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Vitória Silva, Jorge Cosme e Marília Parente, finalistas do Prêmio Cristina Tavares. (Pedro Oliveira/LeiaJá)

O LeiaJá é finalista do 27º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) e pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), considerado a mais importante premiação da área em Pernambuco. O portal aparece nas finais na categoria Internet, com o especial Linhas que Resistem, assinado pelos repórteres Jorge Cosme e Marília Parente, e na categoria radiojornalismo, com o podcast Atemporal, parceria entre Vitória Silva e Jorge Cosme. 

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"Linhas que Resistem" versa sobre o protagonismo feminino na arte têxtil de Pernambuco e foi produzido a partir de cinco viagens pelo estado. Nele, a história do bordado manual, da tapeçaria, da tecelagem, do crochê e da renda renascença se confunde com a das mulheres que conquistaram autonomia graças ao trabalho com o tecido. "Linhas que Resistem" conta com fotografia de Rafael Bandeira, edição de vídeo de Jéssica do Vale, Stéphany Fabíola e Paula Barreto, artes de Felipe Santana e webdesign de Chico Peixoto.

"O trabalho reconhece o protagonismo feminino na economia do estado. Conhecer mulheres como as mestras Terezinha Lira e Lúcia Firmino e poder contar suas histórias é um dos grandes privilégios do jornalismo. Me sinto feliz por ajudar a trazer visibilidade para elas e suas trajetórias de emancipação através do tecido", afirma Marília Parente. 

Por sua vez, o podcast "Atemporal" propõe em viagem no tempo para mostrar semelhanças entre os diversos deslizamentos de barreiras ocorridos em Pernambuo entre os anos 1970 e os dias de hoje. "Atemporal surgiu de uma urgência por respostas que pudessem tornar mais dignas, e também mais vistas, as perdas humanas no longo histórico de deslizamentos de barreiras no Grande Recife. O nome do programa em si é uma provocação: atemporal sobre o efeito cíclico do tempo, em alusão à recorrência das tragédias; e temporal, por citar as chuvas e a posição da metrópole pernambucana diante das mudanças climáticas. A apuração durou cerca de um ano. Nós entrevistamos sobreviventes, parentes de vítimas fatais, líderes comunitários e especialistas, passando pelas décadas de 70, 80, 90 e 2020. Todas elas marcadas por dezenas de mortes, e essas mortes sempre esquecidas nos anos seguintes, com o advento das novas perdas", ressalta Vitória Silva.

Já Jorge Cosme ressalta a importância de figurar em duas categorias da premiação. "O Cristina Tavares é uma referência entre os prêmios de jornalismo no Brasil, então ficamos muito empolgados com a notícia de que somos finalistas duas vezes e em meio a tantos grandes profissionais. O nível dos trabalhos finalistas está altíssimo, evidenciando como temos grandes jornalistas no estado, por isso muito nos alegra que o Cristina Tavares exista para destacar a devida importância da nossa categoria", celebra.

Confira a lista completa de finalistas do 27º Cristina Tavares de Jornalismo:

CATEGORIA PROFISSIONAL

CRIAÇÃO GRÁFICA:

Deyvidson Thiago – A arte traduz Gregório Vieira

– O que vem pela frente João Lin – Modernistas

FOTOJORNALISMO:

Bruno Campos – A Face do Recife

Guga Matos – Cidadania em chamas

Paulo Almeida – Drama nas palafitas

INTERNET:

Carolina Monteiro – Sou de Humanas

Marília Parente – Linhas que resistem

Raphael Guerra – 20 anos

Caso Serrambi

RADIOJORNALISMO:

Cínthia Ferreira – Rastros de uma tragédia

Jorge Cosme – Atemporal

Nathan Oliveira – Contra-ataque

TEXTO:

Katarina Moraes – Um dia nas palafitas do Recife

Pedro Paz – Calor em habitações sociais

Raíssa Ebrahim – Pescadoras lutam

VIDEOJORNALISMO:

Cínthia Ferreira – Rastros de uma tragédia

Mônica Silveira – Gonzaga 110 anos

Wagner Sarmento – Reféns do Morro

CATEGORIA ESTUDANTE

INTERNET:

Ana Carolina Guerra – Jogadeiras: futebol de Mulher

Carina Barros – Noix

Gabriela da Silva – Grafites do Recife

RADIOJORNALISMO:

Gabriela da Silva – Patrimônio gastronômicos

Ingrid Santos – O Impasse de um Recife

João Paulo – Proibição da maconha

TEXTO:

Aliny Maria Agostinho – Maracatu Coração Nazareno

Camila Dias – As práticas médicas

Gabriela Andrade – O que aconteceu com o São Luís

VIDEOJORNALISMO:

Carina Barros – Rio Beberibe

Gabriela da Silva– Série Direitos

Sara Nascimento – Herança de afetos

Marília Parente, Caio Lima e Nathan Santos, finalistas do 26º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo. (Danilo Galindo)

LeiaJá conquistou o 26º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo, a mais importante premiação do setor em Pernambuco. O documentário "Paulo Freire: o legado", assinado pelos jornalistas Marília Parente e Nathan Santos, com edição de Caio Lima e Danillo Campelo, venceu a categoria "radiojornalismo". Promovido na noite desta quinta-feira (25), o prêmio é organizado anualmente pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) em parceria com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

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Publicado no dia 10 de setembro deste ano, o documentário "Paulo Freire: o legado" celebra o centenário do pedagogo recifense, Patrono da Educação Brasileira desde 2012. O trabalho é dividido em quatro blocos, partindo do processo de alfabetização do próprio Paulo Freire, em Pernambuco, e de suas primeiras vivências como professor, trazendo ainda detalhes da lendária experiência de Angicos, cidade localizada no sertão do Rio Grande do Norte, em que o pedagogo e sua equipe alfabetizaram 300 adultos em apenas 40 horas.

A jornalista Marília Parente destaca a escolha pelo formato de rádio ao abordar a vida de Paulo Freire. "Trata-se de um veículo muito democrático, que permite que a gente fale sobre educação inclusive com pessoas que não sabem ler. No mais, esse reconhecimento mostra como é importante a gente se desafiar profissionalmente. Apesar de ter mais experiência no jornalismo online e impresso, foi muito gratificante produzir, escrever e fazer locução para rádio", comenta Marília.

O jornalista Nathan Santos também celebrou o reconhecimento. "Para mim, o Cristina Tavares é o maior prêmio de jornalismo do Nordeste. É uma conquista que nos deixa muito orgulhosos e nos inspira a buscar, sempre, pautas que promovam o bom jornalismo. Estamos muito felizes", afirma Nathan.

Nesta edição, o Prêmio Cristina Tavares recebeu mais de 150 inscrições de trabalhos jornalísticos, em 7 categorias entre profissionais e estudantes, contando o 2º Prêmio de Jornalismo Cultural. Durante 30 dias, a Comissão Julgadora, formada por mais de 15 profissionais da área, professores e mestres em comunicação, analisou fotografias, vídeos, textos e áudios inscritos. A premiação conta com patrocínio da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe).

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Marília Parente, Caio Lima e Nathan Santos, finalistas do 26º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

O LeiaJá é finalista do 26º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo, a mais importante premiação do setor em Pernambuco. O documentário "Paulo Freire: o legado", assinado pelos jornalistas Marília Parente e Nathan Santos, com edição de Caio Lima e Danillo Campelo, disputa na categoria "radiojornalismo". O prêmio é promovido anualmente pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) em parceria com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

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Publicado no dia 10 de setembro deste ano, o documentário "Paulo Freire: o legado" celebra o centenário do pedagogo recifense, Patrono da Educação Brasileira desde 2012. O trabalho é dividido em quatro blocos, partindo do processo de alfabetização do próprio Paulo Freire, em Pernambuco, e de suas primeiras vivências como professor, trazendo ainda detalhes da lendária experiência de Angicos, cidade localizada no sertão do Rio Grande do Norte, em que o pedagogo e sua equipe alfabetizaram 300 adultos em apenas 40 horas.

A jornalista Marília Parente recebeu com surpresa a notícia de que figurava entre os finalistas da premiação. "Acho que isso mostra como é importante a gente se desafiar profissionalmente. Apesar de ter mais experiência no jornalismo online e impresso, foi muito gratificante produzir, escrever e fazer locução para rádio, essa mídia tão democrática. Nada mais justo que a gente resolvesse falar justo de Paulo Freire nesse formato, permitindo que as pessoas que não sabem ler tenham acesso à sua biografia", comenta Marília.

O jornalista Nathan Santos também celebrou o reconhecimento. "Me sinto muito honrado em estar, junto com a equipe, entre grandes jornalistas que figuram na lista de indicados. Para mim, o Cristina Tavares é o maior prêmio de jornalismo de Pernambuco. É um reconhecimento muito grande ao LeiaJá, neste período em que o portal celebra seus dez anos", afirma Nathan.

Nesta edição, o Prêmio Cristina Tavares recebeu mais de 150 inscrições de trabalhos jornalísticos, em 7 categorias entre profissionais e estudantes, contando o 2º Prêmio de Jornalismo Cultural. Durante 30 dias, a Comissão Julgadora, formada por mais de 15 profissionais da área, professores e mestres em comunicação, analisou fotografias, vídeos, textos e áudios inscritos. A premiação conta com patrocínio da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe)

Escute o documentário "Paulo Freire: o legado":

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No dia 10 de março, quando todas as atenções estavam voltadas para a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial, Cristina Bolsonaro- mãe de Jair Renan, filho mais novo do presidente- assumiu um emprego na Câmara dos Deputados. Cristina agora atua como assessora parlamentar da deputada Celina Leão (PP-DF), que, por sua vez, pleiteia um cargo no alto escalão do governo federal.

Segundo a revista Veja, a ponte entre Celina e Cristina foi feita pelo próprio Jair Renan, na ocasião do lançamento da empresa do rapaz. Desde então, as duas se tornaram próximas. Em fevereiro, a ex-mulher do presidente se mudou para Brasília.

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Celina é ex-secretária de Esportes do Distrito Federal e aliada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ela torce para que o presidente Jair Bolsonaro recrie o Ministério do Esporte, para abrigar partidos aliados no congresso.

A remuneração de Cristina está indisponível no site da Câmara. Ela deve dividir seu tempo entre o gabinete e as tarefas relativas à empresa do filho.O Ministério Público Federal instaurou uma investigação preliminar para apurar suspeita de tráfico de influência no empreendimento de Jair Renan, que passou a buscar parceiros interessados em fazer negócios com o governo federal.

Os repórteres especiais Marília Parente e Jorge Cosme. (Divulgação)

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Os repórteres especiais do LeiaJá, Marília Parente e Jorge Cosme, estão na final, respectivamente, do 1º Prêmio de Jornalismo Cultural Cristina Tavares de Jornalismo e do 25º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo do ano de 2020, promovidos pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e pelo Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope). Marília disputa a categoria de cultura com a reportagem especial “A poesia e a consciência negra de Solano Trindade”, enquanto Jorge concorre na categoria “Charge” com o trabalho “E aí ele disse”. Devido à pandemia da Covid-19, os vencedores serão anunciados em live no dia 16/06/20, às 20h30, nas redes sociais do Sinjope e da ABBC Comunicação, também parceira na realização dos prêmios.

“Solano Trindade é uma figura central para entender a cultura brasileira e pernambucana. Negro, multiartista e comunista, foi preso e censurado pela ditadura militar. Fico muito contente em saber que sua voz segue ecoando e despertando interesse, assim como a pesquisa e os documentos que publiquei, que considero importantes para entender sua trajetória”, comemora Marília Parente. A reportagem, publicada em 20 de novembro de 2019, aborda a vida do poeta, artista plástico, ator e dramaturgo pernambucano, desde a primeira infância, no centro do Recife (PE), até a morte, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Já a charge “E aí ele disse” foi publicada em janeiro de 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto Nº 9.685, que permite que cidadãos brasileiros com mais de 25 anos possam comprar até quatro armas de fogo para guardar em casa. A publicação foi charge da semana no LeiaJá e circulou nas redes sociais do veículo.

Confira os finalistas na íntegra:

CRIAÇÃO GRÁFICA:

COPA AMÉRICA – EDUARDO MAFRA

FÉ NO MORRO – EVERTON ODILON

SEGUNDA CHANCE – MARYANA MORAES

CATEGORIA – FOTOJORNALISMO:

DESAMPARADO – PEU RICARDO

DESGOVERNADO – BRUNO CAMPOS

NOVAS MANCHAS – LEONARDO MALAFAIA

CATEGORIA – ILUSTRAÇÃO/CHARGE:

ADEUS BRENNAND – MIGUEL FALCÃO

CARNAVAL JÁ ESTÁ ENTRE NÓS – THIAGO LUCAS

E AÍ ELE DISSE – JORGE COSME

CATEGORIA – INTERNET:

AFRONTAR – ANA MARIA MIRANDA

NOVA ROTAÇÃO – ROBERTA SOARES

SUAPE PELO AVESSO – INÁCIO FRANÇA

CATEGORIA – RADIOJORNALISMO:

IDENTIDADES – FERNANDO SEABRA

MOBILIDADE 4.0 – ANDERSON SOUZA

NOCHE BUENA – ALEXANDRA TORRES

CATEGORIA – TEXTO – Reportagem e Reportagem com Desdobramento:

CONSUMO DE ALCOOL CRESCE ENTRE OS JOVENS – SÍLVIA BESSA –

ESSE QUILOMBO EM PE ESTÁ CERCADO DE ÓLEO POR TODOS OS LADOS – MARIAMA TEIXEIRA

SOB FOGO CRUZADO – MARCIONILA TEIXEIRA

CATEGORIA TEXTO – Séries e Cadernos Especiais e Séries de Reportagens:

FLAGELO QUE SÓ FAZ CRESCER – CIARA CARVALHO

ÓLEO NO NORDESTE – RAISSA EBRAHIM

PRIMEIROS PASSOS – ANA MARIA MELO

CATEGORIA – VIDEOJORNALISMO:

30 ANOS DA OBRA DE MARIA – ISLY VIANA

O RECOMEÇO DOS VENEZUELANOS – WAGNER SARMENTO

TRABALHO NÃO PODE SER INFANTIL – GEOVANNA TORREÃO

CATEGORIA ESTUDANTE – 25º PRÊMIO CRISTINA TAVARES DE JORNALISMO

CATEGORIA – FOTOGRAFIA

Crianças vivem em cima do túnel – Tarciso Augusto

Esperança no Sertão – Leandro Santana

Tragédia de Natal – Leandro Santana

CATEGORIA – TEXTO – Reportagem e Reportagem com Desdobramento

A estatização de Deus – Anna Thamires

A história não contada de Dona Maria- Camila Sousa Carvalho

Torcedoras com deficiência evidenciam… – Julia Maria Rodrigues

CATEGORIA – VIDEOJORNALISMO

Amaro Freitas – O piano como extensão da alma

Suzanna Borba (Re)viver Muribeca – Sharon Baptista

Quem pôde chegar onde a gente chegou – Rostand Tiago.

1º PRÊMIO DE JORNALISMO CULTURAL:

CATEGORIA PROFISSIONAL:

A POESIA E A CONSCIÊNCIA NEGRA DE SOLANO TRINDADE – MARILIA PARENTE

ESPECIAL FRANCISCO BRENNAND – EMANUEL BENTO

FUTURO MELHOR COM A LEITURA – RAFAEL DANTAS

CATEGORIA ESTUDANTE:

ATRÁS DO FILME PERDIDO – ROSTAND THIAGO

CICLO HISTÓRIAS PELO RECIFE – VICTORDOS SANTOS

NO REINO DE ODIM – YURI EUZÉBIO

Cristina de Borbón, irmã do rei da Espanha, Felipe VI, foi absolvida nesta sexta-feira, mas seu marido, Iñaki Urdangarín, foi condenado a seis anos e três meses de prisão por improbidade administrativa, informou o tribunal.

Segundo o advogado de defesa, a infanta Cristina se mostrou satisfeita com sua absolvição, mas entristecida pela condenação do marido.

O tribunal de Palma de Mallorca, nas Ilhas Baleares, absolveu a infanta Cristina como cúmplice de fraude fiscal.

Dona Cristina Federica de Borbón e Grécia teve o veredicto decidido oito meses depois que o julgamento foi realizado.

Mesmo assim, deverá pagar uma multa de 265.000 euros - montante já restituído durante o procedimento - por sua responsabilidade civil como beneficiária dos lucros obtidos por seu marido.

Na Casa Real, que afastou a infanta dos atos oficiais depois da explosão do escândalo, um porta-voz limitou-se da expressar "o máximo respeito pela independência do Poder Judiciário".

Os juízes, em compensação consideraram Urdangarín culpado por ter feito malversação, junto com seu ex-sócio, de milhões de euros públicos entre 2004 e 2006 através de uma fundação presidida por ele.

Além dos seis anos e três meses de prisão, deverá pagar uma multa de 512.000 euros.

A condenação se deu por ter usado dinheiro público entre 2004 y 2006 através de contratos assinados entre o Instituto Nóos e os governos regionais de Baleares e Valência, dirigidos então pelo Partido Popular do chefe de Governo Mariano Rajoy.

Os juízes o consideraram culpado por improbidade administrativa, prevaricação, fraude administrativa, tráfico de influência e fraude fiscal.

Os juízes foram menos severos que a Promotoria, que pediu 19 anos e seis meses de prisão para Urdangarín, casado desde 1997 com Cristina de Borbón e pai de seus quatro filhos.

A sentença ainda cabe recurso ante o Supremo Tribunal, mas põe fim a uma longa novela iniciada no final de 2011 e que fez tremer a monarquia espanhola, resultando na abdicação de Juan Carlos, em junho de 2014.

Nesse meio tempo, o casal, antes considerado exemplar e moderno, foi afastado dos atos oficiais da Casa Real e, inclusive, perdeu o título de duques de Palma, retirado do rei Felipe VI em 2015.

Em carta enviada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, o petista classifica o processo de impeachment de Dilma Rousseff como "inconstitucional" e fala que a situação é uma "conspiração" para partidos derrotados assumirem o poder. Ele ainda acusa o PSDB de pedir o cancelamento do registro do PT na Justiça para impedi-lo de ser candidato a presidente em 2018. A carta, escrita em espanhol e assinada por Lula com data de 26 de agosto, tem seis páginas e foi publicada por Cristina nessa segunda, 29, em seu site.

No documento, Lula afirma que o processo de impeachment é inconstitucional e completamente arbitrário contra Dilma. Para o petista, a situação é fruto de uma conspiração de partidos derrotados nas últimas eleições com grandes grupos midiáticos e se configura contra as regras democráticas. O petista acusa "as forças conservadoras" de impedir a continuidade de programas sociais do PT.

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"No lugar de assumir a decisão soberana do eleitorado, voltando ao seu trabalho de oposição e se preparando para disputar a próxima eleição presidencial, como sempre havia feito o PT nas eleições que perdeu, os partidos derrotados e os grandes grupos midiáticos se rebelaram contra as próprias regras do regime democrático, começando a sabotar o governo e a conspirar para apoderar-se do poder por meios ilegítimos", diz o texto.

Segundo a carta, os responsáveis pela tentativa de afastar Dilma do poder atacaram o governo, que se esforçava para redefinir a política econômica em 2015, e ainda criaram um "beco sem saída" político e institucional.

O ex-presidente da República repete os argumentos da defesa de Dilma que não há crime de responsabilidade nos atos que ela é acusada e que os procedimentos contábeis contidos na denúncia são idênticos aos adotados por "todos os governos anteriores" e pelo próprio presidente interino Michel Temer nas ocasiões em que substituiu Dilma na Presidência.

Lula aponta ainda que o PSDB, ao apresentar formalmente uma proposta de cancelar o registro do PT, teme que ele possa ser eleito em 2018. "Temem que, em 2018, em eleições livres, o povo brasileiro possa eleger-me presidente da República, para resgatar o projeto democrático e popular."

O ex-presidente fala que a corrupção foi combatida no governo do PT e que denúncias contra "partidos conservadores" são sistematicamente silenciadas e arquivadas. Ele escreve que juízes, fiscais e policiais são obrigados a cumprir a lei, assim como todas as pessoas, e ninguém pode ser publicamente condenado antes da conclusão do devido processo legal. "E menos ainda por meio da fuga deliberada de informações praticada pelas próprias autoridades com fins políticos", complementa Lula.

O petista diz, na carta, que não teme nenhuma investigação e que são "inadmissíveis" a divulgação de conversas telefônicas feitas por ele e o uso das delações premiadas contra ele a troco da liberdade de presos.

Comentando a carta, Cristina Kirchner afirmou em seu site que "qualquer coincidência com o que aconteceu e está acontecendo em nosso país (a Argentina) não é casualidade". Ela acusa que há uma estratégia "dura e pura" na América Latina contra os governos nacionais, populares e democráticos e seus líderes políticos.

Cristina evocou ainda uma mensagem publicada pelo presidente da Bolívia, Evo Morares, na internet. Na segunda-feira, 29, Morales dirigiu-se à Dilma como "irmã" e escreveu em sua conta oficial no Twitter que, com o processo de impeachment no Brasil, "pretendem conter a rebelião de seu povo e expulsar os pobres, negros e mulheres do poder".

O boliviano afirmou ainda que os golpes de Estado atualmente são parlamentares, judiciais e midiáticos. "Aos ex-presidentes de direito, favorecem com um manto de impunidade. Aos presidentes de esquerda, perseguição judicial e punição."

No sábado, 27, outro latino já havia se manifestado defendendo Dilma Rousseff. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o processo de impeachment é uma "ofensa imperialista contra todos os movimentos progressistas, contra a presidente Dilma Rousseff".

O rei da Espanha, Felipe VI, vai retirar o título de duquesa concedido pelo pai, em 1997, a sua irmã Cristina, acusada de crime fiscal em um escândalo de corrupção protagonizado por seu marido - informou a Casa Real nesta quinta-feira.

"O Diário Oficial do Estado publicará amanhã (sexta-feira) um Decreto Real, pelo qual Sua Majestade, o Rei, revoga o uso do título de Duquesa de Palma de Mallorca em favor de Sua Alteza Real, a Infanta Dona Cristina", informou o Palácio, em um comunicado.

A infanta, de 49 anos, é acusada de crimes fiscais relacionados aos negócios do marido, o ex-medalhista olímpico de basquete e agora empresário Iñaki Urdangarin.

O início do julgamento de Cristina ainda será marcado.

Urdangarin, de 47, é suspeito de ter usado sua posição na família Real para obter contratos de dois governos regionais, mediante a organização sem fins lucrativos Instituto Noos, presida por ele. O montante envolvido chega a 6,1 milhões de euros (6,6 milhões de dólares).

O juiz José Castro suspeita de que a infanta Cristina tenha cooperado "ativamente" com Urdangarin, utilizando uma parte do dinheiro para fins pessoais, por intermédio da empresa fantasma Aizoon.

O casal é dono da Aizoon e compartilha igualmente seu controle acionário.

Depois de quatro anos de uma investigação que contribuiu para o desgaste da imagem da monarquia espanhola e para a abdicação do então rei Juan Carlos I, em junho de 2014, o juiz José Castro ordenou, em 22 de dezembro passado, a acusação formal da irmã de Felipe VI.

O episódio é algo inédito na monarquia espanhola.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou neste domingo sua intenção de estatizar as redes ferroviárias do país. "Vou enviar um projeto de lei para recuperar a administração das ferrovias argentinas para o Estado", afirmou a governante em seu discurso ao inaugurar as sessões ordinárias do Congresso.

A medida tornaria públicas a gestão e a administração das ferrovias do país, como acontece atualmente com a linha Sarmiento, mas não com o resto das redes, controladas pela iniciativa privada. Ao anunciar a medida, que será enviada ao Parlamento na próxima semana, Kirchner declarou que "não foi motivada por nenhuma vontade estatista", mas que responde a critérios puramente econômicos e a um desejo de "melhorar a eficiência" do transporte por trilhos.

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A presidente destacou que as despesas administrativas da linha Sarmiento, gerida pelo governo, aumentaram em 17%, ao mesmo tempo em que as empresas privadas registraram um crescimento bem maior em seus custos. "Me guio pelos números", disse ela, afirmando que a medida produzirá uma economia de 415 milhões de pesos argentinos (cerca de US$ 50 milhões).

Até 1991, as ferrovias do país foram operadas pela empresa estatal Ferrocarrilles Argentinos, mas a partir daquele ano, durante a presidência de Carlos Menem, a rede foi dividida em segmentos e o governo organizou concessões para leiloar trechos para o setor privado. Fonte: Associated Press.

A presidente da Argentina, Cristina Fernández Kirchner, almoçou neste sábado com o papa Francisco na sua residência oficial no Vaticano, a Casa Santa Marta. Segundo ela, o pontífice, que é argentino, "não está nada preocupado" com a governabilidade do país e, pelo contrário, demonstra insatisfação com o funcionamento do sistema econômico internacional.

"O papa está muito preocupado com a situação do mundo, isso é o que ele manifesta constantemente", disse Cristina já no aeroporto de Ciampino, após o encontro. A presidente afirmou que falou com Francisco sobre os chamados "fundos abutres", que levaram recentemente a Argentina a um calote técnico, ao que o papa respondeu citando a encíclica Evangelii Gaduim, que se refere aos países endividados. "Parece que foi escrita para a Argentina, mas na verdade serve para muitos países. Fala sobre a dívida dos países, os interesses, o peso para o povo, o crescimento exponencial das riquezas", completou.

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Este foi o quarto encontro da presidente argentina com o papa e durou quase três horas. De Roma, Cristina viaja para Nova York, onde participa na próxima semana da 69ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na qual deve voltar a tratar da atuação dos fundos especulativos e cobrar uma maior regulação para a reestruturação de dívidas soberanas. Fonte: Associated Press.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou que o país vai utilizar todos os instrumentos legais disponíveis para manter as contas do país claras. Em pronunciamento à nação, Cristina Kirchner destacou que a falta de acordo com os fundos detentores de dívida da Argentina não significa que o país não tem vocação para diálogo. "Temos que defender nossos interesses", ressaltou.

Ela criticou o termo "default seletivo", que vem sendo empregado para designar a atual situação do país. "Querem inventar uma nova categoria, o default seletivo. Isso não existe."

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A presidente da Argentina encerrou seu discurso afirmando que "se existe um país viável é a Argentina", já que o país, segundo ela, dispõe de recursos fundamentais para o século 21 - energia, alimentos, território habitável e cultivável, recursos humanos qualificados e investimentos em tecnologia.

O chefe de gabinete da Argentina, Jorge Capitanich, afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que está agendado um pronunciamento da presidente Cristina Kirchner para as 18h (de Brasília) desta quinta-feira, no qual ela deve abordar a disputa com fundos credores e a reestruturação da dívida do país.

Eliane (Malu Galli) está muito doente e se lamenta com a irmã Cora (Drica Moraes) que não terá nada para deixar de herança aos filhos, já que o camelódromo pegou fogo. Despejando todo o seu veneno, a megera afirma que a irmã pode deixar uma fortuna para a filha Cristina (Leandra Leal). “Do dinheiro do pai dela: de Zé Alfredo (Alexandre Nero)!”.

Cora tenta convencer a irmã a contar a verdade para Cristina, só que Eliane lembra que não sabe quem é o pai da filha. Ainda assim, Cora destaca que Cris é, no mínimo, sobrinha de Zé Alfredo e manda a irmã escrever uma carta para a filha contando o caso de amor que teve com o comendador no passado.

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'Império' estreia nesta segunda às 21h15 

Eliane não escreve a carta, e Cora humilha a irmã, dizendo que ela sempre se sentiu superior aos outros. Ela afirma ainda que nunca gostou de Eliane e a chama de sonsa, falsa e safada. Quando sai do quarto e deixa a irmã sozinha, Cora ainda tem fôlego para fazer mais uma aprontar. Ela se passa por Eliane e escreve a carta para Cristina.

A cena está programa para ir ao ar nesta segunda-feira (28), às 21h15.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que o papa Francisco pediu aos governos da América do Sul que mantenham a união e o diálogo independentemente de seus matizes ideológicos, mas não fez menção à crise política na Venezuela durante audiência realizada nesta segunda-feira (17), no Vaticano.

"Não houve menção específica a nenhum país, o que não era necessário. Houve uma menção clara à manutenção da unidade dos povos da América do Sul", declarou Cristina em entrevista coletiva concedida a jornalistas argentinos depois de um almoço com Francisco no hotel Santa Marta.

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"Vocês precisam ficar juntos, unidos, não se separarem, e sim dialogar", disse o papa, segundo Cristina. "A ideia fundamental é que, independentemente dos matizes ideológicos, a região mantenha-se unida, solidária, conversando entre si", acrescentou a presidente argentina.

Cristina chegou um pouco atrasada e mancando à audiência com o papa. A presidente argentina machucou o tornozelo esquerdo na noite de ontem, enquanto andava dentro de seu quarto de hotel em Roma. O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que o encontro teve "como objetivo apresentar ao santo padre os cumprimentos, as saudações e os sentimentos de afeto do povo argentino por ocasião do primeiro ano de pontificado" de Francisco.

Este foi o terceiro encontro entre Cristina e Francisco em pouco mais de um ano de papado. Antes de ser eleito papa, Francisco era cardeal de Buenos Aires. Fonte: Associated Press.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está sendo tratada por dores nos quadris. Cristina foi levada ontem ao Hospital Austral, nos arredores de Buenos Aires, depois sentir dores lombares e também no nervo ciático, informou hoje a assessoria de imprensa da presidente.

A presidente de 60 anos de idade foi submetida a exames e os médicos constataram uma inflamação na extremidade do fêmur e nas articulações dos quadris. Cristina passará por acompanhamento médico periódico para observar o andamento do quadro.

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Cristina regressou a Buenos Aires na quarta-feira. Ela estava em Havana, onde participou da reunião de cúpula da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac).

A saúde da presidente argentina tem sido motivo de preocupação nos últimos meses. Ela foi submetida em outubro à drenagem de um coágulo no crânio e voltou ao trabalho em 18 de novembro, mas vem mantendo uma agenda mais tranquila que o convencional por ordens médicas. Fonte: Associated Press.

A presidente Cristina Kirchner, por intermédio da agência estatal de notícias "Télam", anunciou nesta quinta-feira que não será candidata a nenhum cargo eletivo em 2015, ano em que termina seu segundo mandato presidencial.

Desta forma, a presidente Cristina desmentiu o deputado Carlos Kunkel, um dos representantes da ala definida "ultrakirchnerista" (o setor mais radical dentro do kirchnerismo), que horas antes havia declarado que "em 2015 Cristina Kirchner fará política e será candidata a alguma coisa".

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"O que acontece é que o Carlos (Kunkel) gosta muito de mim", explicou a presidente Cristina, que também afirmou, em terceira pessoa, que "não existe possibilidade alguma de 'Cristina 2015' para cargo eletivo nenhum".

Kunkel conhece o casal Kirchner desde que eram jovens estudantes de direito na Universidade de La Plata. Na época, era chefe de Néstor e Cristina no movimento estudantil peronista. Quatro décadas depois, é um de seus mais fiéis parlamentares.

Sucessão - Cristina foi eleita presidente em 2007, sucedendo seu marido, Néstor Kirchner (1950-2010), e reeleita em 2011. A Constituição argentina proíbe duas reeleições presidenciais consecutivas. Portanto, caso pretenda ocupar novamente o palácio presidencial da Casa Rosada, terá que esperar até as eleições de 2019.

Kunkel e a deputada Diana Conti tentaram emplacar entre o fim de 2011 e meados deste ano o plano denominado "Cristina Eterna", com o qual pretendiam implementar uma reforma da Constituição para permitir reeleições indefinidas. No entanto, o plano teve de ser arquivado, já que nas eleições parlamentares de outubro passado o governo conseguiu manter apenas uma leve maioria no Congresso Nacional. Para fazer uma reforma da Carta Magna, são necessários dois terços do Parlamento.

Afastada do cargo há 44 dias, a presidente argentina, Cristina Kirchner, volta a trabalhar oficialmente nesta segunda-feira.

A agenda dela terá início a partir das 15 horas, na residência oficial de Olivos, com audiências concedidas ao secretário geral da Presidência, Oscar Parrilli, ao chefe de Gabinete, Juan Manuel Abal Medina e ao vice-presidente, Amado Boudou, segundo informou a Secretaria de Comunicação.

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No entanto, Cristina deverá seguir algumas recomendações, como: não viajar de helicóptero, nem de avião; não participar de atos e discursos públicos "inflamados"; e não sofrer situações estressantes. Por isso, a volta ao trabalho será em Olivos, sem traslados, por enquanto, à Casa Rosada, sede do Executivo.

Durante a ausência de Cristina, o poder executivo ficou praticamente paralisado e estourou uma forte disputa interna para o controle do poder. O conflito foi acentuado após a derrota dos candidatos governistas nas eleições parlamentares para renovar metade da Câmara e um terço do Senado, além das Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas nas províncias e municípios. O governo manteve maioria na Câmara e no Senado, mas não obteve maioria qualificada.

Há forte expectativa em torno de possíveis mudanças de nomes no gabinete presidencial. Além disso, há rumores de medidas econômicas para aliviar a situação do elevado gasto público e a perda de reservas do Banco Central. Até o momento, não há informações sobre quando a presidente vai aparecer em público. Comentários de deputados da base governista indicam que seria durante uma solenidade no dia 10 de dezembro para comemorar o Dia Internacional dos Direitos Humanos e os 30 anos de regresso da democracia, além dos seis anos de mandato de Cristina.

Antes do retorno oficial, Cristina ligou ontem à noite para a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, para cumprimentá-la pelo resultado do pleito chileno, que a levou ao segundo turno das eleições presidenciais.

Cristina ficou de licença médica por causa de uma cirurgia para drenagem de um hematoma localizado em uma das membranas entre o crânio e o cérebro, produzido por uma batida na cabeça em circunstâncias não esclarecidas oficialmente. Cristina procurou os médicos da clínica da Fundação Favaloro no dia 5 de outubro, porque sentia fortes dores de cabeça e arritmia cardíaca. Depois de passar o dia inteiro no hospital para realizar exames, ela regressou à residência oficial, com a indicação de repouso médico por 30 dias. Apenas dois dias depois, o quadro se agravou e ela foi operada no dia 8 de outubro. No dia 9 de novembro, os médicos deram alta à Cristina, mas com indicação para retomar as atividades normais somente hoje.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está de alta neurológica e cardiológica, mas só irá retomar suas funções normalmente na próxima segunda-feira, segundo boletim médico lido hoje pelo porta-voz do governo, Alfredo Scoccimarro. "Os controles clínicos e o holter de 48 horas realizados na presidente colocaram em evidência a ausência de arritmia significativa", informou o boletim.

Cristina já havia recebido alta neurológica no último sábado, após exames realizados na noite de sexta-feira. No próximo dia 9 de dezembro, a presidente será submetida a uma nova bateria de exames de controles. A presidente se afastou do cargo no dia 5 de outubro, quando teve que ir ao médico porque sentia fortes dores de cabeça e arritmia cardíaca. Três dias depois, ela foi submetida a cirurgia para drenagem de um hematoma em uma das membranas entre o crânio e o cérebro.

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É grande a expectativa na Argentina sobre a volta ao trabalho da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afastada do cargo desde o dia 5 de outubro, quando sentiu fortes dores de cabeça e arritmia cardíaca. Três dias depois, ela foi submetida a cirurgia para drenagem de um hematoma em membranas entre o crânio e o cérebro. No último sábado, Cristina recebeu alta, mas passou o fim de semana com um aparelho monitorando o batimento cardíaco. Somente nesta segunda-feira os médicos vão definir como será a retomada das atividades da presidente.

O governo está praticamente paralisado, com vários assuntos urgentes, à espera da presidente. Do ponto de vista político, o principal deles é a mudança de ministros. Neste mês de licença médica, a disputa interna entre sua equipe se acentuou e a derrota eleitoral nas eleições parlamentares de 27 de outubro enfraqueceu a posição de alguns de seus colaboradores e fortaleceu outros. A maior divisão ocorre na equipe econômica, entre a presidente do Banco Central, Mercedes Marcó del Pont, o titular da Receita Federal, Ricardo Echegaray, o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, o secretário de Política Econômica, Axel Kicillof, e o inexpressivo ministro de Economia, Hernán Lorenzino.

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Nos bastidores da Casa Rosada, comenta-se que o chefe de Gabinete da Presidência, Juan Manuel Abal Medina, poderia ser substituído pelo governador de Entre Ríos, Sergio Urribarri, para dar-lhe maior notoriedade, capaz de ajudar a construção de uma possível candidatura à Presidência em 2015 como herdeiro do kirchnerismo. Comenta-se ainda outros nome para a Chefia de Gabinete, como o do atual presidente da Câmara dos Deputados, Julián Domínguez.

Com a renovação de metade da Câmara e um terço do Senado, Cristina terá que decidir os nomes dos novos líderes de bancadas. O ministro de Agricultura, Norberto Yauhar é um forte candidato a deixar o governo após ter sido derrotado nas eleições em sua província, Chubut, onde foi candidato a deputado. O ministro de Saúde, Juan Manzur, foi eleito a deputado pela província de Tucumán, e poderia deixar o cargo.

Além das mudanças no gabinete, a presidente terá que negociar a liderança do Partido Justicialista (PJ), também chamado peronista, na província de Buenos Aires, o principal distrito político do país, com quase 40% dos votos. Amanhã (12) vence o prazo para a inscrição das chapas que concorrem ao diretório do partido, em eleições marcadas para o dia 15 de dezembro.

Também à espera de Cristina se encontra a aplicação da Lei de Mídia, considerada constitucional por parte da Suprema Corte de Justiça. O governo terá que decidir se aceita o plano "voluntário" que o Grupo Clarín apresentou para adequar-se à Lei, o qual divide os ativos do grupo em seis empresas diferentes.

No âmbito econômico, Cristina terá que decidir também sobre a lista argentina a ser apresentada nesta semana, em Caracas, para a negociação entre o Mercosul e a União Europeia com vistas a um acordo de livre-comércio. Os países sócios precisam harmonizar suas respectivas listas para formular a proposta a ser entregue à UE em dezembro.

Afastada do cargo por "estrito repouso" determinado pelos médicos, desde o dia 9 de outubro, a presidente argentina Cristina Kirchner não participou da etapa final da campanha. Já a melhora de 10 pontos nos índices de aprovação que ela ganhou nos últimos dias por causa da doença não foram transferidas aos seus candidatos, que disputam hoje as 129 vagas na Câmara dos Deputados, 38 no Senado e quase 400 nas províncias e municípios. "Está comprovado que os votos não se transferem", disse o analista e diretor da consultoria Poliarquia, Fabián Perechodnik, à Agência Estado.

Ele considerou que os resultados das eleições que devem impor uma derrota aos candidatos governistas não gera incertezas sobre a manutenção da governabilidade neste fim de mandato presidencial porque Cristina manteria uma maioria justa. Porém, o estado de saúde da presidente "é uma grande incógnita". Além da cirurgia realizada na cabeça para a drenagem de coágulo em uma das membranas entre o crânio e o cérebro, Cristina padece de uma arritmia cardíaca, que está sendo investigada pelos médicos.

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Versões da imprensa local apontam uma possível cirurgia cardíaca para a colocação de um marca-passo, mas há falta de informações oficiais. "Não se sabe ao certo a gravidade do problema que a presidente tem e isso gera muitas incertezas e desmandos no governo", ponderou o analista Carlos Fara, da consultoria Fara & Associados. Ele disse que o próprio problema que levou à cirurgia no crânio é uma questão delicada para uma pessoa que tem um trabalho tão estressante e desgastante, como a presidente de um país.

Em sua análise, a evolução do estado de saúde de Cristina Kirchner e a resposta de sua equipe de governo, bem como das medidas que possam ser adotadas nos próximos meses, serão observados com mais atenção. "Qualquer recaída vai gerar perguntas, dúvidas e impasse na tomada de decisões do governo", estimou Fara. Os desacordos e luta interna pelo poder durante a ausência de Cristina geram o risco de que os funcionários tomem decisões desarticuladas e conflitantes, seguindo interesses próprios com vistas à acomodações após as eleições presidenciais de 2015.

Cristina exerce um poder centralizador, sem delegar autonomia a nenhum de seus funcionários. Seu antecessor, o marido Néstor Kirchner, que morreu em outubro de 2010, também era controlador. Desde 2003, quando assumiram o poder, os Kirchner não permitiram a autonomia de nenhum de seus seguidores. Neste aniversário de três anos de morte de Néstor, os kirchneristas se mantêm fiéis ao mentor do movimento político. "Uma ausência mais prolongada de Cristina poderia gerar um governo de facções, difícil de ser administrado porque em um poder vertical, qualquer relaxamento pode gerar caos", afirmou.

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