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A delegada Patrícia Domingos, que fazia parte da extinta Delegacia de Polícia de Crimes Contra a Administração Pública da Capital (Decasp), deve integrar nos próximos dias a equipe do ministro da Justiça Sérgio Moro.

O convite é para que ela atue na Secretaria Nacional de Segurança Pública, em Brasília. Agora, depois que a delegada aceitou o chamado, a expectativa é que em breve ela seja liberada pelo Governo de Pernambuco.

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Após a extinção da Decasp, que aconteceu em outubro e rendeu muita polêmica em todo o estado, Patrícia passou a trabalhar no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

No Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que foi criado para “substituir” a Decasp, Patrícia foi substituída pela delegada Sylvana Lellis. O Draco foi pensado dentro do Projeto de Lei que pedia o fim da Decasp, de autoria do Executivo Estadual, e que recebeu 36 votos favoráveis e quatro contrários.

O ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell, encaminhou para a Vara de Crimes contra a Administração  Público e Ordem Tributária da comarca do Recife o inquérito que investiga supostas fraudes e superfaturamento na construção da Arena de Pernambuco. A informação é do jornal Folha de São Paulo. A decisão do STJ foi proferida no último dia 12. 

Com a medida, quem seria responsável pelas próximas diligências da investigação, a exemplo de casos anteriores, seria a extinta Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp). De acordo com a reportagem, a Polícia Federal confirmou que, como o inquérito foi remetido para a Justiça de Pernambuco, as novas diligências devem ser feitas pela Polícia Civil.

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O inquérito tem como alvo de investigação nomes como o do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, o deputado federal Tadeu Alencar - todos do PSB - e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB). Eles integravam o Comitê Gestor de Parcerias Público- Privadas da gestão de Eduardo Campos, quando o empreendimento foi construído.

A Decasp, contudo, foi extinta por um projeto de lei, encaminhado pelo governador, aprovado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em regime de urgência. A nova legislação cria o Departamento de Combate ao Crime Organizado (Draco) que deve começar a funcionar a partir de 2019 e acumular o trabalho feito pela delegacia especializada em corrupção em órgãos públicos.

Na última segunda-feira (19), as atividades da delegacia chegaram a ser retomadas por decisão liminar que permitiu que a delegada Patrícia Domingues, até então responsável pelo departamento, concluísse, em 45 dias, as investigações em andamento. Porém, nessa quarta-feira (21), o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco Alberto de Oliveira Melo, acolheu um recurso do governo e derrubou a liminar.

As supostas irregularidades na licitação da Arena foram apontadas pela Operação Fair Play. Que, em 2015, sugeriu que o superfaturamento teria sido de R$ 42,8 milhões. De acordo apurações do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o valor chegaria a R$ 70 milhões.  

À reportagem da Folha, o Governo de Pernambuco não quis se pronunciar. Quando a investigação veio à tona, Paulo Câmara, Geraldo Julio e Tadeu Alencar afirmaram, em nota conjunta, que todos os procedimentos licitatórios seguiram os trâmites legais e o senador negou qualquer irregularidade. A transferência do inquérito para o TJPE obedece decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que flexibiliza o foro privilegiado. 

A retomada dos trabalhos da Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp), extinta por uma Lei sancionada pelo governador Paulo Câmara (PSB), foi considerada uma vitória do interesse público pelo deputado federal Mendonça Filho (DEM). O democrata comemorou a liminar assinada pelo juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Augusto Napoleão Angelim, nessa sexta-feira (16), que autorizou a delegada Patrícia Domingos voltasse ao cargo para concluir as investigações em andamento, no prazo de 45 dias.

Segundo Mendonça, a medida “certamente contraria muitos interesses”. “A pressa do Governo Paulo Câmara de extinguir a Delegacia de Combate à Corrupção, assim como, para afastar a delegada Patrícia Domingos das investigações é injustificável. Até porque, o Departamento criado pelo Governo contra o crime organizado só funcionará a partir de 2019”, observou Mendonça.

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“A criação do Departamento Combate ao Crime Organizado poderia integrar o combate à  corrupção. Pelo trabalho competente e reconhecido, a delegada Patrícia Domingos deveria continuar no comando do combate à Corrupção. E não ser transferida, às pressas, para a  área de homicídios”, completou o democrata. Patrícia Domingos foi transferida nessa semana para atuar no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Decasp, como é conhecida, foi extinta a partir da aprovação, sob protestos de movimentos sociais e delegados, na Assembleia Legislativa de Pernambuco e da sanção da lei que cria o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Além da especializada em corrupção, a nova legislação prevê também a extinção da Delegacia de Crimes contra a Propriedade Imaterial (Deprim). O serviço feito pelas duas será acumulado pelo Draco.

A postura governista foi altamente criticada por opositores. O senador Armando Monteiro (PTB), por exemplo, considerou “estranha” a extinção da delegacia “depois que algumas investigações e alguns inquéritos estão em curso e alcançaram figuras até ligadas a esse sistema dominante em Pernambuco, ao sistema de poder em Pernambuco". A avaliação do petebista fazia referência, mesmo sem citar nominalmente, ao indiciamento do ex-secretário de Administração da gestão de Paulo Câmara, Milton Coelho (PSB), oriundo de um inquérito apurado pela delegada.

O juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Augusto Napoleão Sampaio Angelim, concedeu liminar em uma ação popular com o objetivo de que a Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) se mantenha em funcionamento ao menos por mais 45 dias.  

A decisão também determina que a delegada Patrícia Domingos, que havia sido transferida para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), continue à frente da Decasp.  O juiz entendeu que Patrícia deveria concluir as investigações que estavam em curso. 

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A Decasp foi extinta juntamente com a Delegacia de Crimes contra a Propriedade Imaterial (Deprim) com a finalidade de criar o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). O projeto foi encaminhado e aprovado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em regime de urgência, e foi alvo de críticas por órgãos de fiscalização, movimentos sociais e delegados.  

Opositores ao governador Paulo Câmara (PSB) chegaram a acusar o pessebista de cometer “estelionato eleitoral”. O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) foi um dos que criticou ressaltando que Paulo esperou o fim da eleição para enviar o projeto, em regime de urgência para a Alepe. Na ótica do deputado federal, Paulo agiu de “forma rasteira” por não ter exposto o que faria durante a campanha.

Por sua vez, por meio do Twitter, o governador chegou a dizer que a Draco seria mais forte para combater o crime. "Porque traz um aumento significativo no efetivo das investigações de corrupção e outros ilícitos cometidos pelo crime organizado". 

O PPS e o movimento Livres entraram, nesta terça-feira (13), com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI), junto ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), contra a extinção da Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp). A medida está prevista pela nova lei pernambucana, sancionada pelo governador Paulo Câmara do último dia 7, que prevê a criação do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

Para o presidente estadual do PPS, deputado federal Daniel Coelho, não há sentido algum na extinção de um órgão que execute um serviço tão essencial para a sociedade.

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“A população apoia as ações da polícia no sentido de combater a corrupção, de prender aqueles que estão desviando os recursos, tirando dinheiro que iria para a saúde, a educação e a segurança. Não há sentido algum na extinção de um órgão que tem realizado tão importante”, destacou o parlamentar.

Liderança do Livres no Estado, Karla Falcão, acredita que "a extinção da Decasp por meio de uma tramitação acelerada na Alepe, que não seguiu o devido processo legislativo, afastou a sociedade civil da discussão de uma medida que, da forma como foi aprovada, provoca um retrocesso inconstitucional no combate à corrupção em nosso Estado”.

“A extinção de uma delegacia que resultou em 49 prisões por crimes de corrupção não pode ser vista como um avanço em nenhum lugar do mundo”, considerou. 

O senador Armando Monteiro (PTB) afirmou, nesta quarta-feira (7), que a extinção da Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp), prevista no Projeto de Lei nº 2066/2018 aprovado nesta semana pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), é “muito estranha”. O órgão ficou conhecido pela atuação no combate a corrupção no Estado.

"Eu considero algo muito estranho, que logo após as eleições, depois que algumas investigações e alguns inquéritos estão em curso e alcançaram figuras até ligadas a esse sistema dominante em Pernambuco, ao sistema de poder em Pernambuco", afirmou, em entrevista à Rádio Jornal Caruaru, fazendo referência, mesmo sem citar nominalmente, ao indiciamento do ex-secretário de Administração da gestão de Paulo Câmara, Milton Coelho (PSB).

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“Passa a eleição e imediatamente se apresenta uma proposta de reestruturação, sem discussão, atropelada, que até hoje não foi bem explicada à população. Ninguém consegue entender o porquê dessa pressa, por que, de repente, você teve que fazer uma reestruturação dessa. Eu considero no mínimo estranho que essa coisa tem sido feita dessa forma, no apagar das luzes do ano legislativo, sem uma discussão maior com alguns setores e sobretudo levando em conta que essa delegacia é uma delegacia que apura exatamente os crimes contra a gestão”, acrescentou Armando.

Além de extinguir a Decasp, o projeto aprovado exclui também a Delegacia de Crimes contra a Propriedade Imaterial (Deprim) e cria o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) que deve acumular a atividades das duas unidades extintas.

Para Armando, caso exista alguma suspeita sobre as mudanças e a tramitação dos inquéritos abertos, poderá haver federalização dos casos de corrupção em Pernambuco. “Embora tendo muito apreço à Polícia Civil de Pernambuco, reconhecendo que ela tem quadros muito qualificados, se ficar amanhã claro que essa delegada foi afastada das investigações, nós vamos ter que avaliar se não seria o caso de federalizar, de colocar a própria Polícia Federal para concluir essas investigações, porque fica a ideia de que o Governo do Estado possa não ter a isenção necessária para conduzir de alguma forma esse processo”, argumentou.

O senador pernambucano defendeu ainda que a delegada titular da Decasp, Patrícia Domingues, deveria ser mantida a frente dos inquéritos que estão abertos.

“Nós gostaríamos que o governo pudesse explicar esse projeto, mas é fundamental que a delegada titular, que vinha desenvolvendo um trabalho extraordinário, permaneça à frente dos inquéritos abertos. Cabe agora indagar se ela vai continuar à frente dos trabalhos ou se com esta reestruturação ela será afastada das investigações. Essa é uma pergunta que nós gostaríamos que o governo pudesse responder, porque é fundamental que essa delegada continue vinculada a estes inquéritos e a essas investigações, porque, do contrário, ficará a ideia de que tudo isso se fez para afastar a titular da antiga Decasp, com um trabalho extraordinário, reconhecido por todos, que realizou mais de 15 operações, prendendo empresários e políticos. Essa pergunta é algo fundamental”, disse.

Por maioria, o Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, nessa segunda-feira (5), o parecer da Comissão de Redação Final ao Projeto de Lei nº 2066/2018, de autoria do Poder Executivo, que cria, na estrutura da Polícia Civil, o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). O texto havia sido aprovado em Segunda Discussão na semana passada.

Parlamentares voltaram a divergir sobre a extinção, prevista na matéria, das delegacias de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) e de Crimes contra a Propriedade Imaterial (Deprim). Votaram contra a proposta os deputados Antônio Moraes (PP), Álvaro Porto (PTB), Edilson Silva (PSOL), Joel da Harpa (PP), Júlio Cavalcanti (PTB), Priscila Krause (DEM) e Socorro Pimentel (PTB). Agora, o projeto segue para sanção do Governo do Estado.

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Durante a discussão da proposta, Priscila Krause classificou como “irresponsáveis” as declarações do governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), que chamou de fake news as avaliações de que as mudanças previstas na iniciativa enfraqueceriam o combate à corrupção. “Como se fortalece o enfrentamento diminuindo a especialização da investigação?”, questionou a democrata. “Aqueles que fazem segurança pública no Brasil não conseguem entender de que maneira isso pode melhorar o combate a esse tipo de crime.”

Assim como Priscila, Edilson Silva também tornou a criticar o “pouco tempo” disponível para que os deputados apreciassem o projeto – que tramitou em regime de urgência. O psolista disse ainda que deve avaliar a possibilidade de mover uma ação judicial para tentar retomar a discussão da proposta na Alepe. A hipótese foi sugerida por setores da sociedade civil interessados no tema, que acompanharam a votação das galerias do Plenário. “Vamos nos pautar pelo que achamos correto e ético, como sempre fizemos”, frisou.

Joel da Harpa também se colocou contrário à proposição e comentou a presença dos manifestantes nas galerias. “A juventude está trazendo uma nova realidade ao País, usando as redes sociais. Isso foi provado agora, com a eleição do presidente Jair Bolsonaro, sem dinheiro nem o apoio de grandes partidos”, observou.

*Do site da Alepe

O deputado federal Daniel Coelho (PPS) acusou o governador Paulo Câmara (PSB) de cometer “estelionato eleitoral” por ter, segundo ele, esperado o fim das eleições para enviar, em regime de urgência, um projeto de lei para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) extinguindo a Delegacia de Crimes Contra a Administração (Decasp). A medida foi considerada autoritária por Daniel e de “quem quer proteger os corruptos”.

“Está muito evidente o estelionato eleitoral, a mentira que foi contada ao povo de Pernambuco. Evidente que esse fato teria repercussão na própria eleição. A população apoia as ações da polícia no sentido de combater a corrupção, de prender aqueles que estão desviando os recursos da nossa população, tirando os recursos da saúde, da educação e da segurança. É lamentável essa atitude do governo e daqueles que apoiam essa medida”, criticou Daniel.

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Na ótica do deputado federal, Paulo agiu de “forma rasteira” por não ter exposto o que faria durante a campanha. “O povo pernambucano está completamente indignado pela maneira rasteira com a qual o PSB tem agido. Por que não assumiram isso no pleito eleitoral? Por que não enviaram a matéria sem regime de urgência para que ela pudesse ser debatida com a sociedade?”, indagou, em discurso na Câmara Federal.

“Não dá para a gente aceitar as alegações do governo, principalmente no sentido de ele próprio reconhecer que a urgência foi deixada para depois do pleito, ou seja, primeiro a gente faz o voto, primeiro se engana o eleitor, depois coloca pra votar uma matéria que evidentemente não tem o respaldo da sociedade”, acrescentou Daniel.

A Alepe aprovou a extinção da Decasp, em segunda votação, nessa quarta-feira (31). A medida está prevista no projeto que cria o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que vai acumular a função.

Sob protestos de movimentos, a Assembleia Legislativa aprovou, nessa terça-feira (30), o Projeto de Lei nº 2066/2018, de autoria do Poder Executivo, que prevê a criação, na Polícia Civil, do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Pela manhã, a Comissão de Justiça rejeitou duas emendas à proposta apresentadas pela deputada Priscila Krause (DEM). As sugestões pretendiam preservar, na estrutura do novo órgão, as delegacias de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) e de Crimes contra a Propriedade Imaterial (Deprim).

Durante a discussão da matéria na Reunião Plenária, alguns deputados pediram a retirada da proposição da pauta de votação. O objetivo do adiamento seria permitir a realização de audiências públicas sobre o assunto, solicitadas por representantes de órgãos públicos voltados ao enfrentamento da corrupção. O presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP), rejeitou a demanda e lembrou que a proposição tramita em Regime de Urgência.

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“É importante discutir com a sociedade civil para não tomarmos decisões açodadas”, discordou Socorro Pimentel (PTB), no que foi seguida por Priscila Krause. “O que está em franco risco para justificar esse regime de urgência?”, questionou a democrata. “Coloca-se a proposta como um avanço no combate à corrupção, mas não é”, complementou. Também defenderam a ampliação do debate os deputados Edilson Silva (PSOL) e Teresa Leitão (PT).

Líder do Governo, Isaltino Nascimento (PSB) defendeu a aprovação do projeto nos termos enviados pelo Poder Executivo. Ele citou medidas do Governo para ampliar os quadros das polícias no Estado, e disse que o fortalecimento das instituições e do serviço público são premissas da atual gestão. “O que hoje é uma ação diminuta será mais um enfrentamento mais amplo à corrupção”, analisou. O projeto foi acatado com os votos contrários de Antônio Moraes (PP), Edilson Silva, Priscila Krause e Socorro Pimentel.

O texto aprovado prevê a abertura de duas delegacias especializadas no enfrentamento a organizações criminosas. Também passarão a integrar o novo departamento as unidades já existentes voltadas à investigação de ilícitos cibernéticos e contra a ordem tributária. A justificativa indica que a medida reproduz modelos de polícias de outros Estados, o que deve facilitar a integração entre os órgãos de segurança e “reforçar a capacidade institucional de repressão qualificada ao crime”.

Justiça –  Na reunião da Comissão de Justiça, os deputados rejeitaram as emendas nº 01 e nº 02 ao projeto. Relator das proposições no colegiado, Isaltino Nascimento argumentou serem inconstitucionais as alterações indicadas pela democrata. “As emendas não apresentam pertinência temática com a proposição original e criariam novas despesas, não previstas ao Poder Executivo, o que é proibido constitucionalmente”, opinou.

O parecer foi acompanhado pelos membros da Comissão. A única a divergir, de maneira pontual, foi a deputada Teresa Leitão, que defendeu a constitucionalidade da Emenda nº 01 para suprimir das incumbências do novo departamento a apuração de crimes contra o patrimônio. Rodrigo Novaes (PSD) argumentou em favor da redação original. “O fim é investigar também os crimes contra o patrimônio privado, desde que estejam dentro do alvo da atuação do crime organizado”, analisou.

Presidente da Comissão, Waldemar Borges (PSB) comunicou ter recebido solicitações de órgãos policiais de classe para a realização de uma audiência pública sobre a matéria. O parlamentar informou que, como o projeto tramita em Regime de Urgência, os pedidos não puderam ser acatados. “Estamos sempre abertos ao amplo debate, mas, infelizmente, esta questão restou prejudicada em razão do regime de tramitação”, afirmou.

Na mesma reunião, a Comissão de Justiça ainda aprovou seis proposições, rejeitou 23 por inconstitucionalidade e definiu o relator para uma outra. Duas matérias foram retiradas de pauta a pedido dos autores.

*Do site da Alepe

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