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A companhia aérea francesa Air France discriminou um de seus auxiliares de voo, ao proibi-lo de usar tranças africanas, um penteado autorizado para as comissárias de bordo – considerou o tribunal de cassação francês.

Contratado em 1998 pela Air France, o comissário de bordo usava desde 2005 esse penteado "preso em um coque", mas a empresa impediu-o de trabalhar com ele, porque "não estava autorizado" para a tripulação masculina.

O empregado, que usou peruca por vários anos para exercer seu trabalho, denunciou seu caso na Justiça do Trabalho, em 2012, por discriminação. Meses depois, foi suspenso pela Air France por violar o código de vestimenta da empresa.

Em 2016, o trabalhador foi declarado “definitivamente não apto” por uma depressão reconhecida como doença profissional. Dois anos depois, foi demitido, ao rejeitar uma conversão como pessoal de terra.

"As exigências relacionadas com o exercício da profissão de comissário de bordo não justificam proibir" este penteado e, ao autorizá-lo apenas para mulheres, a companhia aérea comete um "diferença de tratamento" discriminatória, decidiu o tribunal superior francês na quarta-feira.

O tribunal do trabalho e a corte de apelação haviam rejeitado a demanda do comissário de bordo, mas o tribunal de cassação lembrou que o Código do Trabalho permite diferenças de tratamento entre funcionários apenas se forem "essenciais e decisivas".

“A forma de pentear não é nem uma parte do uniforme, nem sua extensão”, e os “códigos sociais” invocados pela corte de apelação “não são critérios objetivos que justifiquem uma diferença de tratamento entre homens e mulheres”, acrescentou.

O presidente Jair Bolsonaro designou dois novos membros para a Comissão de Ética Pública, ambos com mandato de três anos. Os nomes estão em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (18). Um deles é o do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Célio Faria Júnior, e o outro é de João Henrique Nascimento de Freitas, assessor especial da Presidência.

A Comissão de Ética Pública é formada por sete membros, cuja atuação, sem remuneração, é considerada prestação de relevante serviço público. O colegiado, que consiste em uma instância consultiva do presidente da República e ministros de Estado, é responsável pela aplicação da Lei de Conflito de Interesses para altas autoridades do governo federal e ainda pela coordenação, avaliação e supervisão do Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Público Federal.

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Na mesma edição do Diário Oficial, Bolsonaro também dispensou Roberta Muniz Codignoto da função de membro da comissão, em função de renúncia.

Nessa quarta-feira (9), a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou, um projeto de lei que veda o uso de imagens eróticas, pornográficas ou obscenas no material escolar.  

A PL 3010/2011 visa proteger o público infanto-juvenil de imagens eróticas, pornográficas e obscenas em seus materiais escolares tanto didáticos produzidos por editoras como capas de cadernos. O atual relator do projeto é o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR).

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A proposta, que tem caráter conclusivo, segue para Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e, por fim, ao Senado. 

Na Comissão de Educação, o parecer acolhido foi pela aprovação na forma de substitutivo, que propõe uma classificação indicativa para as imagens e ilustrações. Para menores de 12 anos quando existirem diálogos, narrações ou cartelas gráficas sobre sexo, em qualquer contexto; para menores de 14 anos quando existirem imagens, diálogos e contextos eróticos, sensuais ou sexualmente estimulantes; e para menores de 18 anos quando a imagem contiver sexo com incesto, sexo grupal, fetiches violentos e pornografia em geral.

A Secretaria Municipal de Educação do Recife, juntamente com a Secretaria de Planejamento, Gestão e Transformação Digital, publicaram um edital no Diário Oficial do Município, uma portaria que altera a comissão organizadora de concurso para professores.

De acordo com o documento, serão oferecidas 1.300 vagas. Do total de oportunidades, 1.100 são para professores da educação infantil e anos iniciais ensino fundamental, enquanto as outras 200 devem ser ocupadas por docentes que atuarão nos anos finais do ensino fundamental.

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O concurso foi autorizado em 2021. A equipe, segundo a Prefeitura, ficará responsável pelo “planejamento, acompanhamento e supervisão da realização do concurso público, a gestão municipal está agora trabalhando nas próximas etapas do processo, como a elaboração do edital e a abertura do chamamento público para contratação de empresa responsável pela realização do processo”.

Por Joice Silva

A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou, na terça-feira (5), um convite para que Marcos Valério, personagem central do caso do mensalão, seja ouvido a respeito de acusações feitas ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em delação à Polícia Federal. A iniciativa de chamar Valério partiu do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.

Condenado a 37 anos de prisão, sob a acusação de ter operado o esquema do mensalão no primeiro mandato de Lula, Valério afirmou, em depoimento à PF, que administrou um caixa secreto de R$ 100 milhões para o PT. Ele repetiu, ainda, que a legenda tinha vínculos com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). As informações foram divulgadas pela revista Veja.

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A intenção da Comissão de Segurança é ouvir Valério na semana que vem, em audiência pública. A data ainda não foi agendada, mas aliados de Bolsonaro querem que Valério compareça à Câmara no próximo dia 14.

Parlamentares do Centrão usaram a tribuna, nesta quarta, 6, para cobrar explicações sobre as denúncias feitas por Valério e aumentar o desgaste do PT. O deputado Coronel Tadeu (PL-SP) pediu proteção da Polícia Federal a Valério, até que seja ouvido na Câmara. "Eu fico aqui pensando se ele estará vivo para ouvir os nossos questionamentos", afirmou Tadeu.

Outros insistiram na denúncia feita por Valério em depoimento à Operação Lava Jato, em 2016. À época, ele disse ter feito pagamentos clandestinos para que Lula não fosse implicado no sequestro e assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel. O crime ocorreu há 20 anos.

O advogado Marcelo Leonardo, que representa Valério, disse que o seu cliente cumpre pena em liberdade e está impedido de falar sobre a delação por causa do acordo com a Justiça. Ele não confirmou se o pivô do mensalão irá comparecer à convocação feita pela comissão da Câmara.

'Calúnias'

Em nota divulgada ontem à noite, a cúpula do PT disse que "o bolsonarismo mobilizou seus agentes" com o objetivo de aprovar um convite para que Marcos Valério deponha na Comissão de Segurança da Câmara. "Querem armar o cenário para que lá sejam repetidas as mentiras, armações e calúnias já derrubadas nas mais diversas instâncias judiciais e investigativas", destaca um trecho da nota.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o texto da Proposta de Emenda à Constituição 11/2022, que dá segurança jurídica ao piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Agora, o texto segue para a comissão especial, que deverá discutir a PEC antes de sua apreciação em plenário.

A votação, ocorrida de maneira simbólica, só não foi unânime porque o partido Novo foi divergente. Já o deputado Bilac Pinto (União Brasil-MG) afirmou que a comissão especial deve definir qual será a fonte de custeio desse piso salarial. “Nós somos a favor, mas não podemos botar essa conta somente para as prefeituras e para os hospitais”, disse.

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A matéria foi proposta após senadores e deputados aprovarem o PL 2.564/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que prevê piso mínimo inicial para enfermeiros no valor de R$ 4.750. Pela proposta, esta será a remuneração mínima a ser paga nacionalmente por serviços de saúde públicos e privados. No caso dos demais profissionais, o texto fixa 70% do piso nacional dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, enviou ofício às Forças Armadas reiterando convite para reunião da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) e do Observatório de Transparência das Eleições, que ocorre nesta segunda-feira, 20.

O ofício do Tribunal, assinado em 17 de junho, é resposta ao pedido do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, para o agendamento de um encontro entre as equipes técnicas da pasta e da Justiça Eleitoral. O texto indica que a Comissão "é integrada pela equipe técnica deste Tribunal e por instituições que, mesmo nesta fase final de preparação dos sistemas eleitorais, têm dado relevante contribuição para que as eleições sejam realizadas de forma segura e transparente".

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A mensagem de Fachin também destaca que a maioria das sugestões apresentadas no âmbito da Comissão foram acolhidas, e que mesmo que algumas não tenham sido postas em prática neste ciclo eleitoral, "serão consideradas para uma nova análise objetivando os próximos pleitos". O ofício termina com um agradecimento às Forças Armadas pelas contribuições no fórum de discussão e pelo "valioso suporte operacional e logístico" prestado em eleições anteriores.

Além disso, o presidente do TSE afirmou que espera contar com a presença do general Heber Portella, representante do Ministério da Defesa na CTE.

Em rápida reunião virtual na noite desta quarta-feira (15), a Comissão da Lei do Impeachment decidiu receber sugestões de qualquer pessoa pelo email cjnlimp@senado.leg.br. Também foi decidido que o colegiado pedirá para a área técnica do Senado criar um canal na internet para o recebimento dessas sugestões até o final do mês de julho. 

A reunião foi conduzida pelo presidente da Comissão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. 

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"No mais breve espaço de tempo possível abriremos um canal para ouvir o público em geral, para ouvir a cidadania, o homem comum do povo, os especialistas, os políticos, que quiserem contribuir com suas sugestões para a Comissão da Lei do Impeachment", disse Lewandowski. 

Também participaram da reunião a relatora Fabiane Pereira de Oliveira e os juristas Fabiano Augusto Martins Silveira, Heleno Taveira Torres, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, Pierpaolo Cruz Bottini, Carlos Eduardo Frazão do Amaral, Gregório Assagra de Almeida e Maurício de Oliveira Campos Júnior.  O colegiado é composto também pelos juristas Rogério Schietti Machado Cruz, Antonio Augusto Anastasia e Marcus Vinicius Furtado Coêlho. 

A Comissão foi criada (ATS 3/2022) pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para atualizar a Lei do Impeachment (Lei 1.079, de 1950). O colegiado vai apresentar proposta de atualização da Lei do Impeachment, que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento. A atual norma foi promulgada durante a vigência da Constituição de 1946, mas não foi inteiramente incorporada pela Constituição de 1988. 

Desde a sua criação, a lei foi utilizada em dois processos de impeachment no plano federal: em 1992, no governo do então presidente Fernando Collor, e em 2016, quando Dilma Rousseff era a chefe do executivo. Outros dois presidentes, Carlos Luz e Café Filho, sofreram impeachments durante a vigência da lei (ambos em 1955), mas ela não foi aplicada nesses casos porque o Congresso entendeu que era necessário um julgamento sumário. 

*Da Agência Senado

Nesta quarta-feira (8), o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, compareceu à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e Seguridade Social e Famíliada Câmara dos Deputados. Na ocasião, Nogueira foi questionado pelo deputado Leo de Brito (PT) sobre se as Forças Armadas apoiariam um eventual golpe, o representante da pasta se limitou a ler o Artigo 142 da Constituição Federal.

"Caso aconteça o que aconteceu nos Estados Unidos, senhor ministro, a invasão ao Capitólio, que foi aplaudida por muitos aqui. Eu quero saber se as Forças Armadas brasileiras vão cumprir o seu papel constitucional, de garantia da lei e da ordem, que está previsto no Artigo 142 da Constituição. Caso queiram invadir o TSE, o STF ou esse parlamento aqui, senhor ministro. As Forças Armadas apoiariam um eventual golpe?", questionou o petista. 

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Em resposta, Paulo Sergio Nogueira afirmou que ele tinha para dar já tinha sido apontada pelo parlamentar. Segurando a Constituição Federal, o ministro iniciou a leitura do Artigo 142, que versa sobre a função do exército e Forças Armadas. "As Forças Armada vão sempre estar em condições de fazer [o que está previsto na Constituição]". A fala de Nogueira foi aplaudida por alguns deputados da Comissão.

 

Na noite dessa terça-feira (31), a Câmara dos Deputados criou uma Comissão Externa para acompanhar os prejuízos causados pelas fortes chuvas em Pernambuco. O Estado contabiliza 106 mortes e mais de seis mil desabrigados. 

 Solicitada pela deputada Marília Arraes (Solidariedade) na segunda (30), a Comissão não trará ônus à Casa e será coordenada pela própria parlamentar. "Iremos acompanhar a situação de emergência do nosso estado e acompanhar a famílias que estão sofrendo por conta da chuva", afirmou.  

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Outros pernambucanos também se solidarizaram com as famílias envolvidas na tragédia. “Precisamos buscar soluções efetivas para minimizar o risco de problemas de extrema gravidade como esse que acontece", propôs Ossesio Silva (Republicanos). 

Deputados de fora do estado também prestaram apoio às vítimas. Alexandre Frota (PSDB-SP) anunciou que tem mobilizado doações de água, cestas básicas e cobertores. “Tenho certeza de que esta Casa toda é solidária às vítimas das chuvas no Recife, no estado de Pernambuco. É com tristeza imensa que nós estamos assistindo a essa tragédia”, disse ao abrir a sessão. 

A baiana Lídice da Mata (PSB), Gonzaga Patriota (PSB-PE) e Carlos Zarattini (PT-SP) também comentaram sobre a importâncias de ações para mitigar as perdas causadas pelas enchentes. 

No Dia do Índio, celebrado nesta terça-feira (19), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou a Portaria TSE nº 367/2022, que institui a Comissão de Promoção da Participação Indígena no Processo Eleitoral. A comissão elaborará estudos e projetos para promover e ampliar a presença desses povos nas diversas fases das eleições. Coordenado pela assessora do Núcleo de Inclusão e Diversidade do TSE, Samara Pataxó, na prática o colegiado vai planejar ações com objetivo de fortalecer o exercício da capacidade eleitoral dos indígenas, respeitando os respectivos costumes, linguagens e organização social.

Samara ressalta que a comissão, composta por outros indígenas, também deverá atuar em atividades que promovam o enfrentamento da sub-representatividade indígena na política, de forma a auxiliar a Justiça Eleitoral no compromisso de ampliar o exercício da cidadania dos povos originários brasileiros.

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“A nível institucional, o TSE já tem se esforçado nesse sentido, não só com relação aos povos indígenas, mas a outros grupos sub-representados. Mas precisamos enriquecer ainda mais esse debate dentro da estrutura da Justiça Eleitoral. Esses pequenos avanços são significativos e têm de ser celebrados, pois apontam para um futuro melhor visando uma maior participação indígena no processo eleitoral”, disse Samara.

Inclusão e diversidade

Essa não é a primeira iniciativa do TSE este ano com foco em minorias. Já sob a presidência do ministro Edson Fachin, que assumiu a Corte Eleitoral em fevereiro, foi criado o Núcleo de Inclusão e Diversidade do Tribunal. A função do grupo é fortalecer a atuação da Corte em temas relacionados ao aumento da participação política de públicos variados, com foco nas mulheres, nos negros, na população LGBTQIA+ e nos povos originários.

Samara Pataxó disse que espaços para discussão do tema são uma forma de retomar o debate plural sobre a participação dessas pessoas na democracia do país, uma vez que, segundo ela, os povos indígenas do Brasil somente conquistaram a cidadania plena, no sentido normativo, após a Constituição Federal de 1988. “Antes disso, a condição de ser indígena era muito limitada e éramos tidos como relativamente incapazes na vida civil, o que implicava também o exercício dos direitos políticos. Desde então, o indígena se tornou um cidadão pleno, votando, se candidatando e exercendo seus direitos e deveres”, lembra.

Números

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população estimada de indígenas no país é de mais de 857 mil pessoas, sendo 305 povos e 274 línguas diferentes. Nas eleições gerais de 2018, 133 indígenas se candidataram aos cargos de governador, senador, deputado federal e deputado estadual e distrital. No pleito municipal de 2020, 2.216 candidatos indígenas concorreram às prefeituras e às câmaras de vereadores do Brasil.

O senador Humberto Costa (PT) confirmou, nesta segunda-feira (18), que pedirá acesso aos áudios de sessões do Superior Tribunal Militar (STM) durante o período da ditadura no Brasil. A Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo petista, deverá analisar o conteúdo.

Segundo o parlamentar, nesses áudios fica claro que os ministros sabiam das torturas, já que falavam sobre elas. Esses áudios foram divulgados pelo Jornal O Globo, na coluna da jornalista Miriam Leitão, que também já foi torturada.

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"Estou requerendo que a Comissão de Direitos Humanos tenha acesso a esses áudios e que nós possamos fazer uma análise do seu conteúdo", declara o senador.

Ele destaca que "a exposição das gravações em que ministros do STM admitem tortura é uma assunção cabal do Estado sobre tudo o que cometeu durante o regime militar. É especialmente sensível receber todo esse relato pela escrita de uma mulher tão seviciada pela ditadura como foi Miriam Leitão".

O senador defende que os brasileiros precisam serem advertidos sobre o que acontece numa ditadura. "Milhões de brasileiros não viveram essa experiência e precisa, no ano de eleição, serem advertidos sobre o que quer Jair Bolsonaro ao final das contas: instaurar no Brasil uma ditadura e proclamar-se ditador".

Os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos informaram à Comissão de Educação do Senado na noite desta quarta-feira (6), que não comparecerão à sessão desta quinta-feira (7). Os senadores vão ouvir apenas o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE), Marcelo Ponte.

Como revelou o Estadão, os religiosos formavam um gabinete paralelo junto ao então ministro da Educação, Milton Ribeiro, facilitando o acesso ao comando da pasta. Prefeitos relataram ao Estadão e depois aos próprios senadores que os pastores cobravam propina em ouro, dinheiro e até compra de Bíblias para destravar recursos do MEC. A atuação de Arilton Moura e Gilmar Santos levou à queda de Ribeiro da chefia da pasta.

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O presidente da Comissão de Educação, Marcelo Castro (MDB-PI), reagiu à recusa dos pastores em falar aos senadores. "Quem não tem culpa, quem é acusado injustamente, deve ser o primeiro interessado em vir prestar os esclarecimentos", afirmou. "Eu acho que isso aconteceria com qualquer um de nós. Se a pessoa não vem prestar os esclarecimentos, se recusa a prestar os esclarecimentos, de certa forma eu acho que não fica bem para ela, é quase que uma confissão de culpa. Não vem por quê? Se a pessoa não tem culpa, eu acho que a pessoa faz é questão de vir", afirmou. "Mas isso fica a critério de cada um, eles não são obrigados a vir. Nós não temos o poder de polícia, como tem uma CPI."

No documento enviado ao Senado e assinado pelo religioso, Gilmar Santos agradeceu o convite para falar aos parlamentares. O pastor disse que já prestou "os esclarecimentos pertinentes, tanto por meio de nota social publicada em redes sociais, quanto por meio de declarações à autoridade judicial competente", escreveu.

A defesa de Arilton Moura afirmou que o religioso tem "total interesse em cooperar com o esclarecimento dos fatos". "Todavia, por ora, considerando que já existem procedimentos instaurados na esfera judicial, o sr. Arilton declina do convite, com as mais respeitosas vênias", informou o documento enviado à comissão.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a votação da reforma tributária, após senadores das maiores bancadas se posicionarem contra a proposta. A deliberação ficou para a próxima semana.

O relator da reforma, Roberto Rocha (PSDB-MA), desidratou o texto para atrair apoio, aumentando o período de transição e incluindo medidas de compensação para perdas de receitas, mas ainda há resistências.

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Senadores pedem novas mudanças para garantir a manutenção de tratamentos diferenciados em regimes especiais nas regiões Norte e Nordeste e proteção tributária para cooperativas de produção e crédito. A movimentação contra a aprovação, no entanto, vai além.

De forma geral, parlamentares levantam resistências à reforma como um todo, evitando dar apoio à mudança no sistema de tributos em ano eleitoral, no momento em que qualquer medida pode mexer na arrecadação de Estados e municípios e na tributação de setores específicos.

A proposta altera o sistema de tributos no País criando o Imposto sobre Valor Agregado (IVA). De acordo com o parecer, será um IVA Dual, dividido em dois modelos: um federal, substituindo PIS e Cofins por meio da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS); e outro estadual e municipal, unindo o ICMS e o ISS, e criando o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

A reforma não inclui o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas estabelece que esse tributo, cobrado sobre a indústria, seja substituído por um imposto seletivo, que incidirá apenas sobre produtos considerados nocivos, como cigarro e bebidas alcoólicas. Nesse caso, no entanto, não há prazo para a reformulação e a alteração do IPI dependerá de lei complementar.

O parecer prevê um período de transição da mudança dos impostos cobrados por Estados e municípios que começaria em 2025, se a reforma for aprovada definitivamente neste ano, e só terminaria em 2066. Inicialmente, serão sete anos para a substituição dos tributos e, em paralelo, 40 anos para a mudança da cobrança de impostos, que não ocorrerá mais na origem da produção, mas no local onde os produtos e serviços são consumidos. Cada Estado ou município poderá definir sua própria alíquota do IBS.

Nos primeiros 20 anos, a receita do IBS será distribuída aos Estados e municípios mantendo o valor da receita atual, corrigido pela inflação. Do total da arrecadação, 3% será distribuído para governos estaduais e municipais mais afetados com a mudança. Na segunda etapa, também de 20 anos, essa reposição será extinta. Para quem formulou a proposta, esse período todo pode nem ser necessário, afinal, se houver crescimento econômico, haverá aumento de arrecadação.

A transição "longa e suave", como é chamada por técnicos e parlamentares, foi uma tentativa de atrair o apoio de Estados e municípios que temem perda de arrecadação com o novo modelo.

As maiores resistências vêm de Estados que produzem muito e consomem menos, como o Amazonas, e de capitais e grandes cidades, que arrecadam ISS e não querem unir o imposto com o ICMS, cobrado pelos Estados. Também há críticas no setor de serviços, que tem o maior peso no Produto Interno Bruto (PIB).

No caso do Amazonas, o relator alterou o parecer para autorizar que o Estado participe da arrecadação do IBS, mesmo com a alteração da origem para o destino.

O relator também mexeu no texto para prever, por lei complementar, o ressarcimento parcial ou até mesmo integral das despesas da população de baixa renda com o pagamento do IBS. Na prática, a proposta autoriza uma transferência de renda para devolver os valores gastos por pessoas pobres com impostos sobre o consumo.

O adiamento foi defendido por integrantes de MDB, PSD e Podemos, que representam as maiores bancadas do Senado. "Nós não podemos, em um momento de crise e de tanta insegurança jurídica, criar mais uma, que é a insegurança tributária", afirmou a senadora Simone Tebet (MDB-MS). "Para quem aguardou 20 anos, por que não aguardar mais uma semana?"

Os senadores fecharam um acordo para encerrar a discussão e deixar apenas a votação para a próxima reunião. "Se não houver boa vontade do governo federal, se não houver boa vontade dos Executivos estaduais e municipais, nenhuma reforma tributária vai resolver a questão tributária no nosso País, por mais mudanças na Constituição que façamos", disse o senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR).

A comissão de juristas para atualizar a lei do impeachment, que é de 1950, foi instalada nesta sexta-feira (11) no Senado. Criado pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o colegiado terá prazo de 180 dias para apresentar um anteprojeto de lei. Pacheco afirmou que a revisão é importante para que o impeachment não siga como um elemento gerador de crise. Ele também destacou que a norma foi promulgada sob a vigência da Constituição Federal de 1946, e não foi inteiramente recepcionada pela Constituição de 1988.   

"Se abalos e sobressaltos fazem parte da dinâmica política, a figura do impeachment não deve operar como fator de seu agravamento. Seja com a sua mera previsão normativa, seja na hipótese extremada de sua aplicação prática, o impeachment deve ser solução, e não parte de um problema nacional",  apontou o presidente do Senado. 

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Além de definir quais são os crimes de responsabilidade, a Lei do Impeachment  (Lei 1.079, de 1950) regula a apresentação de denúncia e o processo de julgamento da autoridade que incorrer nessas práticas. Podem ser enquadrados o presidente da República, ministros de Estado, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República. 

Presidido pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, o colegiado é composto por 12 integrantes. O magistrado presidiu, em 2016, a sessão de julgamento do Senado que determinou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Lewandowski reforçou que a legislação precisa garantir aos denunciados "o direito ao contraditório e à ampla defesa" conforme prevê a Constituição promulgada em 1988, 38 anos após a entrada em vigor da lei do impeachment. 

 Ele apontou ainda que a norma é “pobre” em termos de procedimento e lembrou que o processo que levou ao afastamento de Dilma Rousseff exigiu um acordo de lideranças sobre o funcionamento dos trabalhos. Na ocasião, lembrou o presidente do colegiado, foram utilizados dispositivos previstos nos regimentos do Senado e da Câmara, precedentes do STF e preceitos do tribunal do júri previstos no Código Penal.   

"Nós enfrentamos uma questão muito séria que é quanto ao procedimento a ser adotado no impeachment. Se analisarmos com cuidado a lei, veremos que ela é muito pobre no que diz respeito ao procedimento", apontou Lewandowski ao falar à imprensa antes da reunião. 

 A relatora é Fabiane Pereira de Oliveira, assessora no STF. Durante a reunião desta sexta-feira (11), o colegiado escolheu o nome do advogado Marcus Vinicius Furtado Coêlho para o cargo de vice-presidente. 

 Segundo o cronograma apresentado por Lewandowski, a comissão se reunirá a cada 15 dias de forma virtual e 1 vez por mês de forma presencial. No início do trabalho, os integrantes deverão analisar propostas sobre o tema em tramitação no Congresso.   O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Antonio Anastasia também fará parte do grupo. Ele era senador em 2016 e atuou como relator do processo de Dilma no Senado. 

Os membros não serão remunerados, mas o Senado vai custear as despesas logísticas de funcionamento da comissão, como transporte e hospedagem.  Impeachment Dois presidentes do Brasil já passaram por processo de impeachment com base na lei: Fernando Collor, em 1992, e Dilma Rousseff, em 2016. Ambos perderam o cargo. Outros dois presidentes, Carlos Luz e Café Filho, sofreram impeachments durante a vigência da lei (ambos em 1955), mas ela não foi aplicada nos casos deles porque o Congresso entendeu que era necessário um julgamento sumário. 

Integrantes da comissão: Ricardo Lewandowski, ministro do STF e presidente do colegiado;  Fabiane Pereira de Oliveira,  assessora do STF e relatora do grupo. Foi secretária-geral da Presidência do STF durante o impeachment de 2016;  Marcus Vinicius Furtado Coêlho, advogado,  ex-presidente da OAB Nacional e vice-presidente da comissão de juristas;  Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça e secretário-geral da Mesa do Senado durante o impeachment de Dilma;  Rogério Schietti Machado Cruz, ministro do STJ;  Antonio Anastasia, ministro do TCU, ex-senador e relator do impeachment de Dilma Rousseff;  Heleno Taveira Torres, professor da Faculdade de Direito da USP;  Fabiano Augusto Martins Silveira, consultor legislativo do Senado e ex-ministro de Transparência, Fiscalização e Controle;  Maurício de Oliveira Campos Júnior, advogado;  Carlos Eduardo Frazão do Amaral, advogado e ex-secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE);  Gregório Assagra de Almeida, promotor do Ministério Público de MG e doutor em direito pela PUC-SP;  Pierpaolo Cruz Bottini, advogado criminalista e professor universitário. 

*Da Agência Senado

A Câmara Municipal do Recife instalou uma Comissão Especial Suprapartidária para acompanhar as negociações salariais entre os professores e a Prefeitura do Recife, nesta terça-feira (8). 

De acordo com o vereador Osmar Ricardo (PT),  a categoria está com os salários congelados há três anos. "Essa Comissão Especial tem uma tarefa importante que é ajudar a destravar as negociações que não avançaram. Os professores e professoras cobram o piso salarial que é de direito, está na lei. A categoria está há três anos com salários congelados".

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Greve

  Na última quinta (3) professores e professoras deflagraram greve, após ter o reajuste do piso salarial negado. O índice de 33,23% foi anunciado pelo Ministério da Educação e deve ser aplicado a todas as carreiras do magistério.  

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criou na sexta-feira, dia 11, uma comissão de juristas para atualizar a Lei do Impeachment, que é de 1950. O grupo terá 11 integrantes e será presidido pelo ministro do Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). Lewandowski presidiu a sessão de julgamento no Senado que determinou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.

"Os problemas da lei já foram apontados em diversas ocasiões pela doutrina e jurisprudência como fonte de instabilidade institucional, demandando assim sua completa revisão", justifica Pacheco no ato que instituiu a comissão.

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O prazo para concluir os trabalhos é de 180 dias a contar de sua instalação - que ainda não tem data definida. Promulgada sob a vigência da Constituição Federal de 1946, a lei não foi inteiramente recepcionada pela Constituição de 1988. Segundo Pacheco, esse é o principal argumento para a necessidade de uma revisão.

A Lei do Impeachment estabelece quais são os chamados crimes de responsabilidade, justificativa para o impedimento de um presidente da República. Dois presidentes do Brasil já foram afastados do cargo após sofrerem processo de impeachment com base no texto: Fernando Collor (que renunciou após virar alvo da lei), e Dilma Rousseff.

O Senado vai formar uma comissão de juristas para elaborar um anteprojeto de atualização da Lei do Impeachment (Lei 1.079, de 1950). A criação da comissão foi publicada nesta sexta-feira (11).

O grupo terá 11 membros. Entre eles estão o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que presidiu o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016; e o ex-senador Antonio Anastasia, hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), que foi o relator daquele processo.

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A lista também inclui:

Rogério Schietti Cruz, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Fabiano Silveira, ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU)

Marcus Vinícius Coêlho, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (2013-2015)

Heleno Torres e Gregório Assagra de Almeida, juristas

Maurício Campos Júnior e Carlos Eduardo Frazão do Amaral, advogados

Fabiane Pereira de Oliveira, assessora do STF, e Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Eles eram os secretários-gerais, respectivamente, da Presidência do STF e da Mesa do Senado durante o impeachment de 2016

A comissão terá prazo de 180 dias para apresentar o anteprojeto, a contar da sua instalação — que ainda não tem data definida. Ela vai formular o seu próprio regulamento, que deverá prever a participação da sociedade civil na elaboração do texto.

Os membros não serão remunerados, mas o Senado vai custear as despesas logísticas de funcionamento da comissão, como transporte e hospedagem.

A Lei do Impeachment foi promulgada sob a vigência da Constituição Federal de 1946, e não foi inteiramente recepcionada pela Constituição de 1988. Esse é o principal argumento para a necessidade de uma revisão, segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

“Os problemas da lei já foram apontados em diversas ocasiões pela doutrina e jurisprudência como fonte de instabilidade institucional, demandando assim sua completa revisão”, justifica Pacheco no ato.

Dois presidentes do Brasil já passaram por processo de impeachment com base na lei: Fernando Collor, em 1992, e Dilma Rousseff, em 2016. Ambos perderam o cargo. Outros dois presidentes, Carlos Luz e Café Filho, sofreram impeachments durante a vigência da lei (ambos em 1955), mas ela não foi aplicada nos casos deles porque o Congresso entendeu que era necessário um julgamento sumário.

*Da Agência Senado

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados aprovou, nesta segunda-feira (27), texto que prevê a reserva de vagas na educação básica para idosos que não concluíram os estudos. O projeto de lei institui que instituições da rede pública reservem, pelo menos, 5% das vagas nos cursos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). ]

A medida é uma tentativa de estimular esse público a retomar a sala de aula e concluir os estudos. A iniciativa é de autoria do deputado Dr. Frederico (Patriota), que é um substitutivo do Projeto de Lei 233/21 do também parlamentar Alexandre Frota (PSDB). Em nota, divulgada pela Agência Câmara, Dr. Frederico ressaltou a importância do texto.

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“O tema específico da educação superior já foi contemplado em propostas anteriores, a exemplo dos acima mencionados, sendo salutar darmos ênfase ao acesso das pessoas idosas à educação básica”.

De acordo com o texto do deputado, os idosos têm apenas seis anos de escolaridade. Além disso, ainda segundo o comunicado, mais de 50% deles apresenta apenas 4,3 anos de estudos, o que corresponde a menos da metade do ensino fundamental”. Após aprovação na Comissão, a proposta será analisada pelas Comissões de Educação, da Constituição e Justiça e da Comissão de Cidadania.

O médico Carlos Brito revelou na tarde desta segunda-feira (13), durante a reunião pública da Comissão Especial sobre a retomada do Carnaval e grandes eventos que, mesmo em shows privados, com a exigência do passaporte vacinal, não tem como controlar a Covid-19.

"É impossível você fazer o controle tendo aglomerados e a transmissão é dependente do aglomerado. O passaporte vacinal não serve para essa variante Ômicron", detalha Brito.

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O médico salienta que as pessoas não estão dando importância ao uso da máscara como se a pandemia da Covid-19 estivesse acabado. "Cientificamente, essa pandemia não acabou e a gente não tem perspectiva para que ela venha a acabar", diz.

O médico assevera que, na possibilidade da realização do Carnaval se abre a possibilidade do fortalecimento das variantes da Covid-19 no país, com a entrada de turistas.

"É impossível fazer qualquer tipo de aglomerado em relação à possibilidade de prevenção em atividade pública ou privada. Não tem como você controlar", pontua.

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