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Enquanto tenta ser reconduzido para um inédito terceiro mandato, o procurador-geral da República, Augusto Aras, aumentou sua influência no Conselho Nacional de Ministério Público (CNMP) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A manutenção de Aras no cargo é articulada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) - a ideia é também defendida por petistas próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por serem órgãos capazes de controlar e punir integrantes do Ministério Público e do Judiciário, o CNMP e o CNJ são sempre motivo de interesse para políticos. Há ainda mais interesse agora porque tanto CNMP quanto CNJ abriram duas inéditas devassas em todas as investigações e procedimentos realizados na Operação Lava Jato em Curitiba, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Aras foi procurado pela reportagem, mas não se manifestou.

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A investigação da Lava Jato no CNJ foi também turbinada, no mês passado, com o compartilhamento de mensagens trocadas pelos procuradores e obtidas pelo hacker Walter Delgatti, preso na Operação Spoofing. Políticos veem essas recentes investigações do CNMP e do CNJ como oportunidades de "limpar a biografia".

Nesse cenário, Aras conseguiu articular no CNMP a aprovação de conselheiros simpáticos a seus posicionamentos. O grupo foi aprovado em sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na terça-feira, 11. Se aprovados em plenário pelos senadores, serão reconduzidos a novos mandatos de dois anos, a partir de 14 de dezembro: Ângelo Fabiano Farias (do Ministério Público do Trabalho), Jaime Cassio Miranda (do Ministério Público Militar), Paulo Cezar dos Passos (do Ministério Público do Mato Grosso do Sul) e Antônio Edílio Magalhães (do Ministério Público Federal). Também passou na CCJ a renovação do mandato de Moacyr Rey Filho (do Ministério Público do Distrito Federal), a partir de 13 de setembro.

Além desses cinco conselheiros reconduzidos, Aras também conseguiu a aprovação na CCJ de dois novos conselheiros do seu arco de alianças nos Ministérios Públicos estaduais. São eles: Fernando Comin (do Ministério Público de Santa Catarina) e Ivana Cei (do Ministério Público do Amapá).

Em quatro anos de mandato como PGR e consequentemente como presidente do CNMP, Aras conseguiu viabilizar punições a procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba, como Deltan Dallagnol e Diogo Castor de Mattos. Também obteve a pena de demissão, convertida em suspensão por 30 dias, do coordenador da operação no Rio de Janeiro, Eduardo El-Hage.

Aras antecipa novo mandato para aliado no CNJ

Aras conseguiu também antecipar a nomeação para um novo mandato no CNJ do promotor João Paulo Shoucair, do Ministério Público da Bahia, seu antigo aliado e ex-assessor em investigações criminais importantes como a Operação Faroeste.

O mandato de Shoucair no conselho só venceria em 20 de junho de 2024, porque ele tomou posse em junho de 2022. Juristas avaliam que essa nomeação antecipada viola o regimento interno do CNJ, que impõe que indicações sejam feitas a até 60 dias do término do mandato de cada conselheiro, e só depois de uma convocação pelo presidente do CNJ.

Com ajuda do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público (CNPG), Aras conseguiu que fosse articulada uma eleição antecipada na qual Shoucair foi o mais votado para a vaga reservada aos Ministérios Públicos Estaduais no CNJ. Com a eleição, Aras nomeou Shoucair para um novo mandato, válido entre 21 de junho de 2024 e 20 de junho de 2026. Ele também foi aprovado na CCJ do Senado na terça-feira, 11.

A recondução de Shoucair antes do tempo gerou incomodo entre membros do Ministério Público Estadual, que consideraram como de fachada o pedido de Aras para que os procuradores-gerais de Justiça dos Estados indicassem nomes para formar a lista tríplice que passa pela análise do PGR. Shoucair foi o mais votado da lista, porém causou estranhamento na categoria o fato de Aras ter feito a sua indicação ao Senado apenas 2 horas após o fim da votação, sendo que o regulamento da eleição organizada pelo Conselho Nacional de Procuradores Gerais (CNPG) prevê cinco dias para os concorrentes mais votados encaminharem seus currículos para análise.

Para o CNJ, Aras também indicou para um novo mandato o procurador regional da República Pablo Barreto, a ser empossado em 3 de agosto. Ele vai substituir o conselheiro Sidney Madruga, também do Ministério Público Federal.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva começou a abrigar aliados em cargos estratégicos de empresas públicas que rendem até R$ 40 mil extras por reuniões mensais ou bimestrais. Os assentos nos conselhos das estatais são entregues para contemplar apoiadores, garantir controle nas decisões sobre os rumos das companhias e incrementar as remunerações de ministros e executivos.

No ano passado, 77 empresas públicas repassaram R$ 14,6 milhões em honorários e jetons para 460 pessoas. O gasto com os extras é ainda maior porque as empresas de economia mista não seguem as mesmas regras de transparência, e os valores pagos não são revelados. Os valores devem ser repetidos até dezembro.

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As primeiras alterações no governo Lula já foram realizadas no Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), após a renúncia, em janeiro, de seis nomeados pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Um conselheiro do BNDES recebe R$ 8,1 mil para reuniões mensais, além das extraordinárias.

Entre os novos membros da equipe estão a ex-ministra de Meio Ambiente Izabella Teixeira, que atuou no segundo mandato de Lula e no governo de Dilma Rousseff (PT), e o climatologista Carlos Nobre. A entrada deles, segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, visa a uma "transição ambiental" no banco.

Chefe da assessoria especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e ex-assessor do gabinete da liderança do PT no Senado, Jean Keiji Uema também virou conselheiro do BNDES. Além dele, está também Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal escolhido pelo ministro da Economia, Fernando Haddad. Barreirinhas chefiou a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de São Paulo na gestão de Haddad (2013-2016).

Para a presidência do conselho foi escolhido o economista Rafael Lucchesi, ex-secretário de Ciência e Tecnologia do governo do petista Jaques Wagner, na Bahia. Lucchesi também esteve na equipe de transição do governo Lula, no fim do ano passado.

MAIS MUDANÇAS. Os governistas já preparam substituições em outros conselhos. Na Itaipu Binacional, indicações de Jair Bolsonaro devem perder em breve os cargos com remunerações de R$ 34 mil para encontros bimestrais. Entre os bolsonaristas remanescentes, estão o ex-assessor especial Célio Faria Junior e os ex-ministros Bento Albuquerque e Adolfo Sachsida.

Bento está no centro do escândalo da entrada ilegal de joias no Brasil, revelado pelo Estadão. Por indicação de Bolsonaro, os ex-ministros têm mandato até maio de 2024. O regimento da empresa, porém, permite a substituição dos conselheiros a qualquer tempo. O governo Lula está preparando as substituições, segundo petistas. Os novos nomes estão sendo analisados pela Casa Civil.

INCREMENTO. As vagas de conselheiros das empresas costumam ser entregues a ministros e executivos provenientes da iniciativa privada para incremento salarial. Os jetons não são considerados salário e por isso não entram nos cálculos de teto salarial, equivalente à remuneração mensal de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que passará a R$ 41,6 mil a partir de abril.

O chefe da pasta das Comunicações, Juscelino Filho, assumiu a presidência do Conselho Deliberativo da Fundação Sistel de Seguridade Social, o fundo de pensão complementar dos trabalhadores das empresas de telecomunicações. Por ser uma entidade privada, a remuneração dos membros do conselho não é pública.

Deputado licenciado do União Brasil do Maranhão e sem expertise no ramo das telecomunicações, Juscelino Filho entrou na vaga da Telebras. A empresa diz que indica "executivos de alto nível como membros representantes para compor o seu conselho deliberativo". É praxe a Telebras indicar um nome do ministério para o conselho. Até o ano passado a pasta era representada não pelo ministro, mas pela então secretária executiva, Maria Estella Dantas.

O governo Lula ainda não alterou a composição dos principais conselhos administrativos de estatais. Empresas como Petrobras e Embraer pagam jetons superiores a R$ 40 mil. As primeiras reuniões deliberativas estão em vias de serem realizadas. São previstas novas trocas a partir de abril deste ano. Procurada, a Casa Civil não comentou.

DECISÃO. Em 2020, o Supremo decidiu que políticos e servidores podiam acumular os vencimentos, extrapolando o teto atual do funcionalismo. As gratificações que garantiram supersalários foram consideradas remunerações privadas. Essa situação foi questionada por uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) apresentada pelo PT e pelo PDT ainda em 1996, no governo Fernando Henrique Cardoso. Depois da gestão do tucano, entretanto, os governos petistas de Lula e Dilma e também os de Michel Temer (MDB) e Bolsonaro recorreram à prática dos jetons para turbinar os vencimentos dos aliados políticos.

No governo Bolsonaro, generais da reserva e integrantes da equipe econômica estavam entre os que extrapolaram o teto do serviço público com nomeações para os conselhos de estatais. Um dos discursos do governo anterior é que, no caso da área econômica, os vencimentos inflados permitiam a contratação de executivos da iniciativa privada com salários mais elevados.

A priori, as indicações precisam passar por análise de instâncias do governo. A Casa Civil dá a palavra final sobre a aptidão técnica e a capacidade dos indicados para ocuparem cargos nos conselhos das empresas públicas. No entanto, virou quase uma praxe a nomeação de pessoas próximas do presidente ou de ministros sem relação direta com as áreas de atuação das estatais.

LIMITES. Iniciativas para limitar os jetons costumam não ir adiante. Em uma rara inflexão da prática de inflar os salários, a Lei de Estatais, de 2016, proibiu que dirigentes partidários assumissem cargos de direção. A norma que estabeleceu diretrizes de governança para as estatais, entretanto, não impediu o uso dos conselhos como instrumento de garantir altos vencimentos nem como moeda de troca nas negociações do Palácio do Planalto com o Congresso.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tocado com o vídeo-desabafo de Gusttavo Lima afirmando que estava prestes a desistir da carreira, o roqueiro Tico Santa Cruz manifestou, publicamente, seu apoio ao colega de profissão. Em carta aberta, o vocalista do Detonautas deu conselhos ao Embaixador e disse já ter vivido algo semelhante. 

O desabafo de Gusttavo aconteceu, em sua rede social, após o início da polêmica envolvendo sertanejos e cachês pagos a eles por prefeituras de algumas cidades. O cantor se mostrou chateado com a situação e chegou a dizer que está próximo a "jogar a toalha". 

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Em solidariedade ao Embaixador, Tico Santa Cruz publicou em seu Facebook, na última quarta (1), uma carta aberta endereçada ao colega. No texto, o roqueiro diz que ele próprio vem sendo "atacado" por "setores simpáticos" ao que Lima "defende" e que, por isso, lhe daria um conselho. "Sabe Gustavo, vi trechos da sua Live, e o quanto você está mexido com tanta exposição. Em dado momento, você disse que está sendo perseguido e que pensa inclusive em jogar a toalha - desistir. Não desista! Durante 8 anos - desde 2014 - venho sofrendo ataques sistemáticos de setores simpáticos ao que você defende. Quando as milícias digitais começaram a se formar, um dos primeiros artistas a ser atacado fui eu. Apenas porque não concordava com um movimento político orquestrado para desestabilizar nossa democracia".

 

A internet foi à loucura com a participação de Juliette Freire no Domingão com Huck. Contando um pouco de sua vida no quadro Visitando o Passado, a campeã do BBB21 acabou sendo surpreendida com uma homenagem de Sandy. Assim que dividiram os vocais no palco da atração, as duas repercutiram o programa durante uma live realizada por Luciano Huck.

No bate-papo, Sandy acabou dando conselhos preciosos para Juliette. Em um dos momentos da conversa, a filha de Xororó disse que a paraibana precisa viver momentos especiais ao lado de familiares e amigos, além de ter um encontro com o seu próprio íntimo. "Tenta preservar alguns momentinhos pra você e para a sua família, pessoas que você ama", declarou.

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A irmã de Junior completou: "A gente sabe que a onda vem, a gente tem que surfar e aproveitar, porque está construindo. É isso aí, tem muitas oportunidades que a gente não pode deixar passar". Quando estiveram no palco da atração da Globo, Juliette e Sandy presentearam os fãs com interpretações das músicas As Quatro Estações e Era Uma Vez.

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A Petrobras informou na noite desta terça-feira (16) que recebeu indicação dos acionistas minoritários para ocupar uma vaga no conselho de administração da estatal. Marcelo Gasparino da Silva foi indicado pelos acionistas FIA Dinâmica Energia, Banclass FIA, RPS Equity Hedge Master FIM, RPS FIA Selection Master, RPS Long Bias Selection FIA, RPS Prev Absoluto Icatu FIM Master, RPS Sistemático FIA e RPS Total Return Master FIM. A eleição vai ocorrer no dia 12 de abril.

Gasparino da Silva é advogado, especialista em administração tributária empresarial pela ESAG. É presidente do conselho de administração da Eternit (2017-2022), além de ocupar uma vaga nos conselhos da Vale (2020-2021) e da Cemig (2020-2022) e ser membro do conselho fiscal da própria Petrobras (2020-2021).

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Conselho Fiscal

A petrolífera também recebeu indicações de acionistas detentores de ações preferenciais para uma vaga no conselho fiscal da companhia. A eleição ocorre em 14 de abril. Os candidatos indicados pelos acionistas FIA Dinâmica Energia e Banclass FIA são a advogada Michele da Silva Gonsales Torres (como titular) e o auditor Antonio Emílio Bastos de Aguiar Freire (como suplente).

O ex-presidente Michel Temer (MDB) conversou com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último sábado (28) e deu conselhos ao chefe do Executivo sobre a pandemia do novo coronavírus. A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo. Segundo a publicação, Temer sugeriu que Bolsonaro baixasse um decreto de isolamento social por dez dias. 

Ainda de acordo com a colunista, o ex-presidente aconselhou que Bolsonaro afirmasse, ao impor o decreto, que a situação seria reavaliada no fim dos dez dias e, neste sentido, as ações começassem a ser concentradas na União. 

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Jair Bolsonaro teria concordado com as sugestões do seu antecessor, mas no dia seguinte resolveu circular pelas ruas de Brasília e deixar claro que tem a intenção de editar um decreto que, ao contrário dos conselhos dados por Temer, faça o comércio - restrito nos Estados - voltar a funcionar normalmente. 

Nessa segunda (30), inclusive, o presidente declarou que a crise do coronavírus “não é apenas questão de vida, é a questão da economia também, a questão do emprego. Se o emprego continuar sendo destruído da forma como está sendo, mortes virão outras por outros motivos", fazendo referência a eventuais suicídios e depressão.

Nesta terça-feira, dia 10, foi publicado um vídeo no IGTV do Instragam oficial da cantora Manu Gavassi em que a cantora fez uma carta aberta para Sabrina Sato.

Como você já deve saber, Manu é uma das participantes da 20ª temporada do reality show Big Brother Brasil, enquanto a apresentadora participou da terceira edição do programa. Na carta, a cantora diz que sua meta era ficar a mesma quantidade de tempo que Sabrina ficou no retiro espiritual - maneira como Manu apelidou o reality - e contou:

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"Você foi a única pessoa que eu contei antes de embarcar nessa grande aventura e lembro bem de suas sábias palavras: Manu, se você não beber, beijar ninguém ou dançar na piscina, ninguém vai gostar de você. Eu espero que não tenha feito nada dessas coisas, porque quando você fez foi lindo, mas eu, na minha situação, posso sofrer complicações na minha vida pessoal. De qualquer maneira, eu levo suas palavras no meu coração. Sempre".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recomendações saudáveis para o Valentine's Day, celebrado nesta sexta-feira (14) e considerado o Dia dos Namorados em vários países.

Em uma série de postagens no Twitter, a OMS sugeriu que as pessoas que forem comemorar a data deem preferência ao consumo de alimentos saudáveis e à prática de atividades físicas ao lado dos parceiros. A OMS desaconselhou a ingestão de álcool e reforçou a necessidade de praticar sexo seguro. Os conselhos foram batizados de "sermos saudáveis juntos".

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"Você está indo para um primeiro encontro? Então seja gentil e respeitoso. Divirta-se, consuma álcool moderadamente e, caso decida ter uma relação sexual, fique atento", escreveu a OMS.

A entidade também fez uma postagem especial chamando a atenção para quem possa se sentir solitário em uma data como o Valentine's Day. "Pode ser difícil para algumas pessoas. Entre em contato com quem você se importa e confira se eles estão ok", recomendou.

Da Ansa

Os médicos transgêneros e travestis do Brasil poderão ter seus nomes sociais, ou seja, como querem ser chamados, incluídos no cadastro dos Conselhos Regionais de Medicina.

A informação é do Conselho Federal de Medicina, que lembra que os dados ficam disponíveis para consulta pública. O CFM analisou o tema a pedido de alguns profissionais.

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O nome social passará a constar nas páginas dos Conselhos juntamente com o nome civil, desde que os profissionais oficializem os pedidos. Assim, os médicos transgêneros e travestis podem ser identificados por colegas de trabalho e pacientes pelo nome com o qual querem ser conhecidos.

No entanto, o CFM alerta que não é possível realizar a alteração do nome também na carteira de identificação profissional sem um pedido jurídico. "Para proceder essa alteração o médico, deve obter autorização judicial, o que possibilita a mudança de todos os seus documentos de forma definitiva", diz o documento da assessoria do Conselho Federal de Medicina.

Em 2016, o Conselho decidiu que médicos transgêneros poderiam usar o nome social em documentos administrativos internos e em seus locais de atuação.

O decreto nº 8.727/2016 estabelece que os profissionais podem requerer junto aos seus empregadores a alteração de documentos internos, privilegiando o seu nome social em lugar do seu nome civil.

A norma, que foi editada pela Presidência da República, em abril de 2016, "dispõe sobre o uso do nome social e reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional".

A PEC 108, que desobriga a inscrição em conselhos profissionais, é um "ataque a mecanismos que protegem o cidadão", afirma a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em nota divulgada na terça-feira, dia 16, a diretoria do Conselho Federal e o Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB indicam que a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, "silencia as entidades" e "cala a advocacia".

O texto de Guedes foi enviado à Câmara no dia 9 de julho e dispõe sobre "a natureza jurídica dos conselhos profissionais".

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A proposta tem como objetivo "consolidar o entendimento de que os conselhos profissionais não integram a estrutura da Administração Pública" e "definir parâmetros e limites para criação das entidades de fiscalização com base em critérios da doutrina da regulamentação das profissões".

A OAB afirma que a PEC foi apresentada "sem qualquer debate com os conselhos ou outros setores da sociedade". Para a entidade máxima de representação dos advogados e que regulamenta o exercício profissão no País, a proposta "ceifa um dos mais importantes instrumentos de defesa da sociedade na fiscalização profissional", "engessando" e "silenciando" os conselhos.

A OAB indica que a PEC questiona a validade atual dos conselhos e argumenta que esteve à frente em "questões fundamentais para o avanço da democracia", entre elas a defesa da criminalização do caixa 2 e as medidas de combate à corrupção.

A Ordem destaca que a "fiscalização do exercício profissional não é obstáculo, e sim instrumento de fortalecimento das atividades e dos serviços prestados à sociedade".

"A diretoria do Conselho Federal e o Colégio de Presidentes de Seccionais se opõem a qualquer mudança tendente ao enfraquecimento da instituição e repudiam veementemente a tentativa de se fazer calar a voz da advocacia e lesar o cidadão. Sem respeito às instituições, nenhum país se desenvolve de forma equilibrada" afirma o texto.

Com relação à advocacia especificamente, a entidade ressalta que a OAB está inserida na Constituição Federal "com a clara intenção de proteção do Sistema Federativo e do Estado Democrático de Direito" e que a proposta significa "a tentativa de desmonte de todo um sistema que zela pela qualidade da advocacia".

Para a entidade, a PEC ainda "busca atingir um dos maiores mecanismos de fomento da excelência profissional", o Exame de Ordem. A OAB indica que "confia que o Congresso Nacional rejeitará integralmente a PEC 108, mantendo a independência dos órgãos e das entidades profissionais".

Confira a íntegra da nota da OAB

"PEC 108: objetivo é calar a advocacia e desproteger o cidadão

A diretoria do Conselho Federal e o Colégio de Presidentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, em face da Proposta de Emenda à Constituição 108/2019, que dispõe sobre a natureza jurídica dos conselhos profissionais, alertam que a proposta é diametralmente oposta à intenção de promover o desenvolvimento econômico.

Apresentada sem qualquer debate com os conselhos, incluindo a OAB, ou outros setores da sociedade, a PEC traz na sua essência um ataque a mecanismos que protegem o cidadão.

Ao desobrigar os profissionais da inscrição em seus respectivos conselhos, a proposta ceifa um dos mais importantes instrumentos de defesa da sociedade na fiscalização profissional, com o claro e único propósito de engessar e silenciar as entidades.

A Ordem dos Advogados do Brasil tem um longo histórico de relevantes serviços prestados à sociedade brasileira em seus mais de 88 anos de existência.

Constitucionalmente vocacionada a se manifestar em nome e em defesa da sociedade civil, tem firme atuação por um Estado Brasileiro independente e democrático, sem amarras e subserviências.

Para citar exemplos contemporâneos, dado que a PEC implicitamente questiona a validade atual dos conselhos, a OAB esteve à frente em questões fundamentais para o avanço da nossa democracia: a defesa da criminalização do Caixa 2; as medidas de combate à corrupção; a campanha pela aprovação da Ficha Limpa; a manutenção das garantias individuais mais caras ao Estado Democrático de Direito; além da atuação vigilante e permanente em todas as unidades da federação. Todas essas ações são parte do constante trabalho por um país menos desigual e por uma justiça que atenda os interesses da sociedade.

Em resumo, trata-se do anteparo à força desproporcional do Estado e dos grupos detentores de poder efetivo contra o cidadão comum, individual ou coletivamente.

A PEC flerta gravemente com o desrespeito à Lei Magna ao ignorar, ressalte-se, que a Ordem está inserida na Constituição Federal com a clara intenção de proteção do Sistema Federativo e do Estado Democrático de Direito, sendo-lhe outorgada capacidade postulatória para ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade. Por seu reconhecido papel social, o Supremo Tribunal Federal lhe conferiu características sui generis.

Mas a proposta apresentada pelo governo também significa a tentativa de desmonte de todo um sistema que zela pela qualidade da advocacia. A Ordem é responsável por uma rede protetiva para os advogados, que hoje sofrem as consequências da grave crise econômica que atinge o país - e que não dá sinais de trégua. Da mesma forma, a PEC busca atingir um dos maiores mecanismos de fomento da excelência profissional, que é o Exame de Ordem. Diante da multiplicação sem precedente dos cursos de graduação em Direito, nem sempre amparados nos devidos parâmetros de qualidade, o Exame é hoje a forma de garantir o mínimo de qualidade dos profissionais que vão servir à sociedade.

A fiscalização do exercício profissional não é obstáculo, e sim instrumento de fortalecimento das atividades e dos serviços prestados à sociedade.

A diretoria do Conselho Federal e o Colégio de Presidentes de Seccionais se opõem a qualquer mudança tendente ao enfraquecimento da instituição e repudiam veementemente a tentativa de se fazer calar a voz da advocacia e lesar o cidadão. Sem respeito às instituições, nenhum país se desenvolve de forma equilibrada.

A Ordem dos Advogados do Brasil, por meio da diretoria do Conselho Federal e do seu Colégio de Presidentes, reafirma sua confiança de que o Congresso Nacional rejeitará integralmente a PEC 108, mantendo a independência dos órgãos e das entidades profissionais, que sempre prestaram relevantes serviços para o Brasil e para a cidadania."

Com a palavra, o Ministério da Economia

O Ministério da Economia indicou à reportagem que o objetivo da PEC 108 é uniformizar o entendimento acerca da natureza jurídica dos conselhos profissionais.

Um dos dois artigos da Proposta é: "os conselhos profissionais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que atuam em colaboração com o Poder Público"

Segundo a pasta, essa determinação mantém a autonomia dos conselhos e traz uma segurança jurídica para a Administração Pública, para os próprios Conselhos e para a sociedade.

Já a outra indicação da proposta enviada por Guedes à Câmara diz: "a lei não estabelecerá limites ao exercício de atividades profissional ou obrigação de inscrição em conselho profissional sem que a ausência de regulação caracterize risco de dano concreto à vida, à saúde, à segurança ou à ordem social".

Segundo o ministério, a proposta está em linha com o texto constitucional no artigo 5 inciso 13 - "é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer". A pasta também diz que a lei já estabelece os critérios quando necessários ao exercício profissional.

Por fim, o Ministério indicou que o assunto que esta no início da tramitação e vai ser debatido no Congresso Nacional, "um espaço plural onde as medidas são tratadas".

Outro trecho de conversas entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol mostra que o apresentador Fausto Silva deu conselhos para a força-tarefa da Lava Jato e cumprimentou o trabalho dos procuradores.  É o que diz reportagem publicada pela revista Veja, nesta sexta-feira (5), em parceria com o jornal The Intercept, que iniciou a divulgação das conversas no último dia 9. 

Segundo a matéria, Moro fez um relato a Dallagnol pontuando que Faustão recomendou que os procuradores usassem uma linguagem mais simples nas entrevistas. 

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“Ele disse que vcs [sic] nas entrevistas ou nas coletivas precisam usar uma linguagem mais simples. Para todo mundo entender. Para o povão. Conselho de quem está há 28 anos na TV”, escreveu para Deltan Dallagnol o atual ministro da Justiça e Segurança Pública. Questionado pela revista, Fausto Silva confirmou o teor da conversa.

Já o ministério da Justiça e Segurança Pública disse, em nota, que Sérgio Moro "não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente e que configuram violação da privacidade de agentes da lei com o objetivo de anular condenações criminais e impedir novas investigações”. 

Ainda de acordo com a reportagem, Moro também recomendou que o Ministério Público Federal (MPF) não fechasse um acordo de delação premiada com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), preso desde 2016.

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O advogado-geral da União, André Mendonça, disse nesta quinta-feira (13) que o governo trabalha com a possibilidade de manter cerca de 100 entre as centenas de conselhos ligados à administração pública federal que preveem a participação da sociedade civil na formulação de políticas públicas.

A informação foi dada por Mendonça na saída do Supremo Tribunal Federal (STF), após julgamento em que o plenário da Corte vetou a extinção de conselhos e outros tipos de colegiados cuja existência conste em lei, mas permitiu a extinção pelo governo de todos os colegiados criados por decreto e não mencionados em lei.

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“O que nós temos de informação é que há mais de uma centena de conselhos que foram instituídos por decretos e serão mantidos. Está em uma análise ainda, ainda há uma definição se é uma manutenção plena, se é uma questão de fusão entre um e outro, conforme a situação”, disse Mendonça.

Segundo o AGU, o número exato dos conselhos que devem ser mantidos será fixado pela Casa Civil, onde estão sendo analisados os pedidos pela manutenção dos órgãos. De acordo com informação dada por Mendonça durante o julgamento, ao todo, os ministérios encaminharam 303 solicitações pela manutenção de colegiados que consideram essenciais.

A partir dos pedidos feitos pelos ministérios, a Casa Civil fará “uma análise técnica a respeito da necessidade e da oportunidade, alguns conselhos permanecerão como estão, outros podem ser redimensionados, alguns fundidos”, disse Mendonça.

Ainda não há uma lista ou um número exato de conselhos, comitês, comissões, grupos e outros tipos de colegiados ligados à administração pública federal que devem ser desfeitos. Segundo Mendonça, em torno de 90% desses colegiados não constam em lei e podem ser extintos.

Ainda segundo informações dadas pelo advogado da União durante o julgamento, existem hoje 2.593 conselhos consultivos ligados à administração pública no geral, de acordo com levantamento da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, marcou para o dia 12 de junho o julgamento de uma ação do PT que contesta decreto do presidente Jair Bolsonaro que extinguiu conselhos da administração pública federal. O PT alega que criação e extinção de órgãos da administração pública são matéria exclusiva de lei, de iniciativa do Congresso.

Esta será a primeira vez que o plenário do STF vai se debruçar sobre a validade de uma medida do governo Bolsonaro. Levantamento feito pelo Estadão/Broadcast aponta que o STF já foi acionado ao menos 33 vezes em processos que contestam iniciativas da administração de Bolsonaro.

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O relator da ação do PT é o ministro Marco Aurélio Mello, que decidiu submeter o pedido de medida liminar contra o decreto ao plenário, ao invés de decidir de forma monocrática (individual).

O decreto assinado pelo presidente que extingue órgãos colegiados da administração federal pode acabar com até 30 conselhos e comissões de participação e controle social em áreas como erradicação do trabalho escravo e pessoa com deficiência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A deputada estadual por São Paulo Janaina Paschoal (PSL) recorreu, nesta quarta-feira (15), à sua conta oficial no Twitter para afirmar que os protestos marcados para acontecer no país hoje não são para combater os cortes na educação ou a reforma da Previdência, mas têm a finalidade de derrubar o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Baseando-se neste pensamento, a parlamentar, que foi autora do processo que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), fez questão de aconselhar o presidente e seus aliados.

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“Peço a Bolsonaro que pare de ouvir Olavo. Ele tem uma obra incrível, mas a obra não se confunde com o autor. Peço a Bolsonaro que pare de ouvir os próprios filhos. Siga amando seus filhos, mas os afaste, por favor”, cravou, em publicação no microblog.

“Muitos querem derrubar Bolsonaro, mas não somos nós! Nós enfrentamos todos os riscos para dar uma chance ao país. Bolsonaro, reflita! Eu nunca menti para o Sr! O Sr sabe!”, acrescentou a deputada, que chegou a ser convidada, em 2018, para ser vice do atual presidente.

Aos aliados de Jair Bolsonaro, Janaina também foi direta. “Peço, encarecidamente, àqueles que ajudaram a elegê-lo que parem de brigar entre si. É isso que eles querem. É assim que se fortalecem. Parem de brigar internamente! A briga com os verdadeiros opositores (que estão unidos) está só começando!”, ressaltou.

“Afastem as teorias da conspiração da mente... Não houve um único grupo (ou pessoa) responsável pela vitória de Bolsonaro. Houve um povo cansado que se uniu e abraçou nossa única alternativa naquele momento. Caiam na real!”, complementou.

Crítica a Fernando Henrique Cardoso

Pouco antes de dar os conselhos, a deputada mais votada do país nas últimas eleições também desferiu críticas contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por já ter ponderado diversas vezes a possibilidade de impeachment de Jair Bolsonaro.

“Muito curioso, quando eu pedi o impeachment de Dilma Rousseff, com base em crimes graves, fartamente demonstrados, FHC saiu em defesa da ex-Presidente, diminuiu minha denúncia, mesmo confessando não ter lido... depois, serviu como testemunha de defesa de Lula em vários processos”, contou.

“Agora, no nascedouro do governo Bolsonaro, ele diz aos sindicalistas, que o impeachment pode ser inevitável. E ainda tem quem diga que FHC era o líder da oposição ao PT!? FHC é o mais letrado dos petistas!”, emendou alfinetando.

Após afirmar que o PSL está cada vez mais parecido com o PT e exigir a demissão do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, por ameaçar uma deputada federal, a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL) disse estar recebendo conselhos para se limitar as atividades de parlamentar em São Paulo e expôr sua opinião sobre outros assuntos da conjuntura nacional.

Em publicação no Twitter, Janaína disse que recebia “os conselhos” com humildade, mas garantiu que seguirá trabalhando. “Só gostaria de lembrar duas coisinhas: 1- Se eu tivesse ficado no meu devido lugar, quando ainda nem era ‘apenas uma deputada estadual’, o PT estaria no poder. 2- Os aplausos reiterados levaram Lula à prisão!”, argumentou.

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“Então, sob as costumeiras pedradas, seguirei trabalhando (como sempre trabalhei) pelos netos de todos! E não faço isso por ser uma deputada estadual, faço isso por ser uma cidadã brasileira! Cidadã é o maior título que uma pessoa pode ter. Pensem nisso!”, acrescentou.

A agora deputada estadual pelo PSL ficou conhecida no país por ter sido uma das autoras do pedido que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ela, inclusive, foi a parlamentar mais votada do país em outubro de 2018.

Janaína disse que as mensagens “apontando que deveria limitar” ao seu “devido lugar” e destacando que ela é “apenas uma Deputada Estadual” iniciaram no último sábado (13). O dia que nas redes sociais ela expôs as contestações partidárias e ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, se posicionou sobre a extinção de conselhos de direitos, divulgada no Diário Oficial dessa sexta-feira (12).

De acordo com a parlamentar, “A extinção dos conselhos representa a linha política do governo: autoritário, de afastamento da população dos debates”. Hoffmann expressou sua opinião no seu perfil oficial no Twitter.

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“Fere a Constituição, que prevê a participação e fiscalização popular para as políticas públicas”, pontuou a petista. Além dela, outras associações emitiram nota de repúdio sobre o assunto.

Gleisi ainda mencionou a causa social e lembrou da luta da população por direitos. “A ideia é sufocar os movimentos sociais para retirar direitos do povo”, finalizou a deputada.

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos, ABGLT repudiou a extinção de conselhos de direitos determinada pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada nesta sexta-feira (12) no Diário Oficial.

Através de uma nota, a ABGLT afirmou que “os conselhos são instrumentos importantes, conquistados pela luta da sociedade civil organizada e garantida na Constituição Brasileira, extingui-los é a expressão da perseguição aos movimentos sociais e o impedimento da participação e fiscalização dos cidadãos. Bolsonaro se nega a ouvir a população na construção de políticas públicas e rechaça a participação popular”.

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Ainda de acordo com a nota, os primeiros cem dias de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) foram seguidos de retrocessos para o Estado Brasileiro e em especial aos direitos da população LGBTI.

O grupo cita “a extinção da SECADI (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão), órgão do MEC responsável pela promoção de ações transversais; Fim das campanhas específicas de prevenção às IST/Aids; o ataque a laicidade do Estado com as diversas declarações do próprio presidente e da sua Ministra Damares; A posição da Advocacia Geral da União (AGU), na votação no STF se colocando contrária a criminalização da LGBTfobia e agora a extinção da participação e controle social”.

A Associação também acredita que a bancada de oposição na Câmara vai se opor através de Projeto de Decreto Legislativo para tentar sustar a validade do “descalabro” cometido por Bolsonaro.

“Apoiamos esta iniciativa e vamos nos mobilizar para garantir sua aprovação. A ABGLT segue firme denunciando os ataques deste governo as nossas vidas e existência e não abrirá mão de continuar denunciando o golpe, os conservadores e os fascistas, e como já afirmamos em outras posições públicas seguiremos no processo que vimos construindo desde o Fórum Social Mundial de 2018, chamando as entidades combativas do movimento LGBTI brasileiro a se somarem numa ampla frente de luta para combater todas as medidas do governo Bolsonaro que afrontem nossos direitos!”, finalizou.

A procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, enviou nesta sexta-feira, 8, ofício em que pede esclarecimentos sobre o funcionamento de 12 conselhos e comitês e uma comissão ligados ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), comandado pela ministra Damares Alves. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), também nesta sexta, fez pedido semelhante, enquanto se prepara para uma reunião em que discutirá a participação social no governo.

A pasta concentra o maior número de casos de paralisação e esvaziamento de órgãos de participação da sociedade civil, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo em reportagem na segunda-feira, 4. Houve também a extinção de conselhos e alteração nas regras de representatividade de instâncias ligadas aos ministérios da Cidadania e Agricultura.

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No documento, a procuradora solicita que o MMFDH informe as datas de reuniões em todos os órgãos colegiados ligados ao ministério, e comprove a realização das atividades. A ministra tem 10 dias para responder ao ofício. Para justificar o pedido, ela considera "a importância dos instrumentos de participação cidadã no controle e implementação das políticas públicas e os mecanismos democráticos de consulta e deliberação social, desenvolvidos pelos conselhos, comissões e comitês".

Não é a primeira vez que a procuradoria federal pede esclarecimentos sobre o funcionamento de órgãos de participação social no governo de Jair Bolsonaro. Em janeiro, a PFDC encaminhou um pedido de informações ao ministro da Cidadania, Osmar Terra, para esclarecer a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Responsável por formular e implementar políticas e programas para garantir alimentação adequada no País, o órgão perdeu suas atribuições com a primeira Medida Provisória publicada pelo governo, que implantou a nova estrutura do ministeriado.

O CNDH também pediu informações sobre todos os órgãos colegiados ligados ao MMFDH. "Atenção às datas de realizações das próximas reuniões e nomeações de conselheiras e conselheiros pendentes", ressaltou o conselho.

A reportagem apurou que metade dos colegiados na estrutura do ministério de Damares estão travados. O problema mais comum é a paralisação de nomeações já aprovadas pelos órgãos. Em nota oficial sobre a participação da sociedade civil, o MMFH também deixou de citar instâncias formalmente vinculadas à sua estrutura por força de medida provisória.

Ao Estado, na ocasião, o MMFDH afirmou que os processos de nomeação e recondução de conselheiros estão em análise pela consultoria jurídica da pasta, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU). Já sobre o Consea, o Ministério da Cidadania respondeu que o órgão foi extinto, mas suas competências foram mantidas em outros órgãos.

A falta de diversidade é o maior desafio nos conselhos de administração das maiores empresas do Brasil, segundo estudo feito pela consultoria SpencerStuart. O levantamento, que compara a realidade das companhias brasileiras a empresas de outros 20 países, mostra que a participação de mulheres como titulares e suplentes de conselhos não chega a 10% no País.

O presidente da SpencerStuart no Brasil, Fernando Carneiro, diz que há iniciativas para promover a diversidade, principalmente de gênero, mas elas são dificultadas pelo predomínio de profissionais de áreas em que a presença feminina é menor, como a financeira, e a exigência de experiência. "Há uma inércia negativa nessa questão da experiência que precisamos superar", disse o executivo ao Estadão/Broadcast.

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O estudo, que analisou 187 empresas listadas em Bolsa, mostrou que a presença de mulheres nos conselhos de administração aumentou 15% em 2017, em relação ao ano anterior. Apesar disso, o País tem apenas dez mulheres presidentes de conselho e a participação feminina - 9,4% - é equivalente a menos da metade da média internacional, de 24,1%.

No quesito nacionalidade, o levantamento revela que apenas um terço das empresas tem estrangeiros nessas vagas. Eles representam 8,3% do total de conselheiros no País e 14% dos novos indicados no ano passado. Em outros países, a média é de 27%. "A próxima discussão é a diversidade étnica. Nesse ponto, o Brasil também tem muito a melhorar", diz Carneiro.

A mudança de hábitos, porém, encontra obstáculos. Segundo a copresidente da organização Women Corporate Directors (WCD), Leila Loria, a meta é que todos os recrutadores assumam o compromisso de incluir ao menos uma mulher entre os indicados. Embora as companhias não sejam mais explícitas em relação a preconceitos, Leila diz que elas "recebem uma lista, só escolhem homens e não sabem verbalizar razões".

Mentores

Para superar essas barreiras, o WCD e o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) desenvolveram um programa de monitoria para conselheiras, que já está na terceira turma. Alguns dos principais conselheiros do País, como Pedro Passos, Raul Calfat e Fábio Barbosa, dedicam seu tempo para preparar as 27 selecionadas entre 127 inscritas.

O interesse foi grande: na última seleção, foi preciso abrir vagas extras. "Escolhemos homens como monitores de propósito. Queremos que eles sejam agentes de mudança", conta a copresidente da WCD. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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