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Com a alta concorrência pelas vagas disponíveis em universidades públicas, muitos estudantes que não têm condições para pagar as mensalidades de instituições privadas costumam recorrer ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em busca financiamento com mais tempo para pagamento. No entanto, dados revelam que o programa do governo vem apresentando queda no número de contratos firmados: de 732,6 mil em 2014 para 84,9 mil em 2019. 

Nesse cenário de encolhimento, os programas de financiamentos estudantis privados ganham espaço e se tornam opções viáveis para os alunos que sonham com um diploma de nível superior. Uma das alternativas ao Fies disponíveis é o Educred, programa de crédito que atende aos alunos novatos e veteranos de instituições de ensino do grupo Ser Educacional. 

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Segundo Luiz Bezerra, Coordenador de Controle de Crédito do Ser, atualmente o programa atende a 4 mil estudantes, mas, desde sua criação, 12 mil alunos foram contemplados. Ele explica, ainda, que os estudantes novatos podem ter um financiamento de 10% a 80% do valor da mensalidade. O percentual para veteranos é de até 50%, com a possibilidade de até dois fiadores. A partir do semestre 2020.1, além dos cursos de graduação, o Educred também estará disponível para a pós-graduação.

Luiz também explica que além de alunos veteranos e novatos, a pré-inscrição do Educred também pode ser feita por candidatos às vagas nas instituições de ensino e realizar o processo seletivo. “Candidatos inscritos nos vestibulares ou que ainda não são alunos podem fazer a pré-inscrição no site do Educred. Qualquer pessoa pode fazer a pré-inscrição e depois passar pelo processo seletivo”, afirmou o coordenador.

Confira, a seguir, um vídeo com mais informações sobre o Educred e como solicitar o financiamento: 

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O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Governo Federal criado para dar, sobretudo, oportunidade de estudantes ingressarem no ensino superior em instituições privadas. Ele alcançou seu auge, no que diz respeito à concessão de contratos, entre 2010 e 2014, principalmente devido à redução da taxa de juros de 6,5% para 3,4% ao ano, quando chegou a ofertar quase 750 mil vagas em 2014.

No período mencionado, o Fies ofertava financiamento de 100% do valor da mensalidade, não havia limite de vagas e os alunos poderiam aderir ao programa em qualquer época do ano. A partir de 2015, as regras foram alteradas: os alunos não teriam mais do financiamento de 100% das mensalidades, haveria um período específico para a realização das inscrições, as vagas eram limitadas e existiam requisitos de notas mínimas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De 2014 a 2015, o número de contratos ofertados foi reduzido em, aproximadamente, 445 mil. A justificativa do Governo: inadimplência crescente e falta de recursos por parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

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Em três anos, de 2015 a 2018, a dívida do Fundo cresceu mais de 30 vezes, chegando a R$ 20 bilhões. Ainda de acordo com o FNDE, esse número pode triplicar nos próximos anos. Os alunos que estão com dívidas junto ao produto são, em sua maioria, estudantes com contratos firmados durante a antiga política do programa (2010-2015), que agora estão enfrentando obstáculos para pagar as parcelas, mesmo depois de 18 meses de carência, devido, sobretudo, a dificuldades relacionadas ao mercado de trabalho.

Mayara Keytty, 23, pós-graduanda em ortodontia, utilizou o Fies em sua graduação, concluída no segundo semestre de 2017. “Eu escolhi o Fies porque não queria esperar mais um ano para tentar conseguir vaga em uma universidade federal e porque eu não tinha condições para pagar uma universidade privada”, conta. O período de carência de Keytty termina em junho de 2019 e ela ainda não sabe como irá conseguir pagar as mensalidades, que chegam a R$ 700 mensais, devido a escassez de vagas no mercado de trabalho e a situação econômica delicada que o país está passando.

O jornalista Everton Galdino, 23 anos, também concluiu o curso superior no segundo semestre de 2017 e já encontra dificuldades para pagar as parcelas de amortecimento do juros do financiamento. “Tenho parcelas atrasadas. Desde que me formei não consegui emprego na área e passei a empreender online. Com o dinheiro de uma loja no Instagram, eu consigo pagar algumas parcelas”, revela.

Com o objetivo de ter a dívida de R$ 20 bilhões quitada, o FNDE anunciou, por meio de portaria, que os alunos inadimplentes, que assinaram contrato do Fies até o segundo semestre de 2017, teriam a oportunidade de negociar a dívida. A diminuição de vagas notada no período 2014-2015 e as novas exigências para os candidatos provocaram um blackout no programa, que em 2016 não conseguiu preencher nem 80% das vagas ofertadas. Essa redução no número de vagas fez com que as instituições de ensino superior privadas precisassem criar soluções e encontrar alternativas para manter um bom número de alunos.

Grandes grupos educacionais do país, em parte, seguindo os moldes norte-americanos, encontraram no crédito educativo uma alternativa economicamente viável para ambos lados - instituição e aluno -. O Educred, recurso criado pelo Grupo Ser Educacional para driblar essas dificuldades, pode ser considerado um desses exemplos. Para Luiz Paulo Bezerra, coordenador do Educred, o Fies não é mais tão vantajoso como era cinco anos atrás.

“Com o Fies, o aluno tem que pagar um boleto único composto pela parte não financiada, seguro prestamista e taxa administrativa. No Educred não existe isso. Aqui o aluno paga a parte não financiada diretamente à instituição. Por exemplo, a mensalidade custa R$ 1.000 e o aluno conseguiu 80% de financiamento: ele vai pagar apenas R$ 200 para a instituição. A conta é simples”, explica o coordenador.

O Educred já formou mais de 10 mil alunos em todo o país. Para quem é novato a plataforma oferece juros zero e só depois de um ano de estudos o aluno precisará apresentar um fiador, além de já ter 80% de financiamento das mensalidades garantido.

Muitos estudantes podem não perceber a diferença entre financiamento estudantil, como o caso do Fies, e crédito educativo, como no Educred. O financiamento estudantil é caracterizado, sobretudo, pelo suporte de uma instituição financeira, o que não acontece no crédito educativo já que não existe financiamento ou empréstimo proveniente de nenhuma parte.

De acordo com o economista e professor Ecio Costa, é importante é avaliar as opções disponíveis e pesquisar muito antes de fazer escolher. “O Fies só é ofertado a uma parcela da população que atende a critérios de renda e desempenho no Enem. Então, quem não cumpre com esses requisitos precisa recorrer ao mercado. Como muitas instituições oferecem crédito educativo, é importante para o estudante fazer uma pesquisa detalhada das opções, lembrando que, como estudante, é provável que ele não tenha renda.”

O economista recomenda, ainda, que os alunos sempre mantenham contato com as IES para não contratar um serviço que não caiba no seu orçamento. “É importante comparar a taxa de juros entre essas modalidades e também o prazo de pagamento. Também é interessante realizar simulações para saber o valor das parcelas, para que tudo se encaixe dentro do orçamento. Muitas vezes o problema é que os alunos se formam, não conseguem vaga no mercado de trabalho e acabam ficando com o nome sujo, com restrições, por não conseguirem cumprir com suas obrigações financeiras.”

Você pode conferir as instituições que possuem convênio com o Educred acessando o site da plataforma. No vídeo a seguir, Luiz Paulo Bezerra dá mais detalhes sobre o produto:

Ingressar numa faculdade faz parte do sonho de muitos estudantes, sejam eles jovens oriundos do ensino médio ou adultos que não tiveram a oportunidade de fazer uma graduação após o segundo grau. Medicina, direito e engenharia são os cursos mais desejados por quem procura o ensino superior. Mas a falta de condições financeiras resulta em um desfecho não muito agradável: muitos estudantes desistem de entrar no curso ou param no meio do caminho.

Uma das soluções para a falta de dinheiro é fazer um financiamento estudantil. Quase todas as faculdades privadas possuem um próprio financiamento para facilitar a vida dos seus alunos, além do Ministério da Educação (MEC) oferecer o Programa de Financiamento Estudantil do governo federal (Fies), que apenas este ano já foi contratado por mais de 140 mil alunos.

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O Fies é a linha de crédito mais barata do mercado, com taxa de juros de apenas 3,4% ao ano. O estudante que deseja participar do Fies deve estar matriculado em um curso participante do programa e bem avaliado pelo MEC. Alunos formados no Ensino Médio a partir de 2010 deverão, ainda, ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Não é preciso ter concluído o processo de matrícula, pois a taxa de inscrição também entra no financiamento.

O Fies funciona assim: até dez salários mínimos na família, o estudante pode solicitar bolsa de 100%; até 15 salários, o estudante pode pedir bolsa de 75% ou quando a média mensal da família for de até 20 mínimos, o aluno pode requerer bolsa de 50% da mensalidade.

O Grupo Ser Educacional, mantedor do Centro Universitário UNINASSAU e da Faculdade Joaquim Nabuco, também é conveniado ao programa de financiamento. O Educred, que funciona cobrindo metade da mensalidade do aluno, ao total de 50% ao mês. Mas a matrícula, feita no inicio de cada semestre, continua sendo inteiramente de responsabilidade do estudante.

De acordo com a auxiliar administrativa do Educred, da UNINASSAU no Recife, Shirlei Ramos, o financiamento é muito procurado pelos alunos por ser menos burocrático do que outros. “O aluno resolve tudo na própria faculdade e se estiver tudo harmonizado com as regras do Educred, a aprovação é imediata”, ressalta a funcionária.

Depois de 30 dias de formado, o aluno começa a pagar a outra metade de cada parcela dividida em mensalidades. Se o aluno passa quatro anos em uma universidade, com o Educred ele vai ter oito anos para pagar o curso. Mesmo em faculdades que não ofereçam um financiamento interno, o aluno pode recorrer ao Fies.

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