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A ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação, assinou, neste sábado (16), o comunicado conjunto com o governo cubano para reativar o Comitê Gestor Brasil-Cuba de Ciência, Tecnologia e Inovação, durante participação da Cúpula do G77+China, em Havana. A chefe da pasta afirmou que a iniciativa retoma a parceria científica entre os dois países, que promove o desenvolvimento de diversas áreas, como saúde, biotecnologia, clima, energias renováveis, soberania e segurança alimentar e ciências agrárias. Esta é a primeira visita oficial do Brasil em Cuba desde 2014. O presidente Lula (PT) chegou na capital ao final da tarde da sexta-feira (15). 

Na coletiva de imprensa, realizada na sexta-feira à noite, a ministra Luciana, acompanhada dos ministros da Saúde, Nísia Trindade, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, reforçou o ânimo em resgatar cooperação para o avanço de pesquisas. “Temos muitos interesses nessa troca. Eles atuam, por exemplo, na área de investigação de doenças raras, diabetes e na fabricação de fármacos, que é uma das questões desafiadoras para o Brasil. Na balança comercial brasileira, nós temos um déficit de US$ 20 bilhões de dólares (com medicamentos). Então, tudo o que vier a agregar desenvolvimento, pesquisa, conhecimento tecnológico é o que nos interessa. Essa lógica do ‘ganha-ganha’ é tudo o que nós desejamos”, disse a ministra. 

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O acordo conta também com a assinatura da ministra da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba, Elba Rosa Pérez Montoya, e confirma a retomada do comitê gestor que foi criado em 2002, ainda no primeiro mandato do presidente Lula. 

“Nós queremos retomar a cooperação, não só na área do complexo industrial de saúde, mas em outras áreas mais abrangentes, como a bioeconomia. Queremos fazer uma nova reunião do comitê em 60 dias. É uma relação em que a gente aprende e, naquilo que a gente tem mais expertise, a gente oferece. A gente procura uma lógica de cooperação e parceria saudável, que faz com que encontremos soluções para o Brasil e para Cuba”, explicou a ministra Luciana.

*Com informações da assessoria.

 

A ministra da ciência e tecnologia, Luciana Santos, se reuniu, nesta sexta-feira (25), na sede do Porto Digital, no centro do Recife, em um almoço com o Presidente do parque, Pierre Lucena, e demais representantes de institutos tecnológicos no estado. A reunião envolveu conversas sobre a possibilidade de prorrogar a redução de impostos com base na legislação, cuja isenção de 100% tem validade até 2024.  

Segundo Pierre Lucena, a prorrogação das reduções, previstas até 2029, são fundamentais para a continuação dos trabalhos dos diversos institutos tecnológicos situados no Nordeste brasileiro. “A prorrogação dessa lei, que começa a acabar a partir do ano que vem, é fundamental, mas não apenas para que a gente mantenha os empregos aqui em Pernambuco, mas principalmente para que a gente mantenha essa base produtiva de inovação, como por exemplo, hoje todos os smartphones do Brasil têm uma tecnologia produzida aqui em Recife. A Lei de informática é fator fundamental pra que isso aconteça”, declarou Lucena. 

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A Lei nº 8.248/1991 tem aplicação integral apenas na Zona Franca de Manaus na Região Norte do País. As concessões são feitas por períodos, com validade em outras partes do território nacional, mas os debates envolvem outros ministérios, como o da Economia. De acordo com a legislação, os inventivos fiscais vigentes são referentes à redução do imposto sobre produtos industrializados (IPI) de 100% até 2024, de 95% em 2025 e 2026 e de 90% de 2027 a 2029, para os produtos desenvolvidos no País (Tecnologia Nacional). A aprovação da prorrogação das concessões ainda deverá tramitar no Congresso Nacional. 

Segundo Pierre, a articulação política é necessária para que as prorrogações sejam aprovadas antes do fim da validade atual. Por ela já ter sido prorrogada outras vezes, Lucena não vê um grande risco de desamparo, “mas ela é muito importante para o Nordeste do Brasil, para a Universidade Federal de Pernambuco, o Centro de Informática, que se fez através dessa lei também. E ela não tem, na verdade, o caráter de desenvolvimento regional, porque a produção está em grande parte em São Paulo, mas a produção da inovação é feita aqui por conta da lei. E se a lei não for prorrogada, o grande problema é que o Estado continua abrindo mão de recursos, mas isso tudo é transferido para Manaus, é uma distorção que a própria lei tem, e a gente não quer ver, de certa forma, que a indústria nacional se transforme e se transporte toda para Manaus, e a parte de inovação também. É preciso que esse desenvolvimento regional ele se mantenha equilibrado pra gente construir um país melhor”, afirmou. 

Reunião do setor tecnológico de Pernambuco com a ministra Luciana Santos. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá

Apoio ministerial para a prorrogação da Lei 

Segundo a ministra Luciana Santos, a pauta será encaminhada para o debate entre ministérios, principalmente com a equipe econômica, para quem serão mostrados os impactos positivos da atual isenção proveniente da Lei. “A lei da Informática é um caso de sucesso. Ela não só ajuda a produção e pesquisa na área de desenvolvimento de software, como ela também ajuda no enfrentamento da desigualdade regional”, afirmou Santos. 

“O que Porto Digital está aqui alertando é a necessidade de se antecipar, não esperar até 2029. (...) Se você não se antecipar, você faz com que muita dessa produção se desloque desde já para outros centros, e o debate é que a gente paute a equipe econômica, é isso que nós vamos fazer, mostrando, inclusive, o custo dessa isenção. Ele é um custo que se traduz em mais investimentos”, completou. 

A ministra confirmou que após o debate a nível técnico e ministerial, a proposta será encaminhada para o Congresso deliberar. 

 

*Por Thaynara Andrade

A Prefeitura de Recife realizará entre os dias 25 e 29 de outubro, a Semana Municipal de Ciência e Tecnologia. O evento será promovido através da  Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) e da Secretaria da Mulher, com o apoio da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - Regional de Pernambuco (SBPC-PE).

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Toda a programação será transmitida por canais distintos no YouTube de forma gratuita. Para incentivar o diálogo, serão realizadas mesas de debates com professores, especialistas e estudantes, que irão discutir temáticas como os impactos dos recentes cortes orçamentários para a produção científica no Brasil e o valor da ciência como uma ferramenta de desenvolvimento para o país.

Após o encerramento de cada mesa de debate, os participantes receberão um certificado de participação.

Confira a programação abaixo: 

Segunda-feira 25/10

16h30 - SBPC e as Semanas de C&T: histórico, evolução, e situação atual com os cortes orçamentários

Palestrantes:Ildeu Moreira (UFRJ), Sérgio Rezende (DF–UFPE), Rafael Dubeux (SDECTI) e Rosário Andrade (SBPC–UFRPE)

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCkIM3FeBKJP-In-WA19oWRw

19h - Dialogando com as Tecnologias na Telessaúde

Palestrantes: Edison Albuquerque (POLI-UPE), Claudinalle Farias Queiroz de Souza (CISAM–UPE) e Rosário Andrade (SBPC–UFRPE)

Canal: https://www.youtube.com/c/UFRPEoficial

Terça-feira 26/10

16h30 -A produção de podcast durante a Pandemia

Palestrantes: Giovana Mesquita (UFPE-CAA), Sheila Borges (UFPE-CAA), Rosário Andrade (SBPC-UFRPE) e Amanda Mansur (UFPE-CAA)

Canal: https://www.youtube.com/c/UFRPEoficial

19h -Impactos na Educação das tecnologias da informação

Palestrantes: Ernandes Rodrigues (UFRPE), Marcelo Carneiro Leão (Reitor UFRPE), Anísio Brasileiro (APC) e Rosário Andrade (SBPC-UFRPE)

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCkIM3FeBKJP-In-WA19oWRw

Quarta-feira 27/10

19h - Esgoto e saneamento em Recife, e soluções tecnológicas 

Palestrantes: Fernando Porto (UFRPE-SEDE), Marília Castro (IFPE) e Rosário Andrade (SBPC–UFRPE)

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCkIM3FeBKJP-In-WA19oWRw

Quinta-feira 28/10

16h30 - Diálogos: mulher e ciência

Palestrantes: Cida Pedrosa (Vereadora e Poetisa), Giovanna Machado (CETENE), Glauce Medeiros (Secretária da Mulher do Recife) e Rosário Andrade (SBPC-UFPE)

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCxMRq-Mv3UimnqOl6aRrM6Q

19h -Covid-19: panorama atual

Palestrante: Sérgio Rezende (DF–UFPE), Jonas Albuquerque (IRRD-UFRPE e LIKA-UFPE) e Helinando Oliveira (Univasf)

Canal: https://www.youtube.com/c/HelinandoOliveira

Sexta-feira 29/10

16h30 -Narrativa popular e Ciência (escrita): um diálogo a descodificar

Palestrantes: Luís Martins (IELT-FCSH/UNL), Gilmar Furtado (IFAL) e Rosário Andrade 

(SBPC-UFPE)

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCkIM3FeBKJP-In-WA19oWRw

Nessa quinta-feira (7), foi aprovado pelo Congresso Nacional o crédito suplementar de R$ 690 milhões para pesquisa e ações estruturantes dos ministérios, através do PLN 16/2021. Do montante, R$ 55 milhões foram destinados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Segundo entidades da pesquisa no país, o valor total deveria ter sido distribuído à Ciência, para subsidiar projetos de estudo, sobretudo os já agendados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Pesquisa (CNPq). O recorte representa uma redução de aproximadamente 92% do valor inicial e desfalca as ações de pesquisa no Brasil. 

Oito órgãos assinaram um apelo, ainda na quinta-feira (7), ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para reverter uma decisão do Ministério da Economia. As entidades afirmam que uma modificação do PLN 16 foi feita “de última hora” pela Comissão Mista do Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, atendendo a ofício enviado ontem pelo Ministro da Economia, e que subtraiu os recursos destinados a bolsas e apoio à pesquisa do MCTI. O PLN 16 abria crédito suplementar destinado ao Ministério, mas com a nova decisão, estarão sob ênfase a produção de radiofármacos e despesas do MCTI. 

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Entre as entidades que assinaram o apelo, estão Associação Brasileira de Ciências, a SBPC, Andifes, Confap, Conif, Confies, Consecti e IBCHIS. Confira na íntegra: 

MANOBRA DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA AFRONTA A CIÊNCIA NACIONAL 

A modificação do PLN 16, feita na última hora, no dia de hoje, pela Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional, atendendo a ofício enviado ontem pelo Ministro da Economia, subtrai os recursos destinados a bolsas e apoio à pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações e impossibilita projetos já agendados pelo CNPq. É um golpe duro na ciência e na inovação, que prejudica o desenvolvimento nacional. E que caminha na direção contrária da Lei 177/2021, aprovada por ampla maioria pelo Congresso Nacional. 

O PLN 16 destinava 690 milhões de reais para o MCTI, alimentando em particular as bolsas e o Edital Universal do CNPq, mas, em cima da hora, por força de um ofício enviado pelo Ministério de Economia na véspera da reunião da CMO, mais de 90% desses recursos foram transferidos para outros ministérios, restando apenas R$ 55,2 milhões de reais, destinados ao atendimento de despesas relacionadas aos radio fármacos. 

O argumento utilizado pelo Ministério da Economia afronta a comunidade científica e tecnológica: afirma que os recursos já transferidos para o MCTI não estão sendo utilizados. Cabe lembrar que esses recursos são para crédito, são reembolsáveis, e não interessam à indústria. Já nos manifestamos anteriormente sobre a estratégia perversa de alocar 50% do total dos recursos do FNDCT para crédito reembolsável, o qual, uma vez não utilizado, será recolhido ao Tesouro no final do ano. Dá-se com uma mão, para retirar com a outra. Nesse processo, agoniza a ciência nacional. 

Fazemos um apelo aos parlamentares para que revertam essa decisão, com todos os meios disponíveis para repor os recursos destinados ao MCTI e ao CNPq. Está em questão a sobrevivência da ciência e da inovação no país. 

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O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, chamou de "estrago" o corte no Orçamento da Pasta anunciado pelo governo e disse não ser possível "ligar e desligar" pesquisas.

"Ontem foi um dia muito movimentado em Brasília, com divulgação do orçamento 2021 com grande atraso, já estamos em abril. Estamos tanto trabalhando para o orçamento do ano que vem, quanto vendo o que vamos fazer com o orçamento deste ano, com o estrago, vamos chamar assim. Realmente foi muito comprimido esse orçamento", afirmou o ministro, em live feita neste sábado (24) nas redes sociais.

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Como mostrou reportagem, o presidente Jair Bolsonaro vetou R$ 200 milhões que seriam usados no desenvolvimento da vacina contra covid-19 "100% brasileira" anunciada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

No total, a pasta teve bloqueados R$ 272 milhões e vetados R$ 371 milhões. Os recursos bloqueados poderão ser liberados ao longo do ano, se houver arrecadação e espaço no teto de gastos, que limita o crescimento das despesas.

Hiato

Na live, Pontes disse que terá reuniões durante a próxima semana para discutir com sua equipe quais são os projetos que poderão ser continuados, quais ficarão em stand-by e quais precisarão ser cortados. Ele não disse o que ocorrerá com o projeto da vacina brasileira.

"É chato falar isso, mas é fato. Tem certos tipos de projetos que, sem orçamento, tem um hiato e esse hiato mata o projeto. Pesquisa não é uma coisa que dá pra ligar e desligar, não existe isso, é uma coisa que tem que ter continuidade", afirmou.

Ele disse ainda que, como ministro da Pasta, tem de defender o Orçamento da Ciência e Tecnologia e afirmou que os países desenvolvidos chegaram a esse patamar com investimento constante no setor.

"Não é uma coisa de uma hora pra outra, é igual à educação, não adianta investir um caminhão em educação em um ano e no outro ano não ter nada", afirmou. "Pessoal do governo fala muito em gasto, mas temos que ver que recursos para ciência e tecnologia não são gastos, são investimentos, que vão dar muito resultado para o País. Mas os resultados não são imediatos, têm de ser construídos".

 Museu das Minas e do Metal, em Minas Gerais, abriu um edital para que artistas, pesquisadores, engenheiros e diferentes profissionais da América Latina possam aproveitar o espaço com ocupações criativas e expositivas. A intenção é fomentar a discussão entre arte, ciência e tecnologia por meio do projeto CoMciência. O edital irá selecionar obras e trabalhos artísticos, científicos e intelectuais de pessoas, grupos e coletivos de trabalhos, que podem receber até R$ 15 mil, de acordo com o projeto apresentado.

Os projetos aprovados ficarão expostos no Prédio Rosa - sede do Museu, de 12 de dezembro deste ano até 15 de março de 2020. Quem quiser participar pode se inscrever até o dia 22 de agosto, pelo site do programa. O tema das obras tem que ser relacionado ao uso das tecnologias, aliadas à arte. 

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Confira os temas que podem ser apresentados:

Biologia: microbiologia, genética, o corpo, processos cerebrais- corporais, medicina, entre outros;

Ciências físicas: física das partículas, energia atômica, geologia, física, química, astronomia, ciências espaciais, nanotecnologias, entre outros;

Matemática e algoritmos: arte genética, fractrais, inteligência artificial, vida artificial;

Cinética: eletrônica conceitual, instalações sonoras e robóticas;

Telecomunicações: telefonia, rádio, telepresença, webarte, etc;

Sistemas digitais: mídias interativas, realidade virtual, realidade aumentada, sensores alternativos, entre outros.

Os cachês para os selecionados variam de mil a R$15 mil, dependendo da complexidade do projeto e da trajetória do proponente. Além disso, haverá uma verba destinada para execução dos projetos que pode variar dentro da mesma margem de valor.  No ato da inscrição, os artistas ainda terão a oportunidade de selecionar ou indicar quais áreas do museu que pretendem ocupar com as obras. 

Estão abertas até o dia 22 de abril as inscrições para a 39ª Edição do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica que, neste ano, será destinado à categoria “pesquisador e escritor”. O pesquisador e escritor será premiado como divulgador da ciência, tecnologia, inovação para o grande público.

O vencedor será premiado com R$ 20 mil, um diploma, passagem aérea e hospedagem para participar da 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorrerá em julho deste ano, em Campo Grande (MT).

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A premiação é realizada por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que tem como principal objetivo reconhecer pessoas que tenham contribuído significativamente para tornar a ciência, a tecnologia e a inovação conhecidas pela sociedade.

Os interessados, podem se inscrever diretamente na página do evento, preencher um formulário, com o currículo lattes atualizado, enviar portfólio, além de justificar a contribuição que demonstre à divulgação e popularização científica.

 

O presidente eeleito Jair Bolsonaro (PSL) anunicou, nesta quarta-feira (31), a confirmação do tenente-coronel e astronauta Marcos Pontes para o comando do ministério da Ciência e Tecnologia no seu governo, que inicia a partir de 1º de janeiro.

“Comunico que o Tenente-Coronel e Astronauta Marcos Pontes, engenheiro formado no ITA, será indicado para o Ministério da Ciência e Tecnologia. É o quarto Ministro confirmado!”, detalhou, em publicação no Twitter.

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Os rumores de que Pontes seria ministro já corriam desde antes do segundo turno das eleições. Nessa terça (30), em entrevista à Inter TV, o indicado confirmou ter aceito o convite.

"Fui convidado e já aceitei, convite está aceito", afirmou. Ele revelou, no entanto, que já havia aceitado "há algum tempo". Pontes detalhou que quando iria se candidatar a senador, foi convidado por Bolsonaro para ser ministro. Com isso, declarou, decidiu se candidatar a segundo suplente de senador na chapa do hoje senador eleito Major Olimpio (PSL-SP).

Os programas para a área de Ciência, Tecnologia e Inovação dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) apresentam ênfases diferentes no tocante às prioridades e ao papel do Estado e do governo federal. Nos dois planos de governo, há seções específicas para o tema, que aparecem junto com desafios de desenvolvimento econômico e à estruturação do ensino superior.

Jair Bolsonaro condena o que chama de “centralização em Brasília” e propõe o estímulo a polos descentralizados nos quais haveria parceria entre universidades e a iniciativa privada. Enquanto o programa de Haddad defende uma retomada de investimentos públicos em pesquisa, especialmente por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Em relação à estrutura responsável, os dois candidatos mencionam um ministério específico para a área. Fernando Haddad (PT) fala na recriação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), desmembrando o atual MCTIC, criado após a fusão da antiga pasta com a das Comunicações. No programa de Bolsonaro, há uma proposta de cortar o número de ministérios para 15. O documento não traz a listagem de quais seriam estes. Em entrevistas à imprensa, o candidato chegou a mencionar a indicação do astronauta Marcos Pontes para comandar o ministério. 

O plano do candidato avalia que o modelo de pesquisa e inovação no Brasil está “esgotado”. A área não deveria ser baseada em uma estratégia centralizada, organizada por Brasília e centrada em recursos públicos. No lugar, defende o fomento de “hubs” tecnológicos nos quais universidades se aliam à iniciativa privada “para transformar ideias em produtos”. O texto cita experiências de países como Japão e Coreia do Sul, advogando por um foco nas ciências exatas.

O programa coloca a necessidade de se criar um ambiente favorável ao empreendedorismo no Brasil, com estímulo a que alunos busquem abrir negócios próprios. Quem deseja seguir carreira acadêmica deve fazê-lo em programas de mestrado e doutorado “sempre perto das empresas”. O documento defende que o campo da ciência não deve ser “estéril”. O texto indica a busca de especificidades em cada região, citando como exemplo a exploração de energia renovável solar e eólica no Nordeste.

Outra proposta é que o país invista na pesquisa e desenvolvimento em grafeno e nióbio. O primeiro é uma forma cristalina do carbono, forte, leve e bom condutor. O nióbio é usado em ligas de aço. No capítulo sobre economia, o programa prevê a abertura comercial para importação de equipamentos para a migração para a indústria 4.0, requalificação de mão-de-obra para tecnologias de ponta e apoio a startups (pequenas empresas de tecnologia).

Nas propostas para segurança, elenca investimento em equipamentos e tecnologia, entre outros itens. Ao tratar da Defesa Nacional, o texto prevê que as Forças Armadas precisam de equipamentos modernos diante das ameaças digitais. Essas instituições precisariam estar preparadas por meio de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

O programa do candidato tem como proposta principal o que chama de “remontagem do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação” (CT&I), articulando universidades e centros de pesquisa e políticas públicas com ecossistemas de inovação para atuar em áreas produtivas com alto grau de conhecimento, como manufatura avançada, biotecnologia, nanotecnologia, energia e defesa nacional.

Para isso, a candidatura tem como intuito ampliar os investimentos na área de CT&I. O texto menciona o aumento das verbas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), duas principais responsáveis pelo custeio de projetos de pesquisa e bolsas de pós-graduação. No caso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o objetivo é a majoração dos recursos com repasse do Fundo Social do Pré-sal.

O programa prevê também um plano de 10 anos de ampliação dos recursos no setor, incluindo verbas governamentais e empresariais. A meta é atingir 2% do Produto Interno Bruto em CT&I até o ano de 2030. Esse patamar é caracterizado pelos autores do texto como necessário assegurar condições de competição do Brasil no mercado mundial em transformação em razão de tecnologias digitais e áreas de conhecimento de ponta.

Além disso, a candidatura promete recriar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), extinto na gestão de Michel Temer e fundido com o Ministério das Comunicações para criar o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPE) divulgou a concorrência pelas 2.585 vagas para 42 cursos técnicos e superiores nos campi de Abreu e Lima, Afogados da Ingazeira, Barreiros, Belo Jardim, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Garanhuns, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Palmares, Paulista, Pesqueira, Recife e Vitória de Santo Antão do vestibular 2018.2 na última quinta-feira (28).

O curso mais concorrido, de acordo com a instituição, é o Técnico de Enfermagem no campus Abreu e Lima na modalidade subsequente, que exige a conclusão do Ensino Médio, com 11,93 candidatos inscritos para cada vaga. O segundo mais concorrido é o Técnico em Eletrotécnica, do Campus Recife, que também é subsequente, com uma concorrência de 8,05 por vaga, seguido pelo Técnico em Segurança do Trabalho, também no Recife, com 7,92 candidatos por vaga.

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Já entre os cursos integrados ao Ensino Médio, o campus Recife detém os três cursos mais concorridos, que são os de Técnico em Química, Técnico em Segurança do Trabalho e Edificações, que tiveram, respectivamente, 10,82, 7,38 e 7,08 candidatos por vaga. 

Entre os cursos de nível superior, quem registrou o maior número de inscritos por vaga foi o curso de Tecnologia em Gestão da Qualidade, no campus Igarassu, que está sendo ofertado pela primeira vez nesta edição do vestibular do IFPE. 

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Entre esta segunda-feira, 23, e o domingo, 29, cidades de todo o Brasil realizarão a 14ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) sob o tema "A matemática está em tudo". Estão planejadas cerca de 5 mil atividades em mais de 180 municípios.

Na capital paulista, a Universidade de São Paulo (USP) sediará uma série de eventos. Já nesta segunda-feira, o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP conduz atividades sobre assuntos como meteorologia e aviação, geofísica e terremotos. Mais informações sobre as ações que serão realizadas, tanto em São Paulo quanto em outras localidades, estão disponíveis no portal da SNCT.

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A coordenadora-geral de Popularização e Divulgação da Ciência do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Leda Pinto, destaca a importância de levar as ações para o maior número de pessoas possível. "É importante que se invista na interiorização da SNCT, para garantir que sejam ofertadas atividades fora das grandes cidades", afirma.

Segundo Leda, o ideal da organização é contribuir com a formação de cidadãos. "Nosso ideal é que todos os brasileiros tenham acesso ao conhecimento científico e se sintam empoderados, cidadãos plenos, com capacidade de entender o universo à nossa volta e tomar parte no processo decisório do País".

Esta edição homenageia o matemático Jacob Palis. Em 2010, o brasileiro recebeu o Prêmio Balzan, importante distinção internacional, pelas contribuições feitas à teoria dos sistemas dinâmicos. Palis é membro de academias científicas de diferentes países e detentor de diversas condecorações nacionais e no exterior.

A prefeitura de Guarulhos, em parceria com o Teatro Adamastor Centro, vai realizar entre os dias 23 a 27 de outubro a “Semana do Conhecimento”, que pretende criar um ambiente propício ao desenvolvimento cientifico e tecnológico na cidade

De acordo com a secretaria de Desenvolvimento Cientifico, Econômico, Tecnológico e de Inovação (SDCETI), a “Semana do Conhecimento” será um espaço para a visibilidade e notoriedade de trabalhos acadêmicos, pesquisas, ações, projetos e negócios relacionados a economia criativa.

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O evento terá quatro atividades principais para os interessados apresentarem seus trabalhos: Feira de Ciências e de Engenharia de Guarulhos (Feceg), Expo Criatividade, Mostra de Economia Criativa e Semana de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento de Guarulhos (Semcitec).

Vale lembrar que as inscrições para o projeto encerram-se neste domingo (8). Para outras informações sobre a Semana acesse: http://semanadoconhecimento.guarulhos.sp.gov.br/.

O Teatro Adamastor fica na av. Monteiro Lobato, 734, Macedo.

 

Acontece no Centro Educacional Adamastor a 5ª edição da Semana da Ciência, tecnologia, Inovação e Desenvolvimento de Guarulhos (Semcitec). Serão apresentados trabalhos, feitos por alunos do ensino superior, afim de encontrar soluções para os problemas do cotidiano da cidade. 

Os trabalhos aceitos serão apresentados em sessões de pôster e comunicação oral, abertas ao público. Durante o período de realização do evento, ocorrerá palestras e oficinas, gratuitamente à população, com base na temática geral do evento, além de variada programação cultural. 

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Segundo a coordenadora do núcleo de ciência e tecnologia e semcitec, Marinilzes Moradillo Mello, a parte utilitária da educação é a educação profissional que prepara para o mercado de trabalho.

Mello falou sobre como a educação é importante para os jovens e enfatizou que a educação tem a função de formar cidadãos conscientes, "cidadãos que deveriam olhar para o todo, para a coletividade. Então, a educação serve para isso e para formar cidadãos que defendem e respeitem os ideias da humanidade", disse. 

Os estudantes do ensino médio também puderam mostrar os seus trabalhos na exposição do evento. A Semana de Ciência e Tecnologia no Adamastor vai até nessa sexta-feira (21). O Adamastor fica na Avenida Monteiro Lobato, 734, Macedo - Centro de Guarulhos. 

 

Está acontecendo no Centro Educacional Adamastor a 5ª edição da Semana da Ciência, tecnologia, Inovação e Desenvolvimento de Guarulhos (Semcitec). Serão apresentados trabalhos, feitos por alunos do ensino superior, afim de encontrar soluções para os problemas do cotidiano da cidade. 

Os trabalhos aceitos serão apresentados em sessões de pôster e comunicação oral, abertas ao público. Durante o periodo de realização do evento, ocorrerá palestras e oficinas, gratuitamente à população, com base na temática geral do evento, além de variada programação cultural. 

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Segundo a coordenadora do núcleo de ciência e tecnologia e semcitec, Marinilzes Moradillo Mello, a parte utilitária da educação é a educação profissional que prepara para o mercado de trabalho.

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Os estudantes do ensino médio também puderam mostrar os seus trabalhos na exposição do evento. A Semana de Ciência e Tecnologia no Adamastor vai até nessa sexta-feira (21). O Adamastor fica na Avenida Monteiro Lobato, 734, Macedo - Centro de Guarulhos. 

 

O Congresso Nacional se reúne nesta segunda (19) e terça-feira (20) para tentar concluir a votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. O texto principal foi aprovado em agosto, mas os deputados e senadores deixaram três destaques pendentes. Dois deles tratam praticamente do mesmo assunto e têm objetivo de evitar que os recursos orçados para a área de ciência e tecnologia em 2017 sejam bloqueados.

Um proíbe o bloqueio orçamentário dos recursos alocados na função “Ciência e Tecnologia” do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Para 2017, o governo destinou R$ 7,3 bilhões para esta função, que custeia programas na área. E o outro impede o bloqueio de todos os recursos alocados nesta função, independente do ministério. O que equivale a R$ 8,3 bilhões. As propostas podem enfrentar resistência do governo.

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O terceiro destaque visa retirar do texto da lei a autorização para o governo remanejar livremente 20% das dotações globais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa foi contemplado com R$ 35,8 bilhões na proposta orçamentária de 2017, em tramitação na Comissão Mista de Orçamento. A autorização prevista na versão da LDO permite que o governo possa movimentar até R$ 7,2 bilhões destes recursos sem necessidade de chancela do Congresso Nacional.

O governo poderá, por exemplo, alocar R$ 2 bilhões em uma obra do PAC, usando recursos do próprio programa, sem ouvir deputados e senadores. A LDO em vigor é mais restritiva: o governo pode movimentar apenas 10% do valor de cada obra.

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), não está disposto a aceitar de bom grado o Ministério da Ciência e Tecnologia, que agora o Palácio do Planalto tenta oferecer à bancada peemedebista. Picciani diz a aliados querer o que foi combinado no início das discussões: o Ministério da Saúde e uma pasta da área de infraestrutura. Ciência e Tecnologia hoje é comandada por Aldo Rebelo (PC do B), que deve ir para a Defesa no lugar de Jaques Wagner, substituto de Aloizio Mercadante na Casa Civil.

Inicialmente, seria criado um Ministério da Infraestrutura, com a fusão de Aviação Civil e Portos. No entanto, para não desalojar os peemedebistas já instalados no governo, a presidente Dilma Rousseff desistiu dessa ideia. Picciani, então, passou a defender a pasta dos Portos para sua bancada. Acontece que o Planalto vê na cadeira uma opção para acomodar o filho do senador Jader Barbalho (PA), Hélder Barbalho, que hoje ocupa o Ministério da Pesca, ameaçado de extinção.

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Interlocutores dizem que Picciani atribui a polêmica não ao Palácio do Planalto, mas ao próprio PMDB. Mais especificamente ao grupo do vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer. Temer defendeu a permanência de Eliseu Padilha (RS) na Aviação Civil e de Henrique Eduardo Alves (RN) no Turismo.

Para a Saúde, a bancada peemedebista da Câmara indicou os deputados Marcelo Castro (PI) e Manoel Junior (PB). Junior era tido como o favorito até o final de semana, mas perdeu pontos depois que vieram à tona declarações do parlamentar sugerindo a renúncia de Dilma e criticando o programa Mais Médicos. Na segunda-feira, 28, o Estado mostrou que 1/3 das doações eleitorais recebidas pelo deputado em sua campanha do ano passado veio de laboratórios e de um plano de saúde, setores com interesses no ministério.

No outro grupo de indicações da bancada, José Priante (PA) e Celso Pansera (RJ) aparecem como favoritos a ocupar um ministério da área de infraestrutura, caso a pressão de Picciani prevaleça.

Nesta quinta-feira, 1º, Dilma reúne-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para tentar fechar o redesenho da Esplanada dos Ministérios. A expectativa é que o Planalto faça os anúncios até sexta-feira, 2.

Em seu discurso de posse como novo ministro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PCdoB) disse que contingenciamentos em início de governo são naturais e que ainda vai discutir com a equipe econômica eventuais cortes na pasta. "Nós temos habitualmente, no início das gestões, contingenciamento de Orçamento. Esse é um tema que vou tratar diretamente com a presidente da República e com os ministros do Planejamento e da Fazenda", afirmou o ministro.

Em seu discurso de posse na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, Rebelo disse que é preciso fortalecer a agenda da inovação no País, dar maior peso político à área junto ao Congresso e ao governo e valorizar a mentalidade científica como um todo. "A agenda da valorização precisa ocupar um espaço que dote a sociedade da valorização do espírito científico", enfatizou o ministro, que substitui Clélio Campolina, ex-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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O novo titular do ministério pregou a integração da atuação do ministério com Estados, municípios, empresas e entidades do setor e lamentou que a maioria das cidades não tenha uma secretaria voltada para a área da inovação. "A ciência e a tecnologia não pode existir apenas em Brasília ou nos institutos", afirmou.

Apesar da iminência de cortes no orçamento da pasta, ele defendeu a recomposição dos recursos Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e o fortalecimento do Fundo de Financiamento de Estudos de Projetos e Programas (Finep) e CNPq. Recém-saído do Ministério do Esporte, Rebelo sugeriu uma maior interação entre as duas pastas e lembrou que existe no País uma indústria incipiente que concilia esporte e inovação, como a área da saúde esportiva.

O ministro lembrou que a pasta está associada ao desenvolvimento do País e que é um tema que deve ser tratados com visão política. "A melhor forma de proteger o País e o interesse nacional é fortalecendo e desenvolvendo cientificamente, tecnologicamente, e ampliando as possibilidades de inovação no País. É isso que temos de fazer. Não podemos deixar que o País se transforme em uma colônia tecnológica", enfatizou.

Um conjunto de leis que vão integrar o novo código para a ciência, tecnologia e inovação (CT&I) e que está em tramitação no Congresso Nacional é a esperança de instituições para destravar a burocracia e dar mais liberdade para a pesquisa. O assunto foi discutido na oitava edição do congresso da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti), semana passada em Brasília.

Segundo o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Sérgio Gargioni, os problemas são o baixo volume e a descontinuidade de recursos, a burocracia excessiva e o excesso de regulamentos. "Às vezes, [os regulamentos] não percebem as peculiaridades da pesquisa, quase sempre um território incerto e especulatório. Então é preciso ter flexibilidade", diz.

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Para Gargione, a Lei de Inovação em vigor tem boas regras, mas não suficientes. "O ambiente de pesquisa no Brasil hoje é muito ruim. Somos ineficazes pra gastar o dinheiro. Perdemos muito tempo na burocracia e que deveria ser dedicado à pesquisa. Na área agrícola, por exemplo, se passar o tempo perde o passo, se passou a safra não tem mais aquele elemento para a pesquisa", critica.

O chamado Código de CT&I é constituído pelo Projeto de Lei (PL) 2.177/2011, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 290, o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para o setor e a elaboração da Lei da Biodiversidade, a cargo do Ministério do Meio Ambiente.

Segundo o deputado Sibá Machado (PT-AC), relator do PL 2.177, a Lei da Biodiversidade é tão complexa que foi decidido deixá-la por último. "Se trouxermos ao debate agora, não vai andar e travar as outras propostas que estão mais adiantadas", justifica.

Machado explica que, inicialmente, percebeu-se que era necessário ajustar a Constituição e atualizar termos para amparar melhor as mudanças previstas nos outros projetos. Aprovada em abril na Câmara dos Deputados, a PEC 290 agora está no Senado, e Machado acredita que pode ser votada antes das eleições.

Já o PL 2.177, em tramitação na Câmara, deve ficar para depois das eleições. "Ele modifica e amplia a base conceitual para a CT&I, acaba sendo a lei regulamentar para a mudança que as pesquisas precisam", explica o deputado. O texto do RDC ainda está na Casa Civil e deve ir ao Congresso por meio de um projeto de lei.

Entre as modificações previstas no código, estão uma abertura maior na relação com a iniciativa privada, a flexibilização dos recursos, com a definição do que é custeio e o que é investimento em pesquisas e a definição dos conceitos de atividade meio e atividade fim. As propostas incluem ainda a ampliação do teto do Simples Nacional para micro e pequenas empresas inovadoras e o aumento do banco de horas para pesquisadores da rede pública - que limita o pagamento a pesquisadores pelo Ministério da Educação.

"Hoje, a lei no Brasil só permite 120 horas por ano [de banco de horas]. Em qualquer outro país desenvolvido - Estados Unidos, Japão, China - são 420 horas por ano. Estamos propondo 416 horas por ano, e o Ministério da Educação concorda. Nós queremos um Brasil que se desenvolva fortemente e há uma eclosão de jovens saindo das universidades para montar as próprias empresas", disse Sibá Machado.

Para Gargioni, o Brasil tem muitos pesquisadores de alto nível e que acabam deixando o país para se aprimorarem. "Quando saem daqui, vão fazer pós-doutorado e pesquisa lá fora, se desenvolvem muito bem e o Brasil acaba perdendo. Queremos trazer de volta nossos pesquisadores, mas, com as regras atuais, fica difícil", argumenta.

Encerram, nesta quinta (14), as inscrições para o concurso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão Pernambucano). A seleção visa contratar 19 professores para os campi de Petrolina, Zona Rural, Floresta e Ouricuri.

As oportunidades são para as áreas de Edificações, Pedagogia, Eletrotécnica, Química I e II, Administração, Música, Língua, Literatura e Redação, Tecnologia em Alimentos, Agroindústria com ênfase em Processamento de Massas, Mecanização Agrícola, Informática, História, Sociologia, Matemática e Informática Geral. A exigência de formação para cada área está disponível no edital.

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A seleção constará de provas de desempenho didático, de caráter eliminatório; e avaliação de títulos, de caráter classificatório. Os profissionais contratados receberão remunaração de R$ 2.714,89 para 40 horas de trabalho semanais.  

Interessados devem se inscrever pessoalmente na Diretoria de Gestão de Pessoas - Reitoria (rua Coronel Amorim, nº. 76, Centro, Petrolina) ou ao campus Floresta (rua Projetada, s/nº, bairro Caetano II) ou ao campus de Ouricuri (Estrada do Tamboril, s/nº, das 8h às 12h e das 14h às 16h. É preciso apresentar o formulário disponível no site do IF Sertão, carteira de identidade, CPF, currículo e comprovante de pagamento de taxa no valor de R$ 50.

Mais informações podem ser obtidas através do edital do concurso. 

A Comissão de Ciência, Tecnologia e Informática da Assembleia Legislativa de Pernambuco realizará quinta-feira (24), expediente especial para homenagear cientistas que contribuíram para o desenvolvimento da ciência no Estado. A sessão, proposta pela presidente da Comissão,  deputada Terezinha Nunes (PSDB),  irá agraciar in  memoriam o engenheiro Jaime Gusmão, o matemático, físico e teólogo, padre José Nogueira Machado e o cientista e professor Oswaldo Gonçalves de Lima. A partir de agora eles passarão a fazer parte do Memorial dos Notáveis Cientistas Pernambucanos.

As comemorações acontecem durante Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que este ano traz como tema: “Ciência, saúde e esporte”. O assunto está em sintonia com os eventos esportivos que serão realizados no Brasil, como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.

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No Estado, a semana que está sob a coordenação do Espaço Ciências, conta com extensa programação para a comunidade estudantil e a população em geral, através de oficinas, caravanas científicas, palestras, feiras, exposições, trabalhos científicos, e outras manifestações culturais e desportivas.

 

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