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Um policial rodoviário federal foi preso em flagrante nesta quarta-feira (17) transportando mais de 300 quilos de cocaína e crack no compartimento secreto de uma caminhonete de luxo, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Assis, no sudoeste do Estado de São Paulo. Outro homem que estava com o policial no veículo também foi preso. Há suspeita de que a droga vinha do exterior.

Os suspeitos disseram que entregariam a carga na capital paulista. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) abriu apuração administrativa contra o policial.

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De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), agentes da Polícia Rodoviária Estadual faziam patrulhamento de rotina pela rodovia quando observaram um caminhão-guincho carregado com uma caminhonete.

Dentro do veículo estavam os dois suspeitos que tentaram se abaixar ao ver a viatura. Devido a esse comportamento incomum, os policiais decidiram realizar a abordagem.

Os suspeitos, um deles o policial rodoviário federal, informaram que a caminhonete teria quebrado e por isso pediram o guincho. Conforme a SSP, ao realizarem vistoria no veículo, os policiais perceberam que havia um compartimento estranho no assoalho da carroceria. No esconderijo, foram encontrados 198 tijolos de cocaína e 128 de crack, totalizando 338,6 quilos de droga. No mercado ilegal, a carga poderia valer próximo de R$ 10 milhões.

O policial federal, de 42 anos, e o outro homem, um autônomo de 46, disseram aos militares que receberam a carga em Toledo, no Paraná, e seriam pagos para levar a droga até a cidade de São Paulo, onde seriam contatados pelo destinatário final.

As drogas e a caminhonete, uma Toyota Hilux, foram apreendidas. Os suspeitos presos foram encaminhados à Delegacia Seccional da Polícia Civil em Assis e seriam apresentados à Justiça em audiência de custódia.

Esta é a primeira grande apreensão de drogas, este ano, na Raposo Tavares, conhecida rota de escoamento de produtos ilegais vindos do Paraguai e da Bolívia, através do Mato Grosso do Sul.

Além de contrabando, grandes quantidades de maconha são apreendidas no trecho em que a rodovia corta o oeste paulista, ligando com o Estado vizinho. Em maio do ano passado, em apenas uma apreensão, a PM recolheu mais de 12 toneladas de maconha transportadas em uma carreta, em Presidente Prudente.

A PRF informou em nota que, tão logo foi informada da prisão em flagrante de um agente do órgão na cidade de Assis (SP), acionou a Corregedoria para apoiar a investigação sobre o ocorrido e conduzir a apuração administrativa.

"A PRF manifesta repúdio a qualquer conduta que vá de encontro a seus valores constitucionais e reafirma o compromisso do órgão de não tolerar desvios de conduta por parte de seus servidores", disse a instituição.

O fato da polícia não ter divulgado os nomes dos suspeitos impossibilitou que a reportagem fizesse contato com suas defesas.

Vereadores de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, aprovaram uma lei para multar usuários de drogas da cidade. A nova lei prevê uma multa de R$ 412 para quem for flagrado utilizando, transportando ou guardando drogas proibidas por lei, mesmo para uso pessoal.

O projeto teve origem no Executivo e tramitou rapidamente no Legislativo. Protocolada na tarde da terça-feira, dia 9, a proposta foi votada e aprovada na sessão extraordinária realizada no dia seguinte, quando os vereadores apreciaram um pacote que incluía outros quatro projetos.

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Eduardo Zanatta (PT) foi o único que não registrou voto na proposta, que recebeu votos favoráveis de outros 17 vereadores. A lei prevê que a multa deve ser paga no período de 30 dias, e em caso de reincidência o valor será dobrado.

Contudo, as pessoas flagradas com drogas podem se livrar da multa caso, dentro do período de um mês de vencimento dela, elas se submetam, voluntariamente, a um tratamento para combater a dependência de drogas.

Além da Guarda Municipal, que ficará responsável por garantir o cumprimento da medida, o governo da cidade também poderá firmar convênio com a Polícia Militar (PM) para aplicação da multa. A nova lei também prevê uma gratificação aos agentes municipais de segurança que realizarem abordagens e apreensões. O texto agora depende da sanção do prefeito Fabrício Oliveira (Podemos) para virar lei.

Crime

Além da multa que será aplicada no caso de Balneário Camboriú, o porte de drogas, mesmo para uso pessoal, é crime previsto pelo Código Penal Brasileiro.

Atualmente, o artigo que prevê punição penal nesses casos está tendo a constitucionalidade contestada no Supremo Tribunal Federal (STF); há cinco votos na Corte pela inconstitucionalidade da criminalização do porte de maconha para consumo próprio, dos ministros Gilmar Mendes (relator), Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Roberto Barroso e Rosa Weber, e um contra, do ministro Cristiano Zanin.

Durante a última sessão no Supremo sobre o tema, em 24 de agosto, o ministro André Mendonça pediu vista. O julgamento foi destravado quando Mendonça devolveu o recurso ao sistema, em 4 de dezembro, e deve ser retomado neste ano. Ainda na sessão de 24 de agosto, Rosa Weber, que se aposentou em setembro da Corte, antecipou seu voto a favor da descriminalização. Gilmar Mendes também restringiu seu voto favorável só para porte de maconha - antes havia votado a favor da descriminalização de qualquer droga.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vereadores de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, aprovaram uma nova lei para multar usuários de drogas da cidade, a qual prevê uma multa de R$ 412 para quem for flagrado utilizando, transportando ou guardando drogas ilícitas, mesmo para uso pessoal.

O projeto teve origem no Executivo e tramitou rapidamente no Legislativo. Protocolado na tarde de terça-feira, 9, a proposta foi votada e aprovada na sessão extraordinária realizada no dia seguinte, quando os vereadores apreciaram um pacote que incluía outros quatro projetos.

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Eduardo Zanatta (PT) foi o único que não registrou voto na proposta, que recebeu votos favoráveis de outros 17 vereadores. A lei prevê que a multa deve ser paga no período de 30 dias, e em caso de reincidência o valor será dobrado.

Contudo, as pessoas flagradas podem se livrar da multa caso no período de um mês de vencimento da mesma se submetam, voluntariamente, a um tratamento para combater a dependência de drogas.

Além da multa no caso de Balneário Camboriú, o porte de drogas, mesmo para uso pessoal, é crime previsto pelo Código Penal brasileiro. Atualmente, o artigo que prevê punição penal nesses casos está tendo a constitucionalidade contestada no Supremo Tribunal Federal (STF); há cinco votos pela inconstitucionalidade da criminalização do porte de maconha para consumo próprio, mas o julgamento foi suspenso antes do seu desfecho, que pode ocorrer em 2024.

Fiscalização

Além da Guarda Municipal, que ficará responsável por garantir o cumprimento da medida, o governo da cidade também poderá firmar convênio com a Polícia Militar (PM) para aplicação da multa.

A nova lei também prevê uma gratificação aos agentes municipais de segurança que realizarem abordagens e apreensões. O texto agora depende da sanção do prefeito Fabrício Oliveira (Podemos) para virar lei.

Executivos e acionistas das empresas de Elon Musk - Tesla, X, SpaceX, entre outras - estão preocupados com a conduta do bilionário em suas atividades recreativas. De acordo com uma reportagem do jornal americano Wall Street Journal, o uso de drogas como ketamina, LSD, cocaína e cogumelos "mágicos" fazem diretores perderem o sono com o temor de que suas companhias sejam afetadas.

Musk não respondeu aos pedidos de comentário do Wall Street Journal. Seu advogado, Alex Spiro, afirmou que o empresário é submetido a testes com frequência, de forma aleatória, e nunca falhou em nenhum dos exames.

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Musk já assumiu publicamente fazer uso de drogas com certa frequência. Em 2018, o bilionário apareceu no videocast de Joe Rogan fumando maconha, o que fez as ações da Tesla caírem mais de 9% no mesmo dia. Ele também já falou sobre usar ketamina, um anestésico potente e com efeito psicodélico, para tratar depressão - o uso do medicamento de forma controlada já é prescrito por psiquiatras nos EUA para o tratamento da doença.

Festas e eventos em que o bilionário já admitiu ter feito o uso de drogas aconteceram nos últimos anos, em diversas partes do mundo, e pessoas que acompanhavam Musk tinham que assinar um documento de confidencialidade ou entregar seus celulares na entrada do encontro. Pessoas próximas informaram ao Wall Street Journal, porém, que o comportamento começou com maior frequência em 2017.

Essa postura fez com que os investidores fiquem temerosos pela saúde e quanto à capacidade de Musk de administrar as empresas que têm na mão. Isso porque Musk já teria aparecido sob efeitos de drogas no trabalho, com dificuldades de apresentar reuniões ou conversar com colegas, afirmou o jornal americano.

Na ocasião em que participou do videodcast de Joe Rogan, por exemplo, Musk teve que enfrentar a Nasa, que ordenou uma revisão da cultura corporativa e de segurança da SpaceX, e afirmou que o empresário não seria visto "fumando ou bebendo álcool em público novamente". A empresa foi a vencedora de uma licitação da agência espacial americana para levar astronautas para a Estação Espacial Internacional e é a única empresa no país autorizada para a missão.

A Polícia Civil, acionada por uma denúncia anônima, efetuou a prisão em flagrante de um jovem de 24 anos, na quinta-feira (4), enquanto realizava tráfico de drogas em uma quadra de esportes próxima à nova orla, no bairro da Poeira, em Marechal Deodoro, Alagoas.

Ele havia publicado em suas redes sociais sobre a posse da maconha, convidando pessoas a se encontrarem com ele na Praça da Juventude no bairro da Poeira.

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A prisão

O chefe de operações do 17º DP, agente Antônio Augusto, organizou uma operação após a denúncia. Durante a abordagem, foram encontradas 30 bombinhas de maconha e R$ 49 em espécie com o jovem.

Diante dos fatos, o rapaz recebeu voz de prisão e foi conduzido ao Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Marechal Deodoro.

A delegada Liana Franca, titular do 17 DP, lavrou o Auto de Prisão em Flagrante pelo crime de Tráfico de Drogas.

Com informações da assessoria

 

A Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante nesta quinta-feira, 28, um homem de 30 anos que enviava drogas pelos Correios. O investigado enviava LSD, uma substância sintética alucinógena, por meio de encomendas de Vila Velha (ES), para várias regiões do País.

Durante as buscas na casa do investigado, a PF encontrou 775 pontos de LSD, MDMA, maconha e haxixe. O investigado foi preso por tráfico de drogas e, caso condenado, poderá responder a uma pena que varia de 5 a 15 anos de reclusão e multa.

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A prisão foi realizada após uma investigação da PF que identificou que o suspeito teria enviado mais de 15 encomendas suspeitas de conter drogas. A ação foi uma cooperação entre os Correios e a Polícia Federal.

A maioria das encomendas foi identificada e recolhida pela coordenação de segurança dos Correios. As suspeitas foram confirmadas pelo cão detector de drogas da equipe K9 da Polícia Federal.

Em balanço sobre os trabalhos em 2023 na última sessão do Senado no ano, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, destacou projetos importantes aprovados pelos senadores como a Emenda Constitucional 132, da reforma tributária, promulgada nesta quarta-feira (20), e também apontou prioridades para 2024. Ele disse que cabe ao Congresso Nacional legislar sobre temas como limites dos Poderes, aborto e drogas.

"A Constituição Federal foi concebida pelo Poder Legislativo. Discussões como o fim da reeleição no Poder Executivo no Brasil. Discussões sobre o limite do Código Eleitoral, cabe ao Poder Legislativo fazer. A regulação de políticas que dizem respeito à sociedade, como a política antidrogas e sobre o aborto são típicas de serem decididas pelo Congresso Nacional", observou. 

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Pacheco reafirmou a harmonia entre os Poderes e apontou que são justas as discussões sobre temas para o aprimoramento do Judiciário como a PEC 8/2021, que limita decisões monocráticas (individuais) no Supremo Tribunal Federal (STF) e nos demais tribunais.  A proposta foi uma das aprovadas pelo Senado em 2023. Ele também apontou que um dos temas que pode ser analisado pelo Congresso é a definição de mandatos para ministros do STF.

"São discussões absolutamente honestas e quando eu subi naquela tribuna, em 1º de fevereiro de 2023, eu afirmei que nós tínhamos o compromisso de fazer lei e de legislar em relação a todos os Poderes. Quem define limites na lei é o Congresso Nacional em relação aos demais Poderes. E o fazemos de maneira madura, responsável", disse.

Números

Ao todo, foram 812 matérias, entre 5 propostas de emendas à Constituição, 151 projetos de lei, 10 projetos de lei complementar, 22 medidas provisórias, 42 projetos de decreto legislativo; 53 projetos de resolução do Senado; 89 indicações de autoridades e 440 requerimentos. Além da Reforma Tributária, ele destacou outros projetos como o Novo Arcabouço Fiscal (Lei Complementar nº 200/2023); a Lei da Igualdade Salarial (Lei nº 14.611/2023); e a Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023). Entre outros pontos, destacou a prorrogação da Lei de Cotas e a prorrogação da Lei Paulo Gustavo.

"Os números demonstram o resultado de nosso empenho coletivo", apontou.

Pacheco ainda saudou senadores, servidores da Casa e destacou a atuação da Polícia Legislativa na defesa do Senado no 8 de Janeiro.

*Da Agência Senado

Considerado um dos mais importantes influenciadores fitness do Brasil, Renato Cariani, de 37 anos, é bastante conhecido no meio das celebridades, sendo que muitas o procuram para realizar treinamentos, assim como para perder peso. Alguns até lançam desafios para emagrecer dezenas de quilos. Nesta terça-feira, 12, a Polícia Federal divulgou que ele é um dos principais alvos de uma operação deflagrada em conjunto com o Ministério Público de São Paulo e a Receita Federal que tem na mira uma suposta organização criminosa que desviou 12 toneladas de produtos químicos para produção de cocaína e crack.

Batizada Hinsberg, a ofensiva cumpre 18 ordens de busca e apreensão em endereços situados em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O inquérito apura supostos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, e lavagem de dinheiro. Nesta manhã, a PF vasculhou a casa do influenciador, assim como a empresa da qual ele é sócio. A defesa de Cariani não foi localizada pela reportagem.

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No Instagram, onde tem mais de 7,3 milhões de seguidores, Cariani se apresenta como professor de Química e Educação Física. Também como atleta profissional, empresário, youtuber e fisiculturista.

Ele faz publicações ao lado de personalidades, como apresentadores de TV, cantores e influenciadores, que treinam com ele e também o procuram para perder peso.

Recentemente, divulgou nas redes sociais o lançamento de uma loja com produtos que levam seu nome em um shopping localizado na zona sul da cidade de São Paulo. Muitos internautas o parabenizaram e citaram ainda o interesse em conhecer e tirar foto com ele no espaço.

Ele também publica mensagens sobre cosméticos e produtos para barbear que costuma receber em casa. Nas publicações, fala sobre os resultados e benefícios dos produtos. Também divulga informações sobre suplementos alimentares à base de proteína.

Em seu canal no Youtube, onde reúne mais de 6,3 milhões de inscritos, o influenciador fitness costuma abordar temas ligados à saúde, alimentação saudável e boa forma do corpo. "Seja disciplinado com o seu corpo, assim como é disciplinado com seu trabalho e compromissos, isso fará de você uma pessoa ainda mais poderosa, produtiva e vencedora."

Com relação aos treinamentos e cursos divulgados no seu site, onde se denomina como "Nação Renato Cariani", ele cita ainda, que além dos treinamentos, há opções de pacotes mensais ou anuais sobre módulos complementos com especialistas que abordam a questão física, mental e profissional.

No Tik Tok, Cariani conta com a participação de mais de 1 milhão de pessoas.

Sobre a operação realizada pela Polícia Federal, os investigadores apontam que o esquema de desvio de produtos químicos envolvia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo. De acordo com a corporação, tal montante dos produtos químicos desviados corresponde a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.

Procurada, a defesa de Cariani não foi localizada. Ele ainda não havia se manifestado nas redes sobre o tema até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestação.

A Polícia Federal (PF), o Ministério Público de São Paulo e a Receita Federal deflagraram nesta terça-feira (12) uma operação na mira de uma organização criminosa que desviou 12 toneladas de produtos químicos para produção de drogas - cocaína e crack.

Entre os alvos da ofensiva está o influenciador fitness Renato Cariani. Agentes vasculharam a casa dele, assim como a empresa da qual ele é sócio.

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Batizada Hinsberg, a ofensiva cumpre 18 ordens de busca e apreensão em endereços situados em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O inquérito apura supostos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, o nome da operação faz alusão a Oscar Hinsberg, químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina - principal insumo químico desviado no esquema.

Os investigadores apontam que o esquema de desvio de produtos químicos envolvia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo.

O grupo sob suspeita fazia vendas fictícias para multinacionais - as quais eram vítimas da fraude, figurando como compradoras dos produtos - e usava "laranjas" para depósitos em espécie, como se fossem funcionários das grandes empresas.

A Polícia Federal identificou 60 operações dissimuladas, totalizando o desvio de cerca de 12 toneladas de produtos químicos: fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila.

De acordo com a corporação, tal montante dos produtos químicos desviados corresponde a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.

Ainda segundo o inquérito, os envolvidos no esquema usavam diferentes métodos para dissimular a origem ilícita dos valores recebidos, como "laranjas" e empresas de fachada.

Defesa

A reportagem busca contato com o influenciador Renato Cariani. O espaço está aberto para manifestações.

Os reféns sequestrados pelo Hamas no dia 7 de outubro em Israel e levados para Gaza foram drogados, para ficarem dóceis, e sofreram abuso psicológico e sexual, afirmou nesta segunda-feira (11) uma especialista israelense.

"Nunca havia visto algo assim" em 20 anos tratando vítimas de traumas, disse Renana Eitan, diretora do serviço psiquiátrico do Centro Médico Sourasky de Tel Aviv-Ichilov. “O abuso físico, sexual, mental e psicológico dos reféns que retornaram é terrível".

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O centro recebeu 14 reféns libertados pelo Hamas. Alguns relataram que foram drogados, inclusive com o que os médicos acreditam serem medicamentos psicotrópicos com efeitos sedativos.

“Queriam controlar as crianças. Sabem que, se as drogarem, ficarão quietas. Uma das meninas recebeu por algumas semanas cetamina”, um anestésico dissociativo poderoso, conhecido por causar uma sensação de desconexão do ambiente.

Outros ex-reféns afirmaram que foram atormentados psicologicamente, disse Renana. A um deles foi dito que sua mulher estava morta, quando ela permanecia viva em Israel.

As crianças foram separadas de suas famílias e obrigadas a assistir a “vídeos brutais”. Uma paciente contou que permaneceu com outras pessoas em escuridão total por mais de quatro dias.

“Ficaram psicóticos, tiveram alucinações”, disse Renana. Alguns dos que retornaram têm pensamentos suicidas desde então, acrescentou.

- Estados dissociativos -

Cerca de 1.200 pessoas morreram no ataque sangrento do Hamas e outras 240 foram sequestradas, segundo autoridades israelenses. Um acordo de trégua de uma semana permitiu a libertação de 105 reféns em Gaza, em troca de 240 presos palestinos. Acredita-se que 137 reféns ainda estejam em poder do Hamas.

Alguns dos reféns libertados continuam experimentando estados dissociativos, disse Renana. "Uma hora, sabem que estão no centro médico Ichilov. Outra hora, acham que estão novamente com o Hamas".

Segundo a diretora, as consequências para a saúde mental são alarmantes. Calcula-se que cerca de 5% da população israelense - cerca de 400 mil pessoas - tenha algum sintoma de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Tomer Zadik, de 24 anos, passa por tratamento no centro médico desde que levou um tiro no braço durante o festival de música Supernova, onde disse que passou horas escondido enquanto ouvia as vozes dos combatentes do Hamas.

“Palavras não conseguem descrever as atrocidades”, disse Zadik, que ainda tem pesadelos com o ataque. "Queriam nos destruir, não apenas fisicamente. Queriam destruir mentalmente toda a nação de Israel. Mas não seremos destruídos".

Durante uma fiscalização de rotina, a Polícia Federal (PF) encontrou 4,5 quilos de cocaína no fundo falso da bagagem de uma brasileira no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Ela tentava embarcar para o Aeroporto de Paris-Orly, na França, na madrugada do último domingo, dia 10.

A mulher foi presa em flagrante e vai responder pelo crime de tráfico internacional de drogas. Ela pode ser condenada a mais de 15 anos de prisão.

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Segundo a PF, desde março deste ano, foram realizadas 50 prisões em flagrante envolvendo apreensão de drogas no âmbito da Operação Sentinela. Entre os acusados, estão 39 brasileiros e 11 estrangeiros. Foram apreendidos 142 quilos de maconha e 109 quilos de cocaína, conforme informou a instituição.

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (7)a Operação Bota Fora para prender 14 supostos integrantes de quadrilhas que traficavam cocaína para o exterior por meio do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Os agentes ainda vasculham 18 endereços no Estado.

As medidas foram expedidas com base em três investigações sobre o envio da droga para a Europa e África, tanto via malas irregularmente despachadas como por meio do setor de cargas do aeroporto paulista.

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Entre os alvos dos inquéritos estão supostos líderes do tráfico em Guarulhos. A Polícia chegou até eles após rastrear grupos de WhatsApp criados para organizar o envio da droga.

Durante as apurações, a PF apreendeu quase 700 quilos de cocaína, no Brasil e no exterior, que teriam sido traficados pelo grupo. A droga seria encaminhada para Alemanha (578 quilos), Portugal (77 quilos) e Etiópia (37 quilos).

Combatentes do movimento islamista palestino Hamas drogaram reféns antes de libertá-los durante a trégua na guerra com Israel para que parecessem "calmos e felizes", afirmou uma funcionária do Ministério da Saúde israelense nesta terça-feira (5).

Hagar Mizrahi, chefe de Medicina Geral no ministério, declarou ao Parlamento israelense que calmantes foram administrados aos reféns capturados no ataque do Hamas em solo israelense em 7 de outubro.

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"Deram a eles comprimidos de Clonex para que parecessem calmos e felizes antes de entregá-los" ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), disse Mizrahi à comissão de Saúde, sem especificar se baseava essa afirmação em depoimentos ou em exames de sangue realizados nos reféns.

"Também deram a eles um pouco mais de comida pouco antes de sua libertação para que, ao sair do cativeiro, estivessem em melhor condição", acrescentou ela, que não especificou a quantos reféns se referia.

A semana de trégua permitiu a libertação de 105 reféns, incluindo 80 israelenses trocados por 240 prisioneiros palestinos detidos em Israel, no âmbito de um acordo entre Israel e o Hamas, mediado principalmente pelo Catar.

Além disso, cinco reféns haviam sido libertados antes da trégua.

De acordo com o Exército israelense, 138 reféns ainda estão sob custódia em Gaza.

O ataque dos milicianos do Hamas em Israel em 7 de outubro deixou cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas e prometeu "aniquilar" o movimento islamista, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.

O governo do Hamas afirmou nesta terça-feira que 16.248 pessoas, mais de 70% das quais eram mulheres, crianças e adolescentes, morreram desde o início da ofensiva israelense no território palestino.

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, liberou nesta segunda-feira, 4, para julgamento a ação sobre a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. O ministro havia pedido mais tempo para analisar o processo, que já conta com cinco votos para afastar a criminalização do porte de maconha para uso pessoal, com a fixação de parâmetros para diferenciar usuários de possíveis traficantes.

A análise do caso está suspensa desde o dia 24 de agosto. Na ocasião, o decano Gilmar Mendes reajustou seu voto e a ministra Rosa Weber antecipou seu posicionamento sobre o caso, vide sua aposentadoria, formando-se o placar de 5 votos a 1 pela descriminalização. Agora cabe ao presidente Luís Roberto Barroso marcar uma data para que o julgamento seja retomado no plenário físico do STF.

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A ação que tramita no Supremo trata da constitucionalidade de trecho da lei de drogas que estabelece punições para o porte de drogas de uso pessoal. Em diferentes momentos do julgamento, os ministros que integram a Corte máxima rebateram alegações de que estariam ‘liberando as drogas’, ressaltando como o próprio texto, do Congresso, descriminalizou o transporte de drogas para consumo próprio, ao não tipifica-ló como um crime, formalmente.

O foco da corrente, por hora, vencedora, na Corte é estabelecer parâmetros para diferenciar o porte pessoal do tráfico. Os magistrados apresentaram diferentes propostas para a definição de um limite de droga que o usuário pode portar sem ser enquadrado por tráfico. Até o momento, o posicionamento com maior força no STF é o do ministro Alexandre de Moraes no sentido de presumir como usuárias as pessoas flagradas com 25g a 60g de maconha ou que tenham seis plantas fêmeas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (30) validar provas criminais obtidas por meio da abertura de encomendas enviadas pelos Correios. Na mesma decisão, os ministros também validaram provas obtidas com a abertura de cartas interceptadas nos presídios. 

Pela decisão da Corte, não é necessária autorização judicial prévia para validação das provas em uma investigação criminal, desde que haja indícios da prática de atividades ilícitas.

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O Supremo julgou um recurso da PGR para esclarecer a tese jurídica aprovada pelos ministros em 2020 para considerar ilegal provas obtidas, sem autorização judicial prévia, a partir da abertura de cartas, telegramas ou pacotes. 

A mudança de entendimento ocorreu a partir das ponderações feitas pelo ministro Alexandre de Moraes. Para o ministro, em regra geral, a violação de correspondências sem decisão judicial não pode ser aceita como prova. No entanto, no caso de indícios de crimes, pacotes enviados pelos Correios e cartas apreendidas nas penitenciárias podem ser usados em investigações.

Durante o julgamento, o ministro citou dados da Polícia Federal (PF) e do Ministério da Justiça que mostram o uso das encomendas enviadas pelos Correios para tráfico de drogas e armas, inclusive vindas do exterior.  "Nós já temos serviço de delivery de drogas. Da mesma forma que há o IFood, você instala um aplicativo, pede e entrega. Em outra cidade, isso ocorre via encomenda pelos Correios", afirmou. 

O caso concreto julgado pelo STF envolve um policial militar do Paraná que foi condenado a partir de entorpecentes encontrados por meio de correspondência. Não houve decisão judicial prévia para validação da prova.

Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), da Polícia Civil de São Paulo, prenderam no fim da semana passada três homens envolvidos em um esquema de troca de bagagem para enviar drogas ao exterior. Conforme a investigação, a prisão foi realizada no Aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde as malas eram despachadas. Também foram apreendidos 40 quilos de cocaína.

De acordo com a polícia, o trio foi preso em flagrante após agentes receberem informações sobre uma remessa de droga que chegaria ao aeroporto paulista. "Para conseguir enviar as drogas ao exterior, os criminosos trocavam a etiqueta de bagagens de passageiros após elas serem despachadas no check-in", afirma a polícia.

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As prisões foram feitas na quinta-feira, 23, por policiais da 2ª Delegacia DIG (Investigações sobre Estelionato e Contra Fé Pública), que atua para identificar e interceptar as tentativas de utilização do esquema no Aeroporto de Guarulhos. A identificação dos presos não foi revelada e a reportagem não conseguiu contatar os responsáveis pela defesa.

O destino mais comum das malas carregadas de drogas é a Europa, pelo alto potencial lucrativo da cocaína por lá, mas a polícia também já interceptou envios para países do Oriente Médio e também para a África do Sul. A cooptação de funcionários pode ocorrer tanto quando eles estão trabalhando lá quanto antes, com a inserção de criminosos nas empresas.

Em março deste ano, duas brasileiras ficaram mais de 40 dias presas injustamente na Alemanha após terem a etiqueta colocada em uma mala cheia de cocaína.

Relembre o caso:

A polícia alemã apreendeu no início de março duas malas com 20 quilos de cocaína cada, etiquetadas com os nomes das goianas e elas foram presas. A base para a liberação foram as imagens que mostram as bagagens sendo trocadas durante uma escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Segundo a Polícia Federal, um dia antes do embarque das duas brasileiras, outra goiana teve a etiqueta da mala trocada por bagagem com drogas ao viajar para Paris, na França, mas não foi presa.

Vídeos obtidos pelo Fantástico, da TV Globo, mostram como dois funcionários do aeroporto identificam as duas malas de Kátyna e Jeanne, uma rosa e uma preta, as separam e, discretamente, retiram a etiqueta delas em uma área de segurança e de acesso restrito que é monitorada por várias câmeras.

Em outro vídeo, duas mulheres chegaram ao aeroporto com duas malas de cores diferentes por volta das 20h30. Seriam as malas que continham os 40 quilos de cocaína, segundo a polícia. As duas vão até um guichê de companhia aérea após um sinal da única funcionária que está no local, deixam as malas e saem em seguida do aeroporto, sem embarcar para qualquer destino. As duas malas são levadas para o mesmo veículo onde estão as malas de Kátyna e Jeanne e a troca é feita.

Kátyna e Jeanne foram libertadas na tarde do dia 11 de abril, depois de passarem mais de um mês detidas na cidade de Frankfurt, na Alemanha. Elas retornaram ao Brasil no dia 14 de abril. Lorena, irmã de Kátyna, afirmou, na época, que a personal trainer e a veterinária entrariam com ação na Justiça contra os responsáveis pela troca de identificação da bagagem delas, que ocorreu dentro do Aeroporto Internacional de Cumbica, como também é conhecido o principal aeroporto paulista.

Em julho, a Polícia Federal realizou uma operação para prender 18 investigados ligados ao esquema de tráfico de drogas com a troca de etiquetas de bagagens no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), voltou a defender a internação compulsória de dependentes químicos que estão em situação de rua. Nesta terça-feira, 21, ele anunciou nas redes sociais que pediu um plano neste sentido ao secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

"Não é mais admissível que diferentes áreas de nossa cidade fiquem com pessoas nas ruas que não aceitam qualquer tipo de acolhimento e que, mesmo abordadas em diferentes oportunidades pelas equipes da prefeitura e autoridades policiais, acabem cometendo crimes", escreveu.

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Embora o texto de Paes não cite expressamente nenhum caso concreto, ele foi publicado dois dias após um caso de grande repercussão em que uma pessoa em situação de rua é acusada de um crime. Na madrugada de sábado para domingo, o turista Gabriel Milhomem Santos, de 25 anos, foi morto a facadas durante um assalto, enquanto dormia na praia de Copacabana, na zona sul da cidade.

Jonathan Batista Barbosa, de 37 anos, preso acusado de ser o autor das facadas, vive em situação de rua no bairro, segundo a polícia. Ele havia sido preso por furto na sexta-feira, 17, e foi libertado no sábado, 18. Horas depois, teria cometido o assassinato.

Durante sua primeira gestão na prefeitura, de 2009 a 2012, Paes chegou a adotar a política de internação compulsória, que acabou suspensa após ação do Ministério Público do Estado do Rio. Em julho passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em decisão liminar que depois obteve apoio da maioria dos integrantes da Corte, proibiu que o poder público remova compulsoriamente pessoas em situação de rua - a decisão é genérica e não trata especificamente de usuários de drogas, mas pode servir como argumento para impedir a internação obrigatória.

O secretário de Saúde considera que as situações são distintas: "a decisão do ministro Alexandre de Moraes foi muito pertinente e importante, porque previne abusos e protege as pessoas em situação de rua, mas não é o caso das pessoas que estão colocando a própria vida em risco", afirmou Soranz ao Estadão.

Segundo a prefeitura, um dos episódios que levaram o prefeito a iniciar o debate sobre a internação compulsória foi a morte de um rapaz de 23 anos que estava em situação de rua e sofreu uma parada cardíaca, supostamente devido à overdose de drogas, quando estava na Rua das Oficinas, no entorno do estádio Engenhão, na zona norte, na segunda-feira, 20.

Ele chegou a ser socorrido pelos bombeiros e levado ao Hospital Salgado Filho, no Méier (zona norte). Ainda conforme a prefeitura, esse rapaz já havia passado por várias unidades de saúde e recebido a indicação clínica de internação, mas não chegou a se internar.

Soranz afirma que situações como essa são cada vez mais comuns, e a internação compulsória se justificaria para oferecer cuidados médicos àqueles que não têm mais condições de buscar auxílio por conta própria.

São Paulo

Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) também defende a internação compulsória em alguns casos, mas a discussão não avançou. Em janeiro, referindo-se a usuários de crack, ele afirmou que "quem está no consumo há mais de cinco anos precisa de um atendimento do poder público. Se o atendimento for a internação involuntária, compulsória, comunidade terapêutica, seja ele qual for, a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado darão o atendimento que ele precisa. A gente não pode ter as pessoas jogadas na rua, se consumindo com o crack, numa situação (de) que elas não conseguem sair sozinhas. Ele vai se debilitando até chegar à morte", afirmou.

Em julho, ele voltou o tema. "é preciso ter um pouco de humanidade e dar uma oportunidade para as pessoas se tratarem", disse à época.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, na noite dessa terça-feira (7), 126 quilos de maconha com um casal que cruzava a BR 232 em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Diferente dos casos mais comuns de apreensão de drogas, os entorpecentes não estavam escondidos, mas distribuídos em sacolas e ocupavam todo o banco traseiro e o porta-malas do veículo. 

O homem e a mulher foram presos em flagrante, após ser confirmada a posse da droga. A prisão aconteceu durante uma ronda no quilômetro 10 da rodovia. Os agentes deram ordem de parada a um carro com placas do Mercosul. Durante a abordagem ao veículo, a equipe percebeu um odor típico de maconha e encontrou diversas sacolas com a droga no banco de passageiros. 

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O veículo havia sido alugado de uma locadora e nunca foi devolvido. As placas eram clonadas e o automóvel também apresentava sinais de adulteração. O casal foi encaminhado junto com a droga à Delegacia de Polícia Civil de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes. Eles podem responder por tráfico de drogas e adulteração de sinal identificador de veículo. 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta segunda-feira, 6, que a política de drogas no Brasil é "cheia de superstições" e um "fiasco", ao comentar o julgamento sobre a descriminalização do porte de entorpecentes para consumo pessoal. Ele também disse que o julgamento da ação que trata da descriminalização do auto aborto, não entrará na pauta deste ano no Tribunal.

Barroso disse que, como presidente do STF, sua vontade "é pautar tudo", mas que deixará a questão do aborto para 2024. "A questão da interrupção da gestação que eu disse que não estava pensando em pautar. Primeiro, para desanuviar o ambiente, segundo, porque é um debate que precisa amadurecer na sociedade. (...) Ninguém é a favor do aborto. O que estamos discutindo é se a mulher deve ou não ser presa", argumentou o ministro.

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O ministro deu as declarações durante congresso online Macroday, do BTG Pactual. Os dois julgamentos que ele mencionou - sobre descriminalização do auto aborto e das drogas para consumo pessoal - estão parados.

"O Congresso já descriminalizou o porte (de drogas) para consumo pessoal. O que o Supremo está fazendo é distinguir qual é a quantidade que vai separar o porte pessoal de tráfico. Hoje em dia quem define é a polícia, com critérios muitas vezes discriminatórios ou racializados. (...) Tudo que envolve drogas envolve muitas superstições, a política de drogas é um fiasco", disse o magistrado.

'A judicialização é um fato, o ativismo é uma lenda'

As discussões sobre aborto e drogas são um dos motes de uma queda de braço entre o Supremo e o Congresso Nacional - há um incômodo dos parlamentares com decisões da Corte sobre temas que, na sua perspectiva, deveriam ser pacificados dentro do Legislativo.

A fala de Barroso desta segunda-feira apontou para uma pacificação entre Judiciário e Legislativo - tom que ele tem adotado desde a sua posse na presidência do STF. Ele defendeu que a Constituição "é pacificadora" e disse que "não vê tensão entre os Poderes". O ministro disse que no Brasil há um "preconceito contra a livre iniciativa" e que existe compatibilidade entre agronegócio, defesa ambiental e demarcação de terras indígenas.

O ministro refutou a prática de ativismo por parte da Corte e culpou o excesso de judicialização no Brasil. Barroso disse que "todas as questões" chegam ao Supremo e que seus membros são "atores institucionais, e não políticos". Citando o dado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de que há 81,4 milhões de processos judiciais no Brasil para seus 203 milhões de habitantes, Barroso disse que "a judicialização é um fato, o ativismo é uma lenda".

Ele justificou que o Supremo estaria apenas cumprindo o que determina a Constituição e disse que só haveria ativismo se estivesse agindo sem ser provocado. "O constituinte retirou algumas matérias da política ordinária, da vontade discricionária da política, e procurou trazê-la para a racionalidade pública da Constituição e da interpretação constitucional."

Embate entre Congresso e Supremo resgata PECs que restringem poder da Corte

O ponto mais crítico do atrito entre Congresso e Supremo foi o marco temporal para demarcação das terras indígenas. O projeto de lei que o estabelecia foi aprovado na Câmara com regime de urgência e, quando chegou ao Senado, teve a promessa do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de que a proposta ia ser aprovada criteriosamente

No entanto, antes que a tramitação fosse concluída, o STF julgou a tese do marco temporal e julgou-a inconstitucional, esvaziando a discussão no Congresso. O Senado reagiu aprovando o projeto de lei uma semana depois - mas a proposta, vetada por Lula no dia 20 de outubro, já nasceu "morta". Isso porque, se o veto for derrubado e ela se transformar em lei, o Supremo deve declará-la inconstitucional também.

Além disso, há uma ofensiva no Congresso com a movimentação de propostas de emenda à Constituição (PECs) que restringem os poderes do Supremo. Uma delas, aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, veda decisões monocráticas que suspendam eficácia de lei. A Corte toda precisaria votar para derrubar liminarmente uma lei que seja inconstitucional.

Também foram ressuscitadas propostas de mandato para ministros do Supremo, questão encampada pelo próprio presidente do Senado. Gilmar Mendes refutou diretamente Pacheco, afirmando que o esforço dos senadores era "comovente".

O ex-zagueiro Alexsandro Marques de Oliveira, mais conhecido como Alex, está entre os condenados pela Justiça Federal em um processo por tráfico internacional de drogas e organização criminosa. Segundo a Polícia Federal (PF), a quadrilha contou com a ajuda de três agentes e um delegado da Polícia Civil para levar 280 quilos de cocaína ao exterior. O ex-jogador foi capitão do Vasco na campanha do título do Campeonato Carioca em 2003.

Alex, de 45 anos, foi condenado a dez anos de prisão em regime fechado e está preso desde fevereiro do ano passado. Ele foi detido em um desdobramento de uma ação da PF intitulada Operação Turfe. De acordo com a investigação, ele seria o responsável pelo aluguel de galpões onde a droga seria escondida dentro de contêineres antes de ser enviada para fora do Brasil.

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Por meio do seu advogado, Daniel Fraga Mathias Netto, Alex alegou a nulidade do processo por inobservância do rito previsto no artigo 55 da Lei n.º 11.343/2006, que versa sobre o período de notificação para elaboração da defesa, e a incompetência da Justiça Federal para julgar o crime. Além disso, a defesa requereu a intimação do MPF para que se manifestasse sobre a possibilidade de oferecer ao réu acordo de não persecução penal e requereu a expedição de ofício à Capitania dos Portos requisitando informações sobre a rota do navio MSC Domitille, utilizado para desviar a droga.

Outras oito pessoas foram condenadas pela Justiça, com penas entre 19 e 26 anos de prisão. A investigação da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público, aponta que cerca de seis toneladas de cocaína foram enviadas a países da África e Europa, entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2022, em 14 oportunidades.

Revelado pela Ponte Preta em 1997, Alex fez parte de um dos times mais memoráveis do Vasco na década seguinte. Capitaneado pelo zagueiro, o time cruzmaltino foi campeão carioca em cima do Fluminense contava com jogadores de peso, como o goleiro Fábio, Marcelinho Carioca, Petkovic, Valdir Bigode e Fábio. A equipe era treinada por Antônio Lopes, que, curiosamente, foi delegado de policia.

Além do Vasco, Alex acumulou passagens por equipes do futebol paulista, como Santo André, Campinas e Portuguesa. Ele também atuou no Japão, pelo Ventforet Kofu, e sua última equipe foi Jeju United, da Coreia do Sul. Ele encerrou a carreira em 2007.

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