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As ações de Israel em Gaza após o ataque do Hamas foram "além do âmbito da autodefesa" e esse governo deve "cessar a punição coletiva à população", afirmou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conforme declarações publicadas neste domingo (15).

Wang, que fez esses comentários no sábado em um telefonema com seu homólogo saudita, o príncipe Faisal bin Farhan, disse que "nenhuma das partes deve tomar quaisquer medidas que agravem a situação, e todas as partes devem voltar à mesa de negociações o mais rápido possível", de acordo com um comunicado divulgado pela Chancelaria.

"As partes não devem tomar quaisquer medidas que levem a uma escalada da situação", insistiu Wang Yi, que insistiu na abertura de "negociações".

Mais cedo neste domingo, a emissora estatal chinesa CCTV anunciou que o enviado da China para o Oriente Médio, Zhai Jun, visitará a região na próxima semana para promover um cessar-fogo e negociações de paz.

Zhai "visitará o Oriente Médio na próxima semana para coordenar um cessar-fogo com várias partes, proteger os civis, aliviar a situação e promover conversas de paz", disse a CCTV, em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Em entrevista à CCTV, Zhai afirmou que "a perspectiva de [o conflito] se ampliar e se estender é muito preocupante", segundo a emissora de televisão.

A reportagem da rede estatal foi transmitida no momento em que Israel se prepara para lançar uma ofensiva terrestre contra militantes do Hamas em Gaza.

Mais de um milhão de pessoas na parte norte desse território densamente povoado receberam ordens de fugir antes da anunciada incursão. Um êxodo que, segundo os órgãos de ajuda humanitária, pode desencadear um desastre humanitário. Essa faixa estreita e empobrecida, onde vivem 2,3 milhões de residentes, está sujeita a um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo desde 2006.

Nesse contexto, o secretário de Estado americano, fez um apelo ontem à China, parceira do Irã, para que use sua influência para tentar acalmar a situação no Oriente Médio. Em resposta, o chanceler Wang Yi pediu aos Estados Unidos que "desempenhem um papel construtivo e responsável" no conflito e solicitou que "se convoque uma reunião internacional de paz o mais rápido possível para promover a obtenção de um consenso amplo".

As declarações oficiais da China sobre o conflito não mencionam o Hamas, especificamente, em suas condenações à violência, o que suscitou críticas.

Os letais ataques israelenses se seguiram a uma sangrenta incursão do Hamas em 7 de outubro, na qual seus combatentes atravessaram a fronteira fortemente fortificada entre a Faixa de Gaza e Israel e mataram mais de 1.400 pessoas.

Em Gaza, as autoridades de saúde palestinas afirmaram, em seu último balanço, que a resposta de Israel deixou pelo menos 2.450 mortos. Assim como no lado israelense, a maioria era civil.

Um cuidador de um zoológico na cidade de Changsha, na China, foi atacado por um hipopótamo depois de separar uma disputa por território entre dois animais na jaula. Nas imagens, o homem cai depois de escorregar na entrada do recinto fechado e o animal tenta mordê-lo.

O vídeo registrado por visitantes no último domingo (24) mostra o momento que o homem cai no chão e o hipopótamo se aproxima com a boca aberta. O funcionário se protege dos dentes do animal com os pés e os braços e consegue se levantar. Ele se afasta do animal, que ameaça um novo ataque, mas desiste.

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O funcionário consegue se alojar em um local seguro e saiu ileso. 

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Segundo o Daily Mail, o Departamento Florestal de Changsha instaurou uma investigação. "A equipe do zoológico foi instruída sobre quando é seguro entrar no recinto de todos os animais. Eles devem tomar cuidado extra e evitar situações em que os machos estejam em combate ou quando as fêmeas estejam no cio", afirmou um porta-voz.

O chefe da diplomacia chinesa disse ao presidente russo, Vladimir Putin, que os dois países têm que trabalhar para aprofundar a sua cooperação, diante de "uma situação internacional complexa", informou nesta quinta-feira (21) a imprensa estatal do país asiático.

Durante um encontro com Putin em São Petersburgo, o chanceler Wang Yi ressaltou que "o mundo evolui rapidamente para a multipolaridade”, indicou a agência Xinhua. "Ambas as partes precisam fortalecer a sua cooperação multilateral estratégica, proteger seus direitos e interesses legítimos e empreender novos esforços para promover a ordem internacional rumo à igualdade e justiça", acrescentou.

Putin disse ao chanceler chinês que suas posições “coincidem em relação ao surgimento de um mundo multipolar”, informou a Xinhua. O presidente russo anunciou que viajará à China em outubro, a convite do colega Xi Jinping.

Os laços entre a China e a Rússia se tornaram ainda mais fortes a partir do começo da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, que não foi criticada por Pequim.

Um tornado que atingiu o leste da China provocou 10 mortes e deixou várias pessoas gravemente feridas, informou a imprensa estatal nesta quarta-feira.

"Ontem à tarde, um tornado intenso foi registrado em Suqian, na província de Jiangsu... provocando vítimas e danos materiais em algumas áreas", informou o canal estatal CCTV.

Mais de 5.500 pessoas foram afetadas e 137 casas desabaram na passagem do tornado, segundo "números preliminares".

Mais de 400 pessoas foram enviadas para abrigos temporários.

A China registrou um nível recorde de chuvas e semanas de calor intenso no verão (hemisfério norte). Os cientistas afirmam que os fenômenos climáticos extremos são exacerbados pelo aquecimento global.

A Comissão Europeia - braço executivo da União Europeia (UE) - dialogou com a China sobre regulação de dados, inteligência artificial (IA), fluxo transfronteiriço de dados industriais e inovação e pesquisa, entre outros assuntos relacionados ao domínio digital.

Em comunicado, a Comissão Europeia informa que o evento foi presidido pelo vice-primeiro-ministro da China, Zhang Guoqing, e pela vice-presidente para Valores e Transparência da Comissão Europeia, Vera Jourova.

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Esse foi o segundo Diálogo Digital China-UE, realizado em Pequim.

O evento não ocorria desde 2020.

Taiwan fez um apelo nesta segunda-feira (18) para que a China interrompa imediatamente as "ações unilaterais destrutivas", depois que Taipé detectou a presença de mais de 100 aviões e nove embarcações de guerra de Pequim nos arredores da ilha autônoma, um recorde nos últimos meses.

"Entre as manhãs de 17 e 18 de setembro, o Ministério da Defesa Nacional detectou um total de 103 aeronaves chinesas, um recorde recentemente e que representa graves desafios à segurança do Estreito de Taiwan", afirmou a pasta em um comunicado.

"O assédio militar contínuo pode levar facilmente a um aumento repentino da tensão e piorar a segurança regional", acrescentou o ministério, que exige na nota que Pequim "interrompa imediatamente tais ações unilaterais destrutivas".

A China considera a ilha com governo autônomo uma província do país, que aguarda a reunificação com o restante de seu território. Nos últimos anos, Pequim aumentou a pressão diplomática e militar contra Taiwan.

De todas as aeronaves detectadas entre domingo e segunda-feira, 40 cruzaram a linha média do Estreito de Taiwan que separa a ilha da China continental e entraram nas partes sudeste e sudoeste da sua zona de identificação de defesa aérea, informa o comunicado do ministério.

As autoridades taiwanesas também identificaram a presença de nove navios da Marinha chinesa.

No domingo, Taipé anunciou a detecção de 28 aviões de guerra chineses perto da ilha, incluindo 20 que atravessaram a linha média do estreito.

O ministério chinês das Relações Exteriores não fez comentários específicos sobre a situação, mas a porta-voz da pasta, Mao Ning, reafirmou a posição de Pequim de que Taiwan é parte da China.

"O que gostaria de afirmar é que Taiwan é parte do território chinês e que a chamada linha média não existe", declarou.

- Aumento das incursões -

Na semana passada, Taipé denunciou o aumento do número de incursões de aviões navios militares chineses.

O aumento aconteceu depois de Pequim anunciar que suas tropas estavam em "alerta máximo" devido à passagem, no início do mês pelo Estreito de Taiwan, de dois navios pertencentes aos Estados Unidos e Canadá.

O Ministério da Defesa afirmou que 68 aeronaves e 10 embarcações foram detectadas ao redor da ilha entre quarta-feira e quinta-feira.

Alguns aviões e navios de guerra seguiam para uma zona não especificada do Pacífico ocidental para "treinamentos conjuntos marítimos e aéreos" com o porta-aviões chinês "Shandong", segundo a pasta.

O "Shandong" é um dos dois porta-aviões operacionais da frota chinesa. Na semana passada, o navio estava quase 60 milhas náuticas (110 km) ao sudeste de Taiwan, em direção ao Pacífico ocidental, afirmaram as autoridades de Taipé.

O Ministério da Defesa do Japão informou na semana passada que detectou seis navios chineses a 650 quilômetros da ilha de Miyakojima, ao leste de Taiwan.

Também registrou a presença de helicópteros e aviões que decolavam e pousavam no porta-aviões.

A China não fez comentários oficiais sobre os exercícios militares no Pacífico ocidental.

Alguns analisas consideram que a China pode estar exibindo força para contra-atacar a influência dos Estados Unidos na região Ásia-Pacífico, onde vários exercícios militares foram organizados recentemente.

Nos últimos meses, as Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram manobras com a Coreia do Sul no Mar Amarelo, outras com Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul no Mar da China Oriental, assim como com 19 nações na Indonésia.

"Politicamente, a China quer contra-atacar a capacidade militar dos aliados democráticos liderados pelos Estados Unidos", declarou à AFP Su Tzu-yun, analista do Instituto Nacional de Defesa Nacional e Pesquisa de Segurança de Taiwan.

Em abril, Pequim organizou três dias de exercícios militares que simularam o cerco da ilha em resposta a um encontro da presidente taiwanesa Tsai Ing-wen com o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, na Califórnia.

Na ocasião, a ilha detectou 71 aeronaves chinesas em um período de 24 horas, igualando o recorde anterior para apenas um dia registrado em dezembro de 2022.

O assessor de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, reuniu-se neste fim de semana com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, em Malta, em um contexto de tensão persistente entre as duas grandes potências.

Uma funcionária do alto escalão do governo americano, que não quis ser identificada, informou que as reuniões de ontem e hoje duraram 12 horas no total, e lembrou que a reunião bilateral anterior deste nível havia acontecido em maio.

Durante o encontro com o ministro chinês, Sullivan “enfatizou que os Estados Unidos e a China competem, mas que Washington não busca um conflito ou confronto", acrescentou a funcionária. "Wang Yi ressaltou que a questão de Taiwan é a primeira linha vermelha que não deveria ser ultrapassada nas relações sino-americanas", informou Pequim.

Segundo a funcionária americana, o assessor da Casa Branca reiterou que os Estados Unidos não apoiam a independência da ilha, mas que rejeitam "uma mudança unilateral no status quo”, tanto por parte dos taiwaneses quanto dos chineses.

- Comunicações militares -

Ambos os países comprometeram-se em Malta "a manter consultas” em certos âmbitos, principalmente em relação "à evolução da política e segurança na região Ásia-Pacífico”, segundo a fonte da Casa Branca. As comunicações militares entre os dois países, cortadas por Pequim em 2022, no entanto, não foram retomadas.

Estados Unidos e China renovaram o diálogo nos últimos meses, com uma sucessão de visitas de funcionários do alto escalão americano a Pequim. As diferenças comerciais, a questão de Taiwan e a presença chinesa no Mar da China Meridional, que Washington descreve como expansionista, são algumas das questões que confrontam os dois países.

A China negou nesta quarta-feira (13) que tenha lançado regulamentos oficiais para banir o uso de celulares de marcas estrangeiras. "A China não emitiu quaisquer leis, regulamentos ou documentos de política que proíbam o uso de celulares estrangeiros, incluindo o iPhone da Apple", disse Mao Ning, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, em coletiva de imprensa diária.

Na semana passada, o The Wall Street Journal noticiou que alguns funcionários de agências governamentais haviam sido instruídos a não usar iPhones ou outros aparelhos de marcas estrangeiras no trabalho, citando fontes com conhecimento do assunto.

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A porta-voz disse ainda que a mídia chinesa recentemente publicou reportagens sobre questões de segurança relacionadas aos iPhones e que Pequim "dá grande importância" à informação e segurança cibernética. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegará ao Vietnã no domingo (10) para fortalecer a influência do seu país, embora a ênfase seja no contra-ataque à China, o que poderá colocar as preocupações com os direitos humanos em segundo plano.

O objetivo de Biden é o mesmo da cúpula do G20 deste fim de semana em Nova Délhi: construir apoio face à crescente influência da China.

"Durante décadas, os Estados Unidos e o Vietnã trabalharam para superar o legado compartilhado da Guerra do Vietnã", disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

"Esta visita é um passo importante no fortalecimento dos nossos laços diplomáticos e reflete o papel crescente que o Vietnã desempenhará na nossa rede de aliança no Indo-Pacífico no futuro", disse ele, referindo-se à região Ásia-Pacífico.

- Aliança estratégica -

Biden se reunirá com o líder do Partido Comunista do Vietnã, Nguyen Phu Trong, em Hanói no domingo, informou a Casa Branca. Na segunda-feira ele se reunirá com o presidente Vo Van Thuong e o primeiro-ministro Pham Minh Chinh.

Sobre a mesa está uma melhoria nas relações entre os dois países, menos de 50 anos após o fim do conflito que ceifou a vida de milhões de vietnamitas e de 58 mil soldados americanos.

Espera-se que os governantes estabeleçam "uma ampla aliança estratégica", o mais alto nível de laços diplomáticos para Hanói, que o mantém apenas com Rússia, Índia, Coreia do Sul e China.

A China é justamente no que Biden mira nesta viagem, devido aos esforços de Pequim para expandir a sua influência na Ásia.

A China, que travou uma guerra contra o Vietnã entre 1974 e 1988, também cortejou Hanói, ao enviar esta semana uma delegação de alto nível para "reforçar a solidariedade e a cooperação", segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

- Imparcial -

Mas o Vietnã não pretende desempenhar um papel no equilíbrio entre Washington e Pequim, disse Nguyen Quoc Cuong, ex-embaixador de Hanói em Washington de 2011 a 2014.

"O Vietnã tem uma política muito clara de aproximação com todos. O Vietnã sempre disse que não tomamos partido, não escolhemos entre Estados Unidos e China. Os Estados Unidos estão cientes disso", disse Cuong.

Mas Biden aposta que o Vietnã poderia se aproximar de Washington devido às tensões na região pelas tentativas chinesas de tomar a maior parte do Mar da China Meridional.

Biden deverá equilibrar os interesses estratégicos com a defesa dos direitos humanos, como fez com Índia e Arábia Saudita.

Recentemente, uma comissão oficial dos EUA sobre liberdade religiosa criticou duramente o Vietnã por "violações graves, persistentes e sistemáticas".

Além disso, o Departamento de Estado destacou "problemas significativos de direitos humanos" no país comunista, incluindo execuções ilegais ou arbitrárias, tortura e detenção de presos políticos.

"Sempre levantamos questões de liberdade de expressão, liberdade religiosa e outros direitos humanos básicos", disse Sullivan. "Esta viagem não será a exceção".

Mas os ativistas vietnamitas não têm ilusões.

"A proteção dos direitos humanos não é mais uma prioridade", disse Le Cong Dinh, ex-advogado de direitos humanos na cidade de Ho Chi Minh.

A Apple enfrenta uma nova ameaça competitiva na China após o país asiático ordenar funcionários a não usarem o iPhone e outros produtos da empresa em suas atividades de trabalho. Ao mesmo tempo, a gigante Huawei Technologies está vendendo um smartphone com capacidade para conexão ultrarrápida

O novo modelo de smartphone da Huawei, juntamente com a proibição, tem o potencial de causar uma redução significativa nas vendas da Apple. Os movimentos recentes sublinham mais uma vez os riscos que as empresas globais enfrentam à medida que as tensões geopolíticas entre os EUA e a China se espalham por muitas indústrias.

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A Apple é particularmente vulnerável, uma vez que a maioria dos seus produtos é montada na China. O presidente-executivo, Tim Cook, se envolve em um dilema delicado há anos para evitar que sua empresa fique prejudicada, já que os dois países discordam sobre comércio e tecnologia.

A Apple dominou o mercado de telefones de última geração da China nos últimos anos, depois que duras sanções dos EUA limitaram o fornecimento de chips e a Huawei abandonou anteriormente os planos de fabricar telefones com 5G, um padrão celular que permite conexões muito mais rápidas.

Milhões de usuários de smartphones em todo o mundo atualizaram seus dispositivos, uma vez que a chamada tecnologia 5G trazia a promessa de ligações melhores, mais rápidas e outras novas utilizações potenciais. Agora, a Huawei está reagindo e lançando um novo telefone na China com velocidades e capacidades semelhantes às do 5G.

O lote inicial do telefone, o Mate 60 Pro, com preço de pré-venda de US$ 960, esgotou em poucas horas, causando impacto nas redes sociais chinesas. O fervor inicial sugere que a Huawei poderia recuperar os compradores perdidos na China para a Apple, que deve lançar seu mais recente iPhone na próxima semana. "A proibição do governo e o novo telefone Huawei serão eventos importantes para o iPhone", disse Martin Yang, analista da empresa de investimentos Oppenheimer.

Ainda não estava claro o que levou a China a restringir o uso do iPhone, mas alguns analistas sugeriram que uma ação semelhante na Rússia poderia ter ajudado Pequim. Embora o pedido não tenha sido anunciado publicamente, pode representar riscos para a reputação da Apple no país asiático. A empresa vendeu 224,7 milhões de iPhones em 2022, de acordo com a Counterpoint Research, então esse número representaria cerca de 4,5% do total de remessas de iPhone. Fonte: Dow Jones Newswires

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, visita a China a partir desta sexta-feira (8) e prosseguirá no país até quinta-feira (14), em sua primeira viagem à nação asiática desde 2018, no momento em que Caracas busca apoio para superar a crise econômica.

A China mantém relações próximas com o governo de Maduro, isolado internacionalmente, e é um dos principais credores da Venezuela, cujo PIB registrou queda de 80% em uma década, consequência da crise.

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Pequim também já expressou apoio a Maduro contra as tentativas de interferência estrangeira denunciadas pelas autoridades venezuelanas.

"A confiança política mútua entre os dois países está se tornando muito sólida e a cooperação em vários setores está em expansão contínua", declarou Mao Ning, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.

Pequim deseja que a visita sirva para levar as relações entre os dois países a "uma nova era", acrescentou.

Maduro também visitará outros "países amigos", anunciou o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, sem revelar mais detalhes.

- "Uma relação de ferro" -

A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, visitou Xangai e Pequim esta semana e se reuniu com o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi.

"China e Venezuela construíram uma relação de ferro que não pode ser rompida, e a China apoia firmemente a Venezuela na defesa de sua independência nacional e dignidade nacional", disse Wang.

A visita tinha como objetivo conseguir novos investimentos da China para o setor de petróleo e discutir possíveis ações conjuntas entre empresas dos dois países, segundo a agência Bloomberg.

"Extraordinária reunião de trabalho com a qual fortalecemos nossas relações bilaterais, a ampliação da cooperação estratégica e do trabalho conjunto internacional, em favor da paz e do respeito aos princípios e propósitos da Carta da ONU", escreveu Rodríguez na rede X (antes Twitter).

Nicolás Maduro Guerra, deputado e filho do presidente, que também viajou à China, informou que acompanhou Rodríguez em uma reunião com a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, que comanda o banco dos BRICS.

Esta será a oportunidade, segundo ele, de "ratificar a vontade da Venezuela de aderir" ao bloco de países emergentes, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A visita anterior de Maduro à China aconteceu em 2018, quando elogiou a visão do presidente Xi Jinping de um "destino comum para a humanidade". A viagem desta sexta-feira representa a 11ª visita do venezuelano ao gigante asiático.

Xi visitou o país latino-americano em 2014.

- Sanções -

A visita de Maduro a China acontece no momento em que os líderes mundiais se reúnem na Índia para um encontro de cúpula do G20 na qual o presidente chinês estará ausente

China emprestou 50 bilhões de dólares para a Venezuela na década de 2010, um valor que o país sul-americano se comprometeu a pagar com envios de petróleo.

Em 2018, ano em que Maduro venceu eleições que não foram reconhecidas por grande parte da comunidade internacional por supostas irregularidades, a dívida superava 20 bilhões de dólares.

Em 2019, o governo dos Estados Unidos e parte da comunidade internacional reconheceram Juan Guaidó, líder da oposição e que se autoproclamou presidente interino. O presidente americano na época, Donald Trump, aplicou várias sanções contra Caracas.

A oposição venezuelana encerrou em janeiro a presidência interina, por considerar que não cumpriu os objetivos de mudança política.

O atual governo americano, do presidente democrata Joe Biden, insiste que não reconhece Maduro como presidente e prossegue com a maioria das sanções.

Washington, no entanto, aprovou no ano passado um projeto de petróleo da empresa americana Chevron e afirmou que está disposto a aliviar a pressão caso sejam alcançados acordos entre Maduro e a oposição para as eleições presidenciais previstas para 2024.

A Venezuela registrou crescimento em 2022, após oito anos seguidos de recessão.

A recuperação foi impulsionada pela flexibilização dos controles econômicos rigorosos, cenário que levou a uma dolarização informal diante da fragilidade da moeda local, o bolívar, e à redução da inflação, embora o índice permaneça entre os mais elevados do mundo.

A economia venezuelana, no entanto, começou a registrar um processo de desaceleração no fim do ano passado. Maduro insiste que o PIB vai crescer mais de 5% em 2023, rebatendo as projeções de vários analistas.

A China ordenou que funcionários de agências do governo central não usem iPhones da Apple e outros dispositivos de marcas estrangeiras para trabalhar, nem os levem para o escritório, disseram fontes. Nas últimas semanas, os funcionários receberam instruções de seus superiores em grupos de bate-papo ou reuniões no local de trabalho, disseram as fontes. A diretriz é o mais recente passo na campanha de Pequim para reduzir a dependência de tecnologia estrangeira e melhorar a segurança cibernética, e surge no meio de uma campanha para limitar os fluxos de informação sensível fora das fronteiras da China.

A medida de Pequim poderá ter um efeito inibidor para as marcas estrangeiras na China, incluindo a Apple.

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A Apple domina o mercado de smartphones topo de linha no país e considera a China um dos seus maiores mercados, dependendo dela para 19% de sua receita total.

Não ficou clara a abrangência das ordens, mas mensagens semelhantes foram enviadas aos funcionários de alguns órgãos reguladores do governo central.

O Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China e a Apple não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

Há anos Pequim restringe o uso de iPhones por funcionários de algumas agências do governo, mas a ordem agora foi ampliada, disseram as fontes. A última ordem sinaliza um esforço intensificado de Pequim para garantir que suas regras sejam rigorosamente aplicadas.

A restrição da China reflete proibições semelhantes nos EUA contra a Huawei, bem como contra autoridades que utilizam o TikTok, de propriedade chinesa, com ambas as superpotências preocupadas com vazamentos de dados num contexto de maior ênfase em segurança nacional.

O líder chinês Xi Jinping tem enfatizado a segurança nacional à medida que a rivalidade com os Estados Unidos se intensifica, levando a um reforço do controle estatal sobre os dados e as atividades digitais nos últimos anos. Em julho, a China começou a implementar uma atualização abrangente de uma lei antiespionagem.

Pequim tem instado suas agências e empresas estatais a substituir tecnologia estrangeira, incluindo computadores, sistemas operacionais e softwares, por produtos nacionais que considere seguros e controláveis. Fonte: Dow Jones Newswires

A vice-presidente dos EUA, o primeiro-ministro chinês e o ministro das Relações Exteriores russo participaram nesta quinta-feira (7) na Cúpula do Leste Asiático, na qual o presidente indonésio, anfitrião do evento, emitiu um alerta sobre as crescentes rivalidades entre as potências.

A reunião de 18 nações na capital indonésia, Jacarta, colocou a China e os Estados Unidos frente a frente um dia depois de o primeiro-ministro Li Qiang ter alertado que as grandes potências devem administrar as suas diferenças para evitar "uma nova Guerra Fria".

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As interações entre as duas delegações foram acompanhadas de perto devido ao risco de intensificação das tensões sobre Taiwan, aos laços com a Rússia e à rivalidade para ganhar influência no Pacífico.

"Peço aos líderes da Cúpula do Leste Asiático que façam deste um fórum para reforçar a cooperação e não para aguçar as rivalidades", disse o presidente indonésio, Joko Widodo, no seu discurso de abertura.

Na quarta-feira, tanto Li Qiang como a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, reuniram-se separadamente com os líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Nessa reunião, Harris destacou "a importância de defender o direito internacional no Mar da China Meridional", reivindicado quase inteiramente por Pequim em disputa com outros países costeiros.

A cúpula desta quinta-feira foi também a primeira reunião entre os líderes dos EUA e da Rússia em quase dois meses, após uma tensa reunião da ASEAN em julho, na qual o chefe da diplomacia de Moscou, Serguei Lavrov, recebeu repreensões dos seus homólogos ocidentais pela invasão da Ucrânia.

Lavrov falou nesta quinta-feira sobre os riscos de "militarizar o leste asiático" e acusou a Otan de "penetrar" na região, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores russo.

Na véspera, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou uma nova ajuda à Ucrânia de 1 bilhão de dólares (4,9 bilhões de reais) durante uma visita a Kiev.

- "Inaceitável" -

Autoridades dos países da ASEAN, Índia, Japão, Coreia do Sul, Canadá e Austrália também participaram da cúpula de Jacarta.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, disse que qualquer tentativa unilateral de mudar o status quo no Mar da China Meridional é "inaceitável" e apelou a uma "ordem marítima baseada em regras" para administrar esta importante rota marítima, segundo o seu gabinete.

O presidente filipino, Ferdinand Marcos, instou os líderes a se oporem ao "uso perigoso da guarda costeira" e a quaisquer navios utilizados pelas autoridades chinesas, após vários incidentes envolvendo navios chineses nos últimos meses, de acordo com um discurso publicado pelo seu gabinete.

Mas a declaração conjunta da cúpula, vista pela AFP, omite qualquer menção ao Mar da China Meridional, em grande parte reivindicado pela China, ou à guerra na Ucrânia.

À margem da cúpula, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, reuniu-se com Li Qiang e confirmou que visitará Pequim este ano. O primeiro-ministro chinês disse a ele que o seu país estava disposto a retomar as trocas bilaterais.

Depois de anos de atritos sobre questões econômicas e políticas, a Austrália tem tentado colocar a sua relação com a China nos trilhos desde que o líder trabalhista chegou ao poder em 2022.

Mas, para além de reunir todos estes líderes, os especialistas não esperam que a cúpula ajude a resolver a vasta gama de disputas regionais e globais.

As grandes potências aproveitaram as negociações anteriores em Jacarta para traçar alianças e exercer pressão sobre o bloco de dez nações da ASEAN (Mianmar, Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã).

A PlayStation está em evolução para atender às necessidades dos jogadores ativos na PlayStation Network. Especificamente, o mercado de jogos chinês que é altamente escalável e possui um potencial imenso, não somente do ponto de vista do crescimento da audiência de jogos, mas também no desenvolvimento de talentos na área de jogos. Desde o lançamento do China Hero Project em 2016, a empresa continua a impulsionar o progresso da indústria de desenvolvimento de jogos chineses para ajudar a levar seus jogos a um palco mais global.  

O projeto, que já realizou duas sessões bem-sucedidas, está agora em sua terceira fase. Junto com os parceiros, incluindo o PlayStation Studio, o objetivo é apoiar equipes de desenvolvimento de jogos chineses, enquanto aproveita o alcance global da PlayStation para levar jogos chineses de alta qualidade para mais jogadores de todo o mundo. O Projeto Herói da China é uma iniciativa estratégica localizada que envolve a identificação de equipes de desenvolvimento de jogos para consoles de alta qualidade e projetos baseados na China, oferecendo-lhes suporte em consultoria, tecnologia, financiamento, publicação, entre outros.

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Nos últimos sete anos desde o seu lançamento, apoiamos o desenvolvimento de mais de 15 jogos. Desde seu início, o China Hero Project tem sido uma iniciativa fundamental da Sony Interactive Entertainment para apoiar o cultivo de talentos na crescente indústria de jogos chinesa. Ele tem ajudado a facilitar o desenvolvimento de jogos originais de alta qualidade feitos e criados naquele país, além de acelerar a visibilidade que os jogos chineses estão ganhando no mercado global de games. Até julho de 2023, diversos títulos de jogos foram lançados sob o China Hero Project, como "F.I.S.T.: Forged In Shadow Torch", sendo bem recebido pela crítica e prêmios no mundo. Convallaria e Lost Soul Aside estão entre vários outros títulos que em breve serão lançados.

A terceira fase do China Hero Project já anunciou seis jogos até o momento, sendo eles: EXILEDGE, Awaken: Astral Blade, Will-less, The God Slayer, The Winds Rising e Daba: Land of WaterscarDurante a China Digital Entertainment Expo and Conference (ChinaJoy) deste ano, realizada nos dias 28 a 31 de julho deste ano, novas demonstrações de jogabilidade dos games em desenvolvimento do China Hero Project foram disponibilizadas ao público pela primeira vez. Originado em 2004, o ChinaJoy se tornou um dos maiores e mais influentes eventos de jogos da Ásia, atraindo a presença de 338.000 fãs, desenvolvedores de jogos, editores, jogadores e veículos de mídia de todo o mundo.

Para proporcionar aos jogadores chineses mais oportunidades de experimentar o China Hero Project e jogos do PlayStation offline, o estande da PlayStation na ChinaJoy apresentou quase 30 títulos de jogos diferentes de parceiros first party and third party, bem como seis jogos originários do China Hero Project. O mercado de jogos chinês, embora o foco atual do mercado seja em grande parte em dispositivos móveis, existe uma demanda em expansão por jogos de alta qualidade em consoles. Através do ChinaJoy e de pontos de contato offline, espera-se que os jogadores chineses possam experimentar cada vez mais em primeira mão o incrível poder e o potencial ilimitado dos jogos de console, bem como a variedade de jogos disponíveis no PlayStation. 

 

O tufão Saola avança neste sábado (2) pelo sul da China, depois de provocar muitos danos e derrubar várias árvores em Hong Kong, que escapou do impacto direto de uma das tempestades mais potentes a atingir a região em várias décadas.

Dezenas de milhões de moradores da região do delta do rio das Pérolas, que engloba várias grandes cidades, permaneceram em alerta na sexta-feira antes da chegada do ciclone, que era classificado como supertufão.

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As autoridades chinesas retiraram mais de 880.000 pessoas de suas residências, ordenaram o retorno aos portos de 80.000 barcos pesqueiros e adiaram o início do ano letivo em 13 cidades.

Em Hong Kong, as autoridades emitiram o nível máximo de alerta para tufões, ativado apenas 16 vezes desde a Segunda Guerra Mundial. Algumas regiões registraram rajadas de vento de até 210 km/h.

Na madrugada de sábado, a tempestade foi rebaixada para a categoria tufão severo. O fenômeno meteorológico não provocou vítimas e foram registrados menos danos que em 2018, quando o potente ciclone Mangkhut atingiu o sul da China.

Apesar do cenário melhor que o esperado, as autoridades pediram aos moradores que permaneçam vigilantes, pois os ventos podem alcançar 145 km/h, e recomendaram que as áreas costeiras sejam evitadas.

Nas ruas de Hong Kong era possível observar árvores derrubadas, andaimes espalhados e janelas quebradas. A imprensa local informou que os ventos arrancaram os painéis solares dos telhados dos edifícios.

- "Um pouco de medo" -

"Ontem deu um pouco de medo", declarou Angelie neste sábado, ao sair para encontrar uma amiga, apesar da chuva forte. "Em nossa rua, várias árvores caíram e algumas janelas quebraram", acrescentou.

Na zona leste Hong Kong, uma moradora contou à AFP durante a noite sentiu o prédio "balançar um pouco".

"No final, não nos sentimos tão ameaçados como em 2018", afirmou, em referência à passagem do tufão Mangkhut, que deixou mais de 300 pessoas feridas nesta cidade e seis mortos na China continental.

A autoridade aeroportuária de Hong Kong anunciou neste sábado a retomada gradual dos voos, após vários cancelamentos e atrasos na sexta-feira.

A cidade vizinha de Macau, famosa por seus cassinos, anunciou a reabertura dos centros de jogos, que, em um ato incomum, interromperam as atividades por precaução antes da passagem do tufão Saola.

- Outro tufão avança para Taiwan -

O tufão não atingiu diretamente a ex-colônia portuguesa, mas tocou o solo durante a madrugada mais ao sul, na cidade de Zhuhai, na província de Guangzhou, informou o Centro Meteorológico Nacional da China.

Durante a tarde, o ciclone avançou para o oeste, na direção da zona turística de Hailing, na província de Guangdong, com ventos de 100 km/h.

As autoridades alertaram em um primeiro momento que Saola poderia ser o tufão mais potente registrado desde 1949 no delta do rio da Pérolas, que inclui Hong Kong, Macau e a cidade de Guangzhou.

Em Shenzhen, uma metrópole da província de Guandong com 17,7 milhões de habitantes, vizinha de Hong Kong, as autoridades ordenaram o fechamento dos estabelecimentos comerciais e dos mercados financeiros. Também anunciaram a abertura de abrigos.

Após a suspensão do sistema de transportes públicos, dezenas de entregadores enfrentaram ventos fortes e chuvas. "Vou trabalhar até sentir que é muito perigoso", afirmou Chai Jijie, 22 anos.

O sul da China é afetado com frequência durante o verão e outono (hemisfério norte, inverno e primavera no Brasil) por tufões que se formam nas águas quentes do oceano ao leste das Filipinas.

Na região do Mar da China Meridional, outro tufão, Haikui, avança rapidamente na direção de Taiwan, onde as autoridades emitiram um alerta, mas com a previsão de um impacto moderado.

A mudança climática aumentou a intensidade das tempestades tropicais, com mais chuvas e rajadas de vento mais fortes que provocam inundações repentinas e muitos danos, afirmam os cientistas.

Dezenas de milhões de pessoas no sul da China se preparavam nesta sexta-feira (1º) para a passagem do supertufão Saola, que paralisou cidades como Hong Kong e Shenzhen, e ameaça virar a tempestade mais potente na região em sete décadas.

As autoridades da China continental emitiram um alerta máximo de tufão que, segundo o Centro Meteorológico Nacional, pode ser o "mais potente" desde 1949 a tocar o delta do rio das Pérolas, que atravessa várias cidades importantes, como Hong Kong, Guangzhou, Shenzhen e Macau.

Diante da possibilidade de um impacto direto em Hong Kong, as autoridades anunciaram que cogitam elevar o alerta ao nível máximo, o que só aconteceu 16 vezes desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Às 15H00 (4H00 de Brasília), Saola estava 140 quilômetros ao leste-sudeste de Hong Kong, com ventos de 210 km/h.

O supertufão pode atingir uma área a menos de 50 quilômetros ao sul, provocando uma tempestade ao redor de Victoria Harbour, segundo a meteorologia.

A cidade vizinha de Shenzhen, na China continental, anunciou a suspensão de quase todas as atividades a partir das 16H00 (5H00 de Brasília) e dos transportes três horas depois.

"Exceto os funcionários dos serviços de emergência e de proteção, recomendamos às pessoas que não saiam às ruas", afirmou o Departamento de Emergência da cidade de 17,7 milhões de habitantes.

"A cidade abrirá todos os refúgios para que as pessoas encontrem proteção", acrescentou o departamento.

- Risco de graves inundações -

En Hong Kong, o observatório meteorológico prevê que o ciclone provocará "graves inundações", similares às provocadas pelo tufão Mangkhut em 2018.

O Mangkhut deixou mais de 300 feridos em Hong Kong e provocou seis mortes na China, onde mais de três milhões de pessoas foram afetadas nas províncias do sul.

As ruas de Hong Kong amanheceram praticamente desertas, com uma leve chuva, que nas próximas horas deve evoluir para tempestades intensas, com fortes rajadas de ventos.

O centro financeiro internacional suspendeu a sessão da Bolsa de Valores e adiou o retorno do ano letivo.

Em Shenzhen, "as pessoas correram para estocar alimentos no último minuto", disse o proprietário de um pequeno mercado, Lu Yiming.

Centenas de voos foram cancelados, informaram as autoridades aeroportuárias.

As viagens de trens a partir de e com destino a Guangzhou também foram suspensas até sábado.

"Vai impactar a nossa vida", declarou Wu Wenlai, 43 anos, que administra um restaurante, obrigado a paralisar as atividades, no subúrbio de Shenzhen.

Macau, conhecida pelos cassinos, também emitiu um alerta de tufão de maior gravidade.

- Tufões intensos -

A mudança climático aumentou a intensidade das tempestades tropicais, com mais chuvas e rajadas ainda mais fortes que provocam inundações repentinas e danos às regiões costeiras, afirmam os cientistas.

O tufão Saola obrigou milhares de pessoas a abandonarem suas casas durante a passagem pelo norte das Filipinas durante a semana, mas não foram relatadas vítimas até o momento.

O sul da China é afetado com frequência no verão e outono (hemisfério norte, inverno e primavera no Brasil) por tufões que se formam nas águas quentes ao leste das Filipinas e avançam em direção ao oeste.

Embora possam causar perturbações em cidades como Hong Kong, as mortes são raras devido aos avanços nos métodos de construção e nos sistemas de gestão de inundações.

Em uma praia de Hong Kong, algumas pessoas aproveitaram para surfar as grandes ondas provocadas pela proximidade do tufão.

A empresa chinesa Baidu lançou, nesta quinta-feira (31), o primeiro robô conversacional (chatbot) de Inteligência Artificial disponível no país, o ERNIE Bot, treinado para evitar questões sensíveis para o Partido Comunista, como a repressão de Tiananmen (Praça da Paz Celestial) ou a soberania de Taiwan.

O lançamento do aplicativo, que não está disponível fora da China, é um grande avanço para a indústria de tecnologia do país, que pretende tornar-se líder mundial em Inteligência Artificial (IA) até 2030.

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A mudança ocorre depois que as autoridades chinesas publicaram, neste mês, regras para desenvolver aplicativos de IA para competir com a Microsoft ou o ChatGPT, mantendo o controle governamental sobre os dados.

"Estamos emocionados em anunciar que o ERNIE Bot está totalmente aberto ao público em geral a partir de 31 de agosto", anunciou Baidu em comunicado.

"Além do ERNIE Bot, a Baidu planeja lançar uma série de aplicativos de IA que permitirão aos usuários experimentar as quatro habilidades básicas da IA generativa: compreensão, geração, raciocínio e memória", disse.

Outros grupos chineses que trabalham com IA também receberam sinal verde das autoridades, incluindo a Sensetime, presente na Bolsa de Hong Kong, que abriu inscrições para o seu robô SenseChat, enquanto a Baichuan Intelligent Technology e a Zhipu AI anunciaram que os seus bots já estão online.

O ERNIE Bot foi originalmente lançado em março, mas com disponibilidade limitada.

Com seu lançamento público, o grupo Baidu será capaz de obter um feedback humano "massivo" para melhorar rapidamente o aplicativo, disse o CEO da Baidu, Robin Li, citado no comunicado.

Os aplicativos de IA generativa são treinados em grandes quantidades de informações, assim como na sua interação com os usuários, para serem capazes de responder a perguntas, até mesmo consultas complexas, em linguagem semelhante à humana.

O rápido sucesso do ChatGPT da empresa americana OpenAI, que é proibido na China, desencadeou uma corrida internacional para desenvolver aplicativos rivais, incluindo geradores de imagem e vídeo.

- "Mudar de assunto" -

Na China, os aplicativos devem "aderir aos valores básicos do socialismo" e abster-se de ameaçar a segurança nacional e promover o terrorismo, a violência ou o "ódio étnico", de acordo com as orientações divulgadas este mês.

Testado pela AFP nesta quinta-feira, o ERNIE Bot respondeu facilmente a perguntas como "Qual é a capital da China?" ou "Você tem hobbies?". Mas evita temas delicados, como a repressão aos protestos pró-democracia na Praça Tiananmen em 1989: "Vamos mudar de assunto e começar de novo".

Taiwan, a ilha autônoma que a China considera sob a sua soberania, é definido pelo robô como "parte do território sagrado da República Popular da China".

"A soberania e a integridade territorial da China não podem ser violadas ou divididas", argumentou. "Vamos conversar sobre outra coisa", acrescentou rapidamente.

E quando questionado se pode falar livremente sobre qualquer coisa, ERNIE respondeu: "Podemos conversar sobre o que você quiser. Porém, lembre-se que alguns assuntos podem ser delicados ou tocar em aspectos jurídicos e, portanto, estão sujeitos à sua responsabilidade".

A OpenAI lançou o ChatGPT em novembro do ano passado como um sistema conversacional capaz de formular respostas detalhadas em questão de segundos sobre os mais diversos temas, ou até mesmo escrever dissertações.

- Líder mundial -

As façanhas do ChatGPT são seguidas de perto na China, onde a interface é bloqueada sem qualquer software de desvio, como um VPN.

A China aspira tornar-se líder mundial em IA até 2030, o que revolucionará muitos setores, como a indústria do automóvel e a medicina.

A empresa chinesa Baidu foi a primeira no país a anunciar que estava trabalhando em um equivalente local ao ChatGPT.

O anúncio do seu lançamento público foi bem recebido nesta quinta-feira pela Bolsa de Valores de Hong Kong, onde as ações da Baidu operavam em alta 3,2% às 1h30 (horário de Brasília).

A Tencent, líder nos jogos eletrônicos, e a pioneira do comércio online Alibaba também anunciaram que estão trabalhando neste setor.

Meta, a empresa matriz do Facebook, anunciou nesta terça-feira (29) que eliminou milhares de contas da rede social que fariam parte de uma operação de propaganda chinesa on-line.

A campanha teria estado ativa em mais de 50 plataformas e fóruns, incluindo Facebook, Instagram, TikTok, YouTube e Twitter (rebatizado como X), segundo informe publicado pela Meta.

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"Trata-se da maior, embora fracassada, e mais prolífica operação de influência secreta de que tivemos conhecimento até agora", disse o chefe de Inteligência sobre Ameaças Globais do gigante americano, Ben Nimmo.

As equipes das Meta conseguiram vincular a campanha "a indivíduos associados às forças da ordem chinesas", disse a empresa.

Mais de 7.700 contas do Facebook e cerca de 15 contas do Instagram foram removidas, a maior operação do gênero, acrescentou.

As equipes de segurança do grupo conseguiram determinar que as contas estavam vinculadas a uma série de atividades de spam (mensagens não solicitadas) que ocorriam desde 2019.

"Pela primeira vez conseguimos vincular essas séries e confirmar que fazem parte da mesma operação", disse Nimmo.

- Pouco público -

A rede publicava regularmente comentários positivos sobre a China e a província de Xinjiang, onde se encontra a minoria uigure, ao mesmo tempo em que criticava os Estados Unidos, a política externa dos países ocidentais e aqueles que criticam o governo chinês, "incluindo jornalistas e pesquisadores", relata o informe.

A operação tinha origem na China e era dirigida especificamente para Taiwan, Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Japão, assim como para o público de língua chinesa em todo o mundo.

As contas e páginas em questão foram removidas por não respeitarem os termos de uso das plataformas do grupo. Pareciam ter baixa audiência, e os comentários denunciavam, principalmente, as afirmações falsas.

Além disso, as contas estavam vinculadas a diferentes localizações da China, com um ritmo de atividade que parecia corresponder ao horário comercial.

A operação também se apoiou, em grande medida, no Medium, Reddit, X, YouTube, Soundcloud e Vimeo, de acordo com a equipe de ameaças da Meta.

- Operação "Doppelganger" -

Algumas das táticas usadas foram parecidas com as de uma rede russa identificada em 2019, o que, segundo Nimmo, sugere que estas operações aprendem umas com as outras.

O relatório da Meta também fez uma análise de uma campanha denominada "Doppelganger", descoberta há um ano por suas equipes.

A operação se concentrou em fazer cópias ("doppelganger” em inglês) de sites dos principais meios de comunicação europeus para publicar notícias falsas sobre a guerra na Ucrânia e depois divulgá-las na Internet, explicou o chefe da Política de Segurançada Meta, Nathaniel Gleicher.

As empresas envolvidas nesta campanha, que no início se concentrou principalmente na Alemanha, França e Ucrânia, e mais tarde nos Estados Unidos e em Israel, foram recentemente alvo de sanções por parte da União Europeia.

"Conseguimos bloquear seus recursos operacionais em nossas plataformas, mas os sites continuam ativos", afirmou Gleicher.

Esta foi a maior e mais avançada operação de influência implementada pela Rússia desde 2017, completou.

O governo do Japão afirmou nesta terça-feira (29) que seus cidadãos e representações diplomáticas na China enfrentam assédio desde o início da operação de despejo no mar de águas residuais da usina nuclear de Fukushima, incluindo o lançamento de um tijolo contra a embaixada nipônica em Pequim.

A China proibiu na semana passada a importação de frutos do mar do Japão, que começou a despejar a água de resfriamento da usina paralisada de Fukushima, uma operação que Tóquio e a Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) consideram segura.

Desde então, o governo japonês pede a seus cidadãos na China que mantenham a discrição e reforçou a segurança ao redor de escolas e missões diplomáticas.

O ministro nipônico das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, criticou duramente o assédio aos cidadãos japoneses na China e confirmou que um tijolo foi lançado contra a embaixada em Pequi.

"É extremamente lamentável e preocupante", declarou Hayashi à imprensa.

"Gostaríamos de voltar a pedir ao governo chinês que adote imediatamente as medidas apropriadas, como apelar a seus cidadãos para que atuem com calma e evitem o agravamento da situação", acrescentou.

O ministro pediu a Pequim que apresente "informações corretas" sobre o despejo de água de Fukushima, "em vez de aumentar de maneira desnecessária a preocupação da população ao divulgar informações sem bases científicas".

Em Pequim, um porta-voz da embaixada japonesa declarou à AFP que os funcionários estão muito preocupados.

"Algumas pessoas compareceram à nossa entrada e realizaram este tipo de ação. Depois foram retiradas por policiais armados", explicou.

"Todos os dias recebemos ligações de assédio, em particular no fim de semana, começando na quinta-feira e sexta-feira", disse.

- "Indignação" -

Em resposta, o porta-voz do ministério chinês das Relaciones Exteriores, Wang Wenbin, afirmou que Pequim protege a segurança" dos estrangeiros na China.

"A China sempre protege a segurança, assim como os direitos e interesses legítimos dos estrangeiros na China, de acordo com a lei", declarou, minimizando as "supostas preocupações da parte japonesa".

"Ignorando as fortes dúvidas e a oposição da comunidade internacional, o governo japonês iniciou unilateralmente, e pela força, o despejo de água contaminada procedente do acidente nuclear de Fukushima, o que provocou uma forte indignação entre as populações de todos os países", acrescentou.

"Esta é a causa fundamental da atual situação", resumiu.

O ministério nipônico das Relações Exteriores pediu no domingo a seus cidadãos na China que tenham cautela e "não falem japonês de maneira desnecessária ou em voz muito alta".

Vários estabelecimentos comerciais japoneses receberam ligações com ofensas e linguagem racista.

O Japão iniciou na quinta-feira (24) a operação de despejo no Oceano Pacífico de água de resfriamento diluída de Fukushima, 12 anos após o tsunami que danificou três reatores da usina, em um dos piores acidentes nucleares da história.

Todos os elementos radioativos foram filtrados, com exceção do trítio, que permanece em níveis seguros e abaixo dos que são despejados pelas usinas nucleares em suas operações normais, incluindo as centrais nucleares da China, afirmou a operadora japonesa TEPCO.

Os resultados das análises realizadas com mostras de água do mar e peixes próximos da usina desde o início da operação - que vai demorar décadas para ser concluída - confirmaram os níveis seguros, anunciaram as autoridades japonesas.

A China não mais exigirá que os turistas que cheguem ao país tenham um teste negativo de Covid-19, a partir da quarta-feira (30). Trata-se de um marco para o fim das restrições contra o vírus, impostas no país desde o início de 2020.

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin anunciou a mudança na política, em briefing nesta segunda-feira (28). Fonte: Associated Press.

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