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A Coreia do Norte ordenou um confinamento de cinco dias em Pyongyang, a capital do país, por "males respiratórios", informou a imprensa nesta quarta-feira (25), o primeiro confinamento na cidade desde que o governo declarou vitória sobre a Covid-19 em agosto do ano passado.

Os moradores de Pyongyang receberam ordens para ficar em casa de quarta a domingo e devem passar por várias verificações diárias de temperatura, informou o site de notícias NK News, com sede em Seul, citando um aviso do governo do Norte.

O aviso não menciona a Covid-19, mas indica que entre os males que se espalham pela capital está a gripe comum.

A ordem do governo foi emitida um dia depois que o NK News informou que os moradores da maior cidade norte-coreana pareciam estar estocando alimentos em antecipação ao confinamento.

Não ficou claro se outras partes do país enfrentaram medidas semelhantes e a imprensa estatal não anunciou tais ações.

A península coreana enfrenta atualmente uma onda de frio, com temperaturas de -22 ºC em Pyongyang.

A Coreia do Norte manteve um bloqueio rígido desde o início da pandemia, embora permita algum comércio com a China. Reconheceu seu primeiro surto de covid-19 em abril do ano passado, mas proclamou vitória sobre o coronavírus logo depois, o que chamou de "milagre".

No entanto, especialistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) questionam as estatísticas da Coreia do Norte sobre a Covid-19. O país tem um dos piores sistemas de saúde do mundo, com hospitais mal equipados, poucas unidades de terapia intensiva e falta de medicamentos para o coronavírus.

Karol Conká foi uma das camarotes do Big Brother Brasil 2021 mas sua participação acabou sendo um tanto turbulenta. A cantora deixou o reality com alto índice de rejeição e passou um bom tempo ‘cancelada’ após o programa. Nesta sexta (20), ela falou na TV sobre a possibilidade de voltar ao confinamento.

A rapper falou sobre o assunto durante sua participação no ‘Encontro’. Ela não se esquivou da pergunta e revelou como lidaria com a possibilidade de voltar ao reality. “Eu acho que eu iria novamente ao BBB. Sou atrevida e corajosa. Minha mãe vai me matar que eu estou falando isso… Mas daqui a algum tempo, vamos dar um ar, um respiro”, disse.  

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Conká também revelou para quem está torcendo na nova edição do BBB, a cantora Aline Wirley. “Aline é maravilhosa gente. Vou torcer pra ela até o final, independente do que acontecer. Inclusive se acontecer qualquer coisa, já tô com meu incenso de limpa, limpa pra ela. Já tô com o pano rosa pra ela”, finalizou.

MC Guimê está no camarote do BBB23. Mesmo muito feliz pelo marido, Lexa não deixou de se emocionar ao ter que se despedir do amado por alguns meses. Através de suas redes sociais, ela mostrou o momento em que falou com ele pela última vez antes do confinamento.

Nos vídeos, compartilhados nos Stories, Lexa aparece triste por não ter tido a chance de dizer tchau pessoalmente, já que estava na estrada para fazer um show.

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"Eu te amo muito e vou morrer de saudade. Que ódio que não posso te dar um abraço! Seja você. Quando você sentir qualquer coisa, peça a Deus paciência, sabedoria. Por favor. Eu te amo", dizia ela, enquanto falava no telefone com Guimê.

Na legenda, ela ainda explicou o contexto: "Isso foi no dia que ele foi confinado, minutos antes. Eu estava na estrada indo para outro show e não consegui chegar para abraçá-lo. Eu te amo demais! Meu coração está com você, MC Guimê".

Mais tarde, enquanto assistia a apresentação do maridão no reality, Lexa caiu em lágrimas mais uma vez de orgulho e saudade. Usando um pijaminha com o rosto de Guimê, a artista não se aguentou: "Eu só sei chorar de emoção e saudades, estou emotiva".

Vale lembrar que nas redes sociais, a cantora também emocionou os fãs com um lindo vídeo de momentos marcantes entre eles. Na legenda, ela declarou toda a sua torcida ao amado e não poupou palavras para demonstrar todo o seu amor: "Voa meu amor! Esse é o homem pelo qual me apaixonei. Cheio de personalidade, família e educado. Conheçam um pouco do Guilherme Dantas, mas conhecido como Mc Guimê, no BBB23.Emprestei meu maior diamante para o maior desafio da vida dele. Sempre escolhemos mostrar pouco o nosso relacionamento, mas agora será inevitável não falar sobre, até porque eu jamais largaria a sua mão".

As autoridades chinesas impuseram nesta quarta-feira (2) um confinamento a cerca de 600.000 pessoas na área em torno da maior fábrica de iPhones do mundo, depois que dezenas de trabalhadores fugiram por medo das restrições em razão de um surto de covid no local.

A Zona Econômica do Aeroporto de Zhengzhou (centro), onde está localizada a fábrica da gigante de tecnologia taiwanesa Foxconn, iniciou hoje sete dias de confinamento, segundo um comunicado oficial.

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A fábrica, que emprega mais de 200.000 pessoas, está fechada desde meados de outubro, após um surto de coronavírus. O local fica cerca de 600 km a sudoeste de Pequim.

"Ainda está operando em circuito fechado", disse a Foxconn à AFP nesta quarta-feira.

Segundo analistas citados na imprensa, o complexo industrial, que conta com três fábricas e emprega cerca de 350 mil pessoas, garante a montagem de cerca de 80% dos iPhones 14, modelo mais recente da gigante americana Apple.

Para não ser mais tão dependente da China, a Apple anunciou em setembro que terceirizaria parte de sua produção para a Índia, onde cerca de 3% dos iPhones já são fabricados.

- Reclamações -

Na semana passada, surgiram imagens nas redes sociais chinesas de trabalhadores fugindo da fábrica, alguns pulando uma cerca e voltando para casa a pé depois de percorrer longas distâncias.

Os trabalhadores reclamaram online das más condições de trabalho e disseram que tiveram que fugir da fábrica para evitar as restrições da covid.

A ONG China Labor Watch, citando depoimentos de funcionários, disse que trabalhadores doentes tiveram que continuar trabalhando com os outros, e que muitos casos positivos e de contato foram isolados em um prédio vizinho em construção.

A partir desta quarta, os mais de 600 mil habitantes da zona econômica, exceto voluntários de prevenção à covid e trabalhadores essenciais, "não poderão sair de casa" exceto por razões imperativas, como a realização de testes de covid e tratamento médico de emergência.

As autoridades também indicaram que apenas veículos médicos ou que transportem bens essenciais serão autorizados a transitar. E alertaram que seriam "intransigentes com qualquer tipo de violação".

Para manter os funcionários, a Foxconn anunciou na terça-feira que os funcionários receberão um bônus diário de 400 yuans (US$ 55) por se apresentarem ao trabalho, quatro vezes o bônus anterior de 100 yuans por dia.

Os funcionários também receberão bônus adicionais se comparecerem ao trabalho por 15 dias ou mais em novembro, até 15.000 yuans se registrarem presença total neste mês.

A Foxconn admitiu que enfrenta uma "longa batalha" contra a covid, mas não especificou o número de funcionários que testaram positivo ou que estão confinados na sua fábrica de Zhengzhou.

A China é a última grande economia do mundo a manter uma estratégia de covid zero, que consiste em eliminar a circulação do vírus por meio de confinamentos, testes em massa e longas quarentenas.

Nesta quarta, a China registrou mais de 2.000 novas infecções pelo terceiro dia consecutivo, levando a novas restrições.

O território de Macau anunciou testes para os seus 700 mil habitantes depois de detetar vários casos, o que provocou o fechamento de um dos seus casinos.

O centro industrial Guangzhou, por sua vez, anunciou fechamentos parciais em vários distritos na segunda-feira e na terça relatou mais de 520 novas infecções.

Milhões de pessoas na megacidade chinesa de Chengdu saíram nesta segunda-feira (19) do confinamento que havia sido decretado por um surto de Covid-19, que provocou o fechamento de escolas, interrompeu o comércio e obrigou os moradores a permanecer em casa por mais de duas semanas.

Com uma população de 21 milhões de pessoas no sudoeste da China, Chengdu foi a maior cidade do país a entrar em confinamento desde que a capital financeira Xangai adotou um confinamento rígido de dois meses em abril.

A China é a última grande economia do planeta a adotar a estratégia 'covid zero'. As autoridades são pressionadas para conter os surtos do vírus antes do Congresso do Partido Comunista da China em outubro.

"Com o esforço conjunto de toda a cidade, a epidemia foi controlada", afirmou o governo de Chengdu em um comunicado.

A nota confirma a retomada das operações nos prédios do governo, dos transportes públicos e das empresas, que estavam suspensas desde 1º de setembro.

Chengdu prosseguirá com os testes em larga escala. Para entrar em um local público ou utilizar o transporte público será necessário apresentar um teste negativo de covid-19 feito nas últimas 72 horas.

As escolas reabrirão de "maneira ordenada" e os estudantes serão submetidos a testes, segundo o comunicado.

Academias, piscinas, clubes e outros locais fechados devem verificar se todos os frequentadores apresentam teste negativo de covid, com exame feito nas últimas 48 horas.

A cidade não registrou casos de covid nesta segunda-feira, de acordo com o governo.

Durante o confinamento, alguns moradores não conseguiram deixar suas casas nem durante um terremoto que abalou uma área próxima da província de Sichuan em 5 de setembro, de acordo com alguns residentes.

Várias cidades, incluindo os centros tecnológicos de Shenzhen e Guiyang (sul), enfrentaram confinamentos localizados e restrições de viagens nas últimas semanas para conter pequenos focos da doença.

A China registrou nesta segunda-feira 807 novos contágios locais, em sua maioria assintomáticos, segundo a Comissão Nacional de Saúde.

A cidade chinesa de Chengdu, no sudoeste do país e com quase 16 milhões de habitantes, iniciou um confinamento nesta quinta-feira (1º) para tentar conter um novo surto de Covid-19.

A China é a última grande economia do mundo que mantém a estratégia 'covid zero' para erradicar o vírus, o que inclui restrições às viagens internacionais, quarentenas, testes em larga escala e confinamentos severos.

As autoridades de Chengdu divulgaram um comunicado no qual pedem aos moradores que "permaneçam em casa" a partir das 18H00 de quinta-feira para lutar contra uma nova onda de contágios.

Uma pessoa de cada residência poderá sair por dia para comprar alimentos e produtos essenciais, mas o morador deve apresentar um teste negativo de covid feito nas últimas 24 horas.

Entre quinta-feira e domingo, todos os moradores serão submetidos a exames. O governo pediu que as pessoas não deixem a cidade, exceto em casos "absolutamente necessários".

"O estado atual do controle da epidemia é anormal, complexo e sombrio", afirma o documento do governo local. As medidas pretendem "deter a propagação do surto e garantir a saúde de todos os cidadãos", completa.

Chengdu registrou nesta quinta-feira 157 novos contágios locais, 51 deles assintomáticos, segundo as autoridades.

Em outras regiões da China, as crianças de pelo menos 10 cidades e províncias enfrentam a interrupção do ano letivo: o controle da pandemia obriga as escolas a adotar medidas como aulas virtuais, segundo um comunicado publicado por um jornal vinculado ao estatal Diário do Povo.

Habitantes de Xangai, novamente confinados apesar do levantamento das restrições anticovid na semana passada, manifestaram sua indignação nesta segunda-feira (6) após dois meses de confinamento da cidade, constataram jornalistas da AFP.

A capital econômica chinesa, a cidade mais cosmopolita do país, foi confinada por etapas desde o fim de março em resposta a um recrudescimento do coronavírus no país.

Após levantar várias restrições nas últimas semanas, as autoridades permitem aos moradores de zonas de "baixo risco" circular livremente pela cidade.

Mas centenas de milhares de pessoas seguem submetidas a restrições e algumas devem ser confinadas novamente após descobrir casos de pessoas contaminadas.

Impedidos de deixar suas casas, dezenas de moradores de um complexo residencial no bairro de Xuhui, no centro de Xangai, criticaram os funcionários vestidos com trajes completos de proteção.

"Atendam a população" gritavam, através dos portões que separam suas casas da rua.

"Estou indignado!" disse um homem, que se identificou apenas como Li, por medo de represálias. Segundo ele, o moradores se revoltaram após um confinamento repentino do bairro, no sábado passado.

"Após dois meses de confinamento, já não aguentamos mais. Estamos todos negativos (em seu condomínio), então para que nos prender?", perguntou.

Os moradores do condomínio temem serem enviados a um centro de quarentena, segundo uma mídia local, numa mensagem que rapidamente foi censurada nas redes sociais.

A China é a única grande economia mundial que persiste em sua estratégia de "covid zero", sob a qual os casos positivos são isolados e, às vezes, todos os moradores de um edifício devem cumprir quarentena.

Centenas de milhares de moradores de Xangai viram suas esperanças caindo por terra nesta quinta-feira (2), quando foram forçados a voltar para o confinamento, logo depois de terem sua liberdade de movimento restabelecida.

No final de março, após se tornar o epicentro do pior surto de Covid-19 desde o início da pandemia, as autoridades confinaram, por zonas, esta metrópole de 25 milhões de habitantes.

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Nas últimas semanas, o governo flexibilizou as restrições e, na quarta-feira (1º), os moradores de áreas de baixo risco puderam voltar a sair. Enquanto muitos celebravam essa nova liberdade com festas e compras, outros tiveram de permanecer em casa, hoje, devido a novas infecções.

Liu, uma mulher de 29 anos do distrito de Minhang, contou à AFP que o conjunto habitacional onde mora foi mais uma vez posto em confinamento, após a informação de um caso suspeito de covid-19 em um dos prédios.

Em um grupo de "chat", os moradores lamentavam o confinamento "sem fim", disse ela.

- Debaixo da ponte -

No distrito central de Jing'an, as autoridades trancaram com correntes o portão de outro conjunto habitacional. Os moradores brigaram com os agentes, segundo um jornalista da AFP presente no local.

A prefeitura informou que mais de 500 mil pessoas ainda estão sujeitas a restrições. Com qualquer nova infecção, ou caso suspeito, as autoridades voltam a isolar as pessoas.

A China é a única grande economia mundial que persiste em sua estratégia de "covid zero". Nessa estratégia, os casos positivos são isolados. E, às vezes, todos os moradores de um prédio, ou conjunto habitacional têm de cumprir a quarentena.

Nesse contexto, algumas pessoas estão dispostas a tudo para burlar as regras.

Depois de saber que um de seus funcionários era um caso suspeito, um empresário escondeu-o sob uma ponte rodoviária para não ser encontrado pelos funcionários dos serviços de saúde, relatou a polícia nesta quinta-feira.

O chefe, que acabou sendo detido, disse estar "preocupado que os negócios da empresa fossem afetados" pela ausência do funcionário, segundo o comunicado.

Todas essas situações contrastam com a cobertura da imprensa estatal, que transmite quase que apenas vídeos de festas, prédios iluminados e o retorno do trânsito no centro da cidade.

Nada poderia estar mais distante da realidade para Eva, de 26 anos, que terá de cumprir um novo confinamento de dois meses. Hoje pela manhã, ela recebeu uma notificação oficial sobre casos suspeitos no condomínio onde mora.

"Para começar, esta abertura não me parecia real. Depois de tudo o que passamos nos últimos dois meses, tinha minhas suspeitas", desabafou.

O restrito confinamento pela Covid-19 que tem provocado caos em Xangai já é sentido nas redes de abastecimento internacionais. Imagens fornecidas pelo site MarineTraffic - que rastreia as posições ao vivo de navios em águas internacionais - e repercutida na imprensa internacional têm exibido longos congestionamentos de navios no porto da cidade.

De acordo com o South China Morning Post, o porto de Xangai funciona com cerca de metade de sua capacidade há um mês devido ao lockdown aplicado sob as diretrizes da política central de Pequim de covid-zero. O congestionamento, segundo o jornal, é crescente em meio à falta de serviços de transporte rodoviário e mão de obra.

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O site 9News afirma que 10% dos itens que estão sendo enviados pelo mundo atualmente estão presos nos portos da China. As imagens do MarineTraffic mostram que milhares de navios estão fazendo filas no porto de Xangai e arredores, aumentando os temores sobre os impactos financeiros do confinamento imposto à cidade.

Especialistas têm levantado preocupações sobre o impacto do bloqueio de Xangai nas cadeias de suprimentos globais, principalmente em relação a atrasos e aumento de custos, como afirmou a rede SkyNews.

O South China Morning Post explica que os contêineres importados são deixados sem vigilância nos pátios por até 12 dias, em comparação com o prazo de 4 dias e meio em vigor antes do bloqueio. O jornal cita como fonte de sua informação o site Freightos, uma plataforma global de reservas de frete.

O Freightos, citado pelo South, explica ainda que o tempo necessário para os navios que aguardam um cais no Porto de Águas Profundas de Yangshan, ao sul de Xangai, aumentou para dois dias, em vez de 12 horas, tempo estimado até o fim de março.

Segundo o South China, Yangshan e Waigaoqiao, os dois principais portos de contêineres de Xangai, começaram a operar com restrições em 28 de março, quando a cidade passou a ser submetida a um restrito bloqueio de duas fases.

Autoridades chinesas correm contra o tempo para detectar casos de covid-19 e isolar pessoas que tiveram algum tipo de contato com infectados, mantendo uma custosa política de "tolerância zero" contra o vírus.

No bloqueio severo imposto à cidade industrial, milhões de pessoas são proibidas de deixarem suas casas e dependem do governo para receber comida. Sob as medidas, todos que testarem positivo para o vírus, mesmo que não apresentem sintomas, devem ficar em quarentena em instalações centralizadas, onde muitas pessoas se queixaram de más condições.

Xangai reduziu nesta segunda-feira (11) as restrições em alguns bairros da metrópole chinesa após os protestos contra as normas rígidas contra a Covid-19, que provocaram o confinamento de 25 milhões de pessoas.

As autoridades anunciaram que começarão a permitir gradualmente que os moradores das áreas com menos casos deixem suas residências, mas não informaram quantas pessoas poderão sair de suas casas nem quando.

A China segue uma política rígida de "covid zero", com o objetivo de eliminar os contágios por meio de confinamentos estritos, testes em larga escala e restrições de deslocamentos.

Xangai enfrenta algumas das medidas mais severas desde que o vírus surgiu na cidade chinesa de Wuhan em 2019, com confinamento estrito que dificulta a comprar de alimentos e levou milhares de pessoas a centros de quarentena.

As autoridades informaram que classificarão as residências ad cidade em três níveis, com base no número de infecções.

As "medidas de prevenção e controle diferenciadas" refletirão as "circunstâncias reais" no terreno, afirmou Gu Honghui, funcionário da prefeitura de Xangai.

As pessoas que estão em "zonas de controle fechadas" ou "zonas de gestão controlada" permanecerão confinadas em suas casas ou limitadas a suas residências.

As pessoas nos complexos residenciais que não registraram nenhum caso nos últimos 14 dias poderão sair de suas casas.

Quase todos os 25 milhões de moradores de Xangai foram confinados neste sábado (2), devido ao surto de covid mais grave na China em dois anos, e em condições muito rígidas que provocam o receio de alguns pais, que temem a separação de seus filhos.

A capital econômica da China virou nos últimos dias o epicentro de uma nova onda de contágios no país, relacionada com a variante Ômicron, que começou a acelerar no início de março.

Para evitar um confinamento total, prejudicial para a economia, as autoridades municipais primeiro confinaram de maneira alternada as duas metades da cidade para realizar uma triagem geral.

A parte oeste de Xangai (Puxi) iniciou o confinamento na sexta-feira, quando o leste (Pudong) deveria suspender as restrições após quatro dias de fechamento.

Neste sábado, a prefeitura anunciou finalmente a manutenção mais ou menos rigorosa das medidas em quase toda esta área de Xangai, onde ficam os emblemáticos arranha-céus do distrito de negócios.

A decisão representa um confinamento de fato da maior cidade da China, onde estão presentes várias multinacionais e que representa quase 4% do PIB do gigante asiático, segundo analistas.

Diante do aumento de casos, várias salas de exposições da metrópole foram transformadas nos últimos dias em centros de quarentena improvisados.

Alguns pais afirmam temer um confinamento em caso de teste positivo. Também estão preocupados com seus filhos, dos quais poderiam ser separados, com base nas rígidas regras de isolamento.

"Minha filha não tem nem quatro meses. Se testar positivo, ela será colocada em quarentena sozinha", declarou à AFP Law, um morador da cidade que não revelou o nome completo.

Caso os pais testem positivo para covid e tenham que ser isolados, a cidade fornecerá "ajuda rápida" aos menores desacompanhados, afirmou Zeng Qun, alto funcionário do governo municipal, citado pela agência Xinhua neste sábado.

As crianças que forem deixadas sozinhas em casa serão atendidas por "tutores temporários" ou serão levadas para o local previsto nestes casos, acrescentou o funcionário.

Alimentação vezes de difícil acesso em alguns casos, pacientes recusados no hospital, medo de quarentena solitária: os moradores de Xangai expressaram descontentamento nesta sexta-feira (1º) com o confinamento progressivo da cidade mais populosa da China.

Xangai e seus 25 milhões de habitantes enfrentam o surto mais grave de coronavírus desde o início da pandemia, que pegou de surpresa a estratégia nacional de 'covid zero'.

Para evitar o confinamento total diante da variante ômicron, a prefeitura determinou o confinamento alternado das duas metades da cidade para organizar a testagem.

O leste da metrópole (Pudong) ficou completamente confinado por quatro dias, iniciados na segunda-feira. A partir desta sexta-feira é a vez do oeste (Puxi) pelo, em tese, mesmo tempo.

No entanto, muitos complexos residenciais em Pudong, onde estão localizados os emblemáticos arranha-céus do distrito comercial, permanecem confinados devido à descoberta de casos positivos.

"É de fato um confinamento geral da cidade", considera um internauta na rede social Weibo. O anúncio do confinamento no domingo causou uma correria aos supermercados de consumidores ansiosos por estocar alimentos.

Desde então, os preços dos vegetais aumentaram - triplicando em alguns mercados. Outra preocupação: mesmo os aplicativos de entrega de produtos frescos em casa, muito populares na China, estão com dificuldades devido à falta de entregadores para acompanhar a demanda, que explodiu.

"Normalmente, é super simples. Tudo está disponível e é entregue em meia hora ou uma hora", explica à AFP Dona Tang, 42 anos, diretora de uma consultoria.

"Mas agora alguns produtos não estão mais disponíveis. E a entrega demora muito".

- "Mal administrado" -

Agora é necessário fazer um pedido assim que a loja online abre pela manhã para esperar ser entregue durante o dia.

No entanto, não se deve temer escassez, de acordo com a imprensa estatal, que mostrou horticultores trabalhando "24 horas por dia" nos subúrbios de Xangai para atender à demanda.

As autoridades anunciaram que estão distribuindo cestas de produtos frescos.

"A equipe médica está trabalhando muito duro", mas no geral "acho que é mal administrado", disse à AFP Sun Jian, que está confinado desde sexta-feira.

"Por exemplo, forçar as pessoas a fazer fila para o teste de covid, ajuda a espalhar o vírus", considera o morador de 29 anos.

"Mas o que todo mundo teme é ser mandado para quarentena nesses locais pré-fabricados que servem como quartos de isolamento. As condições são muito ruins".

Este é o lugar onde estão atualmente a esposa e o filho de Dong, de 32 anos, que testou positivo esta semana.

"O quarto deles é novo, mas não tem gás. Portanto, não há água quente, apenas água fria e eles não podem tomar banho", explica à AFP.

A imprensa também relata casos de pacientes com asma ou que necessitavam de diálise que morreram após não serem aceitos nos hospitais por falta de testes negativos de covid.

Uma autoridade da cidade, Ma Chunlei, admitiu esta semana que os preparativos foram "insuficientes".

No Weibo, uma hashtag foi criada para permitir que os habitantes de Xangai relatem seus problemas. A prefeitura criou uma linha de apoio.

O ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira mais de 7.200 novos casos positivos em todo o país – incluindo cerca de 4.500 em Xangai. Números altos para a China, que aplica a estratégia 'covid zero'.

O porta-voz do ministério da Saúde, Mi Feng, disse que a vontade de seguir a política era "inabalável".

Muitos moradores de Xangai, no entanto, continuam surpresos com as dificuldades da metrópole, que imaginavam impossíveis na cidade, a mais rica da China.

"Acho que o orgulho de muitos por sua cidade diminuirá um pouco", estima Sun Jian.

Milhões de pessoas na zona leste da cidade chinesa de Xangai iniciaram um confinamento nesta segunda-feira (28), com o objetivo de conter o maior foco de Covid-19 na China.

As autoridades anunciaram no domingo (27) à noite um confinamento em duas fases na cidade de 25 milhões de habitantes para organizar testes em larga escala.

O anúncio provocou uma corrida aos mercados de moradores cada vez mais irritados com a incapacidade das autoridades de conter o foco da doença após três semanas de medidas restritivas.

O governo tentou evitar os fechamentos severos aplicados em outras cidades do país, optando por confinamentos direcionados para não afetar a economia de Xangai.

A cidade se tornou nas últimas semanas o principal foco de covid-19 na China e registrou nesta segunda-feira o novo recorde de 3.500 contágios em 24 horas.

A área confinada a partir desta segunda-feira é o distrito leste conhecido como Pudong, que inclui o principal aeroporto internacional e o distrito financeiro da cidade.

O confinamento prosseguirá até sexta-feira, quando passará a ser aplicado no setor mais populoso Puxi, a zona oeste da cidade.

O governo chinês anunciou que adotou "passos para conter a propagação da epidemia, garantir o bem-estar e a saúde das pessoas e erradicar as infecções o mais rápido possível".

Mas nas últimas semanas foram adotadas medidas restritivas nos bairros, situação que irritou muitos moradores com os repetidos confinamentos em casa.

Alguns criticaram nesta segunda-feira as poucas horas de alerta antes do início do confinamento em metade da cidade.

"Realmente não entendemos as medidas de gestão e controle de Xangai. Há algumas inconsistências", reclamou um homem que se identificou pelo sobrenome Cao em uma fila de supermercado.

"Depois de tanto tempo (a cidade) não controlou o vírus e os números continuam aumentando", completou.

O governo não explicou de que maneira as medidas afetarão o transporte aéreo ou o porto da cidade.

- Luta por comida -

A China conseguiu manter o vírus sob controle nos últimos dois anos com uma estratégia rígida "covid zero", que inclui confinamentos em larga escala de cidades, inclusive por poucos contágios.

Mas a variante ômicron é mais difícil de erradicar e nas últimas semanas foram registrados milhares de casos diários.

Os números do país são insignificantes globalmente, mas representam um forte aumento na comparação com o balanço menos de 100 contágios diários de fevereiro.

Dezenas de milhões de pessoas em áreas com contágios em toda a China enfrentam confinamentos que parecem ter contribuído para conter a propagação do coronavírus.

Mas as autoridades de Xangai insistem na importância de manter a economia da cidade em atividade.

Outras cidades registraram avanços no controle do vírus, como o centro tecnológico de Shenzhen, sul do país, que permaneceu em confinamento há algumas semanas por um surto de covid-19. Nesta segunda-feira, a localidade retomou a atividade comercial normal depois de conter as infecções.

"Não pensava que as coisas ficariam tão sérias (em Xangai)", declarou Guo Yunlong, morador da cidade, de 24 anos.

"Os mínimos detalhes de nossas vidas, das roupas à comida, estilo de vida ou deslocamentos ao trabalho, foram afetados. Não sou otimista, para ser honesto", acrescentou.

Nas redes sociais, alguns moradores afirmaram que os idosos de Xangai terão problemas porque não sabem pedir comida e outros produtos pela internet.

Outras pessoas acusaram as autoridades de Xangai de reduzir as preocupações com a saúde para manter a normalidade na cidade, conhecida por seu nível de riqueza e imagem cosmopolita.

As autoridades chinesas anunciaram, neste domingo (20), um reforço das medidas de confinamento impostas no nordeste do país, enquanto a metrópole de Shenzhen, no sul, se preparava para suspender suas restrições.

O país asiático registou neste domingo 4.053 novos casos de Covid-19, dois terços deles em Jilin, província que faz fronteira com a Coreia do Norte e a Rússia.

Os habitantes da cidade homônima de Jilin, de 4,5 milhões de habitantes, não poderão deixar suas casas por três dias a partir da meia-noite de segunda-feira, informou a prefeitura.

A cidade de Changchun, confinada desde o início do mês, anunciou por sua vez que reforçará suas medidas por três dias e agora apenas pessoal médico e outras pessoas ligadas à pandemia poderão sair.

Desde que o lockdown começou em 11 de março, os 9 milhões de moradores de Changchun só estavam autorizados a sair uma vez a cada dois dias para comprar comida.

No último domingo, a metrópole tecnológica de Shenzhen, localizada às portas de Hong Kong, confinou seus 17,5 milhões de habitantes.

No entanto, a cidade, que abriga milhares de fábricas de grandes nomes da tecnologia, suspendeu parcialmente algumas restrições. O transporte público será totalmente retomado a partir de segunda-feira, assim como as administrações e parte da atividade econômica, informaram as autoridades de saúde.

A China, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez no final de 2019 em Wuhan, havia contido amplamente a pandemia usando medidas rígidas de confinamento desde o início de 2020, mas a variante ômicron - altamente contagiosa - causou vários surtos em todo o país nos últimos meses.

As novas medidas vêm depois que a China registrou suas duas primeiras mortes por covid-19 em mais de um ano no sábado.

Dezenas de milhões de pessoas estão atualmente confinadas em todo o país e as autoridades estão trabalhando para liberar leitos hospitalares em meio a temores de que o surto possa colocar o sistema de saúde sob pressão.

A província de Jilin, que registrou milhares de casos na semana passada, construiu oito hospitais temporários e dois centros de quarentena para lidar com a situação.

Além disso, a cidade de Tangshan, no norte, sede da indústria siderúrgica da China, impôs uma proibição de trânsito de 24 horas neste domingo para conter a propagação do vírus e testar seus 7,7 milhões de habitantes.

Xangai, uma das cidades mais populosas do mundo, parece uma cidade-fantasma diante da ameaça de confinamento para seus 25 milhões de habitantes decorrente de um surto de Covid-19.

Embora o número de casos de Covid-19 seja baixo em comparação com outros países, a China enfrenta, no momento, seu surto mais grave desde o início de 2020.

O país anunciou quase 5.300 novas infecções nesta terça-feira (15), marcando o retorno de testes em massa, confinamentos e restrições de viagens.

Um símbolo de Xangai, o píer Bund - às margens do rio Huangpu - ficou vazio esta semana pelas medidas para erradicar os casos locais de covid.

Apenas um pequeno grupo de pedestres com máscara tirava fotos da paisagem, enquanto os trabalhadores tiveram de ficar em casa, os alunos retornaram às aulas on-line, e os restaurantes foram fechados em alguns bairros.

As restrições em Xangai foram direcionadas às áreas com focos de contágio, em vez dos confinamentos gerais aplicados em outras cidades chinesas. Ainda assim, os moradores tinham dificuldades em saber o que fazer.

"Fomos informados ontem à noite que deveríamos suspender (o serviço de restaurante) e vamos cumprir. Caso contrário, seremos fechados", disse à AFP o proprietário de um restaurante no centro de Xangai.

Em um bairro vizinho, outro dono de restaurante reclamou que as medidas desencorajavam as pessoas a comerem fora. "Não temos tido muitos clientes esses dias", lamentou, observando que há muita ansiedade a respeito da situação atual.

Na rede social Douyin, versão chinesa do TikTok, uma mulher reclamou que a proibição foi anunciada logo no momento em que ela alugava espaço para abrir um restaurante. "Eu vou, literalmente, chorar", desabafou.

- Trajes de segurança -

Em Shenzhen, cidade do sul de 17,5 milhões de pessoas, um confinamento mais severo foi imposto, e vídeos nas redes sociais mostravam pessoas correndo aos supermercados.

Muitos locais foram bloqueados com barreiras de plástico vermelho, e longas filas se formavam entre as grandes torres onde os profissionais de saúde de trajes de segurança coletavam amostras para testes em massa de covid-19.

O rígido controle chinês obteve grande apoio popular, enquanto o número de mortos foi baixo e, após a caótica primeira onda de infecções em 2020, a vida voltou ao normal.

"Agora estou acostumado (com as medidas de controle). Convivemos com elas por muito tempo", disse Yan Zhiping, morador de Pequim, à AFP. "Enquanto nos protegerem bem, não haverá problema", completou.

A frequência das restrições sanitárias começou, no entanto, a esgotar a paciência de muitos. Com isso, intensificou-se o debate sobre se Pequim deveria ajustar sua rígida estratégia de "covid zero", principalmente diante da variante ômicron. Embora mais contagiosa, os casos ligados a ela têm sido menos graves.

Um morador de Xangai reclamou on-line que a cidade fez um "trabalho ruim" e acusou o governo de impedir as pessoas de postarem comentários negativos.

"A prevenção e o controle do vírus em Xangai é uma piada, uma piada extremamente irresponsável", postou outro.

Longas filas nos caixas e prateleiras vazias nos corredores: os supermercados de Hong Kong foram tomados por compradores em pânico nesta terça-feira (1º), após mensagens ambíguas do governo sobre um suposto confinamento total da cidade.

A incerteza levou os moradores da cidade a correrem para supermercados, farmácias e mercados, onde se viam longas filas de clientes e prateleiras vazias em seções de carnes, legumes, sopas instantâneas, ou comida congelada.

Nas farmácias, também era difícil encontrar paracetamol e kits de teste anticovid-19, por exemplo, segundo imagens publicadas nas redes sociais.

"Somos como formigas indo para casa, pegando um pouco em cada loja", disse à AFP uma mulher de sobrenome Wu em um supermercado onde a maioria das carnes e legumes já tinha acabado.

Este centro financeiro internacional enfrenta seu pior surto de coronavírus, com milhares de casos diários que saturaram os hospitais.

Este mês, as autoridades planejam testar todos os 7,4 milhões de moradores e isolar todos os infectados em casa, ou em acampamentos de quarentena que estão sendo construídos às pressas.

A chefe executiva da cidade, Carrie Lam, descartou a aplicação de um confinamento severo durante este processo, mas a secretária de Saúde, Sophia Chan, disse ontem que esta medida está sobre a mesa.

Nesta terça-feira, vários veículos de comunicação locais, como HK01, Singtao e South China Morning Post, noticiaram que as autoridades planejam algum tipo de confinamento durante esse período de triagem.

As autoridades chinesas levantaram nesta segunda-feira (24) o confinamento dos habitantes da cidade de Xi'an (norte), um dos mais longos do país, e anunciaram a flexibilização da maioria das restrições.

Os 13 milhões de habitantes da cidade, conhecida por seus Guerreiros de Terracota, estavam confinados em suas casas desde 22 de dezembro após a descoberta de um surto de Covid-19 que ultrapassou 2.100 casos, o maior na China em meses.

Com os Jogos Olímpicos de Inverno começando na próxima semana, as autoridades querem acabar com os surtos em várias grandes cidades, incluindo Pequim, onde mais de 40 casos foram relatados desde meados de janeiro.

Embora o número de casos de coronavírus na China seja insignificante em comparação com os números de outros países, a estratégia "covid zero" das autoridades significa que o menor sinal do vírus está sujeito a rastreamento de contatos, bloqueios seletivos e longas quarentenas.

Em Xi'an, as autoridades na semana passada começaram a diminuir as restrições após uma queda significativa nos casos diários.

Os moradores que não têm problemas de saúde podem agora deixar a cidade, enquanto o transporte público e a atividade econômica foram totalmente retomados.

Xi'an agora é considerada uma zona de "baixo risco", disseram autoridades de controle do vírus em comunicado nesta segunda-feira, observando que apenas um distrito permanece fechado.

Em Pequim, as autoridades estão reforçando os controles já rígidos após um aumento recente nos casos, que coincide com o tradicional aumento nas viagens pelo país antes do Ano Novo Chinês.

As autoridades estão tentando evitar um bloqueio total da capital antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, que estão determinados a realizar, e estão pedindo aos moradores que não se desloquem durante os feriados de Ano Novo.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reiterou nesta terça-feira (18) que ninguém o avisou que uma festa que violava as regras anticovid seria organizada em Downing Street em maio de 2020, como afirmou seu ex-conselheiro Dominic Cummings.

Depois de garantir não ter tido conhecimento da organização da celebração de 20 de maio de 2020, durante o primeiro confinamento, o chefe de Estado conservador mudou de tom.

Pediu desculpa aos deputados após a imprensa revelar que ele compareceu ao evento, um dos muitos que teriam sido organizados em Downing Street ao longo dos confinamentos impostos nos últimos dois anos.

Dominc Cummings, o influente cérebro da campanha do Brexit, acusou Boris Johnson, nas redes sociais, de ter mentido no Parlamento, ao dizer que achava que aquela festa, da qual participou durante 25 minutos e que foi realizada nos jardins da sua residência oficial, era na verdade uma reunião de trabalho.

Cummings assegurou que ele mesmo e outro funcionário avisaram Boris de que a festa estava sendo organizada. O secretário particular do premiê enviou 100 convites para o evento.

"O primeiro-ministro foi avisado sobre esses convites. Ele sabia que era uma festa. Ele mentiu no Parlamento", tuitou Cummings, que não poupa injúrias contra seu ex-chefe desde que renunciou em novembro de 2020.

Além disso, em seu blog, acrescentou que Boris Johnson minimizou a importância de suas preocupações e se declarou disposto a "afirmar isso sob juramento" - tanto ele quanto outras testemunhas.

Um porta-voz do chefe de Governo negou. "É falso dizer que o primeiro-ministro foi avisado com antecedência sobre este evento", replicou.

Segundo ele, Johnson "implicitamente" acreditava que se tratava de uma reunião de trabalho. O assessor ressaltou que já está em andamento uma investigação interna a este respeito, liderada por uma alta funcionária de alto escalão, Sue Gray.

O próprio Dominic Cummings esteve no centro das atenções por ter violado as regras anticovid na primavera de 2020 (outono no Brasil), ao viajar com a família em pleno confinamento total, algo que era proibido.

Os pedidos de renúncia de Johnson nos últimos dias vêm aumentando, inclusive de suas fileiras.

Downing Street também pediu desculpas à rainha Elizabeth II por duas festas que aconteceram em abril de 2021, na véspera do funeral de seu marido, o príncipe Philip.

Carla Diaz participou durante a noite do último sábado (15) do programa Altas Horas e comentou como foi lidar com as críticas após deixar o confinamento do Big Brother Brasil. A atriz ao lado de outros brothers de outras temporadas da casa mais vigiada do Brasil quis deixar bem claro que em todos os momentos ela tentou ser ela mesma.

Para quem não lembra, Carla Diaz acabou se relacionando dentro do confinamento e o público de casa deu uma chance dela sair em um paredão falso, assistir alguns momentos da casa e logo depois voltar para casa principal com a intenção de que ela entenderia pelo menos um pouco do que estava acontecendo, mas ela está focada em seu relacionamento e nem se ligou no que as outras pessoas dentro do BBB estavam falando dela.

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E durante o Altas Horas, a artista falou sobre essas críticas que recebeu de muitas mulheres depois dela ter saído do programa.

"Eu ergo a minha cabeça e falo que essa é a minha história! Eu não me arrependo de nada do que eu fiz. Eu recebi um fandom maravilhoso e é esse carinho que eu valorizo".

Além disso, Carla Diaz comentou sobre o fato de ter entrado no Big Brother Brasil após ter se curado de um câncer e também falou que sempre tentou ser ela mesma.

"Talvez eu tenha sido corajosa demais por ter demonstrado meus sentimentos e ter sido eu o tempo todo. Talvez tenha faltado sororidade, mas eu fui recebida com tanto carinho que eu prefiro ver esse lado positivo. Não foi fácil até um assimilar tudo. A gente vive em um mundo muito machista".

Mergulhado em escândalos e perdendo popularidade, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson reconheceu, nesta quarta-feira (12), que esteve em uma festa nos jardins de Downing Street durante o confinamento e pediu desculpas, levando a oposição a exigir sua renúncia.

Numa Câmara dos Comuns agitada, o chefe do governo conservador justificou-se dizendo que acreditava que o evento de 20 de maio de 2020 nos jardins de sua residência oficial era uma reunião de trabalho.

Naquela época, em plena primeira onda da Covid-19, apenas duas pessoas eram autorizadas a permanecer em ambientes externos e muitos britânicos não puderam se despedir de seus entes queridos, daí a extensão da raiva causada por esse evento que reuniu mais de 100 pessoas com instruções para trazer uma bebida.

O polêmico líder defendeu-se explicando ainda que "os jardins são uma extensão do escritório, que esteve em uso constante devido ao papel do ar fresco na contenção do vírus".

"E quando fui às seis da tarde de 20 de maio de 2020 para encontrar grupos de funcionários antes de retornar ao meu escritório 25 minutos depois, para continuar trabalhando, acreditei implicitamente que era um evento de trabalho", assegurou.

No entanto, em face ao escândalo que esta última revelação de uma longa série de alegadas infrações tem causado no país, reconheceu que "deveria ter mandado todos de volta para dentro".

E, apesar de insistir que "tecnicamente" poderia se dizer que estava dentro das normas, pediu "sinceras desculpas" aos britânicos, que naquele momento estavam "totalmente proibidos de se reunir com seus entes queridos".

Ele afirmou que assumiria a "responsabilidade" pelos "erros" que foram cometidos.

Acusando Boris Johnson de "mentir descaradamente", o líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, considerou a defesa do primeiro-ministro "tão ridícula" que é "um insulto" aos britânicos. "Ele agora terá a decência de renunciar?", questionou.

Os escoceses do SNP e os liberais democratas também pediram sua saída.

Nesse ponto, Boris Johnson se referiu à investigação interna que confiou à Sue Gray.

- Acúmulo de escândalos -

Após revelações em dezembro de várias supostas infrações, Johnson esperava ter deixado para trás o chamado "partygate", o escândalo das festas.

Mas na noite de segunda-feira uma nova bomba explodiu e o primeiro-ministro não fez nenhum comentário desde então, evitando uma convocação para comparecer com urgência ante os deputados na terça-feira, possivelmente para preparar uma resposta em que cada palavra parece cuidadosamente calibrada.

A imprensa publicou um e-mail de 20 de maio de 2020 em que seu secretário particular, Martin Reynolds, convidava uma centena de funcionários a "aproveitar o bom tempo" tomando "algumas bebidas com distanciamento social" nos jardins de Downing Street. "Tragam suas próprias bebidas", dizia a mensagem.

Somando-se a outros escândalos de corrupção e clientelismo, essas revelações provocaram a ira da opinião pública, e de muitos deputados de seu próprio partido que estão inclusive contemplando uma moção de confiança interna, contra o líder conservador de 57 anos, eleito triunfalmente em 2019, mas que agora não para de perder popularidade.

Dos 5.391 adultos entrevistados pelo YouGov na terça-feira, 56% consideraram que o premiê deveria renunciar.

Em 20 de maio de 2020, dois meses após a imposição pelo próprio Johnson do primeiro confinamento, apenas duas pessoas podiam sair juntas ao ar livre, em local público - e não em jardins privados - e respeitando dois metros de distância.

Essa foi a primeira flexibilização das regras para os 67 milhões de britânicos que até então só podiam sair de casa para comprar comida ou remédios e se exercitar uma vez por dia.

As autoridades multavam aqueles que infringiam as regras e poderiam indiciar reincidentes.

Desde então, o coronavírus matou 150.000 pessoas no Reino Unido, um dos países da Europa mais atingidos pela pandemia.

Quando o escândalo das festas ilegais estourou em dezembro, o primeiro-ministro afirmou ter recebido garantias de que "as regras sempre foram respeitadas".

Ele encomendou uma investigação interna à Sue Gray, que ainda não publicou seus resultados, e prometeu que, se violações foram cometidas, haveria "consequências".

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