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A CPI da Covid aprovou nesta terça-feira, 28, um requerimento para pedir à Procuradoria da República e à Polícia Federal que investigue supostas omissões do Conselho Federal de Medicina (CFM), do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) envolvendo supostas irregularidades cometidas pela operadora de saúde Prevent Senior.

A solicitação, do senador Rogério Carvalho (PT-SE), foi aprovada durante o depoimento da advogada Bruna Morato, que defende médicos que trabalharam na empresa e entregam um dossiê com acusações contra a Prevent Senior. O pedido de investigação será enviado para a Procuradoria da República nos Estados de São Paulo e Distrito Federal e para as superintendências da PF nessas duas unidades da federação.

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Os senadores também aprovaram um requerimento apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) para que a Prevent Senior envie à CPI em até 24 horas os documentos dos termos de consentimento dos pacientes quanto ao uso de medicamentos do chamado tratamento precoce.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) suspendeu o registro profissional da cirurgiã plástica Caren Trisoglio Garcia após ela compartilhar no TikTok vídeos com pedaços de pele e sacos plásticos com gordura humana. A conta da cirurgiã no TikTok conta com 638 mil seguidores.

A suspensão ocorreu na última quinta-feira (8). Em nota, o Cresmep informou que aguarda a publicação da medida no Diário Oficial da União e que as investigações sobre a conduta da médica vão tramitar sob sigilo. A suspensão valerá enquanto o conselho investiga o caso.

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Garcia já havia sido suspensa por seis meses das atividades da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), responsável por encaminhar o caso ao Cremesp. A SBCP considerou os conteúdos antiéticos e sensacionalistas

"A SBCP repudia toda e qualquer publicidade na área de saúde, que possa induzir equivocadamente a população, sobretudo expondo os pacientes a severos riscos pela falsa indução de imagens de resultados 'milagrosos' (muitos dos quais manipulados por programas digitais). Agravam-se as publicidades que se afastem da urbanidade, moralidade e decoro que devem ter todos os profissionais da saúde, pela lida com o mais nobre bem: VIDAS", diz nota pública da SBCP sobre o caso. A sociedade acrescenta: "É lamentável que em momento tão dramático pelo qual atravessa o mundo e o Brasil, onde milhares de vidas são tristemente ceifadas diariamente pela Covid-19 e muitos profissionais da saúde direcionem esforços sobre-humanos nesta batalha para minimizar a dor e o sofrimento, lutando pela VIDA, alguns profissionais se distanciem de sua arte, para o qual se formaram, e sigam indiferentes a esta comiseração publicando e ostentando imagens tão distantes da humanização e ética que o momento pede."

A cirurgiã costuma fazer vídeos humorados sobre sua rotina de trabalho no TikTok. Em um dos vídeos, ela mostra um pedaço de pele e gordura de um paciente, dança e diz ser o "troféu de hoje". A SBCP aponta que a médica desrespeitou artigos do regimento interno da entidade, que proíbem o compartilhamento de imagens de partes do corpo, mesmo com autorização expressa do paciente. Caren Trisoglio Garcia não se manifestou sobre a decisão do Cremesp.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) cassou sete médicos por assédio sexual entre outubro de 2018 e setembro de 2019. Ao todo, o conselho determinou a perda de registro profissional de 17 profissionais no período. No período anterior, relativo aos anos 2017/2018, a punição máxima por infrações ético-profissionais foi aplicada a nove médicos no estado, sendo que nenhum era acusado de assédio.

Entre as outras causas de cassação de médicos no último ano estão três casos em que os profissionais foram acusados de serem cúmplices no exercício ilegal da medicina e outros três por envolvimento em fraudes como falsificação ou adulteração de recibos, atestados e prontuários.

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Rigor

O Cremesp disse que as cassações aconteceram devido ao aumento do rigor no julgamento dos casos envolvendo assédio sexual. O conselho também aumentou o número de câmaras para julgamento de acusações de infração ética de quatro para dez. Com isso, foi possível aumentar o número de julgamentos de 474, entre outubro de 2017 a setembro de 2018, para 537 no período entre 2018 e 2019.

“Havia processos em trâmite há anos. Buscamos dar celeridade aos julgamentos, pois a demora é desgastante tanto para o denunciante como para o denunciado”, disse o presidente do Cremesp, Mario Jorge Tsuchyia. Segundo ele, as mudanças atendem a demandas da sociedade e dos próprios médicos, por respostas mais rápidas às acusações de faltas éticas.

O processo

As denúncias de faltas éticas são, primeiro, avaliadas por uma câmara de juízo para decidir se será aberta uma sindicância sobre o caso. Nessa etapa de apuração preliminar, são coletadas provas, feitas manifestações por escrito e eventualmente audiências com os envolvidos.

Se for apurado que os indícios de acusação são consistentes, é instaurado um processo ético-profissional em que o denunciante e o denunciado tem oportunidades iguais de apresentar seus argumentos. Os envolvidos podem, inclusive, recorrer a advogados nessa fase. O processo é, então, julgado pelas câmaras do conselho e o resultado referendado pela plenária de conselheiros.

As penas são desde a advertência confidencial, a censura pública, a suspensão até a cassação. Os profissionais que perdem o registro ficam impossibilitados de exercer a medicina em todo o território nacional. Em casos de cassação, o profissional pode recorrer ao Conselho Federal de Medicina.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) instaurou sindicância contra o médico Danilo Rocha Dias pela morte de uma paciente durante uma cirurgia plástica realizada no dia 9, em um hospital do Ipiranga, na zona sul de São Paulo. O procedimento foi aberto após o jornal O Estado de S. Paulo revelar nessa sexta-feira (29) que o cirurgião que atuou na cirurgia da vítima já era investigado por pelo menos outros quatro supostos erros médicos no Ceará. Em um deles, a paciente também morreu.

Também ontem, após a divulgação da reportagem, o corregedor do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Fernando Maia Vinagre, declarou que vai pedir esclarecimentos ao Conselho de Medicina do Ceará (CRM-CE) sobre os procedimentos adotados diante das denúncias feitas contra Dias.

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Vinagre diz que a corregedoria teve conhecimento apenas de um processo ético-profissional contra o cirurgião. Mas, segundo vítimas ouvidas pelo jornal, pelo menos duas denúncias foram feitas ao conselho - a primeira em 2016 e a segunda, no ano passado.

"Em julho de 2018, encaminhamos um ofício ao CRM-CE, dentro do processo da Camilla (Uckers, uma das pacientes que ficaram com sequela), listando outros quatro casos de pacientes prejudicadas pelo doutor Danilo, inclusive o caso da Lia Pacheco, que morreu, e pedimos a cassação do registro profissional dele, mas nada foi feito", relata Antonio Werner Feitosa, advogado que representa três das pacientes.

Ao tomar conhecimento pela reportagem do ofício, o corregedor do CFM afirmou que vai cobrar explicações. "Vou solicitar ao conselho do Ceará ou ao próprio corregedor que informe o que realmente aconteceu (a partir dessas denúncias)", declarou.

O Estado de S. Paulo pede, desde anteontem, esclarecimentos para o CRM-CE, sem sucesso. Procurado por e-mail e telefone, o assessor de imprensa do órgão não deu retorno.

A reportagem também tentou contato novamente com o cirurgião Danilo Rocha Dias, mas ele não respondeu ao pedido de entrevista. Anteontem, afirmou que seguiu todas as regras de segurança nas cirurgias e negou que tenha agido com imperícia ou imprudência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Alunos do 6.º ano e recém-formados em Medicina conseguiram, pelo segundo ano consecutivo, superar os 60% em aprovação no exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), teste realizado há 14 anos que avalia os conhecimentos dos profissionais que vão atuar na área.

Embora o índice tenha se mantido, os novos médicos ainda erraram questões básicas da profissão, como aferição da pressão arterial e atendimento inicial a vítimas de acidente de trânsito.

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Os resultados do exame foram apresentados nesta quarta-feira, 26, e apontaram que 61,8% dos 3.174 participantes do Estado de São Paulo acertaram mais de 60% das 120 questões da prova, porcentagem mínima que o conselho considera para a aprovação. O número ficou abaixo do alcançado no ano passado, quando 2.636 pessoas fizeram a prova e o índice de aprovados foi de 64,6% - em 2017, foi a primeira vez em dez anos que o índice ficou acima dos 60%.

"É um dado muito animador, porque mostrou que se manteve o porcentual em relação ao ano passado. Estávamos preocupados, porque não conseguíamos chegar a 50% (de aprovação). Três fatores principais estão ligados a isso: a conscientização que vem sendo feita pelo Cremesp com instituições e alunos; as faculdades darem mais valor ao exame; e o aluno atinar que é importante, porque há serviços de residência médica e para contratação que estão exigindo que o profissional tenha prestado essa avaliação", diz Lavínio Nilton Camarim, presidente do Cremesp.

Desde 2015, programas de residência médica e concursos públicos municipais adotaram a prova como critério para seleção de profissionais, como os Hospitais Israelita Albert Einstein, Sírio-libanês e Alemão Oswaldo Cruz e a Secretaria Municipal da Saúde. A nota dos participantes não é divulgada para os programas de residência nem para os empregadores.

O presidente do Cremesp avalia que a meta é aumentar os porcentuais de aprovação. "Queremos atingir, no mínimo, 90%, o que é factível. Os recém-formados estão provando que estão aumentando a sua margem."

Erros

O exame mostrou ainda que os médicos continuam cometendo erros em situações e problemas de saúde que aparecem com frequência. De acordo com o levantamento, 86% dos recém-formados erraram a abordagem inicial para atender vítimas de acidentes de trânsito. Os resultados mostraram ainda que 69% não acertaram as diretrizes para aferir pressão arterial e 68% não sabiam como proceder diante de um paciente com enfarte no miocárdio.

"Isso ainda nos preocupa, porque mostra o despreparo em áreas básicas. A área com menor aprovação foi a de clínica médica. A prova mostrou algumas deficiências de nossos alunos brasileiros", afirma o presidente do Cremesp. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu nesta terça-feira (12) sindicância para investigar a conduta do médico que fez laqueadura em Janaína Aparecida Quirino, de 36 anos, após decisão judicial. A Defensoria Pública afirma que ela foi esterilizada sem ter sido ouvida, o que é ilegal.

Presa com o marido em novembro, em Mococa (SP), sob acusação de tráfico de drogas, Janaína já teve oito filhos, mas perdeu a guarda de quatro - três crianças já foram adotadas e a quarta espera o processo.

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Após a prisão, Janaína, grávida de seis meses, foi mandada para a Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu (SP). Em fevereiro, após dar à luz, foi encaminhada, em condução coercitiva, para a realização de laqueadura na Santa Casa local.

O pedido para que Janaína fosse esterilizada partiu do promotor Frederico Barruffini sob o argumento de que só um procedimento do tipo seria "eficaz para salvaguardar a sua vida".

A solicitação foi aceita pelo juiz Djalma Moreira Gomes Junior, que considerou o fato de os filhos de Janaína somarem passagens por abrigos do município e não poderem ficar com ela por causa do consumo de "álcool e outras drogas". Diante da decisão, a prefeitura foi obrigada a realizar a cirurgia. A esterilização aconteceu após o parto, o que contraria o artigo 10 da Lei de Planejamento Familiar, e antes do julgamento em segunda instância do caso, após a prefeitura de Mococa recorrer.

O jornal O Estado de S. Paulo levantou uma série de documentos sobre o caso, mas não localizou nenhuma declaração da mulher favorável ou contra a laqueadura. O juiz afirma que ela "estava de acordo".

Uma equipe da Defensoria Pública de São Paulo deve ir à penitenciária onde Janaina está presa para ouvi-la e lhe oferecer assistência. "Vamos verificar se ela sabia que ia fazer a laqueadura no momento do parto. O mais grave que poderia ocorrer com ela já foi feito", disse a defensora Paula Machado Souza. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também a ouvirá.

Em nota, o Tribunal de Justiça disse que "não se manifesta sobre processos em andamento" e que o caso foi encaminhado para apuração da Corregedoria-Geral da Justiça. O Ministério Público Estadual afirmou que o procedimento foi realizado com base em decisão judicial e que a Corregedoria instaurou reclamação disciplinar para apurar o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) coletou dados sobre as instituições psiquiátricas que mantém convenio com a prefeitura para o atendimento de pessoas que são retiradas da Cracolândia e declarou que há irregularidades nos procedimentos. Entre os problemas apontados estão a falta de alvará de funcionamento das clínicas e armazenamento inadequado de medicamentos destinados ao tratamento dos pacientes.

Além disso, o grupo designado pelo Cremesp para averiguar os locais constatou a falta de equipamentos adequados, prescrições vencidas e pacientes sem a devida identificação. “O problema dos usuários da Cracolândia deve ser tratado, pela Prefeitura de São Paulo, de maneira (...) que eles não retornem a vulnerabilidade social que os levou à Cracolândia”, explica o coordenador do departamento jurídico do Cremesp, Mauro Aranha.

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O profissional também abordou a questão do retorno do paciente às ruas, sem amparo social e distante da família, como um dos problemas a serem enfrentados pelas autoridades na recuperação dessas pessoas. O Cremesp pretende agora, junto com o Ministério Público e outras entidades da área da saúde, encaminhar os dados à gestão municipal, com uma série de recomendações para aperfeiçoar o atendimento.

Mais da metade dos médicos recém-formados no estado de São Paulo (56,4%) é considerada inapta para o exercício da profissão nos exames de avaliação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), feitos no ano passado. Em comparação a 2015, houve aumento de 8,3 pontos percentuais na taxa de reprovação.

Foram avaliados 2.677 novos profissionais ante 2.726, em 2015. Do total de avaliados no ano passado, 1.511 não conseguiram a margem de acerto mínimo na prova aplicada pela Fundação Carlos Chagas (FCC). Para serem aprovados, os médicos precisam dar a resposta correta a, no mínimo, 60% das 120 questões. Em 2015, a taxa de reprovação chegou a 48,1% (1.312 candidatos). No ano passado, 1.166 (43,6%) dos avaliados obtiveram a média necessária para aprovação. Em 2015, 1.414 candidatos (51,9%) passaram no teste do conselho.

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O levantamento do Cremesp mostra que, na comparação entre as escolas públicas e privadas, prevalece um desempenho mais baixo entre os avaliados vindos de cursos particulares. Em 2015, 73,6% dos profissionais oriundos de escolas públicas tinham sido aprovados, taxa que caiu 62,2%, no ano passado. Já o percentual de aprovados entre os egressos de escolas privadas caiu de 41,2% para 33,7%.

Segundo o Cremesp, a avaliação foi feita com os formandos de 30 das 46 escolas médicas em atividade no estado. As demais escolas foram abertas há menos de seis anos e, portanto, ainda não apresentavam turmas de graduados no período do exame.

O teste do Cremesp consiste na identificação do conhecimento básico na área. Os avaliados têm de responder a 120 questões em cinco horas. Para ser considerado apto ao exercício profissional, o candidato deve responder corretamente a, no mínimo, 72 questões.

O pior desempenho foi na área de saúde pública e epidemiológica, com média de acertos de 49,1. Na pediatria, a média chegou a 53,3 e na obstetrícia, 54,7. Muitos dos candidatos não foram capazes de interpretar imagem para diagnosticar e administrar a condução terapêutica para problemas básicos de saúde como casos de hipertensão e doenças respiratórias. Segundo o Cremesp, 80% dos recém-formados erraram a conduta no tratamento de paciente idoso e 75% demonstraram não saber identificar as principais características e conduta em caso de paciente com problemas respiratórios.

Obrigatoriedade

Na avaliação do presidente do Cremesp, Mauro Gomes Aranha de Lima, a piora no desempenho reflete uma situação “sistêmica” no país e a “ausência de um exame obrigatório de avaliação” que pudesse fazer um aperfeiçoamento do curso de medicina. Além do exame obrigatório, ele defende o impedimento do exercício legal da profissão até que as lacunas de conhecimento sejam preenchidas.

Para Aranha de Lima, o teste é fundamental porque é a partir dele que o profissional vai demonstrar se é capaz de desenvolver o raciocínio clínico, identificando as doenças mais prevalentes na população.

Segundo ele, o interesse do Cremesp não é deixar a população insegura, mas sim sensibilizar os governantes e legisladores para que tornem o exame obrigatório para todo o país e para que novos critérios de fiscalização sejam adotados pelo Ministério da Educação (MEC).

Mais da metade dos recém-formados em escolas médicas do estado de São Paulo foi reprovada no Exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) 2016. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 8, pelo conselho médico paulista. A prova é feita por todos os estudantes formados em medicina que querem se inscrever no conselho regional paulista para retirar o registro da CRM (Conselho Regional de Medicina) e atuar como médico no estado.

De acordo com a Cremesp, dos 2.677 participantes, 56,4% (1.511) não alcançaram a nota mínima, pois, acertaram menos que 60%, ou 72 das 120 questões. Por exemplo, 80% dos participantes não souberam interpretar uma radiografia e erraram o tratamento do paciente idoso. A Cremesp realiza a prova desde 2005.

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O índice de reprovação em 2015 foi de 48,1%, porém, os resultados de 2016 se mantém na média da série histórica. "Com exceção de 2015, nos últimos 10 anos o índice de reprovação ficou acima de 50%. É preciso que as escolas médicas promovam melhorias nos métodos de ensino e imprimam mais rigor em seus sistemas de avaliação", afirmou Bráulio Luna Filho, diretor do Cremesp e coordenador do exame.

O conteúdo da prova abrange as principais áreas da medicina: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Ginecologia, Pediatria, Obstetrícia, Saúde Mental, Bioética, Epidemiologia e Ciências Básicas. A prova foi aplicada pela Fundação Carlos Chagas (FCC).

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) instaurou uma sindicância para apurar o vazamento de imagens dos exames da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, internada desde terça-feira por causa de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O hospital Assunção, em São Bernardo do Campo, também instaurou sindicância e afastou profissionais envolvidos no atendimento a Marisa Letícia.

Fotos e imagens em vídeo dos exames da ex-primeira-dama circulam desde o dia da internação nas redes sociais. Segundo fontes médicas, as imagens correspondem às da tomografia à qual Marisa foi submetida no hospital Assunção, em São Bernardo do Campo, onde recebeu o primeiro atendimento antes de ser transferida para o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde continua internada.

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O Sírio divulgou uma nota no início da noite de ontem na qual afirma que as imagens não saíram do hospital. "A instituição zela pela privacidade de seus pacientes e repudia a quebra de sigilo médico por qualquer profissional de saúde", diz a nota.

O hospital Assunção, também por meio de nota, afirmou que repudia o vazamento e também tomou providências. "O hospital esclarece que tão logo tomou conhecimento do evento, imediatamente instaurou sindicância interna para apuração dos fatos, tendo suspendido e afastado os envolvidos na investigação até a sua conclusão", diz a nota.

Segundo o Cremesp, um dos objetivos da sindicância é averiguar se houve participação de médicos no vazamento. "A apuração pode apontar se a divulgação de dados clínicos teve a participação de médicos ou se era do conhecimento da diretoria técnica ou clínica da instituição. De acordo com o Código de Ética Médica, é vedado ao médico 'permitir o manuseio e 'o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade'. Também não é permitido "liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria defesa"' esta última em situação de sindicância ou processo ético-profissional", diz o Cremesp.

Segundo médicos do Sírio, a situação de Marisa Letícia ainda é grave mas continua estável desde a madrugada de terça-feira. Depois de passar por uma cirurgia para estancar a hemorragia no cérebro causada pelo rompimento de um aneurisma diagnosticado há mais de 10 anos, a ex-primeira-dama foi submetida a um segundo procedimento que consiste na utilização de um catéter para reduzir a pressão intracraniana.

Desde então Marisa Letícia está em coma induzido. Os sedativos serão mantidos pelo menos até sábado, segundo fontes médicas.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) emitiu uma nota se posicionando a favor da descriminalização do porte de maconha para consumo próprio no Brasil. O tema é analisado desde 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o julgamento que vai definir se o artigo 28 da Lei n.º 11.343/2006, que trata sobre drogas, é constitucional está suspenso desde setembro do ano passado.

A decisão de se declarar a favor foi tomada no último dia 30, após uma reunião da Câmara Técnica de Psiquiatria. "Nós nos posicionamos a favor da descriminalização do porte para o uso próprio e não do comércio, do tráfico. A maconha é uma realidade no País e no mundo, não há como evitar que as pessoas comprem a droga. O indivíduo não pode ser penalizado. Ele deve ser orientado e tratado, mas não preso", diz Mauro Aranha, psiquiatra e presidente do Cremesp. "Geralmente, quem é preso por porte de maconha para uso próprio são as pessoas mais vulneráveis, que vivem nas periferias das grandes metrópoles."

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Aranha afirma que o ideal seria fazer uma avaliação da pessoa que for flagrada com maconha e que a prisão deveria ser destinada a quem comete o crime de tráfico de drogas. Ele ressalta que a medicina reconhece os danos à saúde causados pela maconha.

"É uma droga que pode provocar malefícios graves, levar a quadros psicóticos, prejudicar o desenvolvimento neurológico de jovens e adultos até os 25 anos e induzir a uma síndrome na qual o indivíduo não desenvolve suas funções sociais e profissionais, justamente por isso a pessoa precisa ser orientada. Se faz o uso nocivo ou é dependente, precisa ser tratada", disse o presidente do Cremesp.

O recurso que está sendo julgado pelo STF se baseia em uma ação da Defensoria do Estado de São Paulo, que contestou a condenação do comerciante Francisco Benedito de Souza por portar 3 gramas de maconha dentro de uma penitenciária em Diadema no ano de 2009. O artigo 28 da Lei n.º 11.343/2006 define como crime adquirir, guardar ou portar drogas para consumo pessoal.

Opiniões contrárias

O posicionamento do Cremesp divide a opinião de especialistas. Para o professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dartiu Xavier da Silveira, a posição do conselho de Medicina segue a adotada por diversos países. "Já é uma coisa que se faz no mundo inteiro. As nações mais civilizadas estão tendo essa discussão por uma constatação do fracasso da guerra às drogas. Tem de combater a dependência."

Silveira, que trabalha com dependência química há 30 anos, diz que criminalizar o consumo de drogas coloca o usuário em risco. "Quando há proibicionismo, sempre se observam formas mais perigosas de distribuição das drogas."

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, afirma que a entidade mantém sua posição contrária à descriminalização do porte de drogas.""Somos contra o uso de drogas ilícitas. O Brasil já convive com vários problemas, e as pessoas tentam burlar o que é estabelecido de todas as maneiras." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo menos 33 médicos que atuam em São Paulo são investigados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremesp) por suspeita de receber comissões de empresas fabricantes de dispositivos médicos, esquema que ficou conhecido como máfia das órteses e próteses. Em alguns casos tornados públicos, os profissionais indicavam operações sem necessidade para ganhar propina pelo uso dos materiais cirúrgicos.

Dados do conselho obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo mostram que esse foi o número de sindicâncias instauradas entre 2013 e 2015 por supostas condutas médicas irregulares referentes a órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs). O volume ainda é pequeno ante o número total de investigações abertas no período (10.193), mas, segundo o presidente do Cremesp, Mauro Aranha, apurações do tipo têm se tornado cada vez mais frequentes dentro do órgão. "Isso é absolutamente detestável. Não aceitamos e combatemos com ênfase essa prática, mas como ela tem sido bastante ampla, a gente não consegue detectar todos os médicos que possam se beneficiar dessa postura antiética", diz Aranha.

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Na última terça-feira (13) o Cremesp abriu uma sindicância para investigar outros dois profissionais: os cardiologistas Marco Antonio Perin e Fábio Sandoli de Brito Júnior, do Hospital Israelita Albert Einstein. Eles foram denunciados à Polícia Civil pela direção da instituição por suspeita de receber pagamentos de uma empresa fornecedora de materiais cardíacos. Ao hospital, eles negaram as irregularidades.

Normas

O Código de Ética Médica, editado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), proíbe o profissional de receber qualquer tipo de benefício de empresas. No ano passado, com o aumento de denúncias da ação da máfia das órteses e próteses, o Cremesp editou resolução na qual detalha exemplos de práticas proibidas, vedando ao médico, por exemplo, "prescrever medicamentos, órteses, próteses e materiais, bem como utilizar métodos diagnósticos, com base em contrapartidas como recebimento de gratificações ou pagamentos de inscrições em eventos e viagens, bem como qualquer outra forma de vantagem".

De acordo com o presidente do Cremesp, há uma câmara técnica no conselho especializada em avaliar esse tipo de conduta. "A gente segue à risca essa resolução de 2015, não só apurando as denúncias, mas fazendo busca ativa de ocorrências do tipo", afirma Aranha.

O Cremesp não informou se algum profissional já foi punido por esse tipo de infração e disse que todas as sindicâncias correm em sigilo. As penas aplicadas pelo órgão podem variar de uma advertência até a cassação do registro profissional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) anunciou que abrirá sindicância para investigar o médico que tem cinco cargos públicos em duas cidades do interior paulista: Americana e Santa Barbara d'Oeste. Essa quantidade de emprego no poder público vai contra a legislação federal, mas o profissional Maurício Boschi alega ser comum na atividade que exerce.

Segundo denúncias, o profissional chega a atuar em até quatro locais em um único período do dia. Pela lei, ele poderia trabalhar em apenas duas instituições públicas e desde que não seja em um mesmo horário.

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Boschi, que é pediatra, teria contratos em Americana com a prefeitura local e com a Fundação de Saúde do Município. Na cidade de Santa Bárbara d’Oeste, ele trabalha em uma Unidade Básica de Saúde e no Ambulatório do Servidor Municipal. Além disso, ainda atende como médico do Detran.

A reportagem não conseguiu contato com o pediatra, mas ao ser abordado por reportagem da TV Globo, ele declarou que seria comum ter mais de um emprego. Segundo ele, principalmente, na classe médica.

Investigação

As prefeituras de Americana e Santa Bárbara d'Oeste também apuram as denúncias. Uma sindicância foi aberta em Americana e, até que seja concluída, o profissional segue trabalhando normalmente.

Ele também continua em atividade no Detran e na prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, locais onde não teriam sido detectadas irregularidades na prestação do serviço.

A Justiça Federal derrubou a obrigatoriedade do exame do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) para a obtenção do registro profissional. A prova existe desde 2005, mas há dois anos é pré-requisito para se cadastrar na entidade de classe e trabalhar como médico no Estado.

O Tribunal Regional da 3ª Região concedeu a liminar na semana passada, em ação movida pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior (Semesp). O Cremesp pretende recorrer nos próximos dias e manterá a realização do exame, marcado para domingo.

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A obrigação de fazer a prova para registro profissional, independentemente do resultado, é prevista por resolução do Cremesp de 2012. "A exigência de exame nacional de certificação profissional como requisito indispensável à obtenção do registro profissional junto a conselhos de classe há de estar prevista em lei", ponderou o desembargador Nelton dos Santos, responsável pela decisão.

O magistrado cita o exemplo do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com exigência prevista pela Lei 8.906/94. O entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo Santos, também indica que a resolução do conselho de classe não é suficiente para exigir o exame.

Confronto

No processo, o Semesp reclama que condicionar o registro à participação no exame é ilegal. O sindicato também questiona a qualidade do teste e a divulgação dos resultados, que poderiam trazer prejuízos aos profissionais e às escolas médicas responsáveis por sua formação.

O conselho diz que a prova é uma tentativa de avaliar a qualidade das escolas médicas do Estado. "O exame confronta a má qualidade de alguns cursos de Medicina", aponta Mauro Aranha, vice-presidente do Cremesp. Segundo o órgão, a prova é elaborada por instituição qualificada e não é feita divulgação pública do desempenho dos participantes.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que a entidade paulista é a única a exigir a prova para o registro profissional no País. Propostas de avaliação da qualidade dos cursos e dos médicos recém-formados ainda são discutidas por várias instâncias do órgão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) publicou anteontem uma resolução que regulamenta a prescrição da substância canabidiol (CDB) - um dos princípios ativos da Cannabis sativa, a maconha. São Paulo é o primeiro Estado a regulamentar a substância.

Os médicos com registro profissional em São Paulo poderão prescrever a substância para bebês e crianças que tenham epilepsia mioclônica grave, doença que se manifesta nos primeiros meses de vida e causa crises que não podem ser controladas pelos remédios hoje disponíveis. A medida se baseia em estudos que têm demonstrado o potencial do canabidiol em diminuir a frequência de crises convulsivas entre esses pacientes.

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"O Cremesp entende que a principal justificativa para seu uso é a não efetividade dos medicamentos convencionais nessa forma grave de epilepsia, o que acaba por levar os pacientes acometidos, depois de múltiplas crises convulsivas, a retardo mental profundo e até mesmo à morte", afirmou o vice-presidente do conselho, Mauro Aranha de Lima. Ainda segundo o Cremesp, o uso do CDB "não induz a efeitos alucinógenos ou psicóticos, como também não tem efeitos inibitórios relevantes na cognição humana".

Embora o canabidiol seja proibido no Brasil e ainda não tenha registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estudos têm mostrado sua eficácia no tratamento de doenças raras que apresentam entre suas características quadros graves de convulsão ou problemas de saúde que causam dores crônicas e fortes.

A importação do canabidiol pode ser autorizada pela Anvisa por meio de uma solicitação excepcional para uso pessoal. Desde maio, quando a agência criou mecanismos para que as pessoas possam ter acesso a esses medicamentos sem demandas judiciais, a Anvisa já recebeu 167 pedidos de importação do canabidiol, cuja comercialização é aprovada nos EUA e em alguns países da Europa. O prazo médio das liberações pela Anvisa é de uma semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Que tipo de tratamento podem ter doentes internados em hospitais sem condições mínimas de higiene, com apenas um terço do número de profissionais de saúde necessário e em galpões ou salas lotadas e malcheirosas? Essa é a situação em que vive parte dos 1.070 pacientes dos hospitais de custódia do Estado de São Paulo, unidades onde pessoas com transtorno mental que cometeram crimes deveriam receber tratamento psiquiátrico.

As irregularidades foram encontradas em fiscalização do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) feita entre maio e julho do ano passado em três hospitais de custódia do Estado: as duas unidades de Franco da Rocha, na Região Metropolitana, e a de Taubaté, no interior. Os resultados da vistoria deram origem ao livro Hospital de Custódia: Prisão sem Tratamento, finalizado na semana passada, ao qual o Estado teve acesso com exclusividade.

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Entre os principais problemas apontados pelo Cremesp estão a péssima estrutura física e a ausência de um tratamento adequado para os internos. Na maioria das unidades, a limpeza era quase inexistente. Havia restos de comida debaixo das camas, quartos com urina e fezes e cheiro forte de fumaça de cigarro nos ambientes em que os pacientes dormiam.

"Nenhuma das unidades apresentou laudo da Vigilância Sanitária nem do Corpo de Bombeiros", conta o psiquiatra forense Quirino Cordeiro, membro do Cremesp e um dos coordenadores da fiscalização.

A maioria dos pacientes tinha como único tratamento a medicação. Faltavam psiquiatras, psicólogos, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. Uma das unidades visitadas tinha apenas 28 dos 72 profissionais de saúde necessários.

"Na maioria dos locais, o período da noite fica sem nenhum médico plantonista. Muitas vezes os agentes de segurança penitenciários fazem o papel de farmacêutico ou de auxiliar de enfermagem. Não há tratamento individualizado. O foco acaba sendo o tratamento medicamentoso, até em doses mais elevadas", afirma Cordeiro.

Prisão perpétua

Segundo o vice-presidente do Cremesp, o psiquiatra Mauro Aranha de Lima, a dinâmica encontrada nos hospitais de custódia impede que eles cumpram sua função: tratar os pacientes e cessar sua periculosidade.

"Esses pacientes, quando cometeram crimes, estavam doentes, não tiveram dolo nem culpa e por isso não receberam uma pena, mas, sim, uma medida de segurança, para que sejam tratados. Só que, sem esse tratamento, o quadro deles só piora e eles acabam condenados à prisão perpétua, já que, sendo tratados dessa forma, nunca estarão aptos a retornar ao convívio social", afirma ele, que também coordenou a fiscalização do Cremesp.

Os psiquiatras explicam que a situação observada nesses locais ainda segue a lógica manicomial, em que o doente mental não tem o tratamento adequado e fica segregado da sociedade. A Lei Federal 2.216, de 2001, determinou a extinção desse modelo. A partir de então, o País deveria passar a priorizar um tratamento com foco na reinserção social do paciente, seja infrator ou não.

"Sabemos que, com um tratamento adequado, um paciente com quadro psicótico pode sair da internação em alguns meses, dando seguimento ao tratamento de forma ambulatorial. Nesses hospitais, há internos que estão lá há décadas. Ou seja, é uma lógica de prisão e não de saúde", diz Lima. O próprio Código Penal prevê que o paciente em medida de segurança permaneça, no mínimo, um ano em hospital, antes de ser avaliado novamente por um perito.

Tratamento

Ex-paciente do Hospital de Custódia 2 de Franco da Rocha, um estudante que não pode ser identificado afirma ter visto seu quadro de dependência química piorar nos meses em que ficou internado.

A unidade 2 é destinada a doentes que já estão próximos da desinternação. Muitos já têm autorização para ficar alguns dias em casa. "Todo mundo voltava com droga e havia conivência dos funcionários. Era eu voltar de casa ao hospital para ter recaída. Não existe tratamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp-SP), João Ladislau Rosa, contesta os benefícios da verticalização revelados pelas operadoras. "Só quem ganha com isso é o plano de saúde. A partir do momento em que a livre escolha acaba, não há vantagens para o usuário. Ainda que iniciem o tratamento necessário no local de sua preferência, os pacientes podem ser transferidos a qualquer momento para a rede própria do plano", alega.

A entidade também aponta prejuízos para os médicos. "Quem é contratado para atender em um hospital de operadora tem suas decisões limitadas. Perde autonomia até para solicitar exames." Para Rosa, aumentar a fiscalização sobre a rede própria dos convênios é parte das medidas necessárias para proteger os direitos dos usuários. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no entanto, afirma que as normas existentes já servem para fiscalizar a verticalização do sistema.

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"O redirecionamento (para a rede própria das operadoras) é uma preocupação. Essa prática, quando exacerbada, pode trazer prejuízos. Mas o simples falto de ela existir não significa limite ou restrição a acesso. O que deve ser verificado é se a operadora oferece acessos aos serviços e se cumpre os prazos, dentro ou fora de sua rede própria", diz o gerente-geral de Estrutura e Operação de produtos da ANS, Rafael Vinhas.

Com base em um convênio com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a agência diz ainda acompanhar movimentos de mercado que possam gerar monopólio.

Limitações

Para clientes de planos de saúde, limitações impostas pelas operadores no poder de escolha preocupam. Cliente da Amil, Maria Madalena, de 30 anos, afirma que os hospitais de rede não raramente funcionam como hospitais públicos, quando se trata de tempo de espera e qualidade de atendimento.

"Só posso ir na rede própria, mas às vezes ela não tem o atendimento que preciso. Eles mandam de um hospital para outro e não querem saber se temos condições de ir", reclama. "De um hospital público a gente não pode reclamar, mas estamos pagando." A operadora diz que respeita os prazos e que a qualidade de seus hospitais é reconhecida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Júnior, na manhã desta quinta-feira (16), se mostrou a favor da participação obrigatória de alunos de medicina em exames que avaliem seus conhecimentos, habilidades e atitudes médicas. De acordo com a Agência Câmara de Notícias, o presidente usou como argumento que a prova impediria o ingresso de profissionais despreparados no mercado de trabalho, uma vez que eles podem proporcionar risco à saúde da sociedade. Azevedo participa de uma audiência pública, em Brasília.

No ano passado, o Cremesp tornou obrigatória a participação dos formandos em medicina no exame, que já era ofertado desde o ano de 2005 em caráter voluntário. Segundo a Agência, 54% dos candidatos foram reprovados. “Na área de clínica médica, metade das questões não foram respondidas corretamente ao longo dos anos. Temos convicção de que quem não acerta 60% da prova tem graves problemas na sua formação”, destacou Azevedo, conforme informações da Agência. A audiência pública é realizada na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. O encontro debate o projeto de lei que estabelece a realização de exame de admissão para o exercício profissional da medicina.

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Com informações da Agência Câmara de Notícias



O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) realizou pela primeira vez, o Exame do Cremesp obrigatório a todos os formandos de medicina. A prova foi realizada no dia 11 de novembro, e nesta quinta-feira (6) foi divulgado o resultado.

Dos 2.411 estudantes, formados em escolas médicas do Estado de São Paulo, 54,5% foram reprovados. No total, a prova contou com a participação de 2.525 egressos das 28 escolas médicas paulistas que funcionam há mais de seis anos. Desses, 114 tiveram suas provas invalidadas.

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O resultado da prova também apresentou que as escolas da rede privada obtiveram a menor média. De forma  percentual alunos de faculdades públicas ficaram com uma média maior, 63,74 % de acertos, enquanto os estudantes da rede privada ficaram 54,38 % de acertos.

Com camisetas laranja com a opção B assinalada e os dizeres "Por uma avaliação com qualidade", cerca de 50 estudantes de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fizeram um protesto na manhã deste domingo, 11, antes da entrada dos formandos para o exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

Eles são contra a aplicação da prova como forma de avaliar o estudante e organizaram um boicote em que a maioria dos 110 alunos vai marcar a letra B entre as alternativas da prova.

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Neste ano, a participação no exame passou a ser pré-requisito para os estudantes que desejam atuar no Estado após a formatura. Ao todo, o exame recebeu 2.924 inscrições.

"Vamos todos responder B hoje, porque não concordamos com essa forma de avaliação. Esse exame optativo não avalia os problemas da educação e da saúde no país" afirmou um dos coordenadores do movimento de boicote da Unicamp, o estudante Fabrício Donizete da Costa, antes de entrar para a prova, realizada no Colégio Progresso, em Campinas.

A manifestação começou por volta das 8h, uma hora antes do início da prova. "O edital nos dá a segurança jurídica de que nada pode acontecer profissionalmente com quem aderir ao boicote", afirmou Costa.

Para o estudante André Citroni Palma, as informações divulgadas durante a semana do Cremesp, de que quem anulasse a prova viraria um profissional "ficha-suja", não devem esvaziar o movimento. Durante a entrada, o estudante J.M., afirmou que iria furar o boicote, respondendo às questões do exame, mas que concordava com o movimento organizado pelos estudantes do Centro Acadêmico Adolfo Lutz, da Unicamp. "Apoio a contrariedade em relação a avaliação, mas não vou correr o risco agora de não poder exercer a profissão", disse o estudante.

Em assembleia realizada em julho, a maior parte dos 110 estudantes da Medicina da Unicamp decidiu pelo boicote ao exame. Eles combinaram manifestar seu descontentamento marcando a opção B, de boicote, em todas as questões.

"Não é uma briga com o Cremesp, queremos discutir essa forma de avaliação, que não serve para nada", afirmou a estudante Bárbara Freire. Para ela, o risco de ter problemas com o exercício da profissão, caso a prova seja considerada nula, é uma ameaça sem fundamento do conselho. "Temos respaldo jurídico. O edital garante que se fizermos a prova, nada acontecerá", afirma Bárbara.

Segundo o Cremesp, o exame tem como objetivo avaliar as escolas de Medicina, não os estudantes, e por isso a nota obtida é confidencial e somente o autor poderá acessá-la.

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