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A Polícia Federal (PF) identificou mais dois alvos de espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL). O jornalista Glenn Greenwald e o marido dele, o ex-deputado federal David Miranda (PDT-RJ), que morreu em maio, estão na lista dos telefones rastreados por meio do sistema FirstMile. Os servidores suspeitos de terem feito o uso irregular da ferramenta foram detidos pela PF na sexta-feira (20), na Operação Última Milha.

Os celulares dos dois estão na relação de números de telefones entregues pela Abin ao Supremo Tribunal Federal (STF), por determinação do ministro Alexandre de Moraes. A informação foi obtida pelo jornal O Globo com fontes da PF.

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A Abin fez 33 mil monitoramentos ilegais por meio do programa durante a gestão de Bolsonaro. Segundo os investigadores, 1.800 usos do software foram destinados à espionagem de políticos, jornalistas, advogados, ministros do STF e adversários do governo do ex-presidente. Para não deixar vestígios, a "gangue Abin de rastreamento", como os investigadores têm chamado os servidores, apagou dos computadores a grande maioria dos acessos, segundo a TV Globo.

Glenn Greenwald fundou o site The Intercept Brasil e foi um dos responsáveis por noticiar o caso da "Vaza Jato", que mostrou mensagens interceptadas por hackers entre agentes da Operação Lava Jato. O jornalista americano se tornou conhecido após publicar uma série de reportagens sobre arquivos do ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, que denunciou espionagem ilegal de governos estrangeiros.

David Miranda foi vereador Rio de Janeiro e, depois, eleito deputado federal. David chegou à Câmara para assumir a vaga deixada por Jean Wyllys (PSOL-RJ), que desistiu de assumir o seu terceiro mandato e optou por deixar o País, em 2019, diante do número crescente de ameaças que passou a receber desde a eleição do então presidente Jair Bolsonaro. No Legislativo federal, teve diversos embates com o clã Bolsonaro.

O sistema FirstMile é capaz de detectar um indivíduo com base na localização de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G. Para encontrar o alvo, basta digitar o número do seu contato telefônico no programa e acompanhar em um mapa a última posição. Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), o software se baseia em torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões para captar os dados de cada aparelho telefônico e, então, devolver o histórico de deslocamento do dono do celular.

Segundo a PF, o grupo sob suspeita teria usado um "software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira" - para rastrear celulares "reiteradas vezes". Os crimes teriam sido praticados sob o governo do ex-presidente. À época, a agência era comandada por Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

Em nota, após a operação na sexta, a Abin diz que a Corregedoria-Geral da agência concluiu, em 23 de fevereiro de 2023, uma correição extraordinária - apuração interna - para verificar a regularidade do uso de sistema de geolocalização adquirido pelo órgão em dezembro de 2018. A partir das conclusões dessa correição, foi instaurada sindicância investigativa no dia 21 de março. De acordo com a Abin, a ferramenta deixou de ser utilizada em maio de 2021.

"Desde então, as informações apuradas nessa sindicância interna vêm sendo repassadas pela Abin para os órgãos competentes, como Polícia Federal e Supremo Tribunal Federal. Todas as requisições da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal foram integralmente atendidas pela Abin. A Agência colaborou com as autoridades competentes desde o início das apurações. A Abin vem cumprindo as decisões judiciais, incluindo as expedidas na manhã desta sexta-feira (20). Foram afastados cautelarmente os servidores investigados", diz em nota.

Com atuação voltada ao combate à intolerância de gênero e racial, o ex-deputado David Miranda usou os mandatos no legislativo como ferramenta para a conquista de direitos civis. Ele teve a morte confirmada nessa terça-feira (9), após nove meses hospitalizado pelo agravamento de uma infecção intestinal. Hoje seria seu aniversário de 38 anos. 

Nascido em uma realidade dura, na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, David Miranda enxergou a política como um meio de justiça às violências sofridas contra gays e negros. Em 2014, se filiou ao PSOL e, em 2016, se tornou o primeiro homem assumidamente gay eleito na Câmara de Vereadores do Rio. 

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Seu mandato foi responsável pelo projeto de lei municipal que assegurou o uso do nome social para pessoas trans em instituições públicas da cidade. David também foi o autor do projeto que priorizava o pagamento dos servidores pela prefeitura. A medida evitava que outra despesa fosse paga antes dos funcionários, assim como, o congelamento ou parcelamento dos salários. 

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Em 2019, o então vereador deixou a suplência e assumiu a cadeira do deputado Jean Wyllys na Câmara dos Deputados. O titular deixou o Brasil após as ameaças de morte ganharem força contra ele em meio ao governo Bolsonaro. 

Miranda levou suas pautas ao Congresso Nacional. Marcelo Camargo/Agência Brasil

David levou o projeto de priorização dos servidores para Brasília e também propôs uma lei com medidas protetivas à comunidade LGBTQIA+. Além de apresentar mecanismos de proteção para pessoas em situação de violência, como na Lei Maria da Penha, ela indicava os órgãos que deveriam expor placas do Disque 100 para denúncias sobre raça e etnia. 

O ex-parlamentar também sugeriu criar uma educação voltada à realidade da população LGBTQIA+ para professores e políticos. Ainda em sua atuação, tentou implementar ações de combate ao suicídio e ao sofrimento psíquico de policiais e agentes de segurança. 

No ano passado, David filiou-se para o PDT para disputar a reeleição. Em agosto, dois meses antes do pleito, ele foi socorrido e internado no hospital. O corpo será velado nesta quarta (10), na Câmara Municipal do Rio.

Casado com o jornalista Glenn Greenwald, ex-editor do The Intercept, ganhou reconhecimento no Brasil com a série de publicações da Vaza Jato, David Miranda deixa o marido e três filhos. 

O Plenário da Câmara dos Deputados interrompeu a sessão nesta terça-feira (9) por um minuto em pesar pelas mortes do ex-deputado David Miranda e da cantora Rita Lee. Miranda faleceu aos 37 anos após nove meses de internação por infecção gastrointestinal. Já Rita Lee faleceu aos 75 anos em decorrência de câncer de pulmão.

“Em nome da Mesa Diretora desta casa, expresso o nosso sincero luto”, disse o deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), no comando dos trabalhos.

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Em viagem a Nova Iorque, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também expressou o seu pesar em sua conta no Twitter. Lira destacou que Rita Lee marcou a história da música brasileira e lamentou a morte de Miranda após uma luta intensa pela vida.

A homenagem em Plenário foi solicitada pela deputada Laura Carneiro (PSD-RJ). Ela afirmou que David Miranda foi um atuante parlamentar da bancada do Rio de Janeiro e chegou a destinar recursos a abrigos LGBT na cidade do Rio. Carneiro também afirmou que Rita Lee é uma das maiores artistas brasileiras e participou da transformação do País. “São registros tristes e homenagens que têm de ser feitas”, disse.

Os deputados Paulão (PT-AL) e Marcelo Calero (PSD-RJ) também prestaram homenagens. "Hoje é um dia muito triste para a cultura nacional pela perda da nossa querida Rita Lee, uma artista completa, icônica. É também um dia triste para a política do Rio de Janeiro, porque hoje nós perdemos o deputado David Miranda. Que nós tenhamos essas duas figuras tão importantes em nossos corações e, sobretudo, em nossas orações", disse Calero.

*Da Agência Câmara de Notícias

 Após o jornalista Glenn Greenwald confirmar a morte do marido, o ex-deputado federal David Miranda, na manhã desta terça-feira (9), o presidente Lula e lideranças da esquerda publicaram homenagens e se solidarizaram com a família. Além do marido, o ex-parlamentar deixa três filhos. 

A morte foi confirmada um dia antes do seu aniversário de 38 anos. Ele estava hospitalizado desde agosto do ano passado, após ser socorrido com um quadro de infecção gastrointestinal. David foi transferido para a UTI, mas contraiu outras infecções e teve a situação clínica agravada.

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O PDT, último partido de David, e o PSOL, sigla que o projetou nas primeiras eleições disputadas, lamentaram o falecimento. Além do presidente Lula, nomes do PT também prestaram condolências. As homenagens destacaram sua trajetória humilde e em defesa das pautas de igualdade racial e LGBTQIAP+.

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 O ex-deputado federal David Miranda (PDT) morreu, aos 37 anos, na manhã desta terça-feira (9), no Rio de Janeiro. A morte foi confirmada pelo marido, o jornalista Glenn Greenwald, um dia antes do aniversário do ex-parlamentar. Ele deixa três filhos.

"É com a mais profunda tristeza que comunico o falecimento do meu esposo. Ele faria 38 anos amanhã. Sua morte, esta manhã, ocorreu após uma batalha de 9 meses na UTI. Ele morreu em plena paz, cercado por nossos filhos, familiares e amigos", confirmou Glenn nas redes sociais.

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David Miranda foi socorrido no dia 6 de agosto de 2022 por conta de uma infecção gastrointestinal. Durante os meses internado na UTI, ele sofreu diversas infecções, que culminaram em uma quadro de septicemia.

O jornalista Glenn Greenwald comentou sobre o estado de saúde do marido, o deputado federal David Miranda (PDT), após quatro meses internado na UTI. Ainda sem expectativa para a alta, o ex-editor do The Intercept citou "melhorias significativas" no quadro clínico e reforçou o pedido por doação de sangue.

"Embora continue na UTI, David lutou por alguns momentos muito difíceis e assustadores - como ele lutou toda a sua vida - e agora está mostrando algumas melhorias muito significativas e encorajadoras em quase todas as áreas. Isso nos deu mais esperança do que nunca -- embora nada com esta doença e processo seja garantido, como vimos muitas vezes -- que ele está finalmente em um caminho que o levará à saída da UTI, de volta para casa onde ele pertence , e para uma recuperação completa", escreveu o jornalista no perfil do parlamentar.

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Glenn explicou que David ainda não consegue produzir plaquetas suficientes e precisa passar por muitas transfusões. Por conta dos baixos índices dos estoques de sangue no Rio de Janeiro, ele reforçou a campanha de doação para o marido. Os dois são casados há 14 anos e pais de dois filhos.

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David foi socorrido para uma clínica no Rio de Janeiro no dia 6 de agosto. Ele se queixava de fortes dores abdominais, que depois foram diagnosticadas como uma infecção gastrointestinal. Ausente durante o período eleitoral devido ao internamento, o deputado não disputou a reeleição à Câmara.

O deputado federal David Miranda (PDT-RJ), que está internado há seis semanas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), desistiu de concorrer à reeleição para a Câmara dos Deputados. O anúncio foi feito nas redes sociais pelo marido do parlamentar, o jornalista Glenn Greenwald, nesta terça-feira, 20.

Em vídeo publicado, Greenwald afirmou que Miranda continua internado na UTI em estado grave, mas estável. No entanto, nos últimos dias, foram registrados os primeiros sinais de melhora em seu quadro, o que deixou tanto a família quanto a equipe médica "mais esperançosos do que nunca" sobre uma recuperação completa.

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"Ele está ficando mais forte, ele está mostrando progresso bem importante", conta. O deputado está internado desde o dia 6 de agosto na UTI da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, com uma infecção generalizada no sistema gastrointestinal.

Apesar de uma melhora no quadro de Miranda, o jornalista anunciou que optou-se por requisitar formalmente a retirada da candidatura do parlamentar. "Isso foi uma decisão extremamente difícil de tomar", conta Greenwald, dizendo que a decisão não pôde ser tomada por Miranda, mas que consultou pessoas próximas de seu marido.

"Eu acredito muito na campanha que David planejou, mas ele não conseguiu fazer campanha nem um dia. Então acho que isso é bem injusto para todo mundo, para David, para seus eleitores, manter a candidatura", declara.

O jornalista diz se recusar a fazer campanha em nome do parlamentar, mas cita que há muitas pessoas que Miranda respeita e gosta muito, dentro e fora do partido, tais como Heloísa Helena (Rede-RJ), Glauber Braga (PSOL-RJ), Feghali (PCdoB-RJ), Benedita da Silva (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). Greenwald ainda disse que seu marido acredita muito no programa e líderes do PDT, sigla que é filiado, nomeando o candidato à presidência da República Ciro Gomes, além de Rodrigo Neves e Martha Rocha.

Por fim, o jornalista lamentou a decisão, mas afirmou que a prioridade atual é a recuperação de Miranda.

O deputado federal David Miranda (PDT-RJ) está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital do Rio de Janeiro, de acordo com informações do seu marido, o jornalista Glenn Greenwald. O parlamentar foi hospitalizado no último sábado (6), e publicou um vídeo nas suas redes. 

Segundo informações de Glenn, David começou a sentir muita dor na área do estômago ainda no sábado, quando estava em um evento público, mas voltou para casa e cancelou toda a agenda do dia pela dor insuportável, que logo se intensificou e ele foi para o hospital.

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“Quando chegou lá, os médicos perceberam que tinha um problema bem sério com o sistema gastrointestinal, provavelmente com várias infecções, e ele entrou na hora na UTI. David não teve melhora nas próximas 48 ou 72 horas, muito pelo contrário, tudo estava piorando. David está num estado bem grave, gravíssimo”, contou o jornalista.

Apesar do estado grave e da falta de perspectiva, o parlamentar começou a apresentar melhoras nesta quarta-feira (10). “Mas hoje foi o primeiro dia que as coisas pararam de piorar. Os exames estão mostrando um pouco de melhoras e estão nos dando um certo otimismo de que ele vai resistir a esses problemas que estão acontecendo”, informou Glenn. 

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O deputado federal David Miranda (RJ) anunciou sua saída do PSOL em uma carta aberta divulgada neste sábado (22) nas redes sociais. O documento esclarece as razões de sua saída, motivadas pela expansão de seu programa político frente às eleições de 2022, e afirma também que o parlamentar está de chegada ao PDT, onde está o presidenciável Ciro Gomes. Miranda diz reconhecer o potencial pedetista e ainda elogiou o legado do ex-líder de esquerda, Leonel Brizola. 

"A minha saída do PSOL – que será efetivada em março –, não significa uma ruptura com os atuais companheiros de luta – que continuo considerando aliados –, nem um afastamento dos valores que me levaram ao partido anos atrás. Pelo contrário, em diversos sentidos representa um retorno aos valores que me motivaram a entrar para a política, e uma oportunidade de renovação e radicalização deles", afirma o deputado na carta. 

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Junto com a mensagem, Miranda publicou foto ao lado de Ciro e de seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, cofundador do site The Intercept

"Acredito que [o PDT] é o partido de esquerda mais bem posicionado para superar a polarização atual, pois é o único com um candidato à Presidência com um projeto para o Brasil que não depende de pactos com aqueles que sempre foram e continuam sendo inimigos do povo", diz Miranda. 

O novo membro do PDT também afirma que seguirá cumprindo o compromisso com suas pautas no Psol e fez menção direta a colegas de luta na antiga legenda. 

"Agradecendo ao PSOL, em especial aos companheiros do MES (Movimento Esquerda Socialista), na figura de Luciana Genro e das minhas amigas Deputadas Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Vivi Reis. Minha profunda gratidão pela troca nesses anos tão intensos e decisivos da vida política nacional”, escreveu. 

E segue, mencionando a vontade de encontrar novos aliados dentro de esferas similares: “As pautas identitárias são e sempre serão centrais na minha própria identidade e atuação política, mas o seu descolamento da luta de classes, sua absorção pela lógica neoliberal têm levado ao acirramento das diferenças entre grupos oprimidos, em vez da construção de um projeto coletivo de libertação". 

Ele segue o texto, defendendo o diálogo amplo com representantes de campos ideológicos diferentes, criticou a esquerda e a política do cancelamento. 

"O fazer político dentro de uma democracia exige o diálogo justamente com aqueles que pensam diferente, sobretudo em épocas de grandes retrocessos como a que enfrentamos agora. Mas parte da esquerda brasileira parece ter esquecido desta premissa básica e ter se tornado refém da lógica do cancelamento que predomina nos ambientes digitais, levando essa lógica para dentro da atuação política".

O deputado federal David Miranda enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O parlamentar acusa o chefe do Executivo de mentir no seu discurso na Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Miranda diz que, ao abordar temas como corrupção, meio ambiente e tratamento precoce da Covid-19, Bolsonaro proferiu falas "revestidas de falsidades e ilegalidades". Na representação, o deputado cita as suspeitas de corrupção envolvendo a compra da vacina Covaxin e nomes do entorno de Bolsonaro que são investigados em outros casos de corrupção.

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"O desmatamento descontrolado nos biomas brasileiros, em especial na Amazônia, gera queimadas. E, sobre essas, os dados são alarmantes e desencontrados do discurso falacioso do ora representado [Bolsonaro]", diz ainda.

 

A morte de Miguel Otávio, de cinco anos, após cair do nono andar de um prédio no Centro do Recife, na última terça-feira (2), também tem sido repercutida pela classe política. Parlamentares mencionaram racismo e segregação ao tratar do assunto.

Miguel estava sob os cuidados da patroa da mãe quando foi posto sozinho em um elevador, perdeu-se no edifício e caiu de uma altura de 35 metros. A empregadora chegou a ser presa por homicídio culposo - quando não há intenção de matar, mas foi solta após pagar uma fiança de R$ 20 mil.

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No Twitter, o senador Humberto Costa (PT) escreveu: "Miguel não foi protegido da Covid. Nem da chaga da segregação social e racial que mata milhares de brasileiros como ele por ano. Que tragédia".

“Assim como George Floyd, Miguel morreu chamando pela mãe. Ele podia estar em casa brincando aos cuidados de Mirtes, longe do risco da Covid-19. Mas, a despeito da pandemia, sua mãe teve de voltar ao trabalho como empregada doméstica. Ela precisou levar Miguel para a casa dos patrões. Miguel tinha só cinco anos. Foi posto num elevador, equipamento com o qual não tinha qualquer intimidade, para andar em um imenso prédio que não conhecia nem em nada se parecia com o local onde morava. Estava feita a tragédia”, observou o senador.

A também pernambucana Marília Arraes (PT) disse que Miguel tinha a mesma idade da filha dela e prestou solidariedade. "Era uma criança com sonhos, mas partiu vítima da sociedade desigual, racista e  machista que mata de várias formas, todos os dias. Que Deus conforte a sua mãe, Mirtes Renata. E que aqui continuemos a combater tudo isto", afirmou.

Para a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), a morte da criança "é o retrato da elite escravocrata". "Miguel, 5 anos, estava no trabalho com a mãe, em plena pandemia. A patroa mandou a mãe passear com os cachorros enquanto fazia as unhas em casa. Irritada com o choro do garoto, o colocou no elevador. Ele caiu do 9 andar. Esse é o retrato da elite escravocrata", escreveu no microblog ao lado da hashtag 'Justiça por Miguel' que tem ganho adeptos de todo o país.

O mesmo discurso foi exposto pelo deputado David Miranda (PSOL-RJ). "Miguel tinha 5 anos e foi deixado à própria sorte pela patroa de sua mãe enquanto a madame fazia as unhas. A mãe de Miguel estava sendo obrigada a trabalhar em meio à pandemia. A vida da criança negra vale menos do que os caprichos de uma mulher branca e rica", expôs o psolista. 

A também deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) pediu a prisão da patroa da mãe de Miguel. "Essa história em Recife é um conjunto de barbaridades de nosso país. Segundo as investigações, a patroa deixou o filho da empregada doméstica descer pelo elevador SOZINHA. Ele saiu no 9 andar e caiu de uma janela. Morreu pedindo pela mãe. CADEIA PARA ELA!!!!", escreveu.

Enquanto o vereador de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT), prestou solidariedade a mãe do menino, Mirtes Renata. “Expresso minha total solidariedade às mães negras que tem sido objeto de descaso tão grande quanto ao que levou a morte de Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que levou minha querida assessora Joice Berth, brilhante escritora, a escrever este emocionante texto: ‘Quando o racismo não mata em primeira pessoa, faz isso por meios indiretos. E nesse país, quem tem dinheiro sabe que pode fazer qualquer coisa errada que não será responsabilizado. Vidas negras não importam nesse país. Vida de crianças negras importa menos ainda. Não há hashtag que dê conta da desumanização da pessoa branca que incorporou o racismo na raiz de sua existência. Eu estou trêmula com essa história, pensando na mãe dessa criança’.”, escreveu.

Em meio à pandemia de coronavírus que já contaminou 904 pessoas e provocou mais de dez mortes no País, o presidente Jair Bolsonaro, aniversariante do dia, dedicou um pedaço da sua tarde à gravação de um vídeo com mensagem para dar esperanças ao tratamento da doença.

O presidente completa hoje 65 anos e passa o dia no Palácio do Planalto com Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e o deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PLS-SP).

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No vídeo postado pelo presidente no Twitter e intitulado "Hospital Albert Einstein e a possível cura dos pacientes com o Covid-19", Jair Bolsonaro informou que o laboratório do Exército vai ampliar a produção de cloroquina.

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Esse medicamento tem apresentado alguns resultados positivos no tratamento de pacientes com coronavírus, de acordo com testes preliminares feitos ao redor do mundo. Esses resultados, porém, ainda não são conclusivos, dizem autoridades da área da saúde.

"Agora há pouco, me reuni com o senhor ministro da Defesa, onde decidimos que o laboratório químico e farmacêutico do Exército deve ampliar imediatamente a produção desse medicamento", afirmou o presidente Jair Bolsonaro, em vídeo publicado há instantes em sua conta no Twitter.

A cloroquina é usada por aqui no tratamento da malária e também para o tratamento de reumatismo, funcionando como um anti-inflamatório. O Hospital Albert Einstein e a operadora Prevent Senior já comunicaram ontem, 20, que conduzirão estudos clínicos para avaliar a eficácia da cloroquina no tratamento da infecção provocada pelo coronavírus.

"Agora há pouco, os profissionais do hospital Alberto Einstein (Sic) me informaram que iniciaram protoloco de pesquisa para avaliar a eficácia da cloroquina nos pacientes com Covid-19", disse Bolsonaro no vídeo.

O presidente também afirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), presidida pelo almirante Antônio Barra, vetou a venda de cloroquina para outros países. "Tenhamos fé que em breve ficaremos livres desse vírus", completou Bolsonaro na gravação.

Precipitação? - Na última quinta (19), no entanto, a Anvisa havia soltado uma nota em seu site esclarecendo o provável uso do medicamento citado por Bolsonaro para o combate do coronavírus. Segundo a órgão, “apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da Covid-19”.

Ainda de acordo com a Anvisa, não há recomendação para a utilização da cloroquina em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus. “A automedicação pode representar um grave risco à sua saúde”, completa a nota.

O tuíte provocou algumas reações de internautas. O repórter João Paulo Charleaux, correspondente em Paris, onde a pandemia já está mais avançada, criticou a postagem. “Presidente, eu sofro de uma doença crônica cujo único remédio é a cloroquina. O uso desse medicamento nos casos de coronavírus ainda não tem eficácia comprovada. Ao especular, o sr. desata uma corrida irracional às farmácias e põe em risco a vida dos que hoje dependem deste remédio”, disse.

O deputado David Miranda (PSOL), desafeto da família Bolsonaro, foi na mesma linha. “A cloroquina ainda não é segura. Falando isso você começa um corrida desordenada na busca desse remédio, e pessoas que realmente precisam ficam sem. A vacina, no melhor dos cenários, levará 18 meses. A única saída é o isolamento, e você não disse uma única vez. Seja responsável”, disparou.

Com informações da Agência Estado

O deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) usou o Twitter para criticar as ações do governo de Wilson Witzel (PSC) nas favelas do Rio de Janeiro. Ao compartilhar um vídeo com o momento que em um helicóptero sobrevoa uma das comunidades e dispara tiros, Miranda disse que o Estado resolveu declarar “guerra contra os pobres”. 

“É o que acontece quase todos os dias nas favelas do RJ. Helicópteros, atirando onde as pessoas vivem. O Estado decidiu declarar guerra contra os pobres”, escreveu o parlamentar, em inglês, na rede social na noite dessa terça-feira. Não há detalhes da data em que o vídeo foi gravado.

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As imagens foram também compartilhadas pelo ativista Raul Santiago que classificou a atitude como um “TERRORISMO DE ESTADO [sic]”. “É o helicóptero da polícia civil que dispara centenas de tiros nas áreas mais pobres do Rio de Janeiro. Eles chamam esse terrorismo de ‘guerra às drogas’”, argumentou.

As ações adotadas por Witzel diante das favelas do Rio têm gerado grandes discussões. Inclusive, depois que em agosto,  pelo menos seis jovens entre 17 e 21 anos morreram baleados durante operações policiais em comunidades do Estado e as suspeitas apontam que os tiros que ocasionaram os óbitos saíram da própria polícia. 

Um dos casos mais comentados na ocasião foi o de Dyogo Xavier Coutinho, de 16 anos, que seguia para o treino de futebol quando levou um tiro de fuzil nas costas. Disparo, segundo testemunhas, teria partido de policiais.

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) recebeu do antigo Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) um relatório que aponta "movimentação atípica" de R$ 2,5 milhões na conta do deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) no período de um ano, entre o início de abril de 2018 e o final de março de 2019.

O MP chegou a solicitar à Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal do parlamentar, mas o juiz Marcelo da Silva, da 16ª Vara de Fazenda Pública do Rio, negou o pedido. Na decisão, ele determina que, antes de adotar alguma medida nesse sentido, o deputado do PSOL e os demais envolvidos nas suspeitas - quatro assessores e ex-assessores - sejam ouvidos.

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Miranda é casado com o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, que tem publicado reportagens baseadas em mensagens trocadas por procuradores e pelo então juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça, na Operação Lava Jato. Eles não reconhecem autenticidade nas declarações que lhes são atribuídas. Segundo o jornal O Globo, que revelou o caso envolvendo Miranda, o relatório chegou ao MP estadual dois dias depois de o site começar a publicar as reportagens.

O relatório feito pelo Coaf não tem relação direta com Miranda. Foi feito no âmbito de uma investigação maior, para apurar ilegalidades em gráficas de Mangaratiba, município na região metropolitana do Rio. Como o deputado contratou o serviço de uma delas, suas movimentações entraram no radar do órgão federal.

Em nota, David Miranda afirmou que o trabalho como parlamentar não é sua única fonte de renda. Disse ter uma empresa de turismo com o marido - e que, portanto, os valores movimentados não seriam atípicos porque envolveriam dinheiro dessa empresa. Ele não detalhou, porém, quais são os serviços prestados. No cadastro na Receita Federal, a Enzuli Viagens e Turismo Ltda tem capital social de R$ 170 mil e aparece como "inapta" desde setembro de 2018.

O deputado federal David Miranda (PSOL) repercutiu, em seu perfil no Twitter, nesta sexta-feira (6) o episódio envolvendo uma equipe da prefeitura do Rio de Janeiro na Bienal do Livro recolhendo livros que foram considerados impróprios  para menores de idade.

O caso aconteceu um dia depois do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), anunciar que censuraria a HQ "Vingadores - A Cruzada das Crianças", em seu Twitter, na noite desta quinta-feira (5).

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O livro em questão conta com uma imagem, em desenho, de dois personagens masculinos se beijando. “Marcelo Crivella, tire seu ódio do nosso caminho, que nós queremos passar com nosso amor”, escreveu David.

A publicação do psolista acompanhou uma imagem dele beijando seu marido, o jornalista do The Intercept, Glenn Greenwald. Crivella publicou em suas redes sociais que mandou recolher exemplares do gibi porque eles trariam "conteúdo sexual para menores". 

Após a participação do jornalista e fundador do site The Intercept Brasil, Glenn Greenwald, no programa de entrevistas Roda Viva, na noite desta segunda-feira (2), o norte-americano foi alvo de elogios por suas respostas.

O deputado federal David Miranda (PSOL), marido de Glenn, não escondeu o orgulho que sentiu do companheiro e utilizou suas redes sociais para fazer bons comentários à participação do jornalista.

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“Acordei com o Brasil todo querendo casar com meu marido! Rsrs Glenn Greenwald lavou a alma de muitos brasileiros ontem! Que o orgulho!”, escreveu o psolista, que recebeu mensagens de seguidores em concordância.

Além disso, David - que ocupou uma cadeira na Câmara Federal após a desistência de Jean Wyllys (PSOL) do mandato, no último mês de janeiro - fez um alerta para o debate jornalístico feito no Brasil.

“A entrevista do #RodaViva de ontem revela que há um debate necessário a ser feito em nosso país: o papel do agente público, o papel do jornalismo e a importância de um jornalismo comprometido com o interesse público”, opinou.

O deputado federal David Miranda (PSOL) expressou seu amor e admiração pelo seu marido, o jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald, nesta quarta-feira (31).

Através de seu perfil oficial no Instagram, Miranda elencou as qualidades que vê no marido. “Eu queria que as pessoas te conhecessem 10% do que eu conheço. Sua coragem, seu senso de justiça, de humanidade, e de respeito ao próximo, independente de quem seja o próximo”, disse. 

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“Sinto orgulho do ser humano que você é, e felicidade por poder estar junto de quem eu amo. Obrigado por cada dia do meu lado, me ajudando a ser uma pessoa melhor. Te amo”, declarou David a Glenn.

Desde os vazamentos feitos pelo Intercept, que começaram no dia 9 de junho, o jornalista norte-americano vem sendo alvo de ataques por parte de apoiadores do governo do presidente Jair Bolsonaro. 

Após os filhos do jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald, e do deputado federal, David Miranda (PSOL), terem o pedido de visto temporariamente negado pelo consulado dos Estados Unidos, no início da tarde desta segunda-feira (22) a família foi informada que o documento foi concedido.

Greenwald apresentou na manhã desta segunda-feira (22) um relatório médico atestando que sua mãe sofre de um câncer terminal, junto com outros documentos, para receber o visto das crianças em um horário combinado previamente.

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Entretanto, na hora combinada para receber o documento de volta, o jornalista foi informado que seriam necessárias informações adicionais e que, naquele momento, não seria possível entregar o visto dos seus filhos. Glenn foi solicitado por novas informações para que a aprovação aconteça, mas horas depois eles receberam uma ligação com a notícia de que já podiam buscar o visto dos filhos.

O visto solicitado pelo casal no consulado dos EUA no Rio de Janeiro se trata de um pedido de autorização emergencial de viagem. 

Após um evento no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado (27) que o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, “talvez pegue uma cana aqui no Brasil”.

Na mesma oportunidade, o presidente aproveitou para atacar o deputado federal David Miranda (PSOL), com quem Glenn é casado há mais de dez anos. Segundo o presidente, o casal é ‘malandro’ por ter se casado e adotado duas crianças no Brasil.

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“Ele não se encaixa na portaria. Até porque ele é casado com outro homem e tem meninos adotados no Brasil. Malandro, malandro, para evitar um problema desse, casa com outro malandro e adota criança no Brasil. Esse é o problema que nós temos. Ele não vai embora, pode ficar tranquilo. Talvez pegue uma cana aqui no Brasil, não vai pegar lá fora não”, disse o presidente.

A portaria que Bolsonaro se referiu é a publicada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que estabelece um rito de deportação de estrangeiros considerados perigosos ao país. Glenn é fundador do The Intercept no Brasil, site que é responsável por publicações que ameaçam a credibilidade de membros do alto escalão do governo de Bolsonaro, principalmente o ministro Sergio Moro.

O jornal norte-americano The New York Times publicou uma matéria neste sábado (20) falando sobre a atuação do deputado federal David Miranda (PSOL) e de seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, na política brasileira.

Greenwald, que é americano, é editor do site The Intercept - responsável pelos vazamentos de troca de mensagens entre o então juiz federal Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato na época das investigações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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A divulgação feita pelo Intercept colocou em xeque a imparcialidade de Moro - que atualmente é ministro da Justiça e Segurança Pública do presidente Jair Bolsonaro (PSL) - enquanto juiz federal.

“Matéria de hoje do New York Times sobre a luta minha e do meu marido Glenn Greenwald contra o autoritarismo e os ataques de Bolsonaro contra a democracia. E que manchete maravilhosa: O casal gay que incomoda a extrema direita”, escreveu David em seu perfil no Twitter.

Em sua publicação, o periódico descreveu o que acontece no Brasil e a atuação do casal diante de um governo de extrema direita que impera no país. “Eu agora acredito absolutamente nisso: que as exposições e as análises do caso Moro e Lava-Jato serão maiores que a do caso Snowden, e alcançarão todas as democracias liberais”, opinou David.

Na entrevista ao Jornal, Greenwald fez elogios ao seu companheiro. “Meu marido David Miranda é uma das pessoas mais corajosas que eu conheço, com uma das histórias de vida mais inspiradoras. Sou grato pela repressão do Reino Unido a ele, o politizou e agora pode lutar contra uma repressão muito pior. Lideranças LGBT são vitais”, afirmou o editor do The Intercept. Confira a capa da matéria do New York Times:

 

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