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O pedido de expulsão do novo líder do PSL na Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro foi oficializado nesta quarta-feira (24), segundo a Folha de São Paulo. A representação é assinada pelo ex-líder da sigla na Câmara, Delegado Waldir e demais deputados paulistas, tais como: Joice Hesselmann e Júnior Bozzella, todos integrantes da ala aliada do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar.

Segundo a Folha, o documento ao qual teve acesso, a solicitação feita é que seja destituída a Direção Estadual do partido em São Paulo, atualmente comandada pelo o filho de Bolsonaro. Conforme o trâmite do processo, Eduardo tem cinco dias para oferecer sua defesa, “sob pena de confissão e revelia, considerando-se verdadeiros os fatos”.

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No documento, segundo a Folha, os aliados do presidente nacional do PSL diz que Eduardo tem praticado abuso de poder, quando coloca “seus interesses pessoais à frente do interesses do partido” e ainda o acusam de ter uma atuação antidemocrática na liderança da legenda em São Paulo, ao “desmontar o partido no estado”.

Para justificar seus argumentos os parlamentares asseguram que o filho do presidente da República derrubou de “maneira ilegal” mais de 200 diretórios definitivos e comissões executivas municipais no estado.

 

A comissão parlamentar mista de inquérito que investiga notícias falsas nas redes sociais e assédio virtual aprovou nesta quarta-feira (23) os depoimentos de vários membros do governo federal. Assim como um ex-integrante: o ex-ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria-Geral da Presidência da República, que foi convidado pela CPI mista.

Já dois integrantes do segundo escalão do governo, ambos próximos ao presidente da República, Jair Bolsonaro, foram convocados, o que significa que eles não podem se recusar: Fábio Wajngarten, secretário especial de Comunicação Social da Presidência, e Filipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais.

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A CPI mista aprovou, ainda, convites a dois deputados federais que estiveram no centro da recente crise no PSL, o partido de Bolsonaro. Delegado Waldir (GO), ex-líder da bancada na Câmara, e Joice-Hasselmann (SP), ex-líder do governo no Congresso, também poderão depor. Eles foram removidos das funções ao entrarem em choque com o núcleo do PSL mais próximo de Bolsonaro.

Os requerimentos com esses nomes foram apresentados majoritariamente por parlamentares da oposição. A exceção foi o convite a Santos Cruz, feito pelo deputado Marcelo Ramos (PL-AM). Ele é membro de um partido que integra o chamado “centrão” na Câmara dos Deputados, e foi o presidente da comissão especial da reforma da Previdência.

Em meio às derrotas, os membros da base do governo na CPI mista conseguiram aprovar uma convocação seu interesse: a da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

No total, 67 dos 96 requerimentos na pauta da CPI foram aprovados. A oposição manobrou para impedir a votação em bloco de todos os requerimentos e, em seguida, montar um novo bloco de requerimentos que excluía pedidos dos governistas. Entre os nomes cujo comparecimento não foi votado estão a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro Antonio Palocci, os ex-chefes da Secom Helena Chagas, Thomas Traumann e Franklin Martins e o publicitário João Santana, responsável por campanhas eleitorais do PT.

Outros nomes ligados ao governo que foram convocados incluem o empresário Paulo Marinho, primeiro suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ); o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamentos Havan; o cineasta Josias Teófilo, diretor de um documentário sobre o filósofo Olavo de Carvalho; e o influenciador digital Bernardo Pires Kuster.

A comissão convidou também os jornalistas Luís Nassif e Felipe Moura Brasil, além de representantes de portais especializados em checagem de notícias (como E-Farsas, Aos Fatos, Agência Lupa, Estadão Verifica e Fato ou Fake) e de blogs políticos ligados à oposição (como Revista Fórum, Brasil 247, Brasil de Fato e Diário do Centro do Mundo).

Um convite curioso aprovado pela CPI mista das fake News foi o da senadora americana Elizabeth Warren. Atualmente ela é uma das favoritas à indicação do Partido Democrata para a próxima eleição presidencial dos Estados Unidos, em 2020. A iniciativa foi da deputada Lídice da Mata (PSB-BA).

Representação judicial

Durante a reunião da CPI, o deputado Ivan Valente (PSol-SP) comunicou que o seu partido vai impetrar uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Jair Bolsonaro. Segundo Valente, o processo poderá resultar em denúncia de crime de responsabilidade contra o presidente.

O deputado explicou que é possível ligar ataques virtuais contra parlamentares e membros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao núcleo do governo. Se ficar provado o envolvimento de Bolsonaro, esses atos podem ser enquadrados como ameaças ao funcionamento das instituições do país.

“Existem milícias digitais e centros de disparos em massa através de perfis falsos utilizados ilegalmente. Isso foi confirmado por membros do próprio governo na crise desencadeada no partido”, denunciou Valente.

*Da Agência Senado

 

Nesta segunda-feira (21), em Brasília, o deputado federal Eduardo Bolsonaro foi oficializado como novo líder do PSL na Câmara. Eduardo recebeu o apoio de 28 deputados, sendo que a lista original apresentada pelo líder do Governo, Vitor Hugo (PSL-GO), mostrava que haviam 29 assinaturas. Apenas uma não recebeu a confirmação da Secretaria-Geral da Mesa (SGM) da Casa.

Na lista que referenda o nome do filho do presidente, consta a assinatura dos deputados Coronel Chrisóstomo (RO), Daniel Silveira (RJ) e Léo Motta (MG), que antes apoiavam o agora ex-líder do partido, Delegado Waldir (GO).

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Um vídeo publicado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), no Twitter, mostra o Delegado Waldir afirmando que irá passar todos os assuntos do PSL para Eduardo Bolsonaro e reconhecendo a derrota.

"Estarei à disposição do novo líder para de forma transparente passar para ele toda a liderança do PSL. [...] Não sou subordinado a nenhum governador, a nenhum presidente, mas sim ao meu eleitor", disse. "Nós não rasgamos a Constituição, ainda. E a Constituição prevê que o Executivo não deve interferir no Parlamento", finalizou o deputado.

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A crise entre o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do PSL implodiu o único apoio fiel que o governo tinha na Câmara. Incomodados com a ofensiva do Palácio do Planalto para derrubar o líder da bancada, Delegado Waldir (PSL-GO), deputados do partido ligados ao presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), afirmam que passarão a atuar de forma independente, o que significa contrariar os interesses do governo em alguns casos.

Segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo utilizando a ferramenta Basômetro, que mede o governismo de deputados e partidos, o PSL é o partido que mais deu suporte às propostas de interesse do governo na Câmara. Parlamentares da sigla votaram com Bolsonaro em 99% das vezes - índice superior a DEM e Novo, que deram 94% dos votos alinhados ao governo.

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Entre os temas que os "bivaristas" prometem encampar contrariando interesses do Planalto está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a prisão após condenação em segunda instância e a defesa das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) da Lava Toga e das Fake News.

"Não haverá consenso em todas as pautas com o presidente Bolsonaro, o partido terá seu posicionamento", afirmou Waldir. Segundo ele, o apoio às medidas econômicas, no entanto, está garantido.

Dos 53 deputados do PSL, apenas dez foram 100% fiéis a Bolsonaro até agora. Na lista estão Waldir e Bivar, principais alvos do presidente. "Vamos apoiar as bandeiras de Bolsonaro na campanha e que defendemos também. Mas, se aparecer algum projeto que diverge do que ele defendeu, vamos votar contra", afirmou o deputado Charles Evangelista (PSL-MG).

Parlamentares apontam como exemplo propostas que afrouxam o combate à corrupção. Na lista, a transferência do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiros (Coaf) do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia. A mudança, que representou uma derrota ao ministro Sérgio Moro, foi aprovada pelo Congresso em junho, com aval do Planalto.

"Quando houver flexibilização daquilo que o Brasil quer, merece e precisa, por óbvio que ninguém contará comigo. Eu não faço jogo, não faço esquema", afirmou a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), destituída do posto de líder de governo no Congresso anteontem após não endossar uma lista contra Waldir.

Bolsonaro atuou pessoalmente para retirar o atual líder da bancada e emplacar no lugar o filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Os pedidos do presidente a deputados para que assinassem um documento de apoio a Eduardo foram gravados e divulgados por bivaristas, o que acirrou a crise entre as duas alas do partido.

O pano de fundo da disputa é o controle do PSL, que se tornou uma superpotência ao receber o maior número de votos para a Câmara no ano passado, na onda do "bolsonarismo". Apenas neste ano, a legenda deve receber R$ 150 milhões do Fundo Partidário, o maior valor entre as 32 siglas do País.

Entre os deputados que defenderam a permanência de Waldir na liderança, porém, há quem mantenha a fidelidade ao governo. "Meu apoio ao presidente Jair Bolsonaro é incondicional. Neste momento, o Brasil precisa do nosso trabalho e não de picuinhas que não levam a nada", afirmou a deputada Soraya Manato (PSL-ES).

CCJ

O deputado Felipe Francischini (PSL-PR), que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), afirma que a postura "independente" já era adotada por ele na condução do colegiado - o mais importante da Câmara.

"Eu já tenho independência na CCJ. Até porque hoje tudo o que eu pautei foi porque eu fui atrás", afirmou o parlamentar. "E vou continuar assim. Se a insanidade de alguns está ofuscando a vista para um projeto de nação, não vai acontecer isso comigo."

Nesta semana, em uma reação ao Supremo Tribunal Federal (STF), Fracischini decidiu acelerar a discussão da PEC que prevê a prisão antecipada de réus após condenação em segunda instância. A intenção é se antecipar a uma eventual mudança de entendimento do Supremo, que começou na quinta-feira a julgar três ações sobre o tema.

Embora o governo não tenha se posicionado sobre o assunto, uma postagem anteontem na conta de Bolsonaro no Twitter em defesa da PEC foi apagada. Minutos depois, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente, admitiu ter sido o autor da publicação no perfil do pai, mas sem autorização.

O Planalto tem adotado cautela na relação com o STF e, em alguns casos, atuado para evitar que o Congresso tome medidas que visem atingir ministros da Corte. É o caso, por exemplo, da CPI da Lava Toga, que mira no chamado "ativismo judicial" de magistrados.

O pedido de criação da comissão foi enterrado no Senado com a ajuda do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), primogênito do presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para processar o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO). O deputado federal disse, em áudio vazado de uma reunião interna da legenda, que vai "implodir" o presidente Jair Bolsonaro. Na mesma gravação, Waldir chamou Bolsonaro de "vagabundo".

Ontem, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o deputado repetiu a citação ao termo "vagabundo" e disse ainda que Bolsonaro estaria "comprando" deputados com "cargos e fundo partidário" para colocar o seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), na liderança no partido.

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Segundo uma fonte ouvida reservadamente, a AGU está avaliando as medidas cabíveis. Um dos pontos que devem ser considerados é a questão da imunidade parlamentar.

A reportagem apurou que o uso da AGU para o processo causou mal-estar entre integrantes da instituição. A avaliação é que a entidade não poderia defender algo pessoal do presidente, mas apenas atos oficiais do governo federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Gravado em uma reunião em que chama Jair Bolsonaro de "vagabundo", o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirmou, nesta sexta-feira, 18, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, que o presidente está "comprando" deputados com cargos e fundo partidário para alçar o filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao posto de líder da bancada.

Segundo ele, o governo está parado, "não existe", pois está focado na crise da legenda. "A única finalidade do governo hoje é me derrubar da liderança do PSL." Na entrevista, o deputado repete o xingamento que fez em reunião fechada. "Eu não menti. Ele me traiu. Então, é vagabundo", disse.

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Waldir diz que a ameaça que fez de "implodir" o presidente, gravada na reunião, está relacionada aos áudios em que Bolsonaro tenta convencer deputados a apoiar o nome de Eduardo. O líder do PSL não descarta a possibilidade de isso vir a ser usado como argumento para um eventual pedido de impeachment. "Eles (deputados) precisam analisar se compra de parlamentares para votar a favor do filho é motivo de cassação do presidente".

Afinal de contas, o que o senhor tem para implodir o presidente? O que é essa gravação que o senhor fala no áudio vazado?

A gravação que tem é a que já foi divulgada. É na qual ele pede votos, negociando com parlamentares e comprando a vaga do filho dele na liderança do PSL, oferecendo cargos e fundo partidário.

Acha que vai conseguir se manter como líder da bancada do PSL?

É uma vitória fenomenal eu ainda estar na liderança, considerando que líder do governo, o presidente e ministros estão atuando contra. O governo parou. O governo não existe hoje. A única finalidade do governo hoje é me derrubar da liderança do PSL. A traição vem de onde você menos espera.

A bancada do PSL ainda votará com o governo?

Não haverá consenso em todas as pautas com o presidente Bolsonaro, o partido terá seu posicionamento. Qualquer conduta do presidente de tentar inibir os órgãos de combate à corrupção não terá nosso apoio, como já foi feito com o (Conselho de Controle de Atividades Financeira) Coaf, com enfraquecimento da Polícia Federal, do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a ação do governo em relação à CPMI das Fake News.

Houve uma oferta para a ala dos "bolsonaristas" sair do PSL sem perder o mandato. O senhor concorda com isso?

É uma decisão do presidente (do PSL) Luciano Bivar, não posso falar porque não compete a mim essa decisão.

O Planalto acena com uma saída intermediária, em que o senhor sairia da liderança e eles recuariam de indicar o Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Alguém o procurou? Aceitaria isso?

Eu não saio da liderança. Meu mandato é até janeiro. Só saio se o presidente do PSL, Luciano Bivar, o vice, Antonio Rueda, e todos os parlamentares pedirem. Caso contrário, só em janeiro. Ninguém me procurou para falar sobre isso e eu não topo. E eu não posso falar nada por mim, faço parte de um grupo. Não posso ter atitudes individualistas. Só quando tiver uma decisão desse grupo é que podemos dialogar. Mas como você acha que esse grupo poderia querer isso se, nesse momento, eles (governo) estão ligando para parlamentares.

O governo continua ligando?

Continua. O líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (GO), acabou de ligar para um deputado durante a reunião do partido, o Abou Anni (PSL-SP). Ele ligou e o Abou me mostrou que estava ligando para pedir o nome na lista deles. Eles não querem trégua. Estão fingindo, querendo ganhar tempo para fazer o líder.

O que Bolsonaro tem de fazer para recompor sua base no Congresso?

Ele nunca teve base no Congresso. Tinha 53 deputados que votaram com 98% de fidelidade.

Ele vai ter ainda esses 53?

Em algumas pautas sim, em outras não.

Depois de chamar o presidente de vagabundo, há chances para retomar a relação?

Eu não menti. Ele me traiu. Se precisar, eu repito dez vezes. Eu fui um dos quatro votos para ele (na disputa pela presidência da Câmara, em 2016), contrariando meu partido na época, o PR. Votei no Bolsonaro. Recusei R$ 2,5 milhões de emendas parlamentares na época e vim para o PSL. Andei 246 municípios no sol. Fui chamado de louco ao defender Bolsonaro. Ele nunca me recebeu e agora me traiu ao pedir ao Bivar, por proposta do Major Vitor Hugo e do governador de Goiás Ronaldo Caiado, o diretório do Estado. Então, é vagabundo.

Tem alguma chance de retomar a relação com o Bolsonaro?

Ele é quem tem que pensar o que tem que fazer. Eu não guardo ódio de ninguém não, mas a conduta dele em relação a mim...eu nunca fiz nada para ele, sempre fui fiel. É só olhar minhas redes sociais e veja se há um ataque sequer a ele.

O que pretende fazer caso Eduardo assuma a liderança, já que governo está se articulando de novo?

Eu não vou fazer nada, quem vai fazer é o partido. O partido inclusive já fez agora suspendendo cinco parlamentares que não têm mais direito a voto. Isso já foi notificado para Câmara.

Em relação ao deputado Daniel Silveira (RJ) que gravou o senhor, o que pretende fazer?

Ele não atacou ao partido, atacou ao Parlamento, ao gravar vários deputados. Isso é Conselho de Ética e apuração criminal. Vamos pedir, assim como foi feito com Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara, atualmente preso), que é a cassação. O PSL vai fazer esse pedido.

O senhor disse em entrevistas que Bolsonaro tinha problemas no "quintal dele". A que estava se referindo?

Ué, é o filho dele. Qual é que tem problema e está sendo investigado?

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)?

Sim.

Bolsonaro pode sofrer impeachment por causa dos filhos?

Isso temos de aguardar. Quem decide isso é o Parlamento. Se algum partido fizer uma proposta, cabe ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se leva para plenário ou não. Não é decisão minha. Eles precisam analisar se compra de parlamentares para votar a favor do filho é motivo de cassação do presidente. Isso depende de outros fatores.

A crise afeta votações no Congresso? Isso não terá impacto na economia?

Não vamos prejudicar em nenhum momento o povo brasileiro. Acima dos interesses partidários, existem os interesses do País. Vamos votar todas as pautas econômicas. São teses que sempre defendemos, reforma tributária, administrativa e tudo mais que for pauta de interesse do Brasil.

O senhor põe a mão no fogo por Bolsonaro?

Eu só coloco a mão no fogo pela minha mãe.

Um dos principais personagens da atual crise do PSL, o líder da bancada do partido na Câmara, Delegado Waldir (GO), acusou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), de tentar destituí-lo do comando da direção estadual do PSL no Estado, juntamente com o deputado Major Vitor Hugo (GO), líder do governo na Câmara. Waldir e Vitor Hugo são adversários políticos.

"O presidente da República Jair Bolsonaro está pessoalmente interferindo para me tirar da liderança, junto com o líder do governo, Vitor Hugo, e com o governador Ronaldo Caiado. Eles trabalham para me retirar do diretório de Goiás", afirmou.

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Ele disse ainda que essa tentativa ocorre nos últimos três meses. "Eles pediram para o presidente da República e Bolsonaro determinou ao Luciano Bivar presidente do PSL, mas isso não foi concretizado", afirmou.

O líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), informou há pouco, em coletiva de imprensa, que o governo continua a buscar assinaturas de deputados para trocar a liderança do PSL.

Ele apelou a deputados que estavam indecisos e assinaram ao mesmo tempo listas que apoiavam o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o atual líder, deputado Delegado Waldir (PSL-GO). “Em função do diálogo e da cobrança dos eleitores nas redes sociais, existe a possibilidade de que esses deputados migrem para este lado. É simplesmente uma reavaliação política. As listas estão aqui na liderança do governo”, disse Vitor Hugo.

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Três deputados assinaram as três listas na disputa pela liderança do PSL: Coronel Chrisóstomo (PSL-RO), Daniel Silveira (PSL-RJ) e Professor Joziel (PSL-RJ). As duas listas apresentadas ontem em apoio ao deputado Eduardo Bolsonaro tiveram 27 assinaturas cada, mas apenas 24 a 26 foram confirmadas pela Secretaria-Geral da Mesa. Já a lista de apoio ao Delegado Waldir tinha 31 assinaturas, sendo 29 confirmadas pela SGM.

Vitor Hugo lamentou as supostas críticas de Delegado Waldir ao presidente Jair Bolsonaro, divulgadas em áudio nas mídias sociais. “É uma atitude infeliz. Estamos buscando a estabilidade”, declarou.

O líder do governo lembrou que o PSL tinha apenas um deputado eleito na legislatura passada. “O presidente foi eleito com 57 milhões de votos. Todos nós fomos eleitos apoiando as ideias do presidente, que tiveram grande eco na população brasileira. É muito incoerente agora ver vários deputados se voltando contra o presidente em um momento extremamente difícil”, afirmou.

*Da Agência Câmara Notícias 

O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) admitiu ter gravado a reunião da bancada do PSL em que o líder do partido, Delegado Waldir (GO), chama Jair Bolsonaro de "vagabundo" e fala que vai "implodir o presidente". De acordo com o parlamentar, o objetivo foi "blindar" Bolsonaro na guerra declarada contra o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE).

"Era uma estratégia pensada. Eu, Carlos Jordy (PSL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF). Todo o grupo do Jair para gente poder blindar o presidente", afirmou Silveira.

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De acordo com o parlamentar, a estratégia foi pensada em reunião de Bolsonaro com 20 deputados da qual participou ontem, por volta das 16h, no Palácio do Planalto. Lá, eles iniciaram o plano de se infiltrar no grupo de parlamentares ligados a Bivar. Naquele momento, "bolsonaristas" e "bivaristas" travavam uma disputa na Câmara para recolher assinaturas. De um lado, os aliados de Bivar tentavam manter Waldir no posto, enquanto a ala ligada ao presidente tentava emplacar Eduardo Bolsonaro como líder.

Silveira e outros dois deputados foram para a reunião no gabinete da liderança do PSL. Para convencer que estava do lado de Waldir, ele assinou uma lista de apoio ao líder do PSL. Após gravar a conversa, Silveira voltou ao Planalto e mostrou a Bolsonaro a gravação. "Ele ficou p... da vida", afirmou à reportagem.

O deputado tem experiência em trabalhar disfarçado. Quando era membro da Polícia Militar do Rio, ele atuou na área do Serviço de Inteligência, a chamada P2. A unidade é especializada em atuar disfarçado, muitas das vezes infiltradas, em organizações criminosas para buscar provas de crimes.

"Vou implodir o presidente"

Na reunião gravada por Silveira, ocorrida no fim da tarde de ontem no gabinete da liderança do PSL na Câmara, deputados relataram que estavam sendo pressionados por Bolsonaro a assinar a lista para destituir Waldir e apoiar o nome de Eduardo Bolsonaro como líder da bancada. O áudio do encontro, gravado por um dos presentes, foi obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo.

"Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Não tem conversa. Eu implodo ele. Eu sou o cara mais fiel. Acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu andei no sol em 246 cidades para defender o nome desse vagabundo", afirma Waldir. Logo em seguida, alguém não identificado o alerta: "Cuidado com isso, Waldir."

Embora o grupo ligado a Bolsonaro tenha apresentado uma lista com 27 nomes para destituir Waldir, a Câmara não aceitou todas as assinaturas e o manteve na liderança. No áudio, Waldir diz que pretende expulsar "um por um" dos que assinaram o documento contra ele.

Quatro deputados do PSL assinaram ao mesmo tempo os pedidos para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fosse líder da bancada do partido na Câmara e também puseram os próprios nomes na solicitação para que o líder Delegado Waldir (PSL-GO) permanecesse no cargo.

Os nomes que aparecem em todos os três documentos da "guerra de listas" do PSL são os dos deputados Daniel Silveira (RJ), Luiz Lima (RJ), Coronel Chrisóstomo (RO) e Professor Joziel (RJ). Segundo Silveira, a assinatura em todas as listas foi uma estratégia. Ele, que faz parte do grupo de parlamentares que apoiam o presidente Jair Bolsonaro, disse que a ideia foi deixar o outro grupo "relaxado" de que já tinham maioria e parasse de coletar mais adesões. Silveira afirma ainda que novas listas devem ser protocoladas pelo grupo que quer Eduardo Bolsonaro como líder.

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No entanto, hoje, a Casa já bateu o martelo sobre os documentos registrados ontem, 16, e manteve Delegado Waldir na liderança. A tática feita pelo grupo "bolsonarista" nesta quarta-feira de inscrever duas relações com requerimentos de destituição de Delegado Waldir e a nomeação de Eduardo Bolsonaro para a função falhou.

Ao conferir as assinaturas no documento, a Secretaria-Geral da Mesa Diretora invalidou um nome na primeira tentativa e três na outra. Com isso, o papel apresentado pelo grupo ligado ao presidente nacional da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), teve um maior número de nomes e prevaleceu, com o pedido de manutenção de Delegado Waldir. A Secretaria-Geral da Mesa formalizou nesta tarde a decisão de mantê-lo na função.

A quebra de braço dentro do PSL vem ganhando novos capítulos a cada momento. Os líderes do partido estão medindo forças inclusive dentro da Câmara dos Deputados e na tentativa de manterem e mostrarem força dentro da Casa, os apoiadores do presidente Bolsonaro estão articulando a queda do líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir. Por outro lado, os aliados do deputado conseguiram manter sua permanência como líder da sigla na Casa.

Na manhã desta quinta-feira (17) um áudio atribuído a Bolsonaro foi divulgado. Agora foi a vez de vazar uma gravação (obtida pela TV Record) em que o Waldir diz que vai implodir o presidente: “Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Eu tenho a gravação. Não tem conversa, não tem conversa. Eu implodo o presidente. Acabou o cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo”, afirma Waldir. 

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Ameaçado de expulsão do PSL, o deputado federal Bibo Nunes (RS) saiu nesta quinta-feira, 17, em defesa do presidente Jair Bolsonaro e afirmou que ele teria tido uma atitude imparcial diante da composição do partido. Um áudio gravado nesta quarta-feira, 16, que veio a público mostra o presidente pedindo apoio a deputados do PSL para destituir o líder do partido na Câmara, delegado Waldir e substituí-lo por Eduardo Bolsonaro (SP). "O presidente não lig ou para ninguém. Ele recebeu a ligação passada por outro."

O deputado, que reuniu-se na manhã desta quinta com o secretário de governo, Luiz Eduardo Ramos Pereira, afirmou ainda que o presidente não queria o nome de Eduardo para a liderança. "Ele foi taxativo", disse o deputado sobre o presidente. "Ele é meu filho e não vai ser bom", teria dito o presidente, de acordo com Nunes. Ainda de acordo com o deputado, o nome de Eduardo foi aceito como uma opção temporária, para que o partido ganhasse tempo até dezembro. Diante desse cenário, completou Nunes, o presidente teria aceitado a opção.

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Nunes criticou o deputado que vazou a gravação do diálogo do presidente Bolsonaro. "A carreira dele está acabada". Para o deputado, as declarações contidas no áudio que mostram que o presidente opinava sobre substituição do deputado Waldir, são normais. "Conversando, o presidente é incisivo, é normal" disse, para mais tarde completar. "Ele é contundente, é o estilo dele."

De acordo com o deputado, a permanência de Eduardo Bolsonaro na liderança teria como objetivo principal "apaziguar" os ânimos do partido. A indicação do deputado para a embaixada, ficaria para depois.

Nunes está em rota de colisão com a presidência do PSL e é ameaçado de expulsão. "Essa briga começou há três meses. Perdi tudo", disse. "Só que promete me expulsar e não expulsa, porque não tem motivo. Mas se me expulsar é uma honra. Uma placa de ouro sair do PSL que é contra os princípios do Bolsonaro."

O deputado Delegado Waldir (PSL-GO) segue como o líder da bancada do PSL na Câmara. A Secretária Geral da Mesa validou a lista que pedia a manutenção de seu nome na função. O que contou no final foi o número de assinaturas em cada uma das listas protocoladas na quarta-feira, 16.

A mesa validou 26 e 24 assinaturas para a primeira e terceira listas protocoladas na noite de quarta que pediam a destituição de Waldir e a nomeação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como líder.

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Esses dois documentos foram feitos por deputados ligados ao presidente da República, Jair Bolsonaro, pai de Eduardo.

Já a segunda lista, feita por deputados ligados ao presidente do partido Luciano Bivar (PE), contabilizou 29 assinaturas válidas, o que dá a maioria da bancada que é composta atualmente por 53 deputados.

A decisão oficial da Câmara deve ser publicada em breve.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esclareceu nesta quinta-feira (17) que caberá à Mesa Diretora da Casa a checagem da validade das listas de assinaturas do PSL para a determinação da liderança do partido. A decisão da Mesa sobre a liderança do partido deve sair nas próximas horas, disse o parlamentar.

Na quarta-feira (16), um grupo de 27 deputados do partido protocolou um pedido de destituição de Delegado Waldir (GO) e a nomeação de Eduardo Bolsonaro (SP) para a função. Em um contra-ataque, o grupo de deputados do PSL ligado ao presidente do partido Luciano Bivar (PE), protocolou no fim da noite uma segunda lista na Câmara pedindo a manutenção de Waldir como líder da bancada. Eles alegam ter 32 assinaturas.

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"A secretaria geral da Mesa checará as listas apresentadas pelo PSL. Quem decide se as assinaturas são válidas é a Mesa, e não o presidente da Casa. A decisão da Mesa (sobre liderança do PSL) deve sair nas próximas horas", disse Maia, após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Segundo Maia, a disputa interna do partido do presidente Jair Bolsonaro não deve atrapalhar o andamento da agenda econômica pós-reforma da Previdência no Congresso. "Primeiro, porque eu acho que isso não será um problema por muito tempo. E brigas internas de partido A ou B não devem atrapalhar o ambiente de modernização e eficiência do Estado no parlamento", completou.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) aparece em um áudio, revelado pelas revistas Época e Crusoé, fazendo articulações para a retirada do deputado Delegado Waldir (GO) do posto de líder do PSL na Câmara. Waldir tem se colocado a favor do presidente nacional do partido, deputado Luciano Bivar (PE), e vem criticando atitudes de Bolsonaro. 

"Olha só, nós estamos com 26, falta só uma assinatura pra gente tirar o líder, tá certo, e botar o outro. E gente acerta, e entrando o outro agora, em dezembro tem eleições para o futuro líder a partir do ano que vem", diz o presidente na gravação.

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"A maneira como tá, que poder tem na mão atualmente o presidente, o líder aí? É o poder de indicar pessoas, de arranjas cargo no partido, é promessa pra fundo eleitoral pro caso das eleições... é isso que os caras têm. Mas você sabe que o humor desses caras muda, de uma hora pra outra, muda", acrescenta Bolsonaro. 

Ouça a gravação completa:

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De acordo com as regras da Câmara dos Deputados, o líder partidário é escolhido através de um documento assinado pela maioria absoluta dos membros da bancada e encaminhado ao presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Na noite dessa quarta, o líder do governo da Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), anunciou que 27 deputados assinaram um requerimento para que o novo líder do PSL fosse o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente. Logo depois, o Delegado Waldir apresentou um documento com 31 assinaturas asseverando seu nome e solicitando a retomada da liderança

Em um contra-ataque, o grupo de deputados do PSL ligado ao presidente do partido Luciano Bivar (PE), protocolou no fim da noite desta quarta-feira (16), uma segunda lista na Câmara pedindo a manutenção do deputado Delegado Waldir (GO) como líder da bancada. Eles alegam ter 32 assinaturas.

Um pouco antes, um grupo de 27 deputados do partido havia protocolado um pedido de destituição de Waldir e a nomeação de Eduardo Bolsonaro (SP) para a função. Ambos documentos precisam ainda passar por uma checagem de assinaturas e, depois, pelo aval do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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Um grupo de 27 deputados do PSL protocolou na noite dessa quarta-feira (16) um pedido de destituição do líder da bancada na Câmara, Delegado Waldir (GO), da função. Eles pedem que Eduardo Bolsonaro (SP) seja colocado no cargo. As assinaturas do documento precisam ainda ser checadas pela Casa para que o ato seja consolidado. Se forem conferidas, Waldir terá de deixar a posição já que o grupo configura a maioria da bancada que é de 53 parlamentares.

"A decisão foi da maioria dos deputados que decidiram em função de todo o tensionamento que tem acontecido, dos posicionamentos do líder anterior que contrariavam a posição do governo", disse o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (GO). Ele citou a obstrução à votação da medida provisória 886 feita por Waldir na sessão da Câmara de terça-feira (15).

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Questionado se o presidente Jair Bolsonaro foi consultado sobre o assunto, Vitor Hugo disse que isso não era assunto para ele comentar. "Estamos caminhando para paz a partir disso", afirmou.

Eduardo Bolsonaro afirmou que o partido está aos poucos "aprendendo a jogar o jogo político". "Inicialmente eu não queria ser líder, mas é um nome que tem maior convergência dentre os deputados. Meu compromisso aqui é ficar até dezembro que é quando teremos eleições no partido. Minha intenção é manter o status quo", afirmou Eduardo.

"Muitos deputados foram retirados de comissões. Ocorreu uma retaliação e pareceu que é estava se fazendo política com o fígado", afirmou Eduardo. "Estou vindo para tentar colocar um pouco de panos quentes", disse. "Todos os temas como a embaixada ou a viagem agora para Ásia são temas secundários".

Mais cedo, Delegado Waldir havia dito que o presidente da República, Jair Bolsonaro, estava pressionando parlamentares para destituí-lo da liderança da bancada e colocar no lugar Eduardo Bolsonaro. "Há interferência direta do presidente da República, que quer a minha destituição da liderança do PSL", afirmou Waldir. "O presidente da República está ligando para cada parlamentar e cobrando o voto no filho do presidente", afirmou.

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), voltou a dizer que o partido não vai expulsar nenhum parlamentar, mesmo que alguns dos deputados tenham atacado o partido, ele e o presidente da legenda, Luciano Bivar (PE). Ele negou também que vá haver qualquer retaliação do partido em relação ao governo do presidente Jair Bolsonaro. "Continuamos defendendo o governo, somos Bivar, somos Bolsonaro", disse.

Waldir disse ainda que, apesar da crise, não há uma divisão no partido. "Foi criada uma tempestade que não foi criada por mim e nem pelo partido", disse. "Nós somos todos bolsonaristas", disse.

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Ele reforçou que o partido sempre acompanha o governo. Questionado porque então havia orientado obstrução na votação de hoje da MP 886, ele disse que havia feito isso para que parlamentares não levassem faltas. "Os parlamentares em sua maioria estavam em reunião aqui na liderança e para que eles não levassem faltas eu tive de sair correndo aqui para obstruir, mas já vou lá e vou adequar essa orientação", disse.

Ele afirmou ainda que o PSL está "tranquilo" em relação à operação da Polícia Federal que teve como alvo hoje o Luciano Bivar. "Vamos aguardar os resultados".

Waldir, no entanto, voltou a sinalizar que a operação da Polícia Federal já era sabida por algumas pessoas e disse estranhar a ação. "É muito estranho. Me parece que algumas pessoas já sabiam uma semana antes", disse. Ele questionou também porque a polícia demorou tanto tempo para se fazer uma busca. "Você faz a busca logo no começo da investigação. Depois é circo", disse.

Após o deputado Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara, se unir à oposição para tentar obstruir a medida provisória que trata sobre a reformulação da estrutura do Poder Executivo e mexe com pontos sensíveis como o antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), deputados bolsonaristas iniciaram um movimento para destituir o parlamentar da função.

O movimento foi comandado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) e pelo deputado Filipe Barros (PSL-GO) que coletavam assinatura da bancada para tirar Waldir do cargo. O líder tem papel fundamental na estrutura da Câmara. A pauta de votações da Casa é discutida na reunião de líderes.

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Além disso, o líder tem a prerrogativa de orientar o partido, participar dos trabalhos de qualquer comissão (mesmo daquelas em que não for integrante); indicar membros da bancada que irão integrar as comissões; registrar candidatos a cargos da Mesa e inscrever membros da bancada para comunicações parlamentares.

A tentativa de derrubar Waldir é mais um capítulo da crise interna do PSL que foi agravada nesta terça-feira após a Polícia Federal deflagrar uma operação contra o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE).

Integrantes da alta cúpula do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, afirmam que há a possibilidade do deputado federal Alexandre Frota, também do PSL, ser expulso da sigla nesta terça-feira (13).

Há semanas que Frota vem se destacando com contrapontos à diretrizes do partido, criticando atitudes de Bolsonaro e sendo alvo de comentários negativos de parlamentares da sigla.

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O situação, inclusive, já fez com que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o convidasse a fazer parte de seu partido. De acordo com a Folha de S. Paulo, pessoas próximas ao presidente indicam que Bolsonaro ‘lavou as mãos’ neste caso. 

O argumento seria que Frota já está em uma situação insustentável dentro do partido. Entretanto, o líder do partido na Câmara, Delegado Waldir, afirma que Frota já foi punido ao ser retirado de postos na liderança da legenda e em comissões importantes. O Delegado Waldir acredita que “mais do que isso, acho que seria um excesso”.

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