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Foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU), nesta sexta-feira (21), o Decreto 8.197, que dispõe sobre a programação orçamentária e financeira e estabelece o cronograma mensal de desembolso do Poder Executivo para 2014. O decreto foi divulgado na quinta-feira (20) pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, com o anúncio do corte de R$ 44 bilhões das despesas federais deste ano e o compromisso do setor público de poupar R$ 99 bilhões, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2014.

O decreto traz os anexos com as tabelas relativas aos limites de movimentação e empenho, aos valores autorizados para pagamento, previsão de receitas e despesas e resultado primário previsto.

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Os contratos futuros dos juros fecharam em queda firme nesta quinta-feira (20) após o anúncio das metas fiscais do governo ser bem-recebido por analistas e investidores. A meta de superávit do setor público foi estipulada em R$ 99 bilhões ou 1,90% do Produto Interno Bruto (PIB), com contingenciamento do Orçamento de R$ 44 bilhões. O mercado já esperava um número em torno de 1,8% e 2,0% do PIB.

No fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (32.250 contratos) apontava 10,555%, ante 10,562% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (447.035 contratos) indicava mínima de 11,04%, de 11,13% no ajuste anterior. No trecho longo e intermediário da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (375.975 contratos) tinha taxa de 12,33%, ante 12,51% ontem. O DI para janeiro de 2021 (36.270 contratos) estava em 12,89%, ante 13,07%.

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O economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, avaliou que o contingenciamento previsto pelo governo reforça a expectativa de redução no ciclo de alta da taxa Selic de 0,50 ponto porcentual para 0,25 ponto na reunião do Copom. "Contribui para sustentar nosso cenário de três altas de 0,25 ponto na taxa Selic em 2014", afirmou. E o mercado de juros realmente se ajustou nesse sentido hoje, ampliando as apostas de que o BC reduzirá o ritmo de aperto na próxima semana para 0,25 ponto.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que "a consolidação fiscal vai contribuir para queda da inflação e crescimento sustentado" e garantiu que a meta será cumprida. Para ele, a meta é baseada em parâmetros e projeções "exequíveis, realistas e conservadoras".

Em uma avaliação sobre o anúncio, a chefe de ratings soberanos para América Latina da Fitch, Shelly Shetty, disse que os cortes de gastos públicos para este ano são um passo "na direção certa". "O governo está buscando ancorar melhor as expectativas no que diz respeito à política fiscal", afirmou, em nota enviada por e-mail. "A meta fiscal do Orçamento está baseada em uma projeção mais realista, embora levemente otimista para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano", acrescentou.

Alguns analistas alertaram, contudo, que as metas podem não ser alcançadas. "O número integral não será entregue. As despesas deverão ser cortadas em R$ 30 bilhões e o resultado primário fechará 2014 entre 1,3% do PIB e 1,5% do PIB. Se descontarmos as receitas não recorrentes (concessões) e os dividendos previstos, chegaremos a um primário previsto da ordem de 0,6% a 0,8% do PIB para 2014, igual ou superior ao obtido em 2013 (0,6% do PIB)", afirmou a consultoria Tendências.

A diretora de ratings soberanos da Standard & Poor's Lisa Schineller disse ontem, em entrevista à uma agência de notícias internacional, que qualquer meta de superávit primário seria importante, mas que a S&P não olharia apenas para um número, mas para a capacidade do governo em atingi-la.

Nesta sexta-feira, 21, será anunciado o resultado de fevereiro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) e levantamento do AE Projeções aponta que as estimativas de 50 casas giram entre 0,55% e 0,77%, com mediana de 0,67%.

A compra, na quarta-feira (19), pelo Facebook do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp por 19 bilhões de dólares em ações e dinheiro é uma das aquisições mais caras do setor tecnológico.

Abaixo algumas das maiores compras nesta área, ordenadas por preço decrescente:

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+ Hewlett-Packard - Compaq

O fabricante de computadores número um do mundo, Hewlett-Packard, comprou, em setembro de 2001, a Compaq Computer por 25 bilhões de dólares, com o objetivo de competir com a IBM.

+ Google - Motorola Mobility

Em agosto de 2011, o gigante da internet comprou a Motorola e suas patentes do setor móvel por 12,5 bilhões de dólares, com a esperança de poder competir com a Apple no setor móvel. Menos de três anos depois, o Google vendeu os telefones e a marca Motorola por 2,91 bilhões de dólares à companhia chinesa Lenovo.

+ Hewlett-Packard - Autonomy

Hewlett-Packard comprou, em agosto de 2011, o fabricante britânico de software Autonomy por 10,24 bilhões de dólares. Mais tarde, uma investigação foi aberta nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha porque a HP acusa a Autonomy de ter inflado suas contas antes da operação.

+ Microsoft - Skype

Em maio de 2011, a Microsoft comprou o Skype por 8,5 bilhões de dólares, a maior aquisição do fabricante de software em toda sua história.

+ Oracle - Sun

Oracle, uma das maiores companhias de software do mundo, adquiriu em abril de 2009 a Sun Microsystems e sua linguagem de programação Java por 7,4 bilhões de dólares.

+ Microsoft - Nokia

A Microsoft anunciou em setembro de 2013 a compra dos telefones celulares da Nokia, um dos antigos líderes do mercado, por 7,2 bilhões de dólares, em uma tentativa de melhorar sua posição no mercado frente à Apple e ao Google.

+ Microsoft- aQuantive

A Microsoft adquiriu por 6 bilhões de dólares a empresa de marketing digital em maio de 2007. Na ocasião, o preço foi considerado muito alto e cinco anos mais tarde o grupo responsabilizou a aQuantive por uma desvalorização de 6,2 bilhões de dólares em sua divisão de serviços online.

+ Google - Nest Labs

Em janeiro de 2014, o Google ofereceu 3,2 bilhões de dólares pelo especialista em termostatos inteligentes Nest Labs, expandindo-se desta forma para um novo sector tecnológico.

+ Google - DoubleClick

Por 3,1 bilhões de dólares, o Google comprou em março de 2008 a companhia de publicidade online DoubleClick, reforçando uma de suas atividades chaves.

+ Google - YouTube

O popular site de vídeos online Youtube foi adquirido em outubro de 2006 pelo Google por 1,65 bilhão de dólares.

+ eBay- PayPal

O site de compras pela internet eBay comprou por 1,5 bilhão de dólares a companhia especializada em pagamentos online PayPal, em junho de 2002.

+ Yahoo! - Tumblr

Marissa Mayer, chefe do Yahoo!, decidiu adquirir por 1,1 bilhão de dólares o site de blogs Tumbrl, em maio de 2013, a maior compra da empresa desde que assumiu seu cargo em outubro de 2012.

+ Facebook - Instragram

Em abril de 2012, o Facebook ofereceu 1 bilhão de dólares pelo site para compartilhar fotos Instagram, sua maior compra depois do WhatsApp. O preço da operação caiu a 715 milhões.

Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em alta nesta quarta-feira (19) com previsões de mais tempo frio nos EUA elevando as expectativas de maior demanda por combustível de calefação.

O contrato de petróleo para março fechou em alta de US$ 0,88 (0,90%), a US$ 103,31 por barril na Nymex. Já o petróleo do tipo brent para abril encerrou com leve ganho de US$ 0,01 (0,01%), a US$ 110,47 por barril na ICE.

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As previsões de tempo apontam mais frio nas próximas duas semanas, contrariando expectativas anteriores de que o clima ficasse mais ameno. Como resultado, os traders novamente apostam em maior demanda por combustível de calefação. No entanto, o inverno não costuma ser um motivador para os preços e alguns analistas são céticos em relação ao apoio que o clima pode dar aos preços.

Os traders também esperam que os dados da semana passada mostrem uma queda nos estoques de petróleo em Cushing - ponto de entrega física dos contratos negociados na Nymex. A divulgação dos dados foi atrasada em um dia devido ao feriado do Dia do Presidente na segunda-feira.

Os contratos futuros de ouro fecharam em baixa nesta quarta-feira (19) e perderam ainda mais terreno no pregão eletrônico após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. O ouro para abril caiu 0,3%, ou US$ 4, e fechou a US$ 1,320,40 por onça-troy, na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). O fechamento ocorreu antes da divulgação da ata do Fed. O resultado encerrou uma sequencia de nove ganhos seguidos, o que marcou a série de altas mais longa desde julho de 2011.

A prata para março perdeu quase US$ 0,05, ou 0,2%, para US$ 21,85 por onça-troy. A queda deu fim a uma sequencia de 11 ganhos seguidos. Nas negociações eletrônicas, o ouro continuou a cair, pressionado pelo documento do Fed. A ata mostrou que as autoridades do banco central não conseguiram chegar a um consenso em janeiro sobre uma perspectiva para as taxas de juros de curto prazo, diretriz futura, inflação e a condição do mercado de trabalho. De acordo com o documento, alguns questionaram a continuidade do ritmo de redução das compras de ativos.

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O ouro está enfrentando a complexidade de indicadores econômicos vacilantes dos EUA contra um cenário de contínua redução de estímulos do Fed, disse Jonathan Citrin, fundador e chairman executivo do CitrinGroup. "Até agora neste ano, o ouro avançou à medida que o crescimento ficou aquém do ritmo esperado". "No entanto, no final do dia, a teoria liga os preços do metais de maneira estreita com os do dólar", disse ele. "O novo Fed, liderado pela presidente Janet Yellen, parece relutante em mudar de rumo - uma redução maior dos estímulos indica um dólar mais forte e menos necessidade de uma proteção contra a inflação, tais como o ouro".

Algumas autoridades do Fed disseram nesta quarta-feira que o banco central pretende continuar a redução em um ritmo constante de suas compras de ativos. O ouro caiu drasticamente em 2013 conforme o Fed se moveu lentamente em direção ao seu plano para começar a reduzir suas compras mensais de títulos do governo. A estratégia de relaxamento quantitativo do Fed havia impulsionado o ouro, em parte devido a ideias de que as medidas extraordinárias dariam força a um aumento da inflação, o que nunca se materializou. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os contratos dos juros futuros fecharam a sessão desta quarta-feira (19), com alta discreta, em um comportamento que foi visto desde o início do dia devido à expectativa pelo anúncio da meta fiscal do governo, bem como pela ata do Federal Reserve, conhecida no fim da tarde.

Nesta quarta, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve dois encontros com a presidente Dilma Rousseff para finalizar os cortes no Orçamento e definir o número que será referência para o superávit primário de 2014. Após a segunda reunião, o ministro informou apenas que o anúncio da meta fiscal será feito na quinta-feira.

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No fim da sessão regular no mercado de juros, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (31.445 contratos) apontava 10,563%, de 10,546% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2015 (222.595 contratos) indicava 11,13%, ante 11,12%. No trecho longo da curva, o DI para janeiro de 2017 (292.865 contratos) tinha taxa de 12,51%, de 12,48%. O DI para janeiro de 2021 (26.280 contratos) projetava 13,07%, de 13,01% no ajuste anterior.

Já a ata do Federal Reserve veio com um tom mais duro do que se esperava. O documento mostrou que as autoridades do Fed começaram a discutir em janeiro sobre quando seria apropriado elevar as taxas de juros, com alguns membros sinalizando que isso pode ocorrer antes do esperado.

A ata indicou também que o Fed parece disposto a continuar reduzindo as compras mensais de bônus em "passos comedidos" no decorrer do ano, desde que a economia continue conforme o esperado. "Diversos participantes argumentaram que, na ausência de mudanças apreciáveis na perspectiva econômica, o cenário é favorável para a redução no ritmo das compras em um total de US$ 10 bilhões a cada reunião do Fomc", disse a ata.

Isso fez com que o dólar reduzisse a queda diante do real e com que os yields dos Treasuries passassem a subir com mais força. O que resultou em uma aceleração da alta das taxas domésticas mais longas. Ainda assim, no fim do dia no balcão, a moeda dos EUA fechou em queda de 0,04%, cotada a R$ 2,3920.

No cenário de inflação doméstico, a segunda prévia do IGP-M deste mês mostrou avanço de 0,24%, abaixo da taxa de 0,46% registrada em igual leitura de janeiro, de acordo com a FGV. O resultado foi pouco menor que o piso do intervalo de estimativas dos analistas.

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) informou nesta quarta-feira (19) que foram emplacadas 58.925 motocicletas na primeira quinzena de fevereiro, queda de 6,3% ante as 62.889 unidades em igual período de janeiro. As duas quinzenas tiveram dez dias úteis de comercialização.

Em relação ao mesmo período de fevereiro de 2013, quando foram comercializadas 47.031 unidades em nove dias úteis de vendas, o volume registrado na primeira metade deste mês foi 25,3% superior. No acumulado do ano, foram vendidas 192.557 unidades, alta de 11% na comparação com a mesma base de 2013, quando tinham sido emplacadas 173.454 motocicletas.

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Os contratos futuros de petróleo fecharam com forte alta depois de uma nova tempestade de neve atingir o nordeste dos EUA e alimentar as expectativas do mercado de que a demanda por combustível de calefação continuará crescendo.

O contrato de petróleo para março negociado na Nymex subiu 2,10%, ou US$ 2,13, e fechou a US$ 102,43 por barril. Na ICE o brent para abril avançou 1,20%, ou US$ 1,30, para US$ 110,46 por barril.

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Analistas do Citi Futures calcularam que a oferta de gás natural diminuiu 236 bilhões de pés cúbicos na semana passada em razão do aumento da demanda. O estoque de gás natural continuará caindo nas próximas duas semanas, afirmou Timothy Evans, analista de energia do Citi Futures, em relatório.

Analistas do Commerzbank fizeram comentários similares. "Outra tempestade de neve nos EUA provavelmente vai manter a demanda por combustível de calefação em um nível alto e vai provocar mais declínios nos estoques já bastante diminuídos", escreveram em nota a clientes. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ouro fechou em alta, sustentado por indicadores que levantaram receios sobre a saúde da economia dos EUA e, com isso, estimularam a demanda por ativos seguros, como o metal precioso. O ouro para abril subiu 0,4%, ou US$ 5,80, e fechou a US$ 1.324 por onça-troy, na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Nas negociações eletrônicas, o ouro atingiu a máxima intraday de US$ 1.332,40 por onça-troy. A prata para março avançou US$ 0,48 para US$ 21,90 por onça-troy.

O índice Empire State de atividade na região de Nova York caiu para 4,48 em fevereiro, bem abaixo da previsão dos economistas de 8,0. Além disso, o índice de confiança das construtoras medido pela Associação Nacional das Construtoras de Casas (NAHB, na sigla em inglês) recuou para 46 em fevereiro, o nível mais baixo em nove meses.

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Segundo Fawad Razqzada, analista da Forex.com, a fraqueza observada nos preços do ouro no início do dia foi provocada por realização de lucros. Depois de ter apresentado queda forte em 2013, os preços do ouro subiram quase 9,7% desde o começo deste ano.

Enquanto isso, o World Gold Council, em um relatório, afirmou que a demanda por ouro caiu 15% no ano passado. O recuo foi causado, em parte, pelos grandes fluxos de saída de capital dos fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês). A entidade também informou que a China superou a Índia como o maior consumidor do metal precioso em 2013.

"Até que os investidores em ETF voltem em grande número, o ouro poderá ter dificuldades para avançar mais", comentou Razaqzada. Fonte: Dow Jones Newswires.

As taxas futuras dos juros fecharam a sessão em baixa, conduzidas pelo tom mais suave das declarações feitas nesta terça-feira (18) pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a inflação. Os comentários elevaram as apostas de que o ritmo de elevação da Selic poderá ser reduzido para 0,25 ponto porcentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, prevista para a semana que vem.

No fim do pregão regular do mercado de juros, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (241.140 contratos) indicava 10,547%, na mínima, ante 10,558% no ajuste de segunda. O DI para janeiro de 2015 (523.495 contratos) tinha taxa de 11,12%, no menor patamar da sessão, ante 11,22% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (233.585 contratos) apontava 12,48%, de 12,58%, e o DI para janeiro de 2021 (28.240 contratos) marcava 13,01%, de 13,06% no ajuste anterior.

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Em entrevista à imprensa estrangeira, Tombini afirmou que o ciclo de aperto monetário iniciado em abril do ano passado já está mostrando alguns resultados, visto que a inflação em 12 meses diminuiu cerca de um ponto porcentual, para 5,6%, e voltará para a meta de 4,5% "nos próximos trimestres". Ele disse também que o BC vai fazer o que for preciso para levar a inflação para baixo e manter o mercado de câmbio sob controle. Segundo Tombini, não há necessidade de usar as reservas no mercado de câmbio no momento para conter a desvalorização do real, mas se for preciso elas podem ser acionadas no futuro.

A queda dos juros domésticos ocorreu a despeito da alta do dólar. No fim do dia no balcão, a moeda dos EUA fechou em alta de 0,25% ante o real, cotada a R$ 2,3930.

O dólar segue em alta ante o real enquanto a Bovespa busca fixar uma direção nesta tarde (18), após uma manhã tumultuada por uma série de declarações e indicadores. Os juros futuros mantêm a queda assumida após a fala suave do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que afirmou que o ciclo de aperto monetário já mostra resultados, ampliando assim as apostas no mercado de alta menor da Selic, de 0,25 ponto porcentual, na próxima reunião.

Às 13h26, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,14% ante 11,22% no ajuste de segunda-feira, 17, e o DI para janeiro de 2017 estava em 12,50%, de 12,58% na véspera. O dólar à vista no balcão subia 0,29%, a R$ 2,3940, acompanhando o movimento ante outras moedas ligadas a commodities diante da notícia de corte da meta de crescimento da produção industrial da China para 9,5% em 2014, de 10% em 2013.

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O Ibovespa, às 13h32, subia 0,18%, aos 47.659,91 pontos, acompanhando a melhora dos índices em Nova York. As ações das empresas do setor de energia continuavam em baixa, apesar de relatório do JP Morgan divulgado hoje dizendo que as empresas de transmissão não seria afetadas por um eventual racionamento de energia este ano.

"Existem abrigos relativamente seguros? Sim, o setor de transmissão", disseram os analistas do banco, ao avaliar o impacto do atual cenário para todas as elétricas. Às 13h23, as ações ON da Eletrobras caíam -0,42%, os papéis PN da Eletropaulo perdiam 2,17% e os da Light ON -4,01%. Em Wall Street, o Dow Jones operava estável, com viés de alta, enquanto o S&P 500 e Nasdaq subiam de forma mais consistente.

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu em todas as sete capitais pesquisadas na segunda quadrissemana de fevereiro em relação à anterior, divulgou a instituição nesta terça-feira (18). No geral, o IPC-S recuou de 0,96% para 0,78% entre os dois períodos.

O decréscimo na taxa de variação do IPC-S foi o seguinte em cada região: Salvador (de 0,98% para 0,69%), Brasília (de 0,84% para 0,70%), Belo Horizonte (de 1,08% para 0,96%), Recife (de 1,02% para 0,68%), Rio de Janeiro (de 1,18% para 1,05%), Porto Alegre (de 0,66% para 0,62%) e São Paulo (de 0,98% para 0,72%).

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Por causa da demora nas definições da reforma ministerial, duas importantes agências reguladoras da área de infraestrutura correm o risco de ficar sem comando a partir desta quarta-feira (19). Esta terça-feira (18) é o último dia de mandato de Jorge Bastos à frente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pelos leilões de concessão em rodovias e ferrovias.

O mesmo ocorre com o ex-ministro dos Portos Pedro Brito, atualmente à frente da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Essa agência será responsável pelo processo de leilão de áreas em portos públicos, quando as condições forem aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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Dirigentes de agências reguladoras precisam passar por sabatina no Senado. Mas, desde a reprovação da indicação de Bernardo Figueiredo para a ANTT, em março de 2012, a agência está com seu quadro incompleto.

Três de suas cinco diretorias estão, desde então, ocupadas por diretores interinos, que são funcionários de carreira nomeados pela presidente. Esse foi o expediente encontrado pelo governo para evitar que a falta de diretores paralisasse os trabalhos. Há ainda um posto vago. Do atual colegiado, Bastos é o único diretor a ter passado por sabatina.

Reconduzido

Dilma propôs a recondução de Bastos à ANTT em novembro passado, quando abortou o plano de colocar no comando da agência o ex-ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos. Na mesma ocasião, foram retiradas as indicações de dois dos diretores interinos, Natália Marcassa de Souza e Carlos Fernando Nascimento, e do atual secretário de Fomento para Ações dos Transportes, Daniel Sigelmann. Passos foi nomeado posteriormente para a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), em substituição a Bernardo Figueiredo.

As indicações do ex-ministro e dos técnicos ficaram paradas no Senado um bom tempo, por falta de acordo político. As diretorias da ANTT são cobiçadas pelos partidos, sobretudo o PMDB, segundo se comenta nos bastidores.

A expectativa é de que Bastos supere essa dificuldade porque ele circula melhor entre os senadores. Ele trabalhou muitos anos com o ex-senador Wellington Salgado (PMDB-MG) e é próximo de outros parlamentares, como Gim Argello (PTB-DF) e Blairo Maggi (PR-MT).

Se der tudo certo para o governo, haverá pelo menos um diretor sabatinado na ANTT. Isso é importante porque, na área técnica, há quem esteja preocupado com o risco de as decisões da diretoria da agência terem sua legitimidade questionada se forem tomadas apenas por interinos. A atuação deles é apoiada por um parecer no qual a Advocacia-Geral da União (AGU) sustenta que eles se equiparam aos diretores sabatinados.

Projetos

Ainda que não haja o questionamento, técnicos avaliam que as agências ficarão enfraquecidas, justamente no momento em que têm de tomar providências importantes para colocar as concessões na rua. O primeiro edital para concessão de ferrovia deverá ficar pronto nos próximos dias, e há uma segunda fornada de rodovias a leiloar.

No caso da Antaq, são três diretores, e Brito é o único sabatinado. Não há nem sequer um indicado para sua vaga, de forma que a agência ficará com apenas dois diretores por algum tempo. Assim, não se sabe o que acontecerá caso os diretores divirjam.

Hoje, a Antaq completa 12 anos e programou uma festa. Porém, ela vive uma situação precária para uma agência que tem a responsabilidade de comandar o bilionário processo de licitação das áreas nos portos públicos. Cabe à Antaq conduzir, por exemplo, os tumultuados processos de audiência pública e consultas, nos quais as propostas do governo para remodelagem dos portos são discutidas. É ela também que fará os leilões. Os primeiros da fila são as áreas de Santos (SP) e os portos do Pará. A expectativa do governo é iniciar o processo em março. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Groupe Casino informou nesta terça-feira (18) que o lucro líquido recuou 19,9% em 2013, para 853 milhões de euros, de 1,07 bilhão de euros no ano anterior. O lucro operacional da empresa teve um aumento de 18,1% no ano passado frente a 2012, para 2,4 bilhões de euros.

As vendas da companhia cresceram 15,9% no ano passado, passando de 41,9 bilhões de euros em 2012 para 48,6 bilhões de euros. Na América Latina, as vendas orgânicas avançaram 13,1% em 2013.

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Para Jean-Charles Naouri, executivo-chefe do Casino, com a aquisição efetiva do grupo Pão de Açúcar e do Monoprix, na França, a empresa continua a sua mudança estratégica em excelentes condições e reforçou a sua estrutura financeira. "Estamos confiantes nas perspectivas de crescimento e rentabilidade", afirmou Naouri.

De acordo com a companhia, o crescimento orgânico nos mercados internacionais subiu 11,9% em 2013, com destaque para o Brasil. O lucro comercial internacional aumentou 32,6% e foi beneficiado pelo bom desempenho operacional das subsidiárias, incluindo as operações no território brasileiro. No Brasil, o crescimento dos negócios e os resultados foram positivos em todas os setores - alimentos, eletrônicos e e-commerce.

Em 2013, o Grupo Pão de Açúcar registrou um resultado positivo, com rápido crescimento das vendas nas mesmas lojas (10,4% em 2013), excluindo os efeitos do calendário para o GPA Alimentar.

O aumento das vendas foi impulsionado pelo desempenho das lojas Assaí e Minimercado Extra, que continuaram a se expandir a um ritmo sustentável. No ano passado, foram abertas 59 estabelecimentos do Minimercado Extra e 14 do Assai. As vendas nas mesmas lojas da Via Varejo avançaram 10,1% no ano passado e a rentabilidade operacional melhorou.

As vendas do GPA também foram beneficiadas pelo forte desempenho das atividades de e-commerce da Nova.com, sustentado pela evolução da estratégia de preços, dos serviços de construção e do desenvolvimento do mercado. As vendas da Nova.com cresceram 30% em 2013.

Para 2014, o Casino vai continuar e acelerar a sua estratégia para todos os seus mercados, com forte crescimento orgânico nos mercados internacionais. Além disso, a companhia pretende retomar o crescimento orgânico positivo das vendas na França.

As taxas futuras de juros tiveram mais um dia de queda, resultando em novo reforço das apostas de que a Selic pode subir menos, 0,25 ponto porcentual, na reunião da próxima semana do Comitê de Política Monetária (Copom). Em meio a uma liquidez menor, devido ao feriado do Dia do Presidente nos EUA, os investidores olharam para dados mais suaves de inflação e também para a revisão em baixa do PIB trazida na pesquisa Focus.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2014 (136.320 contratos) apontava 10,559%, de 10,568% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (159.735 contratos) tinha taxa de 11,22%, ante 11,32% no ajuste de sexta-feira. No trecho intermediário e longo, o DI para janeiro de 2017 (73.525 contratos) estava em 12,58%, de 12,69% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 (4.970 contratos) indicava 13,06%, ante 13,12%.

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Segundo um operador, há uma série de eventos nos próximos dias que deixam o mercado cauteloso, mas os indicadores conhecidos nesta segunda-feira, 17, abriram espaço para uma nova correção em baixa dos juros. A inflação pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) ficou em 0,30% em fevereiro, ante 0,58% em janeiro, informou nesta manhã a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou perto do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,29% a 0,48%, com mediana de 0,35%. Já o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu 0,78% na segunda quadrissemana de fevereiro, menos que na anterior (0,96%).

Enquanto isso, no Boletim Focus, a mediana das estimativas para o IPCA em 2014 passou de 5,89% para 5,93%. Para o IPCA 12 meses à frente, a projeção suavizada subiu de 6,00% para 6,05%. Já as previsões para a Selic seguiram indicando um aumento de 0,25 pp na semana que vem, para 10,75% ao ano.

Vale destacar, no entanto, que as perspectivas para a atividade seguiram em deterioração, o que ajuda a reforçar a percepção de que o ritmo de alta da Selic pode ser reduzido. Após os dados do varejo e do IBC-Br divulgados na semana passada, os analistas reduziram suas previsões para o PIB de 1,90% para 1,79% em 2014 e, para o ano que vem, de 2,20% para 2,10%, indicou a Focus.

Foi correta, oportuna e corajosa a decisão do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), de comunicar à FIFA que o município não fará a Fan Fest, a festa popular da Copa do Mundo, por absoluta falta de patrocínio. Dinheiro público para promoções dessa natureza, que atendem exclusivamente aos interesses da FIFA, não têm o menor sentido.

A FIFA é rica, dinheiro e patrocínio para ela, não é problema. Cai no colo dela com facilidade, especialmente para bancar um evento do porte de uma Copa. Já Recife tem outras prioridades. Cidade pobre e carente, não se poder dar ao luxo de torrar R$ 20 milhões para uma festa na qual o único beneficiário é a promotora do evento, no caso a FIFA.

Recife não precisa de festa. Precisa de saneamento público, escolas, saúde decente, um eficiente projeto de mobilidade urbana. Precisa, igualmente, de políticas que reduzam as disparidades sociais, que são enormes. Ao fechar os cofres para a Fan Fest, o prefeito fez um gol de placa.

Ninguém de bom senso pode pensar diferente, até porque a decisão não me parece política de retaliação, mas consequência de um tratamento privilegiado dado a São Paulo e Rio de Janeiro, cidades que terão o mesmo evento, mas já com patrocinadores garantidos, sem envolver dinheiro público.

O mesmo não poderia ser feito no Recife? Aliás, por Recife ser pobre, localizada no Nordeste, região tratada como a enteada da Nação, deveria, sim, ser prioridade pela FIFA na captação de patrocinadores e não São Paulo e Rio, que arrecadam mais e recebem muito dinheiro da União.

ESPAÇO DO INTERIOR– Aliados do governador não acreditam que o ex-ministro Fernando Bezerra (Integração) fique fora da chapa majoritária do PSB, perdendo a vaga de senador para o deputado Eduardo da Fonte (PSB). Raciocinam que FBC traz para a chapa a presença do Interior, evitando que fique muito urbana, o que levaria a uma gritaria das lideranças do Sertão e Agreste.

Boi de piranha– Um passarinho que canta com formosura nos jardins das Princesas bate o bico para traduzir o jogo de Eduardo na sucessão estadual: o candidato atende pelo nome de Tadeu Alencar. Nomes que foram jogados no noticiário, como Maurício Rands, são bois de piranha para preservar o chefe da Casa Civil.

Espaço do PV– Presidente estadual do PV, o consultor Carlos Augusto diz que sua entrevista à Rádio Folha, na semana passada, não foi interpretada à luz da realidade. Ressalta que o partido ainda não fechou com o PSB no plano estadual, porque estaria na dependência de espaços na chapa majoritária ou de apoio efetivo do governador a eleição de um deputado federal do partido.

Novos municípios- Um dos principais argumentos do deputado Gonzaga Patriota (PSB), para convencer o Congresso a derrubar o veto de Dilma ao projeto de emancipação é que os critérios para criação de novos municípios passam a ser mais rigorosos. “Se este projeto em estivesse em vigor há mais tempo teríamos evitado o surgimento de 2,5 mil municípios”, diz. O veto entra em votação amanhã.

Quem topa?- Seria cômico se não fosse trágico a solução dada pelo ex-presidente Lula, para a presidente Dilma, que vem tratando seus aliados com mão de ferro, melhorar o seu astral e passar a ter uma convivência em clima de paz e amor com a sua base no Congresso: arranjar um namorado. Quem se habilita?

CURTAS

LAVANDERIA– A lavanderia no PT continua a todo vapor: em apenas três dias, o ex-ministro José Dirceu arrecadou um terço da sua multa de R$ 971 mil. Pela internet, já entraram em sua conta R$ 301 mil. Pelo jeito, o ex-capitão de Lula vai bater Delúbio Soares, ex-tesoureiro petista.

BOMBARDEIO– O Estado de São Paulo trouxe ontem mais uma denúncia contra o governador Eduardo Campos em cima do fundo partidário do PSB. Na mídia nacional, o tiroteio não vai ter limites e não se sabe aonde vai cessar.

 

Perguntar não ofende: Lula vai ser o cupido de Dilma?

O Brasil foi o país que adotou o maior número de medidas contra importados em 2013 no mundo, com um total de 39 aberturas de ações de antidumping. Os dados fazem parte de um informe preparado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e que alerta que o volume de novas barreiras no mundo no ano passado foi 30% superior ao número de 2012.

Os dados serão debatidos nesta segunda-feira (17), em Genebra, numa reunião convocada para tratar do protecionismo no mundo. A OMC não acredita que exista um "surto" de protecionismo na economia mundial. Mas vai apelar aos governos para que coloquem o combate às barreiras como uma prioridade.

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No total, 407 barreiras foram implementadas no mundo, 100 mais que em 2012. A OMC não entra numa avaliação se as medidas são ilegais ou não. Mas insiste em que governos precisam continuar alertas diante das pressões protecionistas. No total, um fluxo de comércio equivalente a US$ 240 bilhões foi afetado pelas barreiras.

No que se refere ao Brasil, a OMC aponta que 39 novas investigações de dumping foram abertas pelo País em 12 meses. O segundo lugar ficou para a Índia, com 35 casos. Os americanos vêm na terceira posição, com 34 casos. O quarto lugar é da Argentina, com 19 casos.

Nos últimos dois anos, o Brasil já vem sendo duramente questionado na OMC por sua política comercial. Na semana passada, a Europa deu claras indicações de que vai recorrer aos juízes internacionais para julgar a política de incentivos fiscais do Brasil, numa ação que pode contar até mesmo com o apoio de Washington. Bruxelas alertou que programas como o de redução de IPI foram anunciados como medidas provisórias, mas acabaram se transformando em políticas industriais permanentes no Brasil.

De fato, outra preocupação generalizada da OMC é de que as barreiras adotadas desde o início da crise, em 2008, não venham sendo retiradas com o mesmo ritmo das novas medidas protecionistas.

No mundo, as medidas adotadas por governos para facilitar o fluxo de bens despencaram em 2013, somando apenas 107 casos pelo mundo e 50 a menos que em 2012. No mesmo período, o número de países que atenderam ao pedido da OMC para detalhar as medidas comerciais adotadas no ano caiu de 39 em 2012 para 35 em 2013. Quatro de cada cinco membros da OMC nem sequer comunicou à entidade o que tem feito em termos de medidas comerciais.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no fim de 2013, o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, já havia afirmado que um dos problemas desde o início da crise mundial em 2008 é que 80% das medidas para barrar o comércio e declaradas como iniciativas "temporárias" na realidade jamais foram desmontadas. O temor de especialistas é que, uma vez implementadas, as barreiras não serão mais eliminadas.

O que a OMC também constatou é que o número de acordos bilaterais e regionais de comércio continua em plena expansão. Apenas em 2013, houve 23 novos tratados, fazendo com que o total atingisse 250. Segundo a entidade, um número elevado continua sendo negociado, no que pode ser um obstáculo para a OMC continuar a ser o foco do comércio mundial e do estabelecimento de regras.

Comércio

No que se refere ao fluxo de bens em 2013, a OMC não esconde que a taxa de expansão ficou abaixo de 2,5%, sua previsão inicial para o ano. Segundo a entidade, se não fosse pelos países emergentes, o comércio global teria encolhido, um cenário que teria repetido a crise de 2009.

Para 2014, a OMC destaca uma aceleração nos fluxos de bens. Mas diz que a taxa deve ficar abaixo da média dos últimos 25 anos, quando o crescimento foi de 5,5%. Para este ano, o melhor cenário aponta uma expansão de 4,5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois das vendas recordes no mês de janeiro, que atingiram 312,6 mil veículos, incluindo caminhões e ônibus, a indústria automobilística já dá sinais de desaquecimento. As vendas diárias na primeira metade de fevereiro apresentam queda de 25% em relação ao mês passado e de 18% na comparação com igual período de 2013.

O desempenho acendeu a luz vermelha para o setor, e analistas temem possível impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, diante de um cenário de estoques altos e vendas em queda. O setor é visto por vários segmentos da economia, incluindo o governo, como um dos carros-chefe da economia, por envolver uma extensa cadeia produtiva.

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A gestora de recursos JGP, do Rio de Janeiro, projeta crescimento de 0,2% do PIB no primeiro trimestre e de 1,5% no ano, mas pode rever essa previsão para baixo. Um das principais razões para a revisão é justamente o desempenho das vendas domésticas do setor automotivo, diz o economista Augusto Vanazzi.

Ele explica que a alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no início de janeiro levou a um aumento da demanda, pois as revendedoras atraíram consumidores com ofertas dos últimos veículos com incentivo tributário.

Reversão

Neste mês, porém, o movimento teve uma reversão. A média de vendas por dia caiu para 11,88 mil unidades, 18,6% abaixo das 14,6 mil unidades de fevereiro de 2013 e 25,7% menor que a média de janeiro, de 16 mil veículos. A média dos primeiros 13 dias deste mês também está bem abaixo da mediana do período entre 2009 e 2013, de 12,4 mil veículos. No primeiro bimestre até agora, a média diária está 5% inferior à do ano passado.

O vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb, ressalta que este mês teve nove dias úteis até agora, mesmo número de janeiro, mas três a mais que o mesmo período do ano passado. Com isso, em números absolutos as vendas até quinta-feira, 13, (último dado disponível) somam 106,9 mil unidades, ante 87,6 mil em fevereiro de 2013 e 144 mil em janeiro deste ano.

Golfarb pondera ainda que as vendas recordes de janeiro foram sustentadas pelos resultados dos primeiros dias do mês. De 1.º a 12 de janeiro a média diária foi de 16,7 mil unidades, enquanto no restante do mês variou de 11,7 mil a 13,9 mil. "Nos primeiros dias do mês passado houve uma corrida às lojas para aproveitar os estoques de carros com IPI antigo", afirma Golfarb. "Se não fosse esse pico teríamos um quadro negativo."

Estoques

Além da fraca demanda interna, outro fator de preocupação para a JGP são os estoques de automóveis e comerciais leves. Apesar de terem caído do equivalente a 37 dias de vendas para 33,6 dias entre dezembro e janeiro, estão acima da média histórica, desde 2003, de 30 dias. "O setor está estocado e com queda forte de demanda", analisa Vanazzi.

Também há o problema da Argentina, mercado de destino de 85% das exportações de automóveis do Brasil em 2013. Aproximadamente 15% da produção brasileira é exportada e, com a desvalorização argentina e a provável redução de importações é possível que os fabricantes nacionais sintam um efeito não desprezível. A JGP avalia que uma queda de 20% nas importações argentinas de automóveis poderia levar a uma redução de 2,6% da produção brasileira. Uma queda de 30% causaria uma contração de 3,9%.

Estratégico

Vanazzi ressalta que o setor automotivo é central para a indústria e pode piorar ainda mais o quadro já difícil da produção industrial. Nos últimos anos, em diversas ocasiões, o governo mostrou a importância que dá à indústria automobilística, que sempre foi peça fundamental na estratégia de estímulos tributários. Agora, com a política de incentivos em xeque pela perda de arrecadação, o setor surge como preocupação a mais num ano em que as perspectivas do PIB já são sombrias.

No ano passado, a produção cresceu quase 10% em relação a 2012, com resultado recorde de 3,74 milhões de veículos, impulsionada pelas exportações, principalmente para a Argentina.

Para este ano, a expectativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é de alta de apenas 1,4%, levando com conta a perda de contratos do país vizinho e menor ritmo na substituição de carros importados por nacionais. "As exportações certamente vão patinar este ano por causa dos problemas na Argentina", afirma o consultor da Carcon Automotive, Julian Semple.

Já para o mercado interno, Semple não vê um cenário tão complicado quanto muitos analistas preveem. "Muitos avaliam, por exemplo, que a Copa e as eleições vão atrapalhar os negócios, mas acredito que o consumidor possa adiar a compra nesses períodos, mas vai comprar antes ou depois." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Recifenses pretendem gastar mais de R$ 200 durante todo o período do Carnaval. É o que aponta uma análise realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) divulgada nesta quinta-feira (13). De acordo com o estudo, os produtos mais consumidos pelos foliões são cerveja, água, refrigerante e alimentos como espetinho de carne. 

A mestranda Juliana Lima, 26 anos, comenta que pretende gastar cerca de R$ 100 por dia e que o produto que está mais caro é a cerveja. "Estou calculando que vou gastar no geral - com taxi, comida e bebida uns R$ 500 reais durante o período. Eu acho que em relação à bebida, acredito que tá muito mais caro, principalmente a cerveja”.

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A estudante, que já brincou Carnaval em outros Estados, afirma que no Recife, ainda é possível gastar pouco. “De todo jeito, brincar no Recife é muito barato que em outros estados, por exemplo, eu já passei carnaval na Bahia e no Rio de Janeiro e gastei umas três vezes mais. Todos os shows nos polos são gratuitos, isso barateia o carnaval. Conheço gente que passa o dia brincando em Olinda com 50 reais". 

O fotógrafo Thaik Santos, (26), explica que mesmo aproveitando todos os dias de folia, dá pra economizar. “Brinco o dia todo, os quatro dias de Carnaval. Eu gasto cerca de 250 para tudo, bebida, comida e transporte. A dica é evitar coisas como taxis e restaurantes. A cada ano que passa, tudo fica mais caro”.

A pesquisa revela também, que os produtos mais consumidos pelos clientes são a água (24,3%), cerveja (23%), refrigerante (9,7%), espetinho (5,1%) e suco (3,9%). Ambulante há 18 anos, Edson José, (33), afirma que o produto que dá mais lucro é a água. “Por ser mais barato e também porque os restaurantes cobram muito caro. Uma garrafa aqui é R$ 2 e no bar são R$ 4, as pessoas preferem comprar aqui. Depois da água vem a cerveja, o refrigerante e os espetinhos”.

Edson explica também que o melhor período para os ambulantes é durante as prévias carnavalescas e questiona a atuação privada durante a festa. “Normalmente só trabalho durante a semana, mas com a chegada do Carnaval, vou a todas as prévias que puder, já que nos dias de Carnaval mesmo, nós não podemos ir. Fizemos um cadastro prévio com a Prefeitura, para poder vender durante as prévias, mas infelizmente, por conta do acordo com a AmBev (Companhia de Bebidas das Américas), não podemos comercializar, o que deveria ser errado, já que o Carnaval é uma festa do povo”.

O comerciante João Santos, (53), comenta que os ambulantes deveriam ter mais apoio do município.“A prefeitura poderia juntar os ambulantes e conversar sobre isso. Acredito que todos nós gostaríamos de ter um espaço no Carnaval pra vender, tudo dentro da lei. Agora eles fazem esses acordos com a AmBev e a gente fica sem nada. Quero só ver na época da Copa, como é que eles vão fazer”.

Nas lojas do Walmart, a venda de cerveja e água no Carnaval é a maior do ano, superando inclusive a registrada no Natal e Réveillon. Para este período carnavalesco, as lojas esperam um crescimento de 10% nas vendas desses produtos, em relação ao mesmo período do ano passado.

Também há reforço no abastecimento as lojas acabam tendo reforçados seus estoques de água, cerveja e demais itens de grande giro nessa época. Em Pernambuco, o Hiper Bompreço de Olinda (Bairro Novo), pela proximidade com focos de Folia na cidade, tem também o seu estoque reforçado desses itens. Em média, o reforço de estoque para este ano está sendo de 10%.

As lojas da rede Walmart em Pernambuco (Bompreço, Hiper Bompreço, Todo Dia, Maxxi Atacado e Sam´s Club) já estão com exposição específica de itens de maior giro no Carnaval, que inclui não só cerveja e água, mas também bebidas destiladas, gelo, salgadinhos, itens para churrasco, protetores solar, sorvetes, roupas temáticas (camisas e fantasias), caixas térmicas, etc.

O educador financeiro Reinaldo Domingos, preparou algumas dicas para economizar durante o período do Carnaval:

1- Tenha ciência da sua situação financeira

O primeiro passo para curtir o carnaval sem entrar no vermelho é saber em que situação financeira se encontra: endividado, equilibrado financeiramente ou investidor. Somente a partir disso é que se poderá fazer um melhor planejamento, para que o período de festa e diversão não acabe comprometendo o orçamento dos meses seguintes.

2- Cuidado com o cartão de crédito

O cartão de crédito é uma ótima ferramenta de compra, mas, quem vai curtir o carnaval comprando tudo no cartão de crédito, é preciso ficar atento se terá dinheiro para pagar a fatura na data do vencimento.

3- Economize na fantasia

Se for para algum bloco, festa ou desfile, irá precisar de uma fantasia. Mas tem que comprar uma fantasia ou será que consegue uma emprestada com um amigo? Você ainda pode usar a criatividade e fazer a sua própria. Há sempre uma maneira de se economizar.

4- Beba com moderação

Para muitas pessoas, a bebida faz parte da festa, no entanto, o exagero faz mal às saúdes física e financeira. Beba com moderação e aproveite o carnaval sem comprometer o orçamento financeiro.

5- Vai viajar?

Se for viajar, planeje-se antes, pois é natural que, com a euforia do momento, os gastos acabem sendo maiores do que o orçamento permite. Caso perceba que não será possível, veja alguma festa ou bloco de rua na sua cidade mesmo. 

6- Se previna de problemas 

Evite levar grandes quantias de dinheiro, cartões e objetos  de valor, no meio da folia poderá perder ou mesmo ser furtado, assim, muito  cuidado. O pouco que levar, ponha em locais seguros.

Reguladores federais nos Estados Unidos vão permitir a bancos a oferta de serviços financeiros para negócios relacionados à maconha que operem legalmente. Os bancos terão a obrigação de fazer relatórios regulares ao Departamento do Tesouro e de ficar alertas contra atividades suspeitas.

A medida emitida nesta sexta-feira pelo Tesouro e o Departamento de Justiça foi feita para ajudar a endereçar preocupações entre os bancos sobre contradições entre leis estatais e federais sobre maconha. A droga é ilegal segundo a lei federal, mas vinte estados e o distrito de Columbia já tornaram certos usos legalizados. No Colorado e em Washington, é considerado legal o uso recreativo da maconha.

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As diferenças de abordagem trouxeram problemas para bancos, os quais tem relutado em fazer empréstimos ou receber depósitos de comerciantes de maconha. "Nós claramente dizemos que é possível prover serviços financeiros para negócios de maconha regulamentados pelos estados e ainda assim continuar em concordância com as obrigações do Ato de Segredo Bancário", disse um oficial ligado ao Tesouro. "Esperamos que essa orientação que estamos dando dê mais transparência para os negócios relacionados à maconha", completou.

Alguns dos maiores bancos dos EUA, incluindo o J.P. Morgan Chase & Co. e o Wells Fargo & Co., tem políticas que os impedem de prover serviços para negócios atrelados à maconha. Um porta-voz do Wells Fargo disse que o banco está "revisando sua orientação". Já um porta-voz do J.P. Morgan não quis comentar.

Os bancos ainda temem a possibilidade de reguladores processarem instituições financeiras que não tenham se protegido o suficiente contra atividades ilícitas. A preocupação é de que uma mudança de política que não esteja garantida por lei mantenha uma brecha que permita os processos.

"Embora apreciemos os esforços, uma orientação ou uma regulação não muda os desafios para os bancos", disse Frank Keating, presidente da Associação de Banqueiros Americanos. "Da forma como está, a posse ou distribuição de maconha viola a lei federal e bancos que deem apoio a essas atividades correm o risco de processo e sanções", acrescentou. Fonte: Dow Jones Newswires.

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