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Pela segunda vez consecutiva, o diretório pernambucano do Republicanos declarou apoio à campanha de João Campos (PSB), prefeito do Recife e candidato à reeleição na disputa de 2024. Na próxima quinta-feira (1º), o partido fará um ato de apoio a Campos, sendo o primeiro a declarar oficialmente apoio ao projeto contínuo do PSB na capital. Em 2020, a sigla realizou uma convenção de apoio ao socialista, sendo também a primeira a entrar para a chapa majoritária. 

O ato ocorrerá no Moinho Recife Business, no centro do Recife, às 16h30. A direção estadual considera o apoio a João Campos no Recife uma "prioridade” do Republicanos, partido que mais cresce proporcionalmente no Brasil e no estado. 

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“O prefeito João Campos vem fazendo uma grande gestão, voltada para o desenvolvimento econômico e social do Recife. Apesar de jovem, João demonstrou nesse primeiro ano a frente da prefeitura do Recife que sabe administrar com ações concretas para melhorar a vida dos recifenses. Nós do Republicanos confiamos no projeto de João e vamos estar juntos para que o Recife continue avançando”, disse o ministro de Lula, Silvio Costa Filho, presidente licenciado do Republicanos. 

Em Pernambuco, além de apoiar alguns partidos aliados em cidades estratégicas, o Republicanos pretende lançar cerca de 60 candidaturas. “Na próxima quinta-feira, iremos fazer um grande ato em apoio à reeleição do prefeito João Campos porque acreditamos que a gestão do prefeito vem transformando a vida dos recifenses. A gestão do prefeito João Campos é uma das mais bem avaliadas entre as capitais do país e isso é reflexo do conjunto de obras que vêm sendo tocado pelo prefeito na cidade. Recife virou um canteiro de obras estruturadas”, ressaltou o presidente do Republicanos em Pernambuco, Samuel Andrade. 

 

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quarta-feira, 24, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é "um desocupado". Segundo Alckmin, as declarações do ex-mandatário não chegam a atrapalhar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pois a postura dele é meramente "descompromissada com as coisas".

"Não é que ele atrapalha o governo, é uma coisa meio panfletária, descompromissada com as coisas, fake news, e advoga uma tese quase incivilizatória. Quem não é democrata não deve participar da eleição", afirmou Alckmin em entrevista ao portal UOL.

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Na entrevista, Alckmin também analisou o panorama eleitoral da capital paulista. Lula está engajado na disputa à Prefeitura de São Paulo. A eleição, segundo o presidente, será de "confrontação direta" entre ele e Jair Bolsonaro, numa polarização representada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pelo petista, e pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que vem se aproximando de Bolsonaro nos últimos meses.

Em um acordo que remonta a 2022, Lula estará no palanque de Guilherme Boulos. O vice-presidente Geraldo Alckmin, por sua vez, é entusiasta da pré-campanha da deputada federal Tabata Amaral, sua correligionária.

Questionado sobre a divisão das alianças no pleito, o vice relativizou o fator federal nas disputas às prefeituras. Os problemas locais, segundo Alckmin, são mais relevantes para o eleitor na tomada de decisão. Além disso, cada partido tem autonomia para desenvolver seus apoios, disse o vice.

"Eleição municipal é local. Claro que tem o aval, o apoio de alguém, uma recomendação, uma ajuda, mas não é o fator decisivo", disse Alckmin. "O PT é um partido, o PSB é outro, e o PSB tem uma menina de grande valor, a Tabata Amaral."

Alckmin não acredita em 'vaga garantida'

Ao contrário de Alckmin, o ministro Márcio França (Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte), também filiado ao PSB, acredita que o apoio de Lula confere a Boulos "vaga garantida" no segundo turno da eleição. França esteve na terça-feira, 23, no mesmo programa que Alckmin participou nesta quarta.

Relembrado a declaração, Alckmin discordou do correligionário, afirmando que "a eleição nem começou" e o cenário ainda é incipiente. "O Márcio (França) é craque, em matéria de política é professor, mas eu não diria que o Boulos já está garantido. Mas é o favorito (para uma vaga no segundo turno)", disse o vice-presidente.

Datena e Marta ajudam as chapas

Quanto aos arranjos para a composição das chapas, que movimentam a eleição paulistana neste momento, Alckmin elogiou a "empatia popular" de José Luiz Datena, afirmando que o apresentador de televisão "é uma grande liderança" e ajudaria o projeto do PSB.

"É uma decisão que passa muito por ele", disse Alckmin, confirmando o que a própria Tabata Amaral afirmou ao Estadão na semana passada. Além de reiterar que Datena "agrega" na chapa, a pré-candidata confirmou que o posicionamento do apresentador sobre ser vice ou não só sairá no meio do ano, período das convenções partidárias.

Ainda sem oponentes à frente, o prefeito João Campos (PSB) desponta como o franco favorito na disputa à Prefeitura do Recife. A condição é tão favorável que os eleitores comentam sobre a possibilidade de reeleição no 1º turno. Contudo, esse cenário confortável pode estar com os dias contados.

Cotado como a escolha mais provável para representar a oposição liderada pela governadora Raquel Lyra (PSDB), em entrevista ao LeiaJá, o atual secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Daniel Coelho (Cidadania), mostrou estar disposto a se lançar na corrida eleitoral.

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"Não vai ter eleição ganha por antecipação. Se fosse por antecipação, a gente sabe que Raquel não seria a governadora. Quando estávamos em janeiro [de 2022], se dizia que ela não viabilizaria candidatura. No tempo certo, ela se afastou [da Prefeitura], construiu a campanha, chegou ao 2º turno, inclusive, sendo o Recife como decisivo", afirmou o gestor.

A pré-candidatura ainda é discutida entre o bloco da oposição, que também precisa indicar um nome forte para a composição da chapa. Apesar dos claros sinais, Daniel prefere não antecipar sua participação no pleito e coloca seu futuro nas mãos da governadora.

"Se for, de fato, escolhido pela governadora para representar esse conjunto vou tá me dedicando a essa nova missão, mas é algo que só será iniciado no momento em que eu for afastado da posição de secretário. A condução do processo vai ficar para a governadora escolher de fato quem são os candidatos que vão representar esse conjunto de forças", declarou o secretário.

Recife precisa do debate

Enquanto João Campos "debate" sozinho, sem nenhum tipo de contraponto, o secretário estadual de Turismo destaca que a disparidade social na cidade pode abalar o favoritismo do atual prefeito durante a campanha. Ele ainda comentou que o capital político de João não foi suficiente para eleger Marília Arraes (Solidariedade) ao Governo do Estado.

"Recife tem um histórico de eleições muito apertadas. Na eleição de governador, mesmo o atual prefeito apoiando a prima dele, Raquel teve o dobro da votação de Marília no Recife. Foi uma diferença grande e a gente lembra que naquele período o próprio João fez carreata, andou com Marília, pediu voto, mobilizou vereadores e, mesmo assim, houve um desejo da população por mudança. Então, a gente tem uma expectativa de que a população vai querer discutir como tá o Recife hoje, quais são nossos problemas, o que é que levou o Recife a tá numa situação de desigualdade social, de pessoas em situação de vulnerabilidade, de uma legião de invisíveis ao Poder Público", avaliou.

Ex-vereador do Recife, ex-deputado federal e ex-estadual, a experiência de Daniel Coelho e a proximidade com os eleitores da capital podem garantir um bom embate em outubro. Se realmente for escolhido, a previsão é que deixe a Secretaria de Turismo e Lazer ainda no primeiro semestre.

"Quem quiser ser candidato e tá ocupando um cargo no Executivo tem que sair do cargo em abril e a gente deve cumprir esse roteiro", indicou.   

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), farão uma “super live” para convocar políticos e eleitores de direita a se engajarem com as eleições municipais de 2024. O evento on-line acontecerá no próximo domingo (28). Inelegível e sem cargo público no momento, Bolsonaro ocupa o posto extraoficial de patrono do Partido Liberal, legenda que o acolheu em novembro de 2021.  

Segundo Flávio, a grande transmissão ao vivo é sobre a  organização de base e a ocupação de espaços políticos. Interessados devem fazer uma inscrição informando nome, endereço de e-mail e celular, em um site divulgado pelo clã. “Atenção! No próximo dia 28, eu, o presidente Jair Bolsonaro, e meus irmãos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, estaremos fazendo uma live, chamando a sua atenção para a importância de participarmos do próximo pleito eleitoral, no ano de 2024”, diz Carlos em um vídeo-convite. 

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Após a derrota nas urnas em 2022, Bolsonaro tem utilizado de sua influência política para tomar decisões junto à sigla de Valdemar Costa Neto. Carlos, o filho “02” de Jair, deve assumir a presidência do PL na cidade do Rio de Janeiro a partir de março, quando deixará o Republicanos para se filiar à legenda. Na capital fluminense, Carlos será um dos articuladores da campanha do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) à Prefeitura do Rio de Janeiro. 

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O Tribunal do Júri de Iporã, no Paraná, condenou um homem acusado de matar duas pessoas durante uma discussão provocada pelo anúncio do resultado das eleições presidenciais de 2022. Erick Hiromi Dias foi condenado a 51 anos e sete meses de prisão em regime fechado. O julgamento foi realizado na terça-feira (16).

O crime ocorreu no município paranaense de Cafezal do Sul, na noite de 30 de outubro de 2022, após a Justiça Eleitoral anunciar a vitória do então candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

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Apoiadoras de Lula, as duas vítimas foram atingidas por tiros disparados por Eric, que estava descontente com a derrota de Jair Bolsonaro, que disputava a reeleição. Segundo o Ministério Público, o crime teve motivação política. O acusado tinha certificado de colecionador, atiradores e caçadores (CAC).

Eric Hiromi foi condenado por dois crimes de homicídio qualificado. Ele já está preso e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

Pedido de perdão

Durante o julgamento, o acusado confessou os crimes e pediu perdão aos familiares das vítimas.

"Eu sei que errei e que mereço ser condenado. Me lembro de pouquíssimas coisas daquele dia. Há um tempo atrás, eu me arrependi de não ter conseguido tirar minha vida naquele dia. Eu aceito, por conta de todo o meu arrependimento, passar por toda cadeia que tenho que passar", afirmou.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB) se encontrou com Luiza Erundina (PSOL), deputada federal e ex-prefeita de São Paulo, nesta quinta-feira, 18. Tabata é pré-candidata a prefeita pelo PSB e deve enfrentar nas urnas o pré-candidato do PSOL, deputado Guilherme Boulos. Luiza Erundina foi vice na chapa de Boulos em 2020 e tem criticado a aproximação dele com a ex-prefeita Marta Suplicy.

O encontro entre Erundina e Tabata ocorre dias após uma reunião entre Boulos e Marta que selou a aliança entre os dois. O acordo, mediado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já vinha sendo dado como certo nos bastidores, sobretudo após a saída de Marta da Secretaria de Relações Internacionais da gestão Ricardo Nunes (MDB).

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As fotos da reunião foram divulgadas nas redes sociais de Tabata. Na publicação, a pré-candidata à Prefeitura pelo PSB afirma ter tido "uma conversa muito inspiradora" com Erundina, a quem atribui "uma trajetória muito bonita na vida pública". Numa das fotos, Tabata aparece ao lado de Erundina com um livro do economista e escritor Paul Singer, que foi o secretário de Planejamento durante a gestão de Luiza Erundina em São Paulo.

Ao Estadão, Tabata Amaral afirma ter recebido Luiza Erundina com "felicidade". A conversa, segundo a deputada, faz parte de uma série de reuniões que vem organizando com os ex-prefeitos paulistanos. "Ela foi a primeira mulher a ser prefeita da cidade. Então, essa foi uma pauta muito forte do encontro, o que significa ser mulher na política. Até disse a ela: 'Olha, tenho muita sorte em ser pré-candidata numa cidade que já teve prefeitas e que, nessas duas ocasiões, deu certo'", diz Tabata, se referindo também à gestão de Marta Suplicy, a quem também já elogiou nas redes sociais.

Sobre desavenças entre Marta e Erundina, Tabata afirma "não ter nada a comentar". "Esse é um assunto entre as duas. O que sei é que tenho muita admiração pelas duas ex-prefeitas que a nossa cidade já teve", disse a deputada federal.

Para o acordo selado entre Marta, Lula e Boulos, a ex-prefeita retornará ao PT para compor a chapa. O PT paulistano definiu que a filiação será no próximo dia 2. Ela se desfiliou do PT em 2015, após 33 anos na legenda, e a postura que adotou desde então não agrada a Luiza Erundina.

Relembre as desavenças entre Marta e Erundina

Em 2020, durante a campanha eleitoral em que foi vice de Guilherme Boulos, Erundina queixou-se do apoio de Marta ao prefeito Bruno Covas (PSDB), então candidato à reeleição e principal adversário da chapa à esquerda. "Marta está apoiando Covas. Ela traiu o PT, traiu a esquerda e traiu o povo", disse Erundina. Ela não se referia apenas àquela eleição, mas a tudo que Marta havia dito sobre sua ex-sigla desde a desfiliação.

"O Partido dos Trabalhadores tem sido o protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou", disse Marta Suplicy, em carta dirigida aos diretórios petistas em 2015 quando saiu da sigla. Além disso, ela votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de quem havia sido ministra entre 2012 e 2014.

A adesão de Marta ao governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) já havia sido alvo de críticas. Na campanha à Prefeitura de São Paulo em 2016, Luiza Erundina era candidata pelo PSOL e Marta, pelo MDB. "Você apoia o governo Temer, um governo ilegítimo e machista", disse Erundina à então emedebista durante um debate televisivo promovido pela RedeTV!. "Você não passou no teste como feminista", alfinetou a candidata pelo PSOL.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está elaborando uma regra para coibir que candidatos alterem autodeclarações de raça entre eleições. A norma, que ainda será discutida em audiência pública no TSE na próxima quarta-feira, 24, se refere especificamente à mudança de autodeclaração para "cor preta ou parda". A proposta consta em uma minuta publicada pela Corte eleitoral com sugestões para a disputa municipal de outubro deste ano.

Pela proposta em discussão, se for constatado que houve uma alteração na autodeclaração de raça em relação ao pleito anterior, o candidato será intimado e terá de justificar a mudança. Caso o concorrente alegue erro ou não se manifeste dentro do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral, a alteração será revertida, com a vedação do repasse de recursos públicos destinado a financiar candidaturas negras.

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Minuta

"No caso de ser declarada, no registro de candidatura, cor preta ou parda em divergência com informação do Cadastro Eleitoral ou com anterior pedido de registro, a pessoa candidata e o partido, a federação ou a coligação serão intimados para confirmar a alteração da declaração racial", diz a minuta do tribunal.

Em 2022, levantamento do Estadão mostrou que um grupo de 33 deputados candidatos à reeleição mudou de cor ao disputar a eleição daquele ano. Em 2018, eles haviam se autodeclarado brancos e, em 2022, se apresentaram à Justiça Eleitoral como pardos.

Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o repasse de recursos do fundo eleitoral para candidaturas de pessoas negras (pretas e pardas) deveria ser proporcional, além da divisão do tempo de propaganda eleitoral na TV e no rádio. A determinação da Corte já valeu para as eleições daquele ano.

Sugestões

As audiências públicas promovidas pelo TSE estão marcadas para os dias 23, 24 e 25 de janeiro e serão conduzidas pela ministra Cármen Lúcia. Outros temas também serão debatidos com o objetivo de melhorar as regras para eleições municipais de 2024.

O TSE vai recolher, até amanhã, sugestões de pessoas e instituições públicas e privadas para aprimorar as resoluções que vão reger a disputa deste ano - o primeiro turno está marcado para 6 de outubro e a segunda etapa de votação, onde houver, será realizada no dia 27 do mesmo mês.

Temas

As ideias podem ser enviadas por meio de um formulário que está disponível no site do TSE. Entre os temas que podem receber propostas estão pesquisas eleitorais e sistemas eleitorais, registro de candidatura, fundo eleitoral, prestação de contas, propaganda política, ilícitos eleitorais, entre outros assuntos.

Para a disputa de outubro deste ano, uma das questões centrais é o uso de inteligência artificial (IA) no pleito. A preocupação da Justiça Eleitoral é com a adoção da tecnologia para espalhar desinformação durante a campanha.

No último dia 5, o TSE divulgou as primeiras propostas de diretrizes sobre a IA nas propagandas eleitorais. O texto veda o uso de conteúdo "fabricado ou manipulado de fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados" com potencial de desequilibrar o pleito. Mesmo assim, especialistas dizem que o desafio será fiscalizar e punir o uso indevido da tecnologia em perfis de campanha não oficiais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário de biotecnologia e pré-candidato republicano a Casa Branca nos EUA, Vivek Ramaswamy disse nesta segunda-feira (15) que está suspendendo sua campanha presidencial de 2024 e desistindo da disputa após um resultado decepcionante nos caucus de Iowa. Ramaswawy está pedindo um voto para Donald Trump, o vencedor das primárias republicanas no Estado.

"Vamos suspender esta campanha presidencial", disse Ramaswamy, que obteve cerca de 7% dos votos conforme os resultados provisórios. "Liguei para Donald Trump para lhe dizer que o parabenizo por sua vitória e que, de agora em diante, ele terá meu total apoio para a presidência", acrescentou. "Não há caminho para que eu seja o próximo presidente, pois não há coisas que não queremos que aconteçam neste país", afirmou.

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Durante a campanha, ele criticou seus oponentes, mas elogiou Trump como "o melhor presidente do século XXI". Ele argumentou, porém, que os republicanos deveriam optar por "pernas novas" e "levar nossa agenda America First para o próximo nível".

A abordagem, incluindo seu apelo à "revolução", colocou Ramaswamy no meio dos candidatos que disputam para superar Trump - ou pelo menos se tornar uma alternativa viável.

O rico político outsider também modelou sua própria candidatura conforme a candidatura de Trump, fazendo campanha como um populista de fala rápida e que agarra as manchetes, que implacavelmente cutuca os oponentes.

Sua decisão de desistir, no entanto, torna-se a mais recente confirmação de que o ex-presidente, mesmo aos 77 anos e sob várias acusações criminais, ainda domina a política republicana e continua sendo o favorito esmagador para ganhar a indicação do Partido Republicano pela terceira vez consecutiva. (Com agências internacionais).

O ex-presidente Donald Trump venceu o primeiro teste para nomeação pelo partido Republicano na corrida à Casa Branca. A disputa interna entre os pré-candidatos começou nesta segunda-feira, 15, com o caucus de Iowa. Com cerca de 99% da apuração concluída, Trump tem 51% dos votos, o que lhe rendem 20 delegados para convenção nacional republicana. O segundo colocado é o governador da Flórida, Ron DeSantis, que ficou bastante distante de Trump na disputa, com 21% dos votos. A ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, ficou em terceiro lugar com 19%.

"É hora de nosso país se unir", disse Donald Trump em discurso depois da vitória que o consolidou como o líder conservador para a eleição presidencial de novembro.

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"Acho que chegou a hora de todos, de nosso país se unir (...). Sejam republicanos, democratas, liberais ou conservadores", disse o ex-presidente, conhecido por suas invectivas, aos apoiadores reunidos em Des Moines, no estado do meio-oeste americano.

Em determinado ponto do discurso, Trump chegou a parabenizar DeSantis e Nikki por terem "se divertido juntos".

Com a vitória de Trump projetada, as atenções se voltaram para o segundo lugar. Esse foi considerado o primeiro teste de Ron DeSantis e Nikki Haley, que buscam se fortalecer antes da próxima prévia, a de New Hampshire, em 23 de janeiro.

A rápida projeção da vitória de Donald Trump foi criticada por funcionários da campanha do governador da Flórida. Nas redes sociais, Andrew Romeo, o diretor de comunicações de Ron DeSantis, falou em "interferência eleitoral". Os dados, no entanto, são comuns nos Estados Unidos, onde os resultados costumam ser declarados pela imprensa antes de oficializados. DeSantis ainda não comentou as alegações do funcionário.

Nas primárias republicanas também houve vários candidatos com baixa intenção de votos, dentre eles Vivek Ramaswamy, que após receber apenas 7,7% dos votos anunciou que está suspendendo sua candidatura presidencial.

Por ser a primeira disputa do país, Iowa costuma ter o poder de impactar o futuro das primárias à medida que impulsiona os vencedores. O Estado também tem outra particularidade: o formato da votação. Os eleitores se dividem em pequenos grupos para ouvir discursos de representantes de campanha, preencher cédulas e, se desejarem, assistir à contagem dos votos. É uma espécie de assembleia, diferente das primárias, que ocorrem em outros Estados, onde o eleitor só precisa comparecer às urnas e depositar o voto.

Dessa vez, o caucus foi marcado também pelas nevascas que atingem Iowa. Estradas ficaram cobertas por gelo e, em algumas regiões, a sensação térmica foi de -42ºC.

Entre tribunais e palanques

Essa foi a primeira vez que Trump enfrentou os eleitores desde a fracassada tentativa de se reeleger em 2020, quando foi derrotado pelo democrata Joe Biden. O ex-presidente lidera com folga nas pesquisas, mas enfrenta uma série de processos na justiça e deve se dividir entre os tribunais e campanha.

Nesta terça-feira, ele deve comparecer ao tribunal em Nova York, onde o júri discute se o ex-presidente deve pagar uma indenização adicional para jornalista E. Jean Carroll, que venceu no ano passado uma ação civil contra Trump por estupro e difamação. O líder republicano já foi condenado a multa de US$ 5 milhões.

Já os democratas de Iowa estão realizando caucus e votam pelo correio até março. No entanto, esse processo está praticamente definido, já que Biden aspira a um segundo mandato.

Biden, cuja campanha anunciou nesta segunda ter arrecadado mais de 97 milhões de dólares (472 milhões de reais) no quarto trimestre de 2023 e agora tem uma cifra recorde de 117 milhões de dólares (570 milhões de reais), não tem rivais de peso. O presidente disputa a candidatura com a escritora Marianne Williamson e o congressista Dean Phillips.

Nas redes sociais, Biden, que está tentando a reeleição, reconheceu a recente vitória de Trump, a quem disse ser "claramente o líder" entre os republicanos. "Parece que Donald Trump acabou de ganhar em Iowa. Ele é claramente o líder do outro lado neste momento", disse Biden no X, em uma mensagem de arrecadação de fundos. (Com agências internacionais)

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, assinou nesta segunda, 15, o decreto que confirma a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições legislativas para 10 de março, após a renúncia, em novembro, do primeiro-ministro, o socialista António Costa.

Portugal se arrasta em uma crise política desde o início de novembro, depois de uma série de detenções que levaram ao indiciamento do chefe de gabinete de Costa e do seu ministro das Infraestruturas, João Galamba, em um caso de tráfico de influência. Na ocasião, Rebelo de Sousa já havia anunciado a decisão de dissolver o Parlamento.

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A crise política começou quando o Ministério Público português anunciou a Operação Influencer, que investiga irregularidades nos negócios de lítio e hidrogênio verde - componentes cruciais para os projetos de transição energética da União Europeia.

O caso, por sua vez, levou a uma investigação sobre Costa no Supremo Tribunal de Justiça, depois de vários suspeitos mencionarem seu envolvimento em escutas telefônicas. Duas pessoas próximas de Costa foram detidas: seu chefe de gabinete, Vítor Escária, e o consultor Diogo Lacerda Machado.

Instabilidade

O Ministério Público indicou então que o chefe do governo, à frente do país desde 2015, seria alvo de uma investigação separada. Costa anunciou imediatamente a sua renúncia e declarou que não se candidataria a outro mandato. As principais formações da oposição, tanto de esquerda quanto de direita, manifestaram apoio à convocação de eleições.

Embora tenha se declarado inocente de todas as acusações, Costa justificou sua renúncia alegando que "a dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeição sobre a sua integridade e boa conduta e menos ainda com a suspeita de qualquer ato criminal".

Segundo a imprensa local, ele é suspeito de envolvimento em caso de prevaricação, infração cometida por um funcionário eleito que intervém no âmbito das suas funções para beneficiar ou prejudicar alguém.

O Partido Socialista, que lidera as pesquisas, embora não obtenha maioria absoluta, nomeou Pedro Nuno Santos como novo secretário-geral, em dezembro. Esta é a nona vez que Portugal terá eleições antecipadas desde que a democracia foi instaurada, em 1974, após a queda da ditadura de António de Oliveira Salazar - e a segunda dissolução decretada por Rebelo de Sousa.

Favoritismo

De acordo com pesquisas recentes, o Partido Socialista ainda tem ligeiro favoritismo, mas é seguido de perto pelo Partido Social-Democrata (PSD). Nas eleições de março, em razão da turbulência política, espera-se ainda o crescimento do Chega!, grupo político nacionalista e ultraconservador liderado por André Ventura. A entrega das listas de deputados pode ser feita até o dia 29, enquanto o início da campanha eleitoral acontecerá em 25 de fevereiro. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No último trimestre de 2023, os perfis oficiais do prefeito do Recife João Campos (PSB) foram tomados por comentários de usuários de todo o país enaltecendo os trabalhos feitos por sua gestão, a maioria em tom humorístico. As contas, ao interagirem nas publicações, reagem de forma exagerada e cômica, agradecendo por todo o trabalho realizado pelo prefeito em sua gestão.  

O fenômeno se espalhou, sendo comum atualmente observar comentários desse tipo se referindo a Campos em qualquer publicação do prefeito no Instagram. Tudo começou quando vídeos de teor humorístico começaram a circular, em que se faz sátira sobre as pessoas que defendem cegamente seus políticos “favoritos”. Nesse tipo de conteúdo, é comum ser dita a frase “não fale assim do meu prefeito”, defendendo o político, mesmo que a cidade não esteja nas melhores condições estruturais. 

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No entanto, o efeito reverso aconteceu na capital pernambucana, quando o termo “meu prefeito” começou a ser utilizado, se referindo ao atual gestor municipal, devido às melhorias na cidade divulgadas nas redes. Comentários e respostas a João Campos demonstrando afeto e agradecimento cresceram ainda mais quando uma pesquisa realizada pelo Instituto RealTime Big Data da TV Record, publicada no final de dezembro, apontou que 80% dos recifenses o aprovam como gestor do município. Já no início de janeiro, outra pesquisa, realizada pela Atlasintel, indicou que João Campos é o prefeito de capital mais bem avaliado no Brasil, com 80% de aprovação na lista geral. 

Os comentários feitos pelos usuários são geralmente relacionados ao conteúdo da publicação, mas também podem vir sem um contexto específico. Em um vídeo em que Campos aparece comendo um milho, um usuário se prontifica para levar um fio dental para que ele não fique com fiapos da fruta entre os dentes. “Meu prefeito, tô levando um fio dental pra tirar os fiapos dos seus dentes, se preocupe não que eu tô chegando”, diz. 

Imagem: Reprodução/Instagram 

Outros comentários são ainda mais irreverentes, como o que se prontifica para ajudar o prefeito a mastigar a comida. “Meu prefeito, se o senho quiser eu empresto a chapa de voinha pra não desgastar seu dentinho”, diz o comentário, que no momento em que foi visto para esta matéria, contava com 6.671 curtidas. 

Imagem: Reprodução/Instagram 

Mas afinal, o que essa popularidade pode significar no longo prazo, quando se trata de política e campanha eleitoral? Ao LeiaJá, o sociólogo Maurício Garcia, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel), explica que mesmo com as novas ferramentas à disposição para se comunicar e se expressar, o comportamento humano se mantém similar ao que era antes da era da tecnologia e acesso à informação. “Antigamente esses fenômenos já ocorriam, mas o tempo e a estrutura para sua disseminação eram mais ‘orgânicos’, mais lentos e dificilmente atingiam tantas pessoas, mas já existiam”, comenta. 

“Essa identificação com João Campos só existe e se torna viral porque elas têm aderência na sociedade. As pessoas ‘compram’ essas versões e embarcam nela. Mas o grande ponto é que explodem de sucesso, tornam-se virais porque elas têm lastro, têm aderência e isso é uma conquista do carisma e, principalmente, das ações e entregas do prefeito pela cidade”, continua o especialista. 

Imagem: Reprodução/Instagram  

Equipe de marketing preparada 

Apesar de a repercussão do meme nas redes sociais do prefeito ter acontecido de forma orgânica, como comentou o sociólogo, muitas pessoas percebem que houve um grande aproveitamento por parte da equipe de marketing da gestão, que entrou na onda para criar conteúdos mais atraentes para todos os públicos. Os resultados obtidos por essa dinâmica vêm de uma combinação de fatores, que incluem o carisma do prefeito e as entregas da prefeitura. 

“(...) São ingredientes de uma bem azeitada engrenagem de comunicação que o cerca, de maneira bastante eficiente. Se ele não tivesse entregado, se ele estivesse em débito com a população, ou estivesse mentindo, mesmo que tivesse o maior carisma do mundo, não seria o sucesso que tem sido. É um bem-acabado exemplo de boa utilização do marketing governamental, ou administrativo, por enquanto diferente do marketing político, com caráter eleitoral. Mas esse já está gestado em paralelo com o administrativo. Esse é o roteiro bem-feito”, analisa Garcia. 

Imagem: Reprodução/Instagram 

Mirando a campanha eleitoral 

A crescente popularidade de João Campos nas redes, além dos bons números que ele apresenta em pesquisas oficiais, faz gerar a certeza de sua reeleição no pleito de 2024, ou ao menos ter uma boa dianteira de seus concorrentes, como explica Maurício Garcia. “A estratégia dele é acumular o máximo desse capital para entrar na campanha com ‘várias voltas à frente’ dos concorrentes. Ao ponto até, e isso claramente já está ocorrendo, de assustar os adversários e eliminá-los da disputa”, comenta. 

Imagem: Reprodução/Instagram  

No entanto, é preciso levar em consideração os públicos que de fato interagem com as publicações. É comum que os usuários que comentam no perfil do prefeito, que passou recentemente da marca de 1 milhão de seguidores, sejam de outras cidades, ou até mesmo de outros estados. Segundo a doutora em ciência política, Priscila Lapa, pensar que o bom rendimento nas redes vai reverter votos automáticos em João Campos pode ser considerado uma “ilusão”. É possível que haja uma transferência de votos por outros fatores, ela explica. 

“Quando você tem contexto de alianças políticas, quando você olha pro contexto, no caso que é uma eleição municipal, mas você tem um plano de fundo estadual, você tem um plano de fundo nacional que precisa também ser considerada porque essas orientações políticas macro também orientam o direcionamento do eleitor. A pessoa pode gostar muito da performance de João, simpatizar com agradar da forma como ele age nas redes sociais, mas não querer votar nele, não ser eleitor dele. Isso pode acontecer, isso na verdade acontece”, afirma Lapa à reportagem. 

Imagem: Reprodução/Instagram  

Para além da dianteira que um prefeito em mandato já tem, por natureza, a uma possível reeleição, Campos possui “meio caminho andado” com ajuda dessa popularidade digital, de acordo com a explicação de Lapa, mas que não necessariamente garante a vitória nas urnas. O desafio, no entanto, é ganhar outros espaços na opinião pública, protagonismo, pautar a agenda política, entre outros fatores, como diz a doutora. 

“Você precisa de recursos que geralmente garantem vitórias, que é a aliança, você precisa fazer espaços de palanque, você precisa de inserção nas comunidades, você precisa ter uma agenda clara para atender à demanda dessas comunidades, e você precisa de recurso financeiro, realmente para poder fazer entregas que possam reverter em voto. Então é um é um é meio caminho andado, cria um pioneirismo cria um favoritismo, mas não necessariamente garante a eleição da pessoa”, avalia. 

Imagem: Reprodução/Instagram  

Oposição poderá ter trabalho extra 

De fato, a corrida eleitoral de 2024 no Recife será uma arena interessante de observar, principalmente em relação a como os candidatos concorrentes vão se comportar e levantar as fraquezas de seus adversários, em especial João Campos. Priscila Lapa afirma que a atuação da oposição é um movimento natural dentro de qualquer democracia, permitindo que “existam forças de oposição atuante e que possam também influenciar o comportamento e a opinião das pessoas”. 

O que a especialista avalia, no entanto, é como esses espaços do contraditório e do questionamento serão utilizados pela oposição. “(...) o que se coloca como desafio pra essa oposição, é encontrar as lacunas de opinião pública que sejam capazes, suficientes, pra gerar um efeito contrário, um efeito de contraditar, de poder fazer com que, por exemplo, o gestor fique na defensiva, que ele saia da postura ativa que ele assumiu (...)”, comenta. 

“Por exemplo, é muito comum a oposição ganhar força e visibilidade quando ela consegue dizer que uma obra desperdiçou recurso público, ficou inacabada, quando ela foi feita de uma forma digamos assim, de alguma maneira suspeita, e aí você coloca o gestor numa posição defensiva e não mais numa posição ofensiva, pensando em estratégia. E aí desse ponto de vista a oposição sim tem tido sim muita dificuldade porque ela foi claramente colocada nessa condição reativa e não na posição pautar o comportamento do ator do executivo”, conclui. 

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Os cidadãos que pretendem votar nas eleições municipais de outubro têm menos de quatro meses para tirar o primeiro título de eleitor ou regularizar o documento. A partir de 8 de maio, o cadastro eleitoral será fechado e nenhuma alteração poderá ser feita nos registros eleitorais.

O cumprimento do prazo vale para jovens a partir de 16 anos que pretendem votar pela primeira vez e para o eleitor que está em situação irregular por ter deixado de votar e justificar ausência por três eleições consecutivas.

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Para regularizar a situação, o eleitor deve entrar no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e acessar as opções disponíveis. Para checar a situação da inscrição eleitoral, basta preencher o número do CPF.

Para tirar a primeira via do título de eleitor, os interessados podem clicar na opção título eleitoral e seguir os passos sugeridos pelo atendimento eletrônico.

No primeiro turno, que será realizado no dia 6 de outubro, os eleitores irão às urnas para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. 

O segundo turno está previsto para o dia 27 do mesmo mês em municípios com mais 200 mil eleitores em que nenhum candidato a prefeito obteve votos suficientes para vencer a disputa na primeira rodada.

O provável retorno de Marta Suplicy (sem partido) ao PT para ocupar a vice na chapa encabeçada pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL) já gera desavenças entre petistas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um dos principais entusiastas à volta da ex-senadora, porém uma ala do partido é contra a ideia, acusando Marta de traição por conta de seu voto a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff em 2016. Procurada, a ex-prefeita não foi encontrada para se manifestar até a publicação deste texto.

O dirigente nacional do PT, Valter Pomar, publicou um artigo nesta terça-feira, 9, sugerindo que o possível retorno de Marta ao PT seja decidido em votação no Diretório Nacional do partido. "Votarei contra. O motivo principal é: senadora eleita pelo PT, Marta traiu seu eleitorado e seu partido, votando a favor do golpe contra Dilma. Desconheço que ela tenha feito alguma autocrítica a respeito. E, em qualquer caso, não vejo porque trazer de volta para casa quem praticou tamanha violência".

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Líder da corrente interna petista Articulação de Esquerda (AE), Pomar é conhecido por suas posições à esquerda da tendência majoritária do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB), que tem Lula como principal integrante. Em novembro de 2019, Valter Pomar foi derrotado por Gleisi Hoffmann na disputa pela presidência do partido. Naquela ocasião, seu grupo conquistou 11,6% dos votos, ante 71,7% de Gleisi. O processo marcou a última eleição interna do PT até o momento.

Como mostrou a Coluna do Estadão, Marta e Boulos articulam um encontro presencial para selar a possível aliança nas eleições deste ano. Nesta segunda-feira, 8, a ex-senadora se reuniu com Lula no Palácio do Planalto e disse que precisa conversar com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), antes de confirmar publicamente seu retorno ao PT. Atualmente, ela é secretária de secretária de Relações Internacionais da Prefeitura.

De acordo com um dirigente petista, está "99% certo" que Marta vai deixar o secretariado de Ricardo Nunes para ser vice de seu maior adversário nas eleições municipais de 2024. Por uma questão de cortesia, falta apenas a conversa com seu chefe, o prefeito. A ex-senadora retornará ao PT após nove anos para integrar a chapa de Boulos, com o discurso de que não pode estar no mesmo palanque do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesta terça-feira, 9, em evento de anúncio de apoio do PDT à pré-candidatura do psolista, Boulos e o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que o acompanhava, pregaram que ainda não há definição sobre a presença de Marta como vice na chapa.

Marta Suplicy (sem partido) e o presidente Lula (PT) confirmam a reconciliação com o aceite da ex-petista para ser a vice-candidata à Prefeitura de São Paulo na chapa de Guilherme Boulos (PSOL). A informação é da jornalista Daniela Lima. Segundo da publicação, aliados de Boulos confirmaram a presença dela na chapa.

Após apoiar o impeachment de Dilma Rousseff, a expectativa é que a ex-ministra e ex-prefeita retorne oficialmente como um dos quadros de destaque do PT.

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Ao longo dos 33 anos filiada ao Partido dos Trabalhadores, Marta foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004. Ela também foi deputada, senadora e ministra da Cultura e do Turismo.

Atualmente, Marta é secretária de Relações Internacionais do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e deve deixar o cargo para fazer oposição ao gestor em outubro. Inclusive, ela fez campanha para chapa Bruno Covas (PSDB) e Ricardo Nunes em 2020 contra o próprio Guilherme Boulos e Luiza Erundina (PSOL).

 

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UNIÃO) revelou que planeja disputar a Presidência da República em 2026. Em entrevista à Folha de Pernambuco, o gestor disse estar maduro para assumir o país.

Caiado chegou a disputar a Presidência em 89, quando foi derrotado ainda no primeiro turno com 488.893 votos, equivalente a apenas 0,72% do eleitorado.

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"Já fui candidato a presidente com apenas 39 anos. Agora, depois de cinco mandatos de deputado federal, senador e governador, já no segundo mandato, me sinto maduro e preparado para colocar o País no rumo certo. Mas é lógico que não existe uma candidatura isolada para presidente da República, existe uma candidatura do partido e eu tenho trabalhado junto ao União Brasil para que eu possa ter a condição de sair candidato pelo partido e avançar na construção de alianças, nas coligações partidárias", assumiu o governador.

Na sua visão, os eleitores buscam um representante que assuma as promessas de campanha e governe de forma independente. "A população não suporta mais comportamentos dúbios e oportunistas em campanha. Ser um, mas na prática ser outro. O que se exige de um governante é esse nível de independência, para que possa responder à população aquilo que a população espera e aquilo que ele colocou no momento da sua candidatura”, analisou.

Considerado o governador mais popular pela pesquisa do Atlas Intel, Caiado tem a seu favor os bons resultados na segurança pública de Goiás como vitrine.

"Enfrentei sérios problemas quando cheguei ao Governo. A segurança pública era um caos completo em Goiás, Estado endividado, envolvido em corrupção, só saia na mídia nacional em situações que realmente denegriram a imagem do Estado de Goiás. Ao assumir o Governo, com a experiência de cinco mandatos de deputado federal e senador da República, com a responsabilidade e o carinho, transformei o meu Estado em uma referência nacional", complementou caiado.

Uma das medidas que poderia ser adotada para conter os golpistas do 8 de janeiro era a decretação da GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que colocaria o controle da crise no Distrito Federal nas mãos das Forças Armadas. Entretanto, o presidente Lula (PT) revelou que não quis abrir mão da sua responsabilidade e que a resposta deveria ser dada pela política.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o chefe do Executivo afirmou que a decisão sobre intervenção federal na segurança do DF ocorreu diante da atuação controversa das forças de segurança locais. O controle que se manteve com o governo federal também evitou que os militares comandassem as ações contra a invasão à Praça dos Três Poderes. Nos grupos de WhatsApp bolsonaristas se falavam em criar um ambiente instável para forçar as Forças Armadas a agir e tomar o poder.

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"Nas conversas que eu tive com o ministro Flávio Dino, e foram muitas conversas, dentre várias coisas que ele me falou, ele aventou que uma das possibilidades era fazer GLO. E eu disse ao ministro Flávio Dino que não teria GLO. Eu não faria GLO porque quem quiser o poder que dispute as eleições e ganhe, como eu ganhei as eleições[...] Por que eu, com oito dias de governo, iria dar para outras pessoas o poder de resolver uma crise que eu achava que tinha que resolver na política? E foi resolvida na política", mencionou Lula.

O presidente estava em Araraquara, no interior de São Paulo, onde via de perto os prejuízos causados pela chuva na região quando foi informado sobre a tentativa de golpe. A gravidade da situação fez pessoas próximas o aconselharem a permanecer na cidade, mas Lula quis voltar à Brasília no mesmo dia.

"Tinha gente que não queria que eu viesse para Brasília, voltasse para São Paulo. Que ao invés de eu vir de Araraquara para cá, que eu ficasse lá e eu disse: não. Eu vou para Brasília, vou para o hotel e vou para o Palácio. Eu ganhei as eleições, eu tomei posse. O povo me deu o direito de ser presidente durante quatro anos. Eu não vou fugir à minha responsabilidade", contou.

No dia seguinte, Lula convocou governadores e os chefes do Legislativo e Judiciário para um ato entre os prédios públicos da Praça dos Três Poderes que foram destruídos. "O gesto de todo mundo se encontrar aqui no Palácio do Planalto e depois visitar a Suprema Corte foi um gesto muito forte, que eu acho que é a fotografia que o povo brasileiro vai se lembrar para sempre e nunca mais a gente vai querer dar ouvidos a pessoas que não gostam de democracia", espera o presidente.

Um ano após a confusão, nesta segunda (8), um novo ato foi organizado pelo Planalto para reforçar a defesa da democracia no país. A cerimônia no Senado Federal deve contar com a presença de autoridade de todo o país.

"Eu acho que o que aconteceu pode ser um processo depurador, de quem vai fortalecer a democracia e de quem queria enfraquecer a democracia[...] Acho que nós poderemos, com o que aconteceu no dia 8 de janeiro, e com a resposta que nós demos e com a resposta que vamos dar [no próximo] dia 8, nós poderemos estar construindo a possibilidade desse país viver todo século 21 sem ter golpe de Estado”, projetou. 

Dentre os feitos da governadora Raquel Lyra (PSDB) em seu primeiro ano de mandato em Pernambuco, muito se falou das conquistas alcançadas, como os investimentos recebidos do governo federal por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de lançamentos de programas estaduais para educação e segurança pública. No entanto, diante de eleições municipais, uma possível mudança de partido político, e uma aparente batalha interminável de poderes com o legislativo estadual, a governadora terá alguns desafios para enfrentar em 2024. 

O LeiaJá conversou com o cientista político Arthur Leandro, que avaliou esses e outros pontos que poderão ser cruciais para o protagonismo de Raquel Lyra no governo do estado. 

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LeiaJá - Como ela deverá se posicionar para garantir uma maior efetividade nos diálogos com o legislativo, em comparação com o que foi alcançado (ou não) este ano? 

“Ou não” é ótimo. Eu acho que resume muito o relacionamento do governo do estado com a Casa Legislativa. O presidente Álvaro Porto é um homem da mesma legenda da governadora, mas sempre assumiu uma postura independente, se a gente quiser dizer assim, quando não, claramente hostil à liderança da governadora, não apenas no campo do partido ao qual os dois são filiados e à liderança da governadora no PSDB, mas também à agenda do governo. Então, a governadora tem uma dificuldade na construção dessa base, tanto no campo da direita, da representação mais bolsonarista, como no campo da esquerda. E não tem uma base parlamentar dentro do seu próprio partido para garantir a tramitação das matérias de interesse, essa interlocução política tão necessária. Então, a governadora ainda precisa construir, ou pelo menos pavimentar, essas alternativas que ela ensaiou ao longo de 2023, até para poder assegurar que a negociação das matérias de seu interesse não seja majorada pela dificuldade de articulação política. Até porque o fato é que ele goza de limitações, do ponto de vista orçamentário, para a realização de projetos, e a governadora certamente não vai conseguir resultados político eleitorais compatíveis com suas aspirações se ela tiver a agenda fiscal como único mecanismo de ação. Cortar gastos tem um impacto financeiro, orçamentário, mas também tem um custo político, do ponto de vista de viabilidade da agenda, e a governadora precisa estar atenta a essas questões. 

LJ - Ainda se fala da possibilidade de Lyra sair do PSDB. Ela voltaria para o PDT? PSD? Quais as opções possíveis? 

A governadora conseguiu emplacar um aliado na presidência do PSDB [Fred Loyo], mas ela, de fato, tem uma preocupação com a expressividade da legenda, tanto no estado como no cenário nacional. Estar no PSDB traz para Raquel um esforço de coordenação política, ela precisa investir nessa liderança sem a garantia de que a legenda vai devolver para ela nada compatível com o esforço da presidência. Então o afastamento dela da presidência do partido já sinaliza nessa direção. O que terminou gerando essa movimentação, do jeito que aconteceu, terminou gerando dificuldades com o presidente da Alepe, que tinha pretensão de ser o presidente do partido. Então a saída de Raquel é perfeitamente plausível. Ela não sai da liderança, não designa o seu sucessor, se não tivesse a intenção de se afastar. Não se sabe se o PDT seria um caminho, um espaço viável, se fala também do PSD, mas o fato é que a governadora, é razoável supor, vá se afastar do partido, principalmente em função da necessidade de construir um plano de trabalho para as eleições municipais deste ano. A governadora precisa estar em uma posição política que a habilite exercer essa influência que o cargo do governador inspira. O cargo de governador tem uma relevância porque nele se consegue fazer investimentos, ter uma relação direta com vereadores, deputados, prefeitos, etc. Então, Raquel precisa se posicionar de modo a exercer mais plenamente essa liderança que o cargo lhe faculta. E ela não consegue fazer isso no PSDB. 

LJ - Quem terá seu apoio nas eleições municipais?  

Resta à governadora o dilema. Não é exatamente um dilema ainda, mas ela precisa se posicionar se vai promover uma candidatura, no sentido de tentar se empoderar politicamente na capital, ou se ela vai apoiar candidaturas de outras forças políticas, no sentido de conseguir alianças para revalorizar a sua base de apoio, reforçar os apoios que ela conseguiu para a eleição anterior. Ou fazer as duas coisas. Ainda existe essa possibilidade de lançar e ao mesmo tempo tentar renegociar esses apoios num eventual segundo turno, principalmente nas cidades que a gente tem a possibilidade de segundo turno em Pernambuco. O apoio da governadora, como a gente falou, é muito relevante, é muito expressivo nas eleições municipais, embora hoje seja bem menos do que já foi no passado. Por uma razão simples, o financiamento dos investimentos municipais hoje se dá basicamente em função dos apoios das emendas parlamentares. O investimento direto do governo estadual reduziu a sua fatia. Então essa moeda que os governadores têm, de uma maneira geral, perdeu a importância relativa ao longo dos anos. Mas ainda assim, o apoio da governadora faz diferença, do ponto de vista da viabilização das candidaturas locais, principalmente naqueles menores municípios em que a disponibilidade dos recursos federais via emenda ainda é menor do que nos municípios de mais destaque. Esses municípios maiores como Recife, Olinda, Jaboatão têm a possibilidade de receber as emendas tanto pelo seu peso político, porque eles são base de um número muito grande de candidatos e de deputados de uma maneira geral, mas também porque esses municípios maiores têm capacidade de arrecadação. Então o peso da governadora se faz especialmente relevante nos municípios menores. Em resumo, a governadora vai decidir se ela lança uma candidatura própria, uma candidatura com a marca do palácio à prefeitura do Recife em 2024. A gente depende muito do que deve acontecer aí nas nos próximos meses, principalmente janeiro e fevereiro, em termos de sinalização política para a eleição do ano que vem. A segunda opção é apoiar um terceiro grupo, e a terceira situação seria exatamente lançar uma candidatura e usar essa candidatura até pra pressionar a estrutura, o arco de alianças para essa disputa principal, que é exatamente a disputa pela reeleição em 2026.  

LJ - No que pode influenciar a aprovação e a desaprovação popular da governadora nas eleições de 2024, e também na construção do seu palanque de reeleição em 26? 

A situação da governadora é intermediária. Ela tem desaprovação, mas ela também tem um capital eleitoral junto à opinião pública, até um acolhimento que pode ser revertido, pode ser capitalizado, em função dos resultados ou dos potenciais resultados dos programas e das ações que ela anunciou agora no fim do ano e para o ano que vem. A governadora joga com as possibilidades, com a reação da opinião pública em relação aos resultados das suas últimas medidas. Ela tinha a expectativa clara de que a posição dela fosse melhor. Mas aparentemente o governo Raquel Lyra, em função dessa dificuldade de articulação, seja na Alepe, seja no relacionamento com a opinião pública de uma forma geral. Veja a diferença da estratégia de marketing, na eficácia dos instrumentos utilizados pelo prefeito João Campos (PSB) e pela governadora Raquel Lyra. João Campos é um homem do TikTok, do Instagram, etc. Raquel tem uma dificuldade muito grande de se comunicar, de utilizar esses recursos para viabilizar tanto a aprovação como apoio popular. Então ela tem uma situação que é intermediária do ponto de vista dos últimos levantamentos que foram feitos sobre sua aprovação, mas ela certamente poderia ter um desempenho maior e melhor. Esse espaço entre a posição ideal de aprovação para governadora e o desempenho real que ela tem, manifesta o motivo de preocupação e pode sim desvalorizar, diga-se assim, o valor agregado do apoio da governadora. 

 

Uma pesquisa aponta que 80% dos recifenses aprovam a gestão do prefeito João Campos (PSB). O levantamento foi realizado pelo Instituto RealTime Big Data, a pedido da TV Record. Já o índice de rejeição é de 18%, enquanto o restante (2%) não soube ou não quis se posicionar.

A mesma pesquisa mostra que João levaria com folga as próximas Eleições, que acontecem em 2024. O prefeito seria reeleito em todos os cenários, ainda no primeiro turno do pleito. A vitória seria de pelo menos 57 pontos percentuais a mais em relação ao segundo colocado.

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Primeiro cenário

No primeiro cenário, o filho de Eduardo Campos tem 67%, contra 10% do petista João Paulo. Daniel Coelho (Cidadania, com 4%), Priscila Krause (Cidadania, com 4%), Gilson Machado (PL, também com 4%) e Dani Portela (PSOL, com 1%) completariam a lista. Brancos e nulos chegam a 6%, enquanto 2% não opinaram.

Segundo cenário

No cenário subsequente, com João Paulo e Priscila Krause fora do certame, João Campos teria 72% dos votos válidos, à frente de Daniel Coelho (8%), Gilson Machado (6%) e Dani Portela (3%). Brancos e nulos somam  6%, com 4% de abstenção.

Terceiro cenário

Já no terceiro cenário, sem contar com os nomes de Daniel Coelho e João Paulo, o atual Prefeito soma 68% das intenções de voto. Priscila Krause (7%), Gilson Machado (7%) e Dani Portela (3%) aparecem na sequência, tendo 6% dos votos brancos e nulos e 3% dos que não souberam ou preferiram não responder.

Quarto cenário

Caso Priscila Krause não dispute o pleito, João teria os mesmos 68% do cenário anterior, seguido por João Paulo (10%), Daniel Coelho (6%), Gilson Machado (5%) e Dani Portela (1%). Brancos e nulos atingem a casa dos 6%, enquanto os outros 4% não responderam.

Quinto cenário

Tendo Daniel Coelho fora do certame, Campos teria 69% das intenções de voto. Na sequência, vêm João Paulo (10%) Gilson Machado (5%), Priscila Krause (4%) e Dani Portela (1%), com brancos e nulos e os que não souberam responder somando 6% e 5%, respectivamente.

O pré-candidato à Prefeitura de Guarujá, no litoral de São Paulo, Thiago Rodrigues foi morto a tiros na madrugada desta quinta (28). Ele participava de uma confraternização e foi assassinado do lado de fora da festa.

O empresário e jornalista de 34 anos se filiou ao Rede Sustentabilidade no fim de novembro junto com o anúncio da pré-candidatura ao município. Ele curtia a festa quando foi chamado para fora da casa de eventos. Thiago saiu acompanhado por um homem ainda não identificado e surpreendido por um ciclista que teria se aproximado e efetuado os disparos, no bairro Paecara, no distrito de Vicente de Carvalho.

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Ele foi atingido e correu, mas caiu durante a fuga e foi alcançado pelo atirador, que efetuou mais disparos. O boletim de ocorrência contabilizou nove ferimentos de bala espalhados pelo tórax, costas, perna e no braço direito do jornalista.

A polícia verificou que o carro da vítima teve o pneu traseiro esvaziado. O veículo e dois celulares de Thiago foram apreendidos e devem passar por perícia. O homicídio foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá, mas será tocado pelo 2º Departamento de Polícia da cidade.

A Suprema Corte de Michigan, nos Estados Unidos, rejeitou nesta quarta-feira (27) um recurso que pedia a desqualificação do ex-presidente Donald Trump para as primárias eleitorais nesse estado em 2024 por seu papel na invasão do Capitólio, há três anos.

Essa é a mais recente de uma série de contestações legais apresentadas em vários estados do país para impedir que Trump apareça nas cédulas de votação das primárias republicanas no ano que vem, devido a seus esforços para reverter sua derrota para o democrata Joe Biden em 2020 e aos distúrbios em Washington, D.C., em janeiro de 2021.

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Esses recursos se baseiam na 14ª Emenda da Constituição americana, segundo a qual os funcionários que juram apoiar a Carta Magna podem ser impedidos de ocupar cargos futuros, se for comprovada a "participação em uma insurreição".

A mais alta corte de Michigan decidiu, em uma breve sentença, que "não estava convencida de que as questões apresentadas deveriam ser respondidas por esse tribunal".

Tribunais de instâncias inferiores desse estado rejeitaram o caso por motivos de procedimento no início do processo, que foi confirmado em recurso. Isto significa que nunca se abordou a questão sobre se Trump participou, ou não, da insurreição.

Até o momento grande favorito dos republicanos para 2024, Trump celebrou a decisão de Michigan e classificou as tentativas de tirá-lo da disputa como "uma manobra patética para fraudar a eleição".

A decisão desta quarta-feira se contrapõe ao anúncio recente da Suprema Corte do Colorado, que ordenou a exclusão de Trump das cédulas para as primárias, por seu papel nos tumultos protagonizados pelos seus apoiadores. Seus detratores afirmam que o ex-presidente incitou, com discursos feitos antes da invasão ao Congresso, que se impedisse a certificação de Biden como presidente.

A Justiça do Colorado congelou sua decisão até 4 de janeiro, em antecipação a um esperado recurso dos advogados de Trump à Suprema Corte dos EUA.

O processo de Michigan foi apresentado em setembro pelo Free Speech For People, um grupo de defesa da democracia que também entrou, sem sucesso, com ações contra Trump nos estados de Minnesota e Oregon.

Mais de 1.100 pessoas foram acusadas pelo ataque de 6 de janeiro à sede do Poder Legislativo americano, um ato que conseguiu atrasar por várias horas a certificação de Biden.

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