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Pesquisa da Organização Quilombo Aéreo em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) mostrou que, em todo o Brasil, não há mulheres negras trabalhando como piloto em companhias aéreas nacionais. 

Em 2022, havia 3.283 formadas, sendo que mulheres atuantes em companhias aéreas eram apenas 992, representando 2,3% dos trabalhadores nessa função. Ou seja, mais de 97% das vagas são ocupadas por homens, sendo que apenas 2% são negros, segundo as estimativas. Quanto aos comissários de bordo, apenas cerca de 5% dos profissionais atuantes são pessoas negras e cerca de 66% são mulheres.

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A Organização Quilombo Aéreo, com o apoio do Grupo de Pesquisa Gênero, Raça e Interseccionalidades no Turismo (GRITus), que é coordenado pela UFSCar em conjunto com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), realizou entrevistas com trabalhadoras e ex-trabalhadoras negras do setor. Há comissárias de bordo e pilotas formadas que não estão atuando setor no momento. 

A pesquisa revelou também cinco barreiras para as mulheres negras adentrarem o setor da aviação civil nacional: custo da formação profissional, falta de informações sobre a carreira e de representatividade de outras mulheres negras, processos seletivos desiguais e não aceitação dos corpos negros. 

Para permanecer no setor, são sete as barreiras reconhecidas: falta de representatividade, nível de cobrança, negação do corpo negro, não aceitação do cabelo crespo, saúde mental/laboral, machismo e assédio.

“As mulheres negras enfrentam barreiras para entrar no mercado de trabalho da aviação civil brasileira, assim como para permanecer atuando no setor”, afirmou a comissária de bordo e pesquisadora Laiara Amorim, idealizadora do Quilombo Aéreo, coletivo criado em 2018 por duas mulheres negras, Laiara e Kenia Aquino, a partir dos projetos "Voe Como Uma Garota Negra” e “Voo Negro". O objetivo é dar visibilidade a profissionais negros da aviação civil, pesquisas acadêmicas inéditas no setor, empregabilidade e saúde mental desses tripulantes.

“Já sabíamos aproximadamente desses dados, o registro científico desses números foi uma constatação. Então, para as pesquisadoras do Quilombo Aéreo não foi nenhuma surpresa, mas é uma surpresa para sociedade e, também, para as companhias aéreas, que não olhavam para esses números até um ano atrás”, disse Laiara. 

Rejeição

"O corpo negro incomoda e é rejeitado”, ressaltou a professora na UFPel e coordenadora do GRITus, Natália Oliveira. “Olhando para o cabelo da mulher negra, por exemplo, identificamos profissionais negras que foram barradas em processos seletivos, porque estavam com seus cabelos naturais soltos nas entrevistas de emprego. É explícito como essas mulheres não são selecionadas, mesmo tendo um currículo bem qualificado ou até melhor que outras candidatas brancas."

Apesar de serem a maioria nos cursos superiores na área do turismo, as mulheres ainda ocupam posições precárias no mercado de trabalho, principalmente nas áreas de alojamento e alimentação.

 "O mercado de trabalho no setor do turismo é bastante dividido em relação às ocupações, levando em conta o gênero dos profissionais. Acompanhamos o processo seletivo de uma das entrevistadas que participou da nossa pesquisa, por exemplo. Ela conseguiu uma vaga como comissária, apesar de estar capacitada para atuar como piloto. A empresa alegou que ela não estava preparada, mas contratou um homem que tinha as mesmas especificidades que ela no currículo", exemplifica Laiara Amorim.

Assédio 

Outro fato identificado na pesquisa foi o assédio sexual, moral e psicológico sofrido pelas profissionais negras, sendo praticado tanto pelos colegas de trabalho como por clientes das companhias aéreas. Dentre as trabalhadoras no turismo, o assédio é frequente entre comissárias de bordo, recepcionistas e camareiras, porém mais acentuado em direção a mulheres negras.

De acordo com as entrevistadas o assédio acontece de várias formas, como, por exemplo, por meio do questionamento da mulher estar naquele lugar. "Uma das profissionais ouviu de uma pilota que ela parecia uma passista de escola de samba. Em outros casos, homens já perguntaram quanto a tripulante ganhava de salário e se ofereciam para pagar mais", relatou Gabriela Santos, uma das pesquisadoras do estudo.

O Quilombo Aéreo trabalha com três pilares: empregabilidade, acadêmico e formação técnica. “Neste momento, estamos fazendo nossa campanha de arrecadação para formar mais uma turma do Projeto Pretos que Voam que capacita, profissionaliza e emprega jovens negros periféricos. Para além disso, temos apoio psicológico, acompanhamento de carreira e empoderamento, por meio do reconhecimento estético e econômico.” 

Projeto Pretos que Voam

O Projeto Pretos que Voam é uma iniciativa para profissionalizar e empregar jovens negros periféricos. A primeira turma se formou em 2021. Agora está em andamento uma campanha de arrecadação para a segunda turma. Da primeira turma, afirmou a representante do Quilombo Aéreo, todos estão aprovados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e alguns empregados como comissários de voo. O Projeto Pretos que Voam é financiado por doações pela plataforma Benfeitoria e recebe doações a partir de R$ 10. 

Inclusão 

Nesta semana, a Latam anunciou a abertura de processo seletivo no Brasil exclusivo para mulheres para a função de copiloto de aeronaves da família Airbus A320. A companhia afirmou que busca promover a equidade de gênero com foco na diversidade e inclusão e que pretende preencher pelo menos 50 vagas até dezembro de 2023. 

Para a representante do Quilombo Aéreo Laiara Amorim, é de suma importância que ocorram ações com a inserção de mulheres nesse mercado, mas em relação a gênero e raça é necessário pensar em ações afirmativas para suporte, apoio e formação de mulheres negras. 

“No mapeamento do Quilombo Aéreo, por exemplo, não temos nenhuma mulher negra que preencha os requisitos da vaga em específico, como por exemplo o número de horas de voo, o que reforça as barreiras identificadas na pesquisa, a barreira de acesso à formação. A maioria das mulheres negras são arrimo de família e geralmente têm que escolher entre a formação e a sobrevivência. Quando se consegue fazer os dois não é na mesma velocidade que as mulheres ou homens brancos. As companhias que realmente querem se comprometer com a equidade racial e de gênero, na cabine de comando, vão ter que olhar para o antes e o durante da formação e para a situação atual das mulheres negras no nosso país”, disse.

 

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) recusou a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e anunciou, na madrugada desta sexta-feira (23), que parte dos pilotos e comissários seguirão de braços cruzados. Da categoria, 59,25% votaram contra a proposta e 40,02% foram favoráveis.

A proposta apresentada pelo TST contemplava, entre outras coisas, a renovação da convenção coletiva na sua íntegra, reajuste de 100% do índice inflacionário dos últimos doze meses - ou seja, 5,97% nos salários fixos e variáveis, mais o acréscimo de 1% de aumento real.

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A greve dos aeronautas (pilotos e comissários) seguirá para o seu quinta dia, portanto. O serviço fica paralisado, das 6h às 8h, nos aeroportos de Congonhas (São Paulo, capital), Santos Dumont e Galeão (Rio de Janeiro, capital), Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas, SP), Porto Alegre (RS), Confins (Belo Horizonte, MG), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).

Em nota à imprensa, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) "considera que o movimento foi positivo nesses quatro dias de greve, dentro dos limites determinados pela Justiça, e que é preciso deixar claro que os aeronautas estão desde o final de setembro negociando e que todas as propostas enviadas pelo sindicato patronal não eram condizentes com a pauta de reivindicações da categoria, por isso foram rejeitadas".

O presidente do SNA, Henrique Hacklaender, destacou que além do ganho real sobre os salários, a categoria quer melhores condições de descanso. "Óbvio que se falava em recomposição salarial e ganho real, mas era mais do que isso. As empresas se negaram nesses mais de dois meses e meio a atender qualquer tipo de solicitação que visasse ao descanso, a folga e o repouso dos tripulantes. O respeito que, sim, é muito necessário para qualquer trabalhador do País. É óbvio que um tripulante cansado e mal remunerado pode representar um risco à aviação. Por isso, vamos, sim, fazer uma paralisação", disse.

A categoria reivindica que as empresas "respeitem os horários de início e de término das folgas e que não programem jornadas de trabalho de mais de três horas em solo entre duas etapas de voo". O sindicato ressaltou que nenhum voo será cancelado, mas que haverá atrasos. Os voos terão de ser reagendados pelas companhias aéreas.

As maiores companhias aéreas do país, Gol, Azul e Latam, aumentaram o preço do transporte das bagagens despachadas. A companhia Gol, nos voos que não oferecem o despacho gratuito das malas, passou, desde o último dia 5, a cobrar preços que variam de R$ 95 (1ª bagagem) a R$ 250 (3ª a 5ª), nos voos domésticos; e de R$ 199 a R$ 650, nos voos internacionais. Os preços anteriores eram, respectivamente, de R$ 80 a R$ 250, e de R$ 100 a R$ 650.

“A Gol afirma que o reajuste nos valores para o despacho de bagagens se deve ao atual cenário de aumento de custos na aviação comercial, e ainda como forma de adequação aos valores praticados pelo mercado”, destacou a companhia em nota.

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A Latam elevou o preço para o despacho de bagagens no último dia 14, mas apenas para os voos nacionais. O valor mínimo passou de R$ 65 para R$ 75, e o valor máximo continuou em R$160. Segundo a Latam, a guerra na Ucrânia impactou diretamente o preço do petróleo e, consequentemente, o preço do querosene da aviação, e nos custos da empresa. “Esse cenário também impacta em aumento de preços das passagens e serviços adicionais da ordem de 25% a 30%”.

A empresa Azul elevou, em 7 de março, o preço da primeira bagagem: o valor mínimo passou de R$ 80,00 para R$ 90,00 em trechos domésticos. O preço máximo continua em R$ 250. Nos trechos internacionais, não houve alteração dos preços.

Os pilotos e comissários de bordo das companhias aéreas decidiram, nesta quarta-feira, 24, entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) - que representa funcionários de Gol, Latam, Azul, ITA, Voepass e Latam Cargo -, 50% dos trabalhadores deverão parar por dia, para manter parte dos voos operando.

A categoria pede um aumento de 15% nos salários, que não foram reajustados no ano passado devido à crise da covid. Ainda de acordo com o sindicato, as empresas ofereceram 3% de aumento.

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A assembleia em que os trabalhadores decidiram deflagrar a greve ocorreu nesta quarta-feira, e segundo o presidente do SNA, comandante Ondino Dutra, teve a participação de cerca de 700 funcionários de companhias aéreas.

O setor da aviação foi um dos mais atingidos pela crise no ano passado e ainda não se recuperou completamente. Para sobreviver ao impacto causado pela pandemia, as empresas criaram programas de licença não remunerada - que foram sendo reduzidos aos poucos. A Latam demitiu 2.700 tripulantes, mas voltou a contratar em julho.

Procuradas, Latam, Gol, Azul e ITA não se posicionaram até a publicação desta matéria.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estima que as companhias aéreas do Brasil deverão perder US$ 10,83 bilhões de receita em 2020 por causa da pandemia. A perda significa que a receita das empresas devem fechar 2020 com queda de 57% na comparação com o ano passado. Os números foram divulgados pela associação na manhã desta quinta-feira, 30, em teleconferência com jornalistas da região.

No fim de junho, a associação havia projetado perda de US$ 10,2 bilhões na região para o ano, ou 53% de recuo na receita na comparação com 2019. A cada relatório, a associação tem elevado as projeções de prejuízo para a região diante da ausência de suporte dos governos locais e restrições de voo.

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"A América Latina tem sido de longe a região com mais restrições no mundo", disse Peter Cerdá, vice-presidente da Iata para as Américas. A Iata disse ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá ter um impacto negativo de US$ 6,64 bilhões por causa da crise.

O dado leva em consideração o impacto geral na economia ao considerar também o segmento de turismo e sua ligação às aéreas. Em termos de emprego, a economia brasileira pode perder 318,5 mil postos de trabalho em 2020.

Para os Estados Unidos, a estimativa da associação é de perdas da ordem de US$ 137,1 bilhões no ano, ou uma receita 69% menor na comparação com 2019.

"Com as restrições, os impactos econômicos na região continuaram a mostrar tendência de crescimento. Não podemos suportar aviões no chão por muito tempo", disse ele.

Governos da Europa e de outras regiões estão considerando liberar pacotes financeiros de apoio às suas companhias aéreas. Muitas empresas têm sido forçadas a cancelar a maior parte dos voos internacionais em meio a duras restrições à entrada de pessoas visando frear a disseminação do novo coronavírus.

A  imprensa italiana informou que o governo da Itália está considerando nacionalizar a companhia aérea Alitalia, que passa por dificuldades. No Reino Unido, o governo revelou planos para a discussão de pacotes de ajuda a empresas aéreas e aeroportos.

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Por sua vez, Moscou se comprometeu a permitir que as companhias aéreas adiem o pagamento de impostos. Outras nações, como a Alemanha, também estão analisando medidas para aliviar o prejuízo sofrido pelas empresas de aviação.

A British Airways anunciou, nesta quarta-feira (29), a suspensão de todos os seus voos para a China continental, se juntando às outras companhias que decidiram suspender ou modificar seus programas de voo devido à epidemia do novo coronavírus que afeta o país asiático.

Aqui está uma visão geral das companhias aéreas que suspenderam e reduziram seus voos para a China.

- Voos suspensos -

BRITISH AIRWAYS: A companhia britânica anunciou nesta quarta-feira a suspensão imediata de todos os seus voos para a China continental. A decisão foi tomada depois que autoridades do Reino Unido recomendaram que seus cidadãos evitassem viajar para o país asiático.

Esta é a primeira companhia aérea europeia que anuncia esse tipo de medida. A British Airways realiza, em horário normal, voos diários que conectam Londres a Pequim e Xangai.

LION AIR: A companhia aérea indonésia anunciou que suspenderá seus voos para a China a partir de 1º de fevereiro.

Esta empresa, que possui a maior frota do sudeste da Ásia, e sua filial Batik Air, oferecem voos para 15 cidades chinesas. Um milhão de turistas chineses viajam para a Indonésia todos os anos.

TRÊS COMPANHIAS BIRMANESAS: A Myanmar National Airlines, a Air KBZ e a Myanmar Airways International, três empresas birmanesas com voos para a China, anunciaram a suspensão de seus voos a partir de 1º de fevereiro.

CAZAQUISTÃO: As autoridades do Cazaquistão ordenaram nesta quarta-feira a suspensão dos voos para China a partir de 3 de fevereiro, de acordo com um comunicado do governo que não indicava quanto tempo essa medida irá durar. O governo suspendeu também o tráfego de ônibus e trens para a China.

- Menos voos -

UNITED AIRLINES: A companhia americana anunciou na terça-feira (28) a suspensão de alguns de seus voos para Pequim, Xangai e até Hong Kong entre 1º e 8 de fevereiro.

As autoridades dos Estados Unidos recomendaram que seus cidadãos não viagem para a China no momento.

CATHAY PACIFIC: A companhia aérea, que tem sua base principal no Aeroporto Internacional de Hong King, afirmou que “reduzirá gradualmente” seus voos de e para a China continental em pelo menos 50%. Esta decisão entrará em vigor na quinta-feira e ficará regente até o final de março.

FINNAIR: A companhia aérea finlandesa, que multiplicou seus voos para a Ásia nos últimos anos, suspenderá alguns de seus voos, mas manterá os que se destinam a Pequim, Xangai, Hong Kong e Guanghzu.

Esta decisão é explicada pela suspensão, por parte de Pequim, de viagens organizadas na China e no exterior.

- Nenhuma mudança -

AIR FRANCE: A companhia aérea francesa afirmou à AFP que, no momento, não alterará seu horário de voo. Como as outras empresas, a Air France suspendeu seus voos para Wuhan, o epicentro da epidemia, desde 24 de janeiro.

Mas manterá por enquanto seus 10 voos semanais para Pequim e seus 13 para Xangai a partir de Paris, a cidade europeia mais bem conectada à China.

LUFTHANSA: A companhia aérea alemã não planeja cancelar seus voos para a China no momento, mas afirma ter “implementado várias medidas”, incluindo a distribuição de máscaras para a tripulação de cabina e de terra.

O grupo Lufthansa opera cerca de dez voos diários de e para a China.

SAS: A companhia aérea sueca, que oferece voos para Pequim e Xangai uma vez por semana, não suspendeu seus voos, mas diz que está “acompanhando de perto os acontecimentos”.

ITÁLIA: O governo italiano disse que enviaria uma aeronave na quinta-feira para Wuhan, onde até 70 italianos estão alojados.

Cerca de 250 cidadãos franceses e outros 100 europeus serão levados de Wuhan a bordo de dois aviões franceses nesta semana.

Mais de 350 voos foram cancelados nesta sexta-feira (13) na Itália devido a uma greve dos funcionários das empresas Alitalia e Air Italy, em dificuldades econômicas.

A greve, à qual aderem pilotos, comissários de bordo e pessoal de terra, foi organizada pelos sindicatos para protestar contra a longa crise das companhias aéreas italianas, em particular a Alitalia, principal companhia aérea do país.

“Para a Alitalia, exigimos um plano industrial que inclua uma recuperação concreta da companhia e garanta investimentos e crescimento, sem sacrifícios em termos de emprego”, afirmaram porta-vozes do maior sindicato do país, o CGIL. “Não se pode perder tanto tempo, precisamos agir para salvar a Alitalia”, pediram.

A empresa apresenta perdas há anos e está sob a tutela do Estado desde 2017, depois que os trabalhadores rejeitaram um plano de reestruturação que incluiu o corte de 1.700 empregos de um total de 11.000.

Desde então, o governo procura um ou mais compradores, mas sem sucesso. Os sindicatos devem se reunir na terça-feira com o ministro do Desenvolvimento Econômico, Stefano Patuanelli, para analisar a situação.

Questionada na noite de quinta-feira sobre a possibilidade de um grupo estrangeiro assumir o controle da Alitalia, a ministra de Transportes, Paola de Micheli, afirmou que “não pode excluí-la”, embora tenha avisado que o grupo deve ser “europeu”.

A empresa americana Delta anunciou que está disponível para investir 100 milhões de euros na Alitalia e se tornar um acionista minoritário, com 10% do capital.

A empresa Atlantia, de propriedade da família de Luciano Benetton, e o grupo ferroviário público italiano Ferrovie dello Stato (FS), têm tentado construir uma aliança com a Delta, mas até agora sem sucesso.

A Latam vai incorporar dez aviões que operavam pela Avianca. A medida ocorre após a Avianca, companhia aérea que passa por processo de recuperação judicial, cancelar mais de 1.400 voos devido a perda de aeronaves arrendadas.

Atualmente, a Avianca opera apenas entre quatro aeroportos: Congonhas, em São Paulo; Santos Dumont, no Rio, Brasília e Salvador. Na próxima terça-feira (7), haverá um leilão para a venda dos ativos da empresa que já foi a quarta maior companhia aérea do país.

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As aeronaves que serão arrendadas pela Latam são do modelo Airbus 320-200 de propriedade da Air Castle, uma das maiores empresas de leasing de aeronaves do mundo.

Em nota, a Latam disse as negociações para o arrendamento dos aviões começaram no início do ano e que algumas delas já se encontram no centro de manutenção (MRO) da empresa, em São Carlos (SP).

"As aeronaves serão operadas em mercados domésticos do Grupo Latam Airlines, principalmente no Brasil, considerando a eventual aquisição dos ativos pela Latam Airlines Brasil", informou a empresa.

Em recuperação judicial, a companhia aérea Avianca Brasil admitiu ontem que sua dívida é maior do que a divulgada inicialmente. Sem considerar os arrendadores de suas aeronaves - que não entram no processo de recuperação e para os quais deve o equivalente a R$ 585 milhões -, os débitos da empresa somam R$ 2,7 bilhões. Em dezembro, o documento apresentado à Justiça citava R$ 495 milhões. Com assembleia de credores marcada para a próxima sexta-feira, a empresa perdeu sua assessora financeira, a Galeazzi, após divergências.

A alteração no valor da dívida ocorreu em dois momentos. Em janeiro, a companhia atualizou a primeira lista para R$ 1,3 bilhão por conta própria. Protocolada ontem na Justiça, a segunda modificação, para R$ 2,7 bilhões, veio depois de pedido dos credores. A principal diferença é o débito da gestora americana Elliott Management, que praticamente dobrou e chegou a US$ 515 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).

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Credor em outros negócios dos irmãos José e Germán Efromovich - os donos da Avianca -, o Elliott é conhecido por ser um fundo abutre, que investe em empresas em dificuldades. No início do processo de recuperação da Avianca, o Elliott chegou a negociar um aporte de US$ 75 milhões com a companhia aérea, mas as conversas foram abortadas, apurou o Estado.

A empresa, no entanto, conseguiu fechar um acordo de venda para a Azul, que pretende ficar com parte da frota e das autorizações de pousos e decolagens (slots, no jargão do setor) da Avianca. Como sinal, a Azul já pagou R$ 31 milhões, mas o negócio ainda precisa do aval dos credores, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e das arrendadoras das aeronaves.

No processo de negociação entre as duas aéreas, a Galeazzi acabou desistindo de assessorar a Avianca. O [ ]Estado[/ ] apurou que, logo após a Azul fazer o anúncio de intenção de compra, os representantes da Galeazzi passaram a não ser chamados para as reuniões nas quais o futuro da Avianca era debatido. Especializada em reestruturação de empresas e conhecida por realizar cortes drásticos de custos, a consultoria deixou de assessorar a companhia aérea no dia 14 de março.

Posse de aviões

Nesta semana, a briga pela posse dos aviões utilizados pela Avianca teve novos capítulos. Após a aérea voltar a atrasar pagamentos, as arrendadoras GE e Constitution conseguiram liminares para retomar a posse de suas aeronaves - dez jatos de cada uma. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, porém, suspendeu as liminares.

Os aviões das duas empresas de arrendamento correspondem a quase 50% da frota da Avianca e, segundo Noronha, a reintegração de posse deles comprometeria a recuperação da companhia.

Procuradas, Avianca e Galeazzi não quiseram se pronunciar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pontualidade é altamente importante para o setor aéreo, porque não apenas melhora a percepção e a credibilidade dos passageiros sobre a companhia aérea, mas também reduz os custos operacionais. O site de viagens OAG revelou sua lista anual de operadoras mais pontuais de 2019. A campeã foi a latino-americana Copa Airlines, com 89,79% dos voos no horário.

A Copa Airlines tirou o título de vencedora da companhia airBaltic, que em 2018 conquistou a primeira posição. O maior aumento de desempenho, porém, é o da Bangkok Airways, que saltou para o quinto lugar este ano. A Azul e a LATAM são as únicas brasileiras que figuram no ranking mundial, em 8º e 7º lugares, respectivamente.

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Entre as companhias de baixo-custo, porém, a Azul Linhas Aéreas é a grande campeã mundial. O ranking da OAG foi construído com base nos dados anuais de 58 milhões de registros de voos em 2018.

Voos considerados pontuais são aqueles que chegam ou partem dentro de 15 minutos de seus horários programados. O OAG também classificou os aeroportos em todo o mundo com base na pontualidade. Pelo quarto ano consecutivo, o mega aeroporto mais pontual é o japonês Tokyo Haneda.

Companhias aéreas mais pontuais:

1. Copa Airlines

2. airBaltic

3. Hong Kong Airlines

4. Hawaiian Airlines

5. Bangkok Airways

6. Qantas Airways

7. Grupo LATAM Airlines

8. Azul

9. Qatar Airways

10. KLM

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O site especializado AirlineRatings divulgou sua lista anual das companhias aéreas mais seguras do mundo. Em 2019, a empresa australiana Qantas mais uma vez figurou no primeiro lugar do ranking. Segundo o índice, a operadora foi a grande campeã devido à sua liderança no setor em inovação de segurança.

O AirlineRatings analisou dados de 405 companhias aéreas em todo o mundo para reunir sua lista das 20 principais operadoras mais seguras. A empresa usou 12 critérios, entre eles auditorias dos órgãos governamentais, lucratividade, iniciativas de segurança e idade da frota. Também foram considerados os registros de acidentes e incidentes sérios para cada transportadora. Nenhuma empresa brasileira foi mencionada.

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A Qantas recebeu o reconhecimento como a companhia aérea mais segura do mundo da AirlineRatings de 2014 a 2017, mas foi homenageada em 2018 quando o site optou por não classificar suas 20 principais. As outras 19 empresas mais seguras restantes não foram classificadas e estão listadas apenas em ordem alfabética.

As 20 principais são: Air New Zealand, Alaska Airlines, All Nippon Airways, American Airlines, Austrian Airlines, British Airways, Cathay Pacific Airways, Emirates, EVA Air, Finnair, Hawaiian Airlines, KLM, Lufthansa, Qantas, Qatar Airways, Scandinavian Airline System, Singapore Airlines, Swiss e United Airlines e grupo Virgin - que detém a Atlantic e Australia Airlines.

A United retornou à lista após estar notavelmente ausente em 2018. As excluídas em 2019 foram a Japan Airlines e a Etihad Airways. As companhias aéreas com as classificações mais baixas em 2019, segundo o site, foram a Ariana Afghan Airlines, a Bluewing Airlines, a Kam Air e a Trigana Air Service.

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Companhias aéreas estrangeiras de baixo custo começam a ampliar a oferta de passagens internacionais no País. A norueguesa Norwegian, que vai fazer voos diretos do Rio de Janeiro a Londres, a partir de março, colocará no mercado 70 mil novos lugares por ano. A chilena Sky Airlines começou a operar rotas do Rio de Janeiro e de Florianópolis para Santiago. A chilena passará a oferecer voos para São Paulo a partir de 7 dezembro, num total de 70 mil assentos apenas entre dezembro e março.

Na Norwegian, o preço mínimo do trecho deverá ficar em R$ 1,2 mil. Empresas concorrentes vendem passagens de ida e volta por R$ 2.900. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente global do grupo, Bjorn Kjos, afirmou que a operação da aérea vai começar pelo Rio por a cidade atrair muitos turistas europeus. Kjos não detalhou se vai oferecer outros destinos no País. A companhia já está operando na Argentina. "Fomos surpreendidos com a operação na Argentina. Ainda não conhecemos bem o mercado brasileiro, mas estamos otimistas e esperamos que os brasileiros optem por viajar para a Europa e possam fazê-lo com tarifas baixas por nossa companhia".

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A Sky começa sua operação no Brasil com cinco voos por semana para São Paulo, seis para o Rio e quatro para Florianópolis - esse último vai operar até março. A intenção, no entanto, é ter voos diários para Rio e São Paulo, segundo o diretor regional de vendas, Jaime Fernandez. "Ainda não temos previsão de quando isso vai acontecer. Precisamos, antes, tornar essas primeiras operações rentáveis." O executivo diz ainda que poderá lançar novos destinos no Brasil em 2019.

O modelo de baixo custo adotado pela Sky permitiu uma queda de 30% no preço médio das passagens no Chile - patamar que pode ser repetido no Brasil. No site da companhia, é possível encontrar passagens de ida e volta para Santiago, partindo de São Paulo em dezembro, por R$ 700. Em concorrentes, a tarifa mais barata é R$ 850.

Para garantir preços mais baixos, a empresa está investindo US$ 1,6 bilhão para renovar e ampliar sua frota - hoje, são 15 aeronaves. Foram comprados 21 aviões A320neo, que gastam menos combustível. Segundo Fernandez, uma negociação com o governo chileno também permitiu a redução de 20% neste ano nas taxas de embarque.

Concorrência

Para o especialista no setor aéreo André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company, as empresas de baixo custo dificilmente conseguirão manter tarifas mais baratas do que as concorrentes brasileiras, pois seus custos não serão muito inferiores. "Elas podem até subsidiar assentos no começo, mas é inviável manter isso por um longo período."

Castellini lembra que companhias como Latam e Gol já adotam estratégias de empresas 'low cost' em alguns serviços, como na cobrança pela marcação do assento. As companhias brasileiras, diz ele, também estão incluindo aeronaves que gastam menos combustível em suas frotas. "Não dá para fazer milagre. As locais adotaram o que é possível. Ambas (Latam e Gol) são eficientes em custos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No Chile, em três voos da Latam Airlines Group Chile, Latam Airlines Perú e Sky Airlines houve ameaças de falsas bombas nas aeronaves. Dois deles foram desviados e um terceiro não chegou a decolar nas últimas 24 horas. 

As três companhias aéreas receberam comunicados de que havia artefatos nas aeronaves. Após a fiscalização das autoridades chilenas, nada foi encontrado.

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O susto ocorreu na noite dessa quinta-feira (16). Os carabineiros e a polícia de investigações do Chile revelaram 11 falsas ameaças de bombas recebidas no último dia 15 em voos comerciais da Latam e Sky.

O general da Direção Geral da Aeronáutica Civil (DGAC) do Chile, Víctor Villalobos, classificou a situação como "extraordinária" e argumentou que foram usados todos os protocolos de segurança. Houve pousos de emergência e evacuação imediata das aeronaves, além de uma exaustiva revisão das condutas de bordo.

*Com informações da Telesur, emissora pública de televisão da Venezuela

A Singapore Airlines foi eleita a melhor companhia aérea do mundo nesta segunda-feira (9). O levantamento foi feito pelo Tripadvisor, com base nas avaliações dos viajantes coletadas entre fevereiro de 2017 a fevereiro de 2018. Enquanto a Ásia detém o maior número de vencedores no ranking, o Brasil possui um único representante - a Azul Linhas Aéreas, que ocupou o 9º lugar.

Entre as 10 maiores do mundo, as empresas asiáticas dominaram o ranking com quatro companhias aéreas na lista (Singapore Airlines, Japan Airlines, EVA Air e Korean Air). Líder do ranking, a Singapore Airlines foi elogiada principalmente por seu serviço de bordo e tripulação, garantindo a classificação como a detentora da melhor primeira classe e melhor classe econômica.

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A única companhia aérea do Brasil a marcar presença na lista foi a Azul Linhas Aéreas, com muitos revisores elogiando seus jatos Embraer que oferecem assentos duplos, em vez de triplos, e seu serviço de bordo. Os EUA também tiveram um único representante, a Southwest Airlines.

A Air New Zealand ficou em segundo lugar, empurrando a Emirates - vencedora do ano passado - para a terceira posição. Muitas companhias aéreas bem conhecidas, como a British Airways, Virgin Atlantic e American Airlines, não figuraram entre as 10 melhores.

As vencedoras foram determinadas usando um algoritmo que levou em consideração a quantidade e a qualidade das avaliações e classificações de companhias aéreas enviadas por viajantes em todo o mundo, durante um período de 12 meses nos voos do TripAdvisor.

Confira o ranking completo:

10. Korean Air, Coreia do Sul

9. Azul, Brasil

8. Qatar Airways

7. Jet2, Reino Unido

6. Southwest Airlines, EUA

5. EVA Air, Taiwan

4. Japan Airlines, Japão

3. Emirates, Emirádos Árabes

2. Air New Zealand, Nova Zelândia

1. Singapore Airlines

A Gol foi a companhia aérea com a melhor avaliação em dois rankings nacionais que medem o atendimento prestado aos consumidores. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a empresa registrou 2.178 reclamações para 29,19 milhões de passageiros transportados ao longo do ano passado, o que corresponde a uma média de sete ocorrências a cada 100 mil passageiros atendidos. Essa foi a melhor média entre as quatro maiores do setor - a segunda colocada, a Avianca, registrou 12 ocorrências a cada 100 mil passageiros transportados (1.179 para 9,82 milhões de passageiros).

Já Azul e Latam apresentaram, ambas, 18 reclamações para a mesma proporção. Na Azul, foram registradas 3.478 ocorrências para 19,59 milhões de pessoas embarcadas; na Latam, o número de reclamações atingiu 5.479, para um total de 30,53 milhões de passageiros atendidos.

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Consolidando os dados das principais aéreas, em 2017, a Anac contabilizou 12.314 reclamações na plataforma Consumidor.gov.br, canal criado pelo próprio governo federal para atender às reclamações de consumidores e ajudar na solução de conflitos entre usuários e empresas. A média foi de 14 para cada 100 mil passageiros transportados.

Em outro ranking, do site Reclame Aqui, a Gol mostrou o melhor desempenho na resolução dos problemas junto aos clientes, com 80,2% de índice de solução. Atrás, vêm Avianca (com 59,5%), Azul (51,5%) e Latam (44,9%). No indicador que mede a reputação das empresas, Latam e Azul são classificadas como "ruins", enquanto a Avianca aparece como "regular", e a Gol, como "ótima".

Já nas informações coletadas pela agência reguladora do setor, a companhia com índice mais alto de solução das demandas dos consumidores é a Avianca (77,11%), seguida pela Latam (68,79%). A Gol aparece em terceiro lugar (66,45%); a Azul, em último (53,44%). Quando perguntados se satisfeitos com o atendimento prestado pelas empresas, os consumidores deram melhores notas à Avianca, seguida por Gol, Latam e Azul.

Segundo Paulo Miranda, diretor de Produtos, Experiência e Relacionamento com Cliente da Gol, o bom desempenho da aérea nos rankings reflete o trabalho interno feito pela companhia nos últimos anos. "Significa, para nós, que estamos prestando atenção às mensagens e endereçando alguns dos pontos que aparecem no nosso dia a dia, na nossa estratégia e na experiência de voar com a empresa".

Entre as ações que a empresa vem tomando, o executivo destaca o treinamento e a capacitação dos profissionais que lidam diretamente com o cliente, além do desenvolvimento de produtos e facilidades aos usuários, como os assentos GOL+ Conforto. entretenimento e internet a bordo dos aviões.

As aéreas Latam Brasil e American Airlines lideram um movimento para "destravar" uma demanda de uma década do setor: a retirada das barreiras para operações de companhias aéreas entre o Brasil e os Estados Unidos. Na prática, isso significa que cairiam os limites para voos entre os países - que passariam a ser definidos pelas empresas, conforme a demanda -, o que poderia ampliar as opções para os consumidores.

O acordo de "céus abertos" também é apoiado por várias outras companhias - com exceções, como a Azul - e por entidades de classe. Foi assinado em 2011 pelos presidentes da época, Dilma Rousseff e Barack Obama. Já passou por Casa Civil e Ministério de Relações Exteriores, mas espera apreciação pela Câmara há um ano. Embora já tenha passado por várias comissões especiais, a mudança depende ainda da ratificação nos plenários da Câmara e do Senado para entrar em vigor.

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A ideia do Movimento Céus Abertos, agora, é tentar deixar mais claros os benefícios à economia que a concretização do acordo pode trazer. "Tentamos mudar a maneira como estamos atacando o tema, porque ele já está na mesa há vários anos", disse ao Estadão/ Broadcast o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier. O executivo admite, porém, que a proximidade das eleições e a agenda de reformas podem ser um empecilho para que o tema seja apreciado no curto prazo pelo Congresso.

As empresas já se movimentam visando a decisão favorável do Congresso. Latam Brasil e American Airlines firmaram no ano passado um acordo de operação conjunta rotas entre Brasil e EUA. Entretanto, por causa de uma determinação do governo americano, a parceria depende da ratificação das novas regras no Brasil para poder entrar plenamente em vigor. O argumento das aéreas é que a redução das amarras para o setor aumentaria o comércio entre os países e poderia também reduzir o valor cobrado pelas passagens nos trechos entre o Brasil e os EUA, e vice-versa.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estima que o número de passageiros em rotas internacionais com origem ou destino no Brasil poderá aumentar 47% após a ratificação do céus abertos. Outro estudo, da própria American Airlines, prevê que a oferta de assentos entre Brasil e Estados Unidos aumentará 13% nos cinco anos seguintes à assinatura do acordo.

O diretor regional de vendas da American Airlines, Dilson Verçosa, diz acreditar que existe uma "brecha" para o tema voltar a ganhar força. "Já vemos uma melhora na economia. E o 'céus abertos' pode beneficiar bastante a economia, com aumento de fluxo de passageiros entre os dois países."O executivo lembra que, na semana passada, foram aprovados acordos de serviços aéreos entre Brasil e os governos de Cuba, Ucrânia e Índia. "O movimento desses países juntos não chega a 10% do que é o tráfego de passageiros com Estados Unidos. Então achamos que essa é uma oportunidade."

Contra. Entre as aérea contrárias ao movimento de abertura aérea entre o Brasil e os Estados Unidos, a mais vocal tem sido a Azul. "Seríamos favoráveis se tivéssemos as mesmas regras para os dois lados", afirma o presidente da Azul, John Rodgerson. Para ele, o problema é que pilotos americanos podem voar mais horas do que os profissionais brasileiros, de modo que as empresas nacionais perderiam competitividade nas rotas entre as duas nações. "Teríamos que mudar as regras para jogar com as mesmas ferramentas.""Já vemos uma melhora na economia. E o 'céus abertos' pode beneficiar bastante a economia, com aumento de fluxo de passageiros entre os dois países, com base em exemplos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de começarem a vender neste mês passagens sem despacho de bagagem, as empresas aéreas ainda não têm um mecanismo para cobrar a mala de mão que exceder o limite permitido do passageiro que chegar com ela ao portão de embarque. Na prática, isso permitirá que o viajante despache sem pagar.

Com as alterações de regulamentação feitas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), desde 14 de março o passageiro tem direito de levar a bordo uma mala de mão com até 10 kg - antes, o limite era 5 kg. Até ontem, porém, nenhuma companhia cobrava pelo despache. A partir de hoje, a Azul venderá tarifas com pelo menos R$ 30 de desconto para quem optar por viajar apenas com uma unidade de mão. A Gol passa a fazer o mesmo no dia 20. A Latam pretende começar a cobrar até o fim deste mês, mas ainda não definiu uma data, e a Avianca não tem previsão.

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'Olhômetro'

O passageiro que fizer check-in pessoalmente no balcão da companhia deverá ter o tamanho de sua bagagem de mão conferido, como já ocorre atualmente. Aquele que fizer o check-in pela internet e optar por não despachar, entretanto, só terá a mala de mão inspecionada no portão de embarque. Azul fará essa fiscalização no "olhômetro". Caso o funcionário ache que a unidade excede os limites, pedirá para que ela seja colocada no bagageiro do avião. Por enquanto, porém, não há previsão de cobrar por essa mala despachada.

A assessoria de imprensa da Azul informou que a intenção é, nos primeiros meses, analisar como a operação vai ocorrer e se serão necessárias modificações. A empresa destacou que poucos clientes deverão aderir às tarifas sem bagagem agora, já que esse tipo de passagem, por enquanto, estará disponível em apenas 15 de suas 215 rotas.

A Gol também não deverá cobrar pela bagagem de mão que extrapolar as medidas máximas caso o passageiro chegue com ela no embarque. Os funcionários utilizarão "gabaritos" para conferir as dimensões das malas e vão encaminhá-las ao bagageiro se necessário. A companhia destacou, porém, que agentes que circulam pelos aeroportos ajudarão na fiscalização.

Nas áreas de raio X dos terminais de embarque também não haverá fiscalização de tamanho, já que os profissionais que atuam nessa zona são contratados pelos aeroportos. O diretor de operações do Aeroporto de Guarulhos, Miguel Dau, se diz preocupado com as alterações por acreditar que elas possam atrasar voos. Segundo Dau, as empresas calculam o volume de combustível necessário de acordo com o peso das aeronaves. Ele acredita que poderão aparecer passageiros com bagagens maiores que as declaradas e que elas precisarão ser despachadas de última hora, exigindo um novo balanceamento da aeronave.

No aeroporto de Viracopos, em Campinas, principal base da Azul, entretanto, um alto funcionário afirmou não haver inquietações com a possibilidade de atrasos em decorrência da alteração do peso das aeronaves. A Azul afirma que as empresas trabalham com margens suficientes para que o balanceamento não tenha de ser refeito. Segundo a regulamentação internacional, aviões como um Boeing 737 têm de operar com uma margem de 300 kg.

Outros países

Em outros países onde já são comercializadas passagens que não dão direito a bagagem, também não costuma haver conferência de tamanho das unidades no portão de embarque. O diretor de operações do aeroporto de Guarulhos, entretanto, diz que os brasileiros têm costumes diferentes e gostam de levar mais malas. Historicamente, a regulamentação brasileira sempre permitiu maiores volumes de bagagem. Enquanto no Brasil, em voos internacionais, o passageiro tinha direito a duas malas de 32 kg cada uma, no exterior, essas unidades são limitadas a 23 kg.

A cobrança por bagagem era demanda antiga das aéreas, que afirmam que a modificação permitirá tarifas mais baratas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A companhia aérea Azul tentará, pela quarta vez, abrir seu capital. A empresa quer fazer dupla listagem, ou seja, na BM&FBovespa e na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse). A intenção de abrir capital neste ano foi antecipada pela 'coluna do Broad', do Grupo Estado, em dezembro.

O prospecto ainda não está disponível no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Também não há detalhes da oferta no documento registrado na Securities and Exchange Commission (SEC), a CVM dos Estados Unidos. No prospecto da SEC, a aérea destaca o risco com a posse do novo presidente dos EUA, Donald Trump. "Não temos controle e não podemos prever os efeitos da administração e das políticas de Trump", segundo destaca o documento.

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Os bancos coordenadores são o Bradesco BBI, Itaú BBA, JPMorgan, Santander, Itaú BBA, Citigroup, Deutsche Bank e Raymond James. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O plenário do Senado aprovou, em votação simbólica nessa quarta-feira (14), o projeto de decreto legislativo que revoga a resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que autorizou as companhias aéreas a cobrarem pelas bagagens dos passageiros a partir do dia 14 de março do próximo ano.

O texto é de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE) e susta a determinação da Anac que libera as companhias aéreas de oferecer a franquia mínima de bagagem aos passageiros. Segundo a agência, a cobrança extra poderia reduzir o valor de venda das passagens.

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No entanto, a resolução foi criticada pelos senadores. “Em nenhum momento, a agência reguladora garante ao passageiro que as empresas assumiriam o compromisso público de efetiva redução das tarifas ou de outras medidas compensatórias”, sustentou Humberto.

Atualmente, as empresas são obrigadas a oferecer gratuitamente uma franquia de 23 quilos para passageiros domésticos e de duas malas de 32 quilos para voos internacionais. A resolução aumenta o peso da bagagem de mão de cinco para dez quilos.

O projeto agora segue para a análise da Câmara dos Deputados e precisa ser aprovado para que as medidas da Anac sejam suspensas.

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