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O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) cassou sete médicos por assédio sexual entre outubro de 2018 e setembro de 2019. Ao todo, o conselho determinou a perda de registro profissional de 17 profissionais no período. No período anterior, relativo aos anos 2017/2018, a punição máxima por infrações ético-profissionais foi aplicada a nove médicos no estado, sendo que nenhum era acusado de assédio.

Entre as outras causas de cassação de médicos no último ano estão três casos em que os profissionais foram acusados de serem cúmplices no exercício ilegal da medicina e outros três por envolvimento em fraudes como falsificação ou adulteração de recibos, atestados e prontuários.

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Rigor

O Cremesp disse que as cassações aconteceram devido ao aumento do rigor no julgamento dos casos envolvendo assédio sexual. O conselho também aumentou o número de câmaras para julgamento de acusações de infração ética de quatro para dez. Com isso, foi possível aumentar o número de julgamentos de 474, entre outubro de 2017 a setembro de 2018, para 537 no período entre 2018 e 2019.

“Havia processos em trâmite há anos. Buscamos dar celeridade aos julgamentos, pois a demora é desgastante tanto para o denunciante como para o denunciado”, disse o presidente do Cremesp, Mario Jorge Tsuchyia. Segundo ele, as mudanças atendem a demandas da sociedade e dos próprios médicos, por respostas mais rápidas às acusações de faltas éticas.

O processo

As denúncias de faltas éticas são, primeiro, avaliadas por uma câmara de juízo para decidir se será aberta uma sindicância sobre o caso. Nessa etapa de apuração preliminar, são coletadas provas, feitas manifestações por escrito e eventualmente audiências com os envolvidos.

Se for apurado que os indícios de acusação são consistentes, é instaurado um processo ético-profissional em que o denunciante e o denunciado tem oportunidades iguais de apresentar seus argumentos. Os envolvidos podem, inclusive, recorrer a advogados nessa fase. O processo é, então, julgado pelas câmaras do conselho e o resultado referendado pela plenária de conselheiros.

As penas são desde a advertência confidencial, a censura pública, a suspensão até a cassação. Os profissionais que perdem o registro ficam impossibilitados de exercer a medicina em todo o território nacional. Em casos de cassação, o profissional pode recorrer ao Conselho Federal de Medicina.

O custeio de exames de mamografia pelo Governo Federal em mulheres com faixa etária de 50 a 69 foi questionado pelo Conselho Federal de Medicina. A entidade entrou com uma ação pública pedindo uma concessão de tutela antecipada para garantir acesso ao exame de mamografia bilateral em todos os estados a partir dos 40 anos de idade. Até o momento, somente o custeio da mamografia unilateral é garantida pelo governo a mulheres com menos de 50 anos.

O texto do conselho foi aprovado no Congresso, e fala sobre prevenção, detecção e tratamento dos cânceres de colo do útero e de mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A exclusão das mulheres com faixa etária até 49 anos de realizarem mamografia diagnóstica é um retrocesso social”, disse o presidente do Conselho, Carlos Vital.

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Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o mais frequente e a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil e no mundo. Em 2014, 57 mil novos casos devem acontecer no Brasil, com maior incidência entre mulheres com 40 a 49 anos. A mamografia é o principal exame para detectar o tumor de modo precoce e considerado exame de rotina na saúde da mulher, e deve ser feito a cada dois anos. Este método de rastreamento é capaz de promover uma redução em torno de 50% na mortalidade nos casos de câncer de mama.

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Após deflagrar estado de greve nesta última quinta-feira (11), as entidades médicas de Pernambuco realizaram uma coletiva nesta segunda-feira (15), na sede do Cremepe, situado no Espinheiro, Zona Norte do Recife, expondo os problemas de três maternidades de referência da capital, os Hospitais Barão de Lucena e Agamenon Magalhães, da rede estadual, além do Imip, todos credenciados pelo Sistema único de Saúde (SUS).

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Segundo o Conselho Regional de Medicina que realizou uma vistoria entre os dias 9 e 12 de julho, a situação nesses locais está precária, com risco de infecção podendo resultar até na mortes de pacientes. Superlotação, instalações inadequadas, falta de plantonistas, material sem condições de uso, além dos problemas de infraestrutura a ponto de serem encontradas mulheres grávidas se instalando em corredores ou sentadas em cadeiras praticamente uma colada com a outra. 

“Há muito tempo que estávamos denunciando, só não esperávamos que fossem nos responsabilizar por isso, e essa foi uma estratégia do próprio Ministério da Saúde. Nós médicos não somos responsáveis por isso, à causa disso tudo é o subfinanciamento. Não se coloca dinheiro na saúde pública e sim na rede privada”, explicou o presidente do Conselho de Medicina, Roberto D’Ávila e Carlos Vital. Segundo ele, a saúde neste país atualmente virou um bem de consumo e não um direito adquirido pelo cidadão. 

“É muita incompetência na gerência das maternidades, além de muito roubo, fraude e muito desperdício. As filas das emergências estão enormes não por falta de médicos e sim por falta de gerência”, desabafou. Ainda de acordo com D’Ávila, os médicos não estão querendo trabalhar neste sistema porque não há uma carreira de estado que tenha progressão funcional. “Esse país não quer uma saúde pública, é tudo uma maquiagem. Não são medidas provisórias e sim improvisadas”, enfatizou o presidente.

O conselho ainda retruncou o pré-teste do Revalida que é aplicado aos alunos de medica do Brasil, além da devolução ao governo de mais de R$ 17 milhões do orçamento do Mistério da Saúde que serviria para investir no SUS. Médicos do Brasil irão realizar vários manifestos contra o governo nesta terça-feira (16), neste mesmo dia um protesto será realizado em Caruaru. Ainda nesta noite uma assembleia para definir o rumo do movimento. A reunião está marcada para às 19h, na sede da Associação Médica de Pernambuco (Ampe). 

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