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Ex-ministro da Casa Civil no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Dirceu afirma que, na eleição de 2026, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) pode ser uma candidata à Presidência competitiva. Ele argumenta que, apesar de inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda pode transferir capital eleitoral aos candidatos.

"Eu não subestimaria a Michelle como candidata", disse Dirceu em entrevista à CNN nesta quinta-feira, 25. "O Bolsonaro tem uma natureza de uma força, o Bolsonaro elegeu senadores, o Tarcísio foi eleito em São Paulo."

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Apesar de reconhecer a competitividade de um candidato bolsonarista na próxima eleição presidencial, o petista reitera o favoritismo do atual presidente. "Em 2026, nós vamos reeleger o Lula", disse Dirceu, um dos fundadores do PT, que diz estar de volta à cena política. "Vou passar a falar publicamente agora. Vou participar do debate público a partir deste ano."

O quarto mandato de Lula, na análise de José Dirceu, é parte de um projeto de poder de longo prazo. Na entrevista, ele afirmou que um ciclo de governo de 12 anos à esquerda "é viável, é possível". "Quando nós chegamos no governo, eu disse que tínhamos que ter uma perspectiva de 20 anos, e nós tivemos. Se a Dilma não tivesse sofrido golpe, nós teríamos governado o Brasil por 20 anos", disse.

Michelle é cotada na ‘linha sucessória’ no PL

Desde o fim do mandato de Jair Bolsonaro, o partido do ex-presidente têm apostado em Michelle como nova liderança do bolsonarismo. A ex-primeira-dama assumiu a presidência do PL Mulher em fevereiro de 2023 e, desde então, tem cruzado o País em palestras e eventos. No comando do braço feminino do partido, ela recebe o mesmo salário de um deputado federal, R$ 33,7 mil, além de ter as suas despesas de viagens bancadas pela sigla.

Michelle Bolsonaro já é cotada pelo PL para disputar a cadeira do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), que tem possibilidade de ficar vaga. O ex-juiz pode ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e, se confirmada a saída dele do cargo, uma eleição suplementar para senador terá que ser realizada. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, no entanto, que Michelle não está interessada na eleição ao Senado.

Dirceu projeta a disputa em 2026

Jair Bolsonaro está inelegível até 2030 e Michelle é uma aposta do PL para suceder ao marido como principal liderança à direita do País. Outros partidos também estão se mobilizando para construir seus respectivos projetos. À CNN, Dirceu ponderou esse fator. "Precisa ver quais partidos vão com Bolsonaro. Será que o PL, o PP, o PSD, o União Brasil vão junto? É muito improvável que isso aconteça. Então, também não é tão simples", analisou.

Para o petista, governadores como Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, estão no páreo. Outros nomes, como Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, precisam construir viabilidade. A disputa, resume Dirceu, ainda "não está muito definida".

"Estou vendo o PSD falando no Ratinho Jr., o nosso Caiado, nosso vizinho, o Tarcísio pode ou não ser candidato, por enquanto o Zema eu não sei se ele consegue viabilizar uma candidatura. Eu vejo que, por enquanto, não está muito definido isso", afirmou.

Resistência ao papel de Janja

Na entrevista, Dirceu foi questionado quanto aos personagens políticos que desempenham o papel de conselheiros do presidente Lula. Nos primeiros anos da gestão petista, entre 2003 e 2005, o próprio José Dirceu foi um dos principais nomes com essa atribuição.

"O presidente está bem assessorado", disse Dirceu, referindo-se a Rui Costa, ministro da Casa Civil, Jacques Wagner, líder do Governo no Senado, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e deputada federal pelo Paraná, e Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais.

Na análise, Dirceu disse que Rosângela da Silva, a Janja, não só pode como deve desempenhar o papel de conselheira informal, e que a resistência ao seu desempenho se deve, em certa medida, ao machismo. "Por que o presidente pode ter amigos que são conselheiros dele, influentes, como vocês mesmos reconhecem, e ela não pode ser uma conselheira influente do presidente? É machismo? É preconceito? Eu não vejo nenhum problema nisso."

A influência de Janja sobre Lula tem motivado ataques de opositores e preocupação no governo desde o início deste mandato do petista. Uma das críticas recorrentes é de que ela extrapola os limites da atuação de uma primeira-dama, uma vez que não foi eleita, e tenta influenciar em decisões que caberiam a políticos eleitos.

Em entrevista na terça-feira, 23, o presidente Lula afirmou que a primeira-dama é uma espécie de farol para ele, que o guia e chama a sua atenção quando há "coisa errada". Lula disse ainda que os posicionamentos da primeira-dama "obviamente" o ajudam no trabalho na Presidência.

Medidas tomadas pelo governo Bolsonaro de desoneração tributária, em pleno ano eleitoral, têm potencial de retirar R$ 57,4 bilhões do caixa de Estados e municípios entre 2022 e 2023, segundo cálculos do Estadão/Broadcast a partir de dados obtidos com exclusividade com o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz).

As medidas frustrariam a continuidade da capacidade de governadores e prefeitos de financiar investimentos públicos. Para os governadores, o problema seria maior porque o ano é eleitoral, e muitos tentam a reeleição ou a vitória dos seus aliados. Um dos problemas é que o governo tem cortado tributos que têm arrecadação compartilhada com os Estados e os municípios. Uma "reforma tributária" particular, segundo os críticos, aproveitando a arrecadação recorde que, segundo o presidente Jair Bolsonaro, ficará R$ 300 bilhões acima do previsto.

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Somente com a redução do imposto estadual sobre gasolina, diesel, álcool e gás, haverá uma frustração de receita dos Estados de R$ 30,9 bilhões caso a medida seja mantida pelos governadores até o fim de 2022. Essa medida, aprovada pelo Congresso, teve como "padrinho" o governo Bolsonaro para reduzir o impacto da alta de preços do petróleo na bomba.

A área técnica do Comsefaz estima que o impacto pode ser maior, já que ainda não calculou, por exemplo, eventuais impactos do congelamento do ICMS sobre os combustíveis em 2023.

Em relação à redução da alíquota do IPI, novos cálculos indicam um impacto de R$ 15,5 bilhões em 2023 referente aos efeitos das perdas dos fundos de participação dos entes com os fundos constitucionais. A transferência para os fundos é vinculada a uma parcela do IPI. O corte da alíquota do IPI em 35% até dezembro vai gerar uma perda de R$ 11 bilhões.

IMPOSTO DE RENDA

Além das medidas, ainda há a pressão no Congresso para a correção da tabela do Imposto de Renda e da tabela do Simples, o que poderia frustrar ainda mais as receitas dos entes subnacionais. São tributos também com arrecadação compartilhada.

Na avaliação do diretor institucional do Comsefaz, André Horta, a situação das finanças públicas dos governos regionais seria cada vez mais crítica, e vai ser agravada pelas medidas de governo federal. "Ou os entes vão colapsar, ou vão precisar abrir mão de serviços essenciais à população por falta de receita", disse o diretor. O governo federal, por outro lado, argumenta que o caixa dos governadores está cheio com os repasses a mais feitos durante a pandemia da covid-19.

A perda estimada fará o órgão redigir, no segundo semestre, uma nota na intenção de alertar os próximos governadores sobre perdas no primeiro ano de mandato. O alerta também pretende apontar possíveis medidas fiscais a serem tomadas para retomar a solidez ou mitigar os impactos nas contas públicas.

Horta afirma que a situação fiscal de Estados e municípios vinha melhorando até o fim de 2021 com a abertura do comércio e com a retomada econômica, após a queda sofrida com a pandemia do coronavírus. A receita ganhava fôlego também, principalmente, por causa da alta da inflação e o seu impacto no ICMS.

DESEQUILÍBRIO

Os críticos dessa política federal afirmam que o governo faz essa desoneração sem levar em consideração os Estados e OS municípios. Na avaliação do economista Leonardo Ribeiro, o impacto demonstra ser necessário resgatar a ideia de estabelecer o Conselho de Gestão Fiscal no País para promover uma gestão fiscal coordenada e transparente. "O governo federal vem apostando em medidas que comprometem o equilíbrio das contas públicas dos governos subnacionais sem avaliar impactos e consequências no financiamento das políticas públicas locais", afirmou Ribeiro.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (31), nas redes sociais, o Podemos, antigo partido do ex-presidenciável Sergio Moro, afirmou que ele deixou a sigla sem comunicar a ninguém, “tanto a Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro”. 

Sergio Moro informou a troca do Podemos para o União Brasil na manhã desta quinta.

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Em nota, assinada pela presidente da Executiva Nacional, Renata Abreu, a sigla mencionou ter passado mais de um ano de conversas com Moro até a sua filiação e o lançamento da pré-candidatura à presidência pelo Podemos. “Respeitando o seu momento de vida profissional e pessoal e trabalhando para oferecer ao Brasil uma esperança contra a polarização dos extremos. O Podemos jamais mediu esforços para garantir ao presidenciável uma pré-campanha robusta, a começar por um grande evento de filiação e por toda retaguarda necessária para deslocamentos em segurança pelo País, com total garantia de recursos para sua futura campanha eleitoral”.

“O Podemos não tem a grandeza financeira daqueles que detém os maiores fundos partidários, como é sabido por todos. Mas tem a dimensão daqueles que sonham grande, com a convicção de que o projeto de um Brasil justo para todos vale mais do que dinheiro”, alfinetou o partido, tendo em vista que a nova sigla de Moro, o União Brasil, é o maior partido e detentor da maior verba do Fundo Eleitoral. 

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A sigla exaltou ter sido pega de surpresa com a mudança e que soube pela imprensa, diferentemente do que foi afirmado pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), ao Estadão, ainda nesta manhã. “Para a surpresa de todos, tanto a Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro, sem sequer uma comunicação interna do ex-presidenciável. Seguiremos focados para apresentar aos brasileiros e brasileiras uma alternativa que olhe nos olhos sem titubear. E que, com firmeza, de propósitos, nunca desista de sonhar. Porque, sim, juntos, podemos mudar o Brasil”. 

 

Resistência da sigla 

Moro chegou a enfrentar resistências no Podemos após sua filiaçã, a bancada de deputados federais pressionou para que ele migrasse para o União Brasil ou se candidatasse ao Senado. Dos onze parlamentares da sigla, sete não queriam a candidatura à presidência por conta do Fundo Partidário, além de arranjos regionais.

A alegação para a saída do ex-ministro do partido era o desempenho médio nas pesquisas eleitorais e o pouco tempo de TV. 

 

União Brasil

O deputado federal Júnior Bozzella (União Brasil-SP) contou que Moro decidiu se filiar à sigla durante um jantar com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, na segunda-feira (28).

O ex-ministro se reuniu nesta tarde com representantes do União Brasil. O foi com portas fechadas em uma área reservada e coberta por cortinas no restaurante Tarsila, nos fundos do Hotel Intercontinental, na Alameda Santos, em São Paulo. O estabelecimento foi escolhido por Moro nos últimos meses para se hospedar e fazer reuniões reservadas na capital.

Um mandato de oito anos enche os olhos de qualquer político e, não à toa, Pernambuco já tem nove nomes colocados como pré-candidatos as duas das três cadeiras que o estado tem no Senado Federal. A incógnita, porém, é: quem tem chances de ser eleito e garantir estabilidade política até 2026? A corrida deve se concentrar entre o senador Humberto Costa (PT), que busca pleitear à reeleição, e os deputados federais Jarbas Vasconcelos (MDB) e Mendonça Filho (DEM), mas Rede Sustentabilidade, PSOL, PSC e Avante também desejam as vagas.

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Dos três considerados mais competitivos, apenas o ex-ministro da Educação do governo do presidente Michel Temer (MDB) foi oficialmente confirmado para a disputa pelo cargo. Mendonça, que chegou a ser cogitado para ser candidato a governador, ganhou maior visibilidade nacional ao administrar o setor educacional público no país e promover iniciativas como a reforma do ensino médio. A atuação rendeu ainda avaliações positivas de prefeitos pernambucanos, inclusive de partidos que fazem oposição ao democrata.

Mendonça concorrerá na chapa montada pela frente “Pernambuco Vai Mudar” e já disse que se sente “credenciado” para representar o estado na Casa Alta. “Serei um senador para lutar em defesa do Estado e apoiar o governador nas demandas principais, fato que está ligado aos cargos que já ocupei", afirmou o democrata, durante o evento que lançou sua pré-candidatura, na última segunda (11). O que pesa contra ele, contudo, é o fato de estar ligado ao governo Temer, mal avaliado no estado, ou melhor, no país.

Peso que apesar de ser do MDB, mesmo partido de Temer, Jarbas Vasconcelos não carrega por apresentar um deslocamento claro do presidente brasileiro. Jarbas já foi senador e, em 2014, abriu mão de pleitear a reeleição para que o correligionário, Raul Henry (MDB), fosse vice-governador na chapa da Frente Popular de Pernambuco. Agora, com o movimento inverso, o deputado federal pretende voltar ao Senado.

"Sou candidato ao Senado da República. Acho que tenho nome, tenho história, tenho tradição, credibilidade junto ao eleitorado. Construí minha vida política com determinação, força e honestidade”, salientou recentemente o parlamentar. Nos bastidores, já é certa a vaga dele nas candidaturas majoritárias que serão apresentadas pelo grupo de partidos aliados ao governador Paulo Câmara (PSB), o que resta saber é quem será seu parceiro de disputa pelas duas vagas no Senado.

A resposta disso deve vir a partir do fim das articulações entre PSB e PT, para a retomada da aliança entre os dois partidos, previsto apenas para julho. A convergência entre as legendas fará com que o senador Humberto Costa busque a recondução ao posto pela chapa da Frente Popular, dando ao cenário eleitoral pernambucano um feito inédito: PT e MDB lado a lado em busca do voto.

Adversários históricos no estado, Jarbas Vasconcelos, que é ferrenho opositor e dono de declarações ácidas contra membros da legenda petista, já afirmou que não terá dificuldades em pedir voto para Humberto e começou a ponderar mais as avaliações sobre o PT.

“Vou pedir voto para quem for meu companheiro de chapa. O comando dessa questão é do governador. Ele está num diálogo com o PT e eu acho positivo. Quanto mais ele puder fazer um governo abrangente, melhor para o Estado. O PT não é nenhum bicho de sete cabeças, o governador integrando o PT à aliança não me oponho em coisa nenhuma, vamos trabalhar juntos, peço [voto para Humberto] sem nenhuma dificuldade, se esse for o caso”, considerou o pré-candidato a senador, nesta semana.

Outros nomes oficializados e o desejo de candidaturas

Além dos que centralizam a disputa, a Rede Sustentabilidade vai concorrer com uma chapa que terá como pré-candidatos Antônio Souza e Pastor Jairinho. Os dois tentam sair do isolamento e buscam alianças com outros partidos para dar mais competitividade às suas postulações. Os presidentes de PMN, PTC, PPL e PRP já declararam apoio a Antônio, mas não há uma aliança firmada oficialmente ainda com a Rede.

O PSOL, que protagoniza nesta eleição uma chapa majoritária feminina e feminista, também vai apresentar as candidaturas de Albanise Pires e Eugênia Lima ao Senado. A legenda firmou aliança com o PCB e deve arrastar votos de opinião e de movimentos feministas pernambucanos. Albanise já concorreu ao cargo em 2014, contra o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT) - que também perdeu o pleito. 

Outro nome que está entre os pré-candidatos é o do deputado federal Silvio Costa (Avante). Nos últimos dias, ele tem divulgado a conquista do apoio de prefeitos pernambucanos, contudo, o parlamentar ainda não tem uma chapa. Uma das esperanças dele é que o PT e PSB não firmem aliança e possa concorrer no mesmo palanque da pré-candidata petista ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes. Isso fica claro porque Silvio é defensor da postulação da vereadora e tem se intitulado como o “senador de Lula”.

Completando a lista dos que desejam um lugar na Casa Alta, está o deputado estadual André Ferreira (PSC). Ele tenta costurar a candidatura, considerada como prioridade pelo partido, e tem dito que apenas fechará alianças que garantam a participação dele na majoritária. Entretanto, até o momento, nada foi concretizado.

Atualmente o PSC é aliado do governador Paulo Câmara, que ainda não definiu como montará a chapa, mas já iniciou um namoro com a frente “Pernambuco Vai Mudar”, de Armando Monteiro. No bloco oposicionista, os partidos abriram espaço para Ferreira, inclusive com o PSDB abrindo mão da vaga. Tanto governistas como opositores sabem que ter na chapa o deputado estadual, duas vezes o vereador mais votado do Recife, atrai os olhares do segmento evangélico.

Avaliação do cenário

A competitividade entre os pré-candidatos pernambucanos ao Senado e a viabilidade de vitória entre eles foi analisada pela cientista política Priscila Lapa, em conversa com o LeiaJá. A estudiosa também ponderou as articulações firmadas entre os partidos para a construção das postulações e disse que o eleitor ainda confunde o cargo de senador com o de deputado federal.  

“A vaga para o Senado na chapa é o cargo de barganha que dá definição e modelagem as alianças. É um cargo de muito valor, com mandato de oito anos. Um exemplo disso vimos na negociação para que Mendonça trocasse a liderança da chapa para a disputar o Senado”, observou a cientista, lembrando que o ex-ministro da Educação foi cotado para concorrer ao Palácio do Campo das Princesas.  

“Mendonça vem com grande capital político, pois como ocupou o cargo de ministro e vem se capitalizando como um dos candidatos mais competitivos. Ele agrega por ter ganho muita visibilidade como ministro da Educação, vem com a candidatura fortalecida, mas se ele usasse isso para disputar o cargo de governador teria o problema de rejeição, por estar ligado ao presidente Michel Temer. No Senado, deixa de ser vitrine e não capitaliza essa rejeição”, completou.

Do outro lado, Lapa também disse que “o grande peso” será se o PT e o PSB vão estar juntos ou não na disputa. “Se eles saem separados, vejo dificuldades para Humberto, por isso que ele é o grande defensor de não haver a candidatura de Marília. O PT esta esvaziado, não tem bancada federal que dê sustentação ao palanque e a estadual está frágil”, argumentou, lembrando que, apesar disso, o senador petista tem a favor dele o fato de ser considerado “uma liderança” em Brasília e “alguém que tem interlocução”.

Mesmo com o peso para o PT do retorno à Frente Popular de Pernambuco, a cientista política salientou que haverá uma “estranheza” do eleitor diante das eventuais candidaturas de Humberto Costa e Jarbas Vasconcelos na mesma chapa. Jarbas que, na ótica de Priscila, pode se sobressair pelo “recall [de votos] e a memória positiva de quando ele foi governador”, além da independência partidária, “mas isso não garante vitória”.

Questionada se seria uma disputa competitiva, Lapa argumentou que as pré-candidaturas postas não apresenta um quadro de renovação, como vem pedindo o eleitorado, e a “tendência é ser uma eleição mais conservadora”. A cientista política ainda esclareceu que normalmente os eleitores escolhem o senador pelo candidato a governador e que candidaturas solo não tendem a ser vitoriosas.

 

Sob a batuta do deputado estadual André Ferreira, o PSC está investindo na montagem de uma chapa para concorrer à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) com filiações de ex-parlamentares e lideranças de diversas regiões do estado. De acordo com Ferreira, que é pré-candidato ao Senado, a expectativa da legenda social-cristã é de conquistar, no mínimo, seis cadeiras na Casa Joaquim Nabuco. 

Atualmente o PSC tem apenas um representante na Alepe, o próprio presidente estadual, mas com a janela partidária podem ampliar o grupo, entre os cotados para ingressar no PSC está o presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchôa, que já anunciou desfiliação do PDT. 

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Entre os que ingressaram recentemente no partido, tendo em vista a disputa eleitoral, estão o ex-prefeito de Brejo da Madre de Deus, Roberto Asfora; as ex-deputadas estaduais Carla Lapa e Mary Gouveia; o ex-prefeito de Escada, Jandelson Gouveia; o vereador de Carpina, Diogo Prado e o empresário do ramo da educação, Rodrigo Gomes. A chapa será capitaneada pela candidatura do pai de André, Manoel Ferreira. 

“Há três meses nós estamos trabalhando para construir a chapa para a Assembleia Legislativa. Ela contará com representantes de várias regiões e segmentos sociais do Estado. E a conta é eleger entre seis e sete deputados, sem brigar com a matemática”, destacou o dirigente, que também projeta conquistar a vaga no Senado e duas cadeiras na Câmara Federal. 

A incógnita agora é sobre em qual majoritária que a chapa do partido vai apoiar, se estará alinhado à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) ou concorrerá no campo de oposição. André Ferreira vem sendo cortejado pela oposição capitaneada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB). 

Entusiasta da candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à Presidência, o ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) afirmou, nesta quinta-feira (8), que está à disposição do presidenciável para garantir um palanque favorável a ele em Pernambuco. Mendonça está entre os cotados para disputar o cargo de governador na chapa que está sendo montada por um grupo de sete partidos que integram a frente “Pernambuco Quer Mudar”. 

“Quando faço parte de um time jogo em qualquer posição. Jogo de goleiro, zagueiro ou atacante. Estou à disposição para ser deputado federal, senador por Pernambuco ou governador para lhe ajudar a se eleger presidente”, garantiu Mendonça, ao discursar durante a convenção nacional do DEM, em Brasília. Para Mendonça, Maia tem “talento” e “ousadia” para “devolver o Estado Brasileiro aos brasileiros e principalmente aos mais pobres”. 

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Mais cedo, em entrevista à Rádio Jornal, Rodrigo Maia chegou a dizer que defendia a participação do correligionário na chapa majoritária estadual e não na reeleição como deputado. “Em Pernambuco, há uma aliança construída pelos partidos de oposição, mas com todo respeito que tenho ao governador Paulo Câmara, nosso campo está construindo uma candidatura, onde o ministro Mendonça fará parte dela, certamente na chapa majoritária, garantindo ao DEM um espaço importante”, projetou. 

Um DEM resistente

Durante seu discurso, além de defender a candidatura de Maia, Mendonça disse que o Democratas foi resistente. “Se porventura pudessemos caracterizar o Democratas como um partido político seria um partido que tem lado, e que, ao longo de 13 anos, resistiu. Foi dito que nós iriamos desaparecer, que o Democratas desapareceria da política nacional, ficamos restritos tão somente a 21 parlamentares, pouco mais de duas kombis reunia a bancada do Democratas naquele momento difícil”, destacou. 

“Este partido que resistiu bravamente está vivo, firme e forte em defesa do interesse do povo do Brasil… O Brasil se viu seduzido pelo populismo e todo populismo no começo encanta, mas no final leva a todos para o buraco”, completou.

Disparando contra os governos do PT,  Mendonça disse que a prática da esquerda é “debater, debater e não fazer”. O ministro também enalteceu o que chamou de “governo de transição”, referindo-se a gestão do presidente Michel Temer (MDB), e prestes a deixar o cargo fez um balanço das suas ações à frente da Educação no país. 

"Seja na prefeitura de Salvador ou no ministério da Educação, temos competência e capacidade de trabalhar pelo povo, não no blá-blá-blá e na conversa mole, mas na ação prática para transformar a vida e dar perspectivas de futuro", declarou. 

Facebook, Twitter, Instagram, Whatsapp… São exemplos de plataformas digitais onde os argumentos populares têm sido intensificados nos últimos anos, diante do cenário político do país. Em 2018, com o advento das eleições para diversos cargos eletivos, entre eles presidente da República e governador, a tendência é de que os debates nas redes sociais ganhem um fôlego maior e mais acalorado, uma vez que os candidatos, com as reformas eleitorais que diminuem o tempo da campanha tradicional, passaram a utilizar as ferramentas com frequência para apresentar suas propostas. 

Maior ferramenta de interação social no mundo, o Facebook, por exemplo, tem no Brasil mais de 120 milhões de pessoas interligadas. A rede é a que comporta as principais discussões eleitorais, como aconteceu durante o pleito de 2016 e agora o investimento dos postulantes também tende a ser mais intenso, inclusive, por conta da permissão de que as publicações eleitorais sejam impulsionadas. 

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Apesar disso e da popularização das plataformas, na avaliação do doutor em Ciência Política e professor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Juliano Domingues, a tendência é de que elas sejam determinantes apenas em cenários mais acirrados. 

“Outras variáveis tendem a interferir mais nesse processo [eleitoral], como o ambiente familiar e as relações clientelistas entre candidatos e eleitores. Somente em cenários muito disputados, em que qualquer voto pode ser decisivo, elas podem fazer alguma diferença. Entretanto, como as redes sociais acabam criando bolhas de percepção, seu potencial está muito mais atrelado ao reforço de opiniões previamente adotadas”, salientou. 

As ferramentas podem ainda não ser determinantes para o resultado do pleito, mas uma pesquisa recente feita pelo Ibope registrou que 36% dos eleitores entrevistados acreditam que as redes sociais vão influenciar muito na escolha do candidato, 20% disseram que terá pouca influência e 40% pontuaram que as plataformas não vão interferir no pleito. 

Para Domingues, os políticos devem “conhecer bem seu eleitorado potencial e trabalhar formato e conteúdo da mensagem sob medida, sem medo da interação” para que possa se beneficiar de alguma forma com o uso das redes sociais, mas não investir apenas nelas. 

“A variável mais importante quando se fala em rede social digital é a escala. Portanto, a depender da repercussão, um erro pode ser fatal. Ao mesmo tempo, um acerto pode render uma boa quantidade de votos. Entretanto, não há fórmula pronta. Além disso, o uso de redes sociais digitais deve ser visto como reforço a estratégias que não se restrinjam ao mundo virtual. A internet, por si só, está longe de garantir a eleição de um candidato”, disse.

Grupos e ideologias vão acentuar o debate

Quanto a inserção do eleitor nas redes sociais, o estudioso acredita ainda que os debates mais intensificados nas plataformas são protagonizados por grupos específicos. “De modo geral, o que há é uma discussão entre pessoas e grupos convictos das suas verdades absolutas. Além disso, as redes sociais são marcadas pela efemeridade e pela superficialidade argumentativa. Essas características incentivam mais a discussão do que propriamente o debate”, observou, salientando que é comum, inclusive, observar troca de ofensas entre os internautas que discordam de alguma tese. 

Coordenador da pesquisa Robôs, Redes Sociais e Política no Brasil da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ruediger afirmou recentemente, ao avaliar as chamas fake news - notícias falsas que podem surgir na disputa, disse que as redes sociais serão um campo de batalha durante a campanha. 

“Não tenho dúvida de que [o peso da redes sociais] será muito maior. Mais pessoas utilizam redes sociais do que há quatro anos. As campanhas de rua ficaram muito caras e com poucos financiadores. Então, as redes se tornam atraentes porque o custo, em geral, é mais baixo. O problema é que será um "tiroteio" de vários lados, porque é frequente o uso das mídias sociais para deformar o debate público e todos os campos ideológicos usam esse tipo de instrumento. É disseminado no mundo da política e agora vai ser potencializado”, cravou.

O deputado federal Betinho Gomes (PSDB) avaliou como precipitada a indicação do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), como o concorrente da legenda tucana ao governo de Pernambuco em 2018. A sugestão de que o prefeito integre a disputa eleitoral veio do presidente do PSDB no Recife e vereador, André Régis, que chegou a demonstrar pressa em um possível desembarque da sigla da gestão do governador Paulo Câmara (PSB), apesar do pleito só acontecer daqui a dois anos.

Sob a ótica de Betinho Gomes, o posicionamento não corresponde a atual conjuntura política estadual adotada pelo PSDB e é precoce. "O nosso partido está focado em ajudar Paulo Câmara a governar nosso Estado e buscar as melhorias necessárias para Pernambuco. Esse é um debate que só deve ser feito lá na frente", explicou Betinho.

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Filho do prefeito Elias Gomes, o parlamentar disse respeitar as opiniões de André Régis, mas “não é o momento de pensar nesse assunto [em 2018]”. Elias deixa o comando de Jaboatão dos Guararapes em dezembro deste ano. Procurado pelo Portal LeiaJá para comentar a indicação, o prefeito não atendeu as ligações até o fechamento desta matéria. 

A candidata do PSB à Presidência interrompeu a sua ascensão e permaneceu na casa dos 34% enquanto a petista Dilma Rousseff chegou a 35% das intenções de voto, de acordo com a pesquisa DataFolha divulgada na noite desta quarta-feira, 03. Dilma tinha 34% na sondagem anterior, dos dias 28 e 29 de agosto, e sua variação, portanto, está dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. Ambas estão em uma situação de empate técnico. Aécio Neves, do PSDB, oscilou de 15% para 14% entre uma sondagem e outra.

Na disputa de um eventual segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva, a candidata do PSB venceria por 48% contra 41% da petista, informou o DataFolha, divulgado há pouco pelo site do jornal Folha de S.Paulo. Na pesquisa realizada no final de agosto, a diferença era de 10 pontos porcentuais (50% a 40%) entre as duas candidatas.

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Se a eleição no segundo turno fosse disputada entre Dilma e Aécio Neves, a atual presidente seria reeleita ao vencer por 49% a 38%. Em um cenário de Marina versus Aécio no segundo turno, a candidata do PSB também venceria o rival, por 56% a 28%.

O DataFolha entrevistou 10.054 eleitores em 361 municípios brasileiros entre segunda-feira e hoje. O nível de confiança é de 95%, o que significa que a cada 100 levantamentos em 95 o resultado estaria dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o código BR-00517/2014.

O candidato ao governo de Pernambuco pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Jair Pedro, já deixou claro que o foco da sua campanha é a classe trabalhadora. Atuando ao lado da massa e sindicalistas, o candidato tem percorrido indústrias, garagens rodoviárias, entre outras localidades, para atingir o objetivo. 

Nos últimos dias, Jair Pedro tem focado sua campanha no interior do estado. Desde o início da manhã desta quarta-feira (6), o candidato está em Caruaru, onde visitou e conversou com funcionários das indústrias Inbrac e Vitamassa. No início da tarde, o candidato cumpre agenda na capital do agreste, onde participa da Assembleia dos Servidores Municipais de Caruaru. 

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Ao contrário dos seus principais adversários que promoveram grandes caminhadas, carreatas e comícios durante as visitas ao interior, o candidato do PSTU se contentará com pequenos atos políticos junto à classe trabalhadora. Segundo ele, seus opositores tem desperdiçado dinheiro com as campanhas. “A nossa classe está sempre em luta. Sempre que possível, a gente vai tá nas ruas, junto com as pessoas. Antes de viajar para Caruaru, fizemos uma ação na frente de uma garagem de ônibus, às 4h da manhã, que é quando eles têm tempo de ouvir nossas propostas. Mas também vamos investir nas redes sociais. Achamos que os comícios são gastos desnecessários, muitas vezes utilizando dinheiro público. Como um cientista político falou, essa será a campanha do Marketing. Mas digo e repito: Marketing não é sinônimo de ação”, ressaltou Jair Pedro. 

Não por acaso, todas as candidaturas do partido têm ligação com a classe trabalhadora, como a postulante ao senado, Simone Fontana, que é diretora do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere).  De acordo com o candidato ao governo do estado, o partido pretende inaugurar alguns comitês. Porém eles não serão um local aberto apenas para aquela finalidade. Serão áreas ocupadas para tal iniciativa, como terraços, quintais, garagens dos militantes. “Convocamos a população a se unir ao PSTU nessa luta. A abrir as suas portas e transformar suas residências e pontos comerciais, em comitês do PSTU”, concluiu.

No mês de setembro, o candidato do PSTU pretende realizar ato de campanha nas cidades de Petrolina, Araripina, Catende e Goiana. 

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A participação dos evangélicos nos pleitos eleitorais tem crescido nos últimos anos. Em comparação a 2010, por exemplo, as candidaturas de pessoas que integram o segmento religioso cresceram 40%, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Só de pastores o órgão registrou 270 registros, em 2010 foram 193. 

Representando quase 42,3 milhões de brasileiros, de acordo com dados do IBGE 2010, o voto evangélico é cortejado tanto por candidatos do segmento quanto por outros. Este aspecto dificulta ainda mais a unidade do eleitorado religioso, já que ao contrário do dízimo (valor pago mensalmente nas igrejas) eles não são obrigados a votar em um único candidato. 

PT e PSB já admitiram que vão atuar visando o setor, para garantir a parcela de religiosos que votarão neles. O PSDB, abrangendo todos os segmentos religiosos, chegou a afirmar que não nutre preconceitos e vai investir maciçamente para atrair o público evangélico. 

Vistos como polêmicos por serem contra temas como a legalização do aborto, a união homoafetiva e a eutanásia, os candidatos evangélicos apresentam como principal bandeira a defesa da família, seguindo, de acordo com eles, os prefeitos de bíblia sagrada. 

Representatividade no Congresso Nacional

Os religiosos que compõem as bancadas do Senado e da Câmara Federal criaram a Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional. Atualmente eles configuram 73 parlamentares, sendo 70 deputados e três senadores. Entre eles estão os deputados Pastor Marcos Feliciano (PSC-SP), João Campos (PSDB-GO) e o pernambucano Anderson Ferreira (PR), além do senador Magno Malta (PR-ES). 

Em 2010 a bancada evangélica voltou a ganhar força no Congresso, em 2006 eles representavam apenas dos 36 deputados.

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, disse nesta quinta-feira (31), em entrevista a rádios da Bahia, que, caso seja reeleita, terá como prioridade a criação de novas oportunidades para a população e a oferta de mais serviços de qualidade, com a ampliação dos programas Mais Médicos e Minha Casa, Minha Vida. Em relação às críticas sobre a situação do país, Dilma respondeu que o “mote” de sua campanha será “a verdade vai vencer o pessimismo”, e comparou o atual momento com o que aconteceu na eleição que elegeu, em 2002, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois da vitória, Lula cunhou o slogan “A esperança venceu o medo”.

“O que vence o pessimismo é a verdade dos fatos”, disse Dilma. Para ela, há, de forma deliberada, um “processo de criação de expectativas negativas nocivo ao país”. A candidata voltou a negar a possibilidade de “tarifaço” depois das eleições de outubro e ressaltou que, diferentemente do que “os pessimistas” previam, não houve crise cambial no país nem racionamento energético, porque o Brasil fez “o dever de casa”. Segundo a presidente, a inflação também está sob controle. “A inflação está caindo e vai fechar direitinho na meta, dentro da banda”.

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Em relação ao Mais Médicos, Dilma disse que, num segundo governo, incluirá mais serviços de saúde no programa, com médicos especialistas e exames laboratoriais. “Queremos partir para a criação do serviço que garanta agilidade no atendimento do médico especialista, aquele que vai cuidar de um problema de coração, aquele ortopedista, e, ao mesmo tempo, garantir acesso a exames laboratoriais”, afirmou.

Segundo ela, os médicos alocados na atenção básica do posto de saúde conseguem resolver 80% dos problemas, e os especialistas resolverão o restante. A presidente ressaltou que também lançará o Minha Casa, Minha Vida 3. “Nós iremos, no próximo período, caso eleitos, fazer o Minha Casa, Minha Vida 3, e aí serão mais 3 milhões de moradias”.

Na entrevista de hoje, Dilma reforçou que está comprometida com a reforma política no país, que, segundo ela, precisa de uma “grande mobilização popular” para virar realidade. “Acredito que uma grande mobilização popular pode criar legitimidade e força para reforma política”.

 

A deputada estadual Laura Gomes (PSB), candidata a reeleição, inaugura, neste sábado (19), o comitê de campanha, às 11h, em Caruaru. O espaço vai funcionar em frente ao comitê regional do candidato a governador da Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), que também será inaugurado no mesmo horário. 

Além de Caruaru, ex-secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos terá um comitê no Recife. A socialista foi eleita em 2010, com 40.962 votos, assumiu a secretaria estadual em 2011 e em abril deste ano retornou a Assembleia Legislativa de Pernambuco visando a reeleição. 

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Para quem ainda duvida da candidatura do governador Eduardo Campos (PSB) à presidência da República, o vice, João Lyra Neto (PSB), confirmou durante entrevista a uma rádio local nesta quarta-feira (1), que o socialista disputará mesmo as eleições. O futuro governador também falou sobre administração estadual que assumirá a partir de abril e deixou claro que a gestão será de continuidade. 

“Depois de sete anos que convivo com ele (Eduardo Campos) eu vou assumir (o governo). As perspectivas de transição que muitos perguntam vai ser muito tranquila porque vai se convivendo. Nós criamos um laço de uma relação de confiança muito grande, de cumplicidade, eu trabalhei intensamente durante esses sete anos, fui coordenador de áreas importantes como educação, saúde, tive a honra de ser secretário de saúde durante dois anos e fizemos um trabalho de reestruturação daquela área. Então, é um trabalho de continuidade que começou lá atrás e a gente não pode fazer política sem fazer história”, confirmou Lyra. 

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O ainda vice relembrou da ligação que há com a família de Campos desde a época de 1959, quando Miguel Arraes assumiu a Prefeitura do Recife e João Lyra Filho a de Caruaru. “E aí nós começamos as nossas vidas e chegamos em 2006 João Lyra Neto vice de Eduardo Campos, e começamos a trabalhar”, contou. 

Lyra também encheu o governador de elogios e frisou que ele será o primeiro pernambucano a deixar um cargo para candidatar-se. “Eduardo Campos se torna a principal liderança de Pernambuco, se torna uma liderança para o Brasil, presidente de um partido que cresce e que tem história e chegou a um momento dele disputar. Já teve pernambucano presidente, mas nunca teve um político pernambucano, teve Lula, mas o primeiro pernambucano que deixa o governo de seu Estado para ser candidato é Eduardo Campos e com chances concretas de apresentar o trabalho que ele tem feito no ministério, o trabalho que ele tem feito no governo do Estado e se apresentar como alternativa para governar o Brasil”, enalteceu. 

Sobre o desafio de administrar Pernambuco a partir de 4 de abril, ele demonstrou calmaria e não escondeu que seguirá os trabalhos deixados por Campos. “Vou assumir com muita tranquilidade, mas consciente da minha responsabilidade. Eu vou assumir o governo, mas não será o governo de João Lyra, será a continuidade do governo de Eduardo Campos e é com esse sentimento que eu vou concluir o mandato do governo de Eduardo Campos de oito anos. (...). Nós comungamos o mesmo pensamento político, os mesmos compromissos com o povo de Pernambuco, mas cada um com seu perfil, com suas características”, destacou. 

O vice comentou ainda sobre o nome que sucederá Campos e não descartou ser um dos escolhidos. “Eu tenho dito a imprensa que posso até ser candidato ao governo do Estado o que eu não sou é pré-candidato. Eu acho que minha relação política e pessoal com Eduardo não permite me apresentar como pré-candidato”, disse resultando em seguida  a importância de ser governador quando o socialista deixar o cargo. “Eu me sinto muito honrado em ser governador do Estado. É um período curto, mas um momento importante da política pernambucana”, declarou. 

De olho na vaga do governador Eduardo Campos (PSB), após término do mandato em 2014, o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), afirmou em rede social que a “Frente Popular de Pernambuco está mais forte do que na eleição passada”, mesmo com o cenário de algumas rupturas como a do PTB. Bezerra, que, nos últimos dias, tem percorrido várias cidades pernambucanas de forma estratégica, também taxou o PSB como favorito para a eleição estadual em 2014. 

“A Frente Popular de Pernambuco está mais forte do que na eleição passada. Se é fato que nós vamos perder o apoio de alguns partidos em função da candidatura presidencial de Eduardo, é fato também que nós vamos recolher outros apoios de outros partidos que vão vir para se integrar a Frente Popular de Pernambuco”, anunciou o ex-ministro na página oficial de seu Facebook. 

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Declarando aos quatro cantos por onde passa que o partido que faz parte é o mais forte, o socialista ratificou sua posição sobre o assunto. “Eu tenho dito e reitero que o candidato da Frente Popular, o candidato do PSB, é o grande favorito para a disputa estadual, sem demérito a qualquer candidatura que está colocada ou que venha a ser colocada”, opinou. 

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