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Por volta das 22h30 dessa sexta (22), objetos luminosos cruzaram o céu no Nordeste do Brasil. Os moradores da região ficaram abismados com a aparição e lançaram teorias de que se tratava de cometas, meteoros e até mesmo alienígenas, mas, na verdade, era lixo espacial.

A análise preliminar das imagens feita pela Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) deixou os ufologistas frustrados. De acordo com o estudo, o "fenômeno espacial" percebido com maior intensidade no Sertão e Agreste se tratava da reentrada do estagio superior CZ-2C R/B (NORAD ID: 43173) de um foguete Longa Marcha 2C, lançado em 25 de janeiro de 2018 a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan, sudoeste da China.

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A agência espacial americana, Nasa, anunciou na segunda-feira, 15, uma nova descoberta surpreendente do Telescópio Espacial James Webb. Com o observatório foi possível identificar, pela primeira vez, vapor de água em torno de um cometa, o Read (238P). "O cometa do Cinturão Principal 238P/Read tem uma cabeleira de vapor d'água, escrevem os cientistas em artigo publicado na revista científica Nature.

A descoberta é um avanço científico importante, pois indica que o gelo do sistema solar pode ser preservado naquela região. A detecção inédita, porém, veio junto a um novo mistério: ao contrário de outros cometas, no Read não havia dióxido de carbono (CO2) detectável.

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"Nosso mundo encharcado de água, repleto de vida e único no universo, até onde sabemos, é um mistério. Não temos certeza de como toda essa água chegou aqui", disse Stefanie Milam, vice-cientista do projeto Webb e coautora do estudo relatando a descoberta, em nota. "Entender a história da distribuição de água no sistema solar nos ajudará a entender outros sistemas planetários e se eles podem estar a caminho de hospedar um planeta semelhante à Terra."

Os cientistas há muito especulam que o gelo de água poderia ser preservado no cinturão de asteroides mais quente, dentro da órbita de Júpiter, mas a prova definitiva era ilusória. "No passado, vimos objetos no Cinturão Principal com todas as características dos cometas, mas apenas com esses dados espectrais precisos do Webb podemos dizer que sim, é definitivamente água gelada que está criando esse efeito", explicou o astrônomo Michael Kelley, da Universidade de Maryland, autor principal do estudo.

"Com as observações de Webb do cometa Read, podemos agora demonstrar que o gelo de água do início do sistema solar pode ser preservado no cinturão de asteroides", destacou.

Cometa

O Cometa Read, segundo a Nasa, fica no Cinturão Principal, que se situa entre Marte e Júpiter. O que diferencia um cometa e um asteroide é que o material congelado do primeiro se vaporiza à medida que se aproximam do Sol, o que dá a eles a cauda fluida.

Conforme a Nasa, a falta de dióxido de carbono foi uma surpresa maior. Normalmente, ele compõe cerca de 10% do material volátil em um cometa. A equipe científica levantou duas hipóteses para isso. Na primeira, pensam que o Read tinha dióxido de carbono quando se formou, mas o perdeu por causa das temperaturas quentes. Por outro lado, pode ter se formado em um bolsão particularmente quente do sistema solar, onde sem dióxido de carbono disponível.

Agora, os cientistas querem ver se outros cometas do Cinturão Principal se comparam ao Read. "Esses objetos no cinturão de asteroides são pequenos e fracos, e com o Webb podemos finalmente ver o que está acontecendo com eles e tirar algumas conclusões. Outros cometas do cinturão principal também carecem de dióxido de carbono? De qualquer forma, será emocionante descobrir", disse diz a astrônoma Heidi Hammel, da Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia (AURA), em nota.

Já Milam imagina aproximar a pesquisa de casa de casa. "Agora que Webb confirmou que há água preservada tão perto quanto o cinturão de asteroides, seria fascinante acompanhar essa descoberta com uma missão de coleta de amostras e aprender o que mais os cometas do Cinturão Principal podem nos dizer."

Um visitante que a cada 50 mil anos frequenta o céu do planeta Terra teve, neste 12 de janeiro, seu ponto de maior proximidade com o Sol e, a partir do início de fevereiro, ficará visível no hemisfério sul. Trata-se do cometa C/2022 E3.

O cometa foi detectado pelo programa Zwicky Transient Facility (ZTF) em março de 2022, quando passava pela órbita de Júpiter. A observação foi feita por meio do telescópio Samuel-Oschin, no Observatório Palomar, na Califórnia (EUA).

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Segundo o Observatório Nacional, o ponto de maior aproximação desse cometa “relativamente pequeno” - cerca de 1 km de diâmetro - com a Terra será em 1º de fevereiro.

Cometas são objetos feitos principalmente de gases congelados, rocha e poeira, e se tornam nais visíveis quando se aproximam do sol, e seu gelo passa a se transformar em gás, formando uma nuvem ao seu redor.

Da última vez que o C/2022 E3 ficou visível, a Terra ainda era habitada pelos neandertais, conforme disse o astrônomo Filipe Monteiro, tendo por base o período orbital desse corpo celeste que, acredita-se, tem como origem a Nuvem de Oort – uma das regiões mais distantes do nosso sistema solar.

“Algumas previsões sugerem que a órbita deste cometa é tão excêntrica que não está mais em órbita do Sol. Se for assim, então ele não retornará e simplesmente continuará indo embora”, informou, por meio de nota, o Observatório Nacional.

Como observar

A observação começará a ser facilitada nos primeiros dias de fevereiro, “com uma melhor altura de observação a partir do dia 4 de fevereiro na direção norte e abaixo da estrela Capela”, explica Monteiro.

Com o passar dos dias, o cometa será visto mais alto no céu e com mais tempo de visibilidade. Em sua aproximação máxima, o corpo celeste estará a cerca de 42 milhões de quilômetros da Terra.

O cometa poderá ser visto a olho nu apenas se as condições do céu forem bastante favoráveis, ou seja, com o céu escuro, sem Lua, e sem poluição luminosa. Esse poderá ser o primeiro cometa do ano visto a olho nu, e o primeiro após o cometa Neowise, que apareceu em 2020.

“Para observar o cometa, o mais sensato é usar binóculos, que facilitarão a observação desse visitante ilustre. Além disso, é importante destacar que não é uma tarefa tão fácil achar um cometa no céu. Por isso, além de instrumentos (binóculos, telescópios, câmeras fotográficas), é interessante que as pessoas procurem um lugar distante dos centros urbanos, fugindo assim da poluição luminosa. Para facilitar ainda mais a observação do cometa, o indicado é procurar pelo cometa quando a lua não estiver mais no céu”, explica Monteiro.

Para observadores iniciantes, ele sugere que como data ideal o dia 10 de fevereiro, entre 19h e 21h, quando o cometa irá se encontrar muito próximo do planeta Marte.

“Uma estratégia que pode ser usada também por iniciantes, bem como os fotógrafos casuais, é tentar fotografar o cometa apontando sua câmera para sua localização aproximada no céu e tirando fotos de longa exposição de 20 a 30 segundos”, disse

“Ao visualizar as imagens, possivelmente você notará um objeto difuso e com cauda. Usando essa técnica, muitos estão conseguindo fotografar o cometa mesmo que não o veja no céu”, disse.

De acordo com pesquisadores do Departamento de Física e Astronomia da Pensilvânia, o maior cometa já identificado está em direção à Terra. Apesar da rota encaminhada, o objeto espacial não tem previsão para se chocar diretamente com o planeta, mas pode se aproximar cada vez mais, principalmente nos próximos dez anos.

Normalmente, os cometas orbitam em volta do sol, assim como os planetas, e dentre todos aqueles que já foram catalogados, a média de tamanho fica entre três e cinco quilômetros de diâmetro. Já este em questão é o maior já identificado e estima-se que possui aproximadamente 150 quilômetros de diâmetro.

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O cometa foi nomeado de Bernadinelli-Bernstein, e já havia sido detectado em 2014, mas cientistas não obtiveram visualização suficiente, e chegaram a cogitar que se tratava de um planeta anão. E assim, com o passar dos anos, o cometa poderá ser melhor analisado pela equipe de astrônomos que o descobriu.

Estima-se que seu momento mais próximo com a Terra será em 21 de janeiro de 2031, enquanto o cometa estiver em movimento rotatório tendo como ponto central o sol. Vale lembrar que para dar uma volta inteira na principal estrela do sistema solar, o Bernadinelli-Bernstein leva milhões de anos, enquanto a Terra leva cerca de 365 dias.

Trinta e uma vezes maior que a média dos corpos celestes já identificados, o cometa 'Bernardinelli-Bernstein' está se movendo em direção à Terra. O corpo celeste de 150 km de diâmetro foi visto na borda do sistema solar, mas não deve colidir com nosso planeta. Seu nome faz menção à dupla de astrônomos que o encontraram, um deles é brasileiro.

O brasileiro Pedro Bernardinelli e seu orientador na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, o astrônomo Gary Bernstein, estimam que o cometa não visita o sistema solar há mais de três milhões de anos. Pelo tamanho, ele chegou a ser confundido com um planeta anão, categoria a qual Plutão foi classificado.

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"Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto, ao menos maior do que qualquer um bem estudado, e o flagramos cedo o suficiente para que as pessoas assistam ao desenvolvimento dele conforme se aproxima e aquece", anunciou Gary em comunicado emitido pelo Laboratório Nacional de Pesquisa Astronômica Óptica Infravermelha (NoirLab). 

Ele deve chegar ao ponto mais próximo da Terra no dia 21 de janeiro de 2031. Ainda assim, o 'Bernardinelli-Bernstein' ainda estará a uma distância de cerca de 1,6 bilhão de milhas do sol.

Os cálculos apontam que esse é maior cometa já identificado entre os 3.743 conhecidos pela Agência Espacial Americana (NASA). Ele foi detectado pela dupla em 2014, através de dados coletados pela Câmera de Energia Escura do Observatório Interamericano Cerro Tololo, no Chile.

O cometa C/2020 F3, popularmente conhecido por Neowise, atingirá seu ponto mais próximo da terra na quinta-feira, 23 de julho, quando estará a 103 milhões de quilômetros de distância, e será possível observá-lo sem a ajuda de binóculos ou telescópios.

Descoberto no final de março por um telescópio espacial, ele será o primeiro cometa visível a partir da Terra neste ano. Neowise foi o terceiro cometa descoberto em 2020 e o mais brilhante dos últimos sete anos encontrados, segundo o cosmonauta russo Ivan Vagner, que o observou a partir da Estação Espacial Internacional, nave posicionada na órbita da terra.

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Essa visualização a olho nu, no entanto, é possível apenas no hemisfério Norte. Especialistas dizem que na maior parte do Brasil e em outras partes do hemisfério Sul será necessário usar algum tipo de telescópio para observar o cometa.

Já no hemisfério Norte, é possível ver o cometa a olho nu durante a maior parte do mês de julho. Ele está se deslocando em sentido oeste e frequentemente aparece em uma parte baixa do céu, próximo à linha do horizonte. 

O famoso robozinho Philae, hóspede do Cometa "Churi" e em silêncio há mais de cinco meses, pode quebrar o seu silêncio no final de janeiro, indicou nesta segunda-feira à AFP o Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES).

"A probabilidade de conseguirmos um contato diminui gradualmente à medida que o tempo avança, mas não podemos dizer hoje que acabou definitivamente", declarou Philippe Gaudon, chefe do projeto Rosetta no CNES em Toulouse (França).

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"Nós continuamos a ouvir e vamos esperar até o final de janeiro", acrescentou.

"Nós até registramos dois pequenos 'beep' nos últimos dias, o primeiro na noite de 21 para 22 de dezembro e o segundo dia 25", disse Philippe Gaudon.

"Mas não estamos 100% certos de que se trata de uma mensagem de Philae", disse ainda.

Philae completou em 12 de novembro um ano pousado no cometa 67P/Churyumov-Geramisenko (apelidado "Churi"), para onde foi levado pela sonda europeia Rosetta com a missão de explorar diretamente o núcleo mediante seus sofisticados instrumentos de observação.

Um ano atrás, a sonda europeia Rosetta levou Philae até o cometa 67P/Churyumov-Geramisenko (apelidado de Churi) com a missão de explorar diretamente o núcleo com o auxílio de seus sofisticados instrumentos de observação.

Após mais de dez anos de viagem interplanetária a 450 milhões de quilômetros da Terra a bordo de Rosetta, o robô pousou em 12 de novembro de 2014 no cometa, um marco histórico que foi seguido em todo o mundo.

Em sua queda, Philae saltou várias vezes e, finalmente, estabilizou entre duas falésias.

Com seus dez instrumentos, o robô trabalhou por 60 horas e depois morreu porque os painéis solares que dão vida a ele não está recebendo energia suficiente.

No último 13 de junho despertou de surpresa e manteve vários contatos com a Terra. Mas desde 9 de julho não mostrou qualquer sinal de vida e teme-se que ele esteja danificado.

Para que o robô possa entrar em contato coma a sonda Rosetta, ela tem que se aproximar a menos de 200 quilômetros do cometa.

Mas durante o verão Rosetta havia se afastado de Churi porque estava emitindo uma poeira perigosa durante sua aproximação do sol.

"Existem boas possibilidades de estabelecermos novamente contato com Philae. Diria que temos 50% de possibilidades", afirmou Stephan Ulamec, responsável pelo módulo de pouso na agência espacial alemã DLR.

Segundo Jean-Pierre Bibring, responsável científico do robô, "poderíamos manter contatos com o robô esta mesma semana, mas é sobretudo a partir do final de novembro ou no início de dezembro que esperamos poder retomar uma série de operações científicas com Philae".

O objetivo da missão Rosetta, liderada pela Agência Espacial Europeia, é compreender melhor os cometas, testemunhos há 4,6 bilhões de anos do nascimento do sistema solar. Os pesquisadores esperam descobrir também indícios de como surgiu a vida na Terra.

Philae permitiu ver "quase o milímetro dos grãos da superfície" do núcleo do cometa, lembra à AFP Nicolas Altobelli, cientista da ESA.

No seu primeiro salto para cair, causando uma nuvem de poeira, Philae detectou elementos voláteis, incluindo várias moléculas orgânicas que formam os chamados "blocos de construção da vida". Os instrumentos do robô também revelaram a presença de um material de carbono orgânico na superfície que também está, certamente, presente no núcleo do planeta.

'Temos que continuar examinando esse material. Como é muito refratário, é preciso aquecê-lo para que se fragmente e entre em nossos instrumentos", explicou Bibring.

Philae tem pequenos fornos em seu exterior e talvez até alguns deles já tenham capturado parte deste material que poderia ser formado por macromoléculas complexas. Se não houver nada dentro destes fornos, seria preciso perfurar o solo, informaram os responsáveis da missão.

Há um ano, Philae já havia tentado uma perfuração, mas não teve resultados. "Teria que girar uns graus para que a perfuradora possa tocar o solo, uma operação que apresenta alguns riscos", segundo Bibring.

Em todo caso, não é possível fazer nada se não há uma comunicação estável entre o robô e Rosetta. "Bastariam contatos de uns dez minutos por dia para levar a cabo experimentos", explica o responsável científico.

O cometa está se afastando do Sol e as temperaturas estão caindo, com o que, segundo Bibring, só há tempo até janeiro para tentar trabalhar com Philae. Depois, terá o descanso merecido até o final da missão, prevista em setembro de 2016.

Cientistas informaram nesta sexta-feira (23) que conseguiram identificar, pela primeira vez, duas moléculas orgânicas complexas em um cometa - lançando nova luz sobre as origens cósmicas de planetas como a Terra.

Segundo a pesquisa, publicada na revista Science Advances, os especialistas detectaram moléculas de álcool etílico e de um açúcar simples conhecido como glicolaldeído no cometa Lovejoy. "Essas moléculas orgânicas complexas podem ser parte do material rochoso a partir do qual os planetas se formaram" afirmou o estudo.

Moléculas orgânicas já haviam sido encontradas em núcleos de cometas. O caso mais recente foi o do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, onde o robô Philae da agência espacial europeia encontrou várias, algumas das quais nunca antes detectadas num cometa.

Como os cometas contêm os materiais mais antigos e primitivos do sistema solar, os cientistas os estudam como se fossem cápsulas do tempo que oferecem pistas sobre como tudo começou, 4,6 bilhões de anos atrás.

Durante anos, debateu-se se os cometas que se chocaram com a Terra há milhões de anos a alimentaram com os componentes necessários para a vida. Embora este último estudo não resolva a questão, adiciona novos elementos para o debate, garante Dominique Bockelée-Morvan, co-autor e astrofísico do Centro Francês para a investigação científica.

"A presença de uma grande molécula orgânica complexa no material de um cometa é um passo fundamental para uma melhor compreensão das condições que prevaleceram no momento em que a vida surgiu em nosso planeta", explicou à AFP.

"Estas observações vão significar uma possível explicação para a origem da vida em nosso planeta", apontou. Lovejoy interessa particularmente os cientistas porque "é um dos cometas mais ativos na área orbital da Terra", disse o estudo.

A pesquisa foi feita através de um telescópio de 30 metros de comprimento no Instituto de Radioastronomia Milimétrica em Sierra Nevada, Espanha, em janeiro de 2015, quando o cometa estava no seu momento mais brilhante e produtivo.

O robô Philae, que pousou em um cometa em novembro do ano passado, fez contato com a Terra após sete meses de silêncio, anunciou neste domingo a Agência Espacial Europeia. O robô se tornou o primeiro artefato produzido pelo homem a pousar na superfície de um cometa, mas acabou se fixando em uma área com sombra. Como resultado, suas baterias solares se descarregaram após cerca de 60 horas e o robô foi forçado a desligar seus sistemas.

Cientistas esperavam que Philae despertasse assim que o cometa se aproximasse do sol, já que os painéis solares poderiam absorver luz suficiente para recarregar a bateria principal do robô. No sábado, às 17h28 (horário de Brasília), Philae enviou um sinal para a Terra.

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"Não estou surpreso que isso tenha acontecido, mas se você espera vários meses e, no meio da noite, recebe uma ligação dizendo 'nós temos um sinal de Philae', isso é animador", disse o gerente de projeto do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), Stephan Ulamec. "Estamos muito felizes."

A breve comunicação com a Terra continha 300 pacotes de dados, repassados pela Sonda Rosetta, que está orbitando o cometa. "Só recebemos dados por cerca de 85 segundos. São dados do sistema do robô", disse Ulamec. Mas foram suficientes para mostrar aos cientistas que Philae está em boas condições e recebendo luz para se manter em contato.

Segundo Ulamec, o robô parece ter despertado vários dias antes de ter enviado o sinal. Agora, cientistas esperam alterar a órbita da sonda Rosetta para que o link com o robô dure mais tempo e seja possível enviar comandos da Terra para que ele realize novas medições. Uma nova oportunidade de comunicação com Philae deveria ocorrer ainda no domingo, disse Ulamec.

Cientistas também pretendem determinar o local em que o robô pousou no cometa de 4 quilômetros de largura. Até agora, o local exato do pouso é um mistério.

Em 13 de agosto, Philae deve atingir o ponto mais próximo do sol, antes de começar a se afastar novamente. Para Ulamec, o robô deve receber luz suficiente para operar até outubro, quando se desligará novamente, possivelmente para sempre. Fonte: Associated Press.

Os cientistas da missão Rosetta abriram nesta quinta-feira (12) de manhã o sistema de comunicação com o robô Philae, adormecido há quatro meses no cometa Churyumov, mas que não deu nenhum sinal de vida, de acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA).

"O sistema de comunicação Philae (ESS - Electrival Support System) a bordo (da sonda europeia) Rosetta foi ligado às 1h00 GMT (22h00 de quarta-feira no horário de Brasília). Ele permanecerá ligado até 20 de marco. Nenhum sinal foi observado até o momento", indicou um porta-voz da ESA.

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"Nós não esperamos que ele acorde esta semana", salientou, no entanto, Patrick Martin, chefe da missão Rosetta. "Estamos apenas tentando e vamos continuar a fazê-lo se não funcionar esta semana. Vamos ter mais oportunidades nas próximas semanas e nos próximos meses", acrescentou.

O robô Philae, passageiro há mais de dez anos da sonda espacial europeia Rosetta, desembarcou em 12 de novembro sobre o cometa Churyumov-Gerasimenko, a mais de 510 milhões de quilômetros da Terra, pela primeira vez na história.

Depois de duas tentativas, acabou pousando em um lugar mal iluminado. Suas baterias solares não podem ser recarregadas e Philae está, portanto, no modo "sleep" desde 15 de novembro. Mas, a partir de março, o cometa se aproximará do Sol e receberá mais luz, o que traz esperanças de que robô acorde.

Antes de adormecer, Philae foi capaz de transmitir dados científicos obtidos após seu histórico pouso. Sua missão é encontrar moléculas orgânicas no solo do cometa, o que poderia ter desempenhado um papel no surgimento da vida na Terra, sendo os cometas os objetos mais primitivos do sistema solar.

A sonda Philae completou sua missão principal de explorar a superfície do cometa e enviou muitos dados antes de suas baterias esgotarem, informou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) neste sábado. "Todos os nossos instrumentos puderam ser operados e agora é hora de ver o que temos", disse o gerente da missão, Stephan Ulamec, segundo o blog da agência.

Desde que aterrissou na quarta-feira no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko a cerca de 500 milhões de quilômetros da Terra, a sonda tem realizado uma série de testes científicos e enviado conjuntos de dados, incluindo fotos, para a Terra. Além disso, a sonda foi levantada na sexta-feira em cerca de 4 centímetros e virada em cerca de 35 graus, em um esforço para puxá-la para fora de uma sombra, de modo que os painéis solares possam recarregar as baterias, disse o blog da ESA.

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O porta-voz da ESA Bernard von Weyhe confirmou no sábado a difícil operação de rotação da sonda. Ainda não está claro se foi possível colocar os painéis solares para fora da sombra. Mesmo que a sonda tenha sido virada com sucesso e consiga recarregar as baterias com luz solar, pode demorar semanas ou meses até que nova comunicação. O monitoramento por sinais vai continuar, mas agência não marcou nenhum novo anúncio à imprensa neste sábado.

O centro de controle de missão da ESA em Darmstadt, na Alemanha, recebeu os últimos sinais da Philae no sábado às 0h36 GMT (22h36 de sexta-feira no horário de Brasília). Antes de o sinal morrer, a sonda enviou todos os seus dados internos, bem como dados científicos de experimentos na superfície - o que significa que concluiu as medidas como planejado, conforme o blog da ESA.

Durante um esforço de escuta agendado para sábado, às 10h GMT (8h de Brasília), a ESA recebeu nenhum sinal da Philae, disse o chefe da missão, Paolo Ferri. Agora cabe à equipe de cientistas avaliar os dados e descobrir se os experimentos tiveram êxito - especialmente uma operação complexa na sexta-feira na qual a sonda recebeu comandos para perfurar um buraco de 25 centímetros no cometa e puxar uma amostra para análise.

A sonda já retornou imagens da superfície do cometa que mostram que "é coberto por poeira e detritos de tamanhos que vão desde milímetros até metros", enquanto "imagens panorâmicas mostraram paredes com camadas de material mais duro", disse o blog da ESA. Além de analisar os novos dados, os cientistas também tentam encontrar o local exato onde a Philae pousou na quarta-feira. "A procura pelo local de destino final de Philae continua, com as imagens de alta resolução da sonda sendo examinadas de perto", apontou o blog. Fonte: Associated Press.

Há mais de 10 anos atrás, a sonda Rosetta foi lançada pela Agência Espacial Européia (ESA). Nesta quarta-feira (12), quando o módulo robótico Philae se desacoplou e pousou no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, a missão foi cumprida. É a primeira vez na história em que a humanidade realiza qualquer tipo de pouso num cometa. 

A jornada de Rosetta foi de mais de 6 bilhões de quilômetros, e circulou o sistema solar várias vezes, usando a gravidade de planetas como a Terra e Marte para impulsionar sua chegada até o cometa, que está localizado perto de Júpiter. Philae foi desacoplado da sonda nesta manhã, e o processo de pouso durou aproximadamente sete horas. Agora, sua missão é tirar fotos em alta resolução da superfície e procurar pistas que podem explicar a origem do Sistema Solar.

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"Há provas convincentes de que cometas tem um papel chave na evolução de planetas, porque impactos eram muito mais comum nos primeiros anos do Sistema Solar do que são hoje. Cometas, por exemplo, provavelmente trouxeram boa parte da água nos oceanos de hoje", escreve a ESA. Philae conta com dez instrumentos científicos e tem bateria de 64 horas, e durante este tempo vai analizar amostras do solo e coletar dados. 

A missão vai até agosto de 2015, quando o cometa entrará no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. 

 

O pequeno robô Philae se separou nesta quarta-feira (12) da sonda espacial europeia Rosetta e seguia para tentar pousar sobre um cometa, o que representaria um marco na história da exploração espacial.

O robô científico de observação desacoplou da Rosetta como estava previsto às 8H35 GMT (6h35 horário de Brasília) e iniciou a viagem de quase sete horas para pousar sobre o cometa 67P/Churyumov-Geramisenko.

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"Funcionou bem, estamos muito contentes, não aconteceram problemas", declarou Andrea Accomazzo, diretor de voo do centro de operações da Agência Espacial Europeia (ESA) em Darmstadt (Alemanha).

Desde 6 de agosto, a sonda não tripulada Rosetta se desloca a poucos quilômetros do corpo celeste a mais de 450 milhões de quilômetros da Terra, acompanhando o cometa em sua viagem à medida que se aproxima do Sol.

O módulo Philae permitirá explorar diretamente o núcleo do cometa, ou seja, a parte sólida que, com o efeito da radiação solar, gera a "coma" ou cabeleira e deixa uma cauda visível de gases e poeira.

O cometa está atualmente viajando entre as órbitas de Júpiter de Marte. Tem quatro quilômetros de diâmetro e formato irregular, que lembra um patinho de borracha.

Um cometa do tamanho de uma pequena montanha passou raspando por Marte neste domingo (19), um encontro que acontece uma vez a cada milhão de anos. O cometa, conhecido como Siding Spring (C/2013 A1), chegou ao ponto mais próximo de marte às 18h27 GMT deste domingo, passando pelo Planeta Vermelho a uma velocidade de 203.000 km/h.

Ele ficou a uma distância de 139.500 km de Marte, menos da metade da distância entre a Terra e a Lua.

Segundo cientistas, a passagem do cometa ofereceu uma oportunidade única de estudo do seu impacto sobre a atmosfera marciana. "É uma ótima oportunidade de aprendizado", comemorou Nick Schneider, da missão da sonda Maven em Marte.

O cometa foi descoberto por Robert McNaught no observatório australiano Siding Spring, em janeiro de 2013. Acredita-se que ele tenha se originado bilhões de anos atrás, na Nuvem de Oort, uma região distante do espaço de onde partem cometas que "permanecem inalterados desde os primeiros dias do Sistema Solar", segundo a Nasa. O cometa viajou mais de 1 milhão de anos para fazer esta primeira parada em Marte, e só irá retornar dentro de outro milhão de anos, assim que completar uma volta ao redor do Sol.

Antes de o cometa entrar na órbita do Planeta Vermelho, a Nasa reposicionou as naves Mars Reconnaissance Orbiter, Mars Odyssey e Maven, para evitar danos às mesmas causados pelos resíduos do Siding Spring.

Um cometa gigante está viajando no espaço e deve passar bem próximo de marte neste domingo (19). Essa é a expectativa de cientistas da agência de Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (NASA). O cometa recebeu o nome de 'Siding Spring' e, segundo os pesquisadores, tem um núcleo de 1,5 quilômetro de diâmetro - equivalente a uma pequena montanha.

'Siding Spring' viaja a uma velocidade de 202 mil quilômetros por hora. Os pesquisadores calculam que ele está em viagem há um milhão de anos. Para saber mais detalhes da passagem do cometa pelo planeta vermelho, cinco exploradores robóticos da NASA em marte estão sendo redirecionados para acompanhar a passagem.

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Confira outros detalhes no vídeo a seguir:

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Um cometa está prestes a passar muito perto de Marte, em um encontro que acontece uma vez a cada milhão de anos e que será abundantemente fotografado e documentado, informou a Nasa. O cometa C/2013 A1, também chamado "Siding Spring", tem um núcleo de 1,6 km de diâmetro e é tão pouco sólido quanto um monte de talco.

O astro passará à toda velocidade a apenas 139.500 km do planeta vermelho. Se fosse passar tão perto do nosso planeta, a distância equivaleria a um terço daquela entre a Lua e a Terra. "Siding Spring" passará pelo ponto mais próximo de Marte às 18H27 GMT (16H27 de Brasília) de domingo, 19 de outubro, informou a agência espacial americana.

Embora voe no espaço a uma velocidade vertiginosa de 202.000 km/h, o pequeno cometa tem poucas probabilidades de se chocar com a superfície marciana. Mas, de qualquer modo, os cientistas têm acompanhado com muito entusiasmo sua trajetória e seu rastro.

"Veremos meteoros na atmosfera de Marte? Os cometas são imprevisíveis", declarou Jim Green, diretor da divisão de ciências planetárias na sede da Nasa, em Washington. "Penso que é improvável que se destrua", explicou Green a jornalistas. "Mas nos interessa saber se manterá sua estrutura ou não", prosseguiu.

A Nasa pôs suas naves que orbitam Marte o mais distante possível do local por onde passará o Siding Spring, para evitar que sofram danos dos vestígios que o cometa soltar ao passar com toda a velocidade. Embora as naves Mars Reconnaissance Orbiter, Mars Odyssey e MAVEN tenham sido reposicionadas para ficar a salvo da poeira estelar, espera-se que capturem um tesouro de dados sobre o cometa que fará a alegria dos cientistas.

Enquanto isso, em solo marciano, as sondas Curiosity e Opportunity apontarão suas câmeras para o céu avermelhado e enviarão à Terra fotos da passagem do cometa, que devem chegar nas próximas semanas ou meses. O cometa foi descoberto por Robert McNaught no observatório australiano "Siding Spring", em janeiro de 2013.

Acredita-se que tenha se originado há 1 bilhão de anos na Nuvem de Oort, uma região distante no espaço, de onde partem cometas que "permanecem inalterados desde os primeiros dias do Sistema Solar", acrescentou a Nasa.

O cometa viajou mais de um milhão de anos para fazer esta primeira parada em Marte e só voltará dentro de outro milhão de anos, assim que completar uma volta ao redor do sol.

Cientistas da Agência Espacial Europeia anunciaram nesta segunda-feira (15) o local onde irão tentar realizar o primeiro pouso em um cometa em movimento no espaço a 55 mil quilômetros por hora. A manobra é um dos momentos chave da missão que já dura uma década para examinar o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e aprender sobre a origem e evolução dos corpos celestes no universo.

"Essa é uma missão absolutamente única", disse o gerente da missão Fred Jansen, comparando a complexidade da aterrissagem na superfície de 4 km de largura do cometa com a aterrissagem de uma nave espacial em corpos celestes muito maiores, como a Lua ou Marte.

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A sonda não tripulada Rosetta está voando ao lado do cometa 67P desde agosto, enviando imagens de alta resolução que permitiram que os cientistas escolhessem cinco lugares possíveis para a aterrissagem. O local escolhido, apelidado de "J", foi selecionado pelo seu terreno relativamente seguro e sua proximidade com locais considerados interessantes na superfície do cometa.

"Mesmo assim, o risco é alto", disse o gerente do projeto Philae, Stephan Ulamec. Os cientistas não sabem o quão difícil é a superfície escolhida e quão ativo o cometa estará no dia 11 de novembro. Como todos os cometas, corpo gelado do 67P começou a espumar e pulverizar matéria à medida que se aproxima do Sol.

Outro problema é força gravitacional do cometa, milhares de vezes menor do que a da Terra. Para evitar que a sonda seja puxada para o espaço após a aterrissagem, serão necessários arpões e parafusos para fixá-la na superfície do cometa. Além disso, existe o fato de que a sonda foi projetada há 15 anos, quando a agência ainda não sabia qual seria o seu alvo.

Apesar dos desafios, não haverá ensaios. "Chegou a hora de fazer isso acontecer", disse o diretor do voo da sonda Rosetta, Andrea Accomazzo. Fonte: Associated Press.

A sonda não tripulada Rosetta chegou ao seu cometa de destino nesta quarta-feira (6), após uma viagem de 6,4 bilhões de quilômetros pelo espaço que durou mais de uma década. A sonda europeia vai circular a órbita do corpo celeste e estudar a formação gigantesca de poeira e gelo, enquanto giram em torno do sol. Se tudo der certo, a Rosetta deve pousar no cometa nos próximos meses.

A sonda encontrou o 67P/Churyumov-Gerasimenko, como planejado, em algum lugar entre as órbitas de Marte e Jupiter. A incrível viagem, lançada no dia 02 de março de 2004, marca uma revolução no esforço humano para entender os corpos celestes que estão constantemente marcando o céu terrestre.

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Enquanto a lua, Marte e mesmo asteroides já foram visitados por objetos feitos pelo homem, esta é a primeira vez que uma nave humana chegou perto de um cometa. A sonda Rosetta vai além e deve lançar um veículo para a superfície do 67P, uma manobra planejada para novembro.

A sonda europeia agora vai passar vários meses observando o cometa de uma distância segura, cerca de 100 quilômetros acima de sua superfície. Isso vai dar aos cientistas tempo para encontrarem o melhor lugar para o pouso. Esse passo será crucial na missão, já que eles terão uma única chance lançar o veículo até o corpo do cometa.

No entanto, mesmo que o pouso na superfície do 67P falhe, a sonda vai continuar orbitando o corpo celeste pelo menos até o fim de 2015, coletando informações com seus sensores. Na medida em que se aproximar do sol, o cometa começará a descongelar e a soltar a nuvem de poeira e fumaça que causa o fenômeno conhecido como estrelas cadentes.

Os cientistas esperam que o projeto 1,3 bilhões de euros ajude a esclarecer questões sobre a origem dos cometas, das estrelas, dos planetas ou atém mesmo da vida na Terra. Fonte: Associated Press.

Na noite da véspera de Natal, uma bola de fogo cruzou o céu da Europa e assustou a população da região entre a fronteira da Alemanha, Bélgica e França. O objeto, fotografado e filmado por alguns usuários do YouTube, gerou especulações das mais diversas, chegando a ser confundido com um cometa, OVNI e até que com a "Estrela de Belém", evento bíblico que teria apontado a localização do menino Jesus recém-nascido.

Segundo o site do Observatório Real da Bélgica, o objeto que se despedaçava na atmosfera terrestre tratava-se apenas de restos do foguete russo Soyuz, lançado na última quarta-feira (21), do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

"A bola de fogo que foi observada no dia 24 de dezembro, às 17H30, sobre Bélgica, Holanda, França e Alemanha, era a reentrada do último estágio do foguete Soyuz", diz a nota publicada pelo Observatório.

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