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Fact checking é a expressão em inglês que significa checagem de fatos. Na sociedade da informação, orientada pelas mídias digitais, o fact checking passou a ser um importante instrumento a serviço do jornalismo para o combate ao que estudiosos de Comunicação Social consideram uma praga da da contemporaneidade: as fake news.

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Termo cunhado para designar informação falsa, boato ou mentira pura e simplesmente, as fake news dominam os ambientes midiáticos. São construídas com formatação de notícia e aparentam sinalizar apreensões da realidade para desinformar, deseducar e até mesmo criar universos paralelos.

"Sem dúvida o fact checking cumpre um papel bem importante, que tem a ver com esse momento histórico de disseminação desenfreada de desinformação. É uma ferramenta, é uma possibilidade de trabalho do jornalista, de tentar minimizar os danos que a desinformação pode trazer. E a gente tem visto aí como os danos são muito graves. Podem ser danos à democracia, podem ser danos à saúde pública, como a gente viu no período mais severo da pandemia, e por aí vai", afirma o jornalista Guilherme Guerreiro Neto, professor universitário, pesquisador, editor e repórter do blog Vazantes. 

Doutorando em "Ciências: Desenvolvimento Socioambiental" pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA/UFPA), mestre em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especialista em Jornalismo Literário pela Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL) e em Jornalismo Político pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Guilherme Guerreiro Neto já esteve à frente de sites de checagem de informação em processos eleitorais no Pará e estuda fake news no campo acadêmico. Nesse episódio do podcast Pará de Pavulagem, o jornalista analisa o impacto das chamadas notícias falsas e destaca a importância das agências de checagem.

Pará de Pavulagem é um podcast experimental criado, produzido e apresentado pelas estudantes Ana Luísa Cintra, Maria Rita Araújo, Sabrina Avelar e Yasmin Seraphico, do curso de Jornalismo da UNAMA - Universidade da Amazônia. Clique no link abaixo e ouça o episódio.

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Da Redação do LeiaJá Pará.

 

Com a missão de limitar o compartilhamento de informações falsas com potencial de causar danos e enganar pessoas, o Facebook mantém um programa de verificação independente e procedimentos para lidar com fake news. Mais de 80 organizações certificadas pela International Fact-Checking Network (IFCN) ajudam a identificar e classificar as informações. 

Com foco em casos virais, a Meta sinalizou a importância da rede independente. "Não acreditamos que uma empresa privada como o Facebook deva ser o árbitro da verdade. Por isso, contamos com verificadores de fatos parceiros". 

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No Brasil, o programa é aprimorado desde 2018 e conta com seis parceiras: Agência Lupa, AFP, Aos Fatos, Estadão Verifica, Reuters Fact Check e UOL Confere.   

A empresa explica que, após o conteúdo ser identificado como falso, alterado ou parcialmente falso, sua distribuição é significativamente reduzida para que menos pessoas o vejam. Se mesmo assim ele aparecer no feed, o post é coberto para que os usuários decidam se querem visualizar e um rótulo com mais informações é acrescentado. 

 Esses conteúdos ficam impedidos de ser impulsionados e os usuários que tentar compartilhá-los são avisados sobre a mentira ou veracidade duvidosa.  

Acompanhe o passo a passo para denunciar uma publicação como informação falsa:  

-Toque em ••• ao lado da publicação que você deseja marcar como falsa.  

-Toque em Denunciar publicação.  

-Toque em Informação falsa e, depois, selecione o tipo de informação falsa.  

-Toque em Enviar e em Concluir. 

Durante a live semanal, realizada na quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (PT) alegou falsamente que as vacinas contra a Covid-19 não foram ofertadas durante o primeiro ano da pandemia, em 2020. No rol de atualizações aos seus apoiadores, em transmissão ao vivo, o mandatário relembrou uma conversa recente que teve com uma idosa, e nela, a mulher se queixou da compra tardia de imunizantes e o impacto que o atraso na vacinação teve nos índices da doença. 

Em resposta, o chefe do Executivo disse que as vacinas não estavam disponíveis à época e que, mesmo após o início da comercialização internacional, em dezembro de 2020, não havia oferta suficiente para o Brasil. 

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"Conversando com uma senhora esses dias, eu sempre deixo a vontade para falar, porque ela tava chateada comigo. 'Por que você não comprou a vacina logo que começou a aparecer o vírus?'. 'A senhora queria essa vacina quando?', 'Quando começou o vírus'. O vírus começou a aparecer em 2020. Na verdade, começou a pegar para valer em março de 2020. Daí falei para ela: 'Mas a primeira dose aplicada pelo mundo foi no Reino Unido em dezembro de 2020. Ninguém tinha a vacina para vender. E quando, no ano seguinte, começou a vender a vacina, não tinha'. Manda 100 milhões de doses pro Brasil, não tinha dose, era em conta-gotas e o Brasil fez a sua parte", afirmou Bolsonaro. 

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Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, informou que o governo brasileiro ignorou três ofertas para aquisição de vacinas em agosto de 2020, e que as negociações haviam começado em maio. Ou seja, oito e dois meses após os primeiros casos confirmados no Brasil. A informação consta no relatório final da CPI. 

Em março, de fato, não havia oferta de imunizantes, pois os especialistas ainda estavam tentando compreender o comportamento do vírus. Em maio, as ofertas foram iniciadas por, pelo menos, dois laboratórios. A aplicação da primeira dose no Reino Unido ocorreu em 8 de dezembro daquele ano.  

Murillo estimou que, se um dos acordos tivesse sido fechado, o país teria recebido as primeiras remessas do imunizante já em dezembro de 2020, e somaria, até o segundo trimestre de 2021, cerca de 18,5 milhões de doses. 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a partir desta sexta-feira (17), inicia o período de checagem de instituições de ensino que se submeterão ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021. Essa etapa vai até 8 de outubro.

Neste processo, a Fundação Cesgranrio, responsável pela aplicação da avaliação, fará contato com as escolas sorteadas para realização do Saeb. Na ocasião, a empresa confirmará a participação da instituição públicas, quantidade de turmas, do quinto ao nono ano, e estudantes que responderam às provas de língua portuguesa e matemática.

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Em 2021, o Sistema de Avaliação da Educação Básica será aplicado entre os dias 8 de novembro e 10 de dezembro. A avaliação é realizada com a finalidade de coletar informações, através do desempenho dos alunos, para a elaboração e aprimoramento de políticas públicas educacionais.

O vereador carioca Antônio José Papera de Azevedo (PTB), conhecido como Zico, está querendo proibir o uso do Árbitro de Vídeo (VAR) nas partidas de futebol realizadas pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) ou em qualquer outra que aconteça no município. Para isso, ele criou um projeto de lei publicado nesta quarta-feira (16), no Diário Oficial da Câmara do Rio. 

Como justificativa, Zico diz que "apesar de ser uma tecnologia muito cara, o uso do Árbitro de Vídeo não tem contribuído para a melhoria do futebol, com interrupções demoradas, fazendo com que o ritmo das partidas seja alterado". Além disso, o vereador acentua que, com o uso do VAR, "quem perde é o público que paga para assistir ao espetáculo". 

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Se aprovado o projeto de lei, o descumprimento acarretará em multa no valor de R$ 250 mil. Valor arrecadado deverá ser revertido para o Fundo Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (FUMDC). 

A Câmara dos Deputados lançou nessa quarta-feira (25) uma ferramenta para checagem de notícias falsas. O projeto, batizado de Comprove, vai receber demandas de cidadãos e parlamentares, apurar e apresentar uma versão sobre fatos relacionados à Casa e seus integrantes. O recurso foi apresentado no seminário Fake News, Redes Sociais e Democracia, realizado em parceria com os institutos E se fosse você? e Palavra Aberta.

Por meio de um número de WhatsApp, cidadãos poderão encaminhar dúvidas ou conteúdos para verificar a veracidade das informações. A equipe que abastece a ferramenta ficará encarregada de conferir a autenticidade e responder a demanda, classificando o material como fato, falso ou impreciso.

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A iniciativa define fake news como informações com características noticiosas que não correspondem à realidade, amplamente compartilhadas por meios de comunicação com o objetivo de atrair a atenção das pessoas, na medida em que provocam reações inflamadas e irrefletidas – em geral, contra uma pessoa, uma instituição, um fato ou uma ideia.

Para a ferramenta, foi criada uma página própria dentro do portal da Câmara dos Deputados. Nela, serão disponibilizadas as checagens, que poderão ser replicadas por quem desejar. O serviço também apresenta dicas e orientações sobre como evitar, não acreditar ou reproduzir esse tipo de conteúdo.

“É um instrumento que a Câmara vai oferecer à sociedade em defesa da democracia e contra notícias falsas. Para enfrentar este fenômeno é necessário redobrar a confiança na liberdade de expressão e ter mais educação midiática para livrar este mal”, declarou o secretário de Participação, Interação e Mídias Digitais, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a importância do combate à conteúdos enganosos e ressaltou como a prática atinge a democracia e instituições democráticas, como o Parlamento. A disseminação desse tipo de mensagem, acrescentou Maia, prejudica a imagem dessas estruturas juntamente à população.

“Uma informação falsa em relação a uma votação gera ódio ao Parlamento e vontade de alguns de ir contra as instituições do Estado democrático de direito. Quando o Congresso derruba veto ao projeto de abuso de autoridade, vem a fake news: políticos vão julgar os juízes”, exemplificou, em referência à derrubada de parte dos vetos à Lei de Abuso de Autoridade.

Uma imagem do craque argentino Lionel Messi comemorando um gol com uma camisa do presidente Jair Bolsonaro por baixo do uniforme tem circulado nas redes sociais e já conta com milhares de compartilhamentos, mas a foto é falsa segundo a agencia de checagem Lupa.

A publicação que já tem mais de 9 mil compartilhamentos traz na legenda a seguinte frase: "Já já começa os mimimi de petista...vão falar que é montagem".

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A foto original foi tirada em 2007 durante um confronto entre Barcelona e Real Madrid. Messi marcou três gols na ocasião. A camisa tinha escrito "fuerza tio" em uma homenagem a um tio que havia perdido o pai segundo o próprio Messi confirmou na ocasião.

A foto em que Jair Bolsonaro aparece fazendo seu conhecido gesto de arma com as mãos foi tirada em 2015, tornando impossível que Messi a usasse em 2007.

A agencia de checagem Lupa confirmou que a foto era falsa e ainda citou que a montagem foi realizada em um site especializado em colagem. A mesma foto já foi usada para "homenagear" Hugo Chavéz, Che Guevara e até a Virgem Maria.

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Circula nas redes sociais um vídeo de um homem sendo degolado em uma unidade prisional. A informação divulgada é que o assassinado se trataria de Robson José dos Prazeres, preso preventivamente pelo homicídio de dois enteados em Moreno, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A história que circula nas redes sociais, entretanto, é falsa.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp) informou ao LeiaJá que Robson continua no Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na RMR. O próprio diretor do sindicato foi quem transferiu Robson para o Cotel, onde ele se encontra em uma cela isolada para que não haja risco a sua integridade.

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O crime chocou não só a população de Moreno. O caso foi noticiado nacionalmente, com destaque para Alagoas, onde o acusado nasceu. Na sexta-feira (5), houve o sepultamento dos menores sob forte comoção.

O preso estaria alcoolizado e sob efeito de drogas no momento do crime, ocorrido na quinta-feira (3). Ele golpeou nas costas a enteada de 13 anos e o enteado de 11. Ele também teria tentado estuprar a garota, momento em que o menino tentou impedir.

 Robson foi preso em flagrante e encaminhado para audiência de custódia, que decretou a prisão preventiva. Ele tinha um histórico de violência, já tendo agredido a mãe das crianças em outras oportunidades. A mulher contou ter procurado a polícia, o que não evitou que outras agressões ocorressem.

 

O Instituto Poynter, órgão que reúne os maiores sites de verificação de notícias e administra a International Fact-Checking Network (IFCN), abriu inscrições essa semana para um concurso de checagem de fatos intitulado “Fact Forward”. A iniciativa busca profissionais ou entidades que tenham projetos inovadores e ajudem a combater a divulgação de notícias falsas. O projeto vencedor vai receber US$ 50 mil (cerca de R$ 161 mil) para se manter por um ano, com contrato assinado para prestar serviços à Poynter.

Para participar do concurso é preciso ser jornalista, ter uma organização de checagem ou ser cientista de dados. Posteriormente preencher a ficha de inscrição disponibilizada pela organização. A Poynter exige que os participantes não tenham envolvimento político ou de qualquer outra ordem que possa comprometer o trabalho de apuração dos fatos.

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Checagem de fatos no Brasil

Em 2017, a Agência Pública lançou O Truco, projeto de checagem de fatos que tem como objetivo expor as verdades e mentiras de falas públicas e discursos de políticos. A agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos fundada por mulheres já realizava esse trabalho desde seu início, em 2011. Porém, no ano passado criou um espaço dedicado a esse propósito exclusivamente, fazendo com que a população tenha acesso às investigações sobre fatos relacionados à administração pública.

A Universidade de São Paulo (USP), que decidiu pela adoção de cotas sociais e raciais nesta semana, disse não prever a instalação de uma comissão de checagem. Destacou ainda que o bônus na Fuvest por autodeclaração de PPI funciona desde 2013 e nunca houve problemas no processo.

Já a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que resolveu aderir ao sistema de reserva de vagas em maio, informou que será criada uma Secretaria de Ações Afirmativas, que irá monitorar as cotas e receberá denúncias. Mas não prevê, por enquanto, um comitê de checagem.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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