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O Ministério da Saúde divulgou nota no início da tarde deste domingo (12) em que afirma que que o processo de recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 foi finalizado, sem perda de informações. “Todos os dados foram recuperados com sucesso”, diz a nota.

Segundo a pasta, equipes trabalham para restabelecer o mais rápido possível os sistemas para registro e emissão dos certificados de vacinação. Vários sistemas já foram restabelecidos e a expectativa é que os outros estejam disponíveis para a população ainda nessa semana.

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A pasta elaborou uma página com alternativas para a emissão temporária do comprovante de vacinação contra a Covid-19.

Entenda o caso

Na madrugada da última sexta-feira (10), o site do Ministério da Saúde e a página e o aplicativo do ConecteSUS, que fornece o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, foram invadidos por hackers. A página do ministério já voltou a funcionar, mas ainda não é possível acessar os dados sobre a vacina contra Covid-19.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta sexta-feira (10), que o ataque hacker contra o site do Ministério da Saúde e o sistema do ConecteSUS "será exemplarmente punido". Durante agenda em Belo Horizonte, o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que a equipe está empenhada em reativar o sistema o mais rápido possível. 

"Uma atitude criminosa, né, de um hacker, que está sendo investigada pela Polícia Federal, pelo Gabinete de Segurança Institucional. Hoje, o empenho total é para esses dados estarem disponíveis no mais curto prazo possível. Está sendo investigado, e assim que tiver alguém culpado será exemplarmente punido", declarou o ministro. 

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O ataque deixou indisponível os serviços de emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital. O grupo Lapsus$ Group assumiu a autoria do ataque através de um ransomware. Uma mensagem exposta no site dizia que os "50 TB de dados" está nas mãos do grupo criminoso, que aguardava um contato do Ministério da Saúde.

Na manhã desta sexta-feira (10), o site do Ministério da Saúde e o aplicativo ConecteSUS caíram após a invasão de um grupo hacker, que afirma ter roubado 50 TB de dados das plataformas. As páginas estão inacessíveis e os comprovantes de vacinação não podem ser emitidos.

O grupo Lapsus$ Group assumiu a autoria do ataque através de um ransomware, uma prática que cobra valores, geralmente em moedas virtuais, para devolver o conteúdo sequestrado por meio de um malware.

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Mais cedo, uma mensagem deixada pelos criminosos informava que "os dados internos dos sistemas foram copiados e excluídos. 50 TB de dados está em nossas mãos. Nos contate caso queiram o retorno dos dados".

Um endereço de e-mail e contato pelo telegram foram deixados no comunicado.

Até o momento, o ministro Marcelo Queiroga não se pronunciou sobre a invasão. Os perfis oficiais da pasta nas redes sociais também não comentaram sobre o sequestro de dados ou deram prazo para a normalização do sistema.

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (22) a liberação de emissão do certificado de vacinação contra a Covid-19 para pessoas que tomaram duas doses de marcas diferentes, a chamada intercambialidade. A emissão poderá ser realizada por meio do aplicativo ConecteSUS.

Essa alternativa estava proibida no app. Em nota no início do mês, o ministério reconheceu que o sistema impedia a emissão do certificado e informou que buscaria uma solução para evitar essa limitação.

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O certificado de vacinação é um documento que o cidadão pode emitir para comprovar que concluiu o ciclo vacinal, seja por meio do recebimento de duas doses na maioria dos casos ou da dose única em se tratando da vacina da Janssen.

Intercambialidade

De acordo com a nota técnica do Ministério da Saúde, de maneira geral as vacinas contra a covid-19 não são intercambiáveis, ou seja, indivíduos que iniciaram a vacinação devem completar o esquema com a mesma vacina. No entanto, em situações de exceção, onde não for possível administrar a segunda dose com uma vacina do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país, poderá ser administrada uma de outro laboratório. 

A segunda dose deverá ser administrada respeitando o intervalo adotado para o imunizante utilizado na primeira dose.

Às mulheres que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz e que estejam gestantes ou no puerpério (até 45 dias pós-parto), no momento de receber a segunda dose da vacina, deverá ser ofertada, preferencialmente, a Pfizer/Wyeth. Caso esse imunizante não esteja disponível na localidade, poderá ser utilizada a vacina Sinovac/Butantan.

Contudo, a despeito da orientação do Ministério da Saúde, diversas cidades realizaram a intercambialidade durante alguns períodos diante da alegação de falta de uma determinada marca para aplicar a segunda dose. Foi o caso de São Paulo, que tomou essa decisão em setembro.

A Agência Brasil publicou matéria explicativa sobre o tema, mencionando orientações das autoridades de saúde nacionais e internacionais e estudos que apontaram possíveis benefícios do uso de marcas diferentes.

 

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