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O ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, em vista ao Recife, afirmou, nesta terça-feira (17), que as ações realizadas no Complexo Prisional do Curado, Zona Oeste da capital pernambucana, em cumprimento de sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos (IDH), podem ser transformadas em política pública. Almeida está na capital pernambucana entre os dias 16 e 18 de outubro cumprindo agenda da Caravana dos Direitos Humanos, que consiste em visitar os sistemas prisionais de algumas capitais do país. 

“A ideia é transformar isso em uma política de cooperação sistemática com os estados, no que tange as soluções, os problemas do sistema prisional”, afirmou o ministro, em coletiva de imprensa. A cooperação sistemática mencionada consiste em agregar diferentes frentes, com o apoio dos ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social, do Trabalho e Emprego, da Educação, entre outros. 

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Almeida confirmou ainda que a aplicação de ações observadas na visita ao Complexo do Curado deve se tornar “um quadro de ação institucional para que possamos aplicar nos outros estados”. 

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Mudanças no Complexo Prisional do Curado 

O Complexo do Curado já vinha passando por mudanças desde agosto de 2022, na implementação do Gabinete de Crise, grupo formado por representantes de diferentes instituições com o intuito de avaliar e solucionar problemas relacionados à violação de direitos humanos no local. Uma das principais mudanças colocadas a público foi a diminuição de 6,5 mil para menos de 2 mil presos no complexo. A meta é reduzir para 70% o número de pessoas privadas de liberdade alocadas nos três presídios que constituem o Complexo. 

O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo, afirmou que as ações registradas no Curado foram realizadas com rigor e detalhes. “É preciso que se diga à sociedade que não houve um ‘abre portas e sai, quem correr mais rápido é quem chega na frente’, não houve isso. Houve o cumprimento rigoroso, um trabalho do Ministério Público, da Defensoria e do Poder Judiciário, para cumprir a lei. Quem podia progredir na medida, progrediu. Os juízes de execuções, promotores de execuções, grupos de trabalho específico, defensores e promotores de justiça [atuaram] agilizando a análise, revogando [prisão] preventiva quando não fazia mais sentido, por vezes nem devia ter sido decretada”, declarou. 

O desembargador ainda afirmou que o índice de reincidência foi baixo, concluindo que não há razão para medo por parte da população. 

O ministro Silvio Almeida segue a agenda da Caravana até esta quarta-feira (18), quando terá uma reunião com o Sistema Estadual de Prevenção e Combate à Tortura e Secretaria de Segurança Pública e Direitos Humanos de Pernambuco.

Uma briga entre detentos no Presídio Juiz Antônio Luís Lins de Barros, no Complexo Prisional do Curado acabou com um morto e dois feridos e encaminhados ao Hospital Otávio de Freitas, no Recife, na manhã desta terça-feira (12).

De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (SERES), o detento Ricardo Barbosa da Silva, de 20 anos, acabou falecendo em decorrência dos ferimentos. Dos feridos, João Guilherme dos Santos Silva, 26, recebeu alta, enquanto Andresson Luiz da Silva, 35, segue internado com quadro estável.

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Ainda de acordo com a SERES, está sob controle e a Polícia Civil já foi acionada para investigar as circunstâncias da briga e quais detentos se envolveram no fato.

Por Miguel Inácio

Uma mulher foi flagrada neste sábado (24) tentando entrar no Presídio Aspirante Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), do Complexo Prisional do Curado, Zona Oeste do Recife, com seis pacotes de extrato de tomate recheados com cachaça. O material seria entregue ao marido dela, que está preso no local.

Segundo os agentes, a mulher, identificada como Mércia Cristina Cabral dos Santos, tentava realizar a visita pela manhã, às 9h, quando foi flagrada com os pacotes de extrato de tomate. Dentro dos sacos, foram encontrados 6 litros de cachaça. O material foi apreendido. Apesar de não ter sido presa, ela foi punida e vai ficar sem poder realizar visitas ao marido por um período não especificado.

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O Complexo Prisional do Curado receberá, nesta quarta-feira (8), membros da Corte Interamericana de Direitos Humanos – braço da Organização dos Estados Americanos (OEA) – para uma vistoria nos presídios do local. A ação é feita após denúncia perpetrada pela Justiça Global, Clínica Internacional de Direitos Humanos da Faculdade de Direito de Harvard, entre outras entidades.

Desde 2011, o Estado brasileiro tem sido processo por problemas que já se tornaram rotinas nas penitenciárias: superlotação, assassinatos, corrupção e outros tipos de violações. Em outubro de 2015, a Corte determinou que o país cumprisse uma série de medidas. A visita em Pernambuco será pioneira no território nacional.

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No início da manhã, representantes da Corte e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos estarão reunidos com membros das entidades envolvidas e do estado. Na sequência, haverá a visita ao Complexo Prisional. "O que temos é um cenário no qual as violações não são a exceção, mas sim a regra. Enquanto não houver uma ação do Estado para modificar a situação, continuaremos a ter um sistema punitivista que encarcera cada vez mais e em condições extremamente desumanas e degradantes", criticou Isabel Lima, coordenadora da Justiça Global. 

Os problemas do sistema prisional de Pernambuco só tendem a se agravar. Após uma nova explosão no muro do Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife, na madrugada deste sábado (5), um detento foi assassinado na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, na RMR.

Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o presidiário José Anildo Silvestre da Silva, de idade não revelada, foi agredido por arma branca e veio a óbito dentro do próprio presídio, também nesta madrugada. A Seres ainda informou que acionou o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), o Instituto de Criminalista e o IML, com o objetivo de apurar a causa da morte.

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Ainda sobre a explosão deste sábado no Complexo Prisional do Curado, não foram registradas fugas. Em janeiro deste ano, duas explosões aconteceram, sendo uma na própria unidade do Curado e outra na Barreto Campelo. Nessas ocasiões, vários detentos conseguiram fugir.

 

Na manhã deste domingo (27), detentos do Presídio Frei Damião de Bozzano, no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, iniciaram um tumulto que terminou com quatro feridos e uma morte. Durante tiroteio, Ricardo Alves da Silva, de 33 anos, morador do Alto Bela Vista (região nos arredores da penitenciária) foi atingido por bala perdida e não resistiu.

Equipe de segurança do Complexo do Curado foi chamada para intervir e conter detentos que arremessavam pedras durante a contenção dos reeducandos, de acordo com nota oficial da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres). A Polícia Civil está investigando o ocorrido, assim como a Seres, que aguardam laudo do Instituto de Criminalística.

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Os reeducandos José Carlos Serafim e Mário Francisco do Nascimento Neto foram baleados durante o tumulto e foram encaminhados ao Hospital Otávio de Freitas, na Zona Oeste do Recife. Dois detentos também ficaram feridos na confusão, que iniciou por volta das 6h e teve cerca de duas horas de duração.

Moradores da região se reuniram na tarde deste domingo para protestar contra a morte de Ricardo Alves da Silva e a insegurança do local. Foram queimados colchões, sofás e pneus em frente à Escola Estadual Monsenhor Álvaro Montenegro, que fica vizinha ao Presídio Frei Damião de Bozzano. O protesto foi contido por agentes da Polícia Militar (PM), do Batalhão de Choque e do Grupo de Apoio Tático Itinerante (GATI).

Nota oficial da Seres sobre o caso:
A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informa que foi contido na manhã deste domingo, 27, um princípio de tumulto no Presídio Frei Damião de Bozzano, que integra o Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, no Recife.

A equipe de segurança da unidade interviu após diversos arremessos de pedras e durante a contenção os reeducandos José Carlos Serafim e Mário Francisco do Nascimento Neto ficaram feridos e estão sendo atendidos no Hospital Otávio de Freitas.

Há informações que uma bala perdida teria levado a óbito Ricardo Alves da Silva, morador do Alto Bela Vista. A Seres presta solidariedade à família e aguarda o laudo do Instituto de Criminalística. Os fatos já começaram a ser investigados pela secretaria que abrirá uma sindicância para apuração rigorosa e adoção de medidas cabíveis. Um inquérito policial também será aberto pela Polícia Civil.

Na manhã desta quinta-feira (20), reeducandos do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALBB), no Complexo Prisional do Curado, se desentenderam após uma briga e dois deles acabaram sendo levados para o hospital. 

Os feridos foram identificados como Jeferson José de Sá Coimbra, de 42 anos, que já foi liberado e retornou a unidade, e Kelvin Cavalcanti Silva, 27, que ainda permanece no Hospital Otávio de Freitas, localizado em Tejipió, Zona Oeste do Recife. 

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A Secretaria Executiva de Ressocialização (SERES) divulgou uma nota informando que os pavilhões onde aconteceram os conflitos já estão normalizados. Porém, durante toda a manhã, o Grupo de Operações de Segurança da SERES (GOS) realizou a intervenção e permaneceu na unidade realizando revista e monitorando a situação. 

Durante a vistoria, foram encontrados 42 celulares, cinco facões, 15 facas industriais, seis foices industriais, 15 chuços, seis chips, cinco baterias de celular e 50 carregadores de celular. 

Membros da Federação Nacional Sindical dos Penitenciários (Fenaspen) estão realizando um ato de protesto na porta do Complexo Prisional do Curado, na tarde desta terça-feira (28). O motivo é o Governo do Estado ter negado a entrada da federação para vistoriar o local, mesmo sob apresentação dos documentos necessários.

De acordo com João Carvalho, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários em Pernambuco (Sindasp-PE), a visita serve para fazer um levantamento das condições dos presídios, bem como realização de relatórios. Entretanto, momentos antes da data marcada para a vistoria, o governo mandou um email informando que não permitiria o acesso dos profissionais porque havia acontecido um problema no complexo prisional. “Acontece que a visita serve justamente para verificar justamente esses tipos de problema!”, salientou João Carvalho. “Nós temos carta de autorização, então isso que eles estão fazendo é inconstitucional”, afirma.

A comissão do Sindasp vem recebendo denúncias sobre o local, e para os representantes, a atitude do governo só confirma a hipótese de que ele está em más condições. No momento, 46 membros e líderes sindicais de agentes penintenciários de 16 estados estão se dirigindo ao local para protestar.

Começou a ser instalado na manhã desta terça-feira (19), pela Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, o alambrado da muralha do Complexo Prisional do Curado, no Recife. Após a instalação total de 5.328 metros quadrados de alambrados, a muralha do complexo terá sua altura aumentada em seis metros.

A intervenção tem como objetivo impedir a entrada de material ilícito por cima dos muros, como drogas e armas. Além disso, outro fato recente colaborou para a preocupação com a segurança no Complexo: uma bomba jogada pelo lado de fora do Presídio Agente de Segurança Penitenciária Marcelo Francisco de Araújo (PAMFA) danificou parte da estrutura e assustou moradores do local.

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Também está sendo feita a reforma da quadra interna e da área de espera dos visitantes, que fica na área externa, do Presídio Juiz Antônio Luis Lins de Barros (PJALLB), por onde se iniciaram os trabalhos. De acordo com a Secretaria, o prazo para a conclusão das obras é de 120 dias.

Depois de longas negociações nos três presídios que integram o Complexo Prisional do Curado, o juiz Luiz Rocha garantiu que a situação em todas as unidades foi normalizada. “Ainda nesta noite, iremos atender a pedidos dos detentos e vários serão transferidos para outras unidades prisionais. Também contaremos, a partir de amanhã (22), com outros 25 novos profissionais na 1ª Vara Criminal para revisitar processos que possam ter atrasos”, revelou o representante da Justiça. 

Ao todo, ainda na noite desta quarta (21), serão transferidos 27 reeducandos: 13 do Presídio Frei Damião Bozzano, quatro do Presídio Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa) e outros dez do Présidio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB). De acordo com o juiz Luiz Rocha, estes presos serão encaminhados para diferentes unidades, como a Barreto Campelo, o Presídio de Palmares e Presídio Agrícola de Itamaracá. 

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“Até sexta-feira (23), garantimos que faremos outra carga de apreciação de processos, a pedido dos detentos. São pedidos de transferência, livramento condicional, progressão de pena, serem encaminhados para prisões do Interior. Aqui no Complexo, acredito que são entre 200 e 300 pedidos da população carcerária”, explicou o juiz. Luiz Rocha ainda contou à imprensa que um presidiário do Frei Damião Bozzano será solto em liberdade condicional. 

Sobre denúncia da OAB-PE, juiz disse haver “falta de conhecimento” 

Questionado sobre o posicionamento crítico da entidade estadual da Organização dos Advogados do Brasil (OAB-PE), que o acusou de falta de assiduidade na Vara Criminal e lentidão no despacho de processos, o juiz Luiz Rocha se disse surpreso com a acusação e se defendeu dizendo que atua, muitas vezes, fora da Vara. “Não posso estar no gabinete, se tenho nove unidades sob minha responsabilidade. Tenho que estar nos presídios,como corregedor, ouvir os presos. Acho que é falta de conhecimento de como funciona a Vara”. 

O juiz propôs ao presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Alves, que da próxima vez vá até os presídios para ter consciência da real situação das unidades prisionais. “Assiduidade é uma palavra muito forte. Não sei se o pessoal da OAB veio até os presídios, talvez se o presidente tivesse aqui ele entenderia melhor a situação e a atuação da nossa equipe”, argumentou Luiz Rocha. 

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) emitiu uma nota de pesar pela morte do sargento da polícia militar, Carlos Silveira do Carmo. O agente foi assassinado durante a rebelião realizada nas três unidades do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, nessa segunda-feira (19).

Em nota, o sindicato afirmou que a morte do policial “denota o completo caos institucional pelo qual passa a segurança pública no Estado de Pernambuco”. O Sinpol também denuncia “que a situação é resultado de uma sequência de malfeitos administrativos e de muito descaso”.

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Confira a nota na íntegra:

O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco) se solidariza com a família do Policial Militar Carlos Silveira do Carmo, morto covardemente ontem (19/01) enquanto exercia sua difícil tarefa de garantir a ordem pública e a segurança dos apenados do Complexo Penitenciário do Curado.

Para o Sinpol, a morte de mais um irmão da segurança pública denota o completo caos institucional pelo qual passa a segurança pública no Estado de Pernambuco. O fato é terrível: mais um herói foi morto no exercício de sua função, desta vez, alvejado por balas disparadas de dentro de um presídio, onde os apenados deveriam exercer atividades de ressocialização.

O Sinpol denuncia que esse caos é resultado de uma sequência de malfeitos administrativos e de muito descaso. Existe em Pernambuco déficit de pessoal; salários aviltantes e, em várias categorias, os piores do Brasil; más condições de trabalho; falta de equipamentos e uma política falida que prioriza a apresentações de números em detrimento de resultados efetivos que, de fato, beneficiem a sociedade.

Em nome de Silveira e muitos outros que tombaram defendendo a população pernambucana, o Sinpol se coloca na luta por dias melhores para os trabalhadores da segurança pública e para todo o povo de nosso Estado.

O Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (Sindasp-PE) se pronunciou sobre a rebelião ocorrida no Complexo Prisional do Curado, nesta segunda-feira (19). Por meio de nota, afirmou que “rebeliões como essas são previsíveis, podendo acontecer outras vezes pela omissão do Estado em garantir a Ordem e a Segurança no Sistema Penitenciário”.

O Sindasp-PE denunciou o déficit de pessoal de 4.700 agentes penitenciários, péssimas instalações, falta de condições de trabalho e a morosidade no julgamento dos processos dos apenados – situação reivindicada pelos detentos no protesto de ontem no Complexo do Curado.

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“Novamente denunciamos que armas e outros ilícitos estão entrando nos presídios por cima dos muros do complexo, visto que, em média, 60% das guaritas continuam desativadas”, relatou o Sindasp-PE.

Na nota, o órgão também lamentou a morte do sargento da Polícia Militar Carlos Silveira do Carmo, morto durante a rebelião. “Esta tragédia, como muitas outras, revela o total apagão do Sistema Penitenciário em Pernambuco, que merece ser revisto com urgência e presteza”, afirmou o Sindicato.

Confíra a nota na íntegra:

"O Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (Sindasp-Pe) se pronuncia acerca da rebelião ocorrida nas Unidades do Complexo do Curado nesta segunda-feira, 19 de janeiro: Lamentamos profundamente a morte de mais um irmão, policial militar nos serviços da guarda externa, que tombou no exercício de sua função. Para o Sindasp-PE, esta tragédia, como muitas outras, revela o total apagão do Sistema Penitenciário em Pernambuco, que merece ser revisto com urgência e presteza.

Denunciamos um déficit de pessoal de 4.700 Agentes Penitenciários, péssimas instalações, falta de condições de trabalho e a morosidade no julgamento dos processos dos apenados, principalmente, pela falta de Agentes Penitenciários para as apresentações judiciais e a falta de defensores públicos. Infelizmente, rebeliões como essas são previsíveis, podendo acontecer outras vezes pela omissão do Estado em garantir a Ordem e a Segurança no Sistema Penitenciário.

Novamente denunciamos que armas e outros ilícitos estão entrando nos presídios por cima dos muros do complexo, visto que, em média, 60% das guaritas continuam desativadas. O Sistema Penitenciário tem que ser tratado com outros olhos para garantir a Segurança Pública e a ressocialização do preso."

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Horas após a rebelião no Complexo Prisional do Curado (antigo Aníbal Bruno) que vitimou duas pessoas – um sargento e um presidiário – o policiamento foi reforçado. Segundo a assessoria da Secretaria de Ressocialização (Seres), vários agentes foram enviados para a unidade prisional, por motivo ainda desconhecido.

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Do lado de fora do presídio, familiares de detentos ainda aguardam notícias. Segundo informações repassadas na manhã desta terça-feira (20), 29 pessoas ficaram feridas na rebelião e algumas precisaram ser transferidas para hospitais do Recife.

Também foi possível ouvir tiros e ver vários detentos com facas, algumas artesanais. "Os tiros eram não letais para tentar fazer a galera recuar", afirmou João Carvalho, presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (Sindasp-Pe). Há informações de que os reeducandos quebraram os cadeados dos portões e das grades das celas. Eles usam microfone e caixa de som para tentar se comunicar.

Por volta das 10h40, um helicóptero da Secretaria de Defesa Social (SDS) sobrevoava a unidade. De cima dos pavilhões, os presidiários gritam que a energia do Complexo foi cortada.

Entenda o caso – O tumulto no Complexo Prisional começou por volta das 9h da segunda-feira (19). Os detentos realizaram um protesto de forma pacífica para reivindicam mais agilidade no julgamento dos processos judiciais e pedir a presença do promotor Marcellus Ugiette

No período da tarde, a situação no presídio começou a ficar tensa. O Batalhão de Choque foi acionado pela segunda vez e precisou agir. Um sargento, identificado como Carlos Silveira do Carmo, e um detento de nome ainda não divulgado morreram. Outros presidiários ficaram feridos.

Na noite de ontem, um grupo de familiares se aglomerava em frente ao Complexo em busca de informações.

Com informações de Jorge Cosme

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Um princípio de tumulto foi registrado na manhã desta segunda (19) no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife. O início do levante teria acontecido por volta das 9h, segundo moradores da área. Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), a rebelião teria partido de reeducandos dos presídios Juiz Antônio Luiz Barros, Frei Damião de Bozzano e Agente Marcelo Francisco de Araújo. Em nota, o órgão afirmou que os detentos reivindicam mais agilidade no julgamento dos processos judiciais. 

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Apesar de a Polícia ter enviado o Batalhão de Choque ao local, a situação está normalizada. As duas viaturas do Corpo de Bombeiros (CBM-PE) que também foram enviadas aos presídios não chegaram realizar algum tipo de ação. Mesmo sem necessidade de ação do CBM, é possível ver fumaça em um dos presídios. Nas três unidades prisionais, há detentos nos pavilhões segurando cartazes e gritando por liberdade.

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Com informações de Damares Romão

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Agentes penitenciários do Grupo Operacional de Segurança (GOS) descobriram, na tarde do último domingo (4), um túnel dentro da área do presídio Frei Damião de Bozzano, no Complexo Prisional do Curado. Segundo informações do Sindicato dos Agentes, Servidores, Empregados e Contratados no Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindasp/PE), os agentes perceberam a escavação depois do horário de visitas no fim de semana. 

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Ainda segundo o Sindasp, o túnel tinha pouco mais de dois metros de profundidade e estava localizado na área externa do pavilhão e próximo a uma cerca dentro da unidade prisional. Os agentes da penitenciária não conseguiram identificar os responsáveis pela escavação. Com capacidade para cerca de 400 presos, a unidade abriga, atualmente, aproximadamente 1.800 detentos. 

Em outras unidades prisionais do Estado, nos municípios de Igarassu e Caruaru, também foram apreendidos materiais como bebidas alcoólicas e drogas. Na penitenciária de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foram confiscados aproximadamente 10kg de “borisco” (matéria prima para crack), dois litros de bebidas alcoólicas e duas molas de fogão. Já em Caruaru, no Agreste, os agentes apreenderam quase 1kg de maconha. Nas duas penitenciárias, o material foi apreendido no domingo (4) e levado aos presídios por visitantes. 

 

Durante uma inspeção realizada no Complexo Prisional do Curado, localizado na Zona Oeste do Recife, uma equipe da 1ª Vara de Execuções Penais do Recife e a Polícia Militar apreenderam armas e drogas, além de uma balança de precisão e uma destilaria de aguardente, feita à base de arroz, fermento e frutas. A ação ocorreu nesta sexta-feira (5). 

O titular da 1ª Vara de Execuções Penais, o juiz Luiz Rocha, informou que, ao coversar com os presos, ouviu relatos de falta de atendimento jurídico, além de denúncias de torturas e espancamentos dentro das unidades. "O nosso objetivo com a ação era chamar a atenção da sociedade e dos órgãos competentes para as irregularidades presentes no complexo prisional e demonstrar a necessidade de uma fiscalização efetiva no local. É preciso que se tomem medidas urgentes para se combater essa situação calamitosa", afirmou o magistrado.

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Os objetos apreendidos foram entregues à direção do presídio. As drogas serão encaminhadas ao Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) para serem incineradas. A destilaria de aguardente foi destruída. 

Com informações da assessoria 

O princípio de tumulto no Complexo Prisional do Curado, registrado no final da manhã desta terça-feira (18), foi controlado e a situação no local é tranquila. De acordo com a assessoria da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), os detentos se recusaram a almoçar, e fizeram greve de fome, mas nenhuma ação violenta aconteceu durante a reivindicação.

Cerca de dez familiares dos presos se encontram na frente da unidade Frei Damião de Bozzano, antigo Aníbal Bruno; de acordo com testemunhas, o Batalhão de Choque entrou no presídio e houve tiros. A assessoria da Seres nega a informação de ter ocorrido algum tipo de disparo. 

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Parentes dos detentos teriam confirmado que o motivo da manifestação seria a chegada de um novo gestor de segurança e este seria da equipe de Ricardo Pereira, antigo diretor da Penitenciária Agroindustrial de Itamaracá, transferido após rebelião da última semana que resultou na morte de dois presos.

A informação também é negada pela assessoria do Seres; segundo o órgão, os detentos reivindicaram apenas por mais justiça e solicitaram passar mais de uma hora no banho de sol. Até o momento, nãoi há informação sobre vítimas nem feridos por conta do princípio de confusão.

Com informações de Bruno Andrade

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