Tópicos | Cine Teatro Samuel Campelo

A terceira edição da Mostra Sesc de Cinema começa na próxima segunda-feira (11), trazendo em sua programação 61 filmes para exibições gratuitas. As sessões acontecem no Cine Teatro Samuel Campelo e nas unidades do Sesc Casa Amarela e Goiana e são gratuitas. 

A grade em Pernambuco vai reunir curtas, médias e longas de autorias individuais e coletivas, que abordam temas diversos e têm classificação etária variada. O objetivo da Mostra é formar público, além de abrir espaço para a difusão de produções autorais e de novos cineastas. Ao todo, serão exibidos 42 filmes nacionais e 19 pernambucanos. 

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Os filmes que integram o festival foram selecionados no primeiro semestre deste ano após convocatória que recebeu 1,2 mil inscritos de 210 cidades. Um dos destaques da programação é o documentário Mateus, da pernambucana Déa Ferraz.

Confira a programação completa: 

Cine Teatro Samuel Campelo (Praça Nossa Senhora do Rosário, 510. Centro. Informações: 3413.1051)

11 de novembro

14h30 - Quando a chuva vem? (PE) | Dir. Jefferson Batista. 8m. Livre

                Guerreiros da Rua (PE) | Dir. Erickson Marinho. 41m. Livre

19h30 – Atrofia (PE) | Dir. Geisla Fernandes & Wllyssys Wolfgang. 15m. 12 anos

                Amores de Chumbo (PE) | Dir. Tuca Siqueira. 98m. 12 anos

12 de novembro

14h30 – Vivi lobo e o quadro mágico (PR) | Dir. Isabelle Santos e Edu MZ Camargo. 13m. Livre

                Icamiabas (PA) | Dir. Otoniel Oliveira. 12m. Livre

                Hornzz (RJ) | Dir. Lena Franzz. 5m. Livre

                Lily’s Hair (GO) | Dir. Raphael Gustavo da Silva. 15m. Livre

19h30 – Nome de batismo Alice (PE) | Dir. Tila Chitunda. 25m. Livre

                Quando Craude no meu suvaco (PE). Dir. Duda Menezes, Fefa Lins. 3m. 10 anos

                Desyrrê (PE) | Dir. Coletiva. 12m. Livre

Entre Pernas (PE) | Dir. Ayla de Oliveira. 20m. 10 anos

13 de novembro

14h30 – Clandestino (SE) | Dir. Barush Blumberg. 24m. Livre

                A câmera de João (GO) | Dir. Tothi Cardoso. 22m. Livre

                O malabarista (GO) | Dir. Iuri Moreno. 11m. Livre

19h30 – O menino que morava no som (PE) | Dir. Felipe Soares. 19m. 12 anos

                Nova Iorque (PE) | Dir. Leo Tabosa. 23m. 10 anos

                Mucunã (PE) | Dir. Carol Correia. 20mm. Livre

14 de novembro

14h30 – Catadora de gente (RS). Dir. Mirela Kruel. 18m. Livre

                Quando as coisas desmancham (PR). Dir. Aristeu Araújo. 21m. Livre

                Isso me faz pensar (RS). Dir. Hopi Chapman. 25m. Livre

19h30 – Orin: música para orixás (BA) | Dir. Henrique Duarte. 73m. Livre

15 de novembro

14h30 – Poética de barro (MG) | Dir. Giuliana Danza. 6m. Livre

Cravo, lírio e rosa (RJ) | Dir. Maju de Paiva. 20m. 14 anos

Parda (RJ) | Dir. Tai Linhares. 29m. Livre

19h30 - Mateus (PE) | Dir. Dea Ferraz | 80m. Livre

Sesc Ler Goiana (Rua do Arame, s/n. Centro. Informações: 362.5961)

22 de novembro

14h30 - Quando a chuva vem? (PE) | Dir. Jefferson Batista. 8m. Livre

                Guerreiros da Rua (PE) | Dir. Erickson Marinho. 41m. Livre

19h30 – Até 10 (PE) | Dir. Gabriel Coêlho. 20m. Livre

Meu balão vai voar (PE) | Dir. Chia Beloto e Ruim Mendonça. 24m. Livre

Mangue Max (PE) | DIr. Chia Beloto e Ruim Mendonça. 24m Livre

23 de novembro

14h30 – O menino que morava no som (PE) | Dir. Felipe Soares. 19m. 12 anos

                Nova Iorque (PE) | Dir. Leo Tabosa. 23m. 10 anos

                Mucunã (PE) | Dir. Carol Correia. 20m. Livre

19h30 – Nome de batismo Alice (PE) | Dir. Tila Chitunda. 15m. Livre

                Quando Craude no meu suvaco (PE). Dir. Duda Menezes, Fefa Lins. 3m. 10 anos

                Desyrrê (PE) | Dir. Coletiva. 12m. Livre

Entre Pernas (PE) | Dir. Ayla de Oliveira. 20m. Livre

24 de novembro

14h30 – Vivi lobo e o quadro mágico (PR) | Dir. Isabelle Santos e Edu MZ Camargo. 13m. Livre

                Icamiabas (PA) | Dir. Otoniel Oliveira. 12m. Livre

                Hornzz (RJ) | Dir. Lena Ferraz. 5m. Livre

                Lily’s Hair (GO) | Dir. Raphael Gustavo da Silva. 15m. Livre

19h30 – Atrofia (PE) | Dir. Geisla Fernandes & Wllyssys Wolfgang. 15m. 12 anos

                Amores de Chumbo (PE) | Dir. Tuca Siqueira. 98m. 12 anos

26 de novembro

14h30 – Poética de barro (MG) | Dir. Giuliana Danza. 6m. Livre

Cravo, lírio e rosa (RJ) | Dir. Maju de Paiva. 20m. 14 anos

Parda (RJ) | Dir. Tai Linhares. 29m. Livre

19h30 – Galinhas no Porto (PE) | Dir. Caioz e Luís Henrique Leal. 20m. Livre

                Quem mora lá? (PE) | Dir. César Vieira, Conrado Ferrato e Rafael Crespo. 61m. 12 anos

27 de novembro

14h30 – Catadora de gente (RS) | Dir. Mirela Kruel. 18m. Livre

                Quando as coisas se desmancham (PR) | Dir. Aristeu Araújo. 21m. Livre

                Isso me faz pensar (RS) | Dir. Hopi Chapman. 25m. Livre

19h30 – Trópicos distantes (PE) | Dir. Marcelo Costa. 35m. 12 anos

                Deus te dê boa sorte (PE) | Dir. Jaqueline Farias. 22m. Livre

                Reforma (PE) Dir. Fabio Leal. 15m. 16 anos

28 de novembro

14h30 – Euller Miller entre dois mundos (PR) | Dir. Fernando Severo. 76m. Livre

19h30 – Mateus (PE) | Dir. Dea Ferraz. 80m. Livre

29 de novembro

14h30 - Quando a chuva vem? (PE) | Dir. Jefferson Batista. 8m. Livre

                Guerreiros da Rua (PE) | Dir. Erickson Marinho. 41m. Livre

19h30 – Fabiana (SP) | Dir. Brunna Laboissière. 89m. Livre

30 de novembro

14h30 – O céu dos índios Desâna e Tuiuca (AM) | Dir. Flávia Abtibol e Chico Moreira. 26m. Livre

                Vozes da memória (RO) | Dir. Raissa Dourado. 33m. Livre

Francisco (AC) | Dir. Teddy Falcão. 20m. Livre

Chamando os ventos: por uma cartografia dos assobios (PA) | Dir. Marcelo Rodrigues. 14m. Livre

19h30 – Navios de terra (MG) | Dir. Simone Cortezão. 70m. Livre

Sesc Casa Amarela (Av. Norte, 4490. Mangabeira. Informações: 3267.4400)

25 de novembro

15h - Quando a chuva vem? (PE) | Dir. Jefferson Batista. 8m. Livre

                Guerreiros da Rua (PE) | Dir. Erickson Marinho. 41m. Livre

19h – Atrofia (PE) | Dir. Geisla Fernandes & Wllyssys Wolfgang. 15m. 12 anos

Amores de Chumbo (PE) | Dir. Tuca Siqueira. 98m. 12 anos

26 de novembro

14h30 – Vivi lobo e o quadro mágico (PR) | Dir. Isabelle Santos e Edu MZ Camargo. 13m. Livre

                Icamiabas (PA) | Dir. Otoniel Oliveira. 12m. Livre

                Hornzz (RJ) | Dir. Lena Franzz. 5m. Livre

                Lily’s Hair (GO) | Dir. Raphael Gustavo da Silva. 15m. Livre

19h30 – Nome de batismo Alice (PE) | Dir. Tila Chitunda. 25m. Livre

                Quando Craude no meu suvaco (PE). Dir. Duda Menezes, Fefa Lins. 3m. 10 anos

                Desyrrê (PE) | Dir. Coletiva. 12m. Livre

Entre Pernas (PE) | Dir. Ayla de Oliveira. 20m. Livre

27 de novembro

14h30 – Clandestino (SE) | Dir. Barush Blumberg. 24m. Livre

                A câmera de João (GO) | Dir. Tothi Cardoso. 22m. Livre

                O malabarista (GO) | Dir. Iuri Moreno. 11m. Livre

19h30 – O menino que morava no som (PE) | Dir. Felipe Soares. 19m. 12 anos

                Nova Iorque (PE) | Dir. Leo Tabosa. 23m. 10 anos

                Mucunã (PE) | Dir. Carol Correia. 20mm. Livre

28 de novembro

14h30 – Catadora de gente (RS). Dir. Mirela Kruel. 18m. Livre

                Quando as coisas desmancham (PR). Dir. Aristeu Araújo. 21m. Livre

                Isso me faz pensar (RS). Dir. Hopi Chapman. 25m. Livre

19h30 – Orin: música para orixás (BA) | Dir. Henrique Duarte. 73m. Livre

29 de novembro

14h30 – Poética de barro (MG) | Dir. Giuliana Danza. 6m. Livre

Cravo, lírio e rosa (RJ) | Dir. Maju de Paiva. 20m. 14 anos

Parda (RJ) | Dir. Tai Linhares. 29m. Livre

19h30 - Mateus (PE) | Dir. Dea Ferraz. 80m. Livre

Serviço

3ª Mostra Sesc de Cinema

11 de novembro a 29 de novembro

Cine Teatro Samuel Campelo e unidades do Sesc Casa Amarela e Goiana

Gratuito

Um dos maiores circuitos de exibição de filmes no país, o Cinesesc, chega, este mês, a Jaboatão dos Guararapes. O Cine Teatro Samuel Campelo vai receber a programação do projeto, com filmes de classificação etária variada e exibições de manhã, tarde e noite. As sessões são todas gratuitas.

Nas terças à tarde, a programação será sempre destinada a refletir sobre o papel da mulher na sociedade. Dentre os filmes que serão exibidos nesses horários, estão Uma mulher fantástica, que fala sobre a vida de uma mulher trans e sua convivência com o preconceito.

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A programação geral vai até o dia 27 deste mês e contará, ainda com títulos como Wickie e o tesouro dos deuses; Guerreiros da rua; Divinas Divas; Gonzaga de pai pra filho; Raul, o início, o fim e o meio/ e Violeta foi pro céu. Escolas que desejam levar turmas de alunos podem agendar horários pelo email culturasescpiedade@gmail.com

Programação

19/03: 10h – Os guerreiros da rua (livre)

               14h30 – Divinas Divas (acima de 14 anos)

20/03: 14h30 – O menino do espelho (livre)

               19h – Raul, o início, o meio e o fim (acima de 12 anos)

26/03: 10h – O menino do espelho (livre)

               14h30 – Uma mulher fantástica (acima de 14 anos)

27/03: 14h30 - Wickie e o tesouro dos deuses (livre)

               19h – Violeta foi pro céu (acima de 14 anos)

Serviço

CineSesc

Até 27 de março

Cine Teatro Samuel Campelo (Praça do Rosário, 540 - Centro de Jaboatão)

Gratuito

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Mais uma promessa para a reinauguração do Cine Teatro Samuel Campelo, localizado na Praça Nossa Senhora do Rosário, em Jaboatão dos Guararapes. O equipamento, que foi prometido para ser entregue no mês de maio deste ano, agora será reaberto em novembro, segundo o secretário de Cultura, Isaac Luna. O espaço cultural está fechado há vinte anos e em reforma a aproximadamente cinco anos.

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No mês de abril de 2014, o mestre de obras Jânio José Bezerra falou, em entrevista ao Portal LeiaJá, que a conclusão da reforma iria ocorrer em três meses, uma vez que só faltavam alguns retoques, como parte da construção, a acústica e o mobiliário, porém isso não aconteceu. Após um ano e meio, a equipe de reportagem visitou o local e constatou que o espaço ainda está em fase de acabamento, como a instalação do forro acústico e o revestimento do piso na área interna.

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De acordo com o secretário de Cultura de Jaboatão dos Guararapes, vários aspectos dificultaram o andamento das obras, entre eles a desistência de uma empresa que havia vencido a licitação. A ausência de profissionais qualificados para instalação da iluminação e de acústica também foi apontada por Isaac Luna. “Tudo no âmbito público é complicado. Com isso (a desistência da empresa), a gestão teve que realizar um novo pregão e consequentemente fazer uma nova licitação”, explica.

Além deste problema, o gestor alega também que para conseguir uma empresa que fizesse o trabalho de acústica, iluminação e até a reforma, foi difícil. “A equipe da Prefeitura está acostumada a construir posto de saúde e habitacional. Esse tipo de reforma é bem mais complexa, são necessários conhecimentos técnicos, que envolvem aspectos ligados à acústica e iluminação voltados para um cine teatro”, defende. Confira a seguir o vídeo do secretário falando sobre a obra: 

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Ainda em entrevista ao Portal LeiaJá, Isaac abordou questões relacionadas à crise econômica e como a pasta pode ser afetada. “É notório que quando há uma crise econômica a primeira secretaria a ser afetada com a redução de investimento é a de Cultura, como aconteceu no Estado de Pernambuco com a Fundarpe, e em Jaboatão não será diferente. Vamos trabalhar no limite, pelo menos até o fim do mandato do prefeito”, prospecta. Quanto à gestão, diante da crise, Luna fala: “O jeito é levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima”. Em relação à abertura do Samuel Campelo, o secretário reforçou a previsão para o mês de novembro de 2015.

Conforme Luna, o espaço está sendo reformado e tem como o propósito de atender a todas as exigências técnicas de um espaço cultural, bem como de acessibilidade. Quanto à tecnologia audiovisual, ele relatou que haverá o projetor de 35mm, que foi doado pelo Cinépolis, e um digital, que já está licitado e foi adquirido pelo governo municipal.

Moradores incrédulos

Após tanto tempo fechado, os moradores da região estão incrédulos quanto à reinauguração do Samuel Campelo. A ambulante Silvana Maria de Almeida fala que mora próximo ao espaço cultural há 46 anos, relembra com saudade o funcionamento do local e lamenta a filha não poder ter a mesma oportunidade. “Praticamente, todos os filmes dos Trapalhões eu vi aqui no Cine Teatro. Era muito bom ter um local para ir perto de casa. Infelizmente, minha filha de 21 anos ainda não teve essa chance”, comenta.

O comerciante João de Oliveira destaca que não tem mais esperança de ver o espaço aberto novamente. “Essa reinauguração é tão prometida que já entrou para a história do teatro. Acho que a intenção do prefeito é transformar o local em um museu e só depois abrir”, critica. Compactuando do mesmo entendimento, o aposentado Sérgio de Oliveira desabafa: “Já era para estar aberto! Essa reforma está demorando uma eternidade! Sinceramente, agora só acredito vendo”.

A população precisa de locais em que possa exercer seu direito de acesso a bens culturais. Teatros, cinemas, museus, são espaços de encontro das pessoas com outras e com a cultura. Além da questão artística, os equipamentos culturais públicos, ao atrair um grande número de pessoas, também têm impacto na economia do entorno. Muitos são também patrimônio histórico e arquitetônico, trazendo mais uma dimensão para sua importância na vida da cidade.

O Recife e sua Região Metropolitana vêm sofrendo com casos crônicos de abandono de equipamentos culturais geridos pelo poder público. Alguns dos mais importantes espaços culturais - muitas vezes única opção de lazer e acesso à cultura da sua região - estão fechados há anos, quando não décadas, e alguns não têm sequer data para início das obras necessárias ao seu funcionamento. O LeiaJá foi ao Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes procurar saber como estão alguns dos mais importantes e simbólicos equipamentos culturais da Região Metropolitana.

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E o que encontrou foi espaços abandonados, obras que se arrastam há anos e promessas repetidas do poder público de entrega destes equipamentos culturais à população, que até agora não se concretizaram. Confira nesta reportagem especial como estão o Teatro do Parque e o Museu da Imagem e do Som - MISPE, no Recife, o Cine Teatro Samuel Campelo, em Jaboatão, e os cinemas Olinda e Duarte Coelho, em Olinda. Navegue pelos links para conferir as reportagens completas sobre todos estes espaços fechados para o acesso do público.

Em agosto deste ano, o Governo Federal contemplou o Estado de Pernambuco com R$ 171 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC Cidades Históricas para restauração e manutenção de patrimônios históricos. Recife ficou com R$ 78,4 milhões, Olinda com R$ 61,8 milhões e Fernando de Noronha com R$ 30,8 milhões. Confira a lista completa neste link.

A lista de obras no Recife contempla mercados, igrejas e museus. Fernando de Noronha se resumiu à restauração, conservação e revitalização de fortes, ruínas e pátios seculares. Olinda foi a maior beneficiada, com um total de 14 projetos aprovados. Estão contemplados casarões, igrejas, praças, bicas, ruas, mosteiros, o Palácio dos Governadores e o Cine Duarte Coelho, no bairro do Varadouro.

Olinda

O LeiaJá visitou as obras do Cine Olinda, no Carmo, e descobriu que estão adiantadas. Segundo o mestre de obras Marcolino da Silva, 80% da reforma está terminada, faltando detalhes de acabamento. ''Concluímos a parte mais pesada, como paredes e as partes hidráulica e elétrica. Esperamos entregar até o final de novembro'', afirmou Marcolino da Silva. As obras do Cine Olinda são de responsabilidade do IPHAN e não estão incluídas no PAC - Cidades Históricas. Segundo Fernando Medeiros, responsável pela obra, ela estará concluída até o final de dezembro deste ano.

Já o Cine Duarte Coelho está totalmente abandonado. Sem ninguém trabalhando, entregue à própria sorte. Nossa equipe esteve no local e encontrou um prédio destruído pelo tempo, tomado pelo mato e cheio de pichações. “Aguardávamos ansiosos pelos filmes. Assisti muitos de humor e bang bang. Era muito bom. Fico triste quando vejo o estado do Cine Duarte Coelho. O que não pode é ficar do jeito que está. É uma vergonha'', lamenta José Laurentino Ferreira, de 73 anos. A Prefeitura de Olinda, através de nota, informou que o projeto está em fase de licitação e que após a aprovação do plano de execução pelo IPHAN, a obra levará 12 meses para ser concluída, sem informar o prazo para ter início.

Confira a matéria completa sobre os cinemas Olinda e Duarte Coelho

Recife

Apesar do clamor da classe artística, o Teatro do Parque - fechado desde 2010 - não foi contemplado com a verba do PAC - Cidades Históricas. A Prefeitura do Recife, no entanto, pretende investir cerca de R$ 1 milhão na reforma do prédio. O dinheiro é suficiente, garantiu o presidente da FCCR, Roberto Lessa, já que a estrutura do teatro está sólida e não precisa de grandes intervenções.

Até agora, a obra não teve início, o que gera desconfiança por parte dos comerciantes próximos ao teatro. ''Não vi até agora nem uma telha entrando no local. Lamento que ele fique parado, já que ganhamos um dinheirinho maior quando ele funciona”, diz Joaquim Argemiro, que há 36 anos tem um bar na frente do Teatro do Parque. “É muito estranho só ter uma placa de obras na porta e nenhum operário'', diz, desconfiado, o comerciante. A Prefeitura do Recife promete entregar o Teatro do Parque à população em agosto de 2015, quando completa 100 anos.

Confira a matéria completa sobre o Parque

Jaboatão

O Cine Teatro Samuel Campelo é outro exemplo na demora em entregar equipamentos fechados de volta ao uso da população. Já são duas décadas fechado. A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes promete entregar o espaço cultural em dezembro deste ano e a reforma tem um custo total de R$ 5,6 milhões. O dinheiro vem do Ministério da Cultura, com contrapartida de R$ 500 mil da prefeitura.

Desde julho de 2011, jovens do Centro do Movimento Social Núcleo Educacionista de Jaboatão vêm acompanhando o andamento das obras e do processo de liberação dos recursos. "As obras estão devagar, não andam. Tem muito tempo que a população reclama que não existe lazer na cidade. Constatamos que a prefeitura não entregou documentos essenciais ao Governo Federal. Diante disso, só foi liberada uma parcela de R$ 500 mil para o teatro”, informa Gérson Vicente, líder do Grupo. A prefeitura rebate a informação.

Confira a matéria completa sobre o Samuel Campelo

Imagem e som

Outro exemplo de espaço público importante para a cultura fechado há muitos anos é o Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (MISPE). Desde 2007, o MISPE não está acessível à população. O casarão do início do século 19, que fica na Rua da Aurora, no centro do Recife, está abandonado e o acervo do museu abrigado na Casa da Cultura.

O LeiaJá esteve no local e não havia nenhuma pessoa trabalhando. A diretoria de gestão de equipamentos da Fundarpe informou à imprensa, em agosto desse ano, que a obra estava em curso, e que o prazo de entrega seria em 2014. Atualmente, o acervo do museu - que conta com mais de 6 mil peças - está disponível apenas a pesquisadores. E a situação não tem data para mudar.

Confira a matéria completa sobre o MISPE

*Edição: Felipe Mendes

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