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Elza Gomes da Conceição (1937-2022), mais conhecida como Elza Soares, foi uma cantora, compositora e figura icônica do samba. Nascida no Rio de Janeiro, sua carreira foi além das limitações de estilo, flertando com diversas vertentes como o jazz, samba-jazz, bossa nova, soul, rock e outros.

A cantora faleceu no dia 29 de janeiro (2022), no Rio de Janeiro, aos 85 anos. A notícia de seu falecimento tomou fãs e colegas de música de surpresa, repercutindo na imprensa ao redor do mundo, lamentando o falecimento de uma das vozes mais ativas da música brasileira.

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Na matéria de hoje, preparamos uma lista com as principais obras de Elza Soares, confira:

Do Cóccix até o Pescoço (2002)

A mulher do Fim do mundo (2015)

“Pilão + Raça = Elza” (1977)

“Pilão + Raça = Elza” chegou em 1977 e marcou sua passagem pela gravadora brasileira Tapecar, fundada por Manolo Camero. O álbum trouxe compositores como Gerson Alves, que também assinou a produção musical, e Jorge Aragão para montar a tracklist junto com três músicas da própria Elza: “Língua de Pilão”, “Enredo de Pirraça” e “Perdão Vila Isabel”.

Deus é Mulher (2018)

 

Todo artista que se preze, independemente do estilo musical, sempre busca dar o seu melhor. Quando decidem então investir em um trabalho, eles não economizam nas composições, interpretações, até mesmo capricham bastante na identidade visual dos seus álbuns. Muitas cantoras, por exemplo, já deixaram muita gente de queixo caído por surgirem plenas em seu encartes. O LeiaJá destaca cinco mulheres da música que esbanjaram sensualidade nas capas de seus discos.

Baby do Brasil

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Em 1997, Baby do Brasil arrancou suspiros ao surgir nua na capa do CD Um. Segurando apenas uma guitarra, a cantora recebeu na época diversos elogios. A música Baby Toque foi o carro-chefe do álbum, que acabou fazendo parte da trilha sonora da novela A Indomada.

Elba Ramalho

Elba Ramalho é um dos grandes ícones da música popular brasileira. Dona de um talento ímpar, a artista também caprichou na sensualide em um dos seus trabalhos. No álbum Baioque, de 1998, a cantora surge bem à vontade logo na capa do disco. O álbum é lembrado até hoje devido ao sucesso Ciranda da Rosa Vermelha.

Katy Perry

Partindo para a esfera internacional, muitas cantoras do universo pop não economizaram no carão nas fotos dos seus discos. Katy Perry é uma delas. Em 2010, a voz do clássico I Kissed A Girl surgiu nua na capa de Teenage Dream. Seguindo a mesma estética, Katy também surgiu sem roupa no clipe California Gurls, um dos hits estourados do seu segundo álbum.

Manu Gavassi

No ano passado, os telespectadores da Globo acompanharam o ar angelical de Manu Gavassi dentro da casa do Big Brother Brasil. Sucesso no pop nacional, a cantora já apareceu 'livre, leve e solta' no disco Manu, de 2017. O CD reuniu os hits Hipnose, Hey, Muito Muito, Me Beija e Mentiras Bonitas.

Daniela Mercury

Reproduzindo uma foto famosa de John Lennon e Yoko Ono, publicada pela revista Rolling Stone em 1981, Daniela Mercury surgiu nua no disco Vinil Virtual. Lançado em 2015, o 11º disco da rainha do axé mostra a baiana recriando o clique do ex-Beatle na companhia da esposa, a jornalista e empresária Malu Verçosa.

Fotos: Divulgação

O grupo sueco ABBA vendeu dezenas de milhões de discos nos últimos cinquenta anos, fez o mundo inteiro dançar e marcou os anos da música disco com suas melodias cativantes, suas roupas exuberantes e seus vídeos kitsch.

Com oito discos e cerca de 40 singles, o ABBA passou de ser uma pequena banda sueca para se tornar um grupo lendário, que sobreviveu a todas as tendências.

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Os membros do ABBA - acrônimo dos nomes de seus integrantes - são agora todos septuagenários: Anni-Frid Lyngstad, 75, Agnetha Fältskog, 71, Björn Ulvaeus, 76, e Benny Andersson, 74.

Durante um tempo, formaram dois casais glamourosos, mas agora estão divorciados.

O quarteto, que contribuiu para transformar a Suécia no terceiro exportador mundial de música, atrás dos Estados Unidos e Reino Unido, se formou no final da década de 1960.

Os dois "B" - Benny e Björn - se conheceram e começaram a escrever suas primeiras canções em 1966. Em 1969, Agnetha Fältskog e Anni-Frid - "Frida" se juntaram a eles.

Em 1973, o grupo, que ganhou o nome de ABBA um ano depois, não conseguiu se classificar para o Festival da Canção de Eurovision.

"Waterloo"

No ano seguinte, a competição ocorreu em Brighton (Inglaterra) e o quarteto, ainda desconhecido, causou sensação com "Waterloo", que recebeu este nome em homenagem à famosa vitória inglesa sobre o exército de Napoleão. O ABBA ganhou de goleada, colocando a diva de "Grease", Olivia Newton-John, no sexto lugar.

Com suas guitarras em forma de estrela e suas calças de cetim apertadas, o fenômeno ABBA nasceu diante dos olhos de milhões de espectadores.

Depois de "Waterloo", emplacaram outros grandes hits, como "Mamma Mia" (1975), que chegou a superar "Bohemian Rapsody" de Queen na lista britânica de sucessos.

O álbum "Arrival" (1976), do qual venderam mais de 10 milhões de cópias e que inclui músicas como "Money, Money, Money", "Knowing Me, Knowing You" e "Dancing Queen", confirmou sua fama.

Interpretada pela primeira vez no casamento do rei sueco em junho de 1976, "Dancing Queen" se tornou o grande sucesso do ano. Com figurinos do século XVIII, os ABBA cantaram para o rei Carl Gustaf e a futura rainha Silvia - para quem a canção foi dedicada - na Ópera de Estocolmo.

"Take A Chance on Me" (1977) e "Gimme! Gimme! Gimme! (a man after midnight)" (1979) completaram a longa lista de sucessos da banda, que alcançou o posto de superestrela.

Dois divórcios e uma separação

O divórcio de Björn e Agnetha em 1979 marcou o início dos problemas, mas também originou uma de suas músicas mais potentes, "The Winner Takes It All", assim como "Chiquitita".

Em 1980, o ABBA lançou o álbum "Super Trouper" e realizou seu último show após uma turnê pelo Japão. No ano seguinte, Benny e Frida se divorciaram.

Em 1982, a banda anunciou que iria tirar um "descanso", mas esta pausa, na verdade, marcou sua separação e o grupo não voltou a lançar músicas novas.

As plataformas de streaming, como Spotify e Deezer, mudaram a maneira como as pessoas consomem música, além de popularizar o conceito de playlists, que misturam diferentes faixas de diversos discos. Mas, nunca é tarde para se aventurar em alguns álbuns e conhecer trabalhos diversificados, à moda antiga.

Acompanhe as indicações de discos do publicitário da Tait Comunicação, professor do curso de publicidade e propaganda da Universidade Guarulhos (UNG) e baixista da banda Negroswaldo, Fábio Martins, e do publicitário e músico da banda Elfara, Matheus Calchi.

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Orishas – “El Kilo” (2005)

Terceiro álbum da banda cubana de hip hop de Havana, Orishas. Martins destaca que o disco mistura o ritmo cubano com músicas engajadas, românticas e reflexivas, além de ser uma ótima oportunidade para dançar e refletir. “El Kilo é, na minha opinião, um dos melhores álbuns do grupo”, aponta.

Elza Soares – “A Mulher do Fim do Mundo” (2015)

De acordo com Martins, neste disco, a cantora e compositora Elza Soares prova que consegue se reinventar, se comunicar com a nova geração e se posicionar. “Não tem como ouvir essas canções e não sair modificado”, define.

Lux Art Sans – “Vriêmia” (2013)

Um trabalho independente, que Martins descreve como um disco reflexivo aos tempos atuais, com letras que abordam percepções pessoais de seus criadores e psicanálise. “É um disco para ser degustado e ouvido diversas vezes para ser compreendido”, explica.

Blink-182 – “Take Off Your Pants and Jacket” (2001)

O quarto álbum da banda de rock americana dos anos 1990, que rendeu sucessos como “The Rock Show”, “First Date” e “Stay Together for the Kids”. “O CD mudou minha vida por completo, lembro que pedi um violão de presente para minha mãe, no momento em que ouvi ‘Stay Togheter For The Kids’ pela primeira vez. Foi a primeira música que aprendi. Eu tinha sete anos, comecei a estudar música por causa deste álbum, então, tudo o que sou hoje é por causa desse CD”, declara Calchi.

John Mayer – “Continuum” (2006)

O terceiro trabalho do vocalista e guitarrista John Mayer é marcado por novos rumos que o artista seguiria, uma vez que incorporava faixas mais voltadas para o blues. O álbum contou com o single “Waiting on the World to Change”. “’Continuum’ para mim é uma obra de arte, tudo ali é de um bom gosto absurdo. Escuto esse CD pelo menos uma vez por semana”, comenta Calchi.

Fresno – “Infinito” (2012)

Este trabalho da banda Fresno marca o momento em que o grupo saía de uma grande gravadora e retornava para o cenário independente, além disso, foi o primeiro disco gravado após a saída do baixista Esteban Tavares. O álbum contou com alguns grandes sucessos, entre eles, “Diga, Parte 2”, “Maior que as muralhas” e a faixa título do CD, “Infinito”. “Fresno sempre foi a minha banda brasileira do coração; o álbum ‘Infinito’ mexe muito comigo. Tudo muito denso, feito no ódio, mas com um amor absurdo, para emocionar”, descreve Calchi.

Devota de São Jorge, Elza Soares escolheu essa sexta, 23 de abril - data em que o santo é celebrado no Brasil - para dar um presente aos fãs. A cantora, através de sua gravadora, a Deck, vai disponibilizar nas principais plataformas digitais cinco álbuns seus que já haviam saído de catálogo. Será a oportunidade do público revisitar grandes sucessos da artista, uma das maiores vozes femininas do país. 

A partir desta sexta (23), estarão no ar os discos Elza Soares, Nos Braços do Samba, Lição de Vida, Pilão + Raça = Elza e Grandes Sucessos de Elza Soares. Originalmente lançados na década de 1970, pela gravadora Tapecar, os álbuns já estavam fora de catálogo e voltam agora, em formato digital, à disposição do público. 

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Os álbuns trazem relíquias da música popular brasileira, na voz de Elza, como Louvei Maria e Deusa do Rio Níger, essa última uma referência ao orixá Iansã. Também estarão disponíveis clássicos como Malandro, de Jorge Aragão - que foi lançado pela cantora - e Samba, Minha Raiz, de Dona Ivone Lara. Já a coletânea Grandes Sucessos de Elza Soares conta com o hit Salve a Mocidade, antes só encontrado em compacto. 



 

O ator Rodrigo Fagundes, que marcou o extinto Zorra Total com o bordão 'Olha a faca', divertiu os internautas no último final de semana. Na sua conta do Instagram, Rodrigo deixou a sua veia humorística falar mais alto ao recriar com o marido, o também ator Wendell Bendelack, capas de discos dos anos 1980 e 1990.

Eles reproduziram fotos de atores que estamparam álbuns de trilhas sonoras de novelas da Globo. Rodrigo e Wendell homenagearam Malu Mader (O Outro), Andréa Beltrão (A Viagem), Maitê Proença (O Salvador da Pátria), Cássio Gabus Mendes e Lídia Brondi (Vale Tudo). Famosos como Marcello Melo Jr., Klebber Toledo, Érico Brás e Leonardo Vieira curtiram a ideia.

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Mesmo após a morte, o cantor e compositor David Bowie (1947 – 2016) continua recebendo produtos envolvendo o seu nome.

Desta vez, uma empresa britânica Zee Productions decidiu lançar os álbuns do artista, mas no formato de quebra-cabeça.

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O produto começou a ser comercializado no dia 4 de setembro, tem o tamanho de um vinil e possui 500 peças.

A empresa já comercializa os quebra-cabeças dos discos “Never Let Me Down” (1987), “The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars” (1972) e Tonight (1984). Em outubro a companhia promete lançar “Aladdin Sane” (1973), “Heroes” (1977) e “Hunky Dory” (1971).

Além de David Bowie, a Zee Production também está vendendo quebra-cabeças de outras bandas, como AC/DC, Alice Cooper, Iron Maiden e The Doors.

A contagem regressiva para a série de shows de Sandy e Junior começou. No próximo dia 12, a dupla fará o primeiro show da turnê "Nossa História" no Classic Hall, em Olinda. Mas enquanto eles não aportam em solo pernambucano, os fãs poderão adquirir um produto relacionado aos cantores.

A gravadora Universal Music lançou esta semana a comercialização de um box com os 16 álbuns dos filhos de Xororó. A edição limitada dos discos custa R$ 249,00 e pode ser parcelada em até 6x no cartão de crédito por R$ 41,65. Os seguidores de Sandy e Junior terão a oportunidade de colecionar 12 CDs de estúdio e quatro gravados ao vivo.

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Segundo a Universal, a caixa reunindo os sucessos dos artistas contém um QR code. A pessoa terá que baixar um aplicativo referente ao produto, escanear o código e curtir um playlist com os clássicos da carreira de Sandy e Junior.

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A Spillers, considerada a loja mais antiga de discos do mundo, retirou nesta quinta-feira (23), todo o material musical de Morrissey de seu catálogo. A proibição se deu por conta do apoio do músico à extrema direita britânica.

Há duas semanas, em uma apresentação no talk show ‘The Tonight Show’, ele usou um button do partido anti-islâmico For Britain, pertencente à extrema-direita. Em outras ocasiões, Morrisey já tinha se mostrado xenófobico e racista.

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Em entrevista ao ‘The Guardian’, em 2010, ele declarou que “não dá para não pensar nos chineses como uma subespécie”. Morrisey ficou conhecido por ser o vocalista da banda inglesa The Smiths, que encerrou suas atividades em 1987.

A Sony Music anunciou nesta quarta-feira que assinou um acordo com os herdeiros do Prince para relançar a maior parte de sua obra, a última tentativa de monetizar o legado da lenda do pop.

Ironicamente, já que ele foi um artista que enfrentou a indústria da música, os herdeiros de Prince alcançaram acordos com as três maiores gravadoras.

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A Sony anunciou que sua marca Legacy Recordings, que trabalhou com os arquivos de artistas clássicos, vai adquirir imediatamente os direitos de 19 álbuns produzidos entre 1995 e 2010, quando Prince terminou sua longa relação com a Warner Brothers.

A partir de 2021, a Sony também terá os direitos de 12 álbuns da era de ouro do Prince, inclusive "Controversy", "1999" e "Around the World in a Day".

O contrato exclui a obra mais conhecida de Prince, "Purple Rain", que é de 1984.

Prince, que morreu repentinamente em abril de 2016, foi um duro crítico das grandes gravadoras e depois da internet, dizendo que as corporações colocavam artistas em virtual escravidão. Por essa razão, ele rompeu com a Warner em meados dos anos 90.

Mas em seguida ele iria se reconciliar com a Warner. Após a sua morte, a empresa relançou o álbum "Purple Rain" e adicionou novas músicas.

A Universal Music anunciou no ano passado um acordo de 31 milhões de dólares com os herdeiros de Prince, mas um juiz cancelou-a a pedido da empresa, alegando que não estava claro o escopo de seus direitos sobre o trabalho do falecido artista e que em muitos casos se sobrepunham aos da Warner.

A partir desta segunda-feira (20), a Fundação Espaço Cultural (Funesc) promove a I Semana do Músico da Paraíba. O evento segue até o dia 24 e a programação contará com debates, shows e exibição de filme. As atividades serão realizadas em vários pontos da Funesc.

"Vai ser uma homenagem ao músico. Também haverá uma feira de discos, DVDs e livros sobre a música paraibana", relatou Pedro Osmar, chefe do Centro de Documentação e Pesquisa Musical José Siqueira, na Fundação Espaço Cultural.

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Nesta segunda (20), será exibido a partir das 19h, na Sala de Pesquisa Musical, o documentário "Aboio – A voz encantada do vaqueiro", de Miguel Teles e Maria Laura Maurício.

No dia 21, o público poderá conferir as apresentações da Orquestra de Câmara da EMAN, sob regência do professor Edmarcos Costa, e do grupo Percussons, sob regência de Wênia Xavier. As duas apresentações têm início a partir das 14h, na EMAN.

Já no dia 22, ocorrerá uma mesa redonda sobre o "Panorama da Música Paraibana Atual", na Sala de Pesquisa Musical, a partir das 19h, na Sala de Pesquisa Musical. O encontro reúne artistas, professores e jornalistas. 

No Mezanino 2 da Funesc, a partir das 19h, haverá lançamentos de discos e livros sobre a música paraibana, com a participação dos autores e abertura para debate com o público.

No encerramento do evento,  dia 24, a programação contará com apresentações  ao vivo de artistas da nova geração da música paraibana e também com integrantes do Musiclube. As apresentações começam a partir das 19h, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira. O público também poderá apreciar o recital de poesia.

O álbum “The Thrill of it All”, de Sam Smith, garantiu ao cantor britânico sua primeira liderança na parada de álbuns Billboard 200 nos Estados Unidos (EUA), superando os novos lançamentos da banda Maroon 5 e do cantor Blake Shelton. As informações são da empresa de levantamentos de vendas de música e vídeo dos EUA e do Canadá, Nielsen SoundScan.

O single mais recente da cantora Taylor Swift, “Call It What You Want”, liderou a parada de faixas digitais, que mede vendas online de singles, com 67 mil unidades vendidas.

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“The Thrill of it All”, de Sam Smith, vendeu mais de 237 mil unidades em sua primeira semana, estreando como número 1 na Billboard 200.

A Billboard disse ter sido a melhor semana de vendas de Smith nos EUA.

"Eu estava em uma loja de vinis em São Paulo e durante os cinco minutos em que estive lá três vitrolas foram vendidas". Conta, em tom de surpresa, Rafael Cortes, fundador da Assustado Discos, empresa do Recife que trabalha com a produção e o resgate de gravações musicais em LP (long plays). De acordo com dados da empresa Conversion, a principal fábrica produtora de LPs da América Latina, a Polysom, localizada no Rio de Janeiro, registrou aumento de 126% nas vendas de discos entre março e abril de 2014. 

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Em pleno século 21, com o avanço tecnológico e a 'onda' dos downloads de CDs no formato de mp3 na internet, além da facilidade dos serviços de streaming (Spotify, Rdio e Deezer), comprar vinil já não é mais um hábito exclusivo dos colecionadores de bolachas, como são conhecidos os discos. Atualmente, o vinil deixou as estantes empoeiradas e voltou ao seu lugar de origem: as vitrolas.

Historicamente, o dia da vitrola é celebrado nesta sexta-feira (21) porque há 137 anos atrás, em 1877, Thomas Edison, inventor da vitrola, fez a primeira exibição pública do objeto musical que até os dias atuais faz sucesso. Por isso, o mês de novembro é chamado 'Mês da Vitrola'.

Os apreciadores do vinil não se restringem a ouvir apenas gravações antigas de grupos que não tiveram, de fato, opção por gravar em diferentes formatos. Pelo contrário, novos bandas do cenário musical, tanto brasileiro quanto internacional, tem lançado tiragens de seus projetos em vinil, com gravadoras que se especializaram apenas nesse formato. "Fundei a Assustado Discos em 2011 e o intuito inicial era trabalhar apenas com raridades musicais de alguns artistas. Entretanto, ao longo da minha caminhada, abri o selo a diversas possibilidades de gravações, que vão desde registros raros até lançamentos", explica Rafael, que é colecionador e possui mais de 3 mil discos. Nomes da música internacional como Daft Punk, David Bowie e Arctic Monkeys lançaram materiais inéditos que receberam tiragens em vinil e fizeram bastante sucesso entre os fãs: Random Access Memories, The Next Day e AM, respectivamente.

No cenário regional, a banda Mundo Livre S/A celebrou 20 anos do álbum Samba Esquema Noise e relançou a bolacha em vinil. O grupo decidiu relançar o disco no formato de vinil em uma parceria entre a banda, a produtora Zero Neutro e o selo Assustado Discos. "Eu acho que o vinil compartilha muito da minha opinião de que um material fonográfico tem que ser valorizado por inteiro, até porque foi gasto dinheiro, tempo e dedicação. Daí quando o grupo se deu conta dessa tendência de um retorno de interesse pela midia física, decidimos relançar nosso disco em vinil", conta Fred Zero Quatro, vocalista e compositor da Mundo Livre. 

Vendas de vinil desde 1997 até 2013 em dólares

Não só gravadoras e músicos têm tido resultados positivos com a volta do vinil. Vendedores têm notado o aumento da procura tanto pelas bolachas quanto pelas vitrolas. Ainda de acordo com dados da empresa Conversion, a Trapemix, empresa especializada na venda de produtos retrô, registra um crescimento de 57% na comercialização de vitrolas. No Recife, os comerciantes dos sebos localizados na avenida Dantas Barreto, no centro da cidade, têm notado o aumento das vendas dos LPs e das agulhas. Na barraca de Elvis do Nordeste, que trabalha com o comércio de vinis há mais de 30 anos, os LPs são constantemente procurados. "Acho isso ótimo como vendedor e como apreciador. Apesar de ser menos compacto, o vinil tem uma qualidade muito melhor", conta Elvis.

Nos sebos, os preços dos vinis variam de acordo com a raridade do produto e, de acordo com os comerciantes, os ícones da música brasileira e internacional são o que mais saem. Os reis do brega (Reginaldo Rossi), do rock (Elvis Presley) e do baião (Luiz Gonzaga) são os ícones que mais vendem. Os preços entre R$ 2 até R$ 150, com discos raros.

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O músico Edvande Fumanxú, de 23 anos, conta que faz compra de vinis mensalmente. "Sempre tive vontade de ter uma vitrola. Assim que ganhei, estabeleci uma meta de sempre comprar os LPs. Pra mim, ouvir música é um momento sagrado, além disso, o chiado do vinil faz com que pareça que você está presente na hora da gravação e isso é uma das coisas que mais me contagia", conta.

O retorno do vinil não é resultado de saudosistas que insistem em não utilizar novas tecnologias. Pelo contrário, os que consomem música neste formato afirmam que a qualidade do som e o contato com a mídia física são as principais causas. "Acho que as coisas acabam sendo meio cíclicas, do mesmo jeito que a mídia digital é prática, ela também é descartável, sem contar que com o LP você tem a possibilidade de ouvir um disco inteiro. Acredito que uma obra é pensada por inteira e não por faixas", explica Rafael Cortes.

No Recife é realizada anualmente a Feira do Vinil, que reúne colecionadores, admiradores e empresários do ramo da música. Durante o evento, é possível trocar, vender e  comprar LPs. Em 2013 foi realizada a 8ª edição do evento.

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O cantor pernambucano Siba liberou em seu site oficial quatro álbuns para download gratuito. São eles os discos Avante (2012), Toda vez que eu dou um passo o mundo sai do lugar (2007), Fuloresta do samba (2012) e Siba e Barachinha - No baque solto somente (2004).

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Às 14h30 do dia 11 de julho de 1973, o piloto do Boeing 707 da Varig, Gilberto Araújo da Silva, emitiu um alerta verde para a torre de comando do aeroporto de Orly, na França. Poucos segundos depois, ele enviava outra mensagem, desta vez de alerta vermelho, informando que havia fogo na aeronave.

Em seguida, uma das maiores tragédias da aviação brasileira se confirmaria. O avião, que saíra do Rio com destino a Londres, com escala em Paris, caiu num enorme campo de cebolas, a poucos quilômetros do centro parisiense, resultando na morte de 122 dos 134 passageiros do voo 820. A perda para os familiares se estendeu também para fãs da música brasileira, já que o passageiro de número sete daquele avião era Agostinho dos Santos, um dos cantores mais respeitados no País na virada da década de 1950 para a de 1960.

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Mais de 40 anos depois da morte do artista, discos gravados por ele entre 1958 e 1966 são relançados em duas caixas com oito CDs pelo selo Discobertas. O material dos boxes traz o repertório de oito LPs, além de gravações menos conhecidas, pinçadas de discos de 78 rotações e compactos.

Entre as raridades, está, por exemplo, a interpretação de Agostinho para Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), lançada em um 78 rotações em dezembro de 1958, poucos meses depois da primeira gravação do samba-choro feita por João Gilberto. As caixas trazem também preciosidades como Ontem, versão em português para Yesterday, dos Beatles, Noite Feliz (Franz Gruber), além de outros clássicos da fase bossa nova do cantor, como Desafinado (Jobim e Newton Mendonça) e O Barquinho (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli).

Ao longo dos últimos anos, as gravações de Agostinho foram relançadas em diversas coletâneas. Agora, o que chega ao público são reedições fiéis dos discos de carreira daquele que é considerado um dos crooners mais completos do país no século 20. As caixas relançadas agora também reproduzem na íntegra os textos originais das contracapas da época, que, além de elogios rasgados ao artista, apresentavam um contexto musical do período. No texto do LP Agostinho Espetacular (1958), por exemplo, Hélcio Carvalho de Castro define o cantor da seguinte maneira: "Filho do povo, Agostinho dos Santos canta para o povo. Não se complica na procura desesperada de 'nuances' enganadoras e falsas".

Além desse disco, que traz Balada Triste (Dalton Vogeler e Esdras Silva), sucesso na voz de Agostinho, o cantor paulistano defende um repertório extremamente variado, com nomes como Dolores Duran (A Noite do Meu Bem), Noel Rosa (Palpite Infeliz), Luiz Bonfá e Antonio Maria (Manhã de Carnaval), Lupicínio Rodrigues (Eu Não Sou de Reclamar), Johnny Alf (Céu e Mar), Durval Ferreira (Moça Flor), Guerra Peixe (Um Olhar, Um Sorriso), entre outros.

"Ele foi o grande crooner daquela fase anos 50/60, em que havia toda uma tradição de cantores boleristas, mas que também exigia um ecletismo no intérprete para cantar bossa nova, romântica ou com balanço. Ele soube transitar muito bem nessa fase e merece ter sua obra reavaliada e inserida num contexto que parece ignorar Agostinho até agora", diz Marcelo Fróes, da Discobertas.

Exemplo dessa versatilidade de Agostinho é a quantidade considerável de temas latinos gravados pelo artista, com destaque para um álbum gravado pela RGE a pedido da Venezuela, onde o cantor fazia sucesso. No repertório, o crooner enfileira boleros como Solamente Uma Vez (Agustín Lara), Noche de Luna (Gonzalo Curiel) e Amor de Mis Amores (Maria Teresa Lara).

"Ele tinha aquela voz aveludada, uma personalidade própria de cantar, muito original pra época. Passeava por todos os estilos musicais como o samba, a bossa nova, o rock. Tinha um timbre de voz inconfundível, um vozeirão, uma das maiores vozes que nós já tivemos", conta o violonista e neto de Agostinho, Thiago dos Santos, que ajuda a preservar a obra do avô com um blog e com o Centro Cultural Agostinho dos Santos, em São Bernardo, dirigido por Nancy Santos, filha do músico.

Nancy, aliás, foi parceira do pai na faixa Paz Sem Cor, relançada ano passado também pela Discobertas em uma caixa que trazia discos de Agostinho lançados originalmente entre 1967 e 1973. Com uma tiragem de apenas 500 exemplares, aquele box deve retornar às lojas.

"Paz sem Cor me emociona muito. Meu avô cantaria essa música no festival na Grécia, para onde ele estava indo quando infelizmente faleceu naquele acidente de avião. Meu avô e minha tia fizeram a música lembrando que meu pai foi vítima de preconceito quando era criança em um clube de esportes de São Paulo, esse disco me emociona muito", lembra Thiago.

A faceta de compositor de Agostinho também é lembrada nas duas caixas. São de autoria dele canções como Forças Ocultas e Distância É Saudade.

No dia seguinte à queda do avião em Paris, em 1973, jornais brasileiros diziam o seguinte sobre o cantor: "'Não soube aproveitar o sucesso. Não ganhei o dinheiro que deveria. Mas eu sempre fui tolo. Nunca quis apelar', costumava dizer aos amigos que estranhavam o ostracismo em que vivia, apesar de ser considerado por muitos o melhor cantor do Brasil".

Foi Agostinho dos Santos mesmo que inscreveu suas músicas no 2º Festival Internacional da Canção? Como foi essa história?

Milton Nascimento - Eu estava um pouco decepcionado com o clima de guerra entre os artistas e o público que encontrei em 1966, no Festival Berimbau de Ouro, e prometera a mim mesmo jamais participar de outro concurso. Agostinho, que tinha me visto tocando num bar em São Paulo, queria tirar isso da minha cabeça e, um dia, chegou e disse que ia fazer um disco novo e que precisava de três músicas para, junto com o produtor, escolher uma. Gravei Morro Velho, Maria Minha Fé e Travessia, e, em vez de colocá-las num álbum, Agostinho inscreveu no festival, escondido de mim. A primeira pessoa a me contar que eu tinha classificado as três músicas foi Elis Regina, que havia encontrado numa tarde na rua. Ela chegou pra mim e disse: "Parabéns, você está no festival!". E eu respondi que não tinha feito inscrição nenhuma. Daí ela falou: "Nossa, então tem outro Milton Nascimento!". Aquilo quase me matou, saí dali pensando um monte de coisas, que teria que mudar de nome, etc... Até que eu escuto uma risada atrás de mim, era o Agostinho rindo da minha cara. As três músicas foram classificadas, Maria Minha Fé na voz de Agostinho, e as outras duas comigo cantando. Travessia acabou ganhando o segundo lugar e eu ainda levei o prêmio de melhor intérprete. Agostinho é o responsável por tudo isso, eu jamais teria participado de outro festival se não fosse pelo plano montado carinhosamente por ele. Ele foi meu padrinho musical e uma das pessoas mais importantes da minha vida.

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Qual a importância e o legado deixados por ele para a música brasileira? Ele foi um dos precursores do canto moderno no País?

Milton Nascimento - Sem dúvida! Agostinho foi um dos grandes astros da música brasileira enquanto esteve conosco, mas infelizmente partiu muito cedo. Essa foi uma das maiores perdas da minha vida, assim como Elis. Sem falar que o Agostinho era um cara com muitas preocupações sociais, e pouca gente comenta isso. Foi ele que me levou ao Clube Aristocrata, em São Paulo, um clube só de pretos que era muito ativo no cenário político da época. E um dos caras mais respeitados naquele meio de artistas, músicos e intelectuais era justamente o Agostinho.

Há duas décadas em uma posição inquestionável no hall da fama do dance pop, os ingleses do Pet Shop Boys navegam por uma renascença criativa, com uma nova turnê e o lançamento de dois discos em menos de um ano. Em 2012, fizeram o show de encerramento da Olimpíada, circulando em grande estilo pelo estádio olímpico, em um riquixá de origami, ao som de West End Girls.

Em seguida, romperam os laços com a gravadora Parlophone, que os lançava desde os anos 80, e criaram o Kobalt Services, selo próprio, pelo qual lançaram Elysium, o primeiro disco em três anos. O álbum foi criticado por ser morno, mas elogiado por recriar o pop taciturno que Neil Tennant e Chris Lowe produziam no auge da dupla, no início da década de 90, época em que fizeram a obra-prima Behaviour. Em seguida, anunciaram mais um disco, Electric, que chega às lojas em julho com a promessa de ser um álbum mais dançante.

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O ímpeto criativo, como é de costume, saiu de uma situação dolorosa. "Muita coisa aconteceu nestes últimos anos", conta Neil, a voz da dupla, em entrevista por e-mail. "Meu pais morreram recentemente. Acho que o impacto disso é nítido nas letras e na realização dos discos", completa.

A dupla se apresenta na noite desta quarta-feira (22), no Credicard Hall, em mais um espetáculo visualmente cativante. O dinheiro que o duo economiza com os músicos (sobre o palco, há apenas Tennant, com o microfone, e Lowe, ao teclado), é investido na produção. Os visuais foram criados por Ed Devlin, responsável pelo encerramento da Olimpíada, além de shows de Kanye West e Jay-Z em 2010, e trabalhos para a Royal Opera House de Londres.

As coreografias ficam por conta de Lynne Page, também veterana dos palcos ingleses. O resultado tem figurinos dignos de uma coleção de moda conceitual, projeções a laser e dançarinos saltitantes que não estariam fora de lugar em uma apresentação do Cirque du Soleil. No ápice do show, Tennant e Lowe aparecem entre os cobertores de uma cama na vertical, imobilizados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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