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Os laboratórios BioNTech e Pfizer anunciaram nesta quarta-feira (31) que sua vacina contra a Covid-19 demonstrou eficácia de 100% nos jovens com idades entre 12 e 15 anos.

Os testes de fase 3 com 2.260 adolescentes dos Estados Unidos "mostraram uma eficácia de 100% e uma resposta robusta de anticorpos", afirmaram as empresas em um comunicado.

"Nós planejamos apresentar os dados à FDA (a agência reguladora dos Estados Unidos) como uma proposta de emenda à nossa Autorização de Uso Emergencial nas próximas semanas, assim como a outras agências reguladoras em todo o mundo, com a esperança de começar a vacinar esta faixa etária antes do início do próximo ano escolar", declarou o CEO da Pfizer, Albert Bourla.

O diretor executivo da empresa alemã BioNTech indicou que os resultados que mostram uma elevada proteção para os adolescentes eram "muito promissores dadas as tendências que observamos nas últimas semanas em relação à propagação da variante do Reino Unido B.1.1.7".

O fármaco da BioNTech/Pfizer é baseado na tecnologia RNAm e foi a primeira vacina contra a covid-19 aprovada nos países ocidentais no fim do ano passado.

Estados Unidos e União Europeia aprovaram seu uso para pessoas com mais de 16 anos.

Doses da vacina já foram aplicadas em milhões de adultos em mais de de 65 países.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi submetido a novos exames na manhã desta terça-feira, 28, para acompanhar a evolução de um câncer na região dos gânglios linfáticos. De acordo com um boletim divulgado pela equipe médica que acompanha o prefeito, o tratamento com a imunoterapia "está sendo eficaz" no combate à doença.

Diante desse resultado, a equipe decidiu que o prefeito continuará realizando aplicações de imunoterapia a cada três semanas. Novos exames de imagens para controle estão previstos para daqui a dois meses.

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Em fevereiro, uma biópsia apontou que o câncer de Covas persistia após uma rodada de oito sessões de quimioterapia. O prefeito entrou na segunda fase do tratamento, passando por sessões de imunoterapia, um procedimento que consiste em sessões de 30 minutos para aplicação de medicamentos que fortaleçam o sistema imunológico. A expectativa é que, fortalecido, o próprio organismo do prefeito combata o que restou do câncer.

Segundo o oncologista Tulio Pfiffer, que faz parte da equipe que atende o prefeito no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, "há menos efeitos adversos" com o tratamento. Covas poderá ter fraqueza ou reações que afetem o sistema linfático, mas a maioria dos pacientes não tem efeitos colaterais. Com o tratamento de imunoterapia, o prefeito pode retomar todas as atividades, inclusive se reunir a multidões.

Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu uma orientação sobre a eficácia da utilização de álcool gel como medida preventiva e mitigatória ao Covid-19. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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O uso de álcool gel para higiene das mãos como prevenção ao coronavírus é eficaz. Em nota, o Conselho Federal de Química (CFQ) criticou a disseminação de fake news por meio de um vídeo, com informações equivocadas e incorretas a respeito do emprego do álcool gel, divulgado por um “químico autodidata”.

Assinada pelo presidente da entidade, José de Ribamar Oliveira Filho, a nota do conselho esclarece que o álcool etílico (etanol) é um eficiente desinfetante de superfícies/objetos e antisséptico de pele. “Para este propósito, o grau alcoólico recomendado é 70%, condição que propicia a desnaturação de proteínas e de estruturas lipídicas da membrana celular, e a consequente destruição do microrganismo.”

Segundo a entidade, o etanol age rapidamente sobre bactérias vegetativas (inclusive microbactérias), vírus e fungos, sendo a higienização equivalente e até superior à lavagem de mãos com sabão comum ou alguns tipos de antissépticos.

O conselho lembra que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tornou obrigatória a disponibilização de preparação alcoólica (ou sua versão em gel) para fricção antisséptica das mãos pelos serviços de saúde do país.

A entidade lembra que a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu uma orientação sobre a eficácia da utilização de álcool gel como medida preventiva e mitigatória ao Covid-19, tanto nos setores da saúde quanto para a comunidade em geral.

“Tão importante quanto proteger a população no que diz respeito ao contágio do novo vírus é evitar o alarmismo e a viralização de conteúdos sem a devida verificação”, afirmou o presidente do CFQ, apelando para que a sociedade busque informações válidas e de fontes confiáveis, em especial as emitidas pelas autoridades de Saúde.

Denúncia ao Ministério Público

O CFQ afirmou ainda que não reconhece como válida a denominação de “químico autodidata” ou a de pessoas que atuem nas atividades da química sem o devido registro profissional.

Segundo a entidade, a falta do registro configura infração tipificada no artigo 47 da Lei de Contravenções Penais (3.688/41) como exercício ilegal da profissão – sem prejuízo de enquadramento em outras normas legais.

Constatadas irregularidades no que tange à qualificação e ao registro profissional, o conselho vai oferecer denúncia junto ao Ministério Público, observando a devida proteção à população.

Medidas preventivas

O Ministério da Saúde recomenda como medidas de prevenção ao novo coronavírus:

- lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, ou usar desinfetante para as mãos à base de álcool quando a primeira opção não for possível;

- evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;

- evitar contato próximo com pessoas doentes;

- ficar em casa quando estiver doente;

- usar um lenço de papel para cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, e descartá-lo no lixo após o uso;

- não compartilhar copos, talheres e objetos de uso pessoal;

- limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

Outros cuidados importantes são manter ambientes bem ventilados e higienizar as mãos após tossir ou espirrar. O Ministério explica que não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus.

Os coletores menstruais, baratos e reutilizáveis, são tão seguros e eficazes quanto os absorventes higiênicos, compressas e absorventes internos - aponta o primeiro grande estudo científico sobre o assunto, publicado nesta quarta-feira (17).

Cerca de 70% das mulheres que usaram coletores menstruais dizem que preferem continuar a usá-los, de acordo com uma pesquisa publicada pela revista médica "The Lancet Public Health".

Este estudo reúne 43 trabalhos anteriores que incluíram 3.300 mulheres e é o primeiro a avaliar os coletores menstruais, dispositivo pouco conhecido em comparação aos absorventes higiênicos e internos.

"Um total de 1,9 bilhão de mulheres no mundo estão em idade de menstruar e passam, em média, 65 dias por ano menstruadas. No entanto, há poucos estudos de qualidade que comparam os meios de proteção", ressaltou uma das autoras do estudo, Penelope Phillips-Howard, professora da Liverpool School of Tropical Medicine.

Muitas mulheres no mundo não têm acesso a esses meios de proteção, o que pode ser prejudicial para elas na escola, no trabalho, ou em seu cotidiano, afirmam os pesquisadores.

Feito de silicone, ou de látex, os coletores são inseridos na vagina para coletar o sangue menstrual. Eles devem ser esvaziados a cada quatro, ou 12 horas.

O estudo concluiu que eles são tão eficazes quanto absorventes higiênicos e internos e que não representam qualquer risco adicional de infecção.

Cinco casos de síndrome do choque tóxico menstrual foram observados, mas como o número total de usuárias de coletores é desconhecido, os pesquisadores não puderam determinar se o risco era maior do que o dos absorventes internos.

Esta síndrome é causada por uma bactéria, o Staphylococcus aureus, e causa febre, pressão arterial baixa e outros distúrbios potencialmente graves (digestivos, musculares, renais).

Para evitar isso, as autoridades de saúde recomendam não deixar a mesma proteção, absorvente interno, ou coletor, por muito tempo dentro do corpo.

O estudo também analisou o custo dos coletores menstruais. Em alguns países, custam menos de um dólar e são 5% a 7% mais caros do que uma caixa com 12 absorventes higiênicos, ou internos. No longo prazo, porém, são muito econômicos, porque podem ser reutilizados e duram até dez anos.

Nos países mais ricos, alguns modelos podem custar até US$ 40. "Estes resultados mostram que os coletores podem ser uma opção segura e acessível para as mulheres", disse Julie Hennegan, especialista britânica em Saúde Pública, em um comentário publicado pela "The Lancet Public Health".

Uma equipe de bactérias avança sobre solo chileno extraindo o cobre de menor lei das rochas. Esta nova geração de 'mineradores' ganha terreno e promete soluções mais baratas e amigáveis no Chile, país líder na produção mundial de cobre.

Ainda engatinhando, a biolixiviação - como é chamado o uso de bactérias na extração de cobre - é apresentada como uma opção mais sustentável e mais barato para uma indústria atingida hoje por uma queda acentuada no preço do metal, cotado hoje no preço mais baixo dos últimos seis anos.

A empresa BioSigma, criada em 2002 pela estatal chilena Codelco - principal produtora de cobre do mundo - e a JX Nippon Mining e Metals Corp, conseguiram superar um longo processo de validação há seis meses para iniciar as operações comerciais em uma mina no norte do Chile.

"O gigantismo da mineração está acabando, a biotecnologia poderia ser o futuro e com a biolixiviação estamos falando em otimizar os processos naturais, com menor impacto ambiental e maior eficiência", disse à AFP Pilar Parada, CEO da BioSigma.

Com bactérias nativas ao longo do Chile, em mais de uma década de pesquisas conseguiu-se obter cerca de 70 patentes em todo o mundo e outras 120 estão em processo de validação.

Um trabalho único que aponta para identificar "um 'dream team' de bactérias específicas que tratam melhor o mineral, separando o ferro e o enxofre do cobre" e que se libera com a solução em piscinas para depois ser tratado com solventes até formar uma placa de metal, que é a exportada, explicou Parada.

"Aceleramos o processo natural, o que leva anos na natureza nós fazemos em meses e demonstramos que esta tecnologia é muito eficaz, cerca de 30% a 50% mais eficiente do que tecnologias convencionais", agregou.

A tecnologia só é viável quando a concentração do metal na rocha é baixa - entre 0,45 e 2%. Quando é maior do que isso, são utilizadas as técnicas tradicionais de extração.

Só na Codelco, responsável por 11% da produção mundial de cobre, "existem mais de 1,7 bilhões de toneladas de mineral disponível em sulfeto de baixo grau (ou concentração), que potencialmente poderiam significar dois milhões de toneladas de cobre adicionais que hoje não estão em nenhum plano de produção", afirma Parada.

Sustentável e de baixo custo

Diferentemente das tecnologias tradicionais, com a biolixiviação são utilizadas seis vezes menos água e três vezes menos energia.

Nos próximos anos, esta tecnologia pode render entre 50.000 a 60.000 toneladas de cobre fino adicionais.

Mais cuidadoso, Jaime Rivera, gerente de negócios e inovação da Codelco, afirma que a tecnologia mostrou ser exitosa embora "não tenha gerado uma chance real de competir com as outras tecnologias massivas".

Mas "se continuarmos melhorando, no futuro poderemos explorar mais depósitos minerais de baixo grau" e lidar com desafios-chave na mineração moderna como a sustentabilidade, em especial o tratamento e cuidado da água, afirmou em entrevista à AFP.

"Ao ser amigável com o meio ambiente, deve haver uma probabilidade maior de realizar a atividade mineradora perto de zonas populadas", agregou.

Uma luz de esperança numa indústria que enfrenta a cada ano novos desafios para manter a produtividade, com rochas de menor concentração e com maior quantidade de impurezas, ao que se soma um aumento nas regulamentações ambientais.

Crise e oportunidade

Apesar de um cenário global adverso, a Codelco garante que não está em seus planos desistir da missão de inovar para apoiar a sua produção, que hoje chega a 1,6 milhão de toneladas por ano.

Com a biolixiviação "temos mais vantagens nestes tempos de crise, já que o investimento e os custos (do projeto) já foram realizados no passado com períodos de altos preços de cobre", garante o executivo.

"Agora temos a tecnologia e sua aplicação é de baixo custo e assim a atual crise do preço do cobre não nos gera um problema", ponderou Rivera, em referência ao golpe representado pela desaceleração da economia chinesa.

Sem descuidar da inovação, a Codelco vem realizando nos últimos meses um plano de poupança, o que resultou na redução de cargos executivos e na revisão para baixo seu plano de investimentos para os próximos cinco anos.

Na mesma linha, o plano visa aumentar a produtividade da empresa em 18% ao longo dos próximos quatro anos.

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