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O ex-presidente Donald Trump, grande favorito para vencer a disputa republicana para disputar as eleições presidenciais de 2024, comparece nesta quinta-feira (3) a um tribunal de Washington depois de ter sido acusado de conspiração para tentar reverter o resultado da votação de 2020.

Em um texto de 45 páginas publicado na terça-feira, o promotor especial Jack Smith acusou Trump de minar as bases da democracia americana ao tentar alterar a apuração dos votos nas eleições presidenciais, um indiciamento sem precedentes e particularmente grave considerando que ele era o presidente em exercício no momento.

As outras acusações criminais apresentadas contra ele este ano, uma por fraude contábil após o pagamento de dinheiro a uma atriz pornô para comprar seu silêncio e outra por ter colocado em perigo a segurança nacional com a gestão negligente de documentos confidenciais, correspondem a um período anterior e posterior a seu mandato.

O tribunal onde serão lidas as acusações fica perto do Capitólio, a sede do Congresso dos Estados Unidos, que foi atacado por centenas de partidários de Donald Trump em 6 de janeiro de 2021 em uma tentativa de impedir a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

O ataque foi "incentivado pelas mentiras" que o acusado divulgou durante meses sobre uma suposta fraude eleitoral a favor de Joe Biden, declarou Smith depois de anunciar o indiciamento.

A audiência está prevista para as 16H00 locais (17H00 de Brasília). As câmeras e os veículos de dezenas de meios de comunicação já foram posicionados diante do tribunal.

- Mais apoio do que nunca -

O promotor afirmou na terça-feira que deseja um "julgamento sem demora", o que significa que poderia coincidir com a campanha das eleições presidenciais de 2024, e talvez com Trump como candidato. No momento, ele é o grande favorito das primárias republicanas.

Até o momento, o impacto da nova acusação para sua candidatura é desconhecido.

O ex-presidente já denunciou uma "caça às bruxas", uma nova "interferência eleitoral" e o "uso político" da justiça para impedir sua candidatura. E insiste, sem apresentar qualquer prova, que uma "fraude" ocorreu nas eleições 2020.

Na quarta-feira, ele se mostrou combativo ao afirmar que "nunca antes tive tanto apoio", em uma mensagem publicada em sua plataforma Truth Social.

Segundo ele, a acusação "revelou ao mundo a corrupção, o escândalo e o fracasso que aconteceram nos Estados Unidos durante os últimos três anos", sob o mandato de seu sucessor.

Apesar dos problemas judiciais, Trump conta com a lealdade de um amplo setor de seu partido. Ele mantém uma vantagem considerável nas pesquisas para a indicação republicana, muito à frente do rival mais próximo, o governador da Flórida, Ron DeSantis.

E esta pode não ser sua última dor de cabeça judicial. A Promotoria da Geórgia também investiga se Trump tentou alterar ilegalmente o resultado das eleições de 2020 no estado do sul do país.

Oficialmente atuante no cenário político com a filiação ao Podemos após a ida de Sergio Moro, nessa quarta-feira (16), o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, rebateu Lula (PT) e afirmou que o ex-presidente não está preparado para reassumir o Planalto. 

Em mais uma posição alinhada ao ex-juiz, que tenta ampliar suas intenções de voto à Presidência, Dallagnol indicou que Lula ainda recarrega um pensamento retrógrado e propaga teorias delirantes por não ter explicação para os desvios na Petrobras no seu governo.

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Em seu perfil no Twitter, o ex-integrante da linha de frente da Lava Jato e agora cotado a um cargo eletivo em 2022, Deltan compartilhou um vídeo de Sergio Moro (Podemos) em que desafia Lula a expor a teoria de envolvimento dos Estados Unidos na sua prisão ao atual presidente Joe Biden, que era vice de Obama na época da operação. 

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Considerado ameaça doméstica de terrorismo nos Estados Unidos pelo potencial de incentivar violência por parte de extremistas, o movimento QAnon (sigla para "Q Anônimo") foi adaptado ao Brasil e ganha adeptos entre radicais nacionais. A versão brasileira da teoria da conspiração criada pela extrema-direita americana tem sido cultivada em fóruns bolsonaristas e alimenta campanhas de "fake news".

São alvos dessas campanhas ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e mesmo estratégias sanitárias na pandemia, como o uso de máscaras de proteção e "termômetros de testa".

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Em síntese, os adeptos do QAnon acreditam que o presidente Donald Trump foi escolhido por um exército secreto para uma batalha contra governantes ocultos do mundo. É um herói patriota que aceitou enfrentar uma rede de tráfico humano e pedofilia que envolve desde políticos da esquerda e atores de Hollywood até o Vaticano e o bilionário húngaro George Soros.

A origem do movimento é obscura. Os adeptos seguem um anônimo que se identifica como "Q" para lançar mensagens cifradas em um fórum da deep web - parte da internet escondida de ferramentas de busca para preservação do anonimato.

A fonte primária da teoria jamais fez qualquer menção a Bolsonaro, mas apoiadores do presidente trataram de incluir o brasileiro entre os líderes mundiais escolhidos pelo "Q" para "salvar o mundo".

Em abril deste ano, por exemplo, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, postou nas redes uma foto ao lado do pai e dos irmãos comendo milho. Para adeptos do movimento QAnon, mais do que uma mera reunião de família, a imagem era uma prova de que Bolsonaro é o escolhido. Dias antes, o "Q" havia publicado a cena de uma plantação de milho. "Junte as peças do quebra-cabeça", dizia a mensagem postada pelo perfil "Revelação Total".

Levantamento do Estadão identificou que, nos últimos 12 meses, ideias do movimento foram propagadas em páginas, grupos e canais de Facebook e YouTube que, juntos, somam cerca de 1,7 milhão de seguidores ou membros. Por meio da ferramenta CrowdTangle, a pesquisa considerou apenas as publicações em português. São contas que permanecem no ar, apesar das remoções de grupos de adeptos da QAnon anunciadas recentemente pelas plataformas.

Os "conspiracionistas" não estão restritos ao anonimato da internet. No ato de 21 de junho, na Esplanada dos Ministérios, apoiadores de Bolsonaro levaram cartazes ostentando a letra "Q" e também "wwg1wga", sigla que identifica o movimento e representa em inglês a frase "onde vai um vamos todos".

Outra manifestante carregava os dizeres "Pizzagate é real", em referência à conspiração que serviu de gatilho ao QAnon. Em 2016, trumpistas inventaram que Hillary Clinton, então adversária de Trump nas eleições americanas, e seus principais auxiliares controlavam um esquema de tráfico de crianças de dentro de uma pizzaria, em Washington. Influenciado pela farsa, um homem foi ao local e disparou uma metralhadora.

O crescimento no território americano acendeu um alerta. Relatório do FBI que veio a público em agosto de 2019 apontou que ideias como as do QAnon "muito provavelmente" cresceriam e levariam grupos e indivíduos extremistas a cometer atos criminosos ou violentos". A agência classificou o movimento como potencial ameaça interna de terrorismo.

Ataques

Integrantes do STF são alvos recorrentes dos fóruns conspiratórios no Facebook com informações caluniosas. Publicações buscaram ligar ministros a "orgias com garotas" organizadas pelo médium conhecido como João de Deus, sustentam que a força de Trump é capaz de influenciar decisões do Supremo e insinuam que o Judiciário conspira contra Bolsonaro.

Entre as páginas que reproduzem conteúdo QAnon estão algumas que se apresentam como "Aliança com o Brasil", "Brasil Acima de Tudo" e "Bolsonaro direitista". Em vídeos com "explicações" sobre a teoria é comum a defesa da "hidroxibolsonaro" no combate à covid-19. As páginas costumam ser mantidas por perfis falsos ou apócrifos.

A reportagem pediu entrevistas a quatro pessoas que são identificadas nas redes sociais como referências ao QAnon no Brasil, mas não obteve resposta. Em seus perfis, eles alegam que a "mídia mainstream" trabalha contra a "verdade secreta".

O movimento é político, mas não só. Reportagem de junho da revista The Atlantic classificou o fenômeno como "uma nova religião". No Brasil, o QAnon é disseminado em grupos que discutem temas esotéricos e místicos.

O psicanalista e professor da Universidade de São Paulo (USP) Christian Dunker afirma que teorias conspiratórias buscam a simplificação de fenômenos que as pessoas não conseguem explicar com o repertório que detêm. "A paranoia resolve as coisas porque ela vai dizer que existe um plano maior, um sentido. E diz indiretamente para a pessoa que ela é muito importante porque passou a saber que o mundo se divide, por exemplo, no combate entre as trevas e o bem. Esse efeito de relevância, de protagonismo, é muito tentador", disse o psicanalista.

Plataformas removem páginas ligadas a grupo

O Facebook informou, em nota enviada ao Estadão, agir constantemente contra grupos e páginas ligadas ao movimento QAnon e que violam as políticas da empresa. "Esses movimentos, no entanto, evoluem com rapidez, o que exige de nós um esforço contínuo. Portanto, seguiremos o tema de perto, estudando símbolos e terminologias e avaliando os próximos passos para manter a nossa comunidade segura", diz a nota.

A plataforma afirmou que no dia 19 deste mês removeu 790 grupos e 100 páginas ligados ao movimento.

‘Condutas violentas’. A rede conspiratória, porém, não foi banida da plataforma. A derrubada afetou somente contas que "celebravam condutas violentas, mostravam armas de fogo, sugeriram usá-las ou tinham seguidores com padrões comportamentais violentos".

Já o YouTube declarou que desde que atualizou sua política de discurso de ódio, em junho de 2019, removeu "dezenas de milhares" de vídeos relacionados ao QAnon e encerrou "centenas" de canais com conteúdo sobre o tema por violarem diretrizes de comunidade.

"Além disso, quando os usuários vêm ao YouTube e pesquisam tópicos sujeitos a desinformação, fornecemos contexto adicional e destacamos vídeos de especialistas ou fontes de notícias confiáveis." Procurado, o Palácio do Planalto não se manifestou. 

Nesta quarta-feira (12), um objeto voador não identificado foi visto pairando sobre Magé, no estado do Rio de Janeiro. Há vídeos, teorias da conspiração, memes e muita gente dizendo se tratar de ETs em terras tupiniquins.

Na madrugada desta quarta-feira (13), residentes de Magé, que fica na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, perceberam algo muito estranho "observando" a cidade do céu.

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Confira o vídeo do OVNI, que está dando o que falar no Twitter.

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O "disco voador" tirou o sono de muita gente, e acabou levando "OVNI" para o topo dos assuntos mais comentados no Twitter com uma enxurrada de memes hilários. Já eram mais de 40 mil tweets até a publicação desta matéria.

Da Sputnik Brasil

Um estrondo diferente no céu assustou Aragarças, uma cidadela de garimpeiros e pescadores na beira do Rio Araguaia, em Goiás. Há 60 anos, na manhã de 3 de dezembro de 1959, Acendina de Souza Santos, hoje com 88 anos, correu para fora de casa. Ela viu a aterrissagem de um Constellation, um longo avião de passageiros no formato de um golfinho, na pista de pouso do aeródromo municipal, onde antes só tinham descido os pequenos Douglas C-47, da rota do Correio Aéreo Nacional.

O "bichão" da extinta Panair decolou do Aeroporto do Galeão, no Rio, com destino a Belém, com 38 passageiros e oito tripulantes. Na altura de Barreiras, na Bahia, um militar da Aeronáutica mandou o piloto desviar para a cidade goiana. Outros quatro aviões de menor porte também tomados pelos revoltosos chegaram a Aragarças. Era o primeiro sequestro de avião no Brasil e uma conspiração contra o governo Juscelino Kubitschek iniciada ainda no dia 2, pelos tenentes-coronéis da Aeronáutica Haroldo Coimbra Veloso e João Paulo Moreira Burnier.

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Os passageiros foram levados para o Grande Hotel, o único do município, e os revoltosos montaram ali mesmo, na pista de pouso, a resistência. Tonéis de combustíveis e galhos foram espalhados na pista para impedir a descida de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) enviados pelo governo. O Revoltoso do Veloso, como o movimento ficou conhecido na cidade, durou pouco. Líderes do movimento não esperaram a reação e seguiram no Constellation para Buenos Aires. No terceiro dia da revolta, paraquedistas do Exército desceram no aeródromo e estraçalharam a cauda de um dos pequenos aviões dos revoltosos que retornavam de um voo de inspeção em Mato Grosso. Os tonéis de combustíveis foram bombardeados.

Jacareacanga

O levante começou a ser articulado em 1957, quando Juscelino atraía a atenção do País para o canteiro de obras de Brasília. Os conspiradores eram veteranos de outra revolta, a de Jacareacanga, em 1956. Foram anistiados por Juscelino, mas tentaram outra vez derrubar o presidente. Veloso e Burnier eram da geração da Aeronáutica que se deslumbrou com a política e não parou de sonhar com golpes a partir da República do Galeão, uma sindicância para investigar a morte do major Rubens Vaz, em 1954, que acabou em crise política e no suicídio do presidente Getúlio Vargas.

Em Aragarças, o objetivo dos militares da FAB era iniciar um movimento "revolucionário" para afastar do poder "corruptos" e pessoas ligadas ao "comunismo internacional". Os ataques da reação aos revoltosos marcaram a memória de Aragarças, então uma cidade de 2,5 mil moradores. Sentada numa cadeira de balanço na frente de sua casa, Acendina relatou que a fumaça das explosões ficou semanas no céu. "Dizem que não morreu gente, mas cheiro de carne assada tinha muito. Eles não falam", disse ela. "Trancaram tudo, interromperam a comunicação de telegrama na cidade. Eu fui muitas vezes num tenente amigo da gente para dizer: 'Tenente, pelo amor de Deus! Fala o que está acontecendo'. Eu queria deixar meus filhos vivos."

Fogo

O marido de Acendina era funcionário da Fundação Brasil Central (FBC), órgão público criado para estimular a colonização de áreas remotas do País. Uma cena que marcou a moradora foi a de um homem - que trabalhava junto com seu marido na FBC - despencando de um avião em movimento no momento em que ele tentava pousar no aeroporto em chamas. Ela contou que, quando os aviões pequenos tomados pelos revoltosos estavam prestes a pousar, forças do governo atearam fogo em galões de combustível na pista. "Um senhor moreno caiu do avião. Ele estava operado, os pontos abriram. Entraram lá em casa, cheio de sangue, pedindo socorro. O que estava com a ferida aberta era funcionário da fundação, um morenão alto", recordou. "A gente deu água para ele limpar o sangue."

O pesquisador Claudemiro Souza Luz, de 79 anos, estudava no curso de radiotelegrafista da FBC, em Aragarças, quando o Revoltoso do Veloso foi deflagrado. Segundo ele, a escolha da cidade na divisa com Mato Grosso como QG do movimento se deu porque o líder era conhecedor da região. "Haroldo Veloso era piloto do Correio Aéreo Nacional e fazia muitas escaladas em Aragarças", disse. "Ele tinha uma relação íntima com os moradores, participava dos nossos carnavais, que eram os melhores do Araguaia", afirmou o pesquisador, autor do livro Cidade de Aragarças, cinquenta anos da Revolta Veloso, de 2009. "A revolta durou pouco tempo, mas o suficiente para colocar a cidade no Brasil e no mundo."

Destinos

Os líderes da revolta de Aragarças ainda estiveram juntos no apoio ao movimento golpista que, em 1964, derrubou o governo João Goulart. Ao longo da ditadura, Haroldo Coimbra Veloso e João Paulo Moreira Burnier, porém, seguiram rumos diferentes. Em 1966, Veloso se candidatou a deputado federal pela Arena do Pará. Dois anos depois, organizou uma marcha de defesa do então prefeito de Santarém, Elias Pinto, do oposicionista MDB, que sofria processo de cassação pelo regime militar. Durante a marcha, um policial atirou na virilha de Veloso. Ao saber que o velho companheiro agonizava na cidade remota da margem do Rio Amazonas, Burnier, já brigadeiro, deslocou um avião do Rio até Santarém para socorrer o amigo. Veloso, no entanto, morreu semanas depois, aos 49 anos, num hospital, como herói da resistência à ditadura que sua geração ajudou a construir ainda no tempo de Getúlio.

Ainda em 1968, Burnier atuava na seção de informações da Aeronáutica quando se envolveu no caso Para-Sar, uma operação que, segundo o capitão-aviador Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, o Sérgio Macaco, tinha o objetivo de eliminar adversários da ditadura. Em 1971, estava num grupo da Aeronáutica que foi afastado em meio às investigações sobre a tortura e morte do estudante Stuart Angel Jones, filho da estilista Zuzu Angel, na Base Aérea do Galeão. Burnier morreu em 2000, aos 80 anos. Ele personalizava um dos tantos ciclos de autoritarismo e conspiração da história brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) afirmou que a Operação Lava Jato está sofrendo ataques arquitetados pelos três Poderes da República, especialmente do Supremo Tribunal Federal (STF). Na opinião do senador, a força-tarefa nunca esteve tão ameaçada, nem sofreu tantos retrocessos como no atual governo, quando comparado aos anteriores.

"Eu tenho desenhado a conspiração contra a Lava Jato num tabuleiro em que várias peças se movem por mãos que arquitetam o golpe contra a Operação Lava Jato. Essas peças se movem no âmbito do Executivo, no âmbito do Legislativo e do Judiciário, especialmente do Supremo Tribunal Federal. No Legislativo, o absurdo da Lei de Abuso de Autoridade", declarou Dias.

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"Nós estamos assistindo a retrocessos imperdoáveis. Eu afirmei, há poucos dias – e reitero aqui –, que a Operação Lava Jato, surpreendentemente, estava mais sustentada pelas instituições, especialmente no Poder Executivo, no período em que Michel Temer governava o País e era denunciado, por duas vezes, pela Procuradoria-Geral da República, obrigando-o a se envolver com a Câmara dos Deputados para evitar o seu impeachment. Mesmo nesse cenário, a Operação Lava Jato tinha mais suporte oficial. Hoje ela sofre ataques de todos os lados", emendou.

De acordo com o senador, a Lava Jato é um símbolo do combate à corrupção no Brasil e conta com total apoio da sociedade. Por sua relevância, a força-tarefa deveria ser institucionalizada como uma política permanente de Estado, defendeu.

"É bom dizer sempre que, quando se fala em Operação Lava Jato, não se procura excluir as demais operações. Fala-se no símbolo do combate à corrupção, mas o objetivo é amplo, seu alcance é maior: é o de chegar a esse movimento que há, no Brasil, das pessoas de bem exigindo um combate verdadeiro e implacável à corrupção, em todos os campos", reforçou.

*Com informações da Agência Senado

O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), afirmou que não conspirou contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), enquanto ela respondia ao processo de impeachment no Congresso Nacional e ele era o vice. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Temer disse que trabalhou para que os pedidos de impedimento da petista fossem arquivados. 

"Conspiração alguma. Em uma certa ocasião eu até conversei com a ex-presidente, que pode testemunhar isso, dizendo que os pedidos de impedimento, e eu trabalhei nisso, seriam todos arquivados. Comuniquei isso a ela numa tarde no Palácio da Alvorada. Até disse: a senhora pode dormir tranquila. Depois, por eventos de natureza política, não foi possível evitar a deflagração do impedimento. Sempre trabalhei para evitar", observou. 

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Quem acatou o pedido que culminaria no impeachment da ex-presidente foi o então presidente da Câmara e aliado de Temer, Eduardo Cunha (MDB), hoje preso e condenado na Lava Jato. Aliados de Dilma classificaram o processo como um “golpe”, acusando Temer de ter tramado contra Dilma. 

O ex-presidente, contudo, disse na entrevista que, se pudesse, teria evitado um ato que considera "traumático". "Eu até torci, quando começou o impeachment da senhora ex-presidente, para que não acontecesse nada. Sempre achei que o impedimento, embora previsto na Constituição, é traumático”, declarou. 

“Impeachment não é julgamento jurídico. No julgamento político o juiz não tem que se pautar por provas. É juízo político, de conveniência, não jurisdicional. A regração constitucional foi obedecida. Se você me disser: mas você se sentiu confortável?Aprendi muito cedo que você tem que exercer adequadamente o papel que a vida te entrega. Confesso que se pudesse ter evitado, eu evitaria", emendou Temer.

O emedebista ainda aproveitou para defender o semipresidencialismo, fechando, assim, as brechas para o impeachment.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quarta-feira, 12, um suposto plano dos Estados Unidos para derrubá-lo, até mesmo assassiná-lo, e justificar uma intervenção estrangeira. O chavista disse que os governos de Brasil e Colômbia também estariam participando do complô.

"Chegou a nós uma boa informação. John Bolton (assessor de Segurança Nacional dos EUA), desesperado, designando missões para provocações militares na fronteira", disse Maduro. Segundo ele, essas instruções foram transmitidas ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, capitão da reserva do Exército.

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Bolton e Bolsonaro se reuniram no dia 29, no Rio de Janeiro, no primeiro encontro de alto nível entre o governo de Donald Trump e o presidente eleito. "As forças do Brasil querem paz. Ninguém no Brasil quer que o futuro governo de Jair Bolsonaro se meta em uma aventura militar contra o povo da Venezuela", disse Maduro em uma entrevista para jornalistas estrangeiros.

Em novembro, em um discurso Miami, Bolton descreveu a Venezuela - ao lado de Cuba e Nicarágua - como "troica da tirania" e prometeu que o governo americano empreenderia "ações diretas contra esses três regimes" para defender a liberdade na América Latina.

Maduro disse que Bolton foi designado para "levar a violência à Venezuela, buscar uma intervenção militar estrangeira, um golpe de Estado, assassinar o presidente e impor o que chamam de um conselho de governo transitório". O governo socialista venezuelano repetidamente acusa Washington de orquestrar um complô para derrubá-lo.

Bolton, segundo Maduro, estaria mantendo contato com setores da "ultradireita" da Venezuela e converteu a Colômbia em uma base de operações dos supostos planos desestabilizadores. "O governo da Colômbia, de Iván Duque, é cúmplice do plano de Bolton para trazer a violência a nosso país", disse Maduro.

O líder venezuelano afirmou que, como parte do plano para agredir a Venezuela, pelo menos 734 mercenários colombianos e venezuelanos estariam treinando na Colômbia para preparar a simulação de uma agressão de militares venezuelanos na fronteira.

Apesar do aumento das tensões, Maduro manifestou sua disposição de se reunir com Trump. "Se ele decidir mudar sua política e iniciar um diálogo com a Venezuela, estou à disposição, onde ele quiser, quando ele quiser e como ele quiser, para apertar sua mão e dialogar sobre as questões que temos de negociar", afirmou.

Em nota, o governo colombiano rejeitou na quarta-feira as declarações de Maduro. "A Colômbia respeita o direito internacional e os costumes e princípios que regem as relações internacionais", afirmou o texto da chancelaria. "Exigimos que Maduro respeite o presidente (Iván) Duque." (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Cristovam Buarque (PPS) afirmou, nesta quinta-feira (1º), se o juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato em primeira instância, aceitar ser ministro no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) vai prevalecer a tese de que houve “conspiração” na condução dos trabalhos judiciais da investigação que apura um esquema de corrupção na Petrobras.

Buarque lembrou que Moro foi responsável pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos crimes de corrupção de lavagem de dinheiro, o que, confirmado em segunda instância, enquadrou o petista na Lei da Ficha Limpa o deixando impedido de concorrer à Presidência. Segundo pesquisas de intenções de votos no início da campanha, Bolsonaro perdia apenas para Lula.

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“Se Moro vira ministro de um governo que foi eleito porque Lula está preso e PT desmoralizado pela Lava Jato, prevalecerá aqui e no exterior a ‘possible news’ de que houve conspiração”, ressaltou o senador em publicação no Twitter.

Na ótica de Buarque, a manchete nos jornais será “Moro desmoraliza e mata Lava Jato”. “Não se pode ser czar contra corrupção desmoralizando imagem da luta contra corrupção”, reforçou a crítica.

O juiz Sérgio Moro é cotado para assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro ou ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele se reúne hoje com Bolsonaro no Rio de Janeiro para discutir os convites e já deu sinais de que pode aceitar integrar a equipe ministerial.

Uma mulher russa de 29 anos foi presa por conspiração por influenciar a política americana criando laços com grupos políticos, como o lobby das armas National Rifle Association (NRA).

Mariia Butina foi presa em Washington neste domingo, disse em nota o Departamento de Justiça.

Butina foi acusada de atos conspiratórios como agente da Rússia "por desenvolver relações com pessoas americanas e se infiltrar em organizações com influência na política americana", afirma o comunicado.

O texto explica que Butina descumpriu a lei americana por não esclarecer que ela trabalhava para o governo russo.

O Departamento de Justiça disse que Butina tinha laços próximos com um "oficial russo" não identificado. A imprensa aponta que seja o político Alexander Torshin, alto funcionário do Banco Central da Rússia e ex-parlamentar.

Segundo as autoridades americanas, as atividades de Butina eram levadas ao "oficial russo".

Os dois teriam tentado desenvolver relações com políticos americanos para criar um canal paralelo de linhas de comunicação que podia ser "usado pela Federação Russa para penetrar no aparato de tomada de decisões americano".

Entre as relações que Butina teria forjado estão laços com a NRA, uma aliada próxima do partido Republicano.

Em carta enviada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, o petista classifica o processo de impeachment de Dilma Rousseff como "inconstitucional" e fala que a situação é uma "conspiração" para partidos derrotados assumirem o poder. Ele ainda acusa o PSDB de pedir o cancelamento do registro do PT na Justiça para impedi-lo de ser candidato a presidente em 2018. A carta, escrita em espanhol e assinada por Lula com data de 26 de agosto, tem seis páginas e foi publicada por Cristina nessa segunda, 29, em seu site.

No documento, Lula afirma que o processo de impeachment é inconstitucional e completamente arbitrário contra Dilma. Para o petista, a situação é fruto de uma conspiração de partidos derrotados nas últimas eleições com grandes grupos midiáticos e se configura contra as regras democráticas. O petista acusa "as forças conservadoras" de impedir a continuidade de programas sociais do PT.

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"No lugar de assumir a decisão soberana do eleitorado, voltando ao seu trabalho de oposição e se preparando para disputar a próxima eleição presidencial, como sempre havia feito o PT nas eleições que perdeu, os partidos derrotados e os grandes grupos midiáticos se rebelaram contra as próprias regras do regime democrático, começando a sabotar o governo e a conspirar para apoderar-se do poder por meios ilegítimos", diz o texto.

Segundo a carta, os responsáveis pela tentativa de afastar Dilma do poder atacaram o governo, que se esforçava para redefinir a política econômica em 2015, e ainda criaram um "beco sem saída" político e institucional.

O ex-presidente da República repete os argumentos da defesa de Dilma que não há crime de responsabilidade nos atos que ela é acusada e que os procedimentos contábeis contidos na denúncia são idênticos aos adotados por "todos os governos anteriores" e pelo próprio presidente interino Michel Temer nas ocasiões em que substituiu Dilma na Presidência.

Lula aponta ainda que o PSDB, ao apresentar formalmente uma proposta de cancelar o registro do PT, teme que ele possa ser eleito em 2018. "Temem que, em 2018, em eleições livres, o povo brasileiro possa eleger-me presidente da República, para resgatar o projeto democrático e popular."

O ex-presidente fala que a corrupção foi combatida no governo do PT e que denúncias contra "partidos conservadores" são sistematicamente silenciadas e arquivadas. Ele escreve que juízes, fiscais e policiais são obrigados a cumprir a lei, assim como todas as pessoas, e ninguém pode ser publicamente condenado antes da conclusão do devido processo legal. "E menos ainda por meio da fuga deliberada de informações praticada pelas próprias autoridades com fins políticos", complementa Lula.

O petista diz, na carta, que não teme nenhuma investigação e que são "inadmissíveis" a divulgação de conversas telefônicas feitas por ele e o uso das delações premiadas contra ele a troco da liberdade de presos.

Comentando a carta, Cristina Kirchner afirmou em seu site que "qualquer coincidência com o que aconteceu e está acontecendo em nosso país (a Argentina) não é casualidade". Ela acusa que há uma estratégia "dura e pura" na América Latina contra os governos nacionais, populares e democráticos e seus líderes políticos.

Cristina evocou ainda uma mensagem publicada pelo presidente da Bolívia, Evo Morares, na internet. Na segunda-feira, 29, Morales dirigiu-se à Dilma como "irmã" e escreveu em sua conta oficial no Twitter que, com o processo de impeachment no Brasil, "pretendem conter a rebelião de seu povo e expulsar os pobres, negros e mulheres do poder".

O boliviano afirmou ainda que os golpes de Estado atualmente são parlamentares, judiciais e midiáticos. "Aos ex-presidentes de direito, favorecem com um manto de impunidade. Aos presidentes de esquerda, perseguição judicial e punição."

No sábado, 27, outro latino já havia se manifestado defendendo Dilma Rousseff. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o processo de impeachment é uma "ofensa imperialista contra todos os movimentos progressistas, contra a presidente Dilma Rousseff".

A assessoria de Comunicação da vice-presidência divulgou neste domingo (6) na qual descarta qualquer movimento de conspiração do vice Michel Temer contra a presidente Dilma Rousseff. A nota é uma resposta às reportagens e análises publicadas pela imprensa neste final de semana que colocam Temer numa situação de desconforto no governo.

"Trabalha e trabalhará junto à presidente Dilma Rousseff para que o Brasil chegue em 2018 melhor do que está hoje. Todos seus atos e pronunciamentos são nessa direção. Defende que todos devem se unir para superar a crise. Advoga que a divisão e a intriga são hoje grandes adversários do Brasil e agravam a crise política e econômica que enfrentamos."

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A nota destaca ainda que "a hora é de trabalho e de união". "Apesar de seu zelo, e atento ao cargo que ocupa, não são poucas as teorias divulgadas de que suas atitudes podem levar à ideia de conspiração. Repudia-a. Seu compromisso é com a mais absoluta estabilidade das instituições nacionais", afirma a nota.

A assessoria destaca ainda que, em mais de 30 anos de vida pública, o vice-presidente sempre expôs suas posições políticas de forma aberta e franca. "Como acadêmico, seus raciocínios têm premissa e conclusão. Não é frasista. Não se move pelos subterrâneos, pelas sombras, pela escuridão."

A assessoria reforça ainda que o vice-presidente age nos limites do seu cargo e "trabalha para superar as dificuldades e propiciar às futuras gerações um país justo, rico e desenvolvido".

O governo da Venezuela divulgou nesta terça-feira os áudios contendo o que qualificou como provas de uma conspiração de mercenários salvadorenhos para tumultuar o ambiente político no país às vésperas das eleições para escolher o sucessor do falecido Hugo Chávez na presidência venezuelana.

O ministro de Interior de Venezuela, general Néstor Reverol, informou em mensagem transmitida pela televisão estatal do país que "uma fonte fidedigna" fez chegar ao governo dois áudios nos quais dois homens falam sobre um plano de desestabilização.

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Os participantes das conversas gravadas são identificados como o deputado Roberto D'Abuisson e o ex-coronel David Koch, ambos salvadorenhos.

Segundo Reverol, o governo venezuelano já havia identificado a entrada no país de dois grupos de mercenários oriundos de El Salvador, um dos quais estaria sob orientação de Koch, que, por sua vez, receberia instruções de D'Abuisson.

Em um dos áudios é possível ouvir o homem identificado como Koch dizendo que "o grupo está trabalhando na rua, com o povo, para desorientar o voto".

A outra pessoa, supostamente D'Abuisson, pede cuidado antes de acrescentar: "lembra que já ofereceram também o apoio se ganharem, e isso nos é conveniente".

O governo venezuelano tem denunciado nas últimas semanas que existem planos de desestabilização do processo eleitoral, inclusive planos de assassinato, e chegou a citar nominalmente D'Abuisson, um deputado salvadorenho conservador, de envolvimento em um desses complôs.

Ontem, D'Abuisson defendeu-se das acusações. "Não tenho nada a dizer a pessoas que fazem declarações falsas e mentirosas", disse ele a jornalistas. As informações são da Associated Press.

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