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Wesley Safadão decidiu bater um papo com os seus fãs e falar sobre o seu estado de saúde após retornar aos shows. Através de alguns vídeos, o cantor falou que não está totalmente recuperado, mas segue fazendo o seu melhor toda vez que sobe aos palcos.

"Estava aqui refletindo um pouco e agradecendo a Deus porque a cada semana de trabalho que a gente consegue concluir é uma vitória. Eu só publico para vocês que está tudo bem, está tudo certo. Na verdade, por trás dessas câmeras e do que a gente filma e publica, existe alguns momentos de baixa, crises, algumas agonias, mas podem ter certeza que eu venho buscando dar o meu melhor, principalmente quando estou em cima do palco", disse ele.

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Com os olhos cheios de lágrimas, Safadão agradeceu o público de João Pessoa: "Foi um evento lindo, maravilhoso. Se você me perguntar assim: E aí, Safadão, como é que foi para você?. No fundo, no fundo, eu sei que eu já fiz shows melhores, com entregas melhores, mas a cada dia é uma vitória. Venho buscando, de acordo com as minhas condições, dar o meu melhor. Fico até respirando aqui para não que eu quero entregar sempre o melhor para você. Enfim, é muito louco".

E encerrou: "Sou meio ruim para chorar. O que eu quero dizer, João Pessoa, é muito obrigado por tudo. Em alguns momentos durante o show, dá umas agonias, dá vontade de sair correndo do palco, mas Deus é bom e me deixa firme ali para suportar até concluir o compromisso".

O tapa de Will Smith em Chris Rock no Oscar 2022 chocou o mundo todo e deixou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas com medo de outro incidente. Segundo informações da revista Time, o CEO Bill Kramer decidiu criar uma equipe para lidar com crises e prevenir outros momentos de surpresa.

Quase um ano após o polêmico episódio, a Academia ainda estaria lidando com as consequências e não pretende deixar que algo similar ocorra novamente durante a próxima cerimônia, que acontece ao vivo. O apresentador escolhido para a edição de 2023 é Jimmy Kimmel, que foi visto como uma escolha segura.

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- É muito importante ter um apresentador que saiba como lidar com a televisão ao vivo e uma audiência ao vivo. Essa é uma habilidade muito específica e não há muitas pessoas que possam fazer isso bem. É um sonho trabalhar com Jimmy. Ele é engraçado; ele é respeitoso; suas arestas não são muito afiadas. Acho que as pessoas na plateia se sentem muito seguras e envolvidas com sua energia. Estamos entusiasmados com o retorno de Jimmy e esperamos que este seja o começo de um novo e adorável relacionamento com ele, disse Bill.

Ao ser questionado se estão sendo implementadas medidas para possíveis imprevistos, Kramer respondeu:

- Absolutamente. E é por isso que você quer alguém como Jimmy no palco, acostumado a lidar com a TV ao vivo: as coisas nem sempre saem como planejado. Portanto, você tem um apresentador que pode realmente girar e gerenciar esses momentos. Mas temos toda uma equipe de crise, algo que nunca tivemos antes, e muitos planos em andamento. Nós rodamos muitos cenários. Portanto, esperamos que estejamos preparados para qualquer coisa que não possamos antecipar agora, mas que estamos planejando para o caso de acontecer.

Relembrando o polêmico tapa, o CEO da Academia revelou que a equipe já pensou em cenários possíveis para se manter preparada.

- Por causa do ano passado, abrimos nossas mentes para as muitas coisas que podem acontecer no Oscar. Mas esses planos de crise – as equipes e estruturas de comunicação de crise que temos – nos permitem dizer que este é o grupo que temos que reunir muito rapidamente. É assim que todos nós nos reunimos. Este é o porta-voz. Esta será a declaração. E, obviamente, dependendo das especificidades da crise, esperemos que não aconteça algo e nunca tenhamos que usá-los, mas já temos estruturas que podemos modificar. Acho que é por isso que estávamos muito mais preparados para lidar com a discussão do regulamento da campanha após as indicações. Você sabe, isso aconteceu em uma terça-feira e, seis dias depois, pudemos emitir nossa declaração formal do conselho que realmente traçou um plano para nós. Então você nunca sabe exatamente o que vai acontecer. Mas você precisa ter as equipes, as estruturas e os processos em vigor, para se reunir e resolver as coisas rapidamente. Mas também garantir que você tenha os grupos certos de membros, líderes e partes interessadas que possam se reunir para ter voz nessa conversa. Isso também é muito importante. E, novamente, executamos alguns ótimos cenários, mas, como você disse, os detalhes podem mudar e veremos o que acontece.

As 10 crises de deslocados "mais esquecidas" do mundo estão na África, afirma a ONG Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC) em um relatório publicado nesta quarta-feira, no qual expressa preocupação com as consequências da guerra na Ucrânia para este continente.

O NRC publica uma lista anual das 10 "crises de deslocamento mais esquecidas" com base em três critérios: falta de vontade política da comunidade internacional para encontrar soluções, falta de cobertura da imprensa e falta de financiamento para as necessidades humanitárias.

A classificação de 2021 "reflete o fracasso crônico das autoridades políticas, dos doadores e dos meios de comunicação no momento de abordar os conflitos e o sofrimento humano neste continente", afirmou o secretário-geral do NRC, Jan Egeland, em um comunicado.

Embora normalmente uma grande proporção de países africanos seja incluída (8 de 10 em 2020), 2021 é o primeiro ano em que "todos os 10 estão em África", segundo o relatório.

Assim como no ano anterior, a República Democrática do Congo (RDC), "um caso de manual de abandono, que aparece na lista pela sexta vez consecutiva" - destaca o NRC -, aparece em primeiro lugar, com 5,5 milhões de deslocados, especialmente no nordeste do país.

"Trata-se de uma das piores crises humanitárias deste século e, no entanto, aqueles dentro e fora da África que têm o poder de mudar a situação ignoram as ondas de ataques brutais e seletivos contra a população civil que estão desintegrando as comunidades", afirmou a ONG.

No oeste da África, Burkina Faso, que tem mais de 1,75 milhão de deslocados, sobretudo no norte do país, cenário de atentados de grupos extremistas, ocupa o segundo lugar, à frente de Camarões, Sudão do Sul, Chade, Mali, Sudão, Nigéria, Burundi e Etiópia.

A fome aumenta na maioria destes países, em particular com o agravamento da situação alimentar após o "aumento dos preços dos trigo e dos combustíveis provocado pela guerra na Ucrânia", alerta o NRC.

"Além disso, vários países doadores estão decidindo ou considerando cortar a ajuda à África para redirecionar os recursos à Ucrânia e ao acolhimento de refugiados em seus países", completa o relatório.

O panorama é desolador, com um castigo duplo: a Rússia, que rejeitou um novo confinamento para preservar sua economia, enfrenta agora um saldo exponencial de vítimas humanas pela covid-19, além de uma séria crise econômica.

"Isso não é uma brincadeira! O desemprego está aumentando, a renda diminuindo, os produtos básicos estão mais caros!", disse teatralmente o presidente Vladimir Putin ao seu governo nesta terça-feira (15).

Após meses de inflação e de pobreza em alta, em um contexto de pandemia, as autoridades decidiram soar os alarmes na semana passada. Entre janeiro e novembro, o preço do açúcar aumentou 70%, o do macarrão, 10%, e o óleo de girassol, 24%.

"É inaceitável!", declarou o presidente, encarregando seus ministros de adotar medidas de emergência antes das festas de fim de ano e de seu anual encontro televisionado previsto para quinta-feira.

Nesse evento, Putin responderá as perguntas dos cidadãos e da imprensa, em meio ao descontentamento econômico e social.

O presidente russo terá de defender um balanço econômico e sanitário pelo menos medíocre.

- Desemprego e pobreza -

O desemprego aumentou para 6,3% em outubro, quando chegou a segunda onda da epidemia, contra 4,7% em março, antes do confinamento. Entre janeiro e setembro, a renda disponível dos russos caiu 4,3%.

Apesar disso, as autoridades renunciaram a um segundo confinamento para tentar salvar a economia e o poder aquisitivo dos russos, apostando no sucesso futuro da vacina Sputnik-V e na construção de vários hospitais gigantes em Moscou, pulmão econômico e principal foco epidêmico.

As autoridades se congratularam pelo sucesso de sua estratégia, exibindo uma mortalidade na Rússia menor que na Europa, com 48.000 mortos por covid-19 confirmados nas necropsias, sobre um total de 2,7 milhões de casos. No entanto, os dados demográficos estimam um balanço muito mais grave.

A agência de estatísticas russa Rosstat registrou em outubro de 2020 cerca de 50.000 mortes adicionais em relação a outubro de 2019. Entre março e o final de outubro, a sobremortalidade subiu para quase 165.000 óbitos em comparação com o mesmo período de 2019.

Isso se deve, sem dúvida, à definição russa muito restritiva sobre o que constitui uma morte causada pelo coronavírus.

- 20 milhões de pobres -

Enquanto isso, o ministro do Trabalho, Anton Kotiakov, declarou em outubro que havia 20 milhões de pobres na Rússia.

Segundo a Rosstat, o número de russos que vivem abaixo do limite da pobreza aumentou em 1,3 milhão no segundo trimestre em relação ao primeiro.

Em matéria macroeconômica, o governo russo prevê uma queda do PIB de -3,9% em 2020, embora o Banco Central aposte em uma queda de 4-5%, números que são melhores do que os esperados para alguns países da Europa Ocidental.

Isso não faz, porém, os russos esquecerem a queda de seu padrão de vida e a desvalorização do rublo, que perdeu um terço de seu valor desde janeiro, o que reduziu ainda mais seu poder de compra.

<p>Nesta segunda-feira (01), o cientista político Adriano Oliveira fala em seu podcast sobre a população ainda não ter acordado para a gravidade da crise política, que pode gerar uma grave crise econômica. De acordo com Adriano Oliveira, para justificar a intervenção das forças armadas, o Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), deseja o caos, demonstrando isso através de seus atos.&nbsp;</p><p>Segundo o cientista político, o país precisa de estabilidade para conseguir a recuperação da crise econômica. Oliveira ressalta ainda que a COVID-19 pegou todos os governos do mundo de surpresa, inclusive o brasileiro; e, por não aceitar ações das instituições no combate ao novo coronavírus, Jair Bolsonaro vem a cada dia provocando crises políticas.</p><p>Logo, Oliveira alerta que se a crise política não for amenizada, ela causará um forte impacto na economia brasileira e o país não conseguirá sair dela. O cientista destaca ainda que os militares precisam se posicionar se apoiam ou não o presidente. E que, em defesa da democracia, é preciso um grande pacto nacional, com a participação de todas as instituições.&nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</div><div>O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.</p><p>Confira esta análise a seguir:</div><div>&nbsp;</div> <iframe width="350" height="50" src="https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/5fbc59e8b8b00ec07528... scrolling="no" frameborder="0"></iframe>

Por conta do isolamento social causado pelo coronavírus (Covid-19), eventos, casamentos e festas foram suspensos, o que obrigou os serviços de bufê a se reinventarem e adotarem novas estratégias para lidar com a crise.

O bufê Trevo Mirrasol, de Itaquera (SP), adotou o sistema delivery e trouxe novos pratos para o cardápio, como hambúrgueres artesanais e comida japonesa. "Todos os nossos pratos tem bastante procura, porém, os mais pedidos são combos de hambúrguer, que tem uma média de preço de R$ 25 e inclui lanche, batata frita e refrigerante", diz o chef Fernando Amancio, 37 anos.

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Hambúrguer artesanal do cardápio do bufê Trevo Mirrasol | Foto: Divulgação

A confeitaria Sonhos de Açúcar, do Rio de Janeiro, é especializada em bolos para casamento, mas por conta da nova realidade, decidiu apostar em uma estratégia chamada "só um bolinho". Trata-se de um kit para comemorações de familiares que moram na mesma residência. "Nossos principais produtos são mini bolos em embalagem especial para presente de R$ 60, e o Kit Festejar, que vem com um bolo, 20 brigadeiros e dez doces à escolha por R$ 165", conta a confeiteira artesanal Fabiana Santos, 33 anos.

A confeiteira artesanal Fabiana Santos, da Sonhos de Açúcar | Foto: Divulgação

Já a empresa de delivery Thai Fit, do Rio de Janeiro, que sempre trabalhou com refeições congeladas, passou também a oferecer kits para datas comemorativas e para o café da manhã. "Lançamos uma linha de bolos de pote fit, porque muitos clientes pediram por doces. Houve um aumento na procura considerável, e a linha tem sido um sucesso", afirma a CEO Thaiz Barde.

Entre os kits disponíveis da Thai Fit estão o Bolo Fit Foundue, de R$ 70, que acompanha um bolo, doces e frutas; os Kits Jantar Saudável de frango (R$ 180), carne (R$ 190) e camarão (R$ 195). Mas de acordo com a Thaiz, o kit de maior procura é o Combo Baratíssimo, onde a pessoa pode escolher 20 "marmifits" por R$199,00.

Nesta segunda-feira (18), o cientista político Adriano Oliveira analisa em seu podcast a instalação de um processo mais forte de crise dentro do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Ele ressalta que criar crises é o modus operandi desde o começo do mandato do atual presidente da república, em janeiro de 2019. Por trás dessas atribulações, os principais atores são o próprio mandatário máximo da nação ou um dos seus filhos que se alternam neste papel. Oliveira aponta que desde o princípio detalhou os quatro pontos de sustentação do governo federal, que eram o ex-ministro Sérgio Moro, o ministro da economia, Paulo Guedes, os militares e os filhos de Bolsonaro. Porém, Adriano mostra que por conta da agenda ideológica dos filhos, junto com a militância digital deles, este quarto ponto tem sido cada vez mais uma fagulha para acender crises políticas dentro do palácio, ao invés de contribuir para o andamento das ações governamentais. 

Adriano Oliveira comenta que por conta da falta de diálogo e negociação por parte de Bolsonaro, a tão desejada coalizão partidária nunca existiu em seu governo, o que aumenta o atrito com o Congresso e alimenta reiteradas vezes a crise política. Outros problemas apontados são, primeiro: o presidente não permite o protagonismo de seus ministros, o que em um ano e meio já culminou na saída de dois personagens importantes das suas pastas ministeriais, Moro e Mandetta. Em segundo lugar vem o fato de Jair Bolsonaro alimentar as intrigas com instituições através da militância digital dos seus filhos, convocando ou apoiando protestos contra o STF e o Congresso Nacional, o que só faz aumentar o vulto das crises. 

Oliveira detalha ainda que as próximas semanas serão bastante turbulentas para o país, com mais crises políticas, pois a conjuntura atual da investigação sobre a possível interferência de Bolsonaro no comando da Polícia Federal (PF), (que está em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Procuradoria Geral da República (PGR)), deflagrada por acusações do ex-ministro Sérgio Moro, poderão abalar ainda mais os alicerces já combalidos do presidente. Para o cientista político a junção da crise sanitária, com a crise econômica mais esse inquérito supracitado, com as declarações dadas ontem por Paulo Marinho, empresário e suplente do Senador Flávio Bolsonaro, a Folha de São Paulo, de que a investigação sobre a prática de "rachadinha" feita pelo Senador, foi encerrada por ordem de Jair Bolsonaro, são elementos que amplificam ainda mais as crises dentro do governo nacional. 

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

Confira esta análise a seguir:

No podcast desta segunda (27), o cientista político Adriano Oliveira aponta as questões que atrapalham a estabilidade política do presidente, que constantemente produz crises, como já dito em outras edições do Descomplicando. Para Adriano, há dois motivos: o primeiro é o temperamento do presidente e o segundo é a sua dependência e o comportamento dos filhos. Sobre o primeiro deles, o cientista analisa as falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que dá a entender que acredita que a sua eleição confere plenos poderes a ele, podendo, inclusive, exigir relatório de órgão que precisam agir independentes. Um exemplo é a Polícia Federal, que precisa ter a liberdade de seguir com os seus processos sem a interferência de fora.

Acerca do segundo, Adriano aponta que os filhos são uma base moral para o seu governo. Não política, já que essa é composta hoje por Paulo Guedes e os militares - antes também havia a presença de Sérgio Mouro, mas este pediu demissão na sexta (24). Os três filhos do presidente tem uma percepção muito parecida com a do pai, de ideia de poder ilimitado e também são geradores de crise. 

O cientista aponta que esses motivos fazem com que a sociedade não confie no presidente, figura que é previsível já que está sempre produzindo crises. Ele precisa mudar o seu temperamento e se afastar politicamente dos filhos. Adriano não acredita que ele conseguirá, havendo mais instabilidade e discussões sobre um impeachment.

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

Confira mais uma análise a seguir:

 

Após protestos em pelo menos 250 cidades do Brasil e a maior manifestação contra o governo de Jair Bolsonaro desde o início de sua administração, o Ministério da Educação se vê envolto em mais uma crise.

O presidente, que estava no exterior, afirmou que a maioria dos manifestantes eram "idiotas úteis" e "imbecis" que estavam sendo usados como massa de manobra.

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A pasta da Educação, uma das duas em que um ministro já foi demitido - a outra é a Secretaria de Governo, de onde saiu Gustavo Bebianno -, acumula problemas desde o início da gestão do colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, que ficou menos de 100 dias no cargo.

Balbúrdia

Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro Abraham Weintraub afirmou que universidades que, ao invés de melhorarem seu desempenho acadêmico, "estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas".

Na ocasião, ele citou a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) como algumas que tiveram parte do orçamento cortado. O Estado mostrou, porém, que as universidades acusadas de "balbúrdia" tiveram melhora no principal ranking universitário internacional, o Times Higher Education (THE).

Dias depois, o governo anunciou que iria bloquear 30% das verbas discricionárias de todas as universidades. Esse valor é usado para pagar contas de água, luz, comprar materiais básicos, contratar terceirizados, entre outras funções.

Filho de agricultor antropólogo

Weintraub também fez críticas ao investimento nas áreas de humanas, dizendo que era melhor estudar ramos do conhecimento como Veterinária, Odontologia e Medicina, ao invés de Antropologia.

"Precisamos escolher melhor nossas prioridades porque nossos recursos são escassos. Não sou contra estudar filosofia, gosto de estudar filosofia. Mas imagina uma família de agricultores que o filho entrou na faculdade e, quatro anos depois, volta com título de antropólogo? Acho que ele traria mais bem-estar para ele e para a comunidade se fosse veterinário, dentista, professor, médico."

Weintraub é chamado na Câmara

Weintraub partiu para o ataque na tarde desta quarta-feira, 15, durante audiência na Câmara para explicar os cortes na Educação. Ao defender o uso de recursos recuperados de corrupção na área, afirmou ter a ficha limpa, não ter passagem pela polícia e ter sua carteira assinada.

Em seguida, de forma irônica, provocou os deputados: "Fui bancário. Carteira assinada. Viu, azulzinha, não sei se vocês conhecem", afirmou, provocando vaias de parte dos parlamentares que assistia a audiência. Um coro se formou, com deputados gritando "Demissão!".

Queda de Vélez

Depois do anúncio de medidas polêmicas, recuos e duas dezenas de exonerações, o presidente Jair Bolsonaro demitiu no dia 8 de abril o então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez. Vélez havia sido indicado ao cargo por Olavo de Carvalho.

A crise no MEC se intensificou depois que o Estado revelou um e-mail de Vélez em que ele pedia para todas as escolas do País lerem o slogan da campanha de Bolsonaro e filmarem as crianças cantando o Hino Nacional. Ele teve de recuar da medida.

'Brasileiro parece canibal'

Em declaração à revista Veja, o ex-ministro Vélez Rodríguez, afirmou que o brasileiro viajando é um "canibal", pois "rouba coisas dos hotéis" e isso precisa ser revertido na escola. Questionado no Supremo Tribunal Federal (STF), ele informou à ministra Rosa Weber que foi "infeliz" na declaração.

Filmagem de alunos cantando o Hino

Vélez enviou carta oficial do Ministério da Educação a diretores de escola sugerindo a leitura de um texto com slogan da campanha de Bolsonaro, seguida do Hino Nacional. Os alunos deveriam ser filmados e a gravação, enviada ao MEC.

A mensagem causou reação no meio educacional. O Conselho de Secretários Estaduais disse que a recomendação feria a autonomia dos entes da Federação e algumas pastas indicaram que não seguiriam a proposta.

Vélez Rodríguez teve de abrir mão do slogan e indicar que gravações "precisam ser autorizadas". O caso rendeu críticas de Janaína Paschoal e fez com que a Procuradoria Geral da República abrisse uma investigação para apurar uma possível improbidade administrativa por parte do então ministro.

Erros e propagandas em livros didáticos

Vélez teve de lidar, logo ao assumir o Ministério da Educação, com o edital dos livros didáticos de 2020. Na primeira versão, não seriam mais necessárias referências bibliográficas. Também foi retirado o item que impedia publicidade e coibia erros de revisão e impressão. Após a divulgação, o MEC retirou o texto e abriu sindicância, alegando erro da gestão anterior.

Nomeação e exoneração de ex-MBL

Defensor do movimento Escola Sem Partido e ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL), Murilo Resende Ferreira foi indicado para a coordenação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e rebaixado do posto menos de 24 horas depois. Hoje, ele assume um cargo especial criado especialmente na administração Bolsonaro, no qual "ajudará no acompanhamento, análise e direcionamento do Enem".

Comissão de avaliação do Enem

Depois que Bolsonaro criticou o conteúdo da última avaliação do Enem, em 2018, a prova agora terá que passar por uma comissão de três indicados que irão avaliar a "pertinência com a realidade social" das questões. Para especialistas, entretanto, a inexperiência dos responsáveis por esse controle coloca em risco o sigilo e a qualidade do teste, que afeta a vida de milhares de estudantes.

Fim de avaliação da alfabetização de crianças

Em uma portaria publicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), o Ministério da Educação anunciou que não faria mais a avaliação de alfabetização das crianças de até 7 anos. O ex-ministro Vélez Rodríguez afirmou que não tinha sido comunicado sobre essa decisão e, menos de 24 horas depois, revogou a portaria. Por fim, também exonerou Marcus Vinícius Rodrigues do cargo de presidente do Inep.

Universidade não é para todos

Em janeiro, Ricardo Vélez Rodríguez deu uma entrevista ao jornal Valor Econômico, na qual afirmou que a "a ideia de universidade para todos não existe".

Acusado de ter uma visão elitista do ensino público, o responsável pelo Ministério da Educação precisou se explicar em um vídeo postado nas redes sociais.

"Universidade, do ponto de vista da capacidade, não é para todos. Somente algumas pessoas que têm desejos de estudos superiores e que se habilitam para isso entram na universidade", explicou.

Frase falsa de Cazuza

Também à revista Veja, Vélez Rodriguez atribuiu erroneamente uma frase ao cantor Cazuza, durante entrevista. Ao ser questionado sobre se liberdade não incluiria ensinar marxismo, fascismo e liberalismo, ele disse: "Liberdade não é o que pregava Cazuza, que dizia que liberdade é passar a mão no guarda. Não! Isso é desrespeito à autoridade, vai para o xilindró".

Pelo Twitter, o ex-ministro afirmou que ligou para a mãe do cantor, Lucinha Araújo, e "desfez o equívoco".

Evangélica como número 2 do MEC

O posto de secretário executivo do Ministério da Educação foi uma das principais dores de cabeça para de Vélez. Depois de demitir Luiz Antônio Tozi, nomear Rubens Barreto da Silva e demitir este último pouco após a posse, o então ministro indicou Iolene Lima como secretária de Educação Básica.

Educadora e evangélica, Iolene foi alvo de críticas graças a um vídeo no qual aparece afirmando que faria uma educação básica com base nos princípios de Deus: disciplinas como geografia, matemática, história etc. seriam ensinadas "sobre" (sic) a ótica de Deus, numa "cosmovisão cristã", porque "o autor da história é Deus", assim como "o maior matemático" e o "criador dos relevos". Iolene acabou demitida antes sequer de assumir o cargo.

Revisão da Ditadura Militar em livros didáticos

Em entrevista ao Valor Econômico, Vélez afirmou que pretendia revisar os livros didáticos para mudar a forma como as escolas ensinam o golpe de Estado que retirou o presidente João Goulart do poder, em 1964, e o regime militar que se seguiu até 1985.

Contrariando historiadores que estudaram o período, o ex-ministro da Educação ainda disse que não houve golpe e sim uma "mudança do tipo constitucional", além de defender que o governo de Castello Branco foi um "regime democrático de força".

A notícia gerou mal-estar entre representantes de editoras e autores de livros didáticos, que frisaram o compromisso dos materiais didáticos serem baseados em estudos acadêmicos e não opiniões.

Um ano e cinco meses após assumir o segundo mandato de presidente da República, Dilma Rousseff (PT) foi afastada do comando do país nesta quinta-feira (12). A saída da petista é resultado da abertura do inquérito do processo de impeachment aprovada no Senado por 55 votos favoráveis e 22 contra. 

O pedido, em tese, é motivado pelas famosas pedaladas fiscais e a edição de decretos para créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional. A culminância do processo, no entanto, é mais profunda e contem, em si, uma série de ações políticas da presidente ou até mesmo a falta delas.

Conhecida por ter um perfil mais rígido e impopular ao antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desde outubro de 2014, quando conquistou a reeleição, Dilma adotou uma blindagem diante da base no Congresso Nacional se fechando ao diálogo com as bancadas e desencadeando assim a ampliação das crises econômica e política já instauradas no país.

A postura da presidente, na avaliação do cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Ernani Carvalho, passou a ter mais ênfase desde que o PT decidiu bancar uma candidatura à presidência da Câmara Federal, na tentativa de desbancar o PMDB. 

“A incapacidade da presidente de dialogar com Congresso ficou latente desde a disputa pela Câmara dos Deputados [a presidência], onde ela decidiu não negociar e eleger o Arlindo Chinaglia contra Eduardo Cunha. Tumultuando mais ainda a relação dela com o Legislativo, ela construiu um inimigo político número um: o Eduardo Cunha”, observou o estudioso. 

O pecado da presidente, segundo ele, foi ainda maior quando ela tentou no primeiro mandato tomar as mesmas decisões econômicas da gestão de Lula, com o cenário adverso, e no segundo mandato com o desejo latente de desvincular a gestão federal executada por ela da fluência política do seu padrinho. 

 “Mas, apesar disso, por várias vezes Lula foi convocado por partidos aliados para corrigir essas ausências de Dilma na trajetória de diálogo entre Congresso e Executivo. A presidente insistia em seguir suas próprias escolhas e tomava posições sem articular com as bancadas, enviava projetos sem saber da viabilidade deles”, pontuou. “A presidente vive hoje o que chamamos na ciência política de tempestade perfeita, fruto das políticas adotadas em 13 anos de gestão petista”, acrescentou. 

Desde a redemocratização, Dilma Rousseff é a segunda presidente a ser afastada do cargo para um julgamento por crime de responsabilidade. O primeiro, Fernando Collor, participou, inclusive, da votação desta quarta. Agora senador pelo PTC, Collor foi a favor da admissibilidade do processo. 

Inicialmente Dilma deixa as funções de presidente por 180 dias ou até acontecer o julgamento final, entre setembro e novembro, que definirá se ela é culpada ou inocente. Caso seja condenada, Dilma perde o mandato e fica inelegível por oito anos. Com isso, o vice-presidente Michel Temer é oficializado como presidente em exercício do país. 

Terminam nesta quarta-feira (11) as inscrições para a palestra gratuita “Vencendo a crise com ferramentas de coaching”, que será realizada no próximo dia 16. O evento será conduzido pelo professor universitário e psicólogo organizacional, Odilon Medeiros.

O encontro será realizado no auditório da Concessionária Rota do Atlântico, em Suape, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. O início está marcado para as 15h. Os interessados devem se inscrever através do e-mail rh@rotadoatlantico.com.br.

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Odilon Medeiros tem mais de 25 anos de experiência em treinamentos de empresas. Segundo o palestrante, em momentos de crise podem ser achadas soluções inteligentes. “Há uma crença de que nada se pode fazer para enfrentar o momento difícil. Mas para tudo na vida há alternativas. O problema é que desconhecemos essa verdade. Quando tomamos consciência do nosso potencial, tudo muda. É crer para ver”, comenta o especialista.  

Serviço

Data: 16.05.16 (segunda-feira)
Horário: 15h
Local: auditório da Concessionária Rota do Atlântico, em Suape.
Inscrições: até o dia 11 de maio, por meio do e-mail rh@rotadoatlantico.com.br

A pouco mais de um mês da conclusão do terceiro ano de governo, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), apresentou, nesta segunda-feira (16), uma prestação de contas do mandato. Observando o contexto em que foi eleito em 2012, com o estado sendo visto como uma locomotiva de investimentos, e comparando ao momento atual de crises, Geraldo disse que teve de readequar o programa de governo apresentado na campanha para a realidade da gestão. O gestor destacou, também, as concretizações e pontuou a dificuldade em atingir as metas de investimento.  

“No primeiro ano de governo começamos a viver a maior crise econômica que o país já viu. A última vez que o Brasil cresceu negativamente dois anos seguidos foi em 1930 e 1931. Nenhum de vocês aqui viveu esta época. Agora estamos vivendo zero de crescimento no ano passado, crescimento negativo em 2016 e vamos viver o crescimento negativo em 2017. Faz 85 anos que o Brasil não vive isso. É uma duríssima crise econômica que vivemos e precisamos reagir com muita força e disciplina”, observou durante um almoço-debate com jovens empresários que integram o LIDE Futuro, um dos braços do LIDE Pernambuco, onde fez a explanação.

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Apesar das dificuldades, Geraldo disse que “não parou de trabalhar” e, dando como exemplo 2015, afirmou que seriam necessários R$ 3,5 bilhões para a gestão municipal sobreviver neste ano e cumprir as metas pré-estabelecidas. Entretanto, com os repasses federais e convênios, o disponível era de R$ 2,6 bilhões. “Poderíamos ter sentado na cadeira e chorado as mágoas, mas não fizemos isso. Conseguimos R$726.5 milhões de recursos extras, cumprindo as mais de 50 ações elencadas pelo governo para a busca desses recursos”, argumentou.

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Com a identificação “o que não tinha e agora tem”, o socialista listou algumas ações como a implantação das creches-escolas, do Passe Livre, do Recife Antigo de Coração e do Prouni municipal. Apesar de uma listagem cheia, o prefeito, no entanto, ainda não conseguiu concluir obras consideradas estruturadoras para a gestão, como, por exemplo, as cinco unidades do Compaz e o Hospital da Mulher, prometidos para 2014 e o início de 2015. Indagado se não tinha receio em concluir o mandato sem estas concretizações, Geraldo disse que não.

“Não temo não entregar [essas obras]. Temos três Compaz em obra. Vamos entregar todos os que forem possíveis entregar, o país virou de cabeça para baixo, a receita do governo federal, estadual e das prefeituras caiu. Temos prefeituras que vão conseguir pagar apenas 10 das 13 folhas. A gente resolveu não parar”, justificou. De acordo com as previsões da prefeitura, o Hospital da Mulher deve ser entregue em dezembro deste ano e ao menos dois Compaz também.

O gestor aproveitou a ocasião para criticar a gestão do Governo Federal. “Fora isso a gente vive uma crise ética duríssima e uma crise política sobre a qual olhamos e não vemos a capacidade desse governo de mudar o rumo dela. Tenho a impressão de que quem vai fazer isso é o próprio povo. O povo vai saber superar a crise econômica e política, a ética está sendo tratada pela justiça”, cravou.

Para Geraldo, o “ciclo esgotado” da gestão petista também se reflete nas alternativas adotadas pela gestão para vencer a crise econômica. “As pessoas acham que este cenário é por conta dos erros de 2015 de Joaquim Levy,mas não. É de mais tempo”, acrescentou. 

Além da participação no almoço-debate com o LIDE Futuro, Geraldo Julio também apresentou o balanço dos últimos três anos, durante a manhã, para o Grupo de Mulheres Líderes de Pernambuco e, à noite, fará a mesma explanação para os empresários que compõem a entidade. 

Seis meses. Esse é o tempo que o governador Paulo Câmara (PSB) já passou à frente do Governo do Estado de Pernambuco. Para à oposição, o período foi negativo e confirmou seu despreparo como gestor. Já a base governista acredita que o socialista soube destravar os desafios e vencer as adversidades. Apesar das opiniões distintas, são notórios alguns destaques como as articulações políticas com os ministros de Estado e as movimentações em prol da vinda hub da Latam, ao passo que ele enfrentou greve, paralisação e denúncias graves como falta de alimentos em abrigo e descaso no IML nesta última semana.

Nos bastidores da política à falta do ex-governador Eduardo Campos é vista, ainda, como uma ausência importante tanto como liderança, quanto como padrinho político e conselheiro. Por outro lado, a crise econômica vivenciada em todo o país é justificada como um dos motivos, ou refúgio, para algumas precariedades do Estado. 

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“O governador disputou as eleições como um neófito em embates eleitorais. E foi logo para uma disputa para o executivo estadual. Venceu a eleição, ainda no primeiro turno com uma larga vantagem, sobretudo, em função da comoção que se criou em Pernambuco com a morte prematura e trágica do ex-governador Eduardo Campos, seu mentor e avalista de sua candidatura”, pontuou o cientista político e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Túlio Velho Barreto. 

Para o especialista, vencer as eleições devido à comoção da morte de Campos e, de fato, liderar Pernambuco, são ações distintas. “Uma coisa é vencer a eleição à sombra do ex-governador e da tragédia, outra, é governar sem a presença de Eduardo Campos e em uma conjuntura adversa. Do ponto de vista político, na oposição ao governo Dilma Rousseff; do ponto de vista econômico, enfrentando uma grave crise econômica”, frisou, enfatizando as dificuldades como o desemprego. “Um exemplo é a difícil situação de Suape, com desemprego em massa, e os valores transferidos para o consórcio que construiu e administra a Arena Pernambuco”, destacou.

Segundo Barreto, o primeiro semestre da gestão de Câmara ainda é tímido e sem ‘marcos’ importantes até então. “Nos primeiros seis meses de governo a ação do executivo estadual tem sido muito tímida e discreta, sem uma marca importante. As eleições municipais de 2016 serão um bom momento para testar a capacidade do governador de vir a ser uma liderança política no Estado, o que não demonstrou ser ainda por inteiro”, analisou. 

De acordo com o deputado estadual Edílson Silva (Psol), Câmara não cumpriu as promessas feitas e o Estado passa por problemas em várias áreas. “Eu faço uma avaliação que é um governo que frustrou as expectativas da sociedade. Nós estamos vendo, as principais áreas do Estado estão com problemas gravíssimos. Uma crise na segurança pública. Tem uma crise no sistema previdenciário, tem a questão na educação que os professores não recebem nem o piso, na saúde pública e um monte de obras inacabadas e que não funcionam”, detalhou, fazendo uma avaliação negativa do socialista. “O balanço que nós fazemos é que as coisas estão ruins, e as promessas que ele fez não se cumprem”, criticou. 

Edílson relembrou algumas promessas de campanha como o não aumento de passagem de ônibus. “Uma promessa que ele fez foi a do bilhete único para fazer o sistema eletrônico de transporte. Prometeu não aumentar a passagem e aumentou. Mentiu descaradamente para a população”, disparou. O parlamentar acredita que o socialista tinha sobrevido até agora de “factoides”. “Inaugurando ruas de prefeituras, reinaugurando placas como foi o caso de Palmares”, denunciou, vendo a vinda do hub da Latam como a única coisa positiva. “O governo só fala do hub da Latam. Parece que o hub da Latam é a salvação do Estado, uma das poucas, ou talvez a única agenda positiva do Estado. Ele é um fiasco, um governo que prometeu”, acrescentou. 

Corroborando com as alfinetadas de Edílson Silva, o líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Sílvio Costa Filho (PTB), vê os seis meses de gestão como continuidade do governo de Eduardo Campos. “Na nossa avaliação é um governo que é menos do mesmo. Não é nem mais do mesmo, porque é um governo de continuidade que está no seu nono ano de gestão e a gente observa que nada de novo foi apresentado aos pernambucanos”, alegou. 

Para o petebista, as problemáticas vivenciadas em Pernambuco demonstram um déficit de liderança. “O processo eleitoral passou, e hoje ele é governador. Ele tem que honrar os compromissos assumidos em praça pública, naturalmente, os pernambucanos passam a perceber um déficit da liderança em relação às articulações anunciadas. Entretanto, ele se elegeu com a confiança da maioria do eleitorado e é preciso que ele possa trabalhar nesses próximos anos e a oposição vai está cumprindo o seu papel institucional”, prometeu. 

Outras críticas feitas ao governo partiram da deputada estadual Teresa Leitão (PT). Para a petista, o problema não está apenas na crise, porque o Governo Federal tem enviado recursos, mas na falta de liderança e de uma marca própria. “A marca de Paulo vai demorar a se consolidar. Ninguém consegue, a não ser que seja uma liderança muito forte, fazer isso com seis meses, mas eles estão mais preocupados a manter uma marca de Eduardo Campos”, ressaltou. 

A petista também comentou à falta de articulações políticas. “A política do PSB está sofrendo as consequências do tipo de liderança centralizadora que Eduardo Campo exerceu. Era uma grande liderança, sem dúvida, mas a ocupação deste espaço está difícil e o que a gente ver são brigas, disputas internas, a ponto de precisar deslocar o prefeito de São Lourenço para fazer articulação política. Vai para Arpe para fazer articulação porque você tem secretários que não conhece fazer”, cravou a deputada. 

Em meio às avaliações negativas da oposição, a base governista de Paulo Câmara defende o gestor e acredita que ele soube driblar as dificuldades desses primeiros meses. “Eu avaliou como seis meses de muita luta em Pernambuco para enfrentar as adversidades causadas pelo desastre da política econômica do governo Dilma, mas de muitos avanços também, apesar dessas adversidades”, destacou o líder do governo na Alepe, deputado Waldemar Borges (PSB). 

De acordo com o socialista, o governo já investiu mais de R$ 300 milhões no Estado. “Ele entregou duas novas escolas técnicas e três escolas de referências, enfrentou e tem conseguido reverter a linha ascendente da violência. Inaugurou empreendimento do porte da Fábrica da Jeep, e no campo político uniu Pernambuco em defesa do hub da Latam”, contabilizou.

Questionado sobre as crises enfrentadas em Pernambuco, Borges reconheceu algumas dificuldades, mas garantiu serem enfrentadas pelo governador. “Acho que dificuldades pontuais sempre vão existir, e algumas são rapidamente superadas, outras, são mais estruturais que um governo comprometido deve enfrentá-las como o governo de Paulo Câmara tem enfrentado”, elogiou. 

Sobre as greves como a da educação, por exemplo, o líder do governo enfatizou a existência de diálogo. “Uma greve  terminou em acordo e revela a capacidade do governo negociar e de ir ao máximo que pode para atender as reivindicações da melhor forma que pode. Não conheço o ato de governar que esteja imune as dificuldades, mas nada parecido a esse caos de uma economia nacional desgovernada e despencada em cada livre, causando todo tipo de ameaças as economias dos Estados”, disse o parlamentar, como crítica ao governo Dilma. 

Outro socialista defensor de Câmara foi o deputado estadual Vinicius Labanca (PSB). “A minha avaliação é positiva para quem assumiu o governo após a perda de um grande líder que foi Eduardo Campos, e num momento que vive a classe política, num país completamente arrasado de escândalos e vendo a sua economia fundar por falta do Governo Federal”, avaliou. 

Labanca também comentou as problemáticas da greve, mas ressaltou que o governador tem pulso forte. “É natural que todo início de governo se passe por mudanças, independente que seja um governo de continuidade, novas licitações tiveram que ser feitas. Ninguém acha que é justo o salário de um policial ou de um professor, porém, é preciso entender que  arrecadação do governo de Pernambuco ficou em dúvida por cauda da crise econômica que vive o pais, isso é uma prova de guerra e ele teve pulso forte”, destacou. 

Diferente de Vinicius Labanca, o cientista político Túlio Velho Barreto, analisou as greves como dificuldade enfrentada pelo governo. “Sem sombra de dúvidas, a greve dos professores da rede estadual e a paralisação dos policiais civis demonstram o grau de dificuldade do governo Paulo Câmara de lidar com importantes categorias do serviço público estadual nesses primeiros seis meses”, expôs. 

Na visão de Barreto, a tão comentada articulação para a vinda do hub da Latam não pode ser encarada como uma marca de Paulo Câmara, mesmo apesar de seus esforços e empenho. O especialista também acredita que, caso não consiga trazer o hub, o governo terá uma derrota. “Em relação à atração do centro de voos internacionais e nacionais da Latam no Nordeste para o Estado, o governador tem buscado mostrar liderança. E caso alcance sucesso, terá dado um grande salto nessa direção e isso poderá ser uma marca relevante de seu início de governo; caso contrário, terá perdido uma oportunidade e essa será uma derrota política para ele e, igualmente, uma derrota econômica para o estado. Nesse sentido, a louvar, apenas, as iniciativas que ele tem tido com relação ao 'hub' da Latam”, ressaltou.        

O que diz Câmara - Apesar de avaliações de especialista e políticos do governo e da oposição, o próprio governo reconhece as dificuldades nesses primeiros meses. "Nós tivemos um semestre muito difícil. Um semestre que toda esta crise econômica está nos atingindo. Não só o Estado de Pernambuco, mas todos os municípios e todos os Estados da Federação”, reconheceu.  Ele também comentou que as receitas não atenderam as expectativas. "São desafios muito grandes porque o crescimento da receita está bem aquém de qualquer tipo de expectativa criada no início e nós estamos priorizando a manutenção dos serviços, a manutenção do nível de qualidade, finalizar obras que são importantes que precisam ser finalizadas, e ao mesmo tempo, planejar”, detalhou. "

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O relacionamento entre o PT e o PMDB não é dos mais afinados há algum tempo e nos últimos meses linha tênue que une os dois partidos tem ficado cada vez mais fina. O racha entre as legendas é mais evidente no Congresso Nacional, onde o PMDB preside tanto a Câmara, com Eduardo Cunha (RJ), quanto o Senado, com Renan Calheiros (MA). Nessa semana, por exemplo, Calheiros foi o pivô de mais um imbróglio entre os aliados. Ele devolveu a presidente Dilma Rousseff (PT) uma Medida Provisória, que promovia ajustes fiscais, com a justificativa de que a petista "deturpava" o conceito da separação dos Poderes. 

A medida foi observada por petistas como “intransigente”. “Uma decisão como essa pode ter uma dimensão que extrapola o nosso desejo. A sociedade, com isso, só acredita que vivemos um enfrentamento entre poderes”, pontuou o senador Humberto Costa (PT), na ocasião. 

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Com tantos “toma lá da cá” a principal indagação é: para onde deve seguir essa relação desgastada entre os dois partidos? Na avaliação do cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, as crises entre os dois partidos “são absolutamente normais” e demonstra que uma das partes deseja “algo a mais”, neste caso o PMDB. 

De acordo com o estudioso, os embates políticos “fazem parte da relação” e “não significa o fim da aliança”. “Não podemos ver isso como ineditismo. Qualquer relação entre partidos é uma relação de troca. Quando alguém está insatisfeito você oferece esse algo a mais, o PMDB já teve contrapartidas, agora deseja mais do PT”, analisou Oliveira.

Na visão petista, algumas alas do PMDB têm agido na tentativa de enfraquecer o Governo Federal e, apesar disso, o PT precisa conviver com a legenda pela força política que ela exerce no Congresso Nacional. 

“É um aliado que tenta mais enfraquecer do que enaltecer. É um jogo de correlação de forças, um jogo de barganha”, frisou o ex-deputado federal, João Paulo. “Tem que se conviver. O PMDB tem um peso importante no Congresso, agora quem tem que ver o limite de negociação com eles é a presidência”, acrescentou o pernambucano. 

Já para líderes do PMDB, “a aliança deve ser revista”. “É preciso encontrar seu ponto de equilíbrio. Ela nunca foi 100% resolvida, 100% pacífica, mas ela já teve momentos melhores. Já teve momentos muito ruins e acho que hoje está num momento de muita reflexão”, observou o líder peemedebista na Câmara, o deputado Leonardo Picciani (RJ). 

Outro assunto melindre entre petistas e peemedebistas, é a divulgação da lista dos políticos envolvidos com a operação Lava Jato encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é de que os nomes sejam divulgados nesta sexta-feira (6), mas nos bastidores já são confirmadas a presença de lideranças dos dois partidos. O que deve marcar o início de um novo embate entre as legendas. 

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, em Montevidéu, que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) proporcionou as condições para que os países pertencentes ao bloco pudessem enfrentar as crises econômicas globais, como a iniciada em 2008. "O mercado comum nos proporcionou melhores condições para enfrentar crises internacionais, como a de 2008. Fluidez tem sido incentivo fundamental ao aprofundamento da integração em novas cadeias produtivas", afirmou.

Dilma citou que, na última década, o intercâmbio comercial entre os países do Mercosul aumentou 12 vezes. "Nesse mesmo período, nosso comércio com o mundo cresceu apenas oito vezes", ressaltou. "Nas últimas décadas, o Mercosul foi projetado para o mundo", emendou. Dizendo que o mercado comum da América do Sul é a "mais bem-sucedida e mais abrangente iniciativa de integração da região", ela disse ser necessário "resguardar o patrimônio comum" construído no bloco. "Transformar a lógica das relações é algo muito difícil. Cada vez mais somos Mercosul, um Mercosul diverso. Transformamos a lógica das relações na América do Sul", afirmou. Dilma participa da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados.

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A Comissão Europeia está preparando orientações para resolver problemas bancários que incluem diferentes tipos de investidores em termos de perdas potenciais, disse neste domingo o presidente do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), Jens Weidmann, em entrevista à rádio Deutschlandfunk. Segundo ele, os investidores de ações seriam os primeiros a enfrentarem perdas, enquanto os depositantes com recursos até 100 mil euros seriam preservados "se possível".

Para Weidmann, os acionistas dos bancos deveriam ser os primeiros a serem responsabilizados, seguidos pelos credores e por último os depositantes. Os contribuintes, afirmou, não deveriam ser penalizados.

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"O objetivo é que não tenhamos de resgatar bancos sempre com o dinheiro dos contribuintes, mas que os bancos possam ser liquidados de acordo com o princípio causador, sem se tornarem um perigo para o sistema financeiro", disse Weidmann.

Os comentários do presidente do Bundesbank surgem em meio ao debate, iniciado com o resgate do sistema bancário do Chipre, sobre a penalização dos depositantes dos dois maiores bancos cipriotas. No fim de março, uma declaração do presidente do Eurogrupo, Jerome Dijsselbloem, de que a estratégia adotada no Chipre seria um modelo para futuros resgates bancários na região assustou os mercados e gerou uma sucessão de desmentidos de autoridades europeias. Na última semana, o próprio presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse que o Chipre é um caso especial.

"O exemplo do Chipre mostra que os bancos podem ser liquidados sem prejudicar o sistema como um todo", disse Weidman neste domingo, reforçando a declaração de Dijsselbloem posteriormente desmentida por outros líderes do bloco.

As Ciências Sociais buscam identificar e decifrar eventos que ocorrem no ambiente social. Os eventos são criados pelas ações e interações humanas. Crises são eventos, os quais representam o início de uma ruptura com uma ordem X, por exemplo. Ou uma turbulência na ordem X, mas sem ruptura para uma nova ordem - Y.

Crises políticas são comuns em ditaduras e em democracias. Por conta da liberdade da mídia, as crises são mais comuns e mais visíveis em democracias. Crises políticas significam rupturas ou turbulências em torno de um ou vários atores, os quais integram dada instituição.

Crises políticas podem ser evitadas. Mas para tal fato ocorrer, atores precisam prognosticar possíveis crises. Neste caso, os atores devem exercitar a memória cotidianamente. Lembrar das ações do passado e refletir sobre as ações do presente são atitudes que devem guiar atores políticos que desejam disputar uma eleição ou vir a ocupar um cargo público, como por exemplo, um ministério.

Em sociedades democráticas, a mídia exerce intensa função fiscalizadora. Os passos do ator político são vigiados. E os passos deste ator político no passado também. Em razão disto, crises poderão surgir em virtude da ação midiática e não da ação de uma instituição estatal.

A ação fiscalizadora da mídia é um evento que necessariamente precisa ser melhor compreendido por parte dos atores políticos e dos cientistas políticos. Constato que no Brasil, as instituições públicas perdem espaço para a mídia ou esta preenche um dado espaço que deveria ser ocupado pelas instituições públicas.

Desde a era FHC, verifico que as crises políticas não foram motivadas pelas ações das instituições estatais. Mas pela mídia. Foi ela que investigou, publicizou e proporcionou crises governamentais. Em particular, quedas de ministros. No governo Dilma, vários ministros foram sucumbidos em razão da atuação dos órgãos de comunicação. E as turbulências ocorridas em seu governo também foram provocadas pela mídia.

As crises governamentais contemporâneas requerem novas ações por parte dos atores e estrategistas junto à mídia e à opinião pública. A criação de fatos positivos para integrarem a agenda da mídia é necessária, mas não suficiente para evitar crises, independente da sua dimensão.

Atores políticos precisam ficar atentos, caso desejem conquistas futuras, as suas ações do presente, as quais, com o tempo, virarão ações passadas, mas que já estão repercutindo no futuro. As ações presentes dos atores devem vislumbrar as conseqüências. E a mídia não pode ser mais encarada como algo qualquer, no caso, uma instituição que divulga notícias de um dado ator enviadas pela assessoria de imprensa.

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