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Uma cuidadora foi presa após uma bebê de 11 meses e um cachorro morrerem depois de ficarem sozinhos por seis horas dentro de um carro, na Virgínia, nos Estados Unidos. Kristen Danielle Graham, de 40 anos, foi detida na terça (12) por negligência infantil e crueldade animal.

A mãe, uma adolescente de 17 anos, disse que Kristen costumava cuidar da criança. A bebê estava há dois dias com a mulher, indicou o xerife da polícia local Ron Montgomery, que ressaltou o alto índice de calor no dia do ocorrido.

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A cuidadora teria chegado em casa por volta das 8h30, deixado a criança e o cachorro no veículo e ido dormir. Ela só acordou por volta das 14h30, quando foi avisada das mortes.

"Assim que chegou em casa, ela abriu as janelas do carro, desligou o veículo e deixou o cachorro e a criança no carro", confirmou o xerife.

Kristen teria dado versões conflitantes em seu depoimento e dito que ficou com a criança e o cachorro dentro do carro. "As evidências que coletamos não corroboram com essa informação. Acreditamos que ela os deixou, entrou em casa, foi dormir e voltou seis horas depois", afirmou o xerife ao jornal Today.

A mulher foi encaminhada à Cadeia Regional da Península da Virgínia. A investigação segue com a perícia do veículo para determinar a causa da morte. O xerife destacou ainda que, dependendo dos resultados da autópsia da criança, ela pode ser acusada por homicídio.

O sentimento de medo pelo que aconteceu no Hospital da Restauração, no centro do Recife, na última segunda-feira (2), quando um cano estourou e o gesso da unidade cedeu, permanece para alguns familiares. É o caso da cuidadora Solange Maria da Silva, 41 anos, que acompanha sua mãe há quase um mês no hospital. “Minha mãe me informou que minutos antes [do desabamento] tinham tirado ela pra varrer. Se não fosse isso, teria sido em cima da minha mãe”, contou.

A mãe de Solange deu entrada no dia sete de abril no HR após sofrer um derrame. Desde então, com um quadro delicado, ela vem sendo cuidada no hospital. Com tanto tempo acompanhando a matriarca, a cuidadora conta que já tinha visto água caindo do teto uma semana antes do ocorrido.

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“Era bem na área onde minha mãe estava, então eu conversei com a assistente social que me disse que a infiltração não era nada”, revelou. O problema é que esse “nada” afirmado anteriormente acabou resultando no rompimento na tubulação de água do hospital, que causou a queda de parte do teto da unidade.

“Na segunda-feira, quando aconteceu a situação, a gente estava aqui fora. Eles colocaram o maior guarda impedindo a gente de entrar e fecharam as portas”, lembrou Solange Maria, que só pôde ver a sua mãe por algumas horas na terça-feira (3). “Parecia que eu estava em outro setor. Vi limpeza, organização e a área mais branda. Estava tudo bem organizado”, disse. 

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Paulo Câmara diz que vai redobrar cuidado

Na terça-feira (3), o governador Paulo Câmara (PSB) declarou que serão autorizados os recursos financeiros necessários para "qualquer tipo de intervenção necessária para a Saúde". 

Ele garantiu que depois do desabamento começou a manter contato com a Secretaria Estadual de Saúde para verificar se havia outros pontos de fragilidade. "A gente não pode ter mais riscos como o que nós sofremos", comentou.

O que diz a Secretaria de Saúde

Sem citar o desabamento, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou em nota que reconhece a grande demanda das emergências de Pernambuco e que a situação do HR, maior emergência do Norte e Nordeste, "é mais grave pela complexidade e grau de especialização da unidade. No entanto, o serviço não recusa atendimento, garantindo assistência a todos os pacientes."

A SES informou ainda que o orçamento de 2022 da Secretaria de Saúde para reformas, obras e equipagem das unidades da rede estadual de saúde é de mais de R$ 200 milhões. "A requalificação do HR está em fase de projeto e também está entre as prioridades da SES. Por enquanto, a equipe de manutenção predial já foi reforçada e atua de forma permanente na unidade", acrescentou.

A nota ressalta que, no começo deste ano, o Governo de Pernambuco realizou a requisição administrativa do prédio onde hoje já funciona o Hospital de Retaguarda de Neurologia, localizado no Prado, Zona Oeste do Recife. A unidade conta atualmente com 55 leitos e está recebendo pacientes encaminhados pelo HR.

Nesta quarta-feira (25) uma criança de dois anos morreu após ser esquecida dentro de um carro por cerca de 3 horas, em Bauru, cidade do interior de São Paulo (SP). Apontada como principal suspeita do crime, a cuidadora de uma creche irregular foi presa por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. As informações são do G1.

Imagens de uma câmera de segurança localizada na rua em que o carro da cuidadora estava estacionado, mostram o menino se debatendo dentro do veículo, indicando que a vítima tentou pedir socorro. A mulher, no entanto, sai de casa algumas vezes, mas não se aproxima do carro.

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Apenas no final da tarde, após cerca de 3 horas dentro do carro, o menino é socorrido pela dona da creche, que o levou para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) em Bauru.

No entanto, segundo o G1, a criança já chegou no local sem vida, com sinais de desidratação e sufocamento. O corpo foi encaminhado para o IML.

De acordo com a Polícia Civil, a suspeita mantinha outras 10 crianças em sua casa, configurando uma creche irregular. O delegado Mário Henrique de Oliveira, que está acompanhando o caso, declarou ao G1 que a criança ficou das 13h45 às 16h51 dentro do carro totalmente fechado.

A cuidadora foi presa por homicídio com dolo eventual e vai passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (26).

A empresa Home Angels, que trabalha oferecendo serviços de cuidadoras, está sendo acusada de racismo por exigir profissionais que não sejam pretas. Além da cor clara, para trabalhar nas vagas de folguistas que estavam sendo oferecidas, a candidata não podia ser gorda. O caso está sendo denunciado pela cuidadora de idosos Eliangela Carlos Lopes, de 41 anos, após receber as mensagens da oferta de emprego.

Eliangela procurou a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrência no início deste mês. O caso aconteceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Por meio do WhatsApp, a Home Angel pediu a empresa Leveza do Afeto, responsável pelo treinamento de cuidadoras, 10 folguistas para trabalhar como plantonistas.

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"Pagamos R$ 100 por plantão, com Vale Transporte incluso. Únicas exigências: não podem ser negras, gordas e precisam de pelo menos 3 meses de experiência", enviou a Home Angels. Fernanda Spadinger, responsável pela Leveza do Afeto, foi quem repassou a mensagem por meio de uma linha de transmissão do WhatsApp. Ao G1, a coordenadora disse que a sua intenção "foi empregar". 

Eliangela, responsável pela denuncia, disse ao site que se revoltou ao ler o texto e que, mesmo não precisando da vaga, ficou estarrecida. "Eu sou negra, de cabelo 'ruim', moradora de Ribeirão das Neves e estou com 41 anos. Que chance eu teria?", perguntou a denunciante.

A cuidadora disse que ainda há muito o que fazer porque, segundo ela, para dar andamento no processo judicial vai ter que ir ao cartório para fazer uma escritura que custa em torno de R$ 250. "Imagine as pessoas que estão desempregadas? É por isso que as coisas não vão para frente", indaga Eliangela se referindo aos custos para prosseguir com as denuncias. 

Em nota enviada ao G1, a Home Angels disse que repudia veementemente o fato ocorrido e que é uma empresa com valores sociais e humanos. "Tomamos providências imediatas para a apuração dos fatos mencionados com a unidade franqueada, a qual o colaborador está vinculado, com o intuito de que após apurado e ouvidos os envolvidos, sejam aplicadas as medidas cabíveis em relação às obrigações do contrato de franquia", pontua a empresa acusada.

Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prenderam na quinta-feira (7) uma cuidadora de idosos suspeita de ter planejado um roubo a uma residência em um condomínio fechado no bairro de Higienópolis, na região central de São Paulo. Márcia Aparecida do Nascimento teria auxiliado a entrada de criminosos em um condomínio na Rua Maranhão, em setembro. Foram roubados joias e dinheiro do apartamento.

A investigação apontou que Márcia teria entregue o controle remoto do portão de acesso ao condomínio aos criminosos. Os policiais também analisam o relacionamento dela com o sobrinho Lucas Ferreira do Nascimento, que está preso por roubo em um presídio em Mato Grosso.

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Dívida

A Justiça determinou a prisão da cuidadora. Ela foi encontrada em um apartamento na Rua Amaral Gurgel, também na região de Higienópolis. Segundo a polícia, Márcia estava com as malas prontas e tinha um roteiro de fuga. Ela ofereceu resistência, segundo o Deic, e afirmou que o dinheiro do roubo era para quitar dívidas do sobrinho. A cuidadora foi indiciada por roubo e pode ser condenada também por associação criminosa. A polícia procura outros envolvidos no crime.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo manteve condenação de uma cuidadora a devolver R$ 677 mil a uma idosa para quem trabalhou. A Corte também manteve decisão de primeiro grau que mandou o Ministério Público investigar Edileuza Aparecida. Segundo consta nos autos, ela chegou a trocar de carro e casa e fez depósitos em sua própria conta com o dinheiro de sua empregadora.

O advogado Marcelo Squilassi, que defende Edileuza, afirma respeitar a decisão do Tribunal, mas diz que vai recorrer. "Foi instaurado inquérito policial para apuração dos fatos, sendo que o inquérito foi arquivado por falta de provas".

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Edileuza Aparecida trabalhava para uma mulher de 88 anos que é interditada judicialmente por incapacidade, desde 2012. Ela moveu ação trabalhista em que pedia o reconhecimento de horas extras, férias, FGTS, gratificações, decorrentes de vínculo empregatício. O pleito foi reconhecido, parcialmente, em decisão de primeiro grau, que foi reformada, em partes, pela Corte.

Segundo a relatora do caso, desembargadora Lilian Gonçalves, a cuidadora reconheceu textualmente que procedeu créditos em sua conta bancária, afirmando que todos foram feitos de forma legal, pois possuía procuração outorgada pela reclamada desde o final de maio/2014, para realizar transações junto ao Banco do Brasil e Ministério da Fazenda, e todas foram supervisionadas e fiscalizadas pela sobrinha da reclamada’.

No entanto, segundo ela, a cuidadora não tinha procuração, e fez transferências para si e para seus familiares ‘sem nenhuma justificativa plausível’.

"Daí forçosa a conclusão, no sentido de que a farta documentação carreada pela defesa mostra-se suficiente para o convencimento do juízo de que a reclamante, aproveitando-se do estado de demência e senilidade apresentado pela reclamada, realizou incontáveis transações, sem que tenha demonstrado motivo plausível, praticando desvio de numerário patronal e cometendo ato de improbidade e mau procedimento", anotou.

A decisão da Corte reverteu parte da decisão de primeira instância, que havia reconhecido alguns benefícios, como gratificações, férias e horas extras. Mas manteve a devolução de R$ 677 mil da cuidadora à sua ex-empregadora.

A decisão de primeira instância havia sido proferida pela juíza da 74ª Vara do Trabalho, Renata de Paula Eduardo Beneti. Ela determinou que o Ministério Público Estadual de São Paulo fosse oficiado para investigar o caso.

A magistrada anota que, ‘de maio/2013 a maio/2014, ou seja, durante o período em que não havia nenhuma procuração, a reclamante procedeu a transferências bancárias para ela própria, seu marido (Antonio Marcos Feitosa) e sua cunhada (Maria Ferreira Feitosa), no montante total de nada menos que R$ 154.504,00, sem nenhuma justificativa plausível, especialmente considerando que não possuía poderes outorgados pela reclamada para assim agir’.

"Após a formalização da procuração, a reclamante não só continuou efetuando transações para os beneficiários a que me referi alhures, em valores absurdamente vultosos (fls. 289/377 e 379/382), como também efetuou empréstimos bancários, de nada menos que R$ 243.059,98 (fls. 160/173), com vencimento de algumas parcelas, pasme-se, até março/2023", escreveu.

A defesa da idosa apresentou nos autos uma tabela com valores indevidos pela obreira e, abaixo de tal tabela, complementou com outras quantias, obtendo o valor total de R$ 677.808,06.

"Compulsando os autos, não se encontram recibos ou outros documentos que justifiquem os gastos de mais de meio milhão de reais por uma idosa com aproximadamente 88 anos", escreve a desembargadora.

Segundo a relatora, Edileuza ‘limitou-se a afirmar que eram gastos realizados a título de manifestação de vontade’ de sua empregadora, porém, em razão dos valores partirem da conta da reclamante (decorrente de transferência da conta-corrente da reclamada), faz necessário que a reclamante os possua e apresente documentos descrevendo os gastos como meio de prestação de contas.

"Pois não é razoável admitir como possível que sobrinha da reclamada entenderia como natural que sua avó, incapaz, idosa, sem possibilidade de locomoção gastaria meio milhão de reais, conforme depoimento da obreira", anota.

De acordo com a desembargadora, ‘a singela tentativa de "prestação de contas" em depoimento, também não acompanhou provas documentais já que os valores partiam de sua conta e, muitos menos alcançam os valores acima descritos.

"A intenção da reclamante foi se aproveitar da condição da incapaz da reclamada, abusando de sua condição de cuidadora, para apropriar-se do dinheiro da reclamada", escreveu

"E, nessa linha, indagada em audiência sobre os motivos pelos quais achou melhor transferir os valores para a própria conta-corrente e não realizar os pagamentos diretamente da conta da reclamada, não soube explicar a escolha", afirma.

A desembargadora lista 154 transferências realizadas entre 2012 e 2015, que saíram das contas da idosa. Elas somam R$ 567 mil - o dinheiro teria ido para Edileuza, seu marido e sua cunhada. "Ainda, apurou-se 101 transferências para outra conta da reclamada, no banco Itaú, no total de R$ 238.878,75, de onde eram realizados a maioria dos saques e compras em débito".

"Constatou-se, também, a emissão de 9 cheques, no total de R$ 48.173,37, os quais foram descontados em curto período de tempo, de setembro/2014 a abril/2015. Por fim, dos valores transferidos para o Banco Itaú, R$ 60.470,00 foram sacados em espécie e R$ 96.385,00, foram transferidos para as duas cuidadoras e para o marido da reclamante, em 67 transferências. Novamente, não há lastros a justificar tal comportamento", anota.

"Como justificar que uma Senhora de 88 anos, incapaz, sem condições de locomoção tenha decidido ir ao Bar do Mica se divertir e, talvez, tenha encerrado a noite no Subway ou MC Donald’s? E, pela quantia vultosa suscitada, tenha repetido muitas vezes esse programa, alterando, os locais de alimentação no final da noite", indaga a desembargadora.

A magistrada ainda constata um grande aumento patrimonial de Edileuza, ‘com a aquisição de apartamento (antes era proprietária de simples construção no terreno da sogra) e troca de carros (celta para um Tucson).

Vítima de cárcere privado por cerca de 20 anos, Iva da Silva de Souza, de 63, tinha uma preocupação após ser resgatada pela polícia: continuar cuidando da idosa de 88 anos, para quem (mas não por quem) era obrigada a trabalhar. "Ela entende como uma espécie de missão de vida", conta Eduardo Galasso, secretário municipal de Assistência Social de Vinhedo (SP) onde o caso aconteceu.

Cadeirante e com a saúde debilitada, a idosa é mãe de Marina Okido, de 65 anos, e sogra de Écio Pilli Júnior, de 47. Na segunda à noite, o casal foi preso em flagrante pela Polícia Civil, suspeito de submeter Iva a trabalho análogo à escravidão. Em depoimento, ela contou que não recebia salário, era proibida de sair de casa e não podia nem a atender a porta sozinha.

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Após ser resgatada, Iva foi acolhida no Lar da Caridade de Vinhedo, instituição filantrópica de longa permanência para idosos em situação de vulnerabilidade. Já a outra idosa foi, inicialmente, levada à Santa Casa de Misericórdia, mas recebeu alta, nesta quarta-feira (26) e também foi encaminhada ao abrigo. Lá, voltou a encontrar sua cuidadora, Iva.

"Quando elas estavam sem contato, dona Iva ficava perguntando: 'Será que ela tomou o remédio das 9h?'. Este é o cotidiano dela há muitos anos", relata Galasso. "A gente teve a preocupação de não quebrar esse vínculo abruptamente."

Segundo o secretário, a separação deve ser "devagar". "Em alguns momentos, ela tem consciência de que foi vítima, mas alterna em outros. Ainda é um processo meio confuso", diz. "Trouxemos a outra idosa para o abrigo para que dona Iva perceba que ela está bem cuidada lá. Ela vai perceber isso com o tempo e começar a se libertar."

No dia anterior, Iva já havia recebido visita de uma irmã, que mora em Araraquara. Elas não se viam há mais de 30 anos. A mãe dela também foi localizada no interior do Paraná, terra natal da família. Agora, assistentes sociais analisam se parentes têm condição de recebê-la.

Choque

Iva e a idosa ficavam sozinhas em um anexo (quarto, sala e banheiro), aos fundos de uma casa de outra família, alugado há seis meses. Separado, o acesso se dá por uma escada - imprópria para cadeirantes.

"Eu sabia que ela era a cuidadora, mas a via muito pouco: ou lavando roupa ou tirando o lixo. Ela nunca falou nada", diz o aposentado José Morais, de 68 anos, dono do imóvel. "Foi um choque para todo mundo."

Por sua vez, o casal vivia em outro apartamento, alugado no nome de Iva, segundo a Polícia Civil. Visitavam as idosas três vezes ao dia, dizem vizinhos.

A batida policial, na verdade, aconteceu para intimar Iva por estelionato, após um comerciante da região reclamar de cheques sem fundo. No local, os agentes estranharam as condições: não havia sequer comida. "Vocês precisam realmente saber o que está acontecendo, me ajudem", ela pediu. Foi só depois que os investigadores descobriram que os talões eram usados pelo casal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de moradores de Salto de Pirapora, no interior de São Paulo, decidiu "adotar" uma idosa de 72 anos e seus 70 cães e gatos. Dona Carmem Rosa vinha tendo dificuldade para manter os animais que recolhia nas ruas da cidade, após serem abandonados pelos donos. O serviço de zoonoses do município ameaçou interditar a casa por causa da sujeira e do acúmulo de lixo.

Os voluntários se mobilizaram através das redes sociais e realizaram um mutirão para limpar a casa. Integrante do grupo, a veterinária Carolina Gutierres Pellizzer examinou os animais e separou quatro cães que estão em pior situação de saúde. Uma cachorra foi submetida à cirurgia para retirada de um tumor da mama.

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"Todos estão com alguma doença decorrente das precárias condições de higiene. Estamos fazendo o tratamento e depois vamos selecionar os que devem ser submetidos à castração", afirmou a veterinária.

Parte dos cães será oferecida em adoção, mas alguns animais vão continuar na casa de dona Carmem. "Ela é uma pessoa boa e gosta dos animais, então vamos ajudá-la com ração e assistência", disse Carolina.

O grupo trabalhou vários dias para retirar lixo e entulho acumulados na casa. A prefeitura providenciou duas caçambas para que o material fosse descartado. Segundo ela, ainda há muito material a ser retirado. "Precisamos de mais braços para esse trabalho", disse.

Os voluntários conseguiram ração para os bichos e cinco cestas básicas para a mulher, que sobrevive com a aposentadoria de um salário mínimo. "Ela é tão generosa que ficou com apenas com uma cesta, distribuindo as demais para outras famílias necessitadas", contou a veterinária.

Uma psicóloga que também integra o grupo tenta convencer dona Carmem a aceitar que parte dos animais seja adota por outras famílias.

O grupo lançou na rede social Facebook a página "Abrigo da Dona Carmem" para ampliar a mobilização. A página será também um canal para a adoção dos animais - 50 cães, 15 gatos e 5 filhotes. De alguns, dona Carmem já avisou que não abre mão, por isso a turma vai construir um canil em sua casa, que tem terreno grande. "Ela quer fazer o melhor para eles, e a gente vai ajudar", disse Carolina.

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