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Promotores suecos acusaram ativista Greta Thunberg de desobedecer a aplicação da lei em um protesto em Malmö, a terceira maior cidade da Suécia, no mês passado. O jornal local Sydsvenskan informou na quarta-feira, 5, que Greta foi detida com outros ativistas depois que eles bloquearam o tráfego do porto de Malmö, em 19 de junho.

Um breve comunicado da promotoria sueca informou que uma "jovem" foi acusada de desobediência porque "se negou a cumprir as ordens policiais de abandonar o lugar" durante o protesto. A declaração não identificou a mulher, mas a porta-voz da Autoridade de Promotoria Sueca, Annika Collin, confirmou que se tratava de Greta.

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"Hoje, pelo terceiro dia consecutivo, jovens ativistas de @tatillbakaframtiden bloquearam navios petroleiros no porto de Malmö. A crise climática já é uma questão de vida ou morte para inúmeras pessoas. Escolhemos não ser espectadores e, em vez disso, parar fisicamente a infraestrutura de combustível fóssil. Estamos reivindicando o futuro", escreveu Greta em uma publicação feita durante os dias da manifestação.

O jornal Sydsvenskan disse que a ativista sueca de 20 anos será chamada a julgamento no final de julho. A promotora Charlotte Ottosen afirmou ao jornal que o crime de desobediência é normalmente punível com multas. A assessoria de imprensa de Greta Thunberg não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da reportagem.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, abriu, nesta segunda-feira (29), um boletim de ocorrência (BO) após ser hostilizado no domingo (30) por um vizinho no prédio onde mora em Brasília. Segundo a assessoria do ministro, ele foi chamado de "ladrão" e o caso foi registrado como desacato.

De acordo com o site Metrópoles, a polícia pretende ouvir o acusado ainda nesta segunda-feira. O homem deverá assinar um Termo Circunstanciado, relacionado a crimes de menor relevância, com pena máxima de dois anos ou multa.

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O secretário-executivo da pasta de Dino e interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, prestou solidariedade ao ministro nas redes sociais. "Não adianta gritar. A lei será cumprida. A Constituição prevalecerá. A democracia triunfará. O Brasil voltará a ser feliz, sem medo e com muita coragem", escreveu Cappelli.

A Polícia Federal conduziu à Superintendência da corporação no Distrito Federal dois homens que desacataram agentes da equipe de segurança do vice presidente eleito Geraldo Alckmin na noite desta quarta-feira, 23. O crime ocorreu após um dos detidos abordar Alckmin no saguão do hotel JK, em Brasília, afirmando que o político seria uma 'vergonha'.

Depois da hostilidade ao vice presidente eleito, dois integrantes da equipe de segurança de Alckmin afastaram o homem que proferiu a ofensa, identificado como Rosemário. Ele então chamou de 'vagabundo' o líder do grupo da PF, por estar 'defendendo bandidos'.

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Em seguida, se aproximou dos policiais um outro homem, identificado como Alcides Werner, agente de Polícia Federal aposentado. Este teria passado a discutir com a equipe de segurança de Alckmin. Após ter sido informado que se tratava de uma equipe da PF, Alcides teria afirmado: "Polícia Federal é o caralho".

Nesse momento, os agentes consideraram que foi 'escalada sobremaneira os ânimos da ocorrência' até com o 'início da adesão de terceiros, o que poderia ter ocasionado situação ainda mais crítica', indica o registro de ocorrência.

Rosemário e Alcides foram então levados à Superintendência da PF no Distrito Federal. Lá o caso foi registrado pouco antes das 17h desta quinta-feira, 24. Foi lavrado termo circunstanciado de ocorrência por desacato a equipe de segurança, a dupla assinou o documento e depois foi liberada.

Ex-assessor do ex-presidente dos EUA Donald Trump, Steve Bannon foi declarado culpado de desacato ao Congresso nesta sexta-feira, 22, em uma vitória ao Departamento de Justiça e ao comitê da Câmara que investiga o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio, sede do Poder Legislativo americano.

O júri federal emitiu veredictos de culpado nas duas acusações de desacato que ele enfrentou por desafiar ilegalmente uma intimação emitida pelo comitê que investiga o caso, que buscava documentos e testemunhos. Bannon será sentenciado em uma audiência em outubro e enfrentará uma pena mínima de 30 dias e um máximo de um ano de prisão por cada acusação.

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Nas alegações finais, a promotora Molly Gaston disse que Bannon "despreza nosso sistema de governo e acha que não precisa seguir as regras". Evan Corcoran, um dos advogados de defesa de Bannon, contestou essa narrativa, dizendo que os prazos da intimação eram maleáveis e que Bannon tentou negociar com o comitê sobre quando ele deveria comparecer e sobre o que poderia testemunhar.

O policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, preso como principal suspeito de matar o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no Paraná, já respondeu a um processo por desacato à autoridade. A informação, divulgada pelo jornal O Globo, desmente o relato feito pela família, que negou que o homem tenha histórico de violência ou brigas. 

Antes de ser policial penal federal, Guaranho passou pelas forças militares do Rio. Nascido em Magé, ele exerceu a função de policial militar entre março de 2007 e agosto de 2008, quando deixou a corporação para integrar o Corpo de Bombeiros do estado do Rio. 

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A confusão na qual Jorge se envolveu, dessa vez com dois policiais militares, também ocorreu numa festa, em 2018, em Guapimirim, no estado do Rio de Janeiro; um caso que foi posteriormente arquivado. De acordo com o registro de ocorrência, dois PMs foram a uma casa na Estrada do Limoeiro, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, para averiguar uma denúncia de perturbação do sossego. 

No local, os policias foram recebidos por Guaranho, que se apresentou como policial federal, apesar de sua função ser policial penal federal. Na ocorrência, está registrado que o homem passou a ofender o capitão identificado como Jorge: "Oficial de merda, capitão de merda". O sargento Maia também foi desacatado, segundo os policiais: "Praça baba-ovo e praça merda", diz o texto do registro. 

Diante dos xingamentos, os PMs deram voz de prisão a Guaranho. Os policiais relataram que ele se negou a os acompanhar, que estava muito "arredio" e "muito alterado", e que teve que ser algemado e colocado na viatura "fazendo o uso necessário progressivo da força".

Uma mulher foi presa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), após atacar verbalmente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante sua visita à cidade de Resende, no Rio de Janeiro, nesse sábado (27). O mandatário estava na região para a formatura dos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Os xingamentos ocorreram às margens da Rodovia Presidente Dutra, antes de o presidente chegar à solenidade e enquanto acenava para apoiadores.

A detida estava dentro de um carro particular. Supostamente, a passagem da comitiva do presidente havia causado congestionamento na área. Após os xingamentos, o veículo foi abordado pela PRF e a mulher foi detida por injúria contra o presidente da República e levada para a delegacia da Polícia Federal de Volta Redonda. A Polícia Federal informou, em nota, que foi lavrado um termo circunstanciado pelo crime de injúria. A mulher foi liberada após assumir o compromisso de comparecer em juízo, como determina a lei.

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O presidente Jair Bolsonaro chegou a Resende no fim da tarde dessa sexta-feira (26) para participar da formatura de cadetes da Aman, que ocorreu às 8h30 do sábado (27). Na cerimônia deste, 391 cadetes receberam a espada de oficial do Exército Brasileiro. A solenidade marcou a conclusão de quatro anos de estudos na Academia.

Ele estava acompanhando do vice-presidente, Hamilton Mourão, e dos ministros Walter Braga Netto, da Defesa, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência. Os deputados federais Helio Lopes (PSL-RJ) e Major Vitor Hugo (PSL-GO), assim como o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, também estavam presentes na cerimônia.

Após três meses de investigação, a Polícia Federal concluiu que o deputado federal Daniel Silveira (PSL) cometeu crime de desacato contra a policial civil que lhe pediu para colocar a máscara de proteção facial quando deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro para passar por exame de corpo de delito ao ser preso em flagrante. A pena para o crime é de seis meses a dois anos de detenção ou pagamento de multa.

"Cotejando a transcrição do vídeo, com os depoimentos e declarações apresentados pelos envolvidos, esta autoridade policial considera que o Deputado Federal Daniel Silveira, ao se dirigir à Perita Legista Lilian Vieira com o emprego de expressões ofensivas como "Porra, Caralho, folgada para Caralho", acabou por desrespeitar a funcionária pública, que se encontrava no exercício de sua função, conduta que, indubitavelmente, encontra enquadramento típico no artigo 331 do Código Penal", diz o relatório enviado pelo delegado Wedson Cajé Lopes ao Supremo Tribunal Federal.

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Quando a investigação foi aberta, em fevereiro, a PF também trabalhava com a hipótese de infração de medida sanitária preventiva, já que a máscara de proteção facial é obrigatória em locais públicos durante a pandemia. No entanto, de acordo com o delegado, o crime não ficou configurado porque o deputado cumpriu a orientação após a discussão.

"Ainda que tenha oferecido uma resistência inicial ao uso da máscara de proteção facial, resistência que durou cerca de 3 minutos, tempo em que houve a discussão, após a intervenção da autoridade policial responsável pela escolta do preso, o Deputado Federal Daniel Silveira fez o uso da máscara de proteção facial e o exame médico legal prosseguiu sem maiores intercorrências", concluiu.

Durante a discussão, filmada por um assessor parlamentar, o deputado também chamou a servidora de 'militante petista' e alegou ter dispensa médica para usar a máscara. O documento, segundo a PF, nunca foi apresentado. "Tal dispensa médica não foi apresentada, seja na ocasião, seja posteriormente nestes autos", observou o delegado.

A investigação foi aberta pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Caberá à PGR decidir se apresenta nova denúncia contra o deputado, como sugere a Polícia Federal. No mês passado, Daniel Silveira virou réu por grave ameaça, crime tipificado no Código Penal, e por incitar a animosidade entre o tribunal e as Forças Armadas, delito previsto na Lei de Segurança Nacional, após os ministros do Supremo aceitarem a denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República no caso. Ele também é alvo de um processo administrativo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou neste sábado (20) a instauração de inquérito para investigar se o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) cometeu desacato e infração sanitária ao se recusar a usar máscara contra o novo coronavírus e discutir com a autoridade policial no Instituto Médico Legal (IML) no Rio de Janeiro durante o cumprimento de sua prisão, no dia 16. As informações constam em decisão publicada neste sábado pelo ministro do STF.

Ao dar entrada no IML para passar por exame de corpo de delito antes da prisão, o parlamentar discutiu com uma policial civil que lhe pediu para colocar a máscara de proteção facial.

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A situação foi filmada por um assessor parlamentar, e as imagens foram compartilhadas nas redes sociais.

O pedido de abertura de inquérito foi formulado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em razão da existência de indícios de suposta prática dos delitos previstos nos artigos 268 ("infração de medida sanitária preventiva") e 331 ("desacato") do Código Penal.

"O órgão ministerial postula o cumprimento de diligências a fim de verificar as práticas delitivas narradas, notadamente em razão de vídeo que circula nas redes sociais, registrando cenas de desrespeito à obrigações legais e agressões verbais proferidas por Daniel Silveira", informou o documento.

Moraes fixou o prazo de 60 dias para ouvir o agente público que teria sido ofendido e as demais pessoas que tenham presenciado os fatos.

Também foi determinada oitiva do deputado para que esclareça as razões da recusa do cumprimento da obrigação de usar máscara.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de inquérito contra o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) para apurar possíveis crimes de desacato e infração de medida sanitária no episódio em que o parlamentar discutiu com uma policial civil ao se recusar a usar máscara no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. Silveira foi preso na terça, 16, horas após publicar vídeo com ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apologia ao AI-5, o ato mais duro da ditadura militar.

O episódio ocorreu na quarta, 17, quando Silveira se dirigiu ao IML para prestar exames após a prisão. Ao chegar no local, uma policial civil percebeu que o deputado estava sem a máscara, obrigatória em locais públicos do Rio de Janeiro desde junho, e avisou: 'Para a nossa proteção e para a sua também, aqui dentro tem que usar máscara'.

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Silveira se recusou a cumprir a orientação e respondeu: 'A senhora não manda em mim não. Está achando que está falando com vagabundo? Meu irmão, a pior coisa é militante petista'. Diante da insistência, o deputado subiu o tom: 'E se eu não quiser botar? Se a senhora falar mais uma vez eu não boto. Se falar mais uma vez eu tiro. A senhora é policial civil, eu também sou polícia, e aí? E sou deputado federal, e aí? A senhora não conhece a porra da lei, não?'.

A discussão foi registrada em vídeo e divulgada nas redes sociais por um assessor do deputado.

A PGR quer apurar se Silveira cometeu os crimes de desacato ao desobedecer a policial civil e infração de medida sanitária por deixar de usar máscara em local público. A investigação foi solicitada ao STF pelo vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros após ofício enviado à PGR pelo ministro Alexandre de Moraes, que decretou a prisão em flagrante de Silveira na investigação que mira 'fake news' e ameaças contra a Corte.

Medeiros afirma que, apesar das imagens terem sido registradas em vídeo, ainda há necessidade de diligências para apurar o episódio no IML, incluindo a realização de depoimentos com os agentes públicos envolvidos no episódio e o próprio deputado.

Daniel Silveira foi preso na terça, 16, horas após divulgar vídeo com ameaças a ministros do Supremo e apologia ao AI-5, o mais violento ato da ditadura militar no Brasil. A prisão em flagrante foi validada por unanimidade pelo plenário da Corte, que mandou recado sobre a intolerância com ataques antidemocráticos ao Judiciário.

"As manifestações revelam-se gravíssimas não apenas do ponto de vista pessoal, como também do ponto de vista institucional e do Estado Democrático de Direito. Essas manifestações se revestiram de claro intuito, visando impedir o exercício livre da Judicatura, o exercício independente do Poder Judiciário e a manifestação do Estado Democrático de Direito", disse Alexandre de Moraes, na sessão de quarta.

Pouco depois do julgamento, a PGR apresentou uma denúncia contra o parlamentar no inquérito dos atos antidemocráticos. A Procuradoria listou três vídeos recentes em que o parlamentar praticou agressões verbais e graves ameaças contra ministros do Supremo.

Segundo Humberto Jacques de Medeiros, desde que entrou na mira de inquéritos do Supremo, Daniel Silveira usou a estratégia de praticar agressões verbais e graves ameaças contra os integrantes da Corte para tentar intimidá-los.

"Neste último vídeo, não só há uma escalada em relação ao número de insultos, ameaças e impropérios dirigidos aos ministros do Supremo, mas também uma incitação à animosidade entre as Forças Armadas e o Tribunal, quando o denunciado, fazendo alusão às nefastas consequências que advieram do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, entre as quais cita expressamente a cassação de ministros do Supremo, instiga os membros da Corte a prenderem o general Eduardo Villas Bôas, de modo a provocar uma ruptura institucional", aponta Medeiros.

A Câmara dos Deputados decide às 17h desta sexta se mantém a prisão de Silveira. Por ser deputado, cabe à Casa validar ou não a detenção do parlamentar. Para que ela seja confirmada, são necessários 257 votos. O Estadão procurou os 24 líderes de partidos da Casa e nove afirmaram que vão orientar suas bancadas a votar para manter o deputado bolsonarista na cadeia. Apenas três deles disseram que os representantes da sigla vão defender a soltura e outros quatro preferiram não dizer como a legenda vai se posicionar.

A defesa de Daniel Silveira afirma que aguarda o posicionamento da Câmara dos Deputados, que pode reverter a prisão, e que não irá tentar a soltura do parlamentar antes disso. Silveira está convicto de que sua prisão é ilegal e não será autorizada pela Câmara.

"Se ela (Câmara) autorizar essa prisão ela estará abrindo um precedente imenso. Se um parlamentar no exercício da função não pode ser blindado, imagina nós, cidadãos brasileiros comuns. O que a Suprema Corte pode fazer de ofício? Pode mandar prender ao seu bel prazer a qualquer tempo?", questionou o advogado André Rios.

Um homem de 38 anos foi preso pela Guarda Municipal de Florianópolis-SC após se recusar a usar máscara de proteção e xingar e desacatar os agentes. Segundo a Guarda Municipal da cidade, já houve casos de resistência, mas essa é a primeira vez que os agentes são desacatados.

O caso ocorreu na quinta-feira (1º), mas foi divulgado neste sábado (3). O suspeito estava na beira-mar, em uma área com prática de exercícios permitida desde que com o uso da máscara. 

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Segundo a Guarda Municipal, os agentes pediram que ele colocasse a máscara, mas o homem se recusou. Os guardas teriam solicitado os dados pessoais para aplicarem uma multa, momento em que o acusado proferiu palavras de baixo calão e tentou fugir.

Na delegacia, foi lavrado um termo circunstanciado de ocorrência. Em seguida, o homem foi liberado. Ele já havia sido multado pela vigilância sanitária em outra oportunidade pelo mesmo motivo.

O uso da máscara de proteção é obrigatório em Florianópolis desde abril. A multa para quem descumprir a medida vai de R$ 125 a R$ 1,2 mil.

Um homem de 39 anos foi conduzido à Delegacia de Polícia de Amambai-MS por crimes de desacato e injúria contra funcionário público em razão de suas funções. Em uma rede social, o homem questionou a capacidade da delegada titular da Delegacia de Amambai por ela ser mulher. 

Em uma publicação sobre as recentes prisões feitas no município, o investigado comentou que a população estaria "lascada" com a delegada, o que foi considerado uma alusão ao fato do cargo ser ocupado por uma pessoa do sexo feminino.

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De acordo com a Polícia Civil, o suspeito disse em interrogatório que "mulher é muito frágil para estar comandando uma delegacia de polícia" e que achava que o cargo seria apenas para homens.

O suspeito afirmou ter se arrependido do comentário na internet e pensou em excluir a mensagem. Ele possui passagem na polícia por ameaça em contexto de violência doméstica. Desta vez, como os delitos de desacato e injúria são de menor potencial ofensivo, ele assinou um compromisso de comparecimento ao Poder Judiciário e foi liberado.

O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia nesta sexta-feira, 5, contra o empresário Ivan Storel, de 49 anos, que xingou, ofendeu e ameaçou policiais militares que foram no último dia 29 até sua residência no Condomínio Alphaville 5, bairro nobre do município de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, para atender a uma ocorrência de violência doméstica. A Promotoria de Justiça de Santana do Parnaíba imputa ao empresário desacato a funcionário público e oposição à execução de ato legal.

"Você é um bosta, é um merda de um PM que ganha mil reais por mês, eu ganho 300 mil reais por mês. Quero que você se fo.., seu lixo do ca..... . Você não me conhece. Você pode ser macho na periferia, mas aqui você é um bosta. Aqui é Alphaville, mano", gritou o empresário a um dos PMs, como registra vídeo que viralizou nas redes sociais.

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A policia foi acionada pela mulher de Ivan, que relatou às autoridades que seu marido estava sob efeito de bebidas alcoólicas e durante todo o dia a ofendeu com diversos xingamentos na frente da filha.

Tendo em vista que a esposa de Ivan foi vítima de violência doméstica durante a quarentena, a promotora Renata Caetano Pereira da Silva Fuga, que assina a denúncia, solicitou a expedição de ofício à Patrulha Maria da Penha para acompanhamento do caso.

A promotora deixou de oferecer acordo de não persecução penal ao empresário, uma vez que houve "crime de resistência praticado mediante emprego de grave ameaça", mas ofereceu uma proposta de suspensão condicional do processo a Ivan, medida que possibilita, após o denunciado cumprir certos requisitos por determinado tempo, a extinção da punibilidade.

Se aceitar a proposta de Renata, Ivan deverá cumprir uma série de medidas por dois anos, como o comparecimento mensal e juízo, a proibição de alterar endereço e deixar a região por mais de 15 dias e a proibição de frequentar bares, boates e demais locais em que haja consumo de bebida alcoólica.

O acordo também prevê pagamento de multa de R$ 100 mil e o comparecimento de Ivan, juntamente de sua esposa, ao Núcleo de Prevenção de Acidentes e Violências de Santana de Parnaíba, para que passem por eventual tratamento determinado pelo setor psicológico, tendo em vista o relato de violência doméstica.

Em vídeo que viralizou nas redes sociais, é possível ver o momento em que Ivan Storel aparece na porta de sua residência e começa a ofender com palavras de baixo calão os policiais, em especial um PM que está posicionado a alguns metros em sua frente, com os xingamentos acima citados.

Ao telefone, Storel pediu ajuda a uma pessoa que chama de Marinho. "Por favor, vem para cá agora. Porque um f… de um m… (palavrões). Você é secretário, vem para cá e me ajuda. Porque esse b…, esse gordo, f…, está achando que é o quê (apontando para o policial). Por favor Marinho, vem aqui e me ajuda (supostamente o secretário de Relações Institucionais de Barueri, Marinho Trimboli Jr.)".

Ele pediu ainda para trazer outras autoridades ao local. "Marinho vem pra cá agora, traz o secretário de segurança, traz o secretário que tiver que trazer. Traz o Furlan (supostamente o prefeito de Barueri, Rubens Furlan)".

Em um dos momentos, ele berrou: "Não pisa na minha calçada, não pisa na minha rua. Eu vou te chutar na cara, f.. (outro palavrão).

Desculpas

Após o episódio, também circulou nas redes sociais vídeo em que o empresário pede desculpas aos policiais. "Não quero me eximir da minha responsabilidade. Sei que vou responder por isso, sei que as consequências vão vir, mas estava na minha casa, estou em tratamento psiquiátrico, estava naquele momento sob o efeito de álcool, de remédios e aquilo me transtornou a cabeça. Eu agi de maneira injustificável, como eu nunca deveria ter agido e falado coisa que jamais faria na minha sã consciência", afirma Ivan na gravação.

Defesa

A reportagem busca contato com Ivan Storel. O espaço está aberto para manifestações.

Um casal foi preso por realizar uma festa em casa no município de Teixeira de Freitas, na Bahia, na noite do sábado (6). A Polícia Militar (PM) informou ter sido hostilizada pelos participantes, que ainda arremessaram uma pedra em direção à viatura e tentaram tomar uma das armas.

Segundo a PM, uma equipe foi acionada para atender uma denúncia de descumprimento de lei municipal em local onde estaria havendo aglomeração e som alto.

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Na residência do casal, havia uma aglomeração de pessoas, todas sem máscaras. De acordo com a PM, após os presentes arremessaram uma pedra em direção à viatura, foi dada voz de prisão ao casal. "Houve resistência por parte dos conduzidos, inclusive com a tentativa de tomar a arma de um dos policiais", diz a polícia em nota.

Os detidos foram autuados por resistência e desobediência. Uma sindicância vai apurar o ocorrido.

A Polícia Militar (PM) deteve três pessoas por descumprirem o decreto que proíbe o acesso às praias em Pernambuco. Os casos ocorreram na segunda-feira (6) e no domingo (5) em Olinda e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

O primeiro caso ocorreu no bairro de Rio Doce, em Olinda. Um homem jogava futebol com um grupo e uma mulher tomava banho de mar na Praia de Zé Pequeno. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), a PM alertou que eles deveriam deixar o local, mas as duas pessoas teriam se recusado a obedecer.

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De acordo com a SDS, a mulher, inclusive, cometeu desacato, pois questionou se os militares sabiam com quem estavam falando, pois ela seria filha de uma promotora de Justiça. Os dois foram encaminhados para a Delegacia do Varadouro, em Olinda, onde foram autuados e assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Na segunda-feira (6), por volta das 9h, um homem que estava na Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, também se negou a deixar a faixa de areia. Ele foi levado para a Delegacia de Prazeres.

Não houve detenções similares no sábado (4). Na última segunda-feira, o Governo de Pernambuco anunciou que vai prorrogar o prazo de proibição do acesso a praias e parques, dessa vez incluindo também os calçadões. A medida agora vale até a próxima segunda-feira (13).

Entre 18 de março e 5 de abril, a SDS recebeu 24.006 denúncias sobre descumprimento aos decretos do Governo do Estado que visam a contenção da epidemia do novo coronavírus. Aglomeração acima do limite de dez pessoas, funcionamento irregular de comércio e de bares e restaurantes têm sido as principais queixas no 190.

"Ser chamado de bosta, dependendo da conotação, pode ser até um elogio", escreveu o juiz Caio Márcio de Brito, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Dourados (MS), ao absolver da denúncia de desacato e resistência um homem que xingou guardas municipais. O magistrado questionou a regularidade da autuação que ele sofreu e afirmou que a denúncia do Ministério Público Estadual representa 'muita relevância para tão pouca coisa'.

Segundo a denúncia, em outubro de 2019, o denunciado teria resistido a uma autuação por cometer irregularidades ao conduzir sua sua moto. Ao ser abordado pelos guardas municipais, chamou-os de 'bosta'.

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De acordo com o juiz, ele 'foi interrogado, pelo sistema de áudio e vídeo, ocasião em que confessou apenas a prática do crime de desacato, alegando que ficou "nervoso" pelo fato de estarem apreendendo seu veículo'.

O juiz lembrou que 'ainda que o acusado, no dia dos fatos, estivesse conduzindo sua motocicleta de forma irregular, ou seja, sem a devida habilitação para conduzir veículos, a denúncia do Ministério Público abrangeu apenas os delitos de resistência e desacato'.

E, desta denúncia, ele discordou. "Sob o entendimento deste magistrado, não só não existiriam provas aptas a condenar o acusado pelo delito de resistência, como ficou demonstrado, pelo depoimento dos policiais, que não houve resistência na abordagem".

Ele explica que o crime de resistência só se configura quando o acusado se opõe 'à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio'.

"Esta é a definição do delito de resistência, o que evidente restou demonstrado que não ocorreu. E mais: é de se questionar a legalidade do ato que resultou na autuação do acusado, já que não haveria necessidade do uso de algemas para conte-lo, o que retira completamente materialidade da conduta narrada na denúncia", escreve.

Já sobre desacato, o magistrado diz que 'a conduta estaria materializada no fato de o acusado ter chamado os agentes públicos de "bosta"'. "No entendimento deste magistrado, muita relevância para tão pouca coisa".

"Pensar que o fato de ser chamado de "bosta" faz com que os que utilizam a farda de Guarda Municipal se sintam desacatados, é ter a certeza de que se sentem sem nenhuma relevância em relação às suas honradas funções, a ponto de entenderem que o simples pronunciamento da palavra "bosta" pudesse ser tão ofensivo", anotou.

E, emendou. "Aliás, ser chamado de "bosta", dependendo da conotação, pode até ser um elogio, sim, porque "bosta" pode ser visto como fertilizante, portanto, algo positivo. Pode ser visto como um objeto ou até um avião, quando se diz: esta "bosta" voa? Ou utilizado de forma coloquial, quando se diz, a vida está uma "bosta"".

"Em nenhum desses exemplos, pode ser traduzido como um desacato, como uma ofensa ao exercício da função. No caso sob análise, o próprio acusado reconheceu que realmente chamou os agentes públicos de "bosta", todavia, sem se referir à instituição Guarda Municipal", afirma o juiz.

Segundo o magistrado, 'desta forma, se referidos agentes se sentiram tão ofendidos por terem sido comparados com "bosta", caberia a eles, no ãmbito privado, ingressarem com queixa-crime contra o ofensor, imputando-lhe injúria'. "De modo que este magistrado está convencido de que a conduta do acusado não materializou o delito de desacato".

Um homem foi preso após depredar um motel no município de São João, no Agreste de Pernambuco, na madrugada da sexta-feira (3). O suspeito também foi acusado de desacatar os policiais militares que foram acionados para a ocorrência.

Segundo informações, o suspeito estava agressivo, quebrando objetos em um dos quartos e perturbando o sossego de outros clientes. Ele também não quis pagar pelos danos que causou.

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Por ter desacatado os policiais, ele foi levado para a Delegacia de Garanhuns, também no Agreste. A polícia não informou se ele estava acompanhado. A proprietária do motel não quis representar contra o acusado. Ele foi ouvido e liberado.

A ex-analista militar americana Chelsea Manning foi enviada novamente à prisão nesta quinta-feira (16) por desacato, depois de se negar a testemunhar diante de um júri, temendo ser interrogada sobre o fundador do Wikileaks, Julian Assange.

Andy Stepanian, um porta-voz da equipe jurídica de Manning, informou que ela voltou a ser presa por ordem do juiz Anthony Trenga.

O magistrado ordenou uma multa de 500 dólares por dia caso ela não testemunhe em 30 dias, com a ameaça de uma pena de 1.000 dólares por dia se isso não for feito em 60 dias.

"O governo não pode construir uma prisão ruim o suficiente, não pode criar um sistema pior que a ideia de mudar os meus princípios", disse Manning, segundo o jornal The Washington Post.

A analista disse ainda que prefere "morrer de fome" do que mudar sua opinião sobre esse tema. Manning se apresentou nesta quinta à justiça determinada a não responder perguntas sobre o fundador do Wikileaks, Julian Assange.

"Detida ou não, não participarei neste grande júri", disse a jornalistas antes de entrar em um tribunal federal na Alexandria, no subúrbio de Washington.

"Eles querem me fazer perguntas que eu já respondi", acrescentou, denunciando um procedimento que tem como único objetivo, segundo ela, mandá-la de volta para atrás das grades.

O encarceramento prolongado "poderia ter um impacto na minha saúde", acrescentou a mulher transgênero, que já se chamou Bradley Manning, e realizou a conversão durante sua primeira estada na prisão.

A ex-membro da força militar já passou sete anos presa por transmitir ao Wikileaks em 2010 mais de 750 mil documentos diplomáticos e militares.

No dia 8 de março, ela havia retornado para a prisão por "desacato ao tribunal" depois de se recusar a depor antes de um grande júri criado para investigar Julian Assange.

Nos EUA, grandes júris são estabelecidos em casos criminais mais graves e são responsáveis por investigar com a maior confidencialidade antes de incriminar alguém.

Manning foi libertado há uma semana por uma razão técnica: o grande júri que queria ouvi-la chegava ao fim. Entretanto, nesta quinta-feira foi formado um novo grupo de cidadãos recrutados para continuar a investigação.

Seus advogados chegaram a apresentar uma moção para anular a convocação, na tentativa de evitar a nova prisão.

Em 11 de abril, Assange, de 47 anos, foi preso na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou por sete anos antes de um pedido de extradição dos Estados Unidos.

A ex-analista militar americana Chelsea Manning, detida há dois meses por se recusar a depor contra o fundador de WikiLeaks Julian Assange, foi liberada na quinta-feira (9), mas pode retornar à prisão na próxima semana.

No início de março, Manning foi detida por desacato à justiça depois que se negou a depor diante do grande júri responsável por investigar o WikiLeaks e seu fundador, para quem ela repassou em 2010 uma grande quantidade de documentos confidenciais.

A libertação foi motivada pela expiração dos 62 dias de detenção determinados pelo grande júri, explicou o grupo The Sparrow Project, que apoia Manning.

"Infelizmente, antes mesmo da libertação, Chelsea recebeu uma nova intimação. Isto significa que deve se apresentar a um grande júri diferente na quinta-feira 16 de maio", afirmou o grupo em um comunicado.

"Chelsea vai continuar se recusando a responder as perguntas", informou The Sparrow Project, o que significa que pode retornar à prisão.

Fundamentais na justiça americana, os grandes júris, grupos de cidadãos escolhidos por sorteio, são responsáveis por investigar em total sigilo assuntos penais federais considerados graves.

Em 11 de abril, Assange foi detido na embaixada do Equador em Londres, onde permaneceu refugiado por sete anos. Ele é objeto de um pedido de extradição dos Estados Unidos.

Manning foi condenada em 2013 a 35 anos de prisão em uma corte marcial pela divulgação de 750.000 documentos diplomáticos e informações militares, o que provocou um grande embaraço para Washington.

A sentença foi comutada pelo presidente democrata Barack Obama e ela foi libertada em maio de 2017, depois de passar sete anos na prisão, período em que iniciou seu processo de transição para o sexo feminino.

Na época em que vazou os documentos para o WikiLeaks, Chelsea Manning, uma mulher transexual então conhecida como Bradley Manning, era uma analista de inteligência militar.

 Na última segunda-feira (6), uma agente da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) foi indenizado em R$1.000 reais por ter sido ofendido, no exercício da sua função, por uma cidadã insatisfeita com a fiscalização. A sentença foi proferida em uma audiência de conciliação realizada com o acompanhamento da assessoria jurídica do órgão, após um denúncia de injúria e desacato.

Esta é a quinta vez este ano que um agente da autarquia é indenizado pelo mesmo motivo. Segundo o superintendente Fabrizzio Muller, da Transalvador, “é importante que as pessoas sigam as regras de trânsito. Os agentes estão a serviço da vida, da segurança e resguardam as leis para o benefício da própria população, não faz sentido agredi-los”.

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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) vai ter que enfrentar a chamada “solitária” na Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde se encontra preso. Segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, o emedebista desrespeitou um agente da cadeia. Geddel deve ficar no local, inicialmente por dez dias, e não poderá tomar banho de sol. Ele só terá direito a receber visitas de advogados. 

De acordo com a nota da Subsecretaria, “o procedimento é adotado para todo detento que cometa falta disciplinar em estabelecimento prisional”. A secretaria informou que o fato será oficiado ao Ministério Público do DF e à Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça. A ocorrência já foi registrada na 30ª Delegacia de Polícia, em São Sebastião.  

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Preso desde setembro de 2017, a Polícia Federal atribuiu a ele o valor de R$ 51 milhões apreendidos num bunker, em Salvador. Geddel é acusado de fazer parte de uma organização criminosa que desviava recursos de órgãos públicos e estatais. 

 

 

 

 

 

 

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