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A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o ministro da Saúde de Uganda anunciaram nesta quarta-feira (11) o fim da epidemia de Ebola neste país africano, menos de quatro meses depois de seu início e após 55 mortos.

"Controlamos com sucesso a epidemia de Ebola em Uganda", disse a ministra da Saúde, Jane Ruth Aceng, em uma cerimônia em Mubende, o epicentro da epidemia.

Segundo os critérios da OMS, um surto é considerado encerrado quando não houver novos casos por 42 dias consecutivos, o dobro do número de dias de incubação da doença.

O surto foi declarado em Mubende em 20 de setembro e depois se espalhou por todo país, com uma população de 47 milhões de pessoas.

Ainda não há vacina para essa doença, mas três imunizantes experimentais estão sendo testados no país.

Uganda sofreu sete surtos de Ebola, cinco deles causados pela chamada cepa "sudanesa", disse a ministra da Saúde, acrescentando que a origem do surto de setembro passado "ainda é desconhecida".

"Parabenizo Uganda por sua resposta robusta e abrangente que resultou na vitória de hoje contra o Ebola", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado.

O ebola é uma febre hemorrágica viral frequentemente mortal. Deve seu nome a um rio na República Democrática do Congo (RDC), onde foi detectada em 1976.

Uganda sofreu seis surtos de ebola, o último deles, em 2019. Quatro foram causados pela chamada cepa sudanesa.

O vírus é transmitido por fluidos corporais. Seus sintomas habituais são febre, vômitos, sangramento e diarreia. As pessoas infectadas se tornam contagiosas após o início dos sintomas, passado um período de incubação de 2 a 21 dias.

A doença tem seis cepas diferentes, três das quais já causaram grandes epidemias. Epidemias são difíceis de conter, especialmente em áreas urbanas.

Uganda registrou a primeira morte provocada pelo vírus do ebola desde 2019, informou nesta terça-feira (20) o ministério da Saúde, que anunciou um foco da doença em Mubende, na região central do país.

"O caso confirmado é de um homem de 24 anos, que apresentou sintomas da doença e faleceu, afirmou o ministério no Twitter.

O caso foi provocado por uma cepa rara procedente do Sudão, que não era observada em Uganda desde 2012, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na África, que anunciou o envio de uma equipe para ajudar nas investigações e na resposta.

Uganda já registrou várias epidemias de ebola, a mais recente em 2019, com um balanço de cinco mortos.

O vírus do ebola pode ser fatal, embora atualmente existam vacinas e tratamentos contra esta febre hemorrágica, que é transmitida aos humanos por animais infectados.

A transmissão entre pessoas ocorre por meio de fluidos corporais. Os principais sintomas são febre, vômitos, sangramento e diarreia.

A República Democrática do Congo (RDC), vizinha de Uganda, registrou 14 epidemias de ebola, a mais recente delas entre abril e julho de 2022.

O governo de Guiné declarou neste domingo (14) o retorno da epidemia de ebola no país após quatro mortes terem sido confirmadas. Há ainda três pessoas internadas em estado grave.

Segundo o chefe da Agência Sanitária da Guiné, Sakoba Keita, a primeira vítima em cinco anos foi uma enfermeira, que se sentiu mal e foi enterrada no dia 1º de fevereiro. Do funeral, oito pessoas foram infectadas, apresentando sintomas como vômito, diarreia e febre. Tanto as outras três mortes como as internações estão relacionadas ao enterro.

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"Nesta manhã, muito rapidamente, o laboratório de Conakry confirmou a presença do vírus ebola", acrescentou Keita.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que está acompanhando a situação e assegurou uma "rápida assistência" a Guiné para conter a crise sanitária. O país africano havia erradicado a doença em 2016, após três anos de um surto que deixou mais de 11,3 mil mortes. 

Da Ansa

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que os cientistas do Instituto Venezuelano de Investigações Científicas (IVIC) desenvolveram uma molécula que aniquila completamente o vírus que provoca a COVID-19.

Além disso, o líder venezuelano assegura que o novo medicamento pode deter a COVID-19 e que o estudo teve uma duração de seis meses.

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"Hoje, posso dizer oficialmente que esta molécula [...] foi testada para a COVID-19, foram feitas todas as investigações [...] o estudo durou seis meses, dando como resultado a aniquilação de 100% do vírus da COVID-19", assegurou.

"Quero dizer que a Venezuela conseguiu um medicamento que anula a 100% o coronavírus", ressaltou, adicionando que o novo medicamento "não apresenta nenhum tipo de toxicidade que afete as moléculas saudáveis".

A molécula citada por Maduro é a DR10, que já foi usada no tratamento de doenças como a hepatite C, o vírus do papiloma humano e o ebola.

Maduro também destacou que o estudo realizado pelos pesquisadores do IVIC foi confirmado por outros cientistas, e que "nos próximos dias será construído o percurso, para, através da Organização Mundial de Saúde, ratificar os resultados obtidos pelo IVIC".

Assim que obtiver a ratificação, a Venezuela vai preparar a produção massiva desta molécula e fornecê-la a nível mundial com a devida colaboração internacional.

Nesta segunda-feira (1º) o governo da República Democrática do Congo declarou que o país está passando por um novo surto de Ebola no noroeste do país, em meio à pandemia do novo coronavírus. 

Segundo o ministro da saúde, Eteni Logondo, quatro pessoas já morreram vítimas da doença, de acordo com exames realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica na cidade de Mbandaka. 

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O ebola, doença altamente contagiosa, é considerado endêmico na República Democrática do Congo, onde desde agosto de 2018 já matou cerca de 2,3 mil pessoas. De 2014 a 2016 o vírus também matou 11,3 mil pessoas em Serra Leoa, na Guiné e na Libéria. Já o novo coronavírus, infectou cerca de 3,2 mil pessoas e levou a 72 mortes na República Democrática do Congo. 

O anúncio do novo surto de ebola causou muita agitação nas redes sociais, com comentários de medo por parte dos internautas que já se sentem assustados por ter que lidar com o coronavírus. Confira: 

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Um total de 3.373 casos de pessoas contagiados com o vírus do Ebola foram registrados na República Democrática do Congo (RDC), dos quais 2.231 morreram desde agosto de 2018, informaram neste domingo as autoridades de Saúde do país africano.

O relatório divulgado pelo Comitê Multissetorial de Resposta à Epidemia (CMRE) acumula os casos desde que, há 16 meses, foi declara a epidemia, que afeta principalmente as províncias de Kivu do Norte e Ituri, no leste.

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As autoridades de saúde também informaram que estão sendo investigados 341 casos suspeitos.

As ações de combate à doença são abaladas periodicamente devido à presença de diversas milícias nas áreas afetadas.

Membros das equipes de saúde ficaram mortos ou feridos em ataques armados em Kivu do Norte e em Ituri, e os centros de saúde criados para tratar as vítimas também são alvo de atentados.

A atual epidemia de Ebola é a décima em território congolês desde 1976 e a segunda epidemia mais grave da história depois da África Ocidental em 2014 (11.000 mortos na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné).

Uma segunda vacina contra o ebola foi introduzida de forma experimental nesta quinta-feira (14) no leste da República Democrática do Congo (RDC), dias depois da homologação oficial do primeiro tratamento.

Equipes da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) abriram dois centros de aplicação das doses do laboratório americano Johnson & Johnson (J&J) em Goma, uma grande cidade de Kivu do Norte de um a dois milhões de habitantes, na fronteira com Ruanda.

No bairro de Majengo, na manhã desta quinta-feira, duas pessoas foram vacinadas e 41 estavam na lista de espera, indicou à AFP um porta-voz da MSF.

Responsável pela implementação deste novo protocolo, a MSF quer chegar a "50.000 pessoas em um período de quatro meses", com 23.000 doses que já foram entregues na RDC, segundo cifras desta organização.

Uma segunda dose será aplicada daqui a dois meses, detalhou a MSF em um comunicado.

Trata-se de "comprovar o bom desenvolvimento da vacina em duas doses, em uma região onde a população é muito móvel e onde houve casos no passado", acrescentou.

Em julho e agosto, foram registrados em Goma quatro primeiros casos de febre hemorrágica. As autoridades médicas temeram uma propagação da doença nesta cidade populosa, centro de intercâmbios com Ruanda, Uganda e a província vizinha de Kivu do Sul.

Nenhum novo caso de vírus do ebola foi declarado em Goma desde agosto. O epicentro da epidemia se encontra 350 km ao norte, na região de Beni-Butembo.

Declarada em 1 de agosto de 2018, esta décima epidemia de febre hemorrágica em solo congolês deixou 2.193 mortos, e 1.067 pacientes se curaram.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a epidemia "emergência de saúde pública mundial" em 17 de julho, em um chamado para arrecadar fundos.

Esta é a primeira vez que vacinas são introduzidas de forma "experimental" (sem a autorização prévia de sua comercialização) para prevenir a doença.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) acusou nesta segunda-feira a Organização Mundial Saúde (OMS) de "racionar" vacinas utilizadas para tentar controlar a epidemia de ebola na República Democrática do Congo.

Em uma nota oficial, MSF aponta que "um dos maiores problemas reside atualmente no fato de que, na prática, a vacina (contra o ebola) é racionada pela OMS e muitas pessoas em risco não estão protegidas".

A organização criticou a "opacidade" da OMS na distribuição de vacinas e pediu a "criação de um comitê independente de coordenação internacional, para garantir a transparência sobre a gestão dos estoques e a distribuição de dados".

O comitê poderia ser integrado por entidades como a própria OMS e MSF, assim como a Cruz Vermelha e o Unicef, para "estimular discussões abertas com os produtores de vacinas".

Declarada no dia 1 de agosto de 2018, a 10ª epidemia de febre hemorrágica ebola na região do Congo já provocou a morte de mais de 2.100 pessoas.

Em julho, a OMS elevou o nível de ameaça do ebola para "urgência de saúde pública de alcance internacional".

No total, 225.000 pessoas receberam uma dose da vacina produzida pelo laboratório Merck desde 8 de agosto de 2018, "mas o número é amplamente insuficiente", afirma MSF em seu comunicado.

"Entre 2.000 e 2.500 pessoas poderiam ser vacinadas a cada dia, contra um ritmo atual de entre 500 e 1.000 pessoas", afirma no texto a diretora de operações de MSF, Isabelle Defourny.

"As razões por trás das restrições ainda são obscuras", afirma a organização.

As autoridades da República Democrática do Congo introduzirão em meados de outubro uma segunda vacina contra o ebola, que já matou mais de 2.000 pessoas no país africano.

O anúncio desta segunda-feira da Organização Mundial da Saúde (OMS) coincide com as críticas da Médicos Sem Fronteiras (MSF) à organização internacional, que segundo a ONG estaria "racionando" a primeira vacina disponível contra a doença.

"As autoridades de saúde da República Democrática do Congo (RDC) anunciaram a intenção de introduzir uma segunda vacina experimental contra o ebola, produzida pela Johnson & Johnson, a partir de meados de outubro", informou a OMS em um comunicado.

A agência especializada da ONU indicou que a vacina será administrada a moradores em regiões onde não há transmissão ativa do vírus do ebola.

"As autoridades da RDC, ao decidir pela adoção da segunda vacina experimental (...) demonstram mais uma vez sua liderança e determinação para acabar com esta epidemia o mais rápido possível", afirmou o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado no comunicado.

A 10ª epidemia no país desta doença, declarada no dia 1 de agosto de 2018, provocou 2.100 mortes até o momento.

Em julho, a OMS elevou o nível de ameaça do ebola para "urgência de saúde pública de alcance internacional".

Até agora, a RDC só utilizou a vacina experimental produzida pela Merck, considerada "muito eficaz e segura" pela OMS.

O ex-ministro da Saúde congolês Oly Ilunga pediu demissão em 22 de julho e denunciou tentativas de introduzir uma segunda vacina "por personagens que demonstraram uma clara falta de ética".

Ilunga foi acusado de desvio dos fundos destinados à luta contra o ebola e colocado em prisão domiciliar em Kinshasa.

Mais de 223.000 pessoas receberam a vacina durante a atual epidemia. O medicamento continuará sendo administrado em todas as pessoas com risco elevado de infecção de ebola, incluindo aquelas que tiveram contato com uma pessoa que teve a infecção confirmada.

Os contatos de contatos de pessoas infectadas com o vírus também são vacinados, de acordo com o princípio conhecido como "vacinação em anel", explicou a OMS.

Em maio, o Grupo Estratégico Consultivo de Especialistas da OMS publicou novas recomendações para enfrentar as dificuldades relacionadas com a vacinação contra o ebola na RDC, sugerindo em particular a adoção da vacina desenvolvida pela Johnson & Johnson.

O laboratório belga Janssen Pharmaceuticals, filial do grupo americano Johnson & Johnson, anunciou na ocasião que estava pronto para enviar doses de vacina em grandes quantidades.

A epidemia atual é a segunda mais importante na história da doença do vírus do ebola, atrás da que matou quase 11.000 pessoas em três países do oeste da África (Guiné, Libéria e Serra Leoa) entre 2013 e 2014.

A febre hemorrágica de ebola, altamente contagiosa, provoca a morte de entre 25% e 90% dos infectados, de acordo com a OMS.

O vírus é transmitido por contato direto com o sangue, secreções corporais (suor, fezes, etc), por via sexual e pela manipulação sem precaução de cadáveres contaminados.

Estudo que aponta para o risco de pandemias globais de doenças graves como Ebola, influenza e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) será apresentado na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (24).

O relatório A World At Risk (Um mundo em risco) é o primeiro documento anual elaborado pelo órgão independente Global Preparedness Monitoring Board - GPMB (Conselho de Monitoramento da Preparação Global). O órgão foi lançado em maio de 2018, pelo Banco Mundial e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e é formado por 15 membros, entre líderes políticos, chefes de agências e especialistas de vários países.

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Segundo o relatório, questões como conflitos prolongados, estados frágeis e migrações forçadas favorecem a rápida circulação de vírus letais em todo o mundo, bem como as mudanças climáticas, a crescente urbanização e a falta de água tratada e de saneamento básico.

De acordo com a co-presidente do GPMB, Gro Harlem Brundtland, os líderes mundiais têm respondido às emergências em saúde com ciclos de pânico e negligência.

Ações urgentes

“Está mais do que na hora de trabalhar em ações urgentes e continuadas. Isso deve incluir aumento do financiamento em níveis locais, nacionais e internacionais para evitar a propagação de surtos. Também exige que os líderes tomem medidas proativas para fortalecer os mecanismos de coordenação e de preparação entre os governos e a sociedade para responder rapidamente a uma emergência.”

Segundo o documento, se o mundo enfrentasse um surto como a pandemia de Influenza de 1918, o vírus poderia se espalhar globalmente em 36 horas e o número de vítimas fatais poderia chegar a 80 milhões de pessoas. Conhecida como Gripe Espanhola, estima-se que a pandemia de 1918 infectou 500 milhões de pessoas, um terço da população mundial na época, com 50 milhões de mortes, o equivalente a cerca de 3% da população.

O relatório alerta que uma pandemia nessas proporções na atualidade pode destruir 5% da economia global, além de colapsar muitos sistemas nacionais de saúde, atingindo as comunidades mais pobres. De acordo com o levantamento, entre 2011 e 2018 a OMS acompanhou 1.483 eventos epidêmicos em 172 países, de doenças como Ebola, Zika, SARS e febre amarela. No Brasil, foram detectadas no período epidemias de febre amarela, malária e Zika.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que os surtos mais graves de doenças como Ebola, cólera e sarampo geralmente ocorrem nos locais que possuem os sistemas de saúde mais fracos.

“Como líderes de nações, comunidades e agências internacionais, devemos assumir a responsabilidade pela preparação de emergências e prestar atenção às lições que esses surtos estão nos ensinando. Temos que tomar medidas preventivas antes que eles aconteçam.”

O texto destaca que algumas providências foram tomadas após o surto de Ebola de 2014 na África Ocidental, que infectou 28,6 mil pessoas e fez 11,3 mil vítimas fatais, principalmente em Serra Leoa, Guiné e Libéria. Segundo o relatório, o custo econômico e social da epidemia na região foi de 53 bilhões de dólares.

A OMS decretou o fim do surto em janeiro de 2016, porém, um novo foi detectado em agosto de 2018 na República Democrática do Congo e já registrou 2,6 mil casos, com 1,8 mil mortes, segundo dados da OMS.

O relatório A World At Risk diz que, em julho de 2019, 59 países desenvolveram um Plano de Ação Nacional para Segurança da Saúde, mas, até o momento, nenhum deles foi totalmente financiado.

Brasil

No Brasil, após a pandemia de influenza de 2009, o governo lançou, em 2010, a Estratégia Nacional de Vacinação Contra o Vírus da Influenza Pandêmica (H1N1). Na época, chamada de gripe suína, a pandemia de 2009 matou 18,5 mil pessoas no mundo todo. Porém, um estudo publicado pela revista médica The Lancet Infectious Diseases aponta que o número de mortes pode estar entre 151,7 mil e 575,4 mil entre os anos de 2009 e 2010.

O Brasil registrou 50.482 casos em 2009, com 2.060 mortes por influenza A/H1N1, segundo dados do Ministério da Saúde. Após o início da vacinação, em 2010 foram 973 casos da doença e 113 mortes. Em 2011, os números caíram para 181 casos e 21 mortes.

O diretor da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan, Alexander Precioso, destaca a importância da estratégia brasileira de imunização para controlar os surtos de doenças infectocontagiosas transmitidas por vírus.

“O Instituto Butantan foi identificado como um produtor de vacinas de influenza estratégico e recebe apoio técnico e financeiro para produzir lotes de vacinas de determinadas cepas de vírus influenza que teriam o potencial de causar pandemia. Ocorreu no passado com o vírus Influenza H5N1, depois com o H1N1 e finalizamos este ano o estudo clínico de outro vírus influenza potencialmente pandêmico que é o H7N9”.

Segundo Precioso, o vírus H7N9 ainda não se disseminou de forma alarmante entre seres humanos, tendo ocorrido predominantemente entre animais. Porém, o monitoramento internacional da OMS identificou o H7N9 como tendo potencial para desenvolver um comportamento de rápida disseminação levando a uma potencial pandemia.

O diretor reitera que a vacinação é uma ação emergencial para ajudar a conter surtos, mas deve ser coordenada com outras medidas importantes para evitar uma epidemia.

“Não é só ter a capacidade de produzir vacinas, mas é ter todo um contexto de políticas de saúde que vão abordar as diversas áreas que possam contribuir para o controle de uma determinada pandemia. Exemplos: disponibilidade de ter a vacina, acesso aos serviços que podem imunizar, condições mais gerais que a população se encontra. É muito mais fácil você controlar uma pandemia em uma sociedade onde questões de saneamento e nutrição são adequados do que em regiões precárias.”

Atualmente, o Brasil tem enfrentado o aumento de casos de sarampo e de dengue, iinformou.

Recomendações

O relatório A World At Risk traz sete recomendações urgentes para os líderes mundiais se prepararem para enfrentar emergências em saúde. A primeira é se “comprometer com a prevenção, implementando integralmente o Regulamento Sanitário Internacional e aumentando o investimento em prevenção como parte integrante da segurança nacional e internacional.”

A segunda é o compromisso político de países e de organizações intergovernamentais regionais para cumprir o financiamento para prevenção e monitorar o progresso nas reuniões anuais. O relatório indica que todos os países construam “sistemas resistentes de prevenção”, com coordenadores de alto nível e prioridade para o envolvimento da comunidade.

Os países, doadores e instituições multilaterais “devem se preparar para o pior cenário de uma pandemia de vírus respiratório em rápida evolução”, promovendo pesquisas e o desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos, com compartilhamento rápido de informações. As organizações internacionais de financiamento devem integrar o tema a seus planejamentos e sistemas de incentivos, assim como os financiadores de assistência ao desenvolvimento de países mais pobres e vulneráveis.

O relatório recomenda que a ONU fortaleça a prevenção e a coordenação da resposta a epidemias internacionalmente.

 

O vírus ebola matou 1.905 pessoas em um ano na República Democrática do Congo (RDC), enquanto 844 pacientes se curaram, anunciaram autoridades de saúde congolesas nesta quinta-feira.

"Desde o início da epidemia, o acúmulo de casos é de 2.842, dos quais 2.748 confirmados e 94 prováveis. No total, ocorreram 1.905 óbitos (1.811 confirmados e 94 prováveis) e 844 pessoas se curaram", indicou o Ministério da Saúde em seu boletim desta quarta-feira.

A epidemia, declarada em 1 de agosto de 2018, havia ficado contida às províncias de Kivu do Norte (Beni, Butembo-Katwa e Goma) e, marginalmente, Ituri. Em Uganda, país vizinho, foram registrados dois casos.

"Agora temos dois tratamentos: o mAb114 e o REGN-EB3. São essas duas moléculas que vamos utilizar, porque segundo os resultados que obtivemos até agora, são as duas mais eficazes", explicou nesta terça-feira o professor Jean-Jacques Muyembe, coordenador da luta contra o ebola na RDC.

Segundo as autoridades de saúde americanas, que financiaram um estudo sobre o tratamento do ebola, ambos os medicamentos dobraram a taxa de sobrevivência.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância lançou uma advertência em um comunicado nesta quinta: "O número de crianças órfãs ou desacompanhadas pelo ebola cresce tão rápido quando a própria epidemia".

A RDC luta contra a décima epidemia do ebola sobre seu território desde o surgimento da doença, em 1976.

Os esforços de resposta são regularmente comprometidos pela insegurança, em uma zona repleta de grupos armados, e pela resistência por parte da população a se proteger adequadamente.

Os cientistas estão um passo mais perto de uma cura para o ebola após terem descoberto que dois de quatro medicamentos utilizados em um ensaio clínico aumentaram significativamente as taxas de sobrevivência, disse na segunda-feira, 12, a autoridade de saúde dos Estados Unidos, responsável pelo financiamento da pesquisa.

O estudo começou em novembro passado, na República Democrática do Congo (RDC), mas agora sua fase atual será interrompida e todos os futuros pacientes receberão os dois tratamentos que mostraram resultados positivos, disseram os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, sigla em inglês), em um comunicado.

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"Os resultados preliminares em 499 participantes no estudo indicaram que as pessoas que receberam REGN-EB3 ou mAb114 (dois dos quatro remédios) apresentaram maior probabilidade de sobrevivência em comparação aos participantes que receberam os outros dois", indicou.

Os pacientes que estavam recebendo os dois medicamentos que estão sendo descontinuados, ZMapp e remdesivir, agora terão a opção de receber os tratamentos que demonstraram funcionamento efetivo.

Os NIH acrescentaram que a análise final dos dados será feita no fim de setembro ou início de outubro. Em seguida, os resultados completos serão enviados para publicação em literatura médica revisada por pares.

Tanto os pesquisadores americanos como as autoridades sanitárias do Congo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiaram a "equipe extraordinária de pessoas que trabalharam em condições extremamente difíceis para realizar o estudo", assim como os pacientes e suas famílias.

"É através deste tipo de pesquisa rigorosa e de rápida implementação que podemos identificar rápida e definitivamente os melhores tratamentos e incorporá-los à resposta ao surto de ebola", disseram.

Mãe e filho sobrevivem ao Ebola

Entre os pacientes que conseguiram se curar através do uso dos medicamentos está Esperance Nabintu e seu filho, Ebenezer Fataki, de 1 ano.

"Agradeço ao Senhor. Meu filho e eu estávamos com ebola, mas nós dois nos curamos", disse a paciente congolesa. "Meus irmãos, não devemos duvidar: o ebola existe."

O marido de Esperance foi a segunda vítima do ebola que morreu na cidade de Goma. Desde então, não houve nenhum outro óbito na região em função do vírus.

Segundo o diretor do Instituto Nacional de Investigações Biomédicas do Congo, doutor Jean-Jacques Muyembe, o ebola é perigoso, mas é curável com o tratamento devido.

"O ebola mata rapidamente, mas o ebola se cura rapidamente", disse Muyembe, em Goma. "Estes casos foram detectados muito rapidamente. O marido estava infectado, esteve em casa durante 10 dias, sua mulher e seu filhos foram contagiados pelo vírus."

Muyembe explicou que as equipes médicas levaram Esperance e Ebenezer ao centro de tratamento assim que os casos de ebola foram identificados.

"Aplicamos um tratamento que é eficaz e, em pouco tempo, os dois estavam curados", afirmou o médico.

Mais de 1.800 pessoas morreram no leste da RDC desde o início da epidemia de ebola, em agosto do ano passado. (Com agências internacionais)

Um terceiro paciente foi diagnosticado, nesta quarta-feira (31), com o vírus Ebola na cidade de Goma, polo comercial de dois milhões de habitantes no leste da República Democrática do Congo, o que aumenta os temores sobre uma epidemia na região, informaram fontes médicas.

"Acabaram de me informar sobre outro caso confirmado da doença no Centro de Tratamento do Ebola (CTE) de Goma", disse à AFP o doutor Aruna Abedi, coordenador de reposta ao Ebola na província de Kivu do Norte (leste).

"A vacinação começou no centro de saúde de Kiziba para interromper a cadeia de propagação. O pessoal médico, os contatos (dos pacientes) e os contatos dos contatos são os primeiros objetivos", revelou o doutor.

"Este terceiro caso confirmado é o de uma menina de um ano filha de um homem que faleceu hoje por Ebola no CTE de Kiziba. A criança já apresentava sintomas da doença", disse à AFP um agente de saúde.

"Um paciente com caso confirmado de Ebola em Goma morreu e adotamos todas as medidas para cortar a cadeia de contaminação", disse à AFP Jean-Jacques Muyembe, funcionário nomeado pela presidência congolesa para coordenar a resposta à epidemia.

O homem havia chegado ao centro de tratamento "no dia 11 e não havia esperança devido ao elevado avanço da doença", destacou o doutor Aruna Abedi.

Na vizinha província de Kivu do Sul, 15 pessoas foram colocadas em quarentena em uma localidade à beira do Lago Kivu, sendo os primeiros casos suspeitos de Ebola nesta província.

A atual epidemia foi deflagrada em agosto de 2018 em Kivu do Norte e chegou a Ituri (nordeste), mas até o momento estava relativamente limitada.

Mas os novos casos em uma cidade como Goma aumentam os temores sobre a propagação de uma epidemia que já deixou 1.803 mortos, segundo as autoridades.

O segundo paciente com ebola na cidade de Goma faleceu - informaram autoridades de Saúde da República Democrática do Congo nesta quarta-feira (31).

"O doente confirmado de ebola em Goma morreu, e já foram tomadas todas as medidas para cortar o canal de contaminação", declarou à AFP Jean-Jacques Muyembe, o novo funcionário nomeado pela presidência para coordenar a resposta à epidemia.

O paciente havia chegado ao centro de tratamento "no 11º dia de sua doença. Realmente não tinha esperança, porque a doença estava muito avançada. Então morreu na noite de terça para quarta", indicou o coordenador da luta contra o ebola na província Kivu do Norte, Aruna Abedi.

O homem falecido em Goma - capital de Kivu do Norte e fronteiriça com Ruanda - é o segundo caso registrado nesse grande centro urbano do leste do país. Há duas semanas, detectou-se o primeiro.

Cinco embarcações que saíram de Goma foram imobilizadas nesta quarta no porto de Bukavu, do outro lado do lago Kivu, para serem submetidas a controle sanitário, o que gerou preocupação na cidade.

Esta epidemia de ebola na República Democrática do Congo deixa 1.790 mortos desde agosto de 2018, e é a mais grave da história da doença desde a que afetou a África entre o final de 2013 e 2016.

Em meados de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a doença à categoria de "emergência de saúde pública de alcance internacional".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou nesta sexta-feira (14) que a epidemia de ebola que castiga a República Democrática do Congo (RDC) não constitui uma ameaça internacional, apesar dos casos confirmados na vizinha Uganda.

"O comitê é da opinião de que o surto é uma emergência de saúde na República Democrática do Congo e na região, mas não cumpre os critérios para uma emergência de saúde pública de interesse internacional", disse o painel da OMS em uma declaração.

A agência da ONU declarou esse tipo de emergência apenas quatro vezes: em 2009, pela gripe H1N1; em 2014, pela poliomielite; em 2014, pela epidemia de ebola que causou mais de 11.300 mortes em três países do oeste africano (Libéria, Guiné, Serra Leoa); e em 2016, pelo vírus zika.

A reunião do comitê de urgência sobre a epidemia de ebola, que reapareceu em agosto na República Democrática do Congo, foi presidida pelo diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Ele participou da reunião remotamente, direto da RDC.

De acordo com os regulamentos sanitários da OMS, esse tipo de emergência é "um evento extraordinário de saúde pública que representa um risco para a saúde pública de outros Estados, devido à disseminação internacional de uma doença (...), e que pode exigir uma resposta internacional coordenada".

Em duas ocasiões, em outubro de 2018 e em abril passado, a OMS desistiu de declarar este alerta de saúde para o ebola na RDC, principalmente porque a epidemia se limitava a um único país.

A Uganda declarou o estado de alerta desde o início da epidemia, em agosto de 2018, no leste da RDC, onde foram registrados 2.100 doentes, dos quais 1.411 morreram.

O principal desafio para as autoridades ugandesas ante esta epidemia é a fronteira de 875 km com a vizinha RDC, cuja permeabilidade é difícil de controlar.

Esta semana, em Uganda, o vírus do Ebola fez suas duas primeiras vítimas - um menino de cinco anos e sua avó - que haviam viajado recentemente à RDC para o enterro de um familiar falecido pelo ebola.

O país já sofreu outras epidemias de Ebola. A mais recente foi em 2012, e em 2000 um total de 200 pessoas morreram no norte do país devido ao vírus.

Na RDC, a epidemia atual é a décima desde 1976 e a segunda mais grave na história da doença, depois da que atingiu a África Ocidental em 2014-2016.

Ao contrário do que aconteceu naquela época, as autoridades hoje dispõem de uma nova arma contra o vírus: uma vacina experimental, considerada eficaz pela OMS.

Um menino de 5 anos, o primeiro caso de ebola em Uganda, na fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), onde a epidemia surgiu há 10 meses, morreu nesta quarta-feira devido à doença, informaram autoridades locais.

"O menino foi diagnosticado com ebola em Kasese no dia anterior e morreu durante a noite na unidade de quarentena", declarou à AFP um funcionário do ministério da Saúde de Uganda.

"Ele será enterrado hoje", acrescentou a fonte, que indicou que toda a família do falecido foi admitida na unidade de quarentena.

A ministra da Saúde, Ruth Aceng, fará uma declaração sobre o caso.

No dia anterior, Ruth Aceng disse à AFP que o menino tinha viajado com sua família de Kasese (oeste de Uganda) para a República Democrática do Congo para um funeral e que, ao voltar para Uganda, adoecera.

O ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) enviaram uma equipe de especialistas a Kasese para verificar se há outros casos e vacinar pessoas que possam ter estado em contato com a criança.

Uganda está em alerta desde o início da epidemia de ebola no leste da RDC, onde 2.000 casos foram registrados, dois terços dos quais foram fatais.

O número de mortes causadas pelo contágio do vírus Ebola, na província de Kivu Norte, no nordeste da República Democrática do Congo, aumentou para 865 no último fim de semana, informou o Ministério da Saúde do país.

O governo, que combate a epidemia com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e organizações não governamentais, registrou, desde o início da epidemia, 865 mortes, 66 possivelmente causadas pelo Ebola, e 410 pessoas curadas.

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O registro de casos de contágio do vírus Ébola cresceu na última semana, fixando-se em 1.439, dos quais 1.373 confirmados e 66 possíveis. De acordo com a mesma nota do governo, existem agora 263 casos suspeitos da doença sob investigação.

Desde a semana passada, foram registrados mais 22 novos casos confirmados, incluindo seis em Butembo, quatro em Katwa, quatro em Mabalako, três em Mandima, três em Kalunguta, um em Beni e um em Musienene.

O Ministério da Saúde da RDCongo admitiu que a epidemia de Ebola, nas províncias de Kivu Norte e Ituri, é já a maior da história do país relativamente ao número de contágios.

O Congo foi atingido nove vezes pelo Ebola, depois da primeira manifestação do vírus no país africano, em 1976.

*Com informações da RTP (emissora pública de televisão de Portugal)

A epidemia de febre hemorrágica ebola deixou 900 mortos desde agosto na República Democrática do Congo (RDC), onde a insegurança e resistência em reconhecer a gravidade do problema impedem uma resposta adequada à crise, de acordo com o último balanço das autoridades de saúde.

Desde o início da epidemia, "1.396 casos foram registrados, dos quais 1.330 confirmados e 66 prováveis". "No total, houve 900 mortes" até 25 de abril, informou o ministério da Saúde em seu último relatório datado de sexta-feira. De acordo com essa fonte, 394 pessoas foram curadas, enquanto 260 casos suspeitos "estão sendo estudados".

A epidemia foi declarada em 1º de agosto na província de Kivu do Norte (nordeste) e marginalmente na vizinha Ituri. O epicentro deslocou-se de Mangina, zona rural, para a cidade de Beni, e agora para Butembo-Katwa, 50 quilômetros ao sul de Beni.

A atual epidemia de febre hemorrágica ebola é a décima e a mais grave epidemia registrada em território congolês desde 1976. É também a segundo mais grave desde a da África Ocidental em 2014, que matou mais de 11.000 pessoas na Guiné, Serra Leoa e Libéria, principalmente.

A epidemia de ebola na região nordeste da República Democrática do Congo provocou 100 mortes em menos de três semanas e mais de 700 desde que foi declarada em agosto do ano passado, informa o balanço atualizado do ministério da Saúde.

"Desde o começo da epidemia, o número de casos chega a 1.117, dos quais 1.051 confirmados e 66 prováveis. No total aconteceram 702 falecimentos (636 confirmados e 66 prováveis) e 339 pessoas curadas", afirma um comunicado divulgado pelo ministério.

O governo também investiga 295 casos suspeitos.

Esta é a 10ª epidemia de febre hemorrágica no país desde 1976 e a mais grave na história da doença desde a que matou mais de 10.000 pessoas na África ocidental (Guiné, Libéria, Serra Leoa) em 2014.

Pela primeira vez a população está vacinada em grande escala. Mais de 95.000 pessoas receberam uma dose de rVSV-Zebov dos laboratórios Merck, segundo ministério da Saúde. O governo afirma que a campanha salvou milhares de vidas.

A epidemia da doença do vírus do Ebola no leste da República Democrática do Congo (RDC) está relativamente controlada na maioria das zonas afetadas, indicou nesta terça-feira o ministro da Saúde.

Os dados clínicos demonstram que "a epidemia está relativamente controlada na maioria das zonas sanitárias afetadas", disse Oly Ilunga Kalenga em uma coletiva de imprensa em Kinshasa.

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"No total 19 zonas sanitárias foram afetadas por ao menos um caso de ebola durante a epidemia. Podemos dizer que a situação está controlada em 17 zonas sanitárias, 11 não registraram novos casos durante mais de 21 dias e outras seis zonas sanitárias só registraram quatro novos casos", indicou.

Em 1 de agosto de 2018 foi declarada a décima epidemia de ebola na província de Kivu do Norte, que mais tarde afetou também a província vizinha de Ituri (nordeste).

Desde que a epidemia começou houve 897 casos, dos quais 563 pessoas faleceram, indicou o ministro Ilunga.

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