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O Sistema Prisional feminino de Pernambuco foi escolhido pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para a implantação do projeto-piloto da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Implementação de Programa para Detecção da Infecção pelo HIV/aids e Sífilis em Prisões Femininas com Ênfase na Prevenção da Transmissão Materno Infantil é o nome do projeto da Fiocruz.

Os trâmites para o início da implantação do projeto foram discutidos em reunião remota, realizada na quinta-feira (8), com representantes da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), poder judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça, Depen e grupos de monitoramento do sistema carcerário.

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A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, por meio da Seres, em parceria com a Secretaria de Saúde e Pernambuco (SES/PE), desenvolverá o projeto de extensão na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL) e na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), ambas na Região Metropolitana do Recife. 

“A escolha do Estado como piloto mostra o reconhecimento do avanço das políticas de saúde no encarceramento feminino, resultado dos investimentos do governo estadual”, destacou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. As duas unidades prisionais servirão de referência para a implantação das atividades em outros estabelecimentos penais femininos, após adequação às especificidades de cada local.

O objetivo do estudo é contribuir para a redução da frequência de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) entre mulheres encarceradas, com ênfase na saúde das gestantes e na prevenção da transmissão vertical (de mãe para filho). 

A redução será possível com o aumento da detecção e tratamento precoces das infecções e gravidezes entre mulheres presas. A previsão é que o trabalho seja colocado em prática até dezembro deste ano. Profissionais de saúde da SES e da Seres, que atuam no sistema prisional, participarão de oficinas e treinamentos, bem como, haverá adequações de plataformas digitais.  

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) divulgou, nesta terça-feira (5), concurso público com 309 vagas. Os cargos oferecidos são de especialista federal em assistência penitenciária e agente federal de execução penal. Os profissionais receberão remuneração que pode chegar a R$ R$ 6.030,23.

As inscrições devem ser realizadas pelo site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) entre os dias 15 de maio e 5 de junho. A taxa de participação é de R$ 130 para agente e R$ 120 para especialista.

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Os candidatos passarão, na primeira fase da seleção, por prova objetiva, prova discursiva, exame de aptidão física, avaliação de saúde, avaliação psicológica e investigação social. Já na segunda etapa, os aprovados passarão por curso de formação.

Já as provas objetivas serão aplicadas em 6 de setembro em diversos locais do Brasil. Das oportunidades oferecidas, há vagas para negros e pessoas com deficiência. Mais informações podem ser obtidas por meio do edital de abertura do processo seletivo.

A bancada pernambucana no Congresso Nacional se reuniu, nesta quarta-feira (15), com o diretor do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, Marcos Severo, e o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico. No encontro, os parlamentares discutiram a liberação de recursos da emenda impositiva apresentada pelo colegiado para melhorias na política de segurança pública e construção e ampliação de presídios no Estado. 

O recurso previsto pela emenda impositiva, com a obrigatoriedade de execução do Governo Federal, é de R$ 60 milhões. O diretor Marcos Severo se colocou à disposição para encaminhar os projetos que devem ser apresentados pelos parlamentares para a utilização da verba. Uma audiência com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, deve ser marcada na próxima semana para garantir o empenho dos recursos no Orçamento.

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Da bancada, participaram da reunião os senadores Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT), além dos deputados federais Carlos Eduardo Cadoca (PCdoB) e João Fernando Coutinho (PSB), que são coordenadores da bancada, e Ricardo Teobaldo (PTN), Zeca Cavalcanti (PTB), Adalberto Cavalcanti (PTB), Jorge Corte Real (PTB), Creuza Pereira (PSB) e Gonzaga Patriota (PSB).

“Pernambuco tem hoje um déficit de 20 mil vagas no sistema prisional. É um passivo histórico, que precisa ser tratado de forma suprapartidária, pois é uma situação dramática, urgente, que deve ser enfrentada para que a população pernambucana possa recuperar a tranquilidade”, avaliou Armando, durante a reunião.

O monitoramento de detentos por meio de tornozeleiras eletrônicas é insuficiente para reduzir o número de presos provisórios no País, que são 41% do total e constituem um dos principais fatores de superlotação nas cadeias. A conclusão é de um estudo divulgado nesta terça-feira, 8, pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça.

Em mais de 86% dos casos, de acordo com o levantamento, o sistema é utilizado em indivíduos que já foram condenados. A tecnologia ainda é pouco adotada por juízes para casos de medidas protetivas de urgência - como as enquadradas na Lei Maria da Penha, por exemplo - ou medidas cautelares diferentes da prisão.

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Dos 18.172 monitorados nos 17 Estados que já adotam a política, apenas 2.175 estão aguardando julgamento. "Observamos que a monitoração eletrônica não vem se configurando como uma alternativa à prisão, mas como um instrumento aliado aos movimentos de controle social e de recrudescimento do poder punitivo", diz o documento, uma parceria do Depen com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com base em dados de fevereiro a julho deste ano.

Apesar de estar previsto em lei desde 2010, o sistema ainda não foi implementado em dez unidades de federação. Santa Catarina e Sergipe estão na fase de testes. Já Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte têm projetos em andamento. O Amapá é o único Estado em que não há sequer prognóstico de funcionamento.

O diretor-geral do Depen, Renato de Vitto, aponta as tornozeleiras como um instrumento de desencarceramento e inserção social. "A política deve ter como destinatário o preso provisório, ou seja, aquela pessoa que não necessariamente precisa estar no ambiente carcerário. Ela pode ser monitorada de uma forma mais barata e inteligente, com possibilidade menor de reincidir".

O serviço custa, em média, R$ 301,25 mensais por pessoa. Nas cadeias, este valor é oito vezes maior. Porém, como o monitoramento prevalece na execução penal - isto é, presos já condenados -, isso pode implicar em gastos duplicados. "O projeto aumenta os custos com a execução penal sem auxiliar no reajuste da população dos presídios, uma vez que não retira do cárcere quem lá não deveria estar e não impede o ingresso de quem não deva ser preso", aponta a pesquisa.

O diagnóstico destaca, ainda, que a política de monitoramento no País poderia ser ampliada em cerca de 55%. Em todo o País, a capacidade máxima de pessoas que podem ser observadas simultaneamente é 40,4 mil pessoas, mas pouco mais de 18 mil usam a tornozeleira. O Maranhão, por exemplo, tem 1,8 mil "vagas", mas só 110 pessoas são monitoradas.

Segundo a consultora Izabella Pimenta, responsável por elaborar a pesquisa, para qualificar o serviço é necessário um modelo de gestão que supere "o viés repressivo" e coloque "a pessoa monitorada como sujeito central da política", disponibilizando equipe psicossocial para acompanhamento e estabelecendo novas formas de lidar com possíveis descumprimentos das normas.

O estudo traz exemplos de deficiências no atendimento aos presos, como falta de espaço e estrutura, e critica o fato de que, em alguns Estados, as centrais de monitoramento trabalham com metas de produtividade, desconsiderando o fato de que a saída do perímetro permitido para circulação pode ser "justificável" (como um hospital, fórum ou delegacia), evitando notificações e lançamento de fuga. Porém, "em algumas situações, um bom dia de trabalho (...) pode ser aquele que apresenta muitas violações e, portanto, muitos acionamentos da polícia", afirmam os pesquisadores no estudo.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou que exista uma crise no Departamento Penitenciário Nacional (Depen), onde nove diretores pediram demissão, alegando que estava ocorrendo interferência política no trabalho deles.

"Não vejo nenhuma crise. Eu vejo uma situação normal da vida administrativa em que quando um novo comandante de órgão chega, trabalha com as pessoas que acha que deve trabalhar e aí há uma mudança absolutamente normal da vida administrativa", justificou o ministro ao jornal O Estado de S. Paulo.

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A diretora do Sistema Penitenciário Federal, Dominique de Castro Oliveira, foi a primeira a pedir demissão, mas ainda permanecerá no cargo até a semana que vem. Também pediram demissão os diretores dos quatro presídios federais - Catanduvas (PR), Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Mossoró (RN).

Uma das alegações dos demitidos era que o novo diretor do Depen, Renato Campos Pinto, estaria descumprido ordens judiciais, como a lei 12.654/2013, que ordena a identificação por DNA de presos condenados por crimes violentos.

"Não houve nenhum descumprimento de ordem judicial e essa questão de coleta de material genético de acordo com a nova lei está sendo combinada com a própria Polícia Federal, com a direção da Polícia Federal. Para que você possa cumprir a lei você tem de ter uma série de requisitos, treinamento de peritos, há todo um diálogo com a Polícia Federal. E obviamente quem tem de comandar esse processo é o diretor do departamento do Depen, esse novo diretor", justificou o ministro.

Segundo o Ministério da Justiça, o Depen fez uma consulta à Polícia Federal "sobre a possibilidade de atender a coleta de material genético, conforme prevê a lei e, em resposta, a PF informou que está providenciando diligências para atender a demanda o mais rápido possível".

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) realizará um concurso público para o preenchimento de vagas em cargos de níveis superior e médio, do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça. De acordo com o edital do processo seletivo, os selecionados atuarão em uma das quatro penitenciárias federais localizadas nas cidades de Catanduvas-PR, Campo Grande-MS, Mossoró-RN e Porto Velho-RO. No total, existem mais de 130 vagas disponíveis.

As inscrições poderão ser feitas do dia 10 deste mês até 3 de junho, por meio do endereço eletrônico da organização da seleção. O valor da taxa de inscrição para as funções de especialista em assistência penitenciária é de R$ 90. Para os cargos de agente penitenciário a taxa custa R$ 85 e R$ 70 para o cargo de técnico de apoio à assistência penitenciária.

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Entre as etapas do concurso estão provas objetivas de conhecimentos básicos e específicos, avaliação discursiva, avaliação médica e psicológica, além de investigação social e curso de formação profissional. Com duração de 4h30, as provas objetivas e discursivas serão realizadas no dia 4 de agosto, no período da tarde. Segundo o edital da seleção, a previsão é que no dia 24 de julho sejam divulgados no Diário Oficial da União os locais e horários de realização dos exames.

A validade do concurso será de um ano, contando a partir da data de publicação da homologação do resultado final do curso de formação. Poderá ocorrer prorrogação pelo mesmo período. As remunerações salariais para os selecionados podem chegar a mais de R$ 3 mil, a depender do cargo ocupado. Confira abaixo as funções disponíveis e a quantidade de vagas: 

Nível superior: especialista em assistência penitenciária - clínica geral (4), especialista em assistência penitenciária - enfermagem (6), especialista em assistência penitenciária - farmácia (1), especialista em assistência penitenciária - odontologia (4), especialista em assistência penitenciária - pedagogia (3), especialista em assistência penitenciária - psicologia (5), especialista em assistência penitenciária - psiquiatria (4), especialista em assistência penitenciária - serviço social (6), especialista em assistência penitenciária - terapia ocupacional (1);

Nível médio: agente penitenciário federal (100), técnico de apoio à assistência penitenciária - técnico em enfermagem (4).

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