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A seleção brasileira masculina de basquete sofreu mais do que o esperado, mas derrotou Costa do Marfim, por 89 a 77, e garantiu sua vaga na próxima fase do Mundial, nesta quarta-feira. Jogando mais uma vez em Jacarta, na Indonésia, o time nacional oscilou ao longo da partida, principalmente após lesão sofrida por Yago, porém soube administrar a vantagem conquistada no primeiro tempo e confirmou o favoritismo.

Com o triunfo, o Brasil termina a primeira fase na segunda colocação do Grupo G, atrás apenas da seleção espanhola. Os brasileiros somam duas vitórias e uma derrota, justamente para a favorita Espanha, na segunda-feira. Os resultados serão levados para a fase seguinte, quando o time nacional deverá ter dificuldades pela frente, contra Canadá, Letônia e a própria Espanha.

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Pelo novo Grupo L, o primeiro desafio será contra a seleção canadense, na sexta-feira, às 10h30 (horário de Brasília). Os quatro times vão brigar por duas vagas nas quartas de final. Longe de brigar pelo título, a seleção brasileira está de olho na vaga olímpica para os Jogos de Paris-2024.

O Mundial vai conceder duas vagas para as Américas, para os dois melhores colocados do continente na competição. Ainda estão na briga, além do Brasil, os Estados Unidos, o Canadá, Porto Rico e a República Dominicana. A seleção não disputa uma edição da Olimpíada desde os Jogos do Rio-2016.

Nesta quarta, o Brasil entrou em quadra como favorito, mas enfrentou maiores dificuldades do que esperava. A situação se complicou no terceiro quarto, depois de a seleção se impor em quadra ao longo do primeiro tempo. Yago sentiu dores no joelho direito, foi para o banco de reservas e viu a Costa do Marfim aproveitar sua ausência para reduzir a desvantagem no placar.

Quando a situação parecia perigosa, o técnico Gustavo de Conti devolveu Yago para o jogo e o Brasil voltou a abrir vantagem, consolidando a vitória. O jogador foi o grande nome da partida, cestinha do duelo, com 24 pontos. E ainda terminou o duelo com um "double-double", por ter anotado 12 assistências.

Tim Soares registrou 15 pontos, enquanto Georginho contribuiu com 13. Bruno Caboclo, por sua vez, marcou 12. Pela equipe africana, o destaque individual foi Cédric Bah, autor de 13 pontos.

A COP15 contra a desertificação foi inaugurada nesta segunda-feira (9) em Abidjan, na Costa do Marfim, na presença de vários chefes de Estado africanos, para tentar agir contra a rápida degradação dos solos e responder à “emergência climática”.

Menos conhecida do que sua "irmã mais velha" sobre o clima, esta Conferência das Partes (COP) da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNAPCD, na sigla em inglês), que celebra sua 15ª edição, aborda questões cruciais. De acordo com a ONU, 40% das terras de todo mundo se degradaram.

"Nossa cúpula acontece em um contexto de emergência climática que impacta duramente nossas políticas de gestão de terras e agrava o fenômeno da seca", declarou o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, durante a abertura da sessão, acompanhada presencialmente por nove chefes de Estado africanos.

"Nossos povos depositam muita esperança em nós. Não temos o direito de decepcioná-los. Vamos agir rápido, vamos agir juntos para dar uma nova vida às nossas terras!", acrescentou.

Durante a COP15, que vai até 20 de maio, os participantes vão tentar propor medidas concretas para frear a desertificação.

“Atenção especial será dada à restauração, até 2030, de 1 bilhão de hectares de terras degradadas, à perenidade do uso da terra diante das consequências da mudança climática e (...) aos riscos de catástrofes como as secas, as tempestades de areia e de poeira e os incêndios florestais", declarou a UNAPCD, em um comunicado.

Esses fenômenos afetam, notavelmente, o continente africano.

Também se prevê abordar o faraônico projeto da "Grande Muralha Verde", que buscará restaurar 100 milhões de hectares de terras áridas africanas, até 2030, em uma faixa de 8.000 km, indo do Senegal ao Djibuti.

Didier Drogba foi nomeado na manhã desta segunda-feira (18), pela Organização Mundial de Saúde, embaixador da boa vontade para o esporte e a saúde. Em evento que ocorreu em Genebra, na Suíça, o ex-jogador marfinense ao lado do diretor da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus, assinou o acordo que liga a lenda do Chelsea à organização.

O papel de Drogba será promover orientação sobre os benefícios da atividade física e outros estilos de vida saudável, buscando aumentar a conscientização sobre o valor do esporte, principalmente entre os mais jovens.

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O ex-atacante, eleito duas vezes jogador africano do ano (2006 e 2009) e campeão da Liga dos Campeões em 2011, sempre foi envolvido em causas importantes para a sociedade, estando ligado a campanhas a favor da saúde, principalmente lutando contra a malária e o HIV. 

Nesse sábado (16), participou de um jogo beneficente pelo Olympique de Marselha, clube que defendeu na temporada 2003-2004. A partida buscou patrocinadores e contribuições na arrecadação de fundos para Fundação Didier Drogba e UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que junto com parceiros construirá escolas na Costa do Marfim. O jogo foi entre lendas do Marselha contra embaixadores da UNICEF.

Nas redes sociais, Drogba agradeceu a todos e se disse emocionado em vestir novamente a camisa do Olympique de Marselha 17 anos depois de sua saída. 

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Em seu segundo desafio nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a seleção brasileira masculina de futebol apenas empatou sem gols com a Costa do Marfim. No começo da manhã deste domingo, pelo horário de Brasília, fim da tarde no Japão, o Brasil foi prejudicado pela expulsão precoce do volante Douglas Luiz e não fez um bom primeiro tempo. Na etapa final, com o vermelho apresentado a Eboue Kouassi e as alterações promovidas pelo técnico André Jardine, a equipe cresceu, dominou as ações e pressionou em busca da vitória, que, porém, não veio.

Brasil e Costa do Marfim nunca haviam se enfrentado na história do torneio olímpico de futebol masculino. Na primeira vez, empate sem gols em um jogo truncado no primeiro tempo, mas mais aberto no segundo, com volume de jogo suficiente para vencer. "A gente conseguiu as melhores ocasiões de gols. São circunstância de jogos. Tenho minhas dúvidas se a expulsão deveria ter ocorrido", disse o capitão Daniel Alves na saída de campo.

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O Brasil, que vencera na primeira rodada a Alemanha, divide a liderança do Grupo D com a Costa do Marfim. Ambos somam quatro pontos, mas os brasileiros levam a melhor no saldo de gols.

Para encerrar a fase de grupos, a seleção brasileira encara na próxima quarta-feira, às 5h (de Brasília) a Arábia Saudita, rival mais frágil tecnicamente da chave. O jogo será na cidade de Saitama. No mesmo dia e hora, os marfinenses enfrentam os alemães em Miyagi.

Qualquer possibilidade de repetir contra os marfinenses a atuação avassaladora exibida diante dos alemães foi sepultada no principio do jogo deste domingo com a expulsão de Douglas Luiz. O volante brasileiro fez falta próxima à área e inicialmente levou o amarelo. Mas o árbitro americano Ismail Elfath reviu o lance no monitor do VAR e decidiu expulsar exageradamente o jogador aos 15 minutos.

O técnico André Jardine sinalizou a entrada de Gabriel Menino, mas desistiu da mudança e manteve a mesma formação, mesmo com um jogador a menos. Com a inferioridade numérica, os atacantes se desdobraram para ajudar o sistema defensivo e a estratégia desenhada foi apostar nos contragolpes.

O Brasil até que se segurou bem. Naturalmente chegou menos ao ataque que o adversário, finalizando três vezes contra sete da seleção marfinense. Os contra-ataques tão buscados começaram a encaixar no fim do primeiro tempo, mas nenhum deles foi aproveitado. As oportunidades mais claras saíram dos pés de Antony em tentativa de cruzamento que virou chute e Claudinho, travado na hora do arremate.

A Costa do Marfim assustou o goleiro Santos em duas ocasiões, mas os africanos, reconhecidos pelo futebol que preza a força física e velocidade e não tanto a qualidade técnica, não acertaram a pontaria. O camisa 10 Diallo foi quem mais tentou pelo lado dos marfinenses, que respeitaram demais os brasileiros e adotaram a cautela, a despeito de jogarem com um a mais durante quase toda a etapa inicial.

Jardine manteve a equipe para o segundo tempo e, embora não tenha havido mudanças de peças, a postura foi diferente. A seleção brasileira retornou melhor do intervalo. Sabendo da passividade do adversário, resolveu atacar e ocupou o campo ofensivo.

Foi difícil, porém, encontrar espaços na zaga dos marfinenses. E nas vezes em que conseguiram, os atacantes brasileiros falharam na finalização. Matheus Cunha, por exemplo, recebeu bom cruzamento de Bruno Guimarães, mas cabeceou no meio do gol.

O Brasil intensificou a pressão a partir das alterações de Jardine, que lançou mão de Gabriel Martinelli, Malcom e Paulinho. Daniel Alves ajudou pelo meio na criação e a equipe passou a encontrar mais espaços depois que a igualdade numérica foi restabelecida com a expulsão de Eboue Kouassi aos 34 minutos.

Foram aos menos quatro chances claras no minutos finais. Claudinho arriscou chute de fora da área pra fora, Arana soltou a bomba para a defesa do goleiro marfinense, Paulinho foi bloqueado no momento em que mandaria a bola para as redes e Malcom cabeceou para fora após cruzamento da direita.

A seleção brasileira fez um jogo seguro na etapa final, finalizou mais vezes e não permitiu um arremate sequer da Costa do Marfim. Fica a boa impressão pelo bom segundo tempo em Yokohama.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 0 X 0 COSTA DO MARFIM

BRASIL - Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho; Antony (Malcom), Richarlison (Paulinho) e Matheus Cunha (Gabriel Martinelli). Técnico: André Jardine.

COSTA DO MARFIM - Ira; Bailly, Dabila, Ismael Diallo e Singo; Ouatara (Kouao), Kessié (Keita), Amad Diallo (Kouamé) e Gradel (Doumbia); Kouassi e Dao (Timite). Técnico: Soualiho Haidara.

ÁRBITRO - Ismail Elfath (Estados Unidos)

CARTÕES AMARELOS - Ismael Diallo, Kouassi

CARTÕES VERMELHOS - Douglas Luiz e Kouassi

LOCAL - Estádio de Yokohama, no Japão.

O técnico da seleção olímpica de futebol, André Jardine, divulgou na manhã desta quinta-feira (17) a convocação para as Olímpiadas de Tóquio 2020, com algumas surpresas: a não participação do craque Neymar Jr. e a inserção de Daniel Alves à equipe.

O atacante Pedro, que teve sua ida à seleção vetada pelo Flamengo, foi chamado mesmo assim. A regra da Olimpíadas diz que as equipes devem ter 18 atletas, em que 15 têm de ser sub-23 e três podem exceder a idade.

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A seleção olímpica nunca havia conquistado o ouro até 2016 e agora tentará o bicampeonato. No grupo D, o caminho do Brasil inicia contra a Alemanha, no dia 22 de julho. Completando os adversários na fase inicial, Costa do Marfim e Arábia Saudita estão na lista. Confira a relação oficial de convocados:

GOLEIROS

Santos – Athletico-PR

Brenno – Grêmio

LATERAIS

Daniel Alves - São Paulo

Gabriel Menino - Palmeiras

Guilherme Arana - Atlético-MG

ZAGUEIROS

Gabriel Guimarães - Arsenal (ING)

Nino - Fluminense

Diego Carlos - Sevilla (ESP)

MEIAS

Douglas Luiz - Aston Villa (ING)

Bruno Guimarães - Lyon (FRA)

Gerson - Flamengo

Claudinho - Red Bull Bragantino

Matheus Henrique - Grêmio

ATACANTES

Matheus Cunha - Hertha Berlim (ALE)

Malcom - Zenit (RUS)

Antony - Ajax (HOL)

Paulinho - Bayer Leverkusen (ALE)

Pedro - Flamengo

O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, 78 anos, foi reeleito para um polêmico terceiro mandato com 94,27% dos votos no primeiro turno das eleições que foram boicotadas pela oposição, de acordo com os resultados anunciados pela Comissão Eleitoral Independente (CEI) nesta terça-feira.

"Alassane Ouattara é eleito presidente da República", declarou o presidente da CEI, Ibrahime Coulibaly-Kuibiert, depois de anunciar os resultados.

A taxa de participação foi de 53,90%.

Mais do que o resultado previsível, os marfinenses temem que as eleições provoquem uma escalada da violência, depois dos confrontos políticos que deixaram mais de 30 mortos nos últimos meses.

Após as eleições de sábado, a tensão aumentou no país e quatro pessoas da mesma família morreram no domingo em um incêndio em uma casa na cidade de Toumodi (centro).

Ao menos nove pessoas faleceram durante vários incidentes no fim de semana, de acordo com um balanço parcial da AFP.

As tensões começaram na Costa do Marfim em agosto, quando Ouattara defendeu que a aprovação de uma nova Constituição em 2016 permitia sua terceira candidatura, apesar de a Carta Magna estabelecer um limite de dois mandatos.

Os principais candidatos da oposição optaram por não fazer campanha. Eles consideraram a terceira candidatura de Ouattara um "golpe de Estado eleitoral".

A oposição pediu no domingo uma "transição civil e a mobilização geral dos marfinenses para deter a ditadura e o abuso de poder do presidente".

O partido governista respondeu com uma advertência contra "qualquer tentativa de desestabilização".

A Costa do Marfim foi cenário de uma grave crise pós-eleitoral entre 2010 e 2011, período em que morreram quase 3.000 pessoas e que foi provocada pela recusa do então presidente Laurent Gbagbo de abandonar o governo e transferir o poder para Ouattara.

O Botafogo segue ativo no mercado de contratações e de olho em jogadores do exterior. Depois do ex-Milan Honda, o clube anunciou nesta quinta-feira (9) a contratação do marfinense Salomon Kalou que fez sucesso no Chelsea onde conquistou tudo que disputou.

O jogador foi anunciado pelo clube carioca através de um vídeo nas redes sociais depois de um longa negociação. Antes, Yaya Touré e Obi Mikel foram procurados, mas não selaram acordo. Salomon Kalou já falou como jogador do clube: “Muito orgulho de ser Botafogo, put a fire”. 

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Foi ao lado de outro africano, o também marfinense Didier Drogba, que Kalou se tornou destaque mundial. O jogador, que já havia passado pelo Feyenoord da Holanda antes de chegar à equipe inglesa, conquistou com o time londrino a Premier League, por duas vezes, a Copa Inglesa, a Copa da Liga Inglesa e a Liga dos Campeões.

O corpo de um menino de 10 anos foi encontrado, nesta quarta-feira (8), no trem de pouso de um avião da Air France proveniente de Abidjan, na Costa do Marfim - informaram fontes próximas à investigação.

O avião, um Boeing 777, decolou de Abidjan, capital econômica da Costa do Marfim, na noite de terça-feira e aterrissou em Paris logo após as 5h GMT (2h no horário de Brasília). O corpo, parcialmente vestido, foi descoberto menos de uma hora depois no poço do trem de pouso, segundo fontes próximas à investigação.

Em nota, a companhia aérea confirmou a morte de um "passageiro clandestino" e lamentou uma "tragédia humana", mas não informou a idade da vítima. Segundo várias fontes, a criança teria "cerca de 10 anos".

O Ministério Público de Bobigny informou que pediu para a gendarmeria de Transporte Aéreo abrir uma investigação para determinar as causas da morte. Uma necrópsia está agendada para esta quarta.

Nos últimos anos, várias pessoas, entre elas adolescentes, foram encontradas mortas congeladas ou esmagadas em trens de pouso de aviões.

Na França, o último caso data de abril de 2013. No aeroporto internacional Roissy Charles de Gaulle, o corpo de um menino - provável candidato frustrado à imigração - foi encontrado em um avião procedente de Camarões.

Aumento da imigração clandestina

Segundo uma fonte próxima à investigação, o jovem encontrado nesta quarta "morreu por asfixia, ou frio". As temperaturas caem para -50°C entre 9.000 e 10.000 metros, a altitude na qual os aviões voam.

Laure Palun, diretora da Anafe (Associação Nacional de Assistência Fronteiriça para os Estrangeiros), disse à AFP que está "muito comovida por este drama, fruto do fechamento e do controle das fronteiras".

Para ela, "quando não existe uma via de imigração legal, as pessoas devem se esconder para chegar ao país ao qual desejam ir, o que provoca dramas".

"Além da tragédia humana, isso indica uma grande falha da segurança no aeroporto de Abidjan", disse à AFP uma fonte da segurança da Costa do Marfim, perguntando-se como uma criança conseguiu entrar no avião e se ele teve ajuda.

"Eu, que sou piloto, vi muitas vezes pessoas pela pista, sem que se saiba quem são, nem de onde vêm", afirmou um integrante do aeroclube de Abidjan, que pediu anonimato. O clube fica no aeroporto internacional Félix Houphounet Boigny.

Apesar de a Costa do Marfim viver sob ameaça de ataques extremistas, o país tem uma das economias mais dinâmicas da África - com crescimento médio anual de 8% desde 2012.

A imigração clandestina deste país para a Europa teve um aumento inédito nos últimos anos. Em 2017, 8.753 imigrantes de 14 a 24 anos chegaram à Itália provenientes da Costa do Marfim. Deles, 1.474 eram menores não acompanhados, segundo dados do Centro Internacional de Voluntariado (CEVI), uma ONG italiana.

A Copa Africana de Nações conheceu nesta quinta-feira, no Egito, os seus últimos dois semifinalistas. No Suez Stadium, a Argélia levou a melhor nos pênaltis diante da Costa de Marfim, depois de empatar em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação. Mais tarde, no Al Salam Stadium, a Tunísia não encontrou dificuldade para despachar Madagáscar e venceu o duelo por 3 a 0.

As duas semifinais do torneio africano serão jogadas no domingo, no Cairo, capital egípcia. Às 13 horas (de Brasília), os tunisianos medem forças com a seleção de Senegal, do atacante Sadio Mané, do Liverpool, que eliminou Benin nas quartas de final. Às 16 horas é a vez de os argelinos enfrentarem a Nigéria, que deixou pelo caminho na fase anterior a África do Sul.

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A Argélia, que busca seu segundo título na competição - foi campeã em 1990, quando sediou o torneio -, foi melhor em boa parte do jogo, especialmente no início, quando conseguiu seu gol com Sofiane Feghouli. O meia do Galatasaray, da Turquia, recebeu cruzamento na entrada da área e finalizou com precisão.

Os argelinos tiveram a chance de ampliar no início da etapa final, mas Baghdad Bounedjah perdeu uma cobrança de pênalti e manteve Costa do Marfim na partida. Os marfinenses foram ao ataque e buscaram o empate aos 17 minutos, em bonita jogada individual de Jonathan Kodjia. No lance, o atacante do Aston Villa combinou força e habilidade para driblar o marcador e finalizar de esquerda com força, no canto do goleiro.

Como o empate persistiu no restante do segundo tempo e também nos 30 minutos da prorrogação, a decisão da vaga foi para as penalidades. Os argelinos converteram suas quarto primeiras cobranças e Belaili perdeu a quinta, mas o erro não fez diferença, já que a Costa do Marfim foi infeliz em duas batidas, com Bony e Die, ambas na trave, e se despediu do torneio do qual foi campeão duas vezes, em 1992 e 2015.

Ao contrário da Argélia, a Tunísia não teve dificuldades em seu jogo para ir às semifinais. A seleção tunisiana, que busca seu segundo troféu no torneio - triunfou em 2004 - construiu a vitória sobre Madagáscar com três gols no segundo tempo. Sassi abriu o placar aos sete minutos, Msakni ampliou aos 15 e Sliti definiu a classificação com um gol nos acréscimos.

Já Madagáscar se despede da Copa Africana com a cabeça erguida. Em sua primeira participação na história da competição, a seleção da pequena ilha situada na Costa Leste da África chegou mais longe do que o previsto. Foi líder de seu grupo, ao vencer Burundi e Nigéria e empatar com Guiné, e passou pelo Congo nas oitavas de final antes de cair diante da Tunísia.

A Costa do Marfim começou bem a sua participação na Copa Africana de Nações. Nesta segunda-feira, na cidade do Cairo, superou a África do Sul por 1 a 0, pela primeira rodada do Grupo A, considerado o mais complicado do torneio por envolver três campeões continentais - o outro é a seleção de Marrocos, que no domingo havia batido a Namíbia por 1 a 0.

O único gol da partida foi marcado por Jonathan Kodjia aos 19 minutos do segundo tempo, após cruzamento de Max Gradel. Com três pontos, os marfinenses agora vão encarar Marrocos, em partida marcada para a próxima sexta-feira, mesmo dia em que os sul-africanos vão buscar a reabilitação diante da Namíbia.

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En outra partida disputada nesta segunda-feira, a seleção do Mali goleou a Mauritânia por 4 a 1, em Suez, resultado que já a colocou na liderança do Grupo E. Adama Traoré foi o destaque do triunfo ao marcar duas vezes, enquanto Abdoulay Diaby e Moussa Marega completaram a goleada. El Hacen fez o gol da Mauritânia.

Angola e Tunísia dividem o segundo lugar da chave após o empate por 1 a 1 na estreia. Youssef M'Sakni abriu o placar para os tunisianos ao converter cobrança de pênalti, enquanto Djalma Campos igualou o placar. Na sexta-feira, a Tunísia vai enfrentar o Mali. No dia seguinte, a Mauritânia terá Angola pela frente.

A primeira rodada da edição 2019 da Copa Africana chega ao fim nesta terça-feira com a estreia dos times do Grupo F. Os confrontos serão Camarões x Guiné-Bissau e Gana x Benin.

A sexta e última rodada das Eliminatórias para a Copa Africana de Nações definiu neste sábado mais três classificados à fase final, que será em junho e julho deste ano no Egito. Tradicionais no continente, Camarões e Costa do Marfim bateram Comores e Ruanda por 3 a 0, respectivamente, e avançaram, assim como a surpresa Burundi, que empatou por 1 a 1 contra o Gabão, do atacante Aubameyang, do Arsenal, para se garantir pela primeira vez na história entre os melhores da África.

Em sua casa, em Yaoundé, a seleção de Camarões superou a forte chuva para derrotar Comores por 3 a 0 e garantir a segunda colocação do Grupo B com 11 pontos, mesma pontuação de Marrocos - líder por ter melhor saldo de gols (5 a 3). A equipe comandada por Clarence Seedorf venceu com os gols de Choupo-Moting, Christian Bassogog e Clinton N’Jie.

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Quando as Eliminatórias começaram, em setembro do ano passado, Camarões estava garantida na Copa Africana de Nações porque era a sede da fase final. No entanto, por problemas de segurança e infraestrutura, a Confederação Africana de Futebol (CAF, na sigla em francês) decidiu no final de 2018 mudar a competição para o Egito. Assim, a vaga teve de ser conquistada no campo, como aconteceu neste sábado.

Quem também passou com facilidade foi a Costa do Marfim, que superou a Ruanda por 3 a 0, em Abidjan, com os gols de Nicolas Pépé (promessa do Paris Saint-Germain), Eric Bailly e Maxwel Cornet. Os marfinenses fecharam o Grupo H na segunda colocação com 11 pontos, mesma pontuação da líder Guiné, que foi melhor no confronto direto.

SURPRESA - Assim como Madagáscar, que conseguiu a sua classificação em novembro do ano passado, a seleção do Burundi se garantiu pela primeira vez na história na fase final. A vaga veio com o empate por 1 a 1 contra o Gabão, que mesmo com jogadores de renome no futebol europeu foi eliminado.

A igualdade levou Burundi aos 10 pontos, na segunda colocação do Grupo C, contra oito dos gaboneses. A liderança é de Mali, que já estava classificada antecipadamente e chegou aos 14 ao derrotar o Sudão do Sul por 3 a 0 como mandante.

Pelo regulamento, os dois primeiros colocados de cada um dos 12 grupos classificam-se para a Copa das Nações Africanas. Já são 19 países garantidos: Costa do Marfim, Camarões, Senegal, Madagáscar, Marrocos, Argélia, Nigéria, Guiné, Mauritânia, Tunísia, Egito, Uganda, Angola, Guiné-Bissau, Namíbia, Gana, Quênia, Mali e Burundi.

O torneio deste ano será a 32.ª edição da competição, que tem o Egito como o maior vencedor (sete títulos) e Camarões como o atual campeão.

O continente africano conheceu neste sábado as suas últimas seleções classificadas à Copa do Mundo da Rússia, em 2018: Marrocos, que se garantiu após superar a Costa do Marfim, e Tunísia, depois de empatar com a Líbia.

E a classificação marroquina veio até com certa classe. A equipe enfrentava a Costa do Marfim em Abidjã, na casa do adversário, e precisava de um empate para assegurar lugar na Rússia. Fez ainda melhor: ganhou por 2 a 0 e frustrou a festa da torcida local.

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O grande resultado fez o Marrocos se manter na liderança do Grupo C das Eliminatórias Africanas do Mundial de 2018, com 12 pontos, quatro na frente da Costa do Marfim. Já o Gabão, que empatou com Mali por 0 a 0, terminou com seis, dois a mais do que o adversário deste sábado após esta rodada final da chave.

Uma das principais seleções africanas da última década, a Costa do Marfim precisava de um triunfo simples para se garantir no Mundial. E, assim, aproveitando o apoio da torcida, começou pressionando e criando as melhores oportunidades.

Mas, aos 25, após cruzamento, o atacante Nabil Dirar resvalou de cabeça e fez o primeiro gol marroquino. E, apenas cinco minutos depois, em novo levantamento, a bola atravessou a área, ninguém cortou e o zagueiro Benatia, da Juventus, desviou com o pé, assegurando a classificação.

Essa será a quinta participação marroquina em um Mundial e a primeira desde 1998 - jogou também em 1970, 1986 e 1994. Já a Costa do Marfim está fora depois de se classificar às três últimas Copas.

TUNÍSIA - Precisando apenas de um empate neste sábado, em casa, a Tunísia não foi brilhante, mas confirmou sua classificação ao ficar no 0 a 0 com a Líbia, em duelo válido pelo Grupo A.

Assim, terminou na liderança da chave com 14 pontos, apenas um na frente da República Democrática do Congo (ex-Zaire), que ganhou neste sábado de Guiné por 3 a 1, também em casa. Depois de disputar as Copas de 1978, 1998, 2002 e 2006, a Tunísia jogará o seu quinto Mundial na Rússia.

Ainda neste sábado, em duelo válido pelo Grupo B, que já tinha a Nigéria garantida na Copa do Mundo, as seleções de Zâmbia e Camarões empataram por 2 a 2 e se despediram amargamente das Eliminatórias.

O Mundial da Rússia, assim, já conta com 26 seleções classificadas: Egito, Nigéria, Senegal, Marrocos, Tunísia, Rússia (país-sede), Brasil, Bélgica, Inglaterra, França, Alemanha, Islândia, Polônia, Portugal, Sérvia, Espanha, Argentina, Colômbia, Uruguai, Costa Rica, Panamá, México, Irã, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita.

Um avião de carga caiu no Oceano Atlântico perto do aeroporto internacional de Abidjan, matando quatro membros da equipe e ferindo outros seis, informou uma autoridade da Costa do Marfim neste sábado. Dez pessoas estavam a bordo do avião, disse o comandante da brigada militar de incêndio, tenente Issa Sakho, à televisão local. Segundo ele, os mortos são de nacionalidade moldava, enquanto dois alemães e quatro tripulantes franceses estão entre os feridos.

O avião de carga estava transportando carga militar francesa, informou uma autoridade militar francesa. "Temos seis pessoas feridas que evacuaram ao campo (militar) de Port-Bouet, em Abidjan, para tratamento", disse.

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Relatos indicam que o avião havia saído de Abidjan e que o clima ruim pode ter influenciado no acidente. Fonte: Associated Press

O antraz, uma doença bacteriana grave geralmente associada a climas áridos, vem dizimando silenciosamente chimpanzés em uma floresta tropical da África Ocidental, e pode eliminá-los completamente, disseram pesquisadores nesta quarta-feira.

Amostras tiradas de carcaças, ossos e moscas que se alimentam de carniça no Parque Nacional de Tai (TNP), na Costa do Marfim, entre 1989 a 2014, revelaram que o antraz causou 38% das mortes de animais - incluindo 31 dos 55 chimpanzés mortos analisados.

Outras baixas incluíram macacos, antílopes, mangustos e um porco-espinho. "Nossas simulações (...) sugerem que a mortalidade induzida pelo antraz resultará em declínios determinísticos de população e na possível extirpação de chimpanzés do TNP nos próximos 150 anos", escreveu uma equipe na revista científica Nature. Os chimpanzés são particularmente vulneráveis ​​devido à sua lenta taxa de reprodução, disseram os cientistas.

Os pesquisadores não conseguiram determinar onde e como os animais estavam sendo infectados com um tipo de antraz identificado pela primeira vez no TNP em 2004. E eles advertiram que as infecções em macacos "são muitas vezes indicadoras de doenças que também podem afetar humanos".

A bactéria, Bacillus cereus biovar anthracis, também causou mortes de chimpanzés, gorilas e elefantes em Camarões e na República Centro-Africana, disse a equipe. Nenhum caso de humanos afetados foi registrado. Anteriormente, se acreditava que os surtos de antraz eram mais comuns em ecossistemas áridos, como a savana africana, onde matam animais de caça, gado e às vezes humanos.

Os humanos geralmente contraem a doença de animais infectados ou através da exposição a produtos animais contaminados. A bactéria pode ser contraída pela pele, boca ou inalação.

Em sua forma mais comum, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, provoca feridas negras na pele. A bactéria não é transmitida de pessoa para pessoa. Embora potencialmente mortal, reage bem ao tratamento com antibióticos.

A meses da Copa das Confederações e faltando pouco mais de um ano para a Copa do Mundo, a seleção russa segue em péssima fase. Sede das duas competições, o país manteve o momento conturbado em campo ao acumular mais uma derrota nesta sexta-feira (24), desta vez para a Costa do Marfim, por 2 a 0, em amistoso disputado na cidade de Krasnodar.

Nem mesmo o fato de atuar em casa e diante de um estádio com ótimo público impulsionou a Rússia. Nas últimas 12 partidas - nove amistosos e três pela Eurocopa do ano passado -, foram somente duas vitórias. Neste período, a seleção somou sete derrotas, incluindo para equipes como Catar e Eslováquia.

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A pressão é cada vez maior sobre o técnico Stanislav Cherchesov, até porque a federação nacional teme que a seleção seja um fiasco diante de seus torcedores na Copa das Confederações e, principalmente, no Mundial do ano que vem.

Nesta sexta, a Costa do Marfim saiu na frente aos 29 minutos do primeiro tempo, quando Kodjia foi lançado, ganhou na velocidade de Kutepov e acertou lindo chute no ângulo de Akinfeev. O segundo gol saiu no segundo tempo, e foi ainda mais bonito. Aos 24, Zaha recebeu pelo lado esquerdo, passou como quis por três marcadores e fuzilou na saída do goleiro.

A Costa do Marfim também vinha em má fase e havia vencido duas das oito partidas anteriores. Até por isso, contratou o belga Marc Wilmots na última terça-feira para ser seu novo técnico. O comandante, no entanto, não estreou nesta sexta. Os marfinenses foram liderados pelo assistente Ibrahim Kamara.

A zebra definitivamente tomou conta da Copa Africana de Nações. Depois do Gabão, dono da casa, e da Argélia serem eliminados nos últimos dois dias, nesta terça-feira foi a vez da atual campeã, a Costa do Marfim, cair ainda na fase de grupos do torneio com a derrota por 1 a 0 para o Marrocos, na cidade de Oyem, resultado que deu uma das vagas do Grupo C aos marroquinos. A outra ficou com a República Democrática do Congo, que passou nesta terça por Togo por 3 a 1, em Port-Gentil.

Com os resultado, os surpreendentes congoleses terminaram na liderança do Grupo C, com sete pontos, seguidos por Marrocos, que avança como segundo colocado com seis. A Costa do Marfim decepcionou e se despede do torneio sem nenhuma vitória e somente dois pontos, à frente somente de Togo, que somou um.

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Mesmo já não contando com alguns nomes de peso, como os irmãos Kolo e Yaya Touré e o atacante Didier Drogba, responsáveis pela ascensão do futebol do país nos anos 2000, a Costa do Marfim ainda tem jogadores de expressão em sua seleção. Nesta terça, foram titulares o zagueiro Eric Bailly, do Manchester United, o lateral Aurier, do Paris Saint-Germain, e os atacantes Salomon Kalou, ex-Chelsea, Wilfried Zaha, ex-Manchester United, e Wilfried Bony, ainda ligado ao Manchester City e emprestado ao Stoke.

Apesar do favoritismo, a Costa do Marfim caiu diante do jovem time marroquino, que tem no zagueiro Benatia, da Juventus, seu principal nome. Os marfinenses entraram em campo precisando da vitória e depois de um primeiro tempo disputado, foram para cima na etapa final.

Mas quando pressionavam, a aposta marroquina no contra-ataque surtiu efeito e o time garantiu a vitória aos 17 minutos. Após recuperação de bola no campo de defesa, Marrocos se lançou ao ataque rapidamente, Alioui recebeu na intermediária, avançou e bateu de cobertura de fora da área para marcar um golaço.

Esta foi apenas a primeira vez desde 2004, quando sequer disputou o torneio na Tunísia, que a Costa do Marfim fica fora da segunda fase da Copa Africana. De lá para cá, foram seis edições se classificando, incluindo o título de 2015 na Guiné Equatorial. Já Marrocos luta para repetir 1976, quando conquistou seu único troféu da competição.

CONGOLESES VENCEM - Na outra partida da chave, a surpreendente República Democrática do Congo confirmou a classificação com uma vitória tranquila. Kabananga, Ndombe e M'Poku marcaram os gols da seleção. Laba fez o de honra de Togo, do experiente Adebayor, que se despede precocemente da Copa Africana.

Com um grupo pouco conhecido e tendo Bakambu, do Villarreal, como seu principal destaque, os congoleses tentam o terceiro título da competição, para igualar os feitos de 1968 e 1974. Já Togo se despede precocemente mais uma vez e segue sem ter disputado sequer uma semifinal de Copa Africana em sua história.

Atual campeã da Copa Africana de Nações, a Costa do Marfim não estreou bem na edição 2017 do principal torneio do continente e ficou no empate sem gols diante de Togo nesta segunda-feira (16). Em uma partida sem grandes emoções, as equipes ficaram no 0 a 0 no confronto realizado na cidade de Oyem, no Gabão, sede da competição.

Com o resultado, as duas seleções somaram os primeiros pontos do Grupo C, que terá sua primeira rodada completa ainda nesta segunda, quando a República Democrática do Congo pega Marrocos. Na sexta-feira, será a vez dos marfinenses enfrentarem os congoleses e dos togoleses duelarem com os marroquinos.

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Mesmo já não contando com alguns nomes de peso, como os irmãos Kolo e Yaya Touré e o atacante Didier Drogba, responsáveis pela ascensão do futebol do país nos anos 2000, a Costa do Marfim ainda tem jogadores de expressão em sua seleção. Nesta segunda, foram titulares o zagueiro Eric Bailly, do Manchester United, o lateral Aurier, do Paris Saint-Germain, e os atacantes Salomon Kalou, ex-Chelsea, e Wilfried Zaha, ex-Manchester United. Ainda ligado ao Manchester City e emprestado ao Stoke, Wilfried Bony entrou no segundo tempo.

Apesar destes nomes e do favoritismo carregado por ter vencido a edição do torneio de 2015, na Guiné Equatorial, a Costa do Marfim não conseguiu furar a defesa do adversário. A seleção togolesa conta com um elenco bem menos conhecido e tem no atacante Emmanuel Adebayor, ex-Arsenal, Manchester City, Tottenham e Real Madrid, seu principal destaque.

O resultado desta segunda também confirmou uma tendência neste início de disputa da Copa Africana de Nações. Das cinco partidas disputadas até agora, quatro terminaram empatadas. A única seleção que venceu foi Senegal, que bateu a Tunísia por 2 a 0 no domingo.

A ONU denunciou a persistência dos estupros na Costa do Marfim, em particular contra crianças, e a impunidade envolvendo os agressores.

"Nos últimos anos, a Costa do Marfim conquistou avanços significativos em matéria de direitos humanos, mas a persistência dos estupros e da impunidade de seus autores continua sendo alvo de forte preocupação e requer uma ação urgente", indicou o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid al Raad al Hussein, em um comunicado publicado na noite de segunda-feira.

Um relatório do Alto Comissariado e da Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (ONUCI) denuncia "este flagelo que segue deixando muitas vítimas no país".

Uma diretora da ONUCI, Sarah de Hemptinne, indicou à AFP que a ONU não dispõe de "estimativa total do número de casos na Costa do Marfim, na falta de estatísticas oficiais consolidadas" neste país africano.

Com base em uma amostra de 1.129 casos de estupros cometidos entre o início de 2012 e o fim de 2015, a ONU estabeleceu que 66% das vítimas eram crianças. Depois disso foi aberta uma investigação sobre 90% destes estupros, mas menos de 20% foram alvos de julgamento.

A Costa do Marfim viveu uma década de crise político-militar, marcada por uma divisão entre o Norte, nas mãos de uma rebelião, e o Sul, controlado pelos partidários do ex-presidente Laurent Gbagbo, no poder entre 2000 e 2011.

Este período culminou com a crise pós-eleitoral de 2010-2011, provocada pela negativa de Gbagbo de reconhecer a vitória de seu rival Alassane Ouattara na presidencial de novembro de 2010. A violência deixou, então, mais de 3.000 mortos em cinco meses.

Os EUA e a França condenaram os ataques que militantes da Al-Qaeda realizaram em três hotéis na estância balnear Grand-Bassam, na Costa do Marfim, que matou ao menos 22 pessoas.

"Os Estados Unidos condenam de forma contundente o ataque terrorista na Costa do Marfim", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby, apontando para uma "violência sem sentido". Em comunicado, Kirby ressaltou que o país africano "é um importante parceiro regional dos Estados Unidos", que ofereceram apoio ao governo da Costa do Marfim enquanto a investigação segue em curso.

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O ataque a Grand-Bassam foi o primeiro deste tipo na Costa do Marfim. Apesar das medidas de segurança terem sido reforçadas nos últimos meses, os extremistas atacaram civis em um dos principais destinos do país para os marfinenses e estrangeiros, mas as forças de segurança, aparentemente, responderam rapidamente.

O presidente da França, François Hollande, também condenou o ataque, caracterizando-o como "covarde e odioso". O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, vai viajar para o país atingido na terça-feira ao lado ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, uma vez que um cidadão francês foi morto.

Nesta segunda-feira, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara reuniu-se com ministros e com o Conselho de Segurança Nacional para uma reunião de emergência. "Esses ataques terroristas podem acontecer em qualquer lugar, a qualquer momento", disse Ouattara no domingo à noite depois de visitar o hotel Etoile du Sud, um dos três hotéis onde homens armados abriram fogo. "Nós mostramos que temos a capacidade para conter os danos que podem resultar", acrescentou.

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, confirmou em Berlim que uma mulher alemã foi morta. Entre os mortos estão 14 civis e dois soldados da Costa do Marfim. Seis terroristas também foram mortos e pelo menos outras 22 pessoas ficaram feridas, sendo 19 civis.

O ataque em Grand-Bassam foi o terceiro grande ataque contra um centro de turismo na África Ocidental desde novembro. Fonte: Associated Press.

Quarenta e oito crianças do oeste africano, vítimas do tráfico humano nas plantações de cacau da Costa do Marfim, foram resgatadas em uma grande operação policial - informou nesta segunda-feira a polícia.

As crianças, com idades entre 5 e 16 anos, eram usadas como "mão de obra" nas ricas plantações de São Pedro (sudoeste), onde se encontra também o principal porto exportador de cacau do mundo, afirmou à AFP o delegado de polícia de São Pedro, Seydu Uatara.

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Segundo um comunicado da Interpol, estas crianças, "que trabalham em condições extremas e particularmente perigosas para a saúde", são oriundas de Burkina Faso, Guiné, Mali e do norte da Costa do Marfim.

Participaram da operação mais de 100 membros da polícia e uma centena de suspeitos foram detidos.

Entre 300.000 e um milhão de crianças trabalham nas plantações de cacau da Costa do Marfim, segundo uma ONG especializada. O país detém cerca de 35% da produção mundial e representa 15% do PIB do país.

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