuma criança ou adolescente com direitos violados”, afirmou o secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires. 

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos informou que desenvolve programas voltados para a proteção social de crianças e adolescentes que têm seus direitos violados ou ameaçados, como os programas de Trabalho Protegido na Adolescência e de Atenção à Criança e Adolescente em Situação de Risco.

A Agência Brasil entrou em contato com a Polícia Civil, mas, até a publicação desta reportagem, não teve resposta.

O vermelho intenso da tinta que retocou a pintura na calçada em frente a Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, chama a atenção de quem passa. A representação dos oito meninos e adolescentes mortos a tiros na madrugada do dia 23 de julho de 1993, no entorno da igreja, divide espaço com uma cruz de madeira e placas com os nomes deles. Tudo foi restaurado para lembrar o crime, que ficou conhecido internacionalmente como Chacina da Candelária, e que completa 30 anos neste domingo (23).

Movimentos sociais programaram atividades em memória das vítimas, que tinham entre 11 e 19 anos e viviam em situação de rua. Na sexta-feira (21) houve vigília, que reuniu mães e familiares, e neste domingo (23), ativistas voltam à Candelária para um ato. Na segunda-feira (24), haverá lavagem das escadarias da igreja, missa e caminhada. À noite, a estátua do Cristo Redentor será iluminada de verde esperança.

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Nesses 30 anos do crime, outras chacinas ocorreram no estado, e em vários desses casos, os acusados foram agentes, que, legalmente, deveriam proteger vidas.

Um estudo publicado em abril deste ano, pelo Geni, o Grupo de Estudos de Novas Ilegalidades, da Universidade Federal Fluminense, mostrou que, apenas de 2007 a 2022, foram registradas 629 chacinas decorrentes de ações de policiais no estado. Ou seja, ocorrências que deixaram três ou mais mortos, segundo a metodologia da pesquisa. Nada menos que 2.500 pessoas perderam a vida nesses episódios.

Para o sociólogo e coordenador do Geni, Daniel Hirata, as chacinas são consequência de uma convivência bastante íntima das instituições formalmente democráticas e de certos setores estatais, particularmente os que são ligados ao uso da força.

" Com o passar das décadas as chacinas foram se tornando predominantes em operações policiais em ações avalizadas pelos poderes políticos e policiais", explicou.

Márcia Gatto, representante do Movimento Candelária Nunca Mais e membro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, disse que o Rio tem uma política de segurança muito “agressiva e violenta”, que ocasiona não apenas as chacinas, mas também as mortes de crianças e jovens, de forma isolada.

"É uma política mesmo homicida e tem um segmento que são negros e pobres. Não assegura direitos e sim, está sempre violando direitos que é o direito a vida dessas pessoas", observou.

A educadora Yvonne Bezerra de Mello trabalhava com crianças e adolescentes em situação de rua na região da Candelária quando houve a chacina, em 1993. O projeto de educação mantido por ela naquela época evoluiu e se transformou na Organização Não Governamental Uerê, voltada para aqueles que possuem bloqueios cognitivos e emocionais, devido à exposição constante a traumas e violência.

" A chacina da Candelária não serviu para nada, a violência é constante, aqui se mata mais que a maioria dos países do mundo", explicou a educadora.

Dois policiais militares e um ex-policial foram condenados pelo massacre, todos com penas que superam os 200 anos de prisão. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, o PM Nelson Oliveira dos Santos cumpriu pena até sua extinção, em 2008. Já o PM Marco Aurélio Dias de Alcântara e o ex-PM Marcus Vinícius Emmanuel Borges cumpriram suas penas até receberem indultos em 2011 e 2012, respectivamente.  

O crime teria acontecido porque, no dia anterior, os meninos jogaram pedras em um carro da Polícia Militar.  

Um sobrevivente da chacina, Wagner dos Santos, alvo de quatro tiros, acabou tornando-se peça-chave na elucidação do crime.

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que suas ações têm “como preocupação central a preservação de vidas e o cumprimento irrestrito da legislação em vigor”.

A Secretaria Municipal de Assistência Social da cidade do Rio, também por meio de nota, explicou que existe um serviço de acolhimento institucional temporário para garantir direitos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social que precisaram ser afastados de suas famílias ou casas.

Procurada, a Polícia Civil não se manifestou.

A Polícia Civil de Pernambuco registrou uma chacina no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na madrugada desta sexta-feira (28). Três homens e uma mulher foram assassinados a tiros em uma casa de taipa localizada no Engenho Tapugi de Baixo.

De acordo com a corporação, os criminosos fugiram do local logo em seguida. Segundo as investigações, o crime pode ter sido motivado pela disputa pelo tráfico de drogas na cidade de Moreno. Até o momento, nenhum suspeito foi localizado pelas equipes da Polícia Civil.

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As vítimas foram identificadas como Márcio Silvino dos Santos, de 35 anos, Alexandro Luiz da Silva, 31, Robson Manoel Moraes, 28, e Larissa Silva Vanderlei, 22. Uma quinta pessoa, que também seria alvo dos criminosos, teria conseguido fugir do local, segundo informações que chegaram aos agentes. A corporação informou que até o fia 31 de março deste ano foram registrados no município 27 homicídios.

Os pais do estudante de 13 anos que matou a professora Elisabeth Tenreiro, de 71, a facadas ao invadir uma escola sabiam que o filho tinha “interesse em realizar uma chacina” um mês antes do atentado, segundo o Metrópoles. O crime aconteceu na manhã da última segunda-feira (27), na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo. Outras três professoras e um aluno ficaram feridos. 

O autor do ataque foi apreendido pela Polícia Militar e internado provisoriamente por decisão da Justiça. 

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A ata da reunião escolar do dia 23 de fevereiro mostra que o pai e a mãe do adolescente foram à Escola Estadual José Roberto Pacheco, onde o filho estudava na época, a pedido da diretoria do colégio, de acordo com o Metrópoles. Os pais assinaram um termo confirmando que estavam cientes do comportamento do filho. 

Funcionários da escola disseram à polícia que a reunião foi pelo “comportamento suspeito” do garoto, que já havia ameaçado de morte um colega de sala pelo WhatsApp, no dia 7 de fevereiro, e também tentou extorqui-lo. 

A mãe da vítima teve acesso às mensagens uma semana depois, no dia 14 de fevereiro, e comunicou as conversas à escola. 

Ainda segundo relatos, o jovem teria enviado outras mensagens suspeitas a uma colega no dia 21 de fevereiro, no feriado de Carnaval. Ele perguntou se a estudante conseguiria arrumar um isqueiro e gasolina, mas não deu detalhes do que pretendia fazer com os objetos. 

 

Conhecimento

A ata da reunião enviada à polícia mostra que a diretora da escola Kelly Salerno afirmou que o menor havia compartilhado fotos que faziam apologia a atentados em escolas e imagens em que segurava armas de fogo a outros colegas. “A gestora explicou sobre os últimos eventos. No primeiro deles, [o menor] manifestou interesse em realizar uma chacina e compartilhou fotos que enaltecem essa ação. O pai disse que tem uma arma em casa, que [o adolescente] tem Airsoft e que todas as fotos mostradas foram tiradas na casa da avó”, diz a ata enviada à polícia. 

O pai do menino teria reagido às informações repassadas pela diretora com indiferença, segundo relatos dos funcionários, e disse que esse comportamento do filho era “normal”. O casal chegou a relatar um episódio no qual o menor teria sido espancado quando tinha 11 anos, no antigo colégio em que estudava e, de acordo com eles, o filho nunca mais foi o mesmo desde então. 

À polícia, o aluno disse que planejava o ataque há dois anos, inspirado no Massacre de Suzano, que aconteceu em São Paulo, em 2019. Ele também relatou ter sofrido bullying na escola onde estudou e que já tinha até pensado em matar o próprio pai porque apanhava dele. 

O colégio chegou a solicitar que os pais o levassem para um exame no Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Caps), de Taboão da Serra, e apresentassem um atestado de que ele teria condições psiquiátricas de continuar na escola. Os pais apresentaram um laudo preliminar de uma triagem feita no Caps três dias depois da conversa na escola, pedindo que o filho retomasse os estudos. Então, o pai teria ficado irritado com a negativa do colégio e pedido que o adolescente fosse transferido para outra escola. 

A chacina em Sinop (MT), que matou sete pessoas, dentre elas uma menina de 12 anos, na terça-feira (21), gerou comoção nas redes sociais e virou tema de debate entre políticos aliados e de oposição ao governo Lula. Enquanto os governistas destacaram o fato de que um dos responsáveis pela tragédia tem registro no Exército como Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador (CAC) - grupo que cresceu estimulado por medidas armamentistas durante a gestão Bolsonaro -, a oposição defendeu principalmente a punição dos atiradores.

Os suspeitos dos crimes, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27, foram identificados por meio de imagens das câmeras de segurança do bar onde aconteceu o crime, motivado, segundo a polícia, pela derrota numa série de partidas de sinuca. Ribeiro foi morto em confronto com policiais nesta quarta-feira (22). Oliveira segue foragido.

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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, associou a tragédia a uma "irresponsável política armamentista que levou à proliferação de 'clubes de tiro', supostamente destinados a 'pessoas de bem'".

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, prestou solidariedade às famílias das vítimas e afirmou que é de conhecimento "quem é o guru do ódio que estimulou a intolerância e o armamento da população".

O deputado federal e vice-líder do governo Lula no Congresso, Bohn Gass (PT-RS), classificou a chacina de Sinop como "uma sequência de horror e covardia": "Bandidos, frequentadores de clubes de tiro, matam, com tiros na cabeça, cada uma das vítimas desarmadas cujo "crime" foi ter ganho deles no jogo".

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) também ressaltou o fato de que um dos atiradores tinha registro no Exército como Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador (CAC). O ex-presidente do Novo, João Amoêdo, ressaltou que a chacina é "exemplo da irresponsabilidade na definição de políticas públicas e do incentivo à cultura de ódio pelo ex-presidente".

Aliados de Bolsonaro

Entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, o foco das manifestações foi a punição aos envolvidos. O ex-ministro da Justiça e atual senador Sérgio Moro (UB-PR) defendeu, na prática, prisão perpétua para os assassinos, pena inexistente no código penal brasileiro. "Os dois responsáveis pelos assassinatos covardes em Sinop/MT devem ser caçados, presos, condenados e abandonados na prisão pelo restante de suas vidas", disse.

A punição também foi defendida pelo senador Magno Malta (PL-ES). "Que esses desgraçados apodreçam na cadeia", disse. O deputado federal Sargento Fahur (PSD-PR) compartilhou uma reportagem sobre a morte de um dos homens apontados como autor da chacina em Sinop. "Que vá para o inferno esse covarde", disse o parlamentar.

O segundo suspeito pela chacina em um bar de Sinop (MT), a cerca de 500 km de Cuiabá, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, foi detido, na manhã desta quinta-feira, 23, pela polícia. A prisão foi confirmada pelo delegado Bráulio Junqueira, responsável pelo inquérito. O outro suspeito pelos sete assassinatos, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, foi morto pelo Bope-MT na tarde desta quarta-feira, 22, em uma mata próxima ao aeroporto da cidade.

Segundo a polícia, a dupla é suspeita de matar sete pessoas, dentre elas uma adolescente de 12 anos, na terça-feira de carnaval, dia 21. A jovem foi atingida nas costas com tiros de uma espingarda calibre 12 mm. O motivo do crime, segundo a polícia, foi porque os dois homens não aceitaram perder em jogo de sinuca. Também conforme a polícia, Oliveira tem cadastro no Exército e registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).

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Segundo o delegado, Oliveira se apresentava como pedreiro, "andou pegando umas obras, não entregou, pegou o dinheiro antecipado, comprou a caminhonete, armas". Já o comparsa, afirma a polícia, tinha passagens por transporte ilegal de madeira, já havia sido preso por formação de quadrilha e porte ilegal de armas, dentre outros crimes.

Sete pessoas foram mortas por dois atiradores em um bar em Jardim Lisboa, em Sinop, no Mato Grosso. A chacina ocorreu nessa terça-feira (21), após os dois homens virarem piada por perderem apostas de sinuca. 

O crime foi registrado por câmeras de segurança do Bruno Snooker Bar, por volta das 17h, e mostra a chegada de uma caminhonete ao local. O primeiro atirador desce com uma pistola e rende os clientes. Em seguida, o outro pega uma espingarda calibre 12 e inicia os disparos. 

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Uma das vítimas é uma adolescente de 12 anos, identificada como Larissa Frazão de Almeida. Ela corre para tentar fugir do estabelecimento, mas é atingida nas costas. Antes de deixarem o bar, um deles pega dinheiro em cima de uma das mesas de sinuca e o outro leva objetos espalhados nas outras mesas. 

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A dupla foi identificada como Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos. Ambos seguem foragidos. Testemunhas confirmaram à Polícia Civil que os criminosos viraram alvo de chacota após perder dinheiro em duas apostas na sinuca. Horas depois, os dois voltaram ao local e cometeram o crime. 

Além da adolescente de 12 anos, as outras vítimas que morreram no local foram: Orisberto Pereira Sousa, 38 anos; Adriano Balbinote, 46 anos; Getulio Rodrigues Frazão Junior, 36 anos; Josué Ramos Tenório, 48 anos; Maciel Bruno de Andrade Costa, 35 anos. Elizeu Santos da Silva, 47 anos, ainda chegou a ser socorrido ao Hospital Regional de Sinop em estado grave, mas teve a morte confirmada na unidade. 

A Promotoria de Justiça de São João, no Agreste pernambucano, remeteu à Justiça denúncia (NPU 0000050-26.2023.8.17.4640) contra o mandante e cinco executores de um atentado no centro da cidade, no dia 26 de janeiro deste ano, que deixou um total de cinco vítimas fatais e cinco feridos.

Os denunciados são Renato Roque da Silva, Erikys dos Santos Caetano, José Carlos da Silva, Joelson José Gomes da Silva, Cosme Gomes da Silva e Paulo Ricardo Gomes dos Santos.

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Todos foram denunciados pela prática de cinco homicídios qualificados consumados (dos quais, quatro por motivo torpe e utilizando de meio que impossibilita a defesa à vítima; e um por motivo torpe, uso de meio que impossibilita a defesa à vítima e contra menor de 14 anos) e mais cinco homicídios qualificados tentados.

No decorrer das investigações criminais, restou comprovado que o grupo agiu a mando de Paulo Ricardo Gomes dos Santos, que é interno do sistema prisional de Pernambuco. Ele determinou aos demais que se dirigissem a um espetinho no Centro de São João para matar Lucas Pereira de Andrade, com o objetivo de dominar o tráfico de drogas no município e retaliar a vítima pela participação deste na morte do traficante Gilson Gomes da Silva.

A Polícia Civil de Pernambuco efetuou as prisões de Renato, Erikys, José Carlos e Cosme, e continua em busca de Joelson.

Da assessoria 

A Polícia Civil de Pernambuco em conjunto com a Polícia Militar de Pernambuco garantiram à população que todos os esforços estão sendo feitos e que cinco suspeitos da chacina da cidade de São João já foram identificados. A chacina que aconteceu na noite da quinta-feira (26), na cidade de São João, deixou cinco mortos, incluindo uma criança de dois anos. 

A delegada da Polícia Civil Simone Aguiar, que esteve na cidade nesta sexta-feira (27), destacou que todos os esforços estão sendo feitos na cidade e que, em menos de 24 horas após o ocorrido, cinco suspeitos já foram identificados e presos, e três deles já estavam recolhidos no sistema prisional, inclusive o mandante. “Temos a confiança de que esse crime não ficará impune. Todos os envolvidos serão presos com a individualização das nossas condutas. A motivação é o tráfico de drogas, mas um alvo era o objeto da ação e, infelizmente, pessoas que estavam no ambiente familiar foram atingidas, mas não tem relação com o crime. São pessoas inocentes”. 

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“Brevemente todos os investigadores darão a resposta que a sociedade está esperando, com todos os envolvidos presos e todos os vazios preenchidos com a investigação qualificada”, garantiu. 

Por sua vez, o coronel da Polícia Militar Tibério César, que também esteve na cidade, e lamentou pelas pessoas inocentes que foram vitimadas “pela guerra do tráfico”. “A nossa ida teve como objetivo apoiar os comandantes, os diretores, delegados e a inteligência da PM e da PC, que desde ontem se desdobraram atrás dos acusados suspeitos da chacina. A população de São João não merece o que aconteceu. A PM está presente desde ontem e permanece com as equipes especialistas para que a população volte à sua normalidade e tenha a sensação de segurança esperada por nós”. 

Uma criança de dois anos e quatro homens foram assassinados a tiros na noite dessa quinta-feira (26), no município de São João, no Agreste de Pernambuco. A chacina deixou outros sete feridos e provocou o prefeito Wilson Lima (PP) a solicitar uma intervenção do estado na segurança da cidade.

As vítimas estavam em um espetinho, na Avenida Coronel João Fernandes, quando homens armados teriam chegado a pé e efetuado os disparos. Três pessoas morreram no local, enquanto a criança e outro rapaz tiveram a morte confirmada no hospital. Os feridos foram socorridos para o Hospital Regional Dom Moura.

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A Polícia Civil já instaurou inquérito para identificar os autores. Ninguém foi preso.

A Prefeitura lamentou a chacina e se solidarizou com os familiares das vítimas. Em nota, o prefeito informou que vai ao Palácio do Campo das Princesas nesta sexta (27) para solicitar uma reunião de emergência com a governadora Raquel Lyra (PSDB).

Wilson Lima quer propor uma intervenção na segurança pública municipal. A governadora está em Brasília, onde se reúne com o presidente Lula (PT) nesta manhã.

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Seis homens foram encontrados carbonizados dentro de um veículo na manhã do último domingo (8), no bairro Morro do Meio, no município de Joinville, no norte de Santa Catarina. Um sétimo homem permanece desaparecido. Outros três conseguiram fugir. O carro, um modelo Uno, também foi incendiado. A polícia ainda busca pela identificação e localização dos suspeitos.

De acordo com Dirceu Augusto Silveira Júnior, delegado de polícia e titular da Delegacia de Homicídios de Joinville (DHJ), as vítimas eram do Paraná e trabalhavam em roçadas para uma empresa terceirizada, fazendo limpezas das linhas de energia elétrica.

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A residência onde moravam os dez homens também foi incendiada. "Seis corpos foram encontrados carbonizados dentro do carro, três homens conseguiram fugir e um ainda não foi localizado. As vítimas já foram identificadas. Agora, aguardamos as confirmações das suas identidades por meio dos respectivos laudos periciais", disse o delegado.

Suspeita-se, segundo o delegado, que a chacina tenha sido motivada após desentendimento entre um dos homens que morava na residência e uma mulher. Em retaliação, um grupo teria invadido a casa, espancado os moradores, incendiado a residência e o veículo, onde os corpos carbonizados foram encontrados.

"É possível também que os autores do crime possuam vínculos com facções criminosas. Algo a ser confirmado no curso das investigações policiais", afirma Silveira Júnior.

Em publicação nas redes sociais, a delegacia deixou um número para as pessoas ajudarem com denúncias e informações sobre a chacina. Quem tiver alguma informação pode entrar em contato por meio do WhatsaApp da DHJ que é o número centralizado em identificar e localizar os responsáveis pelo crime.

"Preliminarmente, foi apurado que nenhuma das vítimas possuía vínculos com facções criminosas, tampouco registros criminais", consta na mensagem.

Abordagens da Polícia Militar (PM) paranaense deixaram oito mortos na madrugada desta quinta-feira (11), em Curitiba. Em nota, a PM informou que os policiais foram recebidos com tiros nas duas ações, que ocorreram nos bairros Cajuru e Caximba.

De acordo com a PM, uma equipe teria recebido informações de que um veículo com integrantes da facção estaria indo buscar armas para um "tribunal do crime" - o grupo pretendia matar um ex-integrante por se juntar a rivais - e iniciou uma patrulha na região da Caximba. Quando um veículo com as características descritas fugiu da abordagem, teria havido uma perseguição com troca de tiros, na qual dois dos ocupantes foram mortos.

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Outras duas equipes da PM teriam localizado um veículo roubado do lado de fora de uma casa no bairro Cajuru, e, ao se aproximarem, também teriam sido recebidos com tiros. Nesta abordagem, seis pessoas foram mortas. Ao todo, a Polícia Militar paranaense informou ter apreendido cinco revólveres, três pistolas, dois veículos com alerta de roubo, dois coletes balísticos e oito tabletes de uma substância análoga à maconha.

Não foram divulgadas informações sobre prisões. A Polícia Civil informou que, no momento, as investigações seguirão com a Polícia Militar.

Seis pessoas foram mortas e outras ficaram feridas após uma chacina no município de Marcação, no litoral da Paraíba. Segundo o delegado Sylvio Rabello, responsável pelo caso, as vítimas estavam em uma casa onde possivelmente ocorria tráfico de drogas e a suspeita é de que o crime aconteceu por causa da disputa de grupos criminosos pelo domínio do comércio de entorpecentes na região.

A polícia acredita que a quadrilha seja formada por três ou quatro homens.

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"É uma região grande, onde geralmente tem dois ou três grupos criminosos que disputam o tráfico entre si", diz o delegado.

De acordo com Rabello, a polícia já havia detido um grupo de traficantes da região no ano passado, o que teria ajudado em reduzir em cerca de 80% o número de homicídios da região.

Quatro das seis vítimas assassinadas eram de uma mesma família - a mãe, a filha, o filho e a nora. As demais vítimas foram encaminhadas ao hospital. A polícia ainda não identificou identidades dos suspeitos.

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