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O Sindicato dos Rodoviários se posicionou contra o aumento das passagens na Região Metropolitana do Recife, afirmando que qualquer percentual de reajuste solicitado é injusto, principalmente pelo momento de pandemia que o Estado e o país estão enfrentando neste momento.

"Dizemos isto tendo em vista que, em plena pandemia, o que estes empresários fizeram foi massacrar sem dó e nem piedade rodoviários e passageiros. Por isto, não se justifica e será injustiça qualquer tipo de aumento de tarifa", aponta o sindicato.

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Além disso, a entidade aponta que a categoria vem sofrendo com as demissões em massa feitas pelas empresas, que - segundo o sindicato - ainda nem sequer pagaram os valores trabalhistas rescisórios. Além disso, os que continuam trabalhando estão acumulando funções, como é o caso dos motoristas.

"Demissão, dupla função e redução de frota possibilitaram às empresas reduzirem seus custos e protegerem seus lucros. O governador e os empresários não fazem nenhuma questão de combater a superlotação dos ônibus. Ônibus lotado é sinônimo de maior lucro, mesmo que isso signifique aumentar a contaminação e morte dos passageiros e rodoviários", reforça a categoria.

Em resposta a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco, e do parecer da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco desta segunda-feira (14), que através de uma medida cautelar derrubou a lei contra a dupla função, o Sindicato dos Rodoviários afirmou que a decisão não é inconstitucional como disse a PGE-PE. A categoria ressalta que existe uma portaria do governo do Estado contra a medida, além da lei municipal fruto da medida do TJPE. 

Foi através da lei municipal 18.761/2020 do Recife que a dupla função de motoristas ficou proibida no município. Mas nesta segunda a Urbana-PE obteve o direito de pôr em prática dupla função por meio de uma medida cautelar que derrubou a lei. No comunicado, a Urbana-PE ainda cita um parecer da PGE-PE que trata a lei como inconstitucional, o que foi rechaçado pelo Sindicato dos Rodoviários. 

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“Esperamos que a Câmara e a Prefeitura recorram da decisão do TJ, existe a portaria 167/20 do Governo do Estado, aprovada em audiência mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho, que proíbe a dupla função do motorista não só no Recife, mas em toda a Região Metropolitana”, diz o sindicato, que ainda completa assegurando que quem regula a operação dos ônibus são o Grande Recife e o Governo do Estado. 

Confira a nota na íntegra.

Para além da lei municipal 18.761/2020 do Recife, em que há agora a polêmica sobre sua constitucionalidade e da qual esperamos que a Câmara e a Prefeitura recorram da decisão do TJ, existe a portaria 167/20 do Governo do Estado, aprovada em audiência mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho, que proíbe a dupla função do motorista não só no Recife, mas em toda a Região Metropolitana. O órgão regulador do transporte público, o Grande Recife Consórcio de Transporte, inclusive revendo decisão anterior, baixou uma portaria exigindo a presença do cobrador nos ônibus. Quem define a forma como operam os ônibus são o Grande Recife e o Governo do Estado. Os rodoviários, assim como os usuários do transporte, esperam que a portaria seja cumprida e que acabem assim todos os transtornos causados pelo acúmulo de função do motorista.

A Urbana-PE divulgou nesta segunda-feira (14) que, por meio de uma medida cautelar da Corte Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco, obteve a suspensão da lei que proibia a dupla função nos transportes coletivos do Recife. 

A lei 18.761/2020 proibia as empresas de transporte coletivo que circulam na Região Metropolitana do Recife de praticarem a dupla função, com motoristas também exercendo o papel de cobradores. Na última semana, o Sindicato dos Rodoviários fez um ato para impedir que os ônibus saíssem das garagens apenas com motoristas cobrando a aplicação da lei. 

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Mas nesta segunda, a Urbana-PE saiu vitoriosa após a decisão do TJPE em medida cautelar que suspendeu a aplicação da lei. Eles ainda destacam que a Procuradoria-Geral do Estado de Pernambuco deu parecer contrário à lei e segundo a Urbana-PE ela é inconstitucional. 

“A Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE) se manifestou em parecer recente concluindo que a lei municipal não se aplicaria ao sistema metropolitano gerido pelo Grande Recife Consórcio de Transporte, mas apenas ao sistema de transporte complementar (micro-ônibus) gerido pela Prefeitura do Recife. Também é do entendimento da PGE que a lei é inconstitucional”, afirma a Urbana-PE em nota.

O Sindicato dos Rodoviários passou a maior parte da manhã e o início da tarde desta quarta-feira (9), fiscalizando as garagens da Caxangá, Metropolitana, Transcol e Pedrosa e não permitindo que os ônibus sem cobrador saíssem para realizar as viagens. 

A Polícia Militar esteve presente no ato do Sindicato e, segundo publicado pela categoria em sua página do Facebook, os PMs foram os responsáveis pelo encerramento da ação, possibilitando assim que os ônibus, mesmo sem os cobradores, realizassem as viagens.

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Os rodoviários querem que as empresas responsáveis pelo transporte público da Região Metropolitana do Recife cumpram o que determina a portaria que determina o fim da dupla função no Grande Recife - o que ainda não foi colocado em prática.

Esse acordo foi feito pelo Governo de Pernambuco, juntamente com a categoria, tendo sido mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no último dia 23 de novembro.

Na época, os rodoviários conseguiram uma portaria com abrangência metropolitana estabelecendo não só o fim da dupla função, mas também o retorno dos cobradores aos ônibus convencionais - a única exceção são os veículos do tipo BRT.

"Seguiremos firmes para que se cumpram todas as determinações legais que combatem a dupla função e, se preciso for, deliberaremos por uma greve geral em todo o sistema de transporte público, caso o acordo fechado no dia 23 de Novembro entre as partes e o TRT continue sem ser respeitado", confirma o sindicato. 

Para deliberar sobre essa possível greve, o Sindicato dos Rodoviários está convocando todos os rodoviários e rodoviárias para uma assembleia na sede da sua entidade, localizada na Rua Araripina, 111, Santo Amaro.

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Milhares de passageiros foram pegos de surpresa, no início desta quarta-feira (9), com a falta de ônibus nos terminais integrados do Recife. Após ação do Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR), cerca de 48 linhas não foram às ruas em virtude do descumprimento da lei de número 18.761/2020 que proíbe a dupla função dos motoristas nos coletivos. Mesmo diante de todo o transtorno, ainda não háprevisão para a normalização dos serviços.

As empresas Caxangá, Metropolitana, Pedrosa e Transcol tiveram seus veículos impedidos de deixarem as garagens por profissionais do sindicato. Apenas aqueles coletivos que dispunham de cobradores eram liberados pelos trabalhadores. Acompanhando outros profissionais em frente à garagem da Caxangá, o presidente do sindicato, Aldo Lima, falou sobre a ação. "Infelizmente, é um transtorno provocado pelas próprias empresas que tiveram tempo hábil para recolocar esses cobradores e não o fizeram".

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Em frente à Caxangá, além dos trabalhadores, viaturas da Polícia Militar e do Batalhão de Choque acompanhavam o movimento. Para Aldo, essa é uma tentativa dos empresários de "intimidar" a categoria.  Ainda de acordo com o presidente, não há previsão para o retorno dos ônibus. "A previsão é que eles coloquem os cobradores de volta".

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Nesta quarta-feira (9), uma ação de fiscalização do Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) percorreu garagens de empresas de ônibus para fiscalizar o cumprimento da lei número 18.761/2020, que proíbe a dupla função de motoristas nos coletivos.

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Após impedirem os veículos sem cobrador de irem às ruas, os profissionais da categoria, paralisados em frente à garagem da empresa Caxangá, foram surpreendidos com a chegada de policiais militares e o clima ficou tenso. Uma viatura e um micro-ônibus do Batalhão de Choque também estão nas proximidades do local.

No portão da garagem, os trabalhadores controlavam a saída dos coletivos. Apenas aquelas com motorista e cobrador tinham a passagem liberada. Segundo Aldo Lima, presidente do Sindicato, é inadmissível que os empresários se sobreponham à decisão governamental. "Mais uma vez, as empresas atuam como donas da concessão e não respeitam a portaria do Governo do Estado".

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A manhã chuvosa desta quarta (9) ficou ainda mais complicada, na Região Metropolitana do Recife (RMR), por conta da falta de ônibus. Uma fiscalização do Sindicato dos Rodoviários impediu que coletivos sem cobrador saíssem às ruas, em atenção à lei municipal que proíbe dupla função de motoristas. Passageiros precisaram ter paciência para conseguir chegar até seus destinos. 

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No Terminal Integrado de Xambá, em Olinda, por volta das 10h, poucos passageiros ainda esperavam na esperança de pegar um transporte para o trabalho. O porteiro Washington Araújo Oliveira, de 35 anos, estava aguardando desde às 6h30 para pegar um ônibus até o bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, onde trabalha. "Tô esperando pra ver se vai ter ônibus. A esperança é essa".

Na mesma expectativa estavam Harrison da Silva Almeida, 40, e Ana Luiza da Silva, 37. Os dois trabalham como auxiliares de serviços gerais no bairro de Casa Caiada, em Olinda, e aguardavam desde às 7h30 por um transporte. "A gente tá pedindo a Deus que apareça um ônibus", disse Ana. Já Harrisson estava preocupado com o dia de trabalho provavelmente perdido. "É capaz da gente se complicar. O preço do Uber é um absurdo e a gente só recebe vale transporte para ir trabalhar".

Pelo cumprimento das determinações que proíbem a dupla função dos motoristas de ônibus, nesta quarta-feira (9), o Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife impediu a saída de coletivos sem cobrador das garagens. A categoria cobra atenção à lei municipal 18.761/2020 e à portaria 167/2020 do Conselho de Transporte Metropolitano (CTM).

Durante a manhã, representantes dos rodoviários pretendem fiscalizar as garagens das empresas Caxangá, Metropolitana, Transcol e Pedrosa. "A orientação do sindicato para a empresa e para a categoria é que apenas os ônibus com cobrador circulem. Não estamos precisando bloquear. Os ônibus simplesmente não estão saindo por desrespeitar a portaria 167/2020 do Governo do estado", informou a assessoria da entidade. Na rodoviária Caxangá, apenas uma linha entrou em circulação e dificultou a movimentação de passageiros em Olinda.

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No dia que a lei do Recife entrou em vigor, na quinta-feira (3), o Grande Recife Consórcio de Transporte realizou uma fiscalização em caráter educativo. Posteriormente, a medida foi adiada para essa terça (8).

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Em nota, o sindicato das empresas de ônibus mostrou-se surpresa com a ação dos rodoviários e garante que tem cumprido com o que foi acordado na conciliação mediada pelo Tribuna Regional do Trabalho. Confira na íntegra: 

"A Urbana-PE informa que foi surpreendida com mais uma paralisação ilegal do transporte público realizada pelo Sindicato dos Rodoviários, que está impedindo a saída dos ônibus de algumas garagens da Região Metropolitana do Recife. As empresas estão tomando as providências necessárias para assegurar a operação de todas as linhas programadas para esta quarta-feira (09).

A Urbana-PE reitera que as suas associadas têm cumprido todas as cláusulas referentes ao dissídio coletivo da categoria acordadas em mediação promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho.

Esclarece também que questionou o Grande Recife Consórcio de Transporte quanto à aplicação e abrangência da Lei 18.761/202, tendo a Procuradoria do Estado de Pernambuco (PGE) se manifestado sobre a sua inaplicabilidade no Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife. Logo, a reestruturação de cerca de 67% da frota de ônibus, isto é, 1616 veículos, não pode ser realizada de forma intempestiva e sem as garantias legais de que será mantida."

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O Sindicato dos Rodoviários afirma que os donos das empresas de ônibus da Região Metropolitana do Recife estão alegando que não irão cumprir a determinação do Governo de Pernambuco que determinou o fim da dupla função e o retorno de todos os cobradores, exceto os veículos do tipo BRT.

Essa determinação do governo estadual se deu no final do mês passado, o que fez com que o sindicato não deflagrasse uma greve marcada para o dia 24 de novembro, bem próximo do segundo turno das eleições municipais.

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O retorno dos cobradores e o fim do acúmulo de trabalho estão previstos para a próxima quinta-feira (3) - o acordo foi fechado em audiência perante o Tribunal Regional Eleitoral (TRT).

Aldo Lima, presidente do sindicato, pede que os seus companheiros fiquem tranquilos porque, segundo ele, o que a Urbana enviou ao Consórcio Grande Recife foi "um ofício 'choramingando' que não teve tempo hábil para recontratar os cobradores". Aldo garante que isso é uma mentira e que as empresas continuam demitindo os rodoviários. 

"A Urbana presta serviços ao Estado e é obrigada a cumprir as determinações impostas ao transporte público", salienta Aldo. O presidente do Sindicato dos Rodoviários pede que o Governo de Pernambuco se comprometa em fazer cumprir a determinação.

"Se não for dessa forma, nós vamos para a luta. Nós  não vamos permitir que seja praticado um estelionato político, pelo fato das eleições terem passado, o candidato (João Campos) se elegeu e agora deixar as empresas passarem o trator por cima dos trabalhadores, descumprindo um acordo firmado no Tribunal Regional do Trabalho", garante Aldo Lima. 

O Consórcio Metropolitano de Transporte (CTM) publicou, nesta quarta-feira (25), a portaria Nº167/2020, proibindo a dupla função dos motoristas no Recife e Região Metropolitana. A publicação ocorre dois dias depois da negociação entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), que resultou na suspensão da greve prevista para a última terça-feira (24).

Além de questionar o acúmulo de função, os rodoviários pediram por chances de negociação, estabilidade semestral, fim da intrajornada e reposição salarial.

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Por meio de um acordo acertado entre os sindicatos dos Rodoviários e das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), a última greve, que aconteceria nessa terça (24), foi anulada. Os rodoviários dizem que entre os termos acertados para suspensão do movimento paredista estão estabilidade de seis meses, fim da intrajornada, reposição de 2,69% sobre o salário e o auxílio alimentação e permanência da negociação em torno do reajuste definitivo do ticket.

“Em virtude disso [fim do acúmulo de função], fica determinado que os veículos somente irão circular com a presença do cobrador no ônibus”, determina a portaria, que começará a valer em 3 de dezembro.

Até ser sancionada pelo prefeito Geraldo Júlio (PSB), a lei em que se baseou o CTM circulou na Câmara de Vereadores por cerca de um ano e meio, ainda como o Projeto de Lei Ordinária 05/2019, de autoria do vereador Ivan Soares (PSOL). A aprovação veio em outubro deste ano, com 32 votos favoráveis e apenas um contrário, do vereador André Régis (PSDB).

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, confirmou na tarde desta terça-feira (17), que - por unanimidade - todos os rodoviários que participaram da assembleia da categoria aprovaram a iniciação da greve a partir das 00h da próxima terça-feira (24).

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Aldo garante que o único meio dos trabalhadores rodoviários não entrarem em greve é se a patronal negociar junto com eles a campanha salarial do próximo ano, a suspensão das demissões na categoria e a estabilidade de um ano de trabalho.

Além disso, os trabalhadores rodoviários exigem a adequação da lei 18.761/20, que proíbe a dupla função dos motoristas, que além de dirigir o coletivo também tem que cobrar as passagens. Caso essas reivindicações não sejam acatadas, o presidente garante que os rodoviários paralisarão as suas atividades.

 

Foi por unanimidade de votos que os rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) aprovaram uma nova greve da classe, prevista para acontecer na próxima terça-feira (24). A decisão é parcial e foi tomada no primeiro turno da assembleia realizada na manhã desta terça (17), na sede do sindicato da categoria, em Santo Amaro, no centro do Recife. O segundo turno para votação começa às 15h.

Os votos de ambas as sessões serão somados para a conclusão da assembleia. Em pauta, está a retomada das negociações da campanha salarial, a suspensão das demissões na categoria e estabilidade de um ano de trabalho. Além disso, os trabalhadores também reivindicam a adequação à Lei 18.761/20, antes PLO 05/19, que proíbe a dupla função no Recife, ou seja, motoristas acumularem a função de cobrador. Após ambas as votações, caso as solicitações em pauta não sejam atendidas, a greve estará garantida.

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Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife e RMR, cobra que as empresas se adequem à lei em vigor, que já foi sancionada. “Acredito que, na reunião à tarde, os rodoviários também aprovem a greve. A unanimidade dos votos prova a insatisfação da categoria. Internamente, nos nossos grupos, todos estão bem dispostos. Já demos o indicativo de greve, mas estamos abertos a discutir até lá com os patrões esse impasse. Se for possível diálogo, convocamos uma nova assembleia e pautamos a deliberação da greve novamente”, destacou o líder sindical.

Sobre a adesão dos consórcios de transportes do Recife à lei de proibição da dupla função, Aldo diz que a demanda por uma resposta é ainda mais urgente. “Queremos que o Governo do Estado de Pernambuco, órgão gestor, atue de acordo com o Art. 167 da resolução regulamentadora do transporte público. A retirada de trabalhadores da categoria deve ser expressa para o conhecimento de todos, de forma justa e de acordo com a lei”, finalizou.

Nessa quinta-feira (5), a Câmara Municipal de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), aprovou por unanimidade o projeto contra a dupla função dos motoristas rodoviários no município. Para entrar em vigor, o texto ainda precisa ser sancionado pelo prefeito Bruno Pereira (MDB).

De autoria do vereador Deto de Lages (MDB), o projeto de lei 43/2020 segue os moldes da proposta aprovada no Recife e estipula o fim da aglutinação das atividades de cobrador e motorista aos rodoviários. A condição desagrada a categoria, que mobilizou uma série de protestos na capital pernambucana.

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Embora comemore o primeiro passo, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, aguarda uma posição favorável da Prefeitura para que o projeto entre em vigor. Ele também reforça que vai lutar pelos postos de trabalho dos cobradores em outras cidades da RMR.

“A dupla função é o maior retrocesso do transporte público e a população não pode sofrer com essa exploração que está sendo imposta pelos empresários de ônibus. Iremos partir para outros municípios e acabar com a dupla função aqui no estado, porque essa é a vontade do povo e dos trabalhadores. Vamos continuar firmes na luta para exigir um transporte de qualidade, e para isso é preciso a presença do cobrador nos ônibus”, garantiu.

Em resposta ao LeiaJá, a Prefeitura de São Lourenço da Mata explicou que a proposta ainda será avaliada. "Até o momento, a Câmara Municipal não recebeu o PL citado, que deve chegar em 10 dias. Com a chegada do Projeto, o posicionamento será feito, a partir da análise do texto e proposições", informa.

Após diversos adiamentos e muitas paralisações a lei que proíbe a dupla função de motoristas de ônibus foi oficializada, neste sábado (31). A PL, de autoria do vereador Ivan Moraes (PSOL), foi sancionada pelo prefeito Geraldo Júlio (PSB) e publicada no Diário Oficial do município, encerrando assim um ciclo longo de protestos.

De acordo com o texto, a partir de agora “Fica proibida a acumulação da função de cobrador de tarifas pelos motoristas de ônibus do transporte público coletivo do Município do Recife”.

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O projeto foi aprovado na última terça-feira (27), com 32 votos ao seu favor e apenas um contrário, do vereador André Regis (PSDB). A decisão marcou o fim da briga entre os consórcios, a classe rodoviária e poder Legislativo, que foi acentuada este ano com o aumento dos protestos realizados pelos trabalhadores dos ônibus.

Fim de um ano de luta

Desde 2019 o Sindicato dos Rodoviários vinha travando uma batalha para que motoristas não pudessem acumular também a função de cobradores durante as viagens. Por conta dos adiamentos da votação do projeto, os protestos feitos pelos trabalhadores aumentaram, com o objetivo de pressionar vereadores a votarem contra o exercício da dupla função. A categoria chegou a ser proibida pela Justiça de realizar manifestações após solicitação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), mas a pressão deu resultado.

De acordo com o texto publicado, as empresas que descumprirem a proibição estabelecida na Lei terão sua concessão ou permissão cassadas, ficando impossibilitadas de participar de processo licitatório de serviços de transporte público coletivo municipal. A Lei entra em vigor após 30 dias de sua publicação oficial. 

A Prefeitura do Recife informou, na noite desta terça-feira (27), que o prefeito Geraldo Julio (PSB) vai sancionar o projeto de lei que proíbe motoristas de ônibus de acumularem a função de cobrador, a chamada dupla função. O projeto de autoria do vereador Ivan Moraes (Psol) foi aprovado nesta manhã na Câmara Municipal do Recife.

Segundo a nota da prefeitura, o entendimento do Executivo Municipal é que o projeto garante mais segurança aos passageiros do sistema e protege os trabalhadores “-que já desempenham uma função de alta responsabilidade-, do desvio de função”.

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A Câmara Municipal do Recife aprovou o PL 05/2019 após uma longa tramitação na Casa. A votação chegou a ser adiada cinco vezes. No decorrer dos últimos dois meses, o Recife foi palco de paralisações promovidas pelo Sindicato dos Rodoviários como forma de pressionar a aprovação do projeto.

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Durante sessão plenária desta terça-feira (27), o Projeto de Lei (PL) 05/2019, que prevê o fim da dupla função dos motoristas de ônibus no Recife, foi aprovado amplamente pela Câmara dos Vereadores. Após meses de discussão em aberto e cinco adiamentos nas votações, o PL conseguiu 32 votos ao seu favor e apenas um contrário, do vereador André Regis (PSDB).

A partir de agora, o texto aguarda parecer da comissão de redação e o prefeito da cidade, Geraldo Júlio (PSB), terá até 15 dias úteis para sancionar.

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A priori, o projeto entrou para a primeira discussão durante a sessão, e conseguiu aprovação parcial com margem ampla. Isso acontece, pois, depois de discutido e votado, segundo os critérios da legalidade e constitucionalidade, caso seja aprovado, ele passa para uma segunda discussão.

No caso do PL 05/2019, a segunda sessão plenária, que discutiu o mérito do projeto, aconteceu de imediato e durou menos de 10 minutos. 

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Com esse avanço, caso sancionado, a aprovação significará o fim da briga entre consórcios, classe rodoviária e Legislativo, que vinha sendo razão de conflito desde de 2019, e que se acentuou este ano, com os protestos dos rodoviários para pressionar o Legislativo.

O Sindicato dos Rodoviários e apoiadores contestavam o acúmulo de função e a demissão de cobradores em larga escala, que segundo a classe, somou mais de três mil desligamentos.

Nas redes sociais, o autor do PL, Ivan Moraes (PSOL), comemorou a aprovação e fez apelos ao prefeito Geraldo Júlio, pedindo que ele dê atenção à causa. “Dia de vitória! Lutar ao lado dos Rodoviários e da população recifense é o que nos move. Proibir a dupla função é um marco nessa cidade. Um abraço em todas as trabalhadoras e trabalhadores rodoviários. Outro grande abraço em toda a população que usa o transporte público diariamente. A luta é por todos. O PL 5/2019 é uma realidade para proteger empregos e vidas. Estamos e continuaremos juntos”, disse, em sua página oficial do Facebook.

Nos últimos meses, o Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana, organizou protestos no Recife como forma de pressionar os vereadores a aprovarem o Projeto de Lei 05/2019, que prevê a proibição da dupla função na rotina de trabalho dos motoristas. Os representantes da categoria calculam que mais de três mil profissionais foram demitidos desde o início da pandemia. Com isso, mais motoristas passaram a acumular a função de cobrador.

Em 2016, a linha TI Abreu e Lima/TI Macaxeira passou a circular sem o cobrador, sob o argumento de diminuir a circulação de dinheiro nos veículos e, assim, reduzir os assaltos. A retirada desses profissionais continuou em 2017, até o governador Paulo Câmara (PSB) determinar que fossem suspensas. Em 2019, porém o processo retomou e as mudanças se deram também sob a justificativa da baixa demanda de usuários pagantes em dinheiro.

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Diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o Governo de Pernambuco autorizou a retirada dos cobradores de ônibus, havendo o crescimento de motoristas também passando troco. Em setembro, o Grande Recife Consórcio de Transporte registrava que 67% das linhas do sistema estavam operando sem cobrador. O tema começou a ganhar mais destaque diante dos adiamentos do projeto de lei, o que já ocorreu cinco vezes em menos de dois meses. Na próxima terça-feira (27), mais uma vez ele vai para o Plenário da Câmara de Vereadores.

Um projeto semelhante circula na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). De autoria das codeputadas da Juntas (Psol), o Projeto de Lei 471/2019, também prevê o impedimento da acumulação de tarefas e da demissão dos cobradores. A psolista Jô Cavalcanti fez um apelo, durante a Reunião Plenária por videoconferência da última quinta-feira (22), para que o governador Paulo Câmara apoiasse a proibição.

As interdições de via promovidas pelo Sindicato dos Rodoviários ocorriam sempre no dia da votação do PL. O último protesto aconteceu em 13 de outubro. No dia seguinte, 14 de outubro, a Justiça decidiu que a categoria estava proibida de fazer novas manifestações, atendendo parcialmente a pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE). Para a próxima votação, a diretoria do sindicato pretende se reunir em frente à Câmara dos Vereadores durante a sessão plenária. 

Os adiamentos na votação do PL 05/2019

Tramitando há um ano na Câmara dos Vereadores do Recife, o Projeto de Lei 05 de 2019 foi adiado pela última vez em 19 de outubro deste ano. Ele retorna à votação nesta terça-feira (27) devido à última emenda de plenário solicitada pelo vereador Davi Muniz (PSB). 

Acompanhe o cronograma de votações e adiamentos do PL nos últimos meses:

8 de setembro de 2020: Recebeu emenda de plenário de Rinaldo Junior (PSB)

21 de setembro de 2020: Foi retirado da ordem do dia pelo presidente da Câmara, antes da sessão de votação, a pedido dos vereadores;

28 de setembro de 2020: Recebeu emenda de plenário de Rodrigo Coutinho (SDD);

13 de outubro de 2020: Falta de quórum (não havia vereadores suficientes para votar);

19 de outubro de 2020: Recebeu emenda de plenário do vereador Davi Muniz (PSB).

O autor do projeto, Ivan Moraes (Psol), diz considerar que os adiamentos são propositais e arquitetados para derrubar o PL e favorecer os empresários do setor. “Se o objetivo fosse melhorar a Lei ou consertar algo, a discussão deveria ter sido feita antes. Isso está sendo usado para evitar a aprovação do projeto”, disse Moraes. “No período de pandemia, as demissões triplicaram e (as empresas) radicalizaram o processo. Elas se aproveitaram da situação da frota para acelerar a demissão de cobradores. Quem anda de ônibus sabe”, completou.

O Grande Recife Consórcio de Transporte informou ao LeiaJá que “a dupla função do motorista está prevista em uma cláusula da convenção coletiva dos rodoviários, que permite que ele passe a acumular a função de cobrador nas linhas que já operam sem o profissional. Qualquer alteração sobre o tema deve ser discutida entre os sindicatos patronal e o da categoria e, não havendo consenso entre as partes, poderá ser julgada pela Justiça do Trabalho”.

Segundo Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários, a diretoria não pretende renovar a cláusula da dupla função. "Nós não queremos renovar a cláusula da dupla função e, além disso, as cláusulas que falam da jornada de trabalho, que o motorista pode passar até quatro horas e a empresa não pagar a intrajornada de trabalho, que a gente chama de intraturno. Isso está na convenção e não vamos renovar”, explicou. Lima diz que combater a dupla função “não é uma luta fácil”. “Mas a sociedade tem nos apoiado”, ele completou. 

A perspectiva de especialistas sobre esta nova disputa no Recife

O LeiaJá conversou com dois engenheiros, especialistas em Urbanismo e Mobilidade Urbana, para comentarem a condição de dupla função no Recife, bem como o futuro das profissões envolvidas: o consultor em planejamento estratégico e gestão empresarial, Francisco Cunha, arquiteto e urbanista pela UFPE; e Fernando Jordão, membro da Academia Pernambucana de Trânsito.

Em uma cidade onde o serviço de transporte público é ainda tão defasado, a dupla função tem condições de funcionar sem trazer riscos e dificuldades à experiência dos motoristas?

Fernando Jordão: Eu não enxergo a dupla função. O motorista tem a função de guiar o veículo e, quando o veículo está parado, ele faz o controle de embarque de passageiros. Dupla função seria dirigir ao mesmo tempo em que se faz o controle. A dificuldade é de outra ordem. Eu entendo a defasagem do serviço, pois nossa cidade poderia ter um nível de tecnologia embarcada maior do que o que é hoje. Não sei porque ainda não temos. Sobre dificuldades e pouca instrução ou educação, creio que isso necessariamente inviabiliza o uso. Acredito que apenas pessoas mais velhas teriam dificuldades. Se o sistema de bilhetagem atual possui alguma sofisticação, o Poder Público poderia pensar em soluções mais amistosas de se utilizar o serviço.

Francisco Cunha: Eu penso que sim, desde que seja bem executado. É obrigatório que o serviço seja executado quando o veículo está parado. A dupla função já é realidade há bastante tempo em cidades desenvolvidas mundo afora, e pelo que me consta, em cidades brasileiras também, inclusive no Nordeste, como em Fortaleza, Natal e João Pessoa. No Recife também já existem linhas sem cobrador há mais ou menos cinco anos, e elas funcionam bem.

Muitos urbanistas já comentam que a automatização do serviço de transporte público é inevitável, e até chegar lá, a cidade passa pela experiência da dupla função. Se essa avaliação procede, qual seria o melhor caminho a ser seguido na cidade do Recife?

Fernando Jordão: Volto a dizer, não enxergo a dupla função, mas vejo a extinção da categoria de cobradores como algo negociável. É uma situação parecida com a do sistema portuário; no transporte, não é uma coisa nova querer permanecer com uma categoria funcional, ainda que ela não faça mais sentido do ponto de efetividade.

Francisco Cunha: Sim, procede, e o caminho que eu vejo como mais adequado é radicalizar o uso do meio eletrônico de pagamento. Com o oferecimento, inclusive, de opções de serviço de integração temporal, que já existe, mas pode ser ampliada; diferença de tarifas a depender do horário de circulação, aquela ideia do pico e do “fora pico”, sendo fora do horário de pico mais barato, isso pode ser implementado. Recarga por smartphone, que já funciona, mas deve ser ampliado. Até mesmo a criação de programas de fidelidade. Radicalizar transformando a digitalização em ampliação de ofertas de serviços, também de informação de horários e tempo de espera. 

Recife ainda não tem o suporte necessário para uma automatização completa na experiência do usuário de transporte público. Assim sendo, é necessário cortar a função de cobrador de imediato? O que poderia ser feito até que isso se torne realidade?

Fernando Jordão: Mesmo com baixa instrução, eu acho que já existe um domínio razoável da população no uso dessas tecnologias, mas não é esse o problema. Sobre as ações de redução de custo, outras poderiam ser feitas enquanto se organiza a absorção da dispensa do cobrador. Por exemplo, a extinção das gratuidades enquanto despesa do estado, que poderia ser solicitada diretamente dos órgãos superiores federais. Ainda assim, por redução de custo, a dispensa da categoria funcional é inevitável, pois com o tempo ela perde efetividade na prestação do serviço. Cabe ao Poder Público e aos envolvidos de maneira geral fazer um planejamento de mudança, para que não venha a acontecer problemas de trabalho e desemprego. O problema reside na falta de planejamento e nas prioridades de redução de custo, mas do ponto de vista operacional e tecnológico, procede.

Francisco Cunha: Tudo o que está acontecendo no Brasil e fora, leva a crer que a digitalização é um caminho sem volta. Isso já acontecia antes da pandemia, e deve se acentuar mais após. Esse suporte terá que vir de forma mais acelerada ainda, para se adequar a esta exigência mais intensa. Os esforços das empresas e do setor devem ser no sentido de capacitação dos cobradores, para assumirem outras funções nas empresas e no setor produtivo; isso deve ser feito dando suporte. A adequação à tendência tecnológica deve vir com cuidado em relação à mudança de função. 

Há uma PL em aberto, cuja reivindicação é o fim da dupla função, mas a sua votação vem sendo adiada há mais de cinco sessões. O resultado dessa falta de acordo é uma classe rodoviária frustrada e de futuro incerto, além dos impactos no serviço à população. Como esse processo é analisado?

Fernando Jordão: O PL poderia ser transformado em um entendimento de que, no período de alguns anos, essa categoria passaria a não existir, mas haveria uma programação de readaptação dos cobradores, para a categoria de motorista ou mesmo de fiscais de tráfego. Se houvesse um planejamento e uma maior participação do Poder Público e dos empresários, aí sim, creio que a PL teria mais sentido. Creio que tudo está fora de foco, é uma quebra de braço.

A dispensa da categoria é operacionalmente dispensável, mas dessa forma, vai gerar problemas de emprego e fechamento de vagas, então claro que a sociedade terá essa preocupação. Os políticos, como representantes da sociedade, poderiam sugerir outras formas de reduzir custos em vez de ir para a briga com a categoria. A categoria pode acabar? Pode sim. Mas também pode permanecer durante um período de adaptação e principalmente de dificuldade econômica, desde que tudo seja feito sob acordo mútuo. 

Francisco Cunha: As negociações são sempre, por natureza, tensas. Nos meus anos de consultoria, sempre que acompanho essas negociações, a tensão está presente. Por isso, é necessário muita capacidade de negociação de ambas as partes, nesse caso, das três partes: os empresários, os empregados e o poder legislativo. Ainda mais em época eleitoral e de dissídio coletivo. É preciso um esforço de pacificação dos ânimos para poder fazer com que a negociação seja conduzida a um ponto seguro. Há um aspecto complementar, do ponto de vista legal, que deve ser considerado. A lei municipal pode não ter validade para legislar sobre o sistema de transportes. Logo, é preciso avaliar os aspectos com cuidado e saber se esse é o terreno pelo qual se deve caminhar.

A Câmara dos Vereadores do Recife adiou, mais uma vez, a votação do projeto de lei 05/19, de autoria do vereador Ivan Moraes (PSOL), que pede a proibição da dupla função dos motoristas de ônibus. O texto, desta vez, foi alvo de uma nova emenda de plenário apresentada pelo vereador Davi Muniz e apoiada por mais 12 parlamentares. É a quinta vez que a apreciação do texto é adiada.

A dupla função executada por motoristas, que além de conduzir os veículos também cumprem a tarefa dos cobradores, foi alvo de diversos protestos do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, no Centro do Recife. No último mês, houve pelo menos três paralisações das atividades por uma manhã inteira. 

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O presidente da Casa, Eduardo Marques (PSB), enviou o projeto novamente para as comissões temáticas. Entre os que assinaram a emenda, estão os vereadores Amaro Cipriano, Augusto Carreras, Eduardo Chera, Francismar, Natália de Mendo, Rodrigo Coutinho, Wilton Brito e Samuel Salazar.

A apresentação da emenda exaltou os ânimos da discussão do projeto. Ivan Moraes pediu que o presidente informasse o nome dos vereadores que assinaram a proposta e se colocaram contra a votação do texto hoje. Já Davi Muniz enfatizou que "este é um projeto que precisa ser visto e revisto". "Temos o direito de analisar e conversar. Ninguém está cancelando a votação, ela vai existir, mas precisamos analisar os prós e contras", disse.

"Aqui não há procedimentos secretos. Pelo bem da transparência é importante que a população saiba quem são os vereadores que apoiam essa emenda. Estou à disposição para conversar desde que apresentei a proposta", retrucou Moraes.

Outros vereadores fizeram questão de se posicionar sobre o assunto, como Aimé Carvalho, Luiz Eustáquio, Aline Mariano. Todos a favor da aprovação da proposta. "Essa estratégia de adiar não tem consonância com quem mais precisa, que são os trabalhadores. O adiamento faz com que não consigamos dar uma resolução com aqueles que esperam de nós essa parceria com a Câmara. É a mesma coisa de colocar um garçom para cozinhar e servir. Mesmo sendo regimental, está acontecendo uma manobra para que esse projeto não seja votado", argumentou Aline.

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT) determinou por meio de liminar que o Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana se abstenha de fazer paralisações de ônibus. Caso a determinação não seja obedecida, o sindicato será penalizado com uma multa de R$ 30 mil por ato.

A decisão atende parcialmente pedido de instauração de dissídio de greve do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Pernambuco (Urbana-PE). Na decisão, a desembargadora Dione Nunes Furtado, vice-presidente do TRT6, diz que os rodoviários devem se abster de promover atos que impliquem na paralisação do serviço de transporte público  e de realizar piquetes nas sedes e garagens das empresas. "Que haja o uso da Força Pública, se for o caso, para o fiel cumprimento da presente ordem", assinalou. A desembargadora designou a realização de uma audiência de conciliação às 10h de 20 de outubro de forma telepresencial.

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Por nota, a Urbana-PE disse ter buscado acordo junto aos trabalhadores rodoviários sobre o dissídio coletivo da categoria. "Entretanto, o pleito irredutível de aumento de até 29% dos salários e 79% no auxílio alimentação não é razoável, tampouco condizente com o cenário atual", ressaltam os empresários.

Ainda de acordo com a nota, o Sindicato dos Rodoviários tem penalizado a população com atos ilegais, supostamente por não concordar com cláusulas da última convenção coletiva celebrada pela categoria. 

A mais recente paralisação dos rodoviários ocorreu na última terça-feira (13) no centro do Recife. A principal pauta da categoria é o fim da dupla função dos motoristas. Os protestos são uma forma de pressionar a aprovação de projeto de lei que tramita na Câmara dos Vereadores que proíbe que o motorista assuma uma segunda função. A votação foi adiada mais uma vez por falta de quórum.

O Sindicato dos Rodoviários disse que ainda não foi notificado sobre a liminar e que se pronunciará após conhecimento da decisão. Os representantes dos rodoviários convocaram uma reunião com vereadores aliados para a próxima quinta-feira (15).

O Sindicato dos Rodoviários realiza um novo protesto no centro do Recife na manhã desta segunda-feira (28). O ato interdita o cruzamento entre a Avenida Guararapes e a Rua do Sol, no bairro de Santo Antônio, além de motivar a paralisação de coletivos em vias importantes como a Avenida Cruz Cabugá, a Treze de Maio e a Rua do Príncipe, na área central da capital pernambucana.

A categoria pede o fim da dupla função do motorista e intervenção do Estado para que proíba a demissão de cobradores. Essas são as mesmas bandeiras levantadas no ato anterior, na última segunda-feira (21)

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“Esse é o maior retrocesso no sistema de transporte coletivo de passageiros”, argumenta Aldo Lima, presidente do sindicato. Os manifestantes não têm previsão para encerramento do protesto.

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A manifestação também é uma forma de pressionar os vereadores da Câmara Municipal do Recife. Está pautada para esta segunda-feira a votação do PL 05/19, de autoria do vereador Ivan Moraes (PSOL), que proíbe a circulação de ônibus na capital com motorista acumulando a função de cobrador. Na esfera estadual, há um projeto semelhante tramitando na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), de autoria das codeputadas das Juntas (Psol).

Segundo Aldo Lima, durante a pandemia da Covid-19, rodoviários com mais de dez anos de serviço estão sendo dispensados. "Eles [a patronal] estão se utilizando da pandemia para lucrar, demitindo trabalhadores. Além disso, não querem indenizar, não pagam da forma correta e dizem que tão pagando isso porque é o que podem. Caso o trabalhador não aceite, que vá para a Justiça e lá demore por três, quatro, cinco anos. Ou seja, os trabalhadores ficam com a faca no pescoço, tendo que aceitar qualquer acordo", completa.

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