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A legislação brasileira que trata da proteção à criança e ao adolescente contra a violência foi reforçada nesta segunda feira (15), com a publicação no Diário Oficial da União da Lei 14.811/2024. A medida modifica o Código Penal, a Lei dos Crimes Hediondos e o Estatuto da Criança e do Adolescente e torna mais rigorosas as penalidades para crimes contra essa população.

Uma das mudanças amplia em dois terços a punição por crime de homicídio contra menor de 14 anos em instituições de ensino. O texto estabelece também a exigência de certidões de antecedentes criminais de todos os colaboradores que trabalhem em locais onde são desenvolvidas atividades com crianças e adolescentes.

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Outra alteração estabelece em cinco anos de prisão a penalidade para responsáveis por comunidade ou rede virtual, onde seja induzido o suicídio ou a automutilação de menor de 18 anos ou de pessoa com capacidade reduzida de resistência. Esse tipo de prática, assim como sequestro, cárcere privado e tráfico de crianças e adolescentes, foi tipificada como crime hediondo.

A lei descreve ainda os crimes de bullying e cyberbullying, definindo pena de dois a quatro anos de prisão para casos praticados em ambiente digital que não representem crime grave. Responsáveis pela transmissão ou exibição de conteúdos pornográficos com crianças e adolescentes também passam a ser penalizados, da mesma forma que os produtores desse tipo de conteúdo, com reclusão de quatro a oito anos, além da aplicação de multa.

O texto estabelece ainda pena de dois a quatro anos de prisão para o crime de não comunicação de desaparecimento de criança ou adolescente, de forma intencional. As mudanças têm efeito imediato e passam a valer com a publicação de lei.

Em 2023, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou 137 projetos de lei, 22 medidas provisórias, 25 projetos de decreto legislativo, 8 projetos de resolução, 8 projetos de lei complementar e 3 propostas de emenda à Constituição (PECs).  A Agência Câmara está publicando um balanço dessas votações dividas por tema. 

Um dos projetos de destaque aprovados na área de direito e Justiça é o que torna hediondos crimes como sequestro, cárcere privado ou tráfico de pessoas quando praticados contra criança ou adolescente. A proposta está em análise no Senado. 

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O texto aprovado é do relator, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), para o Projeto de Lei 4224/21, do deputado Osmar Terra (MDB-RS). Condenados por crimes considerados hediondos não podem contar com anistia, graça e indulto ou fiança, e devem começar a cumprir pena inicialmente em regime fechado.  Ao lado dos crimes de sequestro, cárcere privado ou tráfico de crianças ou adolescentes, será considerado hediondo:  - agenciar ou coagir esse público a participar de cenas de pornografia; - atuar com essas pessoas nessas cenas; e - exibir ou transmitir pela internet ou aplicativos, em tempo real, cena de sexo explícito ou pornográfica com a participação de criança ou adolescente. 

O projeto cria ainda uma política nacional de prevenção e combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, além de prever a criação de protocolos a serem seguidos nas escolas para prevenir e combater a violência nesse ambiente. 

Empate favorece réu

Quando houver empate nos julgamentos de matéria penal ou processual penal, valerá a decisão mais favorável ao réu. Isso é o que prevê o Projeto de Lei 3453/21, aprovado em março pela Câmara dos Deputados. A proposta está em debate no Senado. 

De autoria do deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), o projeto assegura também a expedição de habeas corpus, de ofício, por juiz ou tribunal ainda que sem o conhecimento da ação ou recurso contra coação ilegal. 

O texto aprovado é um substitutivo do deputado Elmar Nascimento (União-BA), que determina a proclamação imediata da decisão mais favorável no caso de empate, mesmo que o julgamento tenha ocorrido sem a totalidade dos integrantes do colegiado em razão de vaga aberta a ser preenchida, de impedimento, de suspeição ou da ausência de membro.  As mudanças ocorrerão no Código de Processo Penal e na lei que institui normas procedimentais para determinados processos apresentados perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), como crimes de ação penal pública, habeas corpus e recursos. 

Importunação no transporte

A Câmara dos Deputados aprovou também projeto de lei que atribui pena maior para a importunação sexual praticada durante o trajeto em transporte de passageiro individual remunerado, como táxis ou aplicativos de transporte, como o Uber. A matéria foi enviada ao Senado. 

De autoria do deputado Alex Manente (Cidadania-SP) e outros, o Projeto de Lei 3964/23 aumenta a pena geral, de reclusão de 1 a 5 anos, para reclusão de 2 a 6 anos se o ato não constituir crime mais grave.  O projeto também prevê um limite superior de pena maior, de 12 anos, para o crime de estupro praticado nesse tipo de transporte. 

Mais prazo para denunciar

Para casos de crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que aumenta o prazo de prescrição de ações de reparação civil. A matéria está em análise no Senado. 

De autoria da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), o Projeto de Lei 4186/21 aumenta a prescrição de 3 para 20 anos, contados da data em que a vítima completar 18 anos e valerá para os crimes tipificados no Código Penal ou em lei específica, como a Lei Maria da Penha. 

A prescrição é a perda do direito do Estado de aplicar a pena ou de executá-la em virtude de falta de iniciativa nesse sentido. 

O Código Civil prevê, atualmente, a suspensão da contagem da prescrição em relação às vítimas menores de 16 anos até que atinjam essa idade, mas mesmo assim não ocorrerá antes da respectiva sentença definitiva, do arquivamento do processo criminal ou do inquérito policial.

Furto e roubo

Penas para os crimes de furto, roubo, receptação de produtos roubados, latrocínio (roubo seguido de morte) e outros podem ser maiores, segundo prevê o Projeto de Lei 3780/23, em análise no Senado.  A proposta, do deputado Kim Kataguiri (União-SP) e outros, foi aprovada com um texto do deputado Alfredo Gaspar (União-AL). A pena geral de furto passa de reclusão de 1 a 4 anos para 2 a 6 anos, aumentando-se da metade se o crime é praticado durante a noite. 

No caso do furto qualificado, cuja pena continua a mesma (2 a 8 anos), o relator incluiu novo caso: furto de equipamento ou instalação prejudicando o funcionamento de serviços de telecomunicações, energia elétrica, abastecimento de água, saúde e transporte público. Nessa qualificação seria enquadrado, por exemplo, o furto de fiação elétrica. 

Já o furto por meio de fraude com o uso de dispositivo eletrônico, os golpes virtuais, tem pena aumentada de reclusão de 4 a 8 anos para 4 a 10 anos. 

Quanto ao crime de roubo, a pena geral de 4 a 10 anos passa para 6 a 10 anos, com aumento de 1/3 para duas novas situações semelhantes à do furto: equipamentos ou instalações ligadas a serviços públicos e roubo de dispositivo eletrônico ou informático. 

Quando o roubo ocorrer com violência e dela resultar lesão grave, a pena atual de 7 a 18 anos passará para 16 a 24 anos se o projeto virar lei.  No caso do latrocínio (roubo seguido de morte da vítima), o condenado pode pegar de 24 a 30 anos. Hoje a pena é de 20 a 30 anos.  Fonte: Agência Câmara de Notícias 

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), a Operação Lágrimas de Sal, para investigar possíveis crimes cometidos durante os anos de exploração de sal-gema pela Braskem em Maceió. 

A exploração de sal-gema na capital alagoana ocorreu de 1976 a 2019, resultando em grave instabilidade no solo de bairros como Pinheiro, Mutange, Bebedouro e adjacências. A área se tornou inabitável, tendo em vista os riscos de desmoronamento de casas, ruas e fechamento do comércio, levando mais de 60 mil pessoas a terem que deixar os bairros. 

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As investigações da PF apuraram indícios de que as atividades de mineração desenvolvidas no local não “seguiram os parâmetros de segurança previstos na literatura científica e nos respectivos planos de lavra, que visavam a garantir a estabilidade das minas e a segurança da população que residia na superfície”. 

De acordo com as apurações feitas até agora, foram identificados indícios de apresentação de “dados falsos e omissão de informações relevantes aos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização da atividade, permitindo assim a continuidade dos trabalhos, mesmo quando já presentes problemas de estabilidade das cavidades de sal e sinais de subsidência do solo acima das minas”. 

A PF diz que os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de poluição qualificada, usurpação de recursos da União, apresentação de estudos ambientais falsos ou enganosos, inclusive por omissão, entre outros delitos. 

Aproximadamente 60 policiais federais cumprem 14 mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços ligados aos investigados nas cidades de Maceió, no Rio de Janeiro e em Aracaju, capital de Sergipe. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no estado de Alagoas. 

O nome da Operação Lágrimas de Sal é referência ao sofrimento causado à população pela atividade de exploração de sal-gema.

A Polícia Civil prendeu um suspeito de organizar assaltos coletivos, conhecidos como arrastões, em Copacabana, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O jovem, de 21 anos, estava escondido na casa do pai, na Baixada Fluminense, e tinha contra ele um mandado de prisão pendente. 

Segundo a Polícia Civil, a identificação do suspeito ocorreu depois de uma investigação, que envolveu levantamento de informações, depoimentos de testemunhas e vítimas e análise de imagens.  

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Ainda de acordo com a Polícia Civil, ele aliciava pessoas para cometer os crimes, nos fins de semana, no momento em que as vítimas saíam das praias. Entre os aliciados estão adolescentes.  

Além do mandado de prisão, o jovem tinha contra ele mais de dez anotações criminais por roubo e furto cometidos em diversas áreas da cidade. Ele também já tinha sido preso anteriormente.

Recentes notícias veiculadas na imprensa sobre casos de roubos na orla de Copacabana, um dos principais destinos turísticos do Rio de Janeiro e do país, levaram o governo fluminense a anunciar um aumento das abordagens policiais e redistribuição do patrulhamento na região, na semana passada.

A polícia também monitora grupos de justiceiros, moradores que decidiram se unir para buscar e agredir suspeitos de roubos em Copacabana.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, comparou nesta sexta-feira (1º) o massacre de Paraisópolis, ocorrido em 2019, aos crimes praticados por agentes do estado na ditadura militar. “A ditadura militar está presente em fatos como o que ocorreu em Paraisópolis”, enfatizou ao participar do evento Mulheres em Luta por Memória, Justiça e Verdade, no Memorial da Resistência, na região central da capital. 

Em dezembro de 2019, uma ação da Polícia Militar (PM) em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, zona sul paulistana, resultou na morte de nove jovens. Os policiais que participaram da operação afirmam que as mortes foram causadas por pisoteamento, resultado da confusão instaurada no local.  Um relatório elaborado pela Defensoria Pública de São Paulo contesta essa versão e aponta como causa da morte asfixia. A partir de exames periciais, o documento aponta que as vítimas teriam sido encurraladas em uma viela e sufocadas com o uso de gás lacrimogêneo. 

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Memória

Para quebrar os ciclos de violações de direitos, Almeida ressaltou a necessidade de se manter viva a memória desses fatos. “Nós não queremos mais que se repita a escravidão, não queremos mais que se repita a ditadura militar”, disse o ministro ao discursar. “Tudo que nós vimos em 1964, durante 21 anos, ainda está presente na sociedade brasileira, está muito forte. Estou falando do 8 de janeiro [com a invasão da sede dos três poderes em Brasília por manifestantes de extrema-direita], que foi o ápice disso, mas, eu quero lembrar que nós tivemos quatro anos de um governo que exaltou a ditadura militar no Brasil”, disse. 

Estado repressor

A própria estrutura do Estado brasileiro, segundo Almeida, dificulta a universalização de direitos básicos. De acordo com o ministro, o Brasil sofre de uma “falta de soberania econômica” que causa uma “desigualdade profunda”. “A gente só consegue sustentar esse tipo de ambiente, essa falta de soberania econômica, se junto a isso vier também um Estado profundamente autoritário, violento, repressor, um Estado infenso à democracia”, relacionou. 

Na visão de Almeida, essa situação dificulta mudanças, mesmo quando pessoas progressistas estão à frente dos governos. “Aqueles que já estiveram na administração pública sabem, boa vontade não é suficiente. Há uma série de dificuldades para que haja, de fato, um espaço para que as vozes do povo possam participar das políticas governamentais”, acrescentou. 

Depoimento

Mãe de um dos jovens mortos no Massacre de Paraisópolis, Maria Cristina Quirino também questionou até que ponto existe democracia no país. “Essa democracia que matou meu filho, porque é assim que eu entendo essa democracia. Hoje, eu não consigo enxergar essa democracia de outra forma a não ser enxergando a morte do meu filho”, disse ao fazer uma fala emocionada durante o evento. 

“Eu sei que existe lei. Eu sou cumpridora dessas leis. Eu respeito as leis, mas eles não respeitaram as minhas leis. Eles me tiraram o direito de criar o meu filho. Meu filho tinha 16 anos. Meu filho que ia crescer, que ia florescer. Ele estava na juventude. Meu filho era uma criança que não se formou no adulto. Ele tinha 16 anos. Ele era um ser humano, era muito importante pra mim, para minha família inteira. Hoje, a minha família está vivendo todos os minutos aquele dia, aquele maldito dia”, disse ao lembrar de Denys Quirino, uma das vítimas do massacre.

Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam, nesta terça-feira (31), o homem acusado de matar a ex-companheira, a estudante de enfermagem Raphaela Salsa Ferreira. O homicídio ocorreu na última quinta-feira (26). Ele foi encontrado na residência de um tio, no bairro da Taquara, na Zona Oeste da capital fluminense, após trabalho de monitoramento.

De acordo com as investigações, o crime foi motivado por ciúmes. Mesmo separado, o autor não aceitava o término do relacionamento e o fato de a vítima estar se relacionando com outra pessoa.

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O trabalho do Setor de Inteligência da delegacia apontou que o acusado a monitorou após a saída dela de um curso, no Pechincha. O criminoso seguiu a ex-companheira e, quando ela desembarcou de um carro de aplicativo, já na porta de casa, a chamou para entrar em um carro, alegando que visitaria um parente na mesma região.

Após saírem da rua onde Raphaela morava, o ex-casal seguiu para o bairro de Santa Cruz, também na Zona Oeste, onde o corpo foi encontrado carbonizado, na Rodovia Rio-Santos, altura do Km 393.

Durante as diligências, os agentes descobriram, por meio da análise de imagens arrecadadas, que o veículo utilizado pelo criminoso foi emprestado por um amigo que trabalha em um posto de combustíveis. No mesmo estabelecimento, ele adquiriu dois litros de gasolina, que foram acondicionados em uma garrafa de refrigerante, e que foram utilizados para incendiar o corpo da vítima.

Contra o detido, foi cumprido um mandado de prisão temporária.

Houve um tempo em que Washington era o epicentro da epidemia de crack e "a capital do homicídio" dos Estados Unidos. Embora as taxas associadas à violência dos anos 1990 estejam distantes, atualmente o aumento da criminalidade se tornou preocupante.

Enquanto a número de homicídios diminuiu em outras cidades do país, esta taxa aumentou em 28% na capital americana, em comparação com o mesmo período no ano passado.

Vários casos se tornaram símbolo deste fenômeno: uma menina morta após ser atingida por uma bala perdida, um jovem afegão que fugia de talibãs e acabou sendo assassinado, um adolescente morto a facadas durante uma discussão sobre molhos à porta de um McDonald's ou um trabalhador da construção civil salvadorenho que perdeu a vida durante uma tentativa de assalto na Universidade Howard.

Segundo as estatísticas oficiais, o número de roubo de veículos a mão armada mais que dobrou na capital federal.

A situação, entretanto, está longe de ser comparada à das décadas de 1980 e 1990, quando grande parte da cidade era considerada perigosa. Ainda assim, turistas continuam chegando à capital americana, onde muitos museus são gratuitos e os moradores elogiam a qualidade de vida.

Mas alguns reconhecem que tiveram que mudar seus hábitos, como deixar de abastecer seus carros à noite para não correrem o risco de serem assaltados.

A sensação de insegurança também foi relatada nas redes sociais, onde um restaurante pediu "ajuda" na plataforma X (antigo Twitter).

O consulado do México em Washington pediu aos seus cidadãos que "tomem precauções" diante do "aumento significativo de crimes em áreas anteriormente consideradas seguras".

- Múltiplos fatores -

A tendência, entretanto, ainda é "um pouco misteriosa", disse o criminologista da Universidade de Missouri-St. Louis, Richard Rosenfeld.

Enquanto em Nova York, Chicago, Filadélfia e Baltimore o número de homicídios diminuiu em relação ao mesmo período de 2022, Washington "é uma exceção", completou.

Para Joseph Richardson, professor da Universidade de Maryland, as causas exatas deste aumento ainda são desconhecidas, embora ele "especule" que pode ser a soma de múltiplos fatores, como uma mudança no comando da polícia da cidade ou até mesmo a minimização do papel do tráfico de drogas na violência armada.

Além de um potencial efeito "desestabilizador" da gentrificação, um processo de transformação urbana que eleva o custo de vida em determinada região, o que acaba por excluir a população mais pobre. Em Washington, o fenômeno deslocou muitos moradores negros, causando profunda agitação social em alguns bairros.

As autoridades alegam, por sua vez, uma falta de policiais ou o fato de que dois terços das detenções não serem seguidas de processos judiciais. Mas estes argumentos não convencem Rosenfeld. E a quantidade de armas não é algo específico da cidade.

"O que posso dizer é que Washington parece se recuperar mais lentamente das mudanças da pandemia (de covid-19) do que outras cidades", afirma ele, tendo áreas muito menos movimentadas do que antes de 2020, devido ao fechamento de empresas ou ao teletrabalho.

- "Dá no mesmo" -

Nomeada no meio do ano, a nova chefe de polícia de Washington, Pamela Smith, prometeu em julho uma abordagem que mobiliza "todo o governo" da capital federal, no momento em que "parece haver um aumento do número de menores que comentem" certos crimes violentos.

Dias depois, o membro do Conselho do Distrito de Columbia Trayon White declarou apoio à mobilização da Guarda Nacional para Washington com o objetivo de combater estes crimes.

O assunto chegou a ser abordado no Congresso americano. Em março, os republicanos convocaram uma sessão com as autoridades da capital e acusaram-nas de alimentar uma crise com a sua "frouxidão".

Jada, uma segurança afro-americana de 28 anos que trabalha no centro de Washington, consegue ver os efeitos da gentrificação, e duvida que as autoridades resolverão este fenômeno.

"Tenho a impressão de que se trata principalmente de crimes cometidos por pessoas negras contra pessoas negras. E como se trata de negros contra negros, ou de latinos contra latinos, dá no mesmo", disse ela à AFP.

Na segunda-feira (25), um jovem foi morto a tiros na região onde ela mora, no sudeste dos EUA.

A Procuradoria da República no Distrito Federal defendeu nesta quinta-feira (20) o arquivamento da denúncia apresentada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro contra Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

No início deste mês, a comissão entrou com uma ação contra Cid após ele prestar depoimento e se negar a responder perguntas que não o incriminariam. Para os parlamentares da comissão, o ex-ajudante teria cometido "abuso do direito ao silêncio" ao rejeitar informar até sua idade.

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Ao analisar o caso, o procurador Caio Vaez Dias entendeu que Mauro Cid não cometeu nenhum crime e pediu o arquivamento do processo. Caberá à 10ª Vara Federal decidir a questão.

Antes do depoimento, uma liminar da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu a Mauro Cid o direito de ficar em silêncio diante de perguntas que pudessem incriminá-lo.

O ex-ajudante de ordens foi chamado para depor após a divulgação de mensagens apreendidas pela Polícia Federal (PF) em seu celular na investigação sobre supostas fraudes nos cartões de vacina de Bolsonaro. 

De acordo com relatório de investigação da Polícia Federal, as mensagens evidenciam que Cid reuniu documentos para dar suporte jurídico à execução de um golpe de Estado.

Defesa 

Procurado pela Agência Brasil, o advogado Bernardo Fenelon, representante de Mauro Cid, declarou que o Ministério Público agiu de "maneira precisa e em consonância com ordenamento jurídico" ao pedir o arquivamento.

Em nota, o defensor disse que a continuidade da representação da CPI seria "uma criminalização do direito constitucional ao silêncio".

"Ninguém pode ser constrangido a responder algo que possa eventualmente lhe prejudicar, tendo em vista que isto configura, indubitavelmente, a base do princípio humanitário do nemo tenetur se detegere - (a não obrigação de constituir provas contra si mesmo ), historicamente conquistado para afastar abusos do poder punitivo estatal", afirmou.

Um ex-finalista do MasterChef Australia de 2009 foi condenado por 43 crimes de abuso sexual infantil contra 11 vítimas diferentes. Segundo informações do jornal The New York Post, Paul Douglas Frost foi preso após um julgamento que durou vários meses e o pedido de fiança foi recusado.

O também ex-treinador de natação foi considerado culpado por acusações de relações sexuais com uma criança entre dez e 16 anos de idade enquanto estava sob seus cuidados e várias acusações de ataques indecentes agravados, bem como aliciamento de menores de 14 anos de idade para atividade sexual ilegal. As vítimas foram todas suas alunas durante as décadas de 1990 e 2000.

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O júri do Tribunal Distrital de Downing Center, localizado em Sydney, obteve unanimidade ao considerar Paul culpado pelos crimes. Demorou cerca de dez minutos para que os inúmeros veredictos fossem anunciados e a juíza Sarah Huggett informou que ele havia sido condenado.

Há doze anos, um jovem de 23 anos invadiu a escola onde havia estudado no bairro de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e produziu um massacre que chocou o país: armado com dois revólveres, ele disparou contra os alunos, matando doze deles e cometendo suicídio em seguida. Na época, o episódio assustador foi tratado pela imprensa como de fato era até então: algo fora do comum no Brasil. Há alguns anos, no entanto, a ocorrência de diversos casos similares tem exigido atenção das autoridades e gerado preocupação em pesquisadores, que apontam caminhos para enfrentar esse cenário. 

Na quarta-feira (5) uma creche em Blumenau (SC) se tornou alvo de um homem de 25 anos que tirou a vida de quatro crianças. Nesse caso, investigações preliminares não apontaram nenhum vínculo do agressor com a instituição. Há menos de dez dias, outro ataque causou uma morte e deixou cinco pessoas feridas na Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro Vila Sônia, em São Paulo. O crime foi cometido por um de seus alunos, de 13 anos. 

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Nos últimos anos, outros episódios similares que tiveram grande repercussão no país também foram promovidos por estudantes ou ex-estudantes, como os registrados em Aracruz (ES) no ano passado e em Suzano (SP) em 2019. 

Ataques pelo país

De acordo com mapeamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sobre casos de ataques em escolas por alunos ou ex-alunos, o primeiro episódio foi registrado em 2002. À época, quando um adolescente de 17 anos disparou contra duas colegas dentro da sala de aula de uma escola particular de Salvador. O levantamento da Unicamp deixa de fora episódios de violência não planejados, que podem ocorrer, por exemplo, em decorrência de uma briga. 

Foram listadas 22 ocorrências desde 2002, sendo que em uma ocasião o ataque envolveu duas escolas. Em três episódios, o crime foi cometido em dupla. Em cinco, os atiradores se suicidaram na sequência. Ao todo, 30 pessoas morreram, sendo 23 estudantes, cinco professores e dois funcionários das escolas. 

Do total de casos, 13 (mais da metade) estão concentrados apenas nos últimos dois anos. 

Extremismo de direita

A preocupação com a situação levou o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Cara, a coordenar a criação de um grupo formado por 11 pesquisadores de universidades de diversos estados do país. No final do ano passado, eles elaboraram um documento analisando o cenário e propondo estratégias concretas para a ação governamental. 

Segundo os pesquisadores, esses casos devem ser classificados como extremismo de direita, pois envolvem cooptação de adolescentes por grupos neonazistas que se apoiam na ideia de supremacia branca e masculina e os estimulam a realizar os ataques. Esses grupos disseminam um discurso que valoriza o preconceito, a discriminação, o uso de força e que encoraja direta e indiretamente atos agressivos e violentos. Para os pesquisadores, medidas de prevenção só serão eficazes se atuarem sobre esse cenário.   

"É necessário compreender que o processo de cooptação pela extrema-direita se dá por meio de interações virtuais, em que o adolescente ou jovem é exposto com frequência ao conteúdo extremista difundido em aplicativos de mensagens, jogos, fóruns de discussão e redes sociais", registra o documento. 

A presença de símbolos associados a ideologias de extrema-direita tem sido recorrente nestes atos violentos. O autor de um ataque realizado em fevereiro deste ano com bombas caseiras em uma escola em Monte Mor (SP), que não resultou em mortos ou feridos, vestia uma braçadeira com a suástica nazista. Artigo similar foi usado no massacre que deixou quatro mortos e diversos feridos em duas escolas de Aracruz em novembro do ano passado. O jovem responsável pelo episódio de violência usava sobre a manga de sua roupa camuflada uma braçadeira com um emblema que era usado por nazistas alemães. 

Siege mask

No recente ataque registrado na Vila Sônia, em São Paulo, assim como no de Aracruz no ano passado, o autor vestia ainda uma máscara de esqueleto. Usada pelo personagem Ghost da franquia de jogos Call Of Duty, ela é conhecida como siege mask e se popularizou em fóruns de gamers extremistas para depois se tornar um aparato de identificação de simpatizantes neonazistas em todo o mundo. É hoje uma marca em atos da extrema-direita. 

Ela aparece, por exemplo, em janeiro de 2021 na invasão do Capitólio, edifício que abriga o Congresso dos Estados Unidos, por uma multidão descontente com a derrota do ex-presidente Donald Trump nas eleições presidenciais do país. Esteve presente também nos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro desse ano. Imagens de câmeras de segurança captaram a imagem de um homem utilizando a máscara em meio ao grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que depredaram o Palácio do Planalto e defendiam uma intervenção militar para depor o recém-iniciado governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Segundo sustentam alguns pesquisadores, a siege mask foi adotada por grupos de extrema-direita por suas semelhanças com a caveira que era usada como emblema pela Totenkopf, uma divisão da SS, organização paramilitar ligada ao Partido Nazista que atuou diretamente no Holocausto. Essa máscara também está associada com o massacre realizado por uma dupla que deixou oito mortos em 2019 na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. Um dos responsáveis pelo crime a utilizava em fotos compartilhadas nas redes sociais. 

"Sensação de pertencimento"

A educadora Telma Vinha, coordenadora da pesquisa realizada pela Unicamp, observa que há um perfil mais frequente entre os autores dos ataques: homens jovens brancos geralmente com baixa autoestima e sem popularidade na escola. "Não são populares na turma. Eles têm muitas relações virtuais, mas não tanto presenciais. E nutrem uma falta de perspectiva, de propósito em termos de futuro", pontuou em entrevista levada ao ar no dia 30 de março pela TV Unicamp. 

A pesquisadora também afirma ser comum a existência de transtornos mentais não diagnosticados ou sem o devido acompanhamento. Esses quadros podem se desenvolver ou se agravar pela dificuldade de relacionamento nas escolas, o que pode ocorrer, por exemplo, com os que são alvos de bullying. Alguns também vivem situações prolongadas de exposição a processos violentos em casa, incluindo negligências familiares e autoritarismo parental, o que contribuem para desenvolver um perfil de agressividade no âmbito doméstico. 

Telma observa que a cooptação tem ocorrido por meio de jogos online, onde há chats paralelos. Dali, se deslocam para fóruns e redes sociais onde há incentivo de violência e discursos misóginos e racistas. No ambiente virtual, esses jovens podem experimentar uma sensação de pertencimento a um grupo que não possuem na escola. O crescimento dos ataques também tem sido relacionado como um possível desdobramentos da pandemia de covid-19. Isso porque o consumo de jogos eletrônicos cresceu durante os períodos de isolamento social, o que deixaria os jovens mais expostos à cooptação por grupos que propagam discursos de ódio.  

Segundo a educadora, na maioria das vezes, não se tratam de crimes passionais, motivados unicamente por vingança ou raiva desencadeada por um tratamento recebido. Os autores os planejam para fazer o maior número de vítimas, pois têm como objetivo a busca por notoriedade pública e reconhecimento da comunidade virtual.

"Mesmo agindo de forma isolada, acreditam que fazem parte de um movimento, se sentem parte de algo maior", explica. Ela também ressalta que o Brasil não está vivendo um fenômeno isolado, mas que casos com características muito similares também estão sendo registrados em outros países. 

Nos Estados Unidos, onde massacres produzidos por jovens em escolas ocorrem há mais tempo e com mais frequência, um levantamento realizado pelo jornal Washington Post mapeou 377 incidentes desde 1999. Considerando somente 2021 e 2022, foram 88, quase um quarto do total. 

No Brasil, de acordo com o mapeamento da Unicamp, os ataques registrados desde 2002 aconteceram em 19 escolas públicas, entre estaduais e municipais, e em quatro particulares. Segundo Telma, os perfis das instituições são distintos. Por isso, não há razão para responsabilizá-las. Ela conta que já conheceu professores que se perguntavam se fizeram algo de errado.

"Não há nada que explique porque aconteceu em determinada escola e não em outra. Pode acontecer em qualquer lugar. Tem escolas localizadas em regiões mais violentas dos que as que foram atacadas. Ataques ocorrem em escolas com diferentes níveis de estrutura", pondera. 

Caminhos 

Após os últimos ataques, o governo paulista se apressou em anunciar algumas medidas, entre elas a alocação de policiais dentro das escolas e a ampliação de investimento em um programa de mediação de conflitos nas unidades de ensino. Em Santa Catarina, o prefeito de Blumenau prometeu a criação de um protocolo de prevenção para evitar novos casos.

A repercussão dos casos recentes também levou a adoção de medidas em outros estados. O governo do Rio de Janeiro anunciou a criação de um Comitê Permanente de Segurança Escolar com representantes da Segurança Pública e da Educação para atuar na prevenção às situações de violência nas escolas públicas e privadas. Por sua vez, o governo federal criou um grupo interministerial para analisar propostas de políticas públicas. 

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada federal Gleisi Hoffmann, divulgou um vídeo com provocações ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve depor na tarde desta quarta-feira (5) à Polícia Federal. Na publicação, a dirigente manda um recado diretamente para o ex-mandatário, afirmando que este é apenas "seu primeiro encontro com a Justiça". Hoffmann fez uma lista das acusações contra Bolsonaro e que deverão ser formalizadas pelas autoridades de forma gradual. 

“Atenção, Bolsonaro. 5 de abril de 2023. É o seu primeiro encontro com a Justiça desde que perdeu as eleições. Você terá de responder à Polícia Federal pelas joias milionárias que desviou e pelas que tentou desviar, sempre às escondidas. Para quem foi acusado de fazer raspadinhas, a apropriação de diamantes que pertencem ao país não deixa de ser um grande salto, mas você terá que explicar aqueles R$ 89 mil que o Queiroz depositou na conta da sua mulher. As mansões milionárias e os imóveis comprados com dinheiro vivo por você e por seus familiares”, diz Gleisi, em vídeo. 

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Nesta quarta-feira (5), Jair Bolsonaro será ouvido para explicar os esforços que o seu governo empreendeu para recuperar as joias sauditas barradas pela Receita Federal. Segundo Gleisi, o caso não é o único que carece de explicações por parte do ex-presidente. 

“E prestará contas um dia por tudo o que fez, quando foi presidente, para livrar seus filhos e amigos de investigações. De suas relações com as milícias mais armadas e bem municiadas que o Exército, graças a seus decretos criminosos. Da violência e das mentiras que você disseminou no cercadinho, no gabinete do ódio e nas redes sociais”’ acrescentou a dirigente, em um vídeo que tem quase três minutos de duração. 

Gleisi também afirma que Bolsonaro está “prestes a ser declarado inelegível por mentir ao mundo sobre a segurança das urnas”. Como uma última provocação, a petista disse para Bolsonaro ter calma diante dos processos, pois ele terá seus direitos preservados na hora de pagar pelos supostos crimes. “Você não será algemado nem preso, não será vítima de condução coercitiva ilegal e não terá um juiz parcial comandando a acusação.” 

Confira a transcrição do discurso na íntegra: 

“Atenção, Bolsonaro. 5 de abril de 2023. É o seu primeiro encontro com a Justiça desde que perdeu as eleições. Você terá de responder à Polícia Federal pelas joias milionárias que desviou e pelas que tentou desviar, sempre às escondidas. Para quem foi acusado de fazer raspadinhas, a apropriação de diamantes que pertencem ao país não deixa de ser um grande salto, mas você terá que explicar aqueles R$ 89 mil que o Queiroz depositou na conta da sua mulher. As mansões milionárias e os imóveis comprados com dinheiro vivo por você e por seus familiares. E prestará contas um dia por tudo o que fez, quando foi presidente, para livrar seus filhos e amigos de investigações. De suas relações com as milícias mais armadas e bem municiadas que o Exército, graças a seus decretos criminosos. Da violência e das mentiras que você disseminou no cercadinho, no gabinete do ódio e nas redes sociais. 

Dos desmandos e desvios do seu desgoverno: do tratoraço superfaturado, a farra dos caminhões de lixo pelo dobro do preço, os contratos falsos da Codevasf e do SUS, as obras superfaturadas do Ministério da Saúde no Rio. O gabinete paralelo dos pastores do MEC, os desvios do Fundef, dos ônibus escolares e as escolas fakes de R$ 6 bilhões. 

E tem mais, as supercompras de viagra e próteses penianas que seus comandantes fizeram. Os gastos de R$ 1,8 milhão no cartão corporativo, as denúncias de propina na Secom. Você terá de prestar contas, principalmente, do genocídio praticado contra as vítimas da pandemia do Covid-19 no Brasil. As vacinas que você não quis comprar e das que foram negociadas com denúncia de superfaturamento de até 1.000%. Terá de responder por tudo o que você fez e seus comparsas fizeram contra as instituições e a democracia no Brasil. 

Você está prestes a ser declarado inelegível por ter mentido ao mundo sobre a segurança das urnas eletrônicas. Só que é muito pior. Seu ministro da Justiça deixou rastros, não só da tentativa de golpe em 8 de janeiro, mas também da sabotagem da Polícia Rodoviária Federal ao transporte de eleitores de Lula. 

É imensa a sua dívida com o Brasil, mas mantenha a calma, Bolsonaro. Você não ser algemado e nem preso, não será vítima da condução coercitiva ilegal. Não terá um juiz parcial comandando a acusação. Porque o Estado de Direito democrático voltou a valer no Brasil desde que você fugiu do país e você poderá responder às acusações no devido processo legal, até com presunção de inocência. Neste 5 de abril, você será simplesmente confrontado com os fatos do inquérito, ou seja, com a verdade. E da verdade você não tem como fugir.” 

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As forças russas foram acusadas de vários crimes de guerra na Ucrânia, como em Bucha, perto de Kiev, convertido em um símbolo das atrocidades atribuídas a Moscou desde o início da ofensiva em 24 de fevereiro de 2022.

Algumas investigações internacionais foram abertas a partir das denúncias de bombardeios indiscriminados, estupro, tortura, execução sumária e deportação de crianças, mas Moscou rejeita todas as acusações.

A deportação de crianças fez o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir uma ordem de prisão contra o presidente russo Vladimir Putin.

As forças ucranianas também foram acusadas de execuções sumárias de prisioneiros russos.

Estes são os principais crimes analisados:

- Bucha -

Vinte corpos de homens vestidos de civil foram encontrados em 2 de abril de 2022 na rua Yablonska, em Bucha. Estes foram os primeiros indícios das atrocidades feitas em março durante a ocupação dos subúrbios do noroeste de Kiev, como Irpin, Borodianka e até mesmo Bucha.

A Ucrânia estima que cerca de 400 corpos de civis foram encontrados em Bucha e mais de 1.000 na região, muitos deles em valas comuns cavadas pelos habitantes, já que os cemitérios estavam inacessíveis devido à intensidade dos combates.

- Teatro de Mariupol -

Diversos civis refugiados no teatro de Mariupol morreram em 16 de março de 2022, em um bombardeio durante um cerco nesta grande cidade na costa do mar de Azov.

A prefeitura falou, na época, em 300 mortos. Em junho, a ONG Anistia Internacional revisou esta relação para baixo, e avaliou que "ao menos uma dúzia de pessoas morreram no ataque e certamente muitas mais".

- Vala comum em Izium -

A Ucrânia anunciou em setembro de 2022 que havia desenterrado 447 corpos de uma vala comum em Izium, cidade retomada dos russos no nordeste do país.

Entre os corpos, 30 possuíam "marcas de tortura".

- Bombardeio contra civis -

As forças russas também são acusadas de ter bombardeado civis em várias localidades, como em 8 de abril de 2022, quando um ataque de míssil contra a estação na cidade ucraniana de Kramatorsk matou aproximadamente 60 pessoas que tentavam fugir da área.

A Anistia Internacional avaliou em junho de 2022 que centenas de civis teriam morrido nos vários ataques sobre Kharkiv (nordeste), muitos vítimas de bombas de fragmentação.

Segundo a ONG, as forças russas utilizaram bombas e minas de fragmentação, proibidas pelos tratados internacionais, em sete ataques contra esta cidade.

Um ataque em 14 de janeiro de 2023 a um edifício residencial em Dnipro (leste) matou outras 46 pessoas.

- "Deportações" de crianças -

A TPI anunciou em 17 de março de 2023 uma ordem de prisão contra o presidente russo Vladimir Putin, "suposto responsável do crime de guerra" da "deportação" de crianças da Ucrânia para a Rússia.

Mais de 16.000 crianças teriam sido transportadas à Rússia ou à zona ucraniana sob controle russo, segundo Kiev, desde o começo do conflito.

- Ataques às infraestruturas civis -

O jornal The New York Times afirmou em 13 de março que o TPI também queria denunciar os russos por ataques deliberados contra as infraestruturas civis, como usinas elétricas e hidráulicas.

Os investigadores da ONU consideraram, por sua vez, que "as ondas de ataques feitas pelas forças armadas russas a partir de 10 de outubro de 2022 contra as infraestruturas energéticas da Ucrânia e o uso da tortura pelas autoridades russas poderiam constituir crimes contra a humanidade".

- Estupros -

Os estupros e as agressões sexuais atribuídos às forças russas constituem claramente uma "estratégia militar" e "uma tática deliberada para desumanizar as vítimas", apontou em dezembro de 2022 a representante especial da ONU, Pramila Patten, quando denunciou "casos horríveis e violência muito brutal".

- Execuções sumárias -

A ONU acusou em 24 de março de 2023 ambas as forças russas e ucranianas de terem executado sumariamente seus prisioneiros de guerra.

A organização denunciou os maus-tratos sofridos pelos prisioneiros de guerra ucranianos - tortura, negação de atendimento médico, violência sexual -, assim como ameaças de morte, agressão sexual e simulações de execução de prisioneiros russos.

No ano passado, mais de 74 mil denúncias de crimes envolvendo discurso de ódio pela internet foram encaminhadas para a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da Safernet, organização de defesa dos direitos humanos em ambiente virtual. Esse foi o maior número de denúncias de crimes de discurso de ódio em ambiente virtual já recebidos pela organização desde 2017 e representou aumento de 67,7% em relação a 2021. O levantamento foi divulgado hoje (7) pela Safernet.

Entre os crimes de discurso de ódio, o que mais cresceu foi a xenofobia, que é o preconceito, a intolerância ou violência contra estrangeiros ou determinado povo. A xenofobia teve aumento de 874% entre 2021 e 2022, com 10.686 denúncias relatadas. Em 2021, foram 1.097 denúncias de xenofobia na internet.

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A intolerância religiosa aparece na segunda posição, com crescimento de 456% no período, seguida pela misoginia ou opressão às mulheres, que teve um aumento de 251% entre 2021 e 2022.

Além da xenofobia, da intolerância religiosa e da misoginia, todos os demais crimes relacionados a discurso de ódio na internet (que incluem ainda apologia e incitação a crimes contra a vida, LGBTFobia e racismo) também cresceram. A única exceção foi o neonazismo, que caiu 81,6% em 2022 em relação ao ano anterior. Essa queda, no entanto, não significa que o crime venha caindo no país. “A redução significa que boa parte da atividade das células neonazistas no Brasil migrou da web aberta para ambientes mais fechados, como aplicativos de troca de mensagens e fóruns na deep web", explicou Thiago Tavares, diretor-presidente da Safernet, em nota.

No levantamento, a organização observa que as denúncias de crimes de ódio na internet tendem a apresentar maior crescimento em anos de eleição no Brasil. Nos anos seguintes às eleições, eles tendem a apresentar ligeira melhora, mas voltam a crescer em anos eleitorais. Em 2020, por exemplo, quando houve eleições municipais, foram encaminhadas quase 53 mil denúncias de crimes de discurso de ódio na internet, o que representou aumento de 105% em relação a 2019. Já em 2021, ano sem eleições no país, o número caiu para 44 mil denúncias, voltando a crescer em 2022, quando foi atingida a marca de 74 mil denúncias. O cenário vem sendo observado de forma constante desde 2017.

A Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos recebe denúncias de discurso de ódio e também de maus-tratos contra animais, tráfico de pessoas e de abuso e exploração sexual infantil. As denúncias recebidas são analisadas, checadas e então encaminhadas para as autoridades competentes para que seja iniciada investigação policial.

Denúncias 

No ano passado, as denúncias relacionadas ao armazenamento, à divulgação e produção de imagens de abuso e exploração sexual infantil ultrapassaram a marca de 100 mil pelo segundo ano consecutivo, o que não ocorria desde 2011. Só em 2022, foram encaminhadas 111.929 denúncias relacionadas a esse tipo de crime, um crescimento de 9,9% em relação a 2021. O recorde histórico recebido pela Central Nacional de Denúncias da Safernet relacionada a abuso e exploração sexual infantil na internet ocorreu em 2008, quando foram feitas 289.707 denúncias.

De 2021 a 2022, a Safernet também registrou aumento de 266% em denúncias relacionadas ao tráfico de pessoas. Em 2022 foram relatadas 1.194 denúncias desse crime, contra 326 em 2021. Também houve aumento de 37% em denúncias de crimes relacionados a maus-tratos a animais.

Canal de Ajuda

Além da Central de Denúncias, a Safernet mantém um Canal de Ajuda para auxiliar e tirar dúvidas dos usuários da internet. Segundo levantamento feito pela organização e também divulgado hoje (7), a maior parte das dúvidas encaminhadas pelos internautas à Central de Ajuda em 2022 foi relacionadas a problemas envolvendo dados pessoais. Nesse caso, foram feitos 264 atendimentos.

Em seguida apareceram dúvidas relacionadas à exposição de imagens íntimas (com 255 atendimentos), fraudes e golpes (168 atendimentos). Completaram a lista o cyberbullying (139) e a saúde mental nas redes (122).

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 26, 63 investigados sob suspeita de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. As medidas integram a Operação Rede de Proteção, que cumpre diligências em todo o País. Durante a ofensiva, outras dez pessoas foram presas em flagrante. Os agentes ainda cumpriram 48 mandados de busca e apreensão.

Segundo a Polícia Federal, as ações da 'Rede de Proteção' tiveram início com o cumprimento de mandados que já constavam do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), mas ainda estavam em aberto.

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Em simultâneo, nesta quinta, 26, as Superintendências da PF em todo o País abriram operações centradas em crimes sexuais contra crianças pela internet.

De acordo com a PF, a operação desta quinta 'marca o nascimento' da nova Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal e das Delegacias Especializadas no tema.

A equipe de segurança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou 27 representações ao Supremo Tribunal Federal (STF) desde o início da campanha. Nessa segunda-feira (12), o cacique Tserere foi preso após um pedido da equipe do presidente eleito. 

No geral, as denúncias são de abertura de investigações pela Polícia Federal (PF) por suspeita de crimes contra a democracia, ameaças, crimes contra a honra e desacato. O cacique José Acácio Serere foi preso temporariamente depois de incentivar manifestantes a impedir a posse de Lula.  

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Caminhões usados para bloquear rodovias em atos golpistas no Centro-Oeste já foram apreendidos para transportar drogas. Os registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) levantados pelo jornal Folha de São Paulo também apontam ocorrências de contrabando e crime ambiental.

O documento da PRF foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) com as placas dos veículos que participaram de uma manifestação em Cuiabá, no Mato Grosso.  O ministro Alexandre de Moraes fixou a multa de R$ 100 mil aos donos dos caminhões, além de bloquear os documentos dos veículos e proibir sua circulação.

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O procurador-geral de Justiça do Mato Grosso, José Antônio Pereira, também pediu ao STF que multe os envolvidos e citou o uso dos veículos em crimes.

Um deles é um caminhão Mercedes Benz Actros 265, que foi apreendido um mês antes dos protestos com 2,9 toneladas de maconha e 103 quilos de skank, em Palhoça, em Santa Catarina. O motorista e um passageiro confessaram que ganharam R$ 100 mil pelo transporte.

A ex-mulher do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, fez uma live no Instagram e ameaçou divulgar supostos crimes cometidos por ele. Maria Christina Mendes Caldeira afirmou ter diversos documentos que incriminam Costa Neto.

Na gravação, em que não mostra o rosto, mas exibe um pôr do sol enquanto dirige nos Estados Unidos, a ex do político se mostra inconformada pelo fato do PL ter contestado o resultado das urnas no segundo turno, quando foi eleito Luiz Inácio Lula da Silva para governar o Brasil a partir de janeiro, derrotando assim o presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Costa Neto.

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“Essa sua mensagem que você vai contestar as eleições, me levou para o haven agora. Você esqueceu que eu tenho uma ‘porrada’ de documentação sua? O mais grave é você contestar a democracia. No primeiro turno, que elegeu sua bancada, funcionou, agora no segundo turno você contesta? Fora que você gastou R$ 1 milhão do dinheiro do partido para comprar esta auditoria aí. Ô Valdemar, me poupe, querido. Sou sua ex-mulher, fui casada com o dono do bordel do Congresso, conheço bem como você se movimenta”, disparou Maria Christina na gravação.

Para a ex-esposa de Valdemar, o PL deveria ser cassado. “Vou fazer da sua vida e da vida do PL um inferno, não é pessoal, é simplesmente porque você contestou a democracia. Ninguém contesta a democracia. Você não é o Trump, nem essa coisa aí do seu lado é o Trump, que não trabalha desde que perdeu a eleição e está no sofá assistindo Netflix e picotando papel”, disse, sem mencionar o nome de Bolsonaro.

Maria Christina Mendes Caldeira diz saber de “umas 30 sujeiras” que Valdemar fez e pontua: “você e o Centrão fazem negócio da política e eu defendo a democracia”.

Veja o vídeo na íntegra:

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O Plenário da Câmara dos Deputados reúne-se às 17 horas para votar as propostas em pauta, entre eles, o projeto que aumenta as penas de vários crimes sexuais contra crianças e adolescentes (PL 1776/15).

De autoria dos deputados Paulo Freire Costa (PL-SP) e Clarissa Garotinho (União-RJ), o projeto também classifica esses crimes como hediondos. O texto que será analisado em Plenário é um substitutivo do relator, deputado Charlles Evangelista (PP-MG).

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Pelo texto, haverá uma nova condição para condenados por vários desses crimes poderem usufruir de saída temporária: a proibição de se aproximar de escolas de ensino infantil, fundamental ou médio e de frequentar parques e praças com parques infantis.

Já o uso da tornozeleira eletrônica passará a ser obrigatório na saída temporária e na prisão domiciliar, independentemente do crime cometido.

Atualmente, a Lei de Crimes Hediondos considera assim, dentre os crimes sexuais contra crianças e adolescentes, apenas o estupro de vulnerável e o favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.

Piso da enfermagem

Após a suspensão, pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), da lei do piso da enfermagem (Lei 14.434/22), a Câmara pode analisar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 44/22, do Senado, que prorroga para 2023 a liberação de recursos dos fundos estaduais e municipais de saúde e assistência social.

O argumento do ministro, autor da decisão, foi que a criação do piso sem uma fonte de recursos garantida levaria a demissões no setor e colocaria em risco a prestação de serviços de saúde.

Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o incremento financeiro necessário ao cumprimento dos pisos será de R$ 4,4 bilhões ao ano para os municípios, de R$ 1,3 bilhão ao ano para os estados e de R$ 53 milhões ao ano para a União. Já a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) indicou incremento de R$ 6,3 bilhões ao ano.

O projeto autoriza a transposição de saldos financeiros ociosos dos fundos para o combate à pandemia de Covid-19. Com essa atualização, o dinheiro poderá ser usado na saúde e na assistência social para finalidades diferentes das originais.

Na avaliação do senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator da proposta no Senado e também do Orçamento de 2023, o projeto ajuda a liberar cerca de R$ 4 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios.

Créditos de bancos

Entre as medidas provisórias em pauta está a MP 1128/22, que muda as regras para as instituições financeiras deduzirem as perdas com o não recebimento de créditos (os créditos não liquidados pelos clientes). As novas normas valerão a partir de 1º de janeiro de 2025.

Desta data em diante os bancos poderão deduzir, na determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), as perdas com créditos não pagos se o atraso for superior a 90 dias e também com créditos devidos por pessoa jurídica em processo falimentar ou em recuperação judicial.

Energia do Nordeste

Outra matéria pautada é o Projeto de Decreto Legislativo 365/22, do deputado Danilo Forte (União-CE), que suspende duas resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre tarifas de uso do sistema de transmissão (Tust) e de uso do sistema de distribuição.

Segundo o deputado, a mudança do cálculo dessas tarifas pela Aneel vai prejudicar as usinas geradoras de energia do Norte e do Nordeste, principalmente as eólicas.

As resoluções estabelecem uma transição até 2028 para que os geradores dessas regiões paguem mais para usar as linhas de transmissão a fim de escoar a energia elétrica produzida.

A Aneel pretende aplicar a nova metodologia no ciclo tarifário 2023/2024, no qual 90% do cálculo seguirá a contabilização de custos anterior e 10% seguirá o cálculo novo, que leva em conta a proximidade do consumo da energia em relação à região onde é produzida. A cada ciclo tarifário percentual, será aumentado de 10 pontos até os geradores pagarem a tarifa cheia pelo novo cálculo.

Para o autor do projeto, a mudança encarece os custos das geradoras e estimula a migração de investimento do Norte e do Nordeste para o Sul e o Sudeste do País.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) seja ouvida imediatamente pela Procuradoria-Geral da República. Caberá ao Ministério Público investigar a parlamentar após ela ter sacado uma arma e perseguido um homem em São Paulo, na véspera do segundo turno.

O depoimento foi solicitado pela própria PGR. Gilmar entendeu que os possíveis crimes vinculados à conduta da parlamentar precisam ser apurados sob supervisão do Supremo. Como deputada federal, Zambelli tem foro privilegiado na Corte.

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No despacho que determina a oitiva, Gilmar defendeu uma investigação do caso com um "ritmo adequado" por causa da relevância do episódio. O ministro citou possíveis crimes de porte ilegal e disparo de arma de fogo e "infrações penais contra a liberdade pessoal, a honra ou a vida dos envolvidos". Zambelli declarou que foi agredida e agiu em legítima defesa.

VIAGEM. Na quinta-feira, a assessoria de Zambelli divulgou nota informando que ela estava nos Estados Unidos. A deputada teve as contas nas redes sociais suspensas após incentivar o bloqueio de rodovias em protesto à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo Gilmar, a deputada e a PGR precisarão providenciar os meios processuais e o formato do depoimento com "soluções tecnológicas", "sob pena de revelia e de prosseguimento das apurações independentemente dos esclarecimentos a serem prestados pela parlamentar".

A assessoria de Zambelli disse que não houve conduta ilegal por parte da deputada. "Tão logo intimada, Carla estará à disposição para prestar esclarecimentos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) seja ouvida imediatamente pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao Ministério Público investigar a parlamentar após ela ter sacado uma arma e perseguido um homem em São Paulo, na véspera do segundo turno da eleição presidencial.

O depoimento foi solicitado pela própria PGR. Gilmar entendeu que os possíveis crimes vinculados à conduta da parlamentar precisam ser investigados sob supervisão do Supremo. Como deputada federal, Zambelli tem foro privilegiado no STF.

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No despacho que determina a oitiva, Gilmar defendeu uma investigação do caso com um "ritmo adequado" em virtude da relevância do episódio. Em tese, o ministro citou possíveis crimes de porte ilegal e disparo de arma de fogo e "infrações penais contra a liberdade pessoal, a honra ou a vida dos envolvidos". A parlamentar diz ter sido agredida e agido em legítima defesa.

Na quinta-feira (3), a assessoria da deputada reeleita divulgou uma nota informando que Carla Zambelli estava nos Estados Unidos. Ela teve as contas nas redes sociais suspensas após incentivar a paralisação de caminhoneiros e o bloqueio de rodovias em protesto à vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições.

"Destaque-se que há informações divulgadas pelos meios de comunicação que indicam que a parlamentar federal se encontra atualmente nos Estados Unidos, circunstância que certamente não é ignorada por parte da Procuradoria-Geral da República", afirmou o ministro na decisão.

Mendes afirmou que a deputada e a PGR precisarão providenciar os meios processuais e o formato do depoimento com "soluções tecnológicas", "sob pena de revelia e de prosseguimento das apurações independentemente dos esclarecimentos a serem prestados pela parlamentar". Procurada por meio de sua assessoria, Zambelli ainda não comentou a decisão.

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