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Os muçulmanos voltaram neste sábado à mesquita de Al Noor, em Christchurch, pela primeira vez desde o massacre de 50 fiéis por um extremista australiano, no dia 15 de março.

Após o ataque perpetrado por Brenton Tarrant, um supremacista branco de 28 anos, contra duas mesquitas desta cidade do sul da Nova Zelândia, a polícia havia fechado Al Noor por motivos de segurança e para facilitar as investigações.

Pequenos grupos de fiéis da comunidade muçulmana local foram autorizados a entrar em Al Noor neste sábado. "Recebemos as pessoas em grupos de 15, para ir recuperando uma certa normalidade", explicou Saiyad Hassen, voluntário na mesquita.

"No momento não é possível dizer quando tudo voltará o normal", disse Hassen.

Os responsáveis da mesquita evitaram fazer comentários.

Na fachada do prédio já não se viam buracos de bala e as paredes pareciam pintadas.

Na sexta-feira, uma semana após o massacre, uma oração foi transmitida para todo o país, que observou dois minutos de silêncio em memória às vítimas do massacre.

Milhares de neozelandeses oraram e observaram dois minutos de silêncio para recordar os 50 fiéis muçulmanos mortos há uma semana em um ataque a duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia.

O atirador "partiu os corações de milhões de pessoas, em todo o mundo", disse o imã Gamal Fouda, encarregado da tradicional oração muçulmana de sexta-feira (22).

"Hoje, do mesmo local (do massacre), olho e vejo amor e compaixão".

Diante de milhares de pessoas - entre elas a primeira-ministra Jacinda Ardern - reunidas em um parque próximo à mesquita de Al Noor, um Muazzin fez o chamado à oração às 13h30 (21h30 Brasília). Em seguida, todo o país observou dois minutos de silêncio.

Em seguida, o imã Fouda tomou a palavra: "Olho e vejo compaixão nos olhos de milhares de neozelandeses e seres humanos de todo o planeta. Este terrorista tentou quebrar nossa nação com uma ideologia malvada, mas no lugar disto mostramos que a Nova Zelândia é invencível".

Mulheres por toda a Nova Zelândia, incluindo as agentes da polícia mobilizadas para as cerimônias em Christchurch, decidiram utilizar nesta sexta-feira o véu islâmico, em solidariedade à comunidade muçulmana.

Algumas publicaram as fotos com o véu nas redes sociais no #HeadScarfforHarmony ("Lenço para a harmonia").

O australiano Brenton Tarrant, um supremacista branco declarado, atacou as duas mesquitas em Christchurch disparando com fuzis de assalto. No final da ação, havia 50 mortos e outros 50 feridos.

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