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A internet se tornou o principal entretenimento para muitas crianças, graças à variedade de conteúdos virtuais voltados para o público infantil que são acessados diariamente. Com isso, surge nos pais a preocupação de que os filhos acabem, mesmo de maneira acidental, acessando conteúdos que são perigosos e inapropriados para a faixa etária, além da necessidade de controlar o que é acessado pelas crianças.

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A professora Vivian Fragoso, do curso de Psicologia da UNAMA – Universidade da Amazônia, trabalha com psicoterapia infantil e alerta para o consumo sem restrição da internet por crianças. “A infância é o momento em que o sujeito está em desenvolvimento. Então ele precisa de referenciais que deem limites para ele nesse processo. Se não houver limites ao longo desse processo a criança pode ser acometida por um sentimento de angústia e de desamparo muito grande”, disse.

Vivian também ressalta a necessidade da criança de ter alguém que a acompanhe enquanto acessa a internet. “A criança tem acesso a uma variedade muito grande de informações. Só que como ela está em amadurecimento, vai precisar de alguém que acompanhe esse acesso para que ela consiga transitar nesse meio virtual de uma forma segura. Caso contrário ela vai estar se expondo a riscos, como ela também seria exposta se estivesse na realidade”, explicou.

Segundo a professora, por ainda não saberem discriminar o que podem e o que não podem fazer, as crianças estão sujeitas a desenvolver traumas psicológicos por causa de conteúdos inadequados. “Se elas acessam conteúdos que têm uma carga afetiva excessiva e não têm maturidade ainda para administrar, isso pode trazer uma dimensão traumática ao longo do seu desenvolvimento. Essas crianças podem viver quadros depressivos, angústias, fobias, justamente porque elas são expostas a conteúdos e não têm amadurecimento suficiente para saber administrar sozinhas”, declarou.

Com relação ao papel dos pais, a professora Vivian voltou a ressaltar a importância de eles acompanharem enquanto a criança acessa a internet. “A criança precisa saber que está sendo acompanhada. O saber que ela está acompanhada também dá amparo para essa criança saber que não está sozinha nesse mundo virtual”, disse.

Vivian também destacou a importância do diálogo entre pais e filhos. “Os pais precisam conversar com essas crianças. Estar sempre mantendo um diálogo com elas porque é a partir disso que eles realmente vão entender não só ao que essa criança teve acesso, mas também como ela percebeu aquilo que teve acesso”, afirmou.

Por fim, a professora Vivian aconselhou os pais a estarem sempre próximos dos filhos e atentos a qualquer mudança repentina de comportamento deles. “A proximidade é imprescindível, a proximidade da comunicação mais ainda. Poder manter um diálogo com as crianças, conversar, sempre deixar um campo aberto para que essas crianças falem dos seus medos, para que elas possam se sentir seguras. Estar sempre muito atento a qualquer tipo de mudança de comportamento da criança, se de repente ela apresenta uma conduta que não existia antes, como agressividade ou uma reserva acentuada da criança ficar muito isolada. São pontos importantes de observar no dia a dia com a criança”, concluiu.

Além da proximidade e da atenção com os filhos, os pais também podem utilizar ferramentas para controlar e selecionar os conteúdos que as crianças podem ou não ter contato na internet. “Existe uma ferramenta da Google chamada Google Family Link. É uma ferramenta na qual os pais e responsáveis podem programar o celular ou o tablet para funcionar em determinadas horas do dia e para acessar determinado conteúdo de determinados sites, ou então negar o acesso a determinado conteúdo”, explicou o professor e coordenador dos cursos de Computação da UNAMA, Alan Marcel.

Além da Google Family Link, o professor Alan disse que existem outras ferramentas para controlar o conteúdo acessado por crianças na internet, que os pais podem pesquisar. Mas para ele, a principal ferramenta é o bom senso. “Os pais devem estar sempre monitorando e verificando o que as crianças estão acessando”, afirmou.

Por Felipe Pinheiro.

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