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A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (23) uma comissão formada por juristas que vai elaborar um anteprojeto para reformar a Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998). O objetivo é atualizar a legislação, entre outros pontos, sobre as novas formas de lavagem utilizando mecanismos digitais. A comissão conta com a participação de magistrados, membros do Ministério Público, acadêmicos e especialistas e terá 90 dias para concluir seus trabalhos.

O coordenador do colegiado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Reynaldo da Fonseca, durante a instalação da comissão, lembrou que o colegiado vai atualizar uma legislação com 22 anos.

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Fonseca lembrou ainda que o crime de lavagem movimenta cerca de R$ 6 bilhões por ano no Brasil e que no mundo movimenta cerca de US$ 1 trilhão ao ano e que o dinheiro ilícito, muitas vezes tem origem em crimes antecedentes como tráfico de drogas, contrabando de bens, extorsão e outras atividades ilegais realizadas por estabelecimentos legalizados.

“Estamos falando de um crime que é ocultar a origem, ocultar o dono, ocultar o destino do dinheiro obtido ilegalmente dentro de atividades econômicas legítimas para fazê-lo parecer legal. É o branqueamento de um dinheiro sujo”, afirmou.

De acordo com Fonseca, serão criadas 16 comissões temáticas, que vão tratar de temas como a relação da lavagem de dinheiro com a prática de caixa 2 e também o caixa 2 em campanhas eleitorais; a questão da prescrição do crime; e a necessidades de ampla defesa dos acusados.

Os especialistas também devem se aprofundar nas possibilidades de lavagem de dinheiro em ambientes digitais e na investigação por meio de cooperação internacional.

O relator da comissão, desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Ney Bello falou sobre o desafio de executar a tarefa no prazo determinado e um cenário de fim de mandato da Mesa Diretora da Câmara e disse que vai trabalhar com uma metodologia para para garantir a pluralidade de pensamentos sobre o tema, ouvindo diferentes fatores sociais.

“Em um segundo momento devemos fazer audiências públicas que discutam e tragam o anseio de diversos segmentos perpassados pela lei de lavagem. Teremos que ouvir o segmento bancário, o segmento das consultorias, o Coaf [atual Unidade de Inteligência Financeira, o Ministério Público, as associações de juízes, a Enccla [ Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro] e todos aqueles que tenham a discussão perpassada", explicou.

A comissão temporária criada para acompanhar ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal convidou o vice-presidente Hamilton Mourão e ministros para visitarem a região afetada pelas queimadas. Foram convidados Ricardo Salles (Meio Ambiente), Tereza Cristina (Agricultura) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

Segundo a senadora Simone Tebet (MDB-MS), a previsão é que a viagem para Corumbá (MS) aconteça nos próximos finais de semana, mas ainda não há data definida. A parlamentar avalia que há pouco para ser feito em relação às queimadas neste momento, apenas acompanhar o combate ao fogo. Ela disse ainda que o colegiado vai propor ações preventivas para o próximo ano.

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"Vamos atuar, na Câmara e no Senado, para que possamos apresentar medidas preventivas para o próximo ano. São inúmeras possibilidades, inúmeras alternativas. A comissão vai trabalhar rapidamente nesses 60 dias para apresentar alguma coisa palpável, até uma legislação específica para o Bioma Pantanal", disse ao Broadcast Político.

Neste sábado, 19, o presidente da Comissão, senador Wellington Fagundes (PL-MT), deputados federais e estaduais e representantes do governo local na área ambiental vão sobrevoar regiões afetadas pelos incêndios. Também está prevista uma reunião do colegiado, por videoconferência, pela tarde.

Bolsonaro

Mesmo com a disparada das queimadas no Pantanal, o presidente Jair Bolsonaro minimizou a situação em evento com entidades do agronegócio no Mato Grosso nesta sexta. "Estamos vendo alguns focos de incêndio acontecendo pelo Brasil, isso acontece há anos e temos sofrido crítica muito grande."

Nesta semana, o governo federal reconheceu a situação de emergência no Estado de Mato Grosso do Sul por conta dos incêndios florestais. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicaram que só nos primeiros dez dias de setembro foram contabilizados 2.550 focos de queimadas, 88% do volume registrado durante todo o mês de 2019.

Nesta sexta-feira (18), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, instituiu a criação da Comissão de Assessoramento Técnico-Pedagógico para a Avaliação do Novo Ensino Médio da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (DAEB). A portaria nº 533 de 15 de setembro de 2020 foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e entrará em vigor a partir do dia 1º de outubro deste ano.

De acordo com publicação, a Comissão desempenha o papel de assessorar a concepção de novo modelo de avaliação educacional para o novo ensino médio brasileiro; e auxilia pedagogicamente a equipe técnica da DAEB nas fases de composição e validação de instrumentos de avaliação.

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Ainda há pretensão de ampliar o debate técnico com representantes de distintos setores dos sistemas de ensino, além de agregar conhecimento pedagógico às demandas de avaliação educacional do novo ensino médio.

O documento ainda explica que a Comissão Assessora será formada por integrantes internos e externos - sendo docentes e especialistas com prática científico-acadêmica e experiência nos campos da Educação -, nomeados por meio de Portaria do Inep. Com isso, o grupo será constituído por até 30 membros externos.

De acordo com o texto, os membros ainda contarão com o Auxílio de Avaliação Educacional (AAE) do Inep para custear as despesas de deslocamento, estadia e alimentação. As reuniões ordinárias mensais serão realizadas presencialmente na sede do Inep, no Distrito Federal, Brasília. Os integrantes da Comissão também serão avaliados através do desempenho no desenvolvimento do trabalho e frequência.

Durante sessão virtual realizada nesta segunda-feira (17), a vereadora Aline Mariano (PP) afirma que vai instaurar uma comissão para descobrir de onde vazaram as informações sobre a menina capixaba de 10 anos que estava no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) para realizar o aborto da gravidez de 22 semanas. A criança estaria sendo estuprada pelo tio desde os seus seis anos de vida, segundo apura a Polícia do Espírito Santo.

"É um absurdo a exposição ao qual essa criança está sendo submetida. Além de ter sido estuprada pelo próprio tio e ter uma gravidez de risco, uma multidão vai para a frente do Cisam para fazer manifestações que não ajudam em nada. Não estão pensando na criança. Querem fazer política com uma questão delicada para essa menina, para a família dela e tentaram desestabilizar a administração do Cisam. Vamos formalizar a criação de uma comissão para apurar e punir os responsáveis pelo vazamento das informações acerca desse caso", aponta Aline.

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A vereadora se colocou favorável ao cumprimento da legislação brasileira, que autorizou o abortamento da gravidez. "A gravidez foi interrompida com todo o profissionalismo reconhecido nacionalmente pelo Cisam e a garota está bem. A lei brasileira permite que um aborto seja realizado por meio do serviço público de saúde no caso de a gravidez ser resultado de um estupro, assim como em situação de risco para mãe ou de anencefalia. O hospital cumpriu a lei e não há o que discutir. Agora é cuidar dos danos psicológicos e físicos sofridos por essa criança e cobrar punição severa para o estuprador", salienta.

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, designou Wilson Roberto Trezza, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para colaborar com a Comissão de Preservação da Autonomia do Ministério Público Federal. A nomeação foi publicada em portaria no Diário Oficial da União desta quarta-feira (12).

Trezza, que dirigiu a Abin por oito anos, vai trabalhar como colaborador eventual, de modo que não será remunerado. A assessoria de imprensa do Conselho Superior do Ministério Público informou a escolha decorre da 'expertise' do nomeado, mas não deu detalhes sobre as funções a serem exercidas por ele.

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A Comissão, presidida pelo conselheiro Marcelo Weitzel, cuida da elaboração de estudos e manifestações relacionados à preservação da autonomia da instituição. Em sua estrutura, está alocada a Secretaria Executiva de Segurança Institucional do MPF.

COM A PALAVRA, A PGR

O colaborador Wilson Roberto Trezza foi nomeado a pedido do conselheiro do CNMP Marcelo Weitzel. O procurador-geral da República assina a portaria na condição de presidente do conselho.

O colaborador não cumprirá expediente, somente atuará por demanda do conselheiro Marcelo Weitzel. Como colaborador, não terá vinculação direta nem receberá salário.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, atendeu um pedido da defesa do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e dissolveu a comissão especial da Assembleia Legislativa que conduzia o processo de impeachment contra o ex-juiz.

"Ante a iminência do prazo para o reclamante apresentar sua defesa (29/07/2020), defiro a medida liminar para sustar os efeitos dos atos impugnados, desconstituindo-se assim a comissão especial formada para que seja constitua outra comissão, observando-se a proporcionalidade de representação dos partidos políticos e blocos parlamentares, bem como a votação plenária dos nomes apresentados pelos respectivos líderes, ainda que o escrutínio seja feito de modo simbólico", determinou Toffoli.

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A decisão de Toffoli joga o processo pelo afastamento de Witzel de volta à estaca zero na semana em que o governador deveria apresentar sua defesa.

A decisão atende reclamação apresentada pela defesa do governador na última quarta, 22, que questionou o rito utilizado pela Assembleia Legislativa do Rio para conduzir o processo. Segundo Witzel, a Casa descumpriu jurisprudências da Corte ao criar uma comissão especial sem votação e sem proporcionalidade de partidos.

O presidente da Assembleia, André Ceciliano (PT-RJ) acatou as denúncias contra o governador no dia 10 de junho, na esteira das operações que miram desvios da saúde no Estado e que atingiram Witzel. O petista determinou aos líderes partidários que indicassem nomes para a comissão, eleita com 25 membros, para conduzir o processo de impeachment.

"A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no entanto, inovou na matéria e criou rito até então inexiste, além de flagrantemente destoante daquele previsto na Lei nº 1.079, pois dispensou a votação, ainda que simbólica, dos membros da Comissão Especial, contentando-se com a mera indicação partidária, além de ter criando um colegiado completamente descolado das reais forças políticas que compõem o Parlamento Estadual, com total quebra de qualquer mínima regra de proporcionalidade, já que cada agremiação foi contemplada com uma vaga, independentemente do tamanho de sua bancada", afirmou a defesa do governador.

Witzel tentou barrar o andamento do processo no Tribunal de Justiça do Rio, mas o pedido foi negado na última quinta, 16, pelo desembargador Elton Leme. O magistrado disse que a Alerj cumpriu as exigências legais de participação de todos os partidos na comissão e que existe uma ‘impossibilidade técnica’ de garantir a proporcionalidade exigida pela defesa do governador.

Quando Elton Leme rejeitou o pedido, a defesa cogitou mais de uma possibilidade de recurso. A escolha de entrar com uma reclamação ao Supremo, antes de passar por outras instâncias, se deu por entender que a decisão do magistrado foi contrária ao entendimento do Supremo estabelecido durante o processo de afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

Placebo

Eleito na onda bolsonarista de combate à corrupção, Witzel foi alvo da Operação Placebo, que mirou supostos desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência do novo coronavírus no Rio.

O Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, o Palácio Guanabara, sede do Executivo estadual, e o escritório da primeira-dama Helena Witzel foram vasculhados pela Polícia Federal no final de maio. O inquérito, sigilo, tramita sob relatoria do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça.

A Alerj solicitou à Corte cópias do inquérito para turbinar o processo de impeachment contra Witzel, mas o pedido foi negado por Benedito Gonçalves.

Witzel nega as acusações de ter tido participação no esquema de desvios da saúde no Rio. "Fui eleito tendo como pilar o combate à corrupção e não abandonei em nenhum momento essa bandeira. E é isso que, humildemente, irei demonstrar para as senhoras deputadas e senhores deputados", disse, após a abertura do processo de impeachment.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) publicou que o Comitê de Prevenção ao Coronavírus da instituição recomenda a manutenção do isolamento social no Estado. A UFRPE ainda irá informar, semanalmente, sobre o cenário da pandemia no Brasil. O comitê irá passar  as informações em sintonia com os os órgãos oficiais em relação a situação atual da pandemia.

“Nosso objetivo é apresentar à sociedade, de forma educativa, o andamento da pandemia, buscando com informações qualificadas, educativas e de fontes seguras, trazer tranquilidade e orientações à comunidade acadêmica”, informou o texto do comitê da UFRPE.

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“Ressaltamos a importância do achatamento da curva epidêmica, através de medidas de isolamento social. Isso possibilitará a diminuir a velocidade de disseminação do vírus e o surgimento de novos casos, evitando a sobrecarga do nosso sistema de saúde”, completa, ainda, a nota publicada pela UFRPE. 

O Comitê de Prevenção da Covid-19 da univesidade alertou, também, sobre o comportamento atual do vírus no Brasil. “ A situação do nosso país é preocupante, uma vez que ocupamos o 2º lugar em número de letalidade e 1º lugar em relação à velocidade com que novos óbitos ocorrem. A partir de análises de gráficos, mapas e com a utilização de operações matemáticas e computacionais, o IRRD [Instituto para a Redução de Riscos e Desastres] tem alertado que os valores de transmissão e aumento no número de casos estão se elevando rapidamente, num curto espaço de tempo. Temos que diminuir essa aceleração para salvar vidas”.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, nomeou a comissão de ética da pasta nessa segunda-feira (13), com quase 14 meses de atraso. A portaria com os nomes dos novos integrantes foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Antes da medida, a comissão, que deveria ter três titulares e três suplentes, só contava com dois suplentes estão nomeados, o que impedia a retomada de suas atividades. Por esta razão, o secretário-executivo da Comissão, Marcelo Grossi, acionou a Controladoria-Geral da União (CGU), a Comissão de Ética da Presidência e o Tribunal de Contas da União (TCU) para obrigar Salles a reativar o órgão.

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Na nomeação, o ministro desconsiderou as indicações da Consultoria Jurídica, elegendo outros nomes para a comissão. Ao UOL, Marcelo Grossi disse que Salles “deslegitimou” o processo seletivo conduzido pela comissão de ética, que conta com "critérios objetivos". Segundo Grossi, os novos membros da comissão não se candidataram às cadeiras no ano passado, durante o edital específico, e não houve aviso prévio por parte do ministério de quais nomes seriam substituídos.

“Sem questionar se havia ou não interesse genuíno prévio por parte deles para integrar a CE-MMA, já que não se candidataram tempestivamente às vagas na seleção promovida, não consta que tenham sequer qualquer contato prévio com a temática da ética pública, por exemplo, por meio da participação como discentes no curso de Gestão e Apuração da Ética Pública, promovido pela CEP e pela ENAP. Além de deslegitimar o processo seletivo conduzido pela CE-MMA, na prática, o dirigente máximo deste Ministério preteriu os nomes de servidores selecionados a partir de critérios objetivos estabelecidos em edital (princípio da vinculação editalícia), por meio de processo no SEI do qual a CE não teve conhecimento durante sua tramitação nem tem acesso mesmo após ter sido surpreendida com a publicação de uma nova Portaria”, escreveu Grossi.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criou uma comissão técnica para avaliar o projeto de lei que prevê a regulamentação do uso das redes sociais, iniciativa que visa combater a divulgação de fake news nestes ambientes. O posicionamento da entidade será apresentados ao público até o dia 20 de julho.

Em tramitação na Câmara, a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet atraiu críticas de especialistas e empresas de tecnologia, que alegam violação a princípios de privacidade e lacunas legais para cumprir as exigências previstas no texto.

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Um dos pontos é a exigência de apresentação de documentos de identidade válidos quando a plataforma suspeitar que usuários estejam usando contas falsas ou robôs. Segundo especialistas, a medida pode ferir a privacidade de comunicações nas redes e o direito de participar anonimamente do espaço público.

Críticos também apontam as dificuldades técnicas em garantir a rastreabilidade de mensagens, que segundo texto precisam ter seus registros de envios por três meses, e a proposta de mediação pela plataforma quando um usuário se diz ofendido por um conteúdo. Segundo os críticos, o projeto de lei não deixa claro se a plataforma que julgará o que é ou não ofensivo e pode criar uma figura não prevista na legislação, diferente do que ocorre com o crime de honra.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o projeto de lei em videoconferência realizada no último sábado, 4, citando que o Congresso é alvo constante de ataques por fake news promovidos por bolsonaristas.

"Ninguém aqui está querendo discutir nem abrir mão da liberdade de expressão, mas a gente precisa de regras, de forma clara conseguir chegar no dinheiro, sem dúvida nenhuma, quem financia todos esses movimentos aqui e no mundo, quais são as intenções, como eles impactam", afirmou.

O projeto contra as fake news foi aprovado por 44 votos a 32 no Senado, a maior parte a favor veio do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e da oposição. O Planalto sinaliza que poderá vetar a medida caso ela seja aprovada na Câmara.

Os integrantes da comissão mista que acompanha as medidas relacionadas à pandemia da Covid-19 vão ouvir, nesta terça-feira (30), o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Os parlamentares querem explicações sobre a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas adotadas pelo governo para conter a pandemia no País.

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Até o último dia 12, o governo federal havia gasto apenas 39% dos R$ 404,2 bilhões liberados para o combate à pandemia da Covid-19.

A reunião com o ministro será promovida pela internet, a partir das 10 horas.

*Da Agência Câmara de Notícias

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou a criação de uma comissão sobre as desigualdades raciais, pedindo o combate à "substância" do racismo, e não aos símbolos, em uma alusão às recentes depredações de estátuas à margem dos protestos antirracistas.

"Temos que enfrentar a substância do problema, não os símbolos. Temos que abordar o presente, não tentar reescrever o passado - e isso significa que não podemos, e não devemos, nos envolver em um debate sem fim sobre qual figura histórica bem conhecida é suficientemente pura, ou politicamente correta, para permanecer à vista do público", escreveu o líder conservador em uma coluna no jornal "The Telegraph" nesta segunda-feira (15j).

Reconhecendo que "mais precisa ser feito", ele anunciou o estabelecimento de uma comissão para examinar "todos os aspectos das desigualdades" no emprego, na saúde e até nos estudos universitários.

Na televisão, Johnson disse que quer "mudar o discurso para acabar com esse sentimento de vitimização e de discriminação", atraindo a ira da oposição.

"Os negros não fazem papel de vítimas, como Boris indica, eles protestam precisamente porque o tempo para estudar terminou, e agora é o momento de agir", protestou David Lammy, responsável por questões de justiça no Partido Trabalhista.

"É profundamente perturbador - e francamente imaturo - que o Reino Unido ainda esteja debatendo se o racismo realmente existe", ressaltou.

A morte de George Floyd, um negro asfixiado por um policial branco nos Estados Unidos, foi seguida por grandes protestos antirracistas no Reino Unido e em outras partes do mundo.

No sábado, policiais e manifestantes de direita que alegavam "proteger" monumentos de atos de vandalismo entraram em confronto. A polícia prendeu 113 pessoas.

No "Telegraph", Boris Johnson declarou ser "absolutamente absurdo que grupos de vândalos de extrema direita e criadores de problemas convergissem em Londres com a missão de proteger a estátua de Winston Churchill".

O monumento havia sido vandalizado no fim de semana anterior à margem de manifestações antirracismo provocadas pela morte de George Floyd. A inscrição "era um racista" foi pichada sobre o nome do líder conservador, acusado de ter feito comentários racistas, principalmente contra os indianos.

Churchill "era um herói", escreveu Johnson.

"Resistirei com todas as minhas forças a qualquer tentativa de remover esta estátua da Praça do Parlamento e, quanto mais cedo pudermos remover a proteção que a cerca, melhor", insistiu.

Em vez dos ataques a estátuas, como a do "comerciante de escravos" Edward Colston, arrancada de seu pedestal por ativistas antirracistas em Bristol (sudoeste da Inglaterra), Boris Johnson se ofereceu para "construir outras e celebrar as pessoas que, de acordo com nossa geração, merecem um monumento".

Está marcada para quinta-feira (30) a terceira reunião da Comissão Mista de Acompanhamento das Medidas Relacionadas ao Coronavírus. A participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, está confirmada para a videoconferência, agendada para as 11h. Composta por seis senadores e seis deputados, com igual número de suplentes, a comissão especial acompanha os gastos e as medidas tomadas pelo Poder Executivo no enfrentamento à pandemia de Covid-19. É presidida pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO) e tem como relator o deputado Francisco Júnior (PSD-GO).

O plano de trabalho foi aprovado na sexta-feira (24) e prevê, além da audiência com Paulo Guedes, reuniões com os ministros da Saúde, da Cidadania e da Casa Civil. A comissão mista tem o apoio de consultores do Senado e da Câmara, além de assessores legislativos. Também foram solicitados dois técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) e dados, gráficos e mapas da Controladoria-Geral da União (CGU), que dão suporte ao trabalho. 

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O grupo parlamentar funcionará até o fim da decretação do estado de calamidade pública decorrente do coronavírus, previsto para 31 de dezembro de 2020. 

*Da Agência Senado

Traduzir dados, números e informações técnicas para que a população possa conhecer o impacto da crise provocada pela pandemia de coronavírus na economia e na sociedade. Esta é a principal finalidade da Comissão Mista Especial do Congresso Nacional que acompanhará os gastos e as medidas tomadas pelo Poder Executivo no enfrentamento à pandemia, instalada nesta segunda-feira (20). 

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) presidirá o colegiado, que terá como vice-presidente a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) e, como relator, o deputado Francisco Júnior (PSD-GO). Ao ressaltar a importância do colegiado, Confúcio frisou que o Congresso pretende garantir a legalidade do uso do dinheiro público e a continuidade da chegada dos recursos no enfrentamento da pandemia, principalmente junto aos mais pobres e aos micro e pequeno empreendedores do país. 

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“Teremos uma boa equipe técnica para conduzirmos esse trabalho com isenção, sempre apresentando sugestões de cobranças efetivas. E para que as leis aprovadas, medidas provisórias, propostas de emenda à Constituição, decretos legislativos aprovados, dando ao presidente da República amplitude geral de remanejamento de recursos, aplicações, estouro de tetos fiscais ocorram dentro do limite do bom senso, para socorrer o povo brasileiro”. 

Confúcio explicou que os parlamentares terão o suporte de consultores do Senado e da Câmara, além de assessores legislativos. E disse que já solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) a designação de dois técnicos experientes para colaborarem com os trabalhos, bem como dados, gráficos e mapas da Controladoria-Geral da União (CGU). 

Plano de trabalho

Em entrevista à Agência Senado, Francisco Júnior adiantou que pretende finalizar o plano de trabalho e submetê-lo à apreciação do colegiado ainda esta semana. De acordo com o relator da comissão mista, as tarefas serão desenvolvidas com agilidade. A intenção, segundo ele, é dar início à série de audiências na próxima sexta-feira (24). 

Francisco Júnior informou que vários senadores e deputados já solicitaram a inclusão de audiências com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco Central, por exemplo. Um desses pedidos foi feito pela vice-presidente da comissão mista, senadora Eliziane Gama. Ela defende uma audiência imediata, ainda esta semana, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e também com o novo ministro da Saúde, Nelson Teich. 

“Precisamos saber qual é o plano de atuação do novo ministro da Saúde. O que muda a partir de agora. O [Luiz Henrique] Mandetta estava divulgando boletins de atuação diariamente para a imprensa e queremos saber agora como será esse trabalho porque isso nos preocupa muito nesse momento”, defendeu Eliziane. 

 

Transparência

Francisco Junior explicou que algumas tarefas da comissão mista já estão previstas no Decreto Legislativo 6, de 2020, que reconheceu o estado de calamidade pública. Entre essas atividades, citadas pelo relator, estão um mapa do crédito nacional e a avaliação do quadro de desemprego. 

O deputado disse, no entanto, que o trabalho vai além, e será apresentado com credibilidade e linguagem acessível para a população, diálogo e transparência, especialmente por conta do contexto de notícias falsas disseminadas a respeito do coronavírus. 

“Estamos vivendo um tempo de muita confusão de informações. Muitas fake news, muito denuncismo. Então, é fundamental que essa comissão se debruce sobre dados oficiais, sobre o que está sendo entregue a estados e municípios, como isso está sendo executado, se está chegando a quem mais precisa. Temos também muitos números e siglas, muito “economês”, deixando o cidadão perdido. Então, nossa tarefa também será traduzir tudo isso para as pessoas”, assegurou. 

Além de disponibilizar maior conhecimento das ações do governo e seus resultados, Francisco Junior avaliou que o trabalho da comissão mista ajudará as autoridades a avaliar os próximos passos no enfrentamento à epidemia. Para o relator, esse será “um dos maiores resultados”.

“Orçamento de 2021, planos e programas de governo daqui para a frente, políticas públicas. Estaremos avaliando a eficácia do que está sendo feito e teremos dados confiáveis para balizar e orientar a tomada de decisões, tanto do Executivo quanto do Legislativo”, afirmou. 

Funcionamento  

Formada por seis senadores e seis deputados, com igual número de suplentes, a comissão mista temporária deverá funcionar até o fim da decretação de calamidade pública, previsto para 31 de dezembro de 2020. 

Além de Confúcio Moura e Eliziane Gama, compõem o colegiado os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Rogério Carvalho (PT-SE) e Wellington Fagundes (PL-MT). Como suplentes estão os senadores Esperidião Amin (PP-SC), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Roberto Rocha (PSDB-MA), Paulo Albuquerque (PSD-AP), Zenaide Maia (Pros-RN) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG). 

Entre os deputados, são titulares, além de Francisco Junior, Cacá Leão (PP-BA), Luiz Carlos Motta (PL-SP), Reginaldo Lopes (PT-MG), Joice Hasselmann (PSL-SP) e mais um deputado a ser nomeado pelo PSB. Como suplentes, estão os deputados Gustinho Ribeiro (Solidariedade-SE), Paulo Azi (DEM-BA), Hildo Rocha (MDB-MA), Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Felício Laterça (PSL-RJ) e mais um deputado a ser indicado pelo PSB. 

*Da Agência Senado

 

Será instalada virtualmente na segunda-feira (20), às 11h, a comissão especial temporária mista que acompanhará a execução das medidas relacionadas à pandemia do coronavírus no Brasil. A comissão, de seis deputados e seis senadores, com igual número de suplentes, deverá eleger um presidente e um vice-presidente, devendo uma Casa indicar um nome para a presidência e a outra indicar a vice-presidência.

A criação da comissão foi prevista com a aprovação, pelo Congresso Nacional, da mensagem presidencial que determinou o estado de calamidade pública até 31 de dezembro de 2020 em razão da pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus.

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Senador mais idoso da comissão e, por isso, responsável por conduzir sua reunião de instalação, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) pediu a participação de todos os integrantes do colegiado. E o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ressaltou a importância da comissão.

"Eu tenho certeza de que será um trabalho muito importante para esse momento, para acompanhar os gastos que estão sendo executados no combate dessa epidemia e, ao mesmo tempo, para auxiliarmos o governo em nome do parlamento brasileiro, na execução e na aplicação desses recursos", disse.

Acompanhamento e reuniões

A comissão realizará mensalmente reunião com o Ministério da Economia para avaliar a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à emergência de saúde pública de importância internacional relacionada à Covid-19.

Bimestralmente, a comissão também deverá realizar uma audiência pública com o ministro da Economia para apresentação e avaliação de relatório circunstanciado da situação fiscal e da execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à emergência de saúde pública de importância internacional relacionada ao coronavírus, que deverá ser publicado pelo Poder Executivo antes da referida audiência.

Composição

Foram indicados os seguintes senadores como titulares da comissão: Confúcio Moura (MDB-RO), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Izalci Lucas (PSDB-DF), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Rogério Carvalho (PT-SE) e Wellington Fagundes (PL-MT). Como suplentes foram indicados os senadores Esperidião Amin (PP-SC), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Roberto Rocha (PSDB-MA), Paulo Albuquerque (PSD-AP), Zenaide Maia (Pros-RN) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Entre os deputados foram indicados como titulares: Cacá Leão (PP-BA), Francisco Jr. (PSD-GO), Luiz Carlos Motta (PL-SP), Reginaldo Lopes (PT-MG),  Joice Hasselmann (PSL-SP) e mais um deputado a ser indicado pelo PSB. Como suplentes, foram indicados os deputados Gustinho Ribeiro (Solidariedade-SE), Paulo Azi (DEM-BA), Hildo Rocha (MDB-MA) , Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Felício Laterça (PSL-RJ) e mais um deputado a ser indicado pelo PSB.

*Da Agência Senado

As contas do Governo do Estado dos anos de 2014, 2015 e 2016 receberam, por unanimidade, parecer pela aprovação na Comissão de Finanças, durante a reunião desta quarta (11). Os demonstrativos avalizados fazem referência aos mandatos dos ex-governadores Eduardo Campos e João Lyra, em 2014, e dos dois primeiros anos (2015-2016) do atual governador, Paulo Câmara. Após a tramitação no colegiado, o balanço financeiro será julgado pelo Plenário da Alepe.

Os integrantes da Comissão seguiram, por unanimidade, os pareceres prévios elaborados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE). Os documentos apontam que, nos três exercícios analisados, o Governo de Pernambuco observou os limites de despesa de pessoal e de endividamento previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, assim como cumpriu os limites mínimos de aplicação de recursos em saúde e educação. 

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Ao mesmo tempo, o TCE fez uma série de recomendações ao Poder Executivo Estadual, com medidas para aumentar o controle e a transparência orçamentária. As orientações também fazem referência à gestão nas áreas fins, como a que indica que seja feita a substituição de contratos temporários por servidores concursados na área de educação. 

“Foi identificado, por exemplo, um volume de repasses muito alto para as organizações sociais de saúde (OSS), como o Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), que recebeu um valor superior a R$ 800 milhões. Isso exige que a fiscalização e o acompanhamento desses gastos sejam feitos mais de perto”, observou o presidente do colegiado, deputado Lucas Ramos (PSB). “Mas as recomendações e auditorias especiais instauradas têm a característica de serem objeto de regularização futura. Assim, não há que se falar em irregularidades nas contas, tampouco em improbidade administrativa”, salientou.

O parlamentar lembrou que o período das contas analisadas correspondeu a uma das piores crises econômicas já enfrentadas na história do País e do Estado. “Isso fez com que o governador apresentasse medidas para diminuir as despesas menos importantes. Ele conseguiu enfrentar esse cenário mantendo serviços de educação, saúde e segurança pública”, ponderou Ramos. Já o deputado Tony Gel (MDB) frisou que Pernambuco “teve a felicidade de ter um governador responsável, que atravessou todas essas dificuldades com muito equilíbrio”.

*Do site da Alepe

A Arquidiocese de São Paulo anunciou nesta quinta-feira, 5, a criação de um sistema de notificação de abusos sexuais por integrantes da Igreja Católica. A iniciativa atende a uma determinação do Papa Francisco, que, em maio de 2019, deu prazo de um ano para todas as dioceses do mundo criarem serviços de queixa e resposta para relatos de violência sexual e assédio.

"Podemos dizer é tarde, mas veio (a comissão). Para as vítimas sempre é tarde. Mas não é de agora que estamos avaliando denúncias", declarou o arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal D. Odilo Scherer, em coletiva de imprensa.

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Conforme o decreto papal "Vos estis lux mundi" ("Vós sois a luz do mundo", em latim), as investigações devem garantir a confidencialidade dos envolvidos e ser rápidas - a duração prevista é de até 90 dias. Os religiosos que acobertarem relatos também podem ser punidos.

As denúncias poderão ser apresentadas de modo presencial, por e-mail e em carta, mas não serão aceitas informações anônimas. Elas deverão fornecer "de forma detalhada", segundo regulamento da arquidiocese, dados sobre o caso, como nome e contatos do denunciante, datas e locais em que ocorreram os supostos abusos. Também é recomendada a apresentação de material documental, fotos ou gravações, além de contatos de testemunhas.

Os casos na Arquidiocese de São Paulo - instituição que contempla paróquias da região central e parte das zonas oeste, sul, norte e leste - serão investigados pela "Comissão Arquidiocesana para a Aplicação do Motu Proprio Vox Estis Lux Mundi", criada pela Cúria Metropolitana em 26 de fevereiro e que terá atuação "por tempo indeterminado".

"Tem a incumbência de zelar para que todas as instituições e organizações católicas presentes e/ou atuantes no âmbito desta Arquidiocese sejam lugares seguros e livres de abusos sexuais", diz o decreto de criação da comissão, que entrará em vigor neste domingo, 8.

Antes mesmo da criação comissão, denúncias foram feitas contra padres da Arquidiocese de São Paulo, sendo que alguns casos foram levadas à Justiça comum, mas os números de afastados não foram divulgados

"É fato. Há muitos anos, esses escândalos de abusos sexuais vindos à tona fazem mal às vítimas e trazem danos à credibilidade da pregação da própria igreja", disse D. Odilo. "Denúncia anônima e 'eu ouvi dizer' não tem como ir adiante. Denúncia assumida, iremos atrás."

Sobre a relação entre o processo conduzido dentro da arquidiocese com a Justiça comum, D. Odilo explica que irá proceder de acordo com o estabelecido na lei civil. "Deverá haver colaboração com a Justiça nos termos da lei. As pessoas serão orientadas sobre a possibilidade de também fazerem a denúncia perante a autoridade civil competente".

A comissão será composta por ao menos oito membros, incluindo clérigos, religiosos e leigos, considerados "peritos" em Direito Canônico, Direito Civil e Penal, Psicologia, Assistência Social e Pastoral, com mandato por tempo indeterminado. Ela irá se reunir ao menos a cada duas semanas para avaliar denúncias recebidas.

"A comissão não é um tribunal. É uma comissão de ouvidoria que tem a competência de receber denúncias sobre os delitos tipificados. Fazer um primeiro discernimento sobre os fatos. Ela não será um tribunal nem emitirá sentenças. Se for o caso, a parte de tribunal será o passo seguinte. A investigação mais aprofundada passa a ter uma comissão de investigação própria, sendo decidido depois se irá ao Tribunal Eclesiástico, mas suas diversas instâncias", afirmou o arcebispo metropolitano de São Paulo.

Além de informar o arcebispo sobre as denúncias, a comissão também deverá informar a suposta vítima e o suposto agressor sobre os encaminhamentos e propor medidas para acompanhar e ajudar os afetados.

O regulamento da comissão prevê, ainda, a obrigação de "acolher com caridade e escutar as vítimas e seus familiares que apresentarem uma denúncia de abuso sexual contra menores e/ou contra pessoas em situação de vulnerabilidade". "A recusa ou omissão na observância das normas ou na execução do estabelecido neste regulamento serão passíveis de sanções canônicas."

O coordenador da comissão será o padre Ricardo Anacleto, nomeado pelo arcebispo, sendo o responsável pela organização dos trabalhos da comissão. O regulamento prevê o encaminhamento "imediato" o das denúncias recebidas para "a instauração dos procedimentos cabíveis".

Segundo o regulamento, os trabalhos serão acompanhados e avaliados periodicamente. Durante as investigações, a comissão deverá "adotar e promover políticas de transparência, no respeito à privacidade e à reputação das pessoas".

A Igreja considera passíveis de investigação casos em que algum religioso praticou alguma das seguintes ações: forçar alguém, com violência, ameaça ou abuso de autoridade, a atos sexuais; ter atos sexuais com um menor de idade ou com uma pessoa vulnerável; produzir, exibir, portar ou distribuir material pornográfico infantil; e atuar no recrutamento ou indução de um menor ou pessoa vulnerável a participar em exibições pornográficas.

Arquidiocese pioneira

A arquidiocese pioneira no cumprimento da medida do pontífice foi a de Porto Alegre, no dia 26. Na capital gaúcha, a Comissão Arquidiocesana Especial de Promoção e Tutela de Crianças ficará responsável por combater e denunciar o abuso infantil vindos de membros da Igreja nos 29 municípios sob sua circunscrição.

"Temos de reconhecer que não se deu a devida atenção ao longo do tempo a esses casos de abuso. É uma realidade sem dúvida e que explodiu mundo afora, em torno de 20, 30 anos atrás e de repente nós começamos a ser informados", disse no lançamento do serviço dom Jaime Spengler.

Nessa arquidiocese, o trabalho incluirá denúncias por e-mail e telefone próprio e a comissão de análise terá uma assistente social, um jurista, uma procuradora de Justiça do Ministério Público e a delegada chefe do departamento de Grupos e Pessoas Vulneráveis da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Como denunciar abusos na Arquidiocese de São Paulo:

- De forma presencial: sede da Comissão (Rua Xavier de Almeida, 818, Ipiranga)

- Pelo e-mail: tutela.arquisp@gmail.com

- Por carta registrada: sede da Comissão (Rua Xavier de Almeida, 818, Ipiranga - CEP 04211-001)

A reunião da comissão especial que discute a formatação de um novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), marcada para a manhã desta quarta-feira (4) foi cancelada.

Com isso, foi adiada a votação do relatório apresentado pela deputada Professora Dorinha Rezende (DEM-TO). O parecer propõe tornar o Fundeb permanente e ampliar de 10% para 20% a participação da União no Fundo. O aumento seria escalonado, até 2026.

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O presidente do colegiado, deputado Bacelar (Podemos-BA), afirmou que o cancelamento da votação se deu por questões meramente regimentais. A análise do relatório havia sido suspensa por um pedido de vista coletivo, em 18 de fevereiro. É necessário um intervalo de duas sessões ordinárias da Câmara para a retomada da discussão, explicou o deputado.

A sessão da Câmara prevista para terça-feira (3), quando os vetos ao orçamento impositivo concentraram o tempo e a atenção do Congresso, acabou não ocorrendo. A expectativa é de que uma nova reunião seja convocada para a próxima terça (10).

A Comissão Mista da Reforma Tributária vai começar seus trabalhos na próxima quarta-feira (4). A reunião de instalação está marcada para as 14h30, no Senado Federal.

Criada no dia 19, a comissão será composta por 25 senadores e 25 deputados. Para elaborar sua proposta de reforma tributária, os parlamentares terão como base as propostas de emenda à Constituição sobre o tema que tramitam na Câmara (PEC 45/2019) e no Senado (PEC 110/2019). Além disso, o governo também deve enviar uma proposta para o Congresso.

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O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) é o presidente da comissão, que tem o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) como relator. Roberto Rocha disse trabalhar com um prazo de 45 dias para a apresentação de uma proposta. A ideia dos parlamentares é apresentar um sistema tributário mais racional e menos burocrático. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse esperar que a comissão trabalhe em um texto consensual.

"Tenho certeza de que esses 50 membros vão fazer uma redação que concilie o Brasil e fortaleça o empreendedorismo, gerando empregos e riqueza. É uma reforma aguardada há décadas pelos brasileiros, com desburocratização, com simplificação. É a possibilidade, de fato, de dar segurança jurídica e tranquilidade aos empreendedores", destacou Davi.

*Da Agência Senado

O secretário nacional de Segurança Pública, Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, assinou portaria nesta quinta-feira (20), instituindo uma comissão técnica que vai preparar projeto para que os policiais militares possam lavrar termos circunstanciados de ocorrências (TCO). O documento registra contravenções e infrações de menor potencial ofensivo, crimes de menor relevância.

Em 2019, a lavratura dos termos circunstanciados de ocorrência foi estendida para a Polícia Rodoviária Federal, por meio do artigo 6º do Decreto nº 10.073/2019, do presidente Jair Bolsonaro.

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O dispositivo é questionado pelos delegados da Polícia Federal, tanto no Supremo como na Justiça Federal, e chegou a ser derrubado pelo juiz federal substituto Manoel Pedro Martins de Castro, da 6ª Vara do DF. No entanto, no último dia 14, o desembargador Carlos Moreira Alves, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), resgatou o texto.

O termo circunstanciado da Polícia Rodoviária Federal é inclusive citado na portaria assinada por Oliveira, que menciona pareceres, relatórios e um despacho do ministro Sérgio Moro sobre a possibilidade.

Na portaria, Oliveira indica que uma equipe chefiada pelo coordenador geral de Políticas para as Instituições de Segurança Pública Jahir Lobo Rodrigues elaborará estudos sobre os fluxos e procedimentos de lavratura de Termos de ocorrência pelos PMs nos Estados e no Distrito Federal.

O grupo contará com dois gerentes e três integrantes técnicos e também irá averiguar a tecnologia para o registro dos TCOs, assim como elaborar procedimento operacional padrão para orientar a polícia e desenvolver capacitação para padronizar a atuação dos agentes.

Além de citar a possibilidade de a PRF registrar os termos circunstanciados, o texto de Oliveira cita a portaria do Ministério da Justiça que estabelece diretrizes para a participação da corporação em operações conjuntas nas rodovias federais, estradas federais ou em áreas de interesse da União.

No entanto, tal texto está suspenso por decisão do ministro Dias Toffoli, que, durante o recesso judiciário, deferiu liminar a pedido da Associação Nacional dos delegados da Polícia Federal, considerando que Moro "incursionou por campo reservado ao Congresso Nacional".

O ministro entendeu que as atribuições da PRF inscritas na portaria não se tratam de desdobramentos da competência da corporação, mas sim "verdadeira ampliação de atribuições do órgão".

No último dia 11, o relator do caso no STF, ministro Marco Aurélio, liberou a decisão de Toffoli para referendo do plenário da Corte.

Nesta quarta-feira (19), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou a relação dos candidatos que entraram com recurso contra o resultado da primeira chamada da Comissão de Heteroidentificação das cotas raciais do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Os candidatos que foram considerados aptos, após contestações dos primeiros resultados, podem consultar seus nomes no hotsite do processo seletivo.

“Foram avaliados apenas os recursos dos candidatos considerados não aptos na primeira chamada que compareceram durante o período de pré-matrícula, ocorrido de 31 de janeiro a 4 de fevereiro, para a entrega dos documentos nos locais determinados pelo Edital 10/2019. O resultado dos candidatos considerados não aptos será enviado por e-mail, não cabendo a interposição de novos recursos no âmbito da UFPE”, detalhou a instituição de ensino.

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Ainda de acordo com a UFPE, no que diz respeito aos recursos dos candidatos não aptos pela Comissão de Verificação Pessoas com Deficiência (Comissão de Verificação – PcD), o resultado está previsto para o dia 20 deste mês. O procedimento também é referente à primeira classificação do Sisu.

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