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Três dias após dizer que "deu uma aloprada" e "perdeu a linha" com declarações na pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mudou o discurso nesta quinta-feira (15) e afirmou que "não errou nenhuma" durante a crise sanitária da Covid-19. Numa tentativa de se mostrar mais "moderado" na reta final da corrida pelo Palácio do Planalto, o candidato à reeleição chegou a declarar na segunda-feira (12) que se arrependia de ter dito que não era "coveiro" ao ser questionado em 2020 sobre as mortes de brasileiros por covid.

"Eu não errei nenhuma vez durante a pandemia. Cada vez que eu falava, a imprensa me rotulava por 'falastrão', 'sem comprovação científica', 'fala isso, fala aquilo'. Em 2020 eu falei, se procurar aqui nas mídias sociais, você vai ver. Eu falei que a política do 'fica em casa', do lockdown, 'fecha tudo', ia aumentar a taxa de suicídio no Brasil", afirmou Bolsonaro durante transmissão ao vivo nas redes sociais. "E nós vamos, com o passar do tempo, saber cada vez mais a verdade sobre a covid, entre outras coisas que estão enterradas, mas essa verdade vai aparecer", emendou.

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Em entrevista a um podcast voltado para jovens cristãos, o presidente havia adotado outro tom no começo da semana. "Dei uma aloprada, sim. Perdi a linha", declarou o chefe do Executivo nesta segunda-feira (12). "Eu sou o chefe da nação, sei disso. Lamento o que eu falei, não falaria de novo. Você pode ver que de um ano para cá meu comportamento mudou. Minha cadeira é um aprendizado", emendou, ao responder o questionamento de um dos entrevistadores, cujo sogro morreu de Covid-19.

No podcast, apesar de reconhecer que determinadas frases foram inadequadas, Bolsonaro voltou a usar o fato de ter melhorado da covid-19 para defender remédios ineficazes. "Eu tive covid, estou no grupo de risco. Eu sou idoso já, estou com 67 anos. E eu tomei o remédio. Não vou falar o nome aqui. E no dia seguinte estava bom", declarou. Quando foi contaminado, em 2020, o presidente disse que havia tomado hidroxicloroquina.

"Eu acredito que, com o que eu fiz divulgando o tratamento precoce, que muita gente, milhões de pessoas dizem que se salvaram graças a isso, porque eu tive coragem de mostrar que tinha uma alternativa que poderia ser realmente boa", afirmou Bolsonaro, na contramão da comunidade médica e científica. Hoje, ele voltou a defender remédios ineficazes contra a covid.

Na segunda-feira, Bolsonaro afirmou ter usado uma "figura de linguagem" quando disse que quem tomasse a vacina contra a Covid-19 poderia "virar jacaré" e, mais uma vez, negou que tenha imitado pessoas com falta de ar. "Se pegar a imagem, eu não estou zombando de ninguém", declarou.

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (22), em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que não errou "em nada" do que falou sobre a pandemia da Covid-19.

"Não errei nada no que falei. Lockdown serviu para atrapalhar nossa economia e contaminar mais em casa", disse o chefe do Executivo ao ser questionado pelos apresentadores do telejornal sobre episódios em que desestimulou a vacinação contra a doença, imitou pacientes com falta de ar e chegou a dizer "E daí?" sobre vítimas da doença.

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O presidente ainda chamou a defesa do tratamento precoce para a Covid, que nunca teve eficácia confirmada pela ciência, de "liberdade do médico". Em contraponto, destacou que pagou o auxílio emergencial "imediatamente", apesar de ter defendido inicialmente o valor de R$ 200, e não de R$ 600 aprovado posteriormente pelo Congresso Nacional.

Bolsonaro também classificou como "circo" a CPI da Covid, encabeçada por nomes como os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O relatório final da comissão propôs o indiciamento do presidente por crimes cometidos na gestão da pandemia.

O juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal do Distrito Federal, acolheu um pedido do presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, e determinou a intimação do advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva, para que ele compareça a depoimento perante o colegiado nesta terça-feira, 14, às 9h30. O magistrado ainda autorizou a condução coercitiva do advogado, caso ele deixe de comparecer à oitiva 'sem a devida justificativa'.

A oitiva de Tolentino estava inicialmente prevista para o último dia 1º, para tratar de suposto esquema de favorecimento da Precisa Medicamentos no Ministério da Saúde. No requerimento de convocação de Tolentino, apresentado pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o empresário também é apontado como "sócio oculto" da FIB Bank.

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No entanto, na ocasião, Tolentino informou à comissão que estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, por causa de sequelas da covid-19. O empresário foi infectado pela doença em março.

Ao acionar a Justiça Federal do DF, Aziz apontou que o empresário não teria justificado a ausência na CPI da Covid, qualificando como 'evasivos' os atos anteriores do advogado. De acordo com o senador, Toletino estava amparado por um a habeas corpus deferido pelo Supremo Tribunal Federal, ordem que o autorizava a permanecer em silêncio no depoimento ao colegiado. Depois que faltou à sessão prevista para sua oitiva, pediu à corte máxima para não comparecer à CPI.

Em sua decisão, Codevila apontou que embora tenha sido assegurado ao empresário o direito de permanecer em silêncio, 'o atendimento à convocação para depor perante a CPI não configura mera liberalidade, mas obrigação imposta a todo cidadão'. "Uma vez convocada a testemunha, tem ela o dever de comparecimento e de observância dos trâmites legais inerentes à convocação, sob pena de frustrar ou dificultar as atividades investigativas da Comissão Parlamentar de Inquérito", registrou.

Quanto ao caso específico de Toleltino, o juiz considerou que a conduta do advogado de não comunicar a CPI o motivo que levou a sua ausência na primeira data designada para seu depoimento 'se revelou como evasiva e não justificada'. "Em vista deste cenário, sem adentrar ao mérito quanto à aceitação, ou não, de eventual justificativa apresentada pela testemunha à CPI, reputo adequadas as providências solicitadas no sentido de que seja providenciada a intimação judicial e, na hipótese de não comparecimento, a condução coercitiva da testemunha", ponderou o magistrado.

A ordem dada por Codevila, de eventual condução coercitiva de Toletino, diz respeito a um possível não comparecimento à CPI da Covid, 'sem a devida justificativa'. Já na hipótese de ausência com justificativa, o juiz indicou que caberá ao colegiado avaliar a razoabilidade dos motivos apresentados antes de deliberar pela conveniência da condução coercitiva já autorizada.

Ainda de acordo com o magistrado, em caso de não comparecimento injustificado ao depoimento, Toletino ficará sujeito à aplicação de sanções previstas no Código de Processo Penal, como imposição de multa, condenação ao pagamento das custas da diligência e eventual persecução pelo delito de desobediência.

O senador Humberto Costa (PT), que é titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), afirmou em entrevista ao LeiaJá que a CPI tem contribuído para esclarecer dúvidas da população e investigar a condução dada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a pandemia. Para o petista, o governo agiu errado para “estancar a sangria”.

“O governo agiu errado em achar que a melhor forma de estancar a sangria seria que o maior número de pessoas fossem contaminadas e, com isso, obter uma imunidade coletiva”, avalia Humberto. 

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Para ele, até o presente momento os depoimentos têm reforçado que a linha de trabalho do governo Bolsonaro não atentava para a aquisição de vacinas, compra e aplicação de testes da Covid-19 e o boicote ao distanciamento social. No entanto, o senador aponta que a CPI tem auxiliado para que o governo se volte mais atentamente para questões que, anteriormente, não dava tanta credibilidade.

Decisões do Supremo

Algumas testemunhas convocadas pela CPI têm conseguido no Supremo Tribunal Federal (STF) decisões favoráveis para que não deponham na comissão. Entre eles está o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), que após habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber, não compareceu à CPI no dia 10 deste mês. 

A ministra entendeu que Lima, na condição de investigado, não é obrigado a se apresentar à Comissão como testemunha, já que tem garantido seu direito de não se autoincriminar.

Para o senador Humberto, as decisões do STF em favor de algumas testemunhas atrapalham o andamento da CPI, que ao seu ver poderia ser mais frutífera. "Mas nós não vamos deixar de fazer as investigações. Vamos ver de que maneira vamos fazer e estamos aguardando a decisão do Supremo em relação aos demais governadores que entraram com o pedido. Se o Supremo disser que não pode, nós vamos querer saber o que podemos fazer”, detalha

Aglomerações Bolsonaro

Alguns políticos acreditavam que o presidente Jair Bolsonaro mudaria as suas atitudes perante a Covid-19 após o início dos trabalhos da CPI, o que não vem acontecendo. O chefe do Executivo continua causando aglomerações, abraçando as pessoas, andando sem máscara até em eventos do governo e se colocando contra o uso da proteção.

Para o petista, as atitudes do presidente são tentativas de desmoralizar a CPI. "Mas nós estamos seguindo com o enfrentamento. Por outro lado, o governo correu para comprar vacina, mudou o próprio ministério. Acho que tem havido avanços por conta desse trabalho (da CPI)", pontua o senador.

Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não dá mal exemplo por não seguir os protocolos de combate ao novo coronavírus, promovendo aglomeração e ao se negar a usar máscara, por exemplo.

“Se o presidente sai sem máscara e se expõe, cabe a quem está ali perto dele se cuidar. É um absurdo o chamarem de genocida. É uma covardia, num momento como este, misturar a tragédia com política”, defendeu o ministro em entrevista à Revista Veja.

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Além disso, Torres disse ser "radicalmente contra as forças de segurança prenderem uma pessoa que está em uma praça pública, andando de bicicleta, vendendo algo na esquina ou surfando no mar".

Anderson Torres, que é próximo do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e do deputado Eduardo Bolsonaro, filhos do presidente da República, assumiu a pasta da Justiça e Segurança Pública no final do mês de março, fazendo parte das seis trocas em postos estratégicos do primeiro escalão do governo Bolsonaro.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia da Covid-19 já foi instalada e os trabalhos já começaram no Senado. Omar Aziz (PSD), foi eleito presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede) como vice-presidente e Renan Calheiros (MDB) conseguiu se consolidar como relator da comissão. Sete suplentes também já foram escolhidos.

O apoio ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) deve ser minoria na CPI, tendo em vista que dos 11 senadores titulares, apenas 4 são mais ligados ao Palácio do Planalto. Cinco dos titulares, mesmo já tendo acompanhado os interesses do Executivo no Senado, são considerados críticos à forma como Bolsonaro e seus ministros conduzem a pandemia no país - dois senadores são oposicionistas.

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Esse placar já começa sendo muito difícil para o presidente, que já se antecipou aos possíveis crimes que podem ser apontados durante a CPI, fazendo uma lista para 'preparar os seus ministros'.

Confira quem são os senadores e as suas posições

Governistas

Ciro Nogueira (PP) 

Ciro, que é presidente nacional do PP, chegou a afirmar que "neste momento grave deveríamos estar totalmente empenhados em garantir socorro aos brasileiros e não desviar desse foco com CPIs". Também já afirmou que achou um erro o presidente Bolsonaro ter minimizado a pandemia, mas que o governo teve mais acertos do que erros (na condução da pandemia).

Eduardo Girão (Podemos)

Recebendo apenas três votos, Girão foi derrotado na disputa pela presidência da CPI da Covid-19. O senador questiona a possível falta de isenção na condução da comissão, tendo em vista que muitos senadores que integram a CPI foram bastante críticos ao presidente Jair Bolsonaro pela condução da pandemia. Além disso, Eduardo Girão é autor do requerimento que estendeu as investigações para os estados e municípios.

Marcos Rogério (DEM)

Líder do Democratas no Senado, Marcos é vice-líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional. Nesta quarta-feira (28), o democrata afirmou que entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para barrar Renan Calheiros como relator da CPI. Segundo Rogério, é inadmissível que um já tenha antecipado posição sobre a gerência do Governo no combate à pandemia. "Antes mesmo de começar os trabalhos, o relator já expõe claramente o conteúdo do seu relatório, o que coloca em xeque a imparcialidade que se espera numa situação como essa", disse.

Jorginho Mello (PL)

Vice-líder do Governo no Congresso, o senador também entrou com um mandado de segurança contra Renan Calheiros como relator da CPI. "Não vamos admitir relatório pronto e tendencioso com único objetivo de atingir o governo Bolsonaro", disse. Além disso, Jorginho chegou a compartilhar em seu Twitter que o foco deveria ser salvar vidas e a economia e a CPI vem "totalmente fora de hora contra o Governo Jair Bolsonaro. Será uma vergonha para o Senado", apontou.

Independentes

Eduardo Braga (MDB)

O líder do MDB no Senado disse em entrevista à CNN nesta quarta-feira (28), que a ala governista da CPI quer criar crise política e jurídica em razão da falta de argumentos para debater as questões que são essenciais para o esclarecimento dos fatos à população. Braga também sugeriu que o governo Bolsonaro promoveu a desinformação e tem a sua parcela de culpa pelas 400 mil pessoas que perderam a vida para a Covid-19

Renan Calheiros (MDB)

Após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), por meio de um recurso apresentado pela Advocacia-Geral do Senado e pelo MDB, cassar a liminar da Justiça Federal de Brasília que vetava a indicação do senador alagoano para a relatoria da CPI, Calheiros foi confirmado pelo presidente da comissão, Omar Aziz, como relator. Governistas ainda tentam impedir que Renan continue como relator.

Tasso Jereissati (PSDB)

O ex-presidente nacional do PSDB é um dos críticos da condução do Palácio do Planalto na pandemia da Covid-19. O tucano, em entrevista à Folha de São Paulo, chegou a prevê um cenário árduo para Bolsonaro na comissão. "Não há dúvida nenhuma que um dos principais culpados pela situação que nós chegamos é o governo federal", salientou Jereissati.

Omar Aziz (PSD)

Na terça-feira (27), por oito votos a três, Aziz derrotou Eduardo Girão. Ao assumir a presidência, o senador prometeu um trabalho técnico e lembrou que existe grande pressão para que os parlamentares tomem decisões equilibradas e coerentes. "Não dá pra discutir questões políticas em cima de quase 400 mil mortos. Não me permito fazer isso, até porque acabo de perder um irmão. Não haverá prejulgamento de minha parte. Temos que sair daqui de cabeça erguida mostrando os caminhos que o Brasil precisa seguir", asseverou.

Otto Alencar (PSD)

Por ser o mais velho entre os titulares da CPI, o líder do PSD no Senado, presidiu a reunião de instalação da comissão, que elegeu o presidente, vice e o relator. Otto afirmou nesta quarta (28), que a tentativa de parlamentares bolsonaristas de tirar Renan Calheiros da relatoria da CPI "não terá nenhum respaldo político" no Supremo Tribunal Federal (STF). O senador já criticou a falta de planejamento do governo federal para lidar com a pandemia da Covid-19, além de apontar que o presidente Bolsonaro atrapalha o enfrentamento à doença.

Oposição

Humberto Costa (PT) 

O ex-ministro da Saúde do governo Lula é um duro crítico da forma que Bolsonaro conduz a pandemia no país. Para Humberto, o presidente "sempre se comportou como parceiro do vírus. É um presidente insensível, despreparado e que não tem a mínima condição de conduzir um país como o Brasil num processo como esse de pandemia", pontuou.

Randolfe Rodrigues (Rede)

Eleito para ser o vice-presidente da CPI, Randolfe foi um dos principais responsáveis pela criação da comissão, que vai investigar as ações e omissões do governo federal, estados e municípios durante a pandemia da Covid-19. "A CPI é fruto de um requerimento nosso, e desde o início estamos empenhados em identificar os (ir) responsáveis e encontrar saídas para essa crise", publicou o senador em seu Twitter.

O comportamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, diante da pandemia de coronavírus tem gerado críticas até entre aliados do Palácio do Planalto. Em caráter reservado, parlamentares da base governista disseram que o presidente vem cometendo uma sucessão de erros políticos ao minimizar o vírus e temem a repercussão que isso pode ter entre eleitores de direita.

Parlamentares da base bolsonarista ouvidos pela reportagem revelaram temor com o isolamento político de Bolsonaro e avaliaram que o patrimônio político do presidente pode ter sido "danificado" pela forma como ele conduziu a crise.

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Parlamentares de outros campos políticos também reagiram a Bolsonaro. "O presidente fez tudo errado na coletiva. O ministro da Saúde, que mostrou uma certa competência, estava completamente constrangido", disse o presidente do Cidadania, Roberto Freire.

Para o deputado Vinicius Poit (SP), vice-líder do Novo na Câmara, o presidente tratou com "falta de responsabilidade" e de "seriedade" a crise do coronavírus quando os primeiros casos começaram a aparecer no País. "Duas vezes ele insistiu que era histeria. A gente fica com vergonha vendo os outros líderes mundiais."

Segundo o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), um dos mais próximos aliados de Bolsonaro na Câmara, o presidente "percebeu" que precisa ser protagonista no debate sobre o coronavírus e mudou de atitude.

"O coronavírus é uma realidade", afirmou o parlamentar.

Motoristas do aplicativo de transporte urbano 99 poderão receber o pagamento da corrida em até 1 segundo. De acordo com a empresa, esse recebimento está sendo disponibilizado graças a parceria feita com a BePay, que foi criada para intermediar pagamentos de produtos e serviços ambientais online e offline.

Sendo assim, as transações do cartão de débito Visa, distribuído gratuitamente aos condutores do 99 para que possam receber os pagamentos - passam de até 24 horas para segundos. A parceria entre o aplicativo de transportes e a BePay também está possibilitando novos Cartões 99 contactless, permitindo que os pagamentos sejam feitos ao encostar o cartão na maquininha, sem a necessidade de inserção ou digitação de senha. 

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A novidade já está disponível e deve ser expandida nos próximos meses. Além disso, os condutores contarão com uma conta digital que possibilitará o pagamento de contas de luz e água pelo dispositivo. Segundo Davi Miyake, Diretor de Operações da 99, essas ações do grupo são importantes. “Com essas funcionalidades nós oferecemos soluções inovadoras para facilitar a vida dos motoristas no Brasil, onde 30% da população, ou 60 milhões de pessoas, não possuem conta no banco.” Para utilizar o recurso o motorista deve solicitar o Cartão 99 pelo app ou na Central de Atendimento ao usuário pelo telefone 0300 3132 421.

Mesmo após o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana, Benilson Custódio, afirmar ao LeiaJá que a categoria não irá aderir à Greve Geral marcada para a próxima sexta-feira (14), a oposição afirma que está se articulando com os rodoviários para que consigam paralisar, sim, na sexta (14). De acordo com Aldo Lima, um dos representantes de O Guará oposição rodoviária, "a categoria tem anseio para parar".

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"Nós não temos a estrutura para poder fazer uma paralisação da maneira que deveria ser feita: parando os serviços, fechando as portas das garagens e etc. Atuando como o sindicato que tem todo o aparato", reforça Aldo.

No entanto, o oposicionista acentua que na tarde desta terça-feira (11) irá participar de uma reunião com várias centrais sindicais para conseguir uma maneira de atuar "por cima do sindicato, uma vez que eles não vão aderir a uma dia tão importante, que é uma luta nacional contra o ataque brutal do governo (refere-se a Reforma da Previdência)", salienta.

Benilson Custódio alega que o sindicato não vai participar da Greve Geral porque no último dia 29 de maio foi feito uma assembleia e a proposta de reajustes para a categoria já foi protocolada com a patronal. “Quando a gente protocola essa pauta, não pode indicar um movimento paredista. Isso colocaria em risco a negociação salarial. Infelizmente, colocaram uma data para esta paralisação que estamos impossibilitados de participar”, ratifica.

Sobre isso, Aldo Lima diz que foi aprovado uma pauta que tem “acordo com o patrão”. O líder da oposição segue: “‘Ele (Benilson) está aprovando uma pauta na qual justifica um valor de 200 reais que os empresários vão pagar caso os motoristas queiram aceitar a dupla função (de cobrar e dirigir)”. A oposição se diz contrária à pauta porque pode resultar na demissão de quase 7 mil trabalhadores “para aumentar o lucro dos empresários”, pontua Aldo.

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-> Greve geral: metroviários vão parar na próxima sexta (14)

 

O PT entrou nesta segunda-feira, 11, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma ação que questiona a legalidade da condução coercitiva em investigação penal. A legenda defende o direito de investigados não produzirem provas contra si mesmos e compara a medida com técnicas de tortura para obtenção de provas.

"A tortura como meio de investigação dá lugar ao silêncio como meio de defesa", afirma o partido. Segundo o documento, a condução coercitiva ameaça direito do investigado de se defender, além de comprometer a liberdade e a dignidade do indivíduo. O partido também diz que a proteção completa da liberdade individual de cada cidadão só é assegurada quando o direito ao silêncio é reconhecido.

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"Sua natureza comum reside no uso da força para deslocar uma pessoa e submetê-la à autoridade do Estado. Quando utilizada com a finalidade, exclusiva ou não, de tomar-lhe o depoimento, essa medida cautelar revela-se como meio de isolar o indivíduo, ainda que temporariamente, do mundo exterior, criando uma atmosfera de intimidação que fragiliza da autonomia e vontade do indivíduo", argumenta o partido.

De acordo com o PT, o cenário de privação de liberdade criado pela condução coercitiva impõe no investigado um estado psicológico que o atrapalha a usar o direito de permanecer calado. O ofício afirma que os defensores da "brutalização da autonomia individual" apresentam direitos e garantias fundamentais como impeditivos para o funcionamento do sistema.

Lula

A medida foi usada em março deste ano pelo juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista foi conduzido até o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para esclarecer se foi favorecido por empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato por meio de um sítio em Atibaia e de um tríplex em Guarujá (SP).

A medida foi criticada por juristas e Moro se justificou alegando que a medida foi utilizada para evitar "tumulto". Apesar do argumento, a condução coercitiva virou método comum nas investigações da Lava Jato em primeira instância. Desde o início das investigações, a medida já foi usada por Moro em pelo menos 50 vezes.

Enquanto o ex-presidente prestava depoimento, o aeroporto se transformou em palco de conflito entre militâncias pró e contrária ao impeachment. Houve ampla repercussão midiática internacional com ênfase no aparato policial utilizado pela força-tarefa.

A condução coercitiva está prevista no Código de Processo Penal desde 1941 para casos em que o acusado não atende a uma intimação anterior ou se recusa a colaborar com as investigações. De acordo com o advogado Thiago Bottino, do PT, a medida fere o preceito fundamental da vedação de autoincriminação estabelecido pela Constituição de 1988.

A ação do partido, uma arguição de descumprimento de preceito fundamental, está no Supremo sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes, tido como um dos principais opositores do PT na Corte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), publicou uma nota no Facebook criticando a condução da economia do País. Segundo ele, é preciso "qualidade" no crescimento da economia para que as políticas sociais sejam efetivas.

"As políticas sociais no Brasil foram muito importantes e serão sempre importantes num País desigual como o nosso. Mas elas precisam ser protegidas pelo crescimento com qualidade da nossa economia. Senão é enxugar gelo", escreveu.

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Recentemente, Campos passou a interagir com os internautas em sua página do Facebook. Além de suas mensagens, ele tem respondido a alguns comentários feitos por leitores. Em uma dessas respostas, o governador repete que é chegado o "momento de mudar".

"Muita coisa tem que mudar e vai ser com trabalho duro e dedicação que conseguiremos isso. Nossa políticas sociais precisam ser protegidas pela qualidade de nossa economia, sem camuflagens, ou de nada irá adiantar. Um novo Brasil nos espera e juntos buscaremos as melhores alternativas para alcançá-lo, acredite", escreveu Campos.

A outro internauta, Campos fez uma espécie de "convite". "Chegou o momento de mudar. Vamos conquistar essa transformação juntos".

Hoje pela manhã, Campos saiu pelas ruas do Centro do Recife cumprimentando foliões e até dançando frevo no desfile do Galo da Madruga. Com bom humor, sem falar de política, o governador voltou a afirmar que este será um carnaval de muita paz em Pernambuco.

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