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Um policial compareceu, nesta quinta-feira (21), perante a justiça francesa por jogar uma pedra contra os “coletes amarelos”, no primeiro julgamento contra um agente depois de inúmeras queixas de violência policial nos protestos antigovernamentais que abalam a França há um ano.

A audiência é realizada alguns dias após o primeiro aniversário desse movimento popular, que no sábado (16) voltou a mobilizar milhares de manifestantes em toda a França, em um dia que resultou em fortes distúrbios e confrontos com a polícia, especialmente em Paris.

Os “coletes amarelos” acusam a polícia de utilizar táticas brutais para reprimir o movimento, especialmente o uso de balas de borracha que, segundo uma compilação do jornalista independente David Dufresne, custaram a perda de um olho a pelo menos 24 pessoas.

O agente, que ainda está em serviço, deve responder às acusações de “violência deliberada por parte de uma pessoa que ocupa um cargo de autoridade pública”.

Ele pode ser condenado a até três anos de prisão e uma multa de 45.000 euros.

Em situações semelhantes, um “colete amarelo” de 34 anos foi condenado a oito meses de prisão no início do ano.

"Quem lhes autorizou a nos mutilar pelo resto da vida?", questionou uma manifestante aos policiais que acompanhavam um protesto dos "coletes amarelos mutilados", neste domingo em Paris.

Entre 300 e 400 manifestantes protestavam en calma contra "as mutilações policiais", pedindo a proibição das balas de borracha e de algumas granadas lacrimogêneas, "inutilmente perigosas".

Segundo os organizadores, desde o início deste movimento de protesto contra o governo de Emmanuel Macron, em 17 de novembro, "23 pessoas ficaram sem um olho, cinco perderam uma mão, utra teve um testículo amputado, uma perdeu o sentido do olfato e outras dez" sofreram ferimentos graves.

O Ministério do Interior informou, em meados de maio, que 2.448 manifestantes e 1.797 agentes de polícia tinha ficado feridos até então.

"Os culpados devem ser punidos, quer sejam os mandantes, se deram a ordem de fazer este tipo de dano às pessoas, ou os polícias que fizeram-no por iniciativa própria", afirmou Antoine Boudinet, que perdeu uma mão em dezembro em Bordeux (sudoeste) com a explosão de uma granada lacrimogênea, que ele segurou.

Do seu lado lado, Dylan, de 18 anos, que ficou gravemente ferido em um olho pela explosão de uma granada no fim de abril em Montpellier (sul), narrou: "Tudo na minha vida mudou. Por exemplo, tinha que fazer minha prova de direção e já não posso".

Apesar da menor adesão de manifestantes nas últimas convocações, grupos de "coletes amarelos" voltaram a protestar neste sábado, pela 27ª semana consecutiva, dando sequência à mobilização social que completa seis meses.

Cerca de três mil manifestantes saíram às ruas na França, sendo que mil protestaram em Paris, segundo dados do ministério do Interior.

A mobilização que começou há seis meses, e que agora registra uma queda no número de participantes, gerou a pior crise enfrentada pelo presidente francês Emmanuel Macron desde que assumiu o cargo em maio de 2017, gerando uma forte perda de popularidade do chefe de Estado.

Os protestos deste sábado acontecem a uma semana das eleições europeias (previstas para 26 de maio), nas quais a lista de candidatos do governo lidera as pesquisas, pouco à frente dos indicados pela extrema-dirreita, liderada por Marine Le Pen.

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O "coletes amarelos", que nas marchas sindicais de 1o. de Maio reuniram na quarta-feira entre 150.000 e 300.000 pessoas na França, voltaram às ruas neste sábado para dar um novo impulso à mobilização.

O movimento, que a cada fim de semana desde meados de novembro se manifesta contra a política social e fiscal do governo, foi perdendo força ao longo dos meses.

Neste sábado, autoridades anunciaram 23.600 participantes nos protestos, um número muito menor do que os anteriores.

Para este sábado, várias centenas de pessoas disseram que participarão dos vários eventos organizados em toda a França, anunciados no Facebook.

Em Paris, a prefeitura autorizou três manifestações. Além disso, foi planejada uma "ocupação" festiva do aeroporto Charles de Gaulle, no norte de Paris, para pedir "o cessar da venda do aeródromo".

Esses protestos ocorrem três dias após os distúrbios ocorridos entre manifestantes e forças de segurança em 1º de maio.

Neste sábado, os policiais estendeeram sua ordem proibindo demonstrações na Champs Elysees, e em um perímetro que inclui a Assembleia Nacional, o Palácio do Eliseu e da área da catedral de Notre Dame, destruída em parte por um incêndio no meio da abril.

Pelo 23º sábado consecutivo, os coletes amarelos saíram à ruas para mais um protesto contra o governo francês. Houve confronto com a polícia. De acordo com a agência Deutsche Welle, os confrontos ocorreram após manifestantes vestidos de preto atiraram pedras em policiais e atearam fogo em motocicletas e latas de lixo no centro da cidade.

A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar. Até o início da tarde, pelo menos 126 pessoas foram presas, 11 mil passaram por identificação, informou a promotoria de Paris. Segundo o Ministério francês do Interior, os protestos reuniram cerca de 9.600 manifestantes em todo o país, sendo 6.700 em Paris.

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No ato deste sábado, manifestantes criticaram o fato de o incêndio na Catedral de Notre-Dame ter provocado uma comoção nacional e doações de milionários do país para reconstrução do monumento.

"Milhões para Notre-Dame, e para nós, os pobres?", dizia um cartaz.

A capital francesa continua em estado de alerta após serviços de inteligência apontarem a presença de pessoas entre os manifestantes com intenção de causar estragos e promover atos violentos em Paris, Toulouse, Montpellier e Bordeaux – como ocorreu em 16 de março.

Os manifestantes estão proibidos de protestar na região próxima à Notre-Dame. Estações de metrô de Paris estão fechadas e cerca de 60 mil policiais foram mobilizados.

As manifestações tiveram início em novembro do ano passado. A lista de reivindicações dos coletes amarelos, que reúnem franceses e imigrantes,é ampla, incluindo tanto questões de proteção ambiental, como a demanda por melhorias salariais.

*Com informações da RTP e Deutsche Welle

Os "coletes amarelos" voltaram às ruas na França neste sábado (30), no vigésimo dia de mobilização, apesar da proibição em alguns locais de manifestar ante o medo de novos confrontos.

Após os distúrbios e vandalismo na Champs-Elysées de Paris em 16 de março, a polícia da capital francesa voltou a banir os protestos na famosa avenida, bem como num perímetro incluindo o Palácio do Eliseu e a Assembleia Nacional.

Duas manifestações e quatro aglomerações foram declaradas, informou a polícia em um comunicado, sem especificar os locais.

Ao meio-dia, cerca de 300 manifestantes estavam reunidos em frente à Gare de l'Est, em Paris. "Nós viemos pelas mesmas razões que em 17 de novembro (o primeiro dia de mobilização). Nós não conseguimos nada desde então", disse à AFP Nadine, de 51 anos, que trabalha em Drancy (região de Paris).

"Emmanuel Macron, idiota, vamos pegá-lo em casa", cantavam dezenas de "coletes amarelos". Muitos colaram seu título de eleitor rasgado em seus coletes, poucas semanas antes das eleições europeias de maio.

Os manifestantes seguiram então em direção à praça do Trocadéro.

O movimento dos "coletes amarelos", apolítico, nascido nas redes sociais, questiona a política fiscal e social de Emmanuel Macron desde meados de novembro de 2018.

Este "ato 20" deve ver um novo aumento no número de manifestantes nas regiões francesas, segundo estimou uma fonte policial.

Diante do grande aparato policial implementado em Paris, as autoridades temem uma deslocalização dos confrontos para as cidades do interior.

Em Bordeaux (sudoeste), um dos redutos deste movimento social sem precedentes e onde o centro da cidade foi, como há várias semanas, proibido aos "coletes amarelos", o novo prefeito Nicolas Florian decretou um dia de "cidade morta", dizendo-se "muito preocupado com o que poderia acontecer".

A prefeitura mencionou a presença anunciada de "centenas de 'black blocs'".

Em Avignon (sul), a prefeitura, que teme a presença de "grupos militantes violentos", proibiu qualquer manifestação ou reunião das 08h00 às 23h00 GMT, dentro da cidade e em vários eixos periféricos.

Em Saint-Etienne (centro-leste), Toulouse (sudoeste), Epinal (leste) e Rouen (noroeste), as prefeituras também proibiram manifestações para evitar a violência e vandalismo.

Em Lille (norte), a prefeitura proibiu "manifestações e comícios" em "algumas ruas do centro", permitindo, no entanto, uma "rota alternativa".

No último sábado, 40.500 pessoas haviam se manifestado na França, incluindo 5.000 em Paris, segundo os números do Ministério do Interior, contestados pelos "coletes amarelos", que contabilizaram 127.212 manifestantes em todo o país.

Milhares de manifestantes franceses conhecidos como "coletes amarelos" retornaram às ruas de Paris, França, no 19ª fim de semana de protestos contra o presidente Emmanuel Macron. A segurança policial foi reforçada em algumas áreas da capital e cidades do interior, com o objetivo de impedir uma repetição dos confrontos da semana passada.

Os manifestantes se reuniram na praça Denfert-Rochereau, no sul da cidade, e marcharam rumo à região norte. Os protestos devem terminar no bairro turístico de Montmartre, em torno da catedral Sacré-Coeur.

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A polícia francesa proibiu os protestos na Avenida Champs-Elysées e em diversas outras cidades do país, como Bordeaux, Toulouse, Marseille e Nice, no sul da França, e Rouen, no oeste. No último fim de semana, dezenas de lojas da Champs-Elysées foram saqueadas e algumas foram incendiadas por manifestantes.

Hoje, a polícia de Paris deteve 51 pessoas, emitiu 29 multas e realizou 4.688 "verificações preventivas" de manifestantes que entravam na capital. Em Nice, as forças de segurança locais dispersaram algumas centenas de manifestantes que se reuniam na praça central. A cidade está sob forte esquema de segurança, pois é esperado que o presidente chinês, Xi Jinping, passe a noite de sábado para domingo no local como parte de sua visita à França.

O novo chefe da Polícia de Paris, Didier Lallement, que assumiu a responsabilidade pela destruição causada pelos protestos da semana passada, informou que unidades policiais específicas foram criadas para atuar mais rapidamente em resposta a qualquer ação violenta. Cerca de 6 mil policiais foram deslocados para manter a ordem durante os protestos e dois drones também estão sendo utilizados para monitorar as manifestações.

Na sexta-feira, Mácron rejeitou críticas de líderes da oposição sobre o envolvimento de militares, dizendo que eles não estão assumindo as funções de policiais.

Os protestos dos coletes amarelos começaram em novembro em oposição a aumentos de impostos, mas tiveram seu foco ampliado posteriormente para uma rejeição pública às políticas econômicas de Mácron. Segundo os manifestantes, tais medidas favorecem grandes empresas e ricos em detrimento das classes econômicas mais baixas do país. Fonte: Associated Press.

A polícia de Paris anunciou na sexta-feira, 21, que os "coletes amarelos" não poderão se manifestar na região da Avenida Champs-Elysées, em um perímetro que inclui o Palácio do Eliseu e a Assembleia Nacional.

A proibição foi anunciada seis dias depois do saque de lojas e incêndios ocorridos na famosa avenida da capital durante o protesto realizado aos sábados pelos militantes contrários às políticas do presidente Emmanuel Mácron.

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O governo francês havia anunciado, na segunda-feira, a demissão do chefe de polícia de Paris e a proibição de manifestações em várias partes do país.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vandalismo, no sábado (16), na avenida Champs-Élysées, durante uma manifestação dos "coletes amarelos", provocou indignação, neste domingo (17), na França, onde o governo foi criticado por um esquema de segurança considerado insuficiente.

Após um declínio da mobilização nas últimas semanas, no 18º dia de ação dos "coletes amarelos", que lideram um movimento de contestação desde meados de novembro, foi marcado pela violência em Paris, principalmente da parte de pessoas mascaradas vestidas de preto.

"Espero explicações" do Executivo, declarou a prefeita socialista de Paris, Anne Hidalgo, "muito irritada depois desta violência sem precedentes".

"Meu sentimento é que deveríamos ser capazes de controlar uma situação como a que acabamos de viver", disse ela em entrevista ao jornal Le Parisien. "Estamos em meio a uma grande crise política e social. Essas fraturas não podem durar. Não podemos continuar assim!"

Uma reunião com o primeiro-ministro Edouard Philippe está prevista para este domingo (17) às 16h30 GMT (13h30 de Brasília) sobre as "decisões fortes" prometidas no dia anterior pelo presidente Emmanuel Macron. A Procuradoria de Paris informou a detenção de 200 pessoas, incluindo 15 menores.

Na turística avenida de Champs-Élysées, lojas e restaurantes foram saqueadas e incendiadas durante este dia que foi anunciado como um "ultimato" ao chefe de Estado, considerado pelos "coletes amarelos" como "o presidente dos ricos".

De acordo com os comerciantes, 80 estabelecimentos foram afetados, dos quais vinte saqueados ou incendiados.

"Em Paris, os capuzes pretos substituiram os #GiletsJaunes. Os 'black blocs' destroem, queimam, impunemente", tuitou a presidente do partido de extrema direita União Nacional (ex-Frente Nacional), Marine Le Pen.

- "Paris em chamas" -

A direita critica Macron de não ter adotado rapidamente a chamada lei 'anti-vândalos', votada esta semana no Parlamento. Diante do receio quanto a possibilidade de suas disposições infringirem a liberdade de manifestação, parlamentares e o presidente decidiram consultar o Conselho Constitucional.

As redes sociais também apontavam o dedo, com base em fotografias do presidente nas pistas de esqui de La Mongie (sudoeste), para onde havia viajado com sua esposa Brigitte para "recarregar as baterias" após um giro pela África do leste. Um fim de semana finalmente encurtado pelos eventos.

"Paris está em chamas e Macron esquiando para as câmeras!", "é revoltante a inconsciência e falta de respeito com os franceses!", tuitou a eurodeputada do partido Os Republicanos (oposição de direita) Nadine Morano.

O ministro do Interior, Christophe Castaner, também foi alvo de críticas, enquanto circulam há alguns dias imagens suas em uma boate em Paris na noite do 17º dia de mobilização dos "coletes amarelos".

"Há um governo que, obviamente, não faz o seu trabalho", lançou o líder do Partido Socialista, Olivier Faure, ironizando os anúncios feitos "entre dois copos" do ministro.

A nova onda de violência pressiona o Executivo, mas também marca uma reversão da tendência da opinião pública, agora a favor do fim do movimento.

Este novo protesto coincidiu com o fim do "grande debate" lançado em resposta a esta crise de "coletes amarelos", em que o chefe de Estado investiu muito.

Em toda a França, mais de 10.300 reuniões locais foram organizadas e 1,4 milhões de contribuições foram registradas no site concebido para este fim. O Executivo tem até meados de abril para decidir o que pretende fazer com essas propostas.

Sete em cada dez franceses, no entanto, não esperam milagres e acreditam que o grande debate não sairá da crise que o país atravessa, segundo uma pesquisa recente.

Depois de semanas em declive, o movimento dos "coletes amarelos" tentava ganhar um novo impulso neste sábado, com uma grande manifestação em Paris, salpicada por confrontos com a polícia, lojas saqueadas e barricadas com fogo na famosa avenida Champs-Élysées, e que terminou com 82 detidos e 11 feridos.

Os primeiros episódios de violência foram registrados pouco antes do meio-dia na famosa avenida, onde haviam se reunido milhares de manifestantes. Alguns grupos montaram barricadas ou invadiram lojas (Hugo Boss, Lacoste, Nespresso e outras).

O conhecido restaurante Fouquet's, frequentado por políticos e celebridades, foi alvo de grande destruição, com vidros quebrados, mesas derrubadas e pichações na fachada.

Também foi declarado um incêndio em um banco localizado no térreo de um prédio de apartamentos. Bombeiros removeram os moradores e apagaram o fogo. Onze pessoas ficaram levemente feridas, entre elas dois policiais.

O ministro do Interior, Christophe Castaner, denunciou no Twitter que os autores destes atos "não são manifestantes ou agitadores, são assassinos", e pediu à polícia que respondesse "com a maior firmeza a estes ataques, inadmissíveis".

Cifras divulgadas pelo ministro do Interior dão conta de cerca de 8 mil manifestantes reunidos hoje na capital francesa, entre eles 1,5 mil extremamente violentos.

Os protestos aconteciam enquanto o presidente Emmanuel Macron chegava aos Pirineus com a mulher, Brigitte, para esquiar. "Vou passar dois ou três dias aqui, para recobrar as forças e me reencontrar com a paisagem e amigos", disse Macron ao jornal regional "La Depeche du Midi".

- Pressão sobre Macron -

Há semanas não se viam em Paris cenas de saques e confrontos, que lembram as registradas na Champs-Élysées no fim do ano passado, cujas imagens deram a volta ao mundo.

A pouca distância das vitrines destruídas, junto ao Arco do Triunfo, outros manifestantes, muitos deles vestidos de preto e com o rosto coberto, atiraram pedras contra as forças de ordem, que responderam com gás lacrimogêneo e jatos d'água. Segundo imagens de TV, outro grupo tentou atacar um caminhão dos gendarmes.

"Muitos fatores nos levam a pensar que a mobilização de hoje pode ter sido maior que as dos sábados anteriores", sobretudo devido à presença de grupos violentos, disse uma fonte policial.

Apresentado como um "ultimato" a Macron, este 18º dia de manifestações contra as políticas fiscal e social do governo francês acontece após uma série de debates na França com os quais o governo esperava canalizar a irritação dos manifestantes e fazer surgirem propostas concretas.

"Nós nos desmobilizamos um pouco na semana passada, mas não estamos mortos, Macron!", gritou Murielle, que participava de uma passeata que saiu do noroeste de Paris. Vários nomes deste movimento apolítico, que se organiza nas redes sociais, convocaram simpatizantes a se reunirem na capital.

Maxime Nicolle, outro membro importante, prometeu "um dia memorável, um fim de semana entre os mais importantes desde o início desta mobilização".

Cerca de 5 mil homens e seis blindados dos gendarmes estavam mobilizados na capital, onde foram convocadas outras manifestações, como a "Marcha do Século" pelo clima.

Os "coletes amarelos" esperam mobilizar seu movimento contra a política fiscal e social de Emmanuel Macron com manifestações em toda França, realizando atos na base da Torre Eiffel, junto com os das mulheres, no 17º fim de semana de protestos.

Em 17 de novembro, quando os protestos começaram sem tons políticos e sem sindicatos por trás, contra a alta dos combustíveis e pedindo a melhora do poder aquisitivo, chegaram a reunir 282.000 pessoas em toda França.

O movimento logo se tornou a pior crise social para o presidente Macron desde sua chegada ao poder em maio de 2017.

Quatro meses depois, porém, a quantidade de participantes contabilizados pelo Ministério francês do Interior não para de cair. No fim de semana passado, os manifestantes eram menos de 40.000 em todo território.

Os manifestantes rejeitam esses números e garantem que sua mobilização continua firme. Falta uma semana para que chegue ao fim o "grande debate nacional" que o governo teve de lançar para tentar apagar a crise.

"Ato decisivo: não nos moveremos". Em Paris, os manifestantes propunham atos pacíficos aos pés da Torre Eiffel. Na sexta à noite, porém, quando alguns deles tentavam instalar estruturas perto do emblemático monumento, a Polícia os desmobilizou rapidamente.

Como acontece há 17 sábados, hoje pela manhã os manifestantes se reuniram em Paris, perto do Arco do Triunfo, para onde também se dirigiram sindicalistas com coletes vermelhos e mulheres, de rosa, um dia depois do Dia Internacional da Mulher.

Essa convergência de circunstâncias pareceu difícil de se manter, já que uma parte dos manifestantes - os sindicalistas e as "coletes rosas" - seguiram para os jardins de Luxemburgo, deixando sozinhos os "coletes amarelos".

Nejeh Farhat, de 40 anos, um "colete amarelo" veterano do movimento, pareceu decepcionado.

"A convergência não é algo ruim. Quanto mais formos, mais fortes seremos. Mas o combate não mudou. A prioridade é (conseguir encher) a geladeira. Depois, a igualdade e tudo isso", afirmou.

Há manifestações previstas em várias cidades da França, com o temor de que se repitam os episódios de violência que marcaram os protestos das semanas anteriores.

Para os "coletes amarelos", o objetivo de março é dar um novo impulso ao movimento, com o espírito de quando começou, e aumentar a pressão sobre o presidente Macron.

E já foram lançadas as convocações para um novo protesto na próxima semana, o 18º sábado de mobilização, que seria um dia depois do fim do "grande debate". A expectativa é conseguir reunir "toda França" em Paris para para dar um "ultimato" ao governo.

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O movimento "coletes amarelos" realizou neste sábado (2) mais um protesto contra as políticas do presidente Emmanuel Macron no 16º final de semana consecutivo. De acordo com as autoridades francesas, pelo menos nove pessoas foram presas em Paris. 

Já em Nantes, confrontos entre os manifestantes e a polícia, que usou gás lacrimogêneo para conter o ato, foram registrados no centro da cidade. Além disso, em Bordéus, os manifestantes invadiram a estação e atiraram-se nos trilhos, lançando fogos de artifício e bombas de fumaça.

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O número de militantes dos coletes amarelos nas ruas foi menos da metade do último sábado. Segundo o Ministério do Interior da França, participaram do protesto 5,6 mil pessoas contra 11,6 mil da semana passada. Uma nova manifestação está agendada para o próximo dia 16 de março. A data coincidirá com o término do grande debate nacional lançado em 15 de janeiro por Macron.

Da Ansa

Centenas de manifestantes do movimento dos "coletes amarelos" concentraram-se neste sábado (16) em Paris e no leste da França, três meses após o início deste protesto social contra o governo do presidente Emmanuel Macron.

Às 10h GMT, centenas de manifestantes concentravam-se com calma na capital francesa, na praça onde fica o Arco do Triunfo. Vigiada pelas forças de ordem, a manifestação acontecia em um ambiente tranquilo. Em Paris, ela deve se estender por todo o fim de semana, para comemorar, amanhã, o terceiro mês de movimento.

No leste da França, os "coletes" voltaram a se reunir em várias localidades do departamento de Meurthe-et-Moselle. Em Estrasburgo, cerca de 110 manifestantes participaram da única concentração prevista para a manhã de hoje, segundo a polícia.

Os protestos, que contavam com um amplo apoio popular em seu início, começam a desmoronar. Pela primeira vez, a maioria dos franceses quer o fim da mobilização, segundo uma pesquisa Elabe divulgada esta semana.

Um manifestante que acompanhava a manifestação do movimento coletes amarelos teve a mão arrancada por uma granada de efeito moral disparada pela polícia francesa. O incidente ocorreu diante do prédio da Assembleia Nacional, que abriga a Câmara dos Deputados da França, no centro de Paris.

A vítima recebeu os primeiros-socorros no local e foi levada para o hospital. Segundo testemunhas, o ferido foi identificado como um fotógrafo que acompanhava o protesto. Ele tentou defender-se da granada com a mão, mas o artefato explodiu ao ser tocado. A polícia francesa apenas confirmou que havia uma pessoa ferida na mão.

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Segundo as autoridades francesas, o número de manifestantes do movimento coletes amarelos, que reclamam do alto custo de vida e pedem a renúncia do presidente francês, Emmanuel Macron, está na casa das centenas e foi significativamente mais baixo hoje do que nos protestos anteriores.

Os manifestantes iriam do Arco do Triunfo em direção à Torre Eiffel, mas dirigiram-se ao prédio da Assembleia Nacional para protestarem contra a lei antivandalismo aprovada em primeiro turno esta semana pelos deputados franceses. Na frente do prédio, a polícia disparou granadas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Foi uma dessas bombas que atingiu a vítima.

*Com informações da RTP, televisão pública portuguesa

Os "coletes amarelos" retomaram os protestos neste sábado (9), em toda França. Esta é a 13ª manifestação desde o início do movimento, agora enfraquecido depois de três meses nas ruas.

Nos últimos dois sábados, a presença foi menor. Segundo o Ministério francês do Interior, 58.600 pessoas se mobilizaram em 2 de fevereiro. O movimento rejeita esse número e fala em 116.000 manifestantes.

Em Paris, centenas de pessoas chegaram à Champs-Élysées esta manhã, de onde seguiriam até a Torre Eiffel, indicou um jornalista da AFP no local.

"Não podemos nos render. Temos que ganhar para ter mais justiça social e fiscal neste país", disse Serge Mairesse, um aposentado de Aubervilliers, localidade próxima de Paris, que carregava um cartaz reivindicando o restabelecimento do imposto sobre fortunas. Essa taxa foi substancialmente reduzida pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

"Este movimento expressa a autêntica raiva social neste país, as pessoas que nunca são ouvidas", afirma este homem de 63 anos, que participa de sua 11ª manifestação desde o começo dessa onda de protestos, em novembro passado.

Segundo uma pesquisa publicada na quinta-feira, dois em cada três franceses (64%) apoiam o movimento.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra a polícia. Os ativistas acusam os agentes de terem usado balas de borracha contra a multidão, deixando vários feridos.

Dois veículos blindados da Gendarmeria estavam estacionados em frente ao Arco de Triunfo, que foi atacado pelos manifestantes em 1º de dezembro.

No restante da França, havia manifestações previstas em Bordeaux e Toulouse, palco de confrontos nas últimas semanas. Também há mobilizações previstas para acontecer em Lille, Nantes, Rennes e Brest.

O movimento está provocando um importante conflito diplomático entre França e Itália, depois que Luigi Di Magio, líder do Movimento 5 Estrelas e número 2 do governo italiano, reuniu-se na última terça-feira com Christophe Chalençon, um dos líderes dos "coletes amarelos".

Os coletes amarelos voltaram às ruas de diversas cidades da França, incluindo a capital Paris, para manter a pressão sobre o governo de Emmanuel Mácron. Esta é a 12ª semana seguida de protestos no país. Os manifestantes se opõem à política econômica do atual governo que, defendem eles, privilegia a parcela mais rica da sociedade francesa.

Nos atos deste sábado, os manifestantes prestarão homenagens aos "coletes amarelos" feridos durante confrontos com a polícia. O movimento ganhou esse nome por causa dos coletes fluorescentes que devem ser usados por motoristas franceses em caso de emergência.

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Macron minou parte do apoio ao movimento ao realizar um debate nacional em cidades de toda a França. Mas alguns líderes dos coletes amarelos continuam tentando manter o ímpeto do movimento.

De acordo com o governo, aproximadamente 2 mil pessoas foram feridas durante os protestos, que tiveram início em 17 de novembro do ano passado. Além disso, dez pessoas morreram em incidentes nas estradas relacionados às manifestações. Cerca de 69 mil pessoas em todo o país participaram das manifestações na semana passada, menos que os 80 mil que foram às ruas nas duas semanas anteriores, segundo o Ministério de Interior do país. Fonte: Associated Press.

Os "coletes amarelos" iniciaram nas ruas de Paris, pelo décimo sábado consecutivo, seus protestos contra o governo, apesar do debate nacional lançado pelo presidente Emmanuel Macron para debater as exigências desse movimento.

"Esperamos uma mobilização pelo menos igual à da semana passada", declarou uma fonte da polícia à AFP.

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No último sábado, pouco mais de 80.000 pessoas saíram para se manifestar em todo o país.

Eram 30 mil a mais do que em 5 de janeiro, mas menos do que os 280 mil que marcharam em 17 de novembro, quando esta onda de protesto social começou.

Em Paris, cerca de 5 mil policiais acompanharão a rota planejada pelos manifestantes, que esperam reunir um milhão de manifestantes para pedir a demissão de Macron.

Durante a semana, presidente francê pediu um diálogo "sem tabus" ao abrir um grande debate nacional para tentar desativar os protestos dos "coletes amarelos".

"Este debate está"aberto a todos os temas (...) não deve haver tabus", declarou Macron durante um encontro com 600 prefeitos e representantes locais em Grand Bourgtheroulde, um pequeno povoado da Normandia (noroeste).

Com este diálogo nacional o presidente tenta arrefecer as manifestações dos "coletes amarelos", um coletivo de franceses que protesta em todo o país desde meados de novembro contra a política social e fiscal do governo, que considera favorecer os ricos.

"Acho que podemos converter este momento que a França atravessa em uma oportunidade", considerou o presidente de 41 anos.

Também reiterou o seu pedido para acabar com a "violência" que manchou alguns protestos. "A ira nunca trouxe soluções", apontou.

Esta reunião marcou o início de dois meses de diálogo nacional que será estruturado em torno de quatro grandes temas: o sistema fiscal e a ação pública, o funcionamento do Estado e dos coletivos públicos, a transição ecológica e a democracia.

A tarefa de Macron será árdua para convencer os franceses, muitos dos quais não veem utilidade nesta discussão.

Segundo uma pesquisa Elabe para a emissora BFMTV, divulgada na terça, 40% dos cidadãos querem participar das conversas, mas somente 34% consideram que ajudarão a sair da grave crise política que a França atravessa.

Milhares de manifestantes vestindo coletes amarelos se concentram em diferentes pontos da França neste sábado (12), especialmente em Paris e Bourges, no centro do país, para o 9º fim de semana consecutivo de protestos contra o governo do presidente Emmanuel Macron.

Com medo de novos episódios de violência, o Ministério do Interior voltou a aumentar o dispositivo policial, com 80 mil agentes mobilizados em todo o país - 5 mil deles em Paris, segundo a agência Efe.

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Depois da trégua natalina, cerca de 50 mil coletes amarelos já se manifestaram na semana passada e houve registro de incidentes violentos. A polícia teme que neste sábado haja um aumento na mobilização dos manifestantes.

Em Paris, vários manifestantes se concentraram em frente ao Ministério de Economia, em Bercy. A polícia controlava as bolsas e mochilas dos manifestantes que chegavam à região e, até o início da manhã, não houve registro de tumulto.

A Champs-Élysées, palco de confrontos em dezembro, foi fechada foi fechada preventivamente. O tráfego também foi interrompido em diversas ruas no entorno da Praça da República e da Estação do Norte.

A cidade de Bourges, no centro do país, foi escolhida para concentração dos coletes amarelos para facilitar a participação de manifestantes que vierem de outras províncias.

O vice-ministro do Interior, Laurent Nunez, prometeu "tolerância zero" contra os desordeiros, em mensagem do Twitter. "Se houver confusão, aqui como em toda a França, daremos uma resposta extremamente firme", afirmou Nunez, que está em Rouen (a cerca de 150 km de Paris).

Manifestações na França

O primeiro protesto, em 17 de novembro, reuniu cerca de 290 mil pessoas. Muitas portavam o colete amarelo fluorescente - item de segurança obrigatório nos veículos franceses -, que acabou virando símbolo da nova onda de protestos.

Desde então, a França enfrentou uma série de bloqueios de rodovias, protestos de motoristas de ambulâncias e manifestações de estudantes secundaristas. (com agências internacionais)

A secretária de Igualdade da França, Marlène Schiappa, insinuou nesta quinta-feira (10) que "potências estrangeiras", inclusive a Itália, possam estar por trás de manifestações promovidas pelos "coletes amarelos", que causaram a pior crise do mandato do presidente Emmanuel Macron até o momento.

Em entrevista à rádio France Inter, Schiappa, que é bastante próxima ao chefe de Estado, questionou a rapidez com que uma vaquinha em apoio ao ex-boxeador Christophe Dettinger, flagrado agredindo um policial durante um protesto, arrecadou mais de 100 mil euros.

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Segundo a secretária, é preciso derrubar o sigilo sobre o nome dos doadores. "Minha questão é: Quem financia a violência? Quem financia os vândalos? [...] O fato de saber se há ou não potências estrangeiras financiando os vândalos e a violência urbana em Paris seria interessante, especialmente em relação às posições de certos responsáveis italianos", disse.

Schiappa fazia referência às manifestações de apoio dos vice-primeiros-ministros da Itália, Luigi Di Maio e Matteo Salvini, aos protestos dos "coletes amarelos", embora ambos tenha criticado episódios de violência. Eles lideram, respectivamente, o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e a ultranacionalista Liga, que governam o país desde junho.

Recentemente, Di Maio publicou um texto no blog do M5S oferecendo apoio aos "coletes amarelos", que protestam contra as políticas econômicas de Macron. O presidente da França, por sua vez, já disse ser o "principal adversário" do populismo na União Europeia.

Os dois países protagonizaram diversos embates desde a posse do novo governo em Roma, principalmente a respeito da crise migratória e da lei orçamentária italiana. Salvini já acusou Macron de favorecer as elites e de "se exceder no champanhe". 

Da Ansa

Os manifestantes conhecidos como coletes amarelos voltaram às ruas de várias cidades da França nesse sábado (5) na primeira grande mobilização de 2019, que marca a oitava semana consecutiva de protestos contra a política fiscal e social do presidente Emmanuel Macron.

Os atos reuniram 50 mil pessoas em todo o país, segundo dados do Ministério do Interior francês, que minimizou a força da manifestação. "Podemos ver que não é um movimento representativo na França", disse o ministro Christophe Castaner.

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A participação foi maior do que os protestos da semana passada, mas ainda uma pequena fração dos números registrados nas primeiras semanas de manifestações. Neste sábado, houve atos em cidades como Paris, Bordeaux, Toulouse, Rouen e Marselha.

Algumas marchas, que começaram pacíficas, acabaram em confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança. Foram atacadas lixeiras, carros e motocicletas em vias públicas.

Na capital francesa, houve relatos de manifestantes atirando objetos contra policiais que bloqueavam pontes sobre o rio Sena. Os agentes chegaram a disparar gás lacrimogêneo para impedir que participantes atravessassem o rio e chegassem ao prédio da Assembleia Nacional.

Restaurante é incendiado

Um restaurante flutuante à beira do Sena foi incendiado, e um policial ficou ferido após ser atingido por uma bicicleta arremessada da rua acima da margem do rio.

Benjamin Griveaux, porta-voz do governo francês, foi retirado às pressas de seu gabinete, pela porta dos fundos, depois de um pequeno grupo de manifestantes ter invadido o complexo, supostamente com uma retroescavadora, e destruído veículos.

A prefeitura de Paris informou que 101 pessoas foram detidas na cidade e 103 foram interrogadas pela polícia.

Municípios como Rouen e Bordeaux também registraram confrontos e detenções. A primeira cidade, capital da Normandia, reuniu 2 mil manifestantes, enquanto em Bordeaux havia mais de 4,5 mil pessoas.

O presidente Macron condenou a violência nos protestos deste sábado. "Mais uma vez a violência extrema atacou a República – seus guardiões, seus representantes, seus símbolos", escreveu o presidente no Twitter.

Pacto cívico

"Aqueles que cometem esses atos esquecem o coração de nosso pacto cívico. Justiça será feita. Todos devem se unir para trazer o debate e o diálogo", disse.

Os atos ocorrem dias depois de as autoridades francesas terem prendido um dos líderes dos coletes amarelos, Éric Drouet, acusado de organizar uma manifestação não autorizada em Paris. Ele foi libertado na quinta-feira, um dia depois de sua prisão, mas será julgado pelo caso.

De acordo com a lei francesa, organizadores de protestos são obrigados a informar as autoridades locais com pelo menos três dias de antecedência. Os coletes amarelos, contudo, têm ignorado com frequência essa regra com seus protestos muitas vezes espontâneos. O ato deste sábado, por sua vez, havia sido previamente informado às autoridades.

Os protestos são contra o aumento nos preços dos combustíveis e contra reformas fiscais propostas pelo governo francês, que, dizem os manifestantes, atingiriam desproporcionalmente as classes trabalhadoras. Eles pedem também a renúncia de Macron e a reintrodução do imposto de solidariedade sobre a riqueza.

*Com informações da Deutsche Welle, emissora internacional da Alemanha

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