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Neste domingo (14), Lia de Itamaracá, Patrimônio Vivo de Pernambuco e Doutora Honoris Causa pela UFPE, abre as portas  da Embaixada da Ciranda, um equipamento cultural voltado para a salvaguarda da sua história e à da ciranda. A sala vai funcionar no Forte Orange, localizado na Ilha de Itamaracá, e contará, também, com o Memorial Guardião, em homenagem ao ilhéu Zé Amaro, além de uma loja para a venda de CDs. A inauguração começa às 16h, com roda de ciranda e sessão de autógrafos. 

O espaço tem como objetivo resguardar as memórias que envolvem a trajetória de Lia, bem como a da própria ciranda. Montada com recursos próprios da artista, a Embaixada da Ciranda vai funcionar em uma sala no Forte Orange cedida pela Prefeitura de Itamaracá e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan. O projeto faz parte da requalificação do Forte, que concorre ao título de Patrimônio Imaterial da Unesco. Agora, a mestra cirandeira busca parceiros que possam ajudá-la a manter o local em atividade. 

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A Embaixada da Ciranda também abrigará o Memorial Guardião, que conta a história de Zé Amaro, ilhéu que cuidou do Forte Orange durante várias décadas. Além disso, o público encontrará uma loja com venda de CD's, camisetas, canecas e dos livros que contam sobre a trajetória de Lia de Itamaracá.

Na inauguração, neste domingo (14), haverá a tradicional ciranda de Lia, com a participação de outras cirandeiras convidadas. Antes, a cantora participa de uma tarde de autógrafos do livro 'Lia de Itamaracá' acompanhada do jornalista Marcelo Henrique Andrade, autor da biografia. Os ingressos para o show de inauguração da Embaixada da Ciranda podem ser comprados por R$ 50 e R$ 25 (meia-entrada) no Sympla e na bilheteria do Forte Orange. O show será transmitido pelo canal oficial de Lia de Itamaracá no YouTube. 

Para que o Recife possa celebrar o Ciclo Natalino 2021, com protocolos sanitários assegurados e esperança redobrada, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, abriu inscrições para a convocatória de habilitação de atrações artísticas; Destinadas a pastoris, grupos, folguedos e agremiações das tradições ligadas ao ciclo, como ciranda, pastoril, reisado, boi de Natal, além de bandinhas natalinas de cortejo e grupos de passistas, as inscrições são virtuais e devem ser feitas, até o próximo dia 5 de novembro, pelo site www.culturarecife.com.br.

O Núcleo de Cultura Cidadã, localizado no Pátio de São Pedro, Casa 39, oferecerá atendimento presencial para orientações e esclarecimentos sobre a convocatória. Também estará disponível aos proponentes, durante todo o período de inscrições, atendimento telefônico nos números: (81) 3224-3674 e (81) 3224-3660, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. O resultado será divulgado no dia 25 de novembro.

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A Prefeitura do Recife ressalta que a programação, a ser definida, para celebrar o Natal nas ruas e nos palcos da cidade, será formatada em função das determinações sanitárias vigentes.

“Mais do que nunca, queremos e precisamos esperançar, entrar em um movimento de acreditar e fazer, ao mesmo tempo, não apenas esperar, muito menos ficarmos imobilizados diante dos desafios. Ao contrário, eles nos pedem mobilização. Daí pode vir a superação, num momento em que desejamos tanto poder celebrar a vida, sem deixar de proteger e cuidar. O Ciclo Natalino representa tudo isso. Fazer o possível, seguir o necessário, sem abrir mão da homenagem às nossas tradições, reacendendo mais fortemente a esperança em dias cada vez melhores. Que ela renasça nos corações de cada um, pelas mãos de todos. Que seja assim o Natal no Recife”, declarou o secretário de Cultura, Ricardo Mello.

“Comemorar o Natal é um rito da tradição do povo do Recife. A festa do encontro e da natividade merece este ano um olhar especial, afinal vivemos na era dos sonhos possíveis e da delicadeza do cuidado com o outro. Desejamos os encontros, mas antes precisamos operar em favor da vida. Para a Prefeitura do Recife, comemorar o Natal é promover a saúde”, afirmou o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, José Manoel Sobrinho.

Programação formativa 

 Abrindo alas para o Ciclo Natalino 2021, começam nesta sexta-feira (29) as oficinas de preparação e sensibilização cultural para brincantes e público em geral, com todos os protocolos sanitários assegurados e controle de público. Até o próximo dia 5 de dezembro, serão oferecidas três oficinas gratuitas, cada uma com seis dias de duração e capacidade para atender até 20 pessoas. As aulas serão sempre de sexta a domingo, no Sítio Trindade, das 15h às 18h.

A primeira oficina, “Pisadas e Trupés”, será oferecida nos dias 29, 30 e 31 de outubro, 5, 6 e 7 de novembro, explorando as técnicas corporais do cavalo-marinho, folguedo popular típico de Pernambuco e da Paraíba. Originária da Zona da Mata Norte, a tradição natalina é feita de música e dança, sendo povoada por vários personagens da cultura popular, como Mateus e Catirina. As aulas serão conduzidas por João Lira, bailarino, coreógrafo, professor de danças populares, passista de frevo, quadrilheiro e brincante de cavalo marinho do Boi Matuto da Família Salustiano. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://forms.gle/5TdHK3i3drAyRyDXA.

Entre os dias 12, 13 e 14, 19, 20 e 21 de novembro, a oficina “Saxofonistas e a Jornada do Pastoril” convidará músicos de sopro a passear pelos diferentes estilos de pastoril, enredos e personagens típicos, estudando a função dos instrumentos de sopro em suas jornadas repertórios. Dedicadas a jovens e adultos que possuam flauta doce (Yamaha) ou instrumentos profissionais de sopro, as aulas serão ministradas pelo saxofonista, clarinetista, professor de música, arranjador, pesquisador, compositor e produtor musical Parrô Mello. Inscrições no link: https://forms.gle/n2iMB5wueicS9m4m9.

Com o tema “Teatralidade nos Folguedos Natalinos”, a terceira e derradeira oficina preparatória para o Ciclo Natalino 2021 será oferecida entre os dias 26, 27 e 28 de novembro, 3, 4 e 5 de dezembro, com o objetivo de propiciar, através de jogos dramáticos e teatrais, o contato inicial dos participantes com algumas tradições do período, estimulando a ludicidade, a integração de grupo, o compartilhamento de saberes e o conhecimento sobre músicas, danças e brincadeiras como o pastoril, reisado, ciranda e cavalo-marinho. A oficina destina-se a adultos e adolescentes com mais de 15 anos. E será conduzida pelo ator, encenador, dramaturgo e professor de teatro Quiercles Santana. Inscrições: https://forms.gle/yzCLTWXvveCReWJz6.

Informações: formacoesfccr@recife.pe.gov.br ou (81) 3355-8034.

*Via Assessoria de Imprensa

A ciranda do Nordeste é o mais novo Patrimônio Material do Brasil. O título foi aprovado na última terça (31), durante a 97ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido para o reconhecimento do ritmo tradicional tramitava desde 2014, quando foi solicitado pelo então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. 

O pedido para registro da ciranda enquanto patrimônio foi formalizado em 2014 por meio da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), responsáveis pela produção do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). Para tanto, foi enviado ao Iphan, à época, um inventário com documentos acerca de 38 grupos desta tradição. 

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Com o registro, a ciranda fica inscrita no Livro das Formas de Expressão. O objetivo da iniciativa é apoiar, fomentar e salvaguardar essa tradição. Agora, a ciranda ostenta o título de Patrimônio Cultural ao lado de outras expressões bem como o maracu de baque solto, maracatu de baque virado e o frevo, que teve seu registrado renovado por mais 10 anos na mesma reunião, na última terça (31). 

A cadência da ciranda de Lia de Itamaracá vai ganhar as ondas da internet no próximo sábado (15). É neste dia que a mestra cirandeira vai apresentar sua live, com exibição em seu canal do YouTube, às 20h. A apresentação online, além de matar a saudade do público, também servirá para arrecadar dinheiro para ajudar no custeio da própria live e na complementação da renda dos músicos, uma vez que Lia não dispõe de qualquer tipo de patrocínio. 

No show online, Lia vai dar continuidade ao que vinha fazendo nos shows da turnê Ciranda sem fim. Sob a produção do DJ Dolores, a cirandeira mostra toda sua versatilidade em uma apresentação que passeia por bregas, boleros e música romântica. A live terá cerca de 1h30 de duração e será transmitida a partir de um estúdio que fica em Casa Forte, na Zona Norte do Recife.

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Em atenção às normas de segurança contra o coronavírus, a mestra será acompanhada por três músicos apenas: o próprio DJ Dolores; a percussionista Aisha e o guitarrista Samico. No entanto, todo o dinheiro arrecadado com as doações será dividido para os demais músicos que a acompanham e estão sem trabalhar neste momento. Sem patrocínio, Lia e sua equipe contam com a solidariedade do público para manter viva sua tradição. 

Doações

As contribuições para Lia e seus músicos já podem ser feitas através de QR Code, Depósito ou Transferência Bancária. Mais informações podem ser obtidas pelas redes sociais da artista. 

Dados Bancários para doação:

Centro Cultural Estrela de Lia

Bradesco

Agência: 2399-0

Conta Corrente: 24434-1

CNPJ: 08.284.461/0001-45

Lia de Itamaracá promove uma grande roda de ciranda no Pátio de São Pedro, nesta sexta (8). A cirandeira comanda a audição pública do seu novo disco, 'Ciranda Sem Fim', a partir das 19h. A festa terá a presença de DJ Dolores, produtor do álbum; DJ Adriana Pax e o Som na Rural. 

'Ciranda Sem Fim' conta com 11 faixas e chega após um hiato de quase 10 anos sem lançamentos da mestra cirandeira. Seu último disco havia sido 'Ciranda de Ritmos', em 2010 que também só chegou ao público uma década após 'Eu sou Lia', de 2000. Já o primeiro registro fonográfico da mestra havia sido feito em 1977, com 'Rainha da Ciranda'. 

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O quarto disco de Lia de Itamaracá foi lançado em todas as plataformas digitais no último mês de outubro. Após a audição desta sexta (8), a nova Doutora Honoris Causa se apresenta no Festival Coquetel Molotov, no dia 16 de novembro, e, em seguida, sai em turnê levando sua ciranda pelos quatro cantos do Brasil.

Serviço

Audição de 'Ciranda sem Fim', de Lia de Itamaracá

Sexta (8) - 19h

Pátio de São Pedro

Gratuito

Na manhã desta terça-feira, a cirandeira Lia de Itamaracá, 75 anos, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco, em cerimônia no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções. A solenidade teve a presença do Reitor Anísio Brasileiro.

A concessão foi aprovada por unanimidade no último dia 9, em reunião do Conselho Universitário, na Reitoria da UFPE.

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*Com informações da assessoria

A cirandeira Lia de Itamaracá, uma das mestras mais importantes da cultura pernambucana, está de viagem marcada para São Paulo. Ela será uma das próximas entrevistadas do programa Conversa Bial. Lia grava sua participação na atração no dia 6 de setembro.

Aos 75 anos de vida, ela tem muita história para contar. Sobretudo, a respeito de seu trabalho com a ciranda, ritmo tradicional da cultura popular pernambucana. A mestra tem levado a tradição para diversos lugares do país e do mundo e seus esforços têm sido reconhecidos com honrarias e títulos, como o de Patrimônio Vivo de Pernambuco e, o mais recente, de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal de Pernambuco.

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No programa de Pedro Bial, ela vai contar um pouco de sua trajetória. No mesmo dia, a cirandeira se apresenta no Sesc Pinheiros, na capital paulista, e participa de uma noite de autógrafos da dia biografia ao lado do autor da obra, o jornalista pernambucano Marcelo Henrique Andrade.

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Lia de Itamaracá, mestra cirandeira considerada uma das mais importantes vozes da cultura popular pernambucana, acaba de ganhar um novo reconhecimento. A mestra foi escolhida, por unanimidade, pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para receber o título de Doutor Honoris Causa. A data de entrega será marcada em breve.

A proposta está baseada no artigo 96 do Estatuto da UFPE, que prega que o "título de Doutor Honoris Causa será concedido à personalidade eminente que tenha contribuído para o progresso da Universidade, da região ou do país ou que se distinguiu pela sua atuação em favor das ciências, das letras, das artes ou da cultura em geral". 

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A cirandeira falou, com exclusividade ao LeiaJá, sobre a emoção em receber o título. "Pra mim é muito importante, me sinto muito grata, isso aí é tudo em reconhecimento do meu trabalho e minha luta, com a música, com a cultura. Me sinto muito feliz".

Lia também revelou que acredita que o título possa ajudá-la a expandir o seu trabalho com a cultura ainda mais e, até mesmo, conseguir as melhorias pelas quais luta há tanto tempo para seu Centro Cultural Estrela de Lia, localizado na Ilha de Itamaracá. "Acho que vai me ajudar, é um caminho aberto para eu seguir".

Aos 75 anos, Lia continua trabalhando na promoção da tradição da Ciranda. A mestra é Patrimônio Vivo de Pernambuco e em 2004 recebeu da Presidência da República o grau de comendadora da Ordem do Mérito Cultural, ao lado de artistas como Caetano Veloso e Maurício de Sousa. 

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No próximo sábado (27), a partir das 23h, na 29ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns, Mariene de Castro vai agitar o público com muito samba. Para dividir os vocais no show, a baiana convidou Lia de Itamaracá para se apresentar com ela na Praça Mestre Dominguinhos.

Mariene e Lia irão repetir a dose da parceria que fizeram durante o Festival Ilumina, em Goiás, no mês passado. Para o último dia do FIG, as duas cantoras prometem animar as pessoas com a fusão da música baiana e pernambucana. A ideia é que uma grande roda de ciranda seja formada no pátio do evento.

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Aproveitando a ocasião, Lia de Itamaracá vai lançar a sua biografia, às 18h, na Praça da Palavra, Centro de Garanhuns. Lançado na 20ª Fenearte, no dia 13 de julho, o livro que conta a trajetória da cirandeira foi escrita pelo jornalista Marcelo Henrique Andrade. 

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Entre os dias 3 e 14 de julho, a Fenearte será realizada no Centro de Convenções de Pernambuco homenageando a ciranda. Em sua 20ª edição, a feira vai destacar nomes que popularizaram o ritmo, como Lia de Itamaracá, Patrimônio Vivo de Pernambuco, Dona Duda e Mestre Baracho, falecido em 1988. Reforçando a tradição cultural do Estado, a Fenearte terá em 2019 cinco mil expositores de 21 países.

De acordo com o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o evento exalta a resistência da manifestação artística, além de reforçar a geração de renda e emprego. A expectativa é que a movimentação financeira deste ano supere os R$ 43 milhões da edição passada.

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Espalhados em uma área de 30 mil m², os expositores serão distribuídos em 800 espaços. Com investimento de R$ 5,5 milhões, os 11 dias da feira vão contar com cerca de 300 estandes, sendo eles representados pelos pernambucanos. No total, Pernambuco terá uma participação de 70% no evento. Na programação, o público poderá conferir oficinas inéditas de saberes ancestrais, palestras, desfiles de moda, mostra de decoração, teatro infantil, entre outras atrações.

Na praça de alimentação, estarão disponíveis aproximadamente 14 restaurantes. Serão oferecidos cinco foodbikes, 18 estandes e quatro quiosques de alimentação artesanal. Pela terceira vez, a Fenearte contará com aplicativo para iOS e Android. A ferramenta foi desenvolvida pelos alunos da rede pública Escola Técnica Estadual Ariano Villar Suassuna, em Garanhuns, no Agreste pernambucano. 

As pessoas que pretendem conferir a 20ª edição da Fenearte poderão estacionar os automóveis no Centro de Convenções e Fábrica Tacaruna. Das 7h à 0h, os condutores dos veículos de passeio irão desembolsar R$ 8. 

Para quem optar em deixar o carro em casa, a feira vai oferecer traslado gratuito, que sairá do Shopping Tacaruna, no bairro de Santo Amaro, das 13h às 23h, de segunda a sexta, e das 9h às 23h, aos sábados e domingos. O Shopping RioMar, na Zona Sul do Recife, também vai contar com coletivos saindo para o evento nos mesmos horários do Shopping Tacaruna. 

Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia), de segunda a quinta-feira, e R$ 12 e R$ 6 (meia), de sexta-feira a domingo. A programação completa está disponível no site da Fenearte.

'Ninguém solta a mão de ninguém'. A frase que virou grito de guerra entre internautas de diferentes localidades, gêneros e classes sociais, ao redor do Brasil, recentemente, há muito já era conhecida em Pernambuco. O Estado é berço da ciranda, dança circular em que os participantes dançam de mãos dadas e que pode ser classificada como uma das mais democráticas manifestações culturais brasileiras.

Na roda de ciranda brincam crianças, adultos e velhos, independente de sua cor de pele, crenças e contas bancárias, lado a lado. Organizando a brincadeira, estão os mestres e mestras, detentores da ciência tradicional e de um senso de resistência que só pode ser explicado por eles mesmos.

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Mestre Santino Cirandeiro tem 78 anos de vida e 62 de ciranda. Ele lembra com saudade dos tempos de menino em que ia brincar a ciranda na "casa de um e de outro", depois do trabalho pesado nos engenhos de cana de Nazaré da Mata, cidade onde mora até hoje. O cirenadeiro conta que os trabalhadores rurais e moradores do entorno se juntavam - entre eles, muitas mulheres que ajudavam a cantar, uma vez que não havia músicos para tocar qualquer instrumento. A 'apresentação' se dava a troco de bolo e cachaça e prosseguia até o raiar do dia.

Foi nessas festas, nas casas dos vizinhos e conhecidos, que Santino teve vontade de cantar também. Na escola, ele escrevia cirandas quando a professora pedia trabalhos e esperou a reticência do pai - preocupado pela pouca idade do menino - acabar para entrar de vez na brincadeira. Isso aconteceu quando o jovem chegou aos 15 anos. "Eu chegava numa ciranda pedia pra cantar, o mestre deixava... Naquilo eu fui e cheguei a ser o dono da minha própria ciranda, até hoje", conta o mestre da Ciranda Popular, grupo criado em 1989.

Daquele tempo para cá, algumas coisas mudaram para o mestre cirandeiro. Mas nem todas. Ele hoje se orgulha de poder registrar sua música gravando discos. "Agora tem uma coisa melhor do que antes, era que quando a gente brincava ninguém falava em gravar nada. Ninguém sabia de nada, tudo matuto dos engenhos. Hoje, por outro lado, você vai cantar e o pessoal vai gostando e você vai achando bom e daí a pouco você grava um CD", conta Santino, que já tem três trabalhos gravados.

O que não mudou muito é a invisibilidade dos artistas populares. Mesmo sendo ele o mestre mais antigo em atividade no segmento da ciranda, com viagens internacionais no currículo e o trabalho de 30 anos da Ciranda Popular, Santino é mais um expoente da cultura pernambucana a lamentar a falta de apoio e reconhecimento. "Eu até agora não ganhei nada. A não ser, o dinheiro de quando a gente brinca, eu recebo. Mas, de bondade, de homenagem, nada. A cultura, não sei porque ela é tão sem ajuda. Os mestres, os artistas, merecem, a cultura merece ajuda, a pessoa vai ficando velha, não pode mais cantar, devia ter uma ajuda, mas até hoje, nada".

O mestre Santino  pensa às vezes em calar sua ciranda e parar. Diabético e próximo de completar 80 anos, ele se diz cansado e preso a um dilema. "É complicado mas o interessante é que a gente gosta dela. Às vezes, eu não vou brincar, dia de sábado, quando a gente vai dormir, que eu tô deitado e ouço o bombo, a bateria, aquilo me dá uma agonia uma vontade, eu digo: 'eu vou pra ciranda', a mulher diz: 'pra onde tu vai essa hora?'; é porque a gente se acostumou com aquilo, acha que vai morrer com aquilo".

Lia de Itamaracá, outra grande mestra cirandeira, apontada como a "diva da música negra", pelo jornal americano The New York Times, também se vê fazendo ciranda para sempre. "Eu não desisto, não; eu vou lutar até ‘Mané’ chegar. Enquanto ‘Mané’ não chegar eu não paro. Quero chegar aos 100 anos", diz a cirandeira de 75, Patrimônio Vivo de Pernambuco. Ela tem lugar de destaque na cultura popular pernambucana, sendo a responsável por levar o nome do Estado e as tradições que aprendeu nas areias da praia de Jaguaribe a todo o mundo.

Mesmo sendo muito festejada em outros lugares do país e de fora dele, a mestra se ressente da pouca ou quase nenhuma assistência que recebe em seu próprio lugar. "Eu me sinto acorrentada, sem poder fazer nada. Todo dinheiro que a gente pega, a gente joga aqui (em seu centro cultural). Se for esperar os mestres morrerem, é o que tá acontecendo. Assinou a lei da ciranda, tá certo, e os mestres que estão parados"?

Ela se refere à Lei nº 77/2019, de autoria do deputado estadual Waldemar Borges, que institui o dia 10 de maio como o Dia Estadual da Ciranda. A data faz referência ao nascimento do Mestre Baracho, considerado um dos maiores cirandeiros pernambucanos, mas não foi recebida com tanto entusiasmo nem por Lia, nem pelo Mestre Santino: ambos acreditam que pouco ou nada irá mudar após a instituição do dia comemorativo. Uma das filhas de Baracho, Dona Severina, a Biu, canta com Lia, além de manter seu próprio grupo com a irmã, As Filhas de Baracho.

Lia luta pela retomada do funcionamento de seu espaço cultural, o Estrela de Lia, localizado na praia de Jaguaribe, em Itamaracá. Desativado desde 2015, quando fortes chuvas derrubaram toda sua estrutura, o espaço aguarda a liberação de uma verba de aproximadamente R$ 250 mil, segundo a cirandeira, presa na prefeitura local, para a construção de banheiros, camarins, palco e salas de aula, para que o lugar possa retomar suas atividades educativas e artísticas.

Enquanto esperam que a iniciativa pública local, e até mesmo a privada, deem as mãos para fortalecer suas cirandas, os mestres continuam em seu movimento de resistência, motivados pelo amor que sentem por sua cultura. Eles vão se alimentando do prestígio que conquistaram fora de casa, motivo de orgulho e de manutenção do seu trabalho. "A gente praticamente é mais divulgado lá fora do que no próprio lugar que mora", diz Lia; “Somos muito bem recebidas (lá fora), nunca vi gente pra gostar tanto de ciranda como lá no Rio”, comenta Dona Severina; ao que o Mestre Santino completa: “Eu já andei um bocado, já conheci quatro países de fora, Portugal, França, Inglaterra e Itália. Me tratam como se eu fosse de lá mesmo”.

Independentemente da pouca assistência e reconhecimento, esses mestres continuam de mãos dadas com sua cultura. Segurando com força a ciranda à qual tanto se dedicam para que nunca se deixe de cirandar.

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Fotos: Júlio Gomes/Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Um dos ritmos mais tradicionais da cultura pernambucana, a ciranda, tem, agora, um dia para chamar de seu. A data 10 de maio foi instituída como o Dia Estadual da Ciranda, por meio da Lei n° 77/2019. Nesta sexta (10), mestras e mestres cirandeiros estiveram no Palácio do Campo das Princesas para participar da solenidade que regulamentou a data.

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A lei de autoria do deputado estadual Waldemar Borges foi assinada, nesta sexta-feira (10), pelo governador Paulo Câmara. Na cerimônia, estiveram presentes grandes nomes da ciranda como Lia de Itamaracá e Cristina Andrade, reconhecidas como Patrimônios Vivos do Estado, e os mestres Zé Duda, Juares, Bi, João Limeiro, Arnaldo e Dona Bel, entre outros.

Além disso, o evento revelou os nomes que serão homenageados na 20ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato, a fenearte, que acontece entre os dias 3 e 14 de julho. Este ano, as honrarias vão para o legado artístico do Mestre Baracho, Mestre Duda e Lia de Itamaracá.

 

Marcada para acontecer no dia 14 de abril, às 16h, no Recife Antigo, a primeira edição da Festa do Azougue enaltece os ritmos de Pernambuco. Exaltando o maracatu, a ciranda e o cavalo marinho, o evento recebe os músicos Maciel Salú e Anderson Miguel.

Conhecidos por disseminarem no palco a cultura típica da Zona da Mata Setentrional de Pernambuco, os músicos também trabalham na manutenção e preservação da tradição como deve ser vivenciada nos terreiros. Maciel Salú, compositor e idealizador da Festa do Azougue, apresenta o show do seu quinto álbum solo intitulado “Liberdade”. Já Anderson Miguel, jovem que vem se destacando com sua ciranda e também como Mestre de Maracatu Rural na Mata Norte, apresenta o show do disco “Sonorosa”.

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O evento será realizado no SinsPire, localizado em frente à Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife. Os ingressos custam R$ 25 antecipado pelo site da Sympla e R$ 30 no dia diretamente na bilheteria do evento.

Serviço

Festa do Azougue

14 de abril | 16h

SinsPire (Rua da Guia, 234 – Praça do Arsenal, Recife Antigo)

R$25

*Com informações da assessoria

O entardecer no Alto da Sé, um dos pontos turísticos mais visitados de Olinda, vai ganhar mais um atrativo. O projeto Ciranda do Pôr do Sol vai levar o ritmo autenticamente pernambucano para o local convidando turistas e moradores para dançar.

A programação acontecerá de quarta a sábado, sempre das 17h às 18h. O objetivo é levar um pouco da cultura tradicional do Estado para quem estiver curtindo o pôr do sol no Sítio Histórico olindense. O evento é aberto ao público e acontece em frente à Catedral da Sé.

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Amanhã é dia de festa para os fãs da considerada Rainha da Ciranda, Lia de Itamaracá. Nesta sexta-feira (11), no Recife Antigo, será lançado o livro “Lia de Itamaracá: 75 anos cirandando com resistência, sorrisos e simplicidade”. O evento acontece, a partir das 17h30, no Espaço Sinspire, localizado no Recife Antigo. 

A obra reúne momentos que sobre a vida da cantora e compositora, que estavam guardadas até agora como o casamento com o músico Toinho, a difícil relação com o poder público e a luta para manter de pé um trabalho voltado para a cultura popular.

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O livro de memórias reúne textos que foram extraídos do livro-reportagem “O mito, a mulher, a ciranda”, do jornalista pernambucano Marcelo Henrique Andrade, conterrâneo também é da Ilha de Itamaracá. O trabalho é o produto final do Mestrado em Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba, concluído em 2018. “As pessoas sabem quem é a artista Lia, a cantora que está no palco ou fazendo ciranda. Poucos sabem que é a mulher, a resistente e a história de vida que ela carrega”, conta

 A curadoria é de Maria Luciana Nunes, criadora do Sinspire Hub, com apoio da Jeep, que se propôs a incentivar o material comemorativo. “O coletivo é capaz de realizar muitas coisas. Esse trabalho é resultado do encontro de diversas pessoas e da Jeep, que se disponibilizaram para homenagear um ícone da nossa cultura. Lia merece todas as homenagens”, ressaltou Luciana. 

No evento também haverá uma exposição do fotógrafo Alfeu Tavares e de objetos da cirandeira como vestidos usados nos shows. Ainda será exibido sessões de cinema no Cine Lia, com curtas que contam a história da Negra Cirandeira. As exibições serão entre às 10h30 e 11h da manhã e das 16h às 18h até o fim da exposição. 

O acesso à exposição e aos shows terá uma entrada simbólica de R$ 15. Todo o dinheiro arrecadado com a bilheteria e com a venda do livro será revertido para as ações sociais e culturais do Centro Cultural Estrela. 

A organização “Mães pela Diversidade” promove uma ciranda no Parque da Jaqueira, na Zona Norte do Recife, a partir das 14h. O evento tem como mote a frase “ninguém solta a mão de ninguém”, que circulou nas redes sociais de mulheres, negros e LGBT’s, logo após o resultado das eleições, que levaram Jair Bolsonaro (PSL)- que tem muitas de suas falas consideradas homofóbicas, racistas e machistas pelos movimentos sociais- ao cargo mais alto do executivo nacional.

De acordo com a coordenadora das “Mães pela Diversidade”, Gi Carvalho, boa parte da comunidade LGBT recebeu com medo a notícia de que o candidato ultradireitista vencera a eleição. “A ideia é que os meninos, depois da angústia de perder a eleição, não se sintam acuados, amedrontados ou com medo de sair de casa. A ideia do evento é promover o encontro de pessoas que estão do nosso lado, sem medo de vestir as cores da bandeira da diversidade”, comenta ela.

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Serviço

Dia: Sábado (3)

Hora: 14h Local: Parque da Jaqueira, Jaqueira, Recife

Entrada: Gratuita.

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Começaram neste sábado (22) e vão até o ultimo dia do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) as atrações do Palco da Cultura Popular Ariano Suassuna, em Garanhuns, Agreste de Pernambuco. A coordenadora do palco, Teca Carlos, resumiu o espaço como "um grande painel da diversidade cultural do Estado de Pernambuco". 

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As atrações do primeiro dia, por exemplo, vão do Cais ao Sertão. Há o grupo de xaxado de Serra Talhada, no Sertão, ciranda de Glória do Goitá, Mata Norte de Pernambuco, e um cortejo de blocos líricos do Recife, Camaragibe e Olinda. 

Outros ritmos estão presentes ao longo dos dias, como o maracatu e o coco. A ideia do Palco da Cultura Popular veio do Mestre Salustiano, que chegou a coordená-lo em seus primeiros anos. 

Nesse sábado (29), a Torre Malakoff recebe o projeto "Ciranda da Gente", uma grande roda cultural promovida pelo Sesc Casa Amarela, que começa às 15h.  

O nome vem justamente da ideia de que, assim como na ciranda todos se dão as mãos, nesse evento todos possam juntar suas sonoridades e estilos de viola brasileira em um só espaço. 

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Na programação haverá apresentações artísticas e uma oficina ministrada pelo professor de viola de dez cordas do Conservatório Pernambucano de Música Aldemo Arcoverde, mostrando as variedades sonoras das violas.

Entre o artistas convidados estão o grupo Bando de Violas, formado por Adelmo, para se apresentar às 17h com um repertório fundamentado na cultura popular. Em seguida, entra o grupo Rabecado, às 18h30, trazendo sons do xote, baião, carimbo, coco e samba.

Serviço

Ciranda da Gente

Sábado (29) | 15h

Gratuito

Torre Malakoff (Praça do Arsenal, s/n, Bairro do Recife)

Chegou a hora de partir. As embarcações, que estiveram no Cabanga Iate Clube à espera da 28ª edição da Regata Recife-Fernando de Noronha, já podem comemorar. Neste sábado (24), a Refeno terá sua largada ao meio dia no Marco Zero, com destino ao arquipélago. Este ano, 52 embarcações estão confirmadas na disputa, incluindo a atual bicampeã Camiranga e o Parati II, do renomado Almyr Klink.

Veleiros de 11 estados e três países (Estados Unidos, França e Argentina) irão competir na regata de 2016, que é a 28ª edição. Os 389 tripulantes, divididos em nove classes, multicascos (Catamarã e Mocra) e monocasco (RGS A, RGS B, ORC, Aberta, Bico-de-Proa, Aço e Turismo), vão encarar 292 milhas náuticas, o equivalente a 545 quilômetros, entre céu e mar. Para tal façanha, todas as embarcações passaram por inspeção de segurança e a Marinha acompanhará de perto o trajeto inteiro com barcos de apoio e o navio-veleiro Cisne Branco, que será o último a deixar o porto.

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Para tornar mais efetivo o deslocamento das embarcações, a organização da regata dividiu as largadas por etapas e os prováveis Fita Azul estão no último grupo, que sai do Marco Zero às 13h. Confira a lista de embarcações, divididas por grupos:

GRUPO 1 (12h)

LEXUS/MANTRA

AVATAR

BOLERO II

PANDA II

LEOA

ITAJAÍ SAILING TEAM

TALISMANN 

LABADEE

LAVIENROSE 1

PANGEIA TRAVESSIAS OCEÂNICAS

TORO

CORA MAE

PARATII 2

ALLEGRO XIII

WISDOM

GRUPO 2 (12h30)

RECREIO X

PRIX

TEMPO

CURIMAM

WANDA DUQUE

DIBOA

TANTOMAR

AYA

CAUDILLO

KANKU DAI V

AUDAZ

FRATELLI

FUGA IV

KARPALEO

TA LENTO

FISKER

GRUPO 3 (13h)

CAMIRANGA

SANTA MARIA X

ANGELIQUE II

TANGAROA 1

DENISE III

ANGELA STAR VI

LAVIE

BOTO IV

AVENTUREIRO 3

YAKARE

DADU

MARUJOS

LEXUS/MIRAGEM

VORAI 2

JAHÚ 2

ALOHA XIII 

CIRANDA

A TRAVESSIA

AVOADOR ²

PAPANGU

Também presente no Ciranda da Pessoa Idosa, evento promovido pelo candidato à Prefeitura do Recife João Paulo (PT), o canto Claudionor Germano definiu o episódio envolvendo o petista e o economista Bruno D´Carli, nesta terça (8), como absurda. “É o que eu chamo de desespero de causa. João Paulo está mostrando uma caminhada vitoriosa, então, essa é a reação absurda que não merece comentário. É o desespero que está chegando”, disparou.

Para Claudionor, João Paulo já demonstrou que é o candidato mais preparado. “Ele já nos deu a sua demonstração enquanto esteve na direção da Prefeitura do Recife. Vamos em frente, que atrás vem gente. Vou acompanhar e apoiar João Paulo”, ressaltou o artista.

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Vários políticos também mostraram solidariedade após o ocorrido. O prefeito do Recife e candidato a reeleição, Geraldo Julio, se posicionou nas redes sociais. “Chegou ao meu conhecimento que o candidato João Paulo sofreu agressões num shopping da cidade. Sou contra qualquer tipo de violência e presto aqui minha solidariedade ao candidato João Paulo”. 

O vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, também disse desprezar o fato acontecido. “Repudio firmemente a agressão da qual foi vítima o amigo João Paulo, hoje, no RioMar. Manifestação explícita de ódio fascista”.

O presidente estadual do PTB, José Humberto Cavalcanti, também se manifestou por meio de nota. “Gostaria de expressar a solidariedade do Partido Trabalhista Brasileiro ao nosso ex-prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva, mais uma vítima de agressão e da intolerância daqueles que não entendem o conceito de democracia. Episódios como esse demonstram que ainda temos muito a evoluir enquanto sociedade, mas temos a certeza de que João Paulo, que já foi vítima de outras atrocidades ao longo de sua vida pública, crescerá mais uma vez após este episódio”.

 

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