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O Conselho da Federação, a Câmara Alta do Parlamento da Rússia, decidiu nesta quinta-feira que as próximas eleições presidenciais no país acontecerão em 17 de março de 2024.

Em uma reunião exibida ao vivo pela televisão pública, os senadores definiram a data por unanimidade, "uma decisão que praticamente inicia a campanha presidencial", afirmou a presidente do Conselho da Federação, Valentina Matvienko.

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As eleições "serão uma espécie de culminação da reunificação" com a Rússia das regiões ucranianas de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, das quais Moscou anunciou a anexação, acrescentou.

As eleições acontecerão pouco depois do segundo aniversário do início da ofensiva russa na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 e provocou uma série de sanções sem precedentes contra a Rússia.

"Apesar das circunstâncias externas difíceis e das tentativas do inimigo de enfraquecer a Rússia, permanecemos fiéis aos nossos principais valores constitucionais e garantimos todos os direitos e liberdades dos cidadãos", declarou Matvienko.

"Nossos cidadãos estão mais unidos do que nunca" com o governo do presidente Vladimir Putin. "O trabalho do Estado é mostrar-se digno desta confiança, impedir qualquer provocação", acrescentou.

Putin ainda não é oficialmente candidato para um novo mandato, mas a reforma constitucional de 2020 permite que ele concorra novamente. Ele pode permanecer no poder até 2036.

Uma faixa do presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, de 80 anos, está pendurada em um prédio em ruínas em Mbare, um subúrbio pobre da capital Harare, na qual ele pede um novo mandato na eleição de quarta-feira (23).

O Zimbábue sofre graves problemas econômicos e muitos habitantes desse país do sul da África depositam as suas esperanças de um futuro melhor nas eleições presidenciais.

A votação, na qual estão inscritos 6,6 milhões de zimbabuenses, dividiu o país.

No geral, as cidades costumam ser redutos da oposição e as áreas rurais são controladas pelo partido governista Zanu-PF, no poder desde a independência. Mas Mbare, o subúrbio mais antigo de Harare, é visto como um campo de batalha para as eleições.

"As estradas não são boas, as escolas não são boas, nossa economia não é boa, esperamos que tudo isso mude!", disse à AFP Tendai Kativhu, um carpinteiro que veio ao mercado de Mbare com os filhos.

Poucos o dizem abertamente, mas a mudança que muitos aqui esperam é representada por Nelson Chamisa, líder da oposição, cuja figura aparece pintada em pequenos cartazes amarelos colados por toda parte.

Mas depois de uma campanha marcada por manifestações proibidas e prisões de vários opositores, em um país com um longo histórico de eleições manchadas por irregularidades, poucos acreditam na vitória do advogado e pastor de 45 anos.

A Human Rights Watch previu um "processo eleitoral muito falho" e incompatível com um voto livre ou igualitário.

A Coalizão de Cidadãos pela Mudança (CCC), de Chamisa, o "Triplo C" como é conhecido nas ruas, se queixa de ser prejudicada pelas autoridades por meio de intimidação, eventos boicotados e invisibilidade na televisão pública.

- Irregularidades eleitorais -

Foram encontradas graves irregularidades nas listas eleitorais, o que gera temores de que a eleição já esteja decidida. Apesar disso, a oposição espera capitalizar o forte descontentamento e levar a vitória.

Orador talentoso, Chamisa perdeu por pouco para Mnangagwa em 2018, uma derrota que questionou. Dois dias após as eleições, o Exército disparou contra os manifestantes e deixou seis mortos.

Durante aquela primeira eleição após o longo governo autoritário de Robert Mugabe, havia uma forte esperança de liberdade, que logo se desvaneceu.

A situação se deteriorou desde então. O Parlamento adotou leis que, segundo grupos de direitos humanos, controlam a sociedade civil e limitam qualquer crítica ao governo.

A economia não decolou, apesar da declaração de Mnangagwa de que o Zimbábue estava "aberto para negócios". Anos de má administração levaram os investidores a evitar o país.

A economia e o desemprego são as principais preocupações dos eleitores, segundo uma pesquisa recente, que também mostra que uma maioria esmagadora desaprova a gestão do atual governo.

A inflação neste país agrícola e rico em minerais, de mais de 15 milhões de habitantes, foi de 101% em julho, segundo dados oficiais. Alguns economistas consideram o valor real mais alto.

No Zimbábue, o presidente é eleito por maioria absoluta. Se nenhum candidato obtiver 50% dos votos mais um, será organizado um segundo turno.

Um projeto de pesquisa sobre o Facebook em torno das eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos publicou seus primeiros resultados nesta quinta-feira (27), que, contra todas as previsões, apontam que o algoritmo da rede social não influencia a opinião de seus usuários.

O trabalho é resultado da colaboração entre a Meta - empresa que controla o Facebook, o Instagram e o WhatsApp - e um grupo de acadêmicos de universidades americanas. Eles receberam amplo acesso a dados internos da companhia e inscreveram dezenas de milhares de usuários para realizar experimentos.

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A equipe acadêmica escreveu quatro artigos sobre o papel do gigante das redes sociais na democracia dos EUA, que foram publicados nas revistas científicas Science e Nature.

Em geral, o algoritmo acabou sendo "extremamente influente nas experiências das pessoas na plataforma", afirmaram os diretores do projeto, Talia Stroud, da Universidade do Texas em Austin, e Joshua Tucker, da Universidade de Nova York.

"Mas também sabemos que mudar o algoritmo mesmo por alguns meses não é provável que mude as atitudes políticas das pessoas", disseram, de acordo com as respostas dos usuários em pesquisas após participarem de experimentos com duração de três meses.

Os autores reconheceram que essa conclusão pode ser devido ao fato de que as mudanças não tiveram tempo suficiente para terem efeito, uma vez que o país vem se polarizando cada vez mais há décadas.

No entanto, "esses resultados questionam as narrativas populares que culpam as câmaras de eco das redes sociais pelos problemas da democracia americana contemporânea", escreveram os autores de um dos artigos publicados na Nature.

- Bolhas -

O algoritmo do Facebook utiliza aprendizado de máquina para decidir quais publicações aparecem primeiro nos feeds dos usuários com base em seus interesses. Ele tem sido acusado de criar "bolhas de filtros" e permitir a disseminação de informações incorretas.

Os pesquisadores recrutaram cerca de 40 mil voluntários por meio de convites em seus perfis do Facebook e Instagram e projetaram um experimento em que um grupo era exposto ao algoritmo normal, enquanto o outro via as publicações ordenadas das mais recentes às mais antigas.

Originalmente, o Facebook utilizava um sistema cronológico reverso e alguns observadores sugeriram que retornar a ele reduziria os efeitos prejudiciais das redes sociais.

A equipe descobriu que os usuários do grupo com feed cronológico passavam metade do tempo no Facebook e Instagram em comparação com os do grupo com o algoritmo.

No Facebook, os participantes com o feed cronológico viram mais conteúdos de amigos moderados, bem como mais fontes com audiências ideologicamente mistas. Mas o feed cronológico também aumentou a quantidade de conteúdo político e pouco confiável visto pelos usuários.

Apesar das diferenças, as mudanças não provocaram alterações detectáveis nas atitudes políticas medidas.

A Meta recebeu as conclusões gerais com satisfação. "Elas se somam a um número crescente de pesquisas que demonstram que há poucas evidências de que as redes sociais causem uma polarização prejudicial ou tenham um impacto significativo em atitudes, crenças ou comportamentos políticos chave", disse Nick Clegg, presidente de Assuntos Globais da Meta.

O candidato da extrema-direita às eleições presidenciais no Paraguai, Paraguayo Cubas (Cruzada Nacional), considerado no Brasil como o “Bolsonaro paraguaio”, subiu oito pontos percentuais na última pesquisa prévia, apresentada nesta terça-feira (25). A eleição acontece em todo o país no próximo domingo (30), e ele figura em terceiro lugar na corrida presidencial.

Cubas já protagonizou cenas polêmicas em relação a seus posicionamentos políticos, como em 2019, quando ameaçou matar “100 mil brasileiros bandidos”, durante uma ação policial paraguiai contra a exploração ilegal de madeira em território brasileiro. O caso aconteceu em uma fazendo no município de Minga Porã, Departamento do Alto Paraná.

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O candidato já se declarou contra democracias em outros países, e tem levantado o debate da polarização política no Paraguai. Na frente dele nas pesquisas estão Efraín Alegre do Partido Liberal Radical Autêntico, e Santiago Peña, do governista Partido Colorado. Eles se encontram tecnicamente empatados, com 34% e 33%, respectivamente.

A contagem de votos começou neste sábado (25) na Nigéria, após a realização de eleições presidenciais sem um favorito claro entre os três principais candidatos para chefiar o país mais populoso da África, mergulhado em uma grave crise econômica e de segurança.

As seções eleitorais fecharam às 14h30 locais (10h30 de Brasília), em um dia sem grandes incidentes, mas com atrasos na abertura de alguns locais de votação.

A publicação da apuração final deve ocorrer no prazo de duas semanas, embora a Comissão Eleitoral tenha prometido se esforçar para divulgá-la o mais rapidamente possível.

Tampouco são conhecidos os dados de participação entre os 87 milhões de nigerianos aptos a votar em um país com altas taxas de absenteísmo. Nas presidenciais de 2019, apenas 33% dos inscritos foram às urnas.

O presidente em fim de mandato, Muhammadu Buhari, de 80 anos, há oito no poder, não está na disputa porque atingiu o limite determinado pela Constituição de dois mandatos.

Sua presidência foi marcada por um aumento explosivo da violência e da pobreza no país, maior produtor de petróleo do continente, onde 60% de seus 216 milhões de habitantes têm menos de 25 anos.

Pela primeira vez desde a instauração da democracia em 1999, o pleito, com três candidatos fortes, pode ser definido no segundo turno.

"Um, dois, três!", contava um grupo de eleitores em uma seção em Port Hartcourt (sudeste), à medida que os agentes eleitorais contavam os votos.

"Quero garantir que estas eleições sejam transparentes, livres e justas", disse Juliette Ogbonda, de 30 anos, uma recepcionista que decidiu permanecer em uma seção após votar para acompanhar a apuração, em um país marcado no passado por problemas de fraude eleitoral.

- Surgimento de um candidato alternativo -

A campanha foi marcada pelo avanço de Peter Obi, 61 anos, popular ex-governador de Anambra (sudeste). O candidato do Partido Trabalhista (PL) apresentou promessas de mudança e ameaça a hegemonia dos dois partidos tradicionais na ex-colônia britânica, independente desde 1960.

"Se estas eleições forem livres e confiáveis, acredito que posso vencer", disse Obi à AFP após ter votado em sua cidade natal, Amatutu.

O Congresso de Todos os Progressistas (APC), partido de Buhari, apresenta como candidato à sucessão Bola Tinubu, 70 anos, apelidado de "o padrinho" por sua enorme influência política.

O Partido Democrático Popular (PDP) apresenta a candidatura do ex-vice-presidente (1999-2007) Atiku Abubakar, 76 anos, que tentará pela sexta vez chegar ao posto de chefe de Estado.

"Estas eleições são mais confiáveis do que as anteriores", afirmou Abubakar após votar.

Além dos três favoritos, outros 15 candidatos se apresentaram nestas eleições.

Em caso de segundo turno, a votação deve acontecer 21 dias após o anúncio dos resultados.

As eleições são acompanhadas com atenção fora da Nigéria, depois dos golpes de Estado no Mali e em Burkina Faso que colocaram em xeque a democracia na África Ocidental, que também enfrenta a propagação dos grupos armados islamitas.

- Desafios -

O vencedor da eleição terá que enfrentar os muitos problemas da maior economia da África, que vão da inflação e aumento da pobreza até a falta de segurança e a violência fundamentalista, passando por um movimento separatista no sudeste.

"Não temos combustível, não temos comida. Todos sofrem", declarou na véspera da votação Abdulahi Audu, 31 anos, morador de Lagos, capital econômica do país. Ele disse que pretendia votar porque "o país precisa de uma mudança".

A campanha também foi marcada por ataques contra candidatos, ativistas, delegacias de polícia e locais de votação.

O governo mobilizou 400.000 membros das forças de segurança em todo o país.

A Comissão Eleitoral reportou alguns incidentes durante o dia de votação, como tentativas de intimidação e agressões por parte de criminosos em algumas seções.

A identificação dos eleitores por reconhecimento facial e digital, e a transmissão dos resultados por via eletrônica, devem limitar o risco de fraudes como as que afetaram as eleições anteriores, destacou a Comissão Eleitoral.

Mas o uso de novas tecnologias, algo inédito em escala nacional, provoca o temor de falhas no sistema.

Também influenciam fatores étnicos e religiosos, em um país que abriga 250 etnias, divididas entre o norte, majoritariamente muçulmano, e o sul, de maioria cristã.

Hospitais públicos de seis cidades de Santa Catarina tiveram que adiar, entre última segunda-feira (31) e a manhã desta quinta-feira (3), ao menos 47 cirurgias eletivas, devido ao bloqueio de rodovias federais por manifestantes que não aceitam o resultado das eleições presidenciais. 

Segundo a secretaria estadual de Saúde, os protestos também atrasaram a distribuição de vacinas na segunda-feira, dia em que 91.192 doses de imunizantes foram despachadas de São José com destino a Araranguá, Criciúma e Tubarão. Após duas horas retido no trânsito, o veículo que transportava os medicamentos teve que retornar à central para evitar que o calor inutilizasse as vacinas.

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Após suspender temporariamente o envio dos imunizantes para os municípios e reprogramar algumas das rotas usadas, a secretaria estadual retomou hoje (3) a distribuição das vacinas por duas rotas: uma que atende as regionais de Tubarão, Criciúma e Araranguá e outra que abastece Lages e Rio do Sul. Apesar do transtorno, o órgão informou que, até o momento, nenhum hospital público estadual notificou qualquer caso severo de desabastecimento de insumos ou medicamentos. 

Já em relação às cirurgias eletivas, a secretaria explicou que os 47 procedimentos adiados deveriam ter ocorridos até na terça-feira (1º). O número que se manteve, desde então, porque em função do feriado não foram agendadas cirurgias para a quarta-feira, quando os órgãos de segurança pública começaram a liberar o tráfego de veículos e a situação nas rodovias começou a se normalizar. 

Apesar disso, em nota divulgada hoje, a secretaria pediu que os pacientes que ainda enfrentam dificuldade de deslocamento, devido às manifestações, entrem em contato com as unidades de saúde para receber orientações. 

Até terça-feira, os hospitais Nossa Senhora das Graças, em Bom Retiro, e Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, desmarcaram, cada um, dez cirurgias eletivas. Já as unidades São Marcos, em Nova Veneza, e Nossa Senhora da Penha, em Penha, suspenderam oito procedimentos cada uma. No Hospital Municipal Santo Antônio, de Itapema, foram suspensas outras seis cirurgias eletivas e no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, mais cinco. 

Segundo o mais recente boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), até as 17h de hoje, três trechos de rodovias federais parcialmente interditados em Santa Catarina: no km 6 da BR-101, em Garuva; no km 158 da BR-470, em Trombudo Central, e no km 173 da mesma BR-470, em Pouso Redondo

O ator Leonardo DiCaprio fez um pedido surpreendente no Twitter, na última quinta (28). Mostrando-se atento ao que acontece ao redor do globo, ele fez um apelo aos jovens brasileiros convocando-os a comparecerem às urnas em outubro de 2022. Leo até compartilhou o site pelo qual os adolescentes podem tirar o título de eleitor.

Em sua publicação, DiCaprio falou sobre a Amazônia e a necessidade de proteger os ecossistemas do mundo e disse que as decisões tomadas nas eleições brasileiras podem impactar todo o mundo. "O Brasil abriga a Amazônia e outros ecossistemas críticos para as mudanças climáticas. O que acontece lá é importante para todos nós e o voto dos jovens é fundamental para impulsionar a mudança para um planeta saudável".

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Além disso, o ator americano compartilhou o site pelo qual os adolescentes podem tirar o título de eleitor e a data limite para que a solicitação do documento seja feita. Jovens de 16 e 17 anos podem fazer o requerimento do título até o dia quatro de maio. 

Um levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como favorito entre os eleitores do estado de Pernambuco. Na pesquisa, ele aparece com 54,2% das intenções de votos. Já o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) surge logo em seguida com 23,4%. 

A pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, ouviu 1.510 eleitores com 16 anos ou mais, em 58 cidades pernambucanas, entre 19 e 24 de março. Foi testado um cenário com sete pré-candidatos. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos.

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O levantamento, divulgado neste sábado (26), mostra o ex-presidente Lula na liderança, com 54,2%, seguido por Jair Bolsonaro, com 23,4%. Na sequência, vêm os ex-ministros Ciro Gomes (PDT), com 5%, e Sérgio Moro (Podemos), com 3,4%, um empate técnico dentro da margem de erro. 

Empatam com Ciro e Moro, ainda dentro na margem de erro, o deputado federal André Janones (Avante), com 1,5%, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 0,9%, a senadora Simone Tebet (MDB), com 0,3%, e o cientista político Luiz Felipe D'Ávila, com 0,1%.

Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as pesquisas de intenção de voto mostram um povo “de saco cheio” do presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita em entrevista nesta terça-feira (1º) ao Show do Antonio Carlos, da Super Rádio Tupi. 

“A pesquisa é uma fotografia do momento em que ela é feita. Elas são muito variadas; tem pesquisa feita pela internet, por telefone, presencialmente. Acho que as pesquisas estão mostrando algo que é a mais pura verdade. O povo está cansado e de saco cheio de Bolsonaro. O povo quer alguém que dê um pouco de confiança e esperança, quer realizar sonhos porque o governo Bolsonaro é um pesadelo”, comentou Lula. 

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O líder petista, apesar do destaque entre os pré-candidatos, diz ainda não saber se deve oficializar a candidatura. De acordo com a última pesquisa do Ipespe, da quinta-feira (27), Lula tem 44% e Bolsonaro, 24%. “Eu ainda não decidi a minha candidatura, mas acho que as coisas estão caminhando bem. Nós estamos discutindo aliança com algum partido político. Se discute muito o nome do ex-governador Alckmin, mas ele ainda não tem um partido político. Quando eu decidir, e ele decidir o partido, quem sabe a gente não consiga concretizar uma aliança política”, ressaltou. 

Uma outra aliança que deve decolar é a do PT com o deputado federal Marcelo Freixo, atualmente no PSB. O ex-psolista deverá tentar vaga no Executivo para o governo carioca. “O Freixo é um extraordinário candidato para o Rio de Janeiro e para qualquer outro estado do Brasil, porque o Freixo é uma pessoa altamente qualificada e tem demonstrado sua luta em defesa da paz, da harmonia e do desenvolvimento do Rio de Janeiro", declarou o petista. 

Lula sinalizou também que o deputado estadual André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deve concorrer ao Senado. Ceciliano era cotado ao Executivo e poderia ser uma das apostas do Partido dos Trabalhadores. 

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O esquerdista Gabriel Boric venceu o ultradireitista José Antonio Kast neste domingo, 19, tornando-se o presidente mais jovem do Chile desde a redemocratização do país. Com 70% das urnas apuradas, Boric INHA uma vantagem de 500 mil votos em relação ao seu adversário. O resultado era esperado, já que as últimas pesquisas de opinião davam uma pequena margem de vitória ao esquerdista.

O novo governo assumirá o comando do Chile em março do próximo ano e encontrará pela frente uma série de desafios: a unificação do país, após uma campanha marcada pela polarização, a inflação e a implementação das regras da nova Constituição chilena, que começou a ser elaborada este ano e pode entrar em vigor em 2022.

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Boric, um deputado de 35 anos - a idade mínima para se candidatar - , vinculado aos protestos massivos de 2019, defendeu em sua campanha um Estado de bem-estar com atenção especial às pautas feminista, ambientalista e regionalista. Kast, um advogado católico de 55 anos, levantava as bandeiras da redução do Estado e dos impostos, do combate à migração irregular e dos valores tradicionais.

De olho em conquistar os eleitores de centro, os dois candidatos vinham buscando moderação desde o fim do primeiro turno. "Boric adotou parte do discurso de Kast sobre ‘ordem social’ e teve que mudar o conceito de ‘refundação’, com o qual trabalhava, para o de ‘reforma’, com uma orientação mais social-democrata", afirma o sociólogo do Centro de Estudios Publicos Aldo Mascareña. "Kast, por sua vez, foi orientado a oferecer garantias de que os direitos conquistados no Chile não recuariam, mantendo sua ênfase na segurança."

Essa moderação pode ajudar a conquistar a governabilidade e unir o país. Boric não terá apoio suficiente para garantir maioria simples na Câmara dos Deputados. A aliança Aprovo Dignidade, pela qual se elegeu, alcançou apenas 37 cadeiras, bem abaixo dos 55 deputados necessários para garantir maioria simples. O bloco Fuerza Social Cristiana, que apoiou a candidatura de Kast, conquistou apenas 15 cadeiras, e só poderia governar se construísse alianças com o Chile Podemos Más, dono de 53 cadeiras.

Além disso, Boric terá o desafio de conquistar o eleitorado chileno, que não manifestou apoio massivo nem a sua candidatura nem à de José Antonio Kast. Mais da metade da população apta a votar não compareceu às urnas no primeiro turno, e entre os votantes, cerca de 20% estavam indecisos ou pretendiam votar branco ou nulo no segundo turno, de acordo com uma pesquisa da AtlasIntel realizada entre os dias 1 e 4 de dezembro.

A inflação será outro grande problema. O país está sob pressão há meses e o orçamento das famílias começa a ser atingido. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Chile subiu 0,5% em novembro, acumulando 6,3% neste ano e 6,7% em 12 meses, no maior valor desde dezembro de 2008. Nesta semana, o Banco Central acelerou a retirada de estímulo monetário e elevou a taxa básica de juros em 125 pontos, maior índice desde 2014, para tentar conter a inflação. A previsão, informou o Banco Central, é de que a economia cresça entre 1,5 e 2,5% em 2022 e 0,0 e 1,0% em 2023.

A implementação da nova Constituição também pode ser um dilema. Com possibilidade de ser implementada ainda em 2022, ela irá condicionar o mandato do próximo presidente, que começará a governar com as normas atuais mas será responsável por implementar as novas normas e fazer uma verdadeira transição no país. Seu texto pode inclusive tornar o governo provisório ou modificar sua forma, passando do atual regime presidencial para um semipresidencial, por exemplo.

Além disso, a Convenção Constitucional que redige a nova Carta Magna é de maioria progressista. Embora Boric esteja mais alinhado aos valores da Convenção que Kast, ele também deve ter dificuldades para conciliar as coisas, diz Kenneth Bunker, analista político e fundador do site TresQuintos. "A Convenção claramente está mais à esquerda que Kast, mas também está mais à esquerda que Boric", afirma. "Ela é muito semelhante ao programa de Boric no primeiro turno, mas seu novo programa, apresentado para o segundo turno e trabalhado para mostrar moderação, o posicionou mais ao centro do que a Convenção."

Votação

A votação foi iniciada às 8h deste domingo (horário local, também 8h no Brasil) em mais de 2.500 centros abertos em todo o país. Embora mais de 15 milhões de chilenos estivessem aptos a votar, esperava-se uma alta abstenção, aos moldes do que aconteceu no primeiro turno. Os dados oficiais ainda não foram divulgados.

O processo eleitoral registrou ao menos um grande incidente. No fim da manhã, eleitores denunciaram problemas com o transporte público,enquanto tentam se locomover aos centros de votação. Pontos de ônibus em diversas regiões da cidade registravam grandes filas, em uma cena que se repetiu em outras cidades. Os prefeitos de Santiago, Quilpué e Maipu protestaram contra a situação.

As campanhas dos dois candidatos se manifestaram sobre o caso. Boric afirmou que menos de 50% do transporte público estava funcionando no país e chegou a afirmar que o governo do presidente, Sebastián Piñera, buscava "boicotar" as eleições. "Mais adiante, veremos as responsabilidades. O importante agora é garantir o voto", disse o candidato. Kast se manifestou mais tarde, dizendo "É um dia que todos temos que colaborar. A nós, interessa que grande parte das pessoas vá votar."

A ministra dos Transportes, Gloria Hutt, reconheceu o problema ao longo do dia. "Há episódio de congestionamentos em vias importantes, e isso afeta a fluidez dos trajetos do transporte público, quando não há via exclusiva. Com isso, os tempos de espera aumentaram", disse em entrevista coletiva.

O porta-voz do governo, Jaime Bellolio, por sua vez, negou as acusações de que há uma estratégia em prática para que as pessoas não votem neste segundo turno. "Temos cerca de 75% mais ônibus circulando do que em um domingo normal", disse o representante do Executivo.

Milhões de chilenos vão às urnas neste domingo, 19, para escolher o novo mandatário do país. Na disputa, estão os candidatos Gabriel Boric, de esquerda, e José Antonio Kast, representante da ultradireita. Estas eleições são consideradas as mais polarizadas desde o retorno do país à democracia, em 1988.

Pesquisas de opinião dão vitória a Boric, mas divergem na vantagem, que pode ir de 5 a 14 pontos. Especialistas afirmam, no entanto, que as perspectivas são muito incertas e que o resultado será definido voto a voto, levando em conta a estreita margem entre os dois candidatos no primeiro turno: 2 pontos percentuais.

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Boric, um deputado de 35 anos - a idade mínima para se candidatar - , vinculado aos protestos massivos de 2019, defende um Estado de bem-estar com atenção especial às pautas feminista, ambientalista e regionalista. Kast, um advogado católico de 55 anos, defende a redução do Estado e dos impostos, o combate à migração irregular e se posiciona contrariamente ao casamento gay e ao aborto.

Com os dois candidatos trazendo propostas mais drásticas do que as dos grandes blocos de centro-direita e centro-esquerda que dividem o poder no país há três décadas, o próximo presidente será o mais esquerdista desde Salvador Allende (1970-1973) ou o mais direitista desde Augusto Pinochet.

O estudante de serviço social Claudio Mauricio Rivera Retamal, de 29 anos, dará seu voto a José Antonio Kast. "Creio que ele vai fortalecer a segurança pública, dar mais ferramentas à polícia, e ativar a economia por meio da paz e da tranquilidade", afirma. Crítico dos estallidos sociales, como ficaram conhecidos os protestos massivos de 2019, Claudio defende os Carabineros - uma polícia específica do Chile - o que o leva a temer um futuro governo de Boric. "Tenho medo que ele vença, porque neste cenário a polícia não vai ter o mesmo apoio, e eu quero que as pessoas possam viver tranquilas, andar tranquilas pelas ruas", afirma.

O comerciante Marcelo Castillo, por outro lado, defende que Boric é o único candidato capaz de trazer paz ao país. "A origem da violência e da situação em que estamos é a desigualdade. O modelo econômico chileno tem gerado sobretudo desigualdade", afirma. "Muitas pessoas estão sendo segregadas da educação, do trabalho, da saúde. São essencialmente jovens, e foram eles que saíram às ruas para os estallidos sociais", diz. "Se quero que minha empresa continue funcionando, preciso que esses jovens tenham oportunidades de educação, saúde e trabalho."

Embora mais de 2.500 centros de votação estejam abertos e 15 milhões de chilenos estejam aptos a votar, espera-se uma alta abstenção nestas eleições. A baixa participação é uma tradição no país desde 2012, quando houve uma mudança no sistema eleitoral - de inscrição voluntária e voto obrigatório a inscrição automática e voto voluntário. Se em 1989, por exemplo, 92,4% dos chilenos foram às urnas no primeiro turno da eleição presidencial, em 2013 a taxa de participação ficou em 49,3%. Nem mesmo os protestos de 2019 e o processo da nova Constituinte foram capazes de mudar o cenário.

A falta de alinhamento entre as propostas dos candidatos e os anseios da população são um dos motivos principais para a alta abstenção no Chile, afirma o analista político e fundador do site de informação eleitoral e análise política TresQuintos Kenneth Bunker. "Embora o problema seja estrutural, ele também tem muito a ver com os candidatos que disputam o segundo turno. Sabemos que quando os candidatos são muito agressivos em suas campanhas, quando há muita polarização, os argumentos não interessam muito às pessoas", afirma. "Se não há proposições claras, as pessoas simplesmente não vão votar."

Para ele, não é que as pessoas não se interessem pelo o que acontece na política, mas elas sentem que os partidos e candidatos em jogo não são capazes de satisfazer suas demandas. "No Chile, os partidos políticos não parecem ter as raízes na sociedade que uma vez tiveram. O eleitorado chileno é composto por pessoas moderadas, independentes, de centro, e não há nenhum partido político que encontre essa forma. Os dois candidatos que temos hoje vieram de extremos e propõem ideias que podem ser extremas para as pessoas, e nenhum partido político hoje se atreve a fazer uma campanha política de centro."

Além disso, Boric e Kast não atraem nem ao menos todos os eleitores que irão votar. De acordo com a pesquisa mais recente da AtlasIntel, realizada entre os dias 1 e 4 de dezembro, 20% dos eleitores estão indecisos ou devem votar em branco ou nulo no segundo turno das eleições.

A votação será encerrada às 18h (horário local, também 18h no Brasil). Os resultados preliminares são esperados algumas horas depois. Quem vencer deverá encontrar muitos desafios pela frente. O próximo presidente, que assumirá em março de 2022, precisará lidar com a recuperação econômica pós-pandemia, a inflação e a implementação das regras da nova Constituição chilena, que começou a ser elaborada este ano e pode entrar em vigor em 2022.

Os Estados Unidos se mantinham em suspense em relação ao resultado das eleições presidenciais em estados-chave onde a apuração prosseguia nesta quarta-feira, em uma corrida muito disputada para se declarar um vencedor. Segue abaixo a situação atualizada em cada um deles.

Joe Biden conta, no momento, com 264 grandes eleitores e Donald Trump, com 214. São necessários 270 para conquistar a Casa Branca. Os três grandes eleitores do Alasca ainda não foram atribuídos a nenhum candidato, mas os democratas não vencem ali há décadas. A incerteza se mantém em quatro estados:

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Pensilvânia

Talvez o estado que leve mais tempo para declarar um vencedor - e que poderia decidir o resultado com 20 votos eleitorais em jogo.

Com 79% dos votos apurados no estado industrial, Trump estava à frente na noite desta quarta-feira, com 51,4%, contra 47,3% para Biden. As cédulas restantes, no entanto, devem favorecer Biden, que nasceu no estado. Segundo autoridades locais, o resultado final deve ser conhecido até sexta-feira.

Carolina do Norte

Trump parecia o favorito para ganhar os 15 votos eleitorais da Carolina do Norte, apesar de uma forte atuação de Biden, mas permanece sem folga.

Com 95% apurados no estado do sudeste, Trump tem 50,1% e Biden, 48,6%. As cédulas pelo correio enviadas antes ou no dia das eleições podem ser contadas até 12 de novembro.

Nevada

Possui seis grandes eleitores em jogo. Com 86% dos votos apurados, Biden lidera, com 49,3%, contra 48,7% para Trump.

Autoridades estaduais disseram, em um primeiro momento, que não iriam divulgar novos resultados até esta quinta-feira, antes de anunciarem que, "devido ao forte interesse pela votação em Nevada", iriam divulgar novas cifras na noite desta quarta-feira, horário local.

Geórgia

Biden teve um desempenho inesperadamente bom no estado do sudeste, que é tradicionalmente um reduto republicano, mas Trump ainda estava um pouco à frente. O estado tem 16 grande eleitores em jogo.

Com 94% apurados, Trump conta com 50%, contra 48,8% para Biden. O resultado final é esperado para a noite desta quarta-feira, horário local.

O escritor e comentarista Jeffrey Toobin, analista jurídico da CNN, foi suspenso pela revista New Yorker por se expor sexualmente durante uma reunião para cobertura das eleições presidenciais nos Estados Unidos. As informações são da revista Vice. 

A reunião aconteceu na plataforma Zoom e dois funcionários flagraram Toobin se masturbando em frente à câmera, dentro do cenário simulado criado para o período eleitoral, onde estavam alguns figurantes como republicanos, democratas, apoiadores e representantes de tribunais. 

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Após o flagra, foi realizado uma pausa de 10 minutos na reunião e os funcionários constataram que Toobin, estava em uma outra chamada de vídeo, quando fez a exposição das partes íntimas. 

O escritor trabalha como principal analista jurídico da CNN e após o incidente pediu folga a emissora para “tratar de assuntos pessoais”. Ele é autor dos livros "True Crimes and Misdemeanors: The Investigation of Donald Trump", "American Crime Story: O Povo Contra O. J. Simpson" e "The Nine: Inside the Secret World".

Em esclarecimento à revista Vice, Toobin disse: "Cometi um erro embaraçosamente estúpido, acreditando que estava fora das câmeras. Achei que tinha silenciado e que ninguém podia me ver". O escritor foi suspenso até o final das investigações interna do caso.

As eleições presidenciais em Belarus, cujos resultados normalmente são conhecidos de maneira antecipada, serão um desafio no domingo para o autoritário Alexander Lukashenko, que tem pela primeira vez em muitos anos uma adversária inesperada, novata na política e que mobiliza multidões.

À frente da ex-república soviética situada entre a União Europeia (UE) e a Rússia desde 1994, o presidente bielorrusso intensificou os esforços nas últimas semanas para conter o avanço da rival, ao denunciar um complô com a cumplicidade do Kremlin para provocar sua queda.

A poucos dias das eleições, Lukashenko tentou apresentar o país sob sua presidência como uma pequena ilha de estabilidade e prometeu combater o "incêndio no coração de Minsk" que, segundo ele, seus rivais desejam provocar.

Depois de impedir as candidaturas dos principais adversários nos últimos meses - dois deles estão detidos e um terceiro partiu para o exílio -, o ex-diretor de sovkhoz (granjas soviéticas) de 65 anos enfrenta Svetlana Tikhanovskaya, uma professora de inglês de 37 anos.

A campanha desta novata em política mobilizou multidões de simpatizantes nunca registradas em todo o país, que exigem mudanças no país.

Ela se apresenta como uma "mulher comum, uma mãe e uma esposa", que substituiu o marido, Serguei Tikhanovski, um blogueiro impedido de disputar a eleição presidencial após sua detenção em maio, quando começava a ganhar popularidade.

Chamada de "pobre garota" pelo presidente bielorrusso, Tikhanovskaya pediu aos compatriotas que superem o medo da repressão, em um país que nunca teve uma oposição unida e estruturada.

Por este motivo, Svetlana Tikhanovskaya uniu forças com outras mulheres: Veronika Tsepkalo, a esposa de um opositor exilado, e Maria Kolesnikova, a diretora da campanha de Viktor Babaryko, um ex-banqueiro que foi preso quando anunciou o desejo de ser candidato.

Em caso de vitória, a candidata prometeu permanecer no poder por tempo suficiente para libertar os "presos políticos", organizar uma reforma constitucional e novas eleições.

Mas ela também virou alvo de pressões. Na quinta-feira, sua diretora de campanha foi detida por alguns minutos e seus últimos comícios não estão garantidos, devido aos obstáculos jurídicos e logísticos apresentados pelas autoridades.

- Temores de fraudes -

A votação de domingo acontecerá em um ambiente de desconfiança sem precedentes a respeito de Moscou, de quem Lukashenko é, ao mesmo tempo, o aliado mais próximo e mais imprevisível.

Embora as relações entre os dois "países irmãos" sempre tenham registrado altos e baixos, em 26 anos as tensões nunca foram tão concretas: para Lukashenko, os "marionetistas" do Kremlin pretendiam orquestrar um "massacre" de comum acordo com seus críticos, com a esperança de substituí-lo por um presidente mais dócil e transformar Belarus em um vassalo.

No fim de julho, as autoridades bielorrussas anunciaram a detenção de 33 russos, supostos mercenários do grupo militar privado Wagner, conhecido por ser próximo ao governo russo.

Moscou rebateu as acusações e denunciou um "espetáculo eleitoral", pelo qual os 33 russos, "inocentes e em trânsito para outros países", segundo Kremlin, pagaram o preço.

Lukashenko insistiu durante a semana que "não abandonará o país" nas mãos de Moscou. O exército declarou "total apoio" ao presidente e manobras militares foram organizadas na fronteira.

A oposição, que teme fraudes, pretende organizar uma apuração de votos e pediu aos eleitores que enviem fotos de suas cédulas. Também solicitou aos partidários de Tikhanovskaya que usem uma pulseira branca nos locais de votação em sinal de apoio.

A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), que observa as eleições em seus Estados membros, não estará presente, o que não acontecia desde 2001, por não ter sido convidada a tempo.

As autoridades do país também justificaram uma redução do número de observadores eleitorais nacionais devido à epidemia de coronavírus.

A poucos dias das eleições presidenciais na Polônia, a princípio programadas para domingo, mas ainda incertas, aumenta a pressão por um adiamento, devido à pandemia de coronavírus.

O governo conservador e nacionalista do partido Direito e Justiça (PiS) pretende obter na quinta-feira a autorização do Parlamento para uma votação por correio. Como alguns parlamentares do próprio PiS, atentos à opinião pública, são contrários à medida, o resultado da votação é considerado incerto.

Apenas 25% dos eleitores desejam a manutenção do pleito em 10 de maio, de acordo com uma pesquisa de opinião recente. Para os analistas, a votação por correio não seria livre, justa, legal, nem isenta de riscos para a saúde pública.

Pesquisas recentes apontam que o presidente Andrzej Duda, do PiS, poderia vencer no primeiro turno com mais de 50% dos votos, o que levaria a oposição a acusar o partido governante de colocar a saúde dos eleitores em risco para assegurar a vitória de seu candidato.

Alguns críticos apontam que votar por correio envolve um risco de contaminação, já que as cédulas devem ser transportadas, preenchidas e contadas manualmente.

Os poloneses estão confinados desde o fim de março, mas podem sair de casa para trabalhar, ou fazer compras. O país registra 14.000 casos de COVID-19, com quase 700 mortos, de uma população de 38 milhões de habitantes.

As restrições às atividades foram levemente flexibilizadas esta semana, com a reabertura de estabelecimentos comerciais e hotéis. Já as escolas permanecem fechadas, e o uso de máscaras é obrigatório.

Organizações internacionais que supervisionam os direitos humanos e as eleições destacaram que introduzir mudanças no código eleitoral pouco antes da votação seria inconstitucional.

Até a influente Igreja Católica, próxima ao PiS, pediu aos partidos políticos que "busquem soluções que não provoquem dúvidas legais, ou suspeitas de violação da ordem constitucional".

Analistas acreditam que, se o PiS for derrotado no Parlamento na quinta-feira, sua maioria, relativamente pequena mas sólida até o momento, pode sofrer um colapso.

E, mesmo em caso de vitória, "seria um milagre" organizar a votação por correio no domingo, destacou o presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Sylwester Marciniak.

"É impossível, por razões de organização, entregar cédulas a todos os eleitores", disse. Para a cientista política Anna Materska-Sosnowska, da Universidade de Varsóvia, o PiS, muito pressionado, pode "recuar e buscar uma data posterior".

Sem propor formalmente, o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki citou a possibilidade de adiamento para 17 ou 23 de maio. O PiS chegou a defender a ideia de uma reforma constitucional para ampliar o mandato de Duda por dois anos, mas não contava com a maioria qualificada necessária.

Morawiecki rejeitou os pedidos da oposição para introduzir um estado de emergência que adiaria as eleições presidenciais, automaticamente, até o fim da medida.

A senadora Kamala Harris anunciou nesta terça-feira (3) que deixará a disputa pela candidatura democrata nas eleições presidenciais de 2020 após uma campanha agitada, uma arrecadação de fundos decepcionante e seu fracasso para se destacar entre tantos adversários.

"Minha campanha para presidente simplesmente não tem as fontes de financiamento necessárias para continuar", disse Harris, de 55 anos, a seus apoiadores por e-mail.

Harris tornou-se, assim, a primeira das figuras democratas a sair da disputa pela indicação. Agora, 15 candidatos permanecem na corrida.

Após uma campanha promissora lançada em janeiro, a ex-procuradora da Califórnia teve problemas nos últimos meses para definir sua posição em vários assuntos internos do país.

Harris foi lançado em janeiro e foi a única mulher negra na disputa para enfrentar Trump nas eleições presidenciais de 2020.

"Não sou multimilionária, não posso financiar minha própria campanha", escreveu Harris. "E, à medida que a campanha avança, fica cada vez mais difícil arrecadar o dinheiro que precisamos para lutar".

Enquanto desenvolvia uma intensa campanha em Iowa, Harris disse que tomou "uma das decisões mais difíceis" de sua vida "nos últimos dias".

Harris cresceu na cidade californiana de Oakland, de pai jamaicano e mãe indiana, já falecida.

Desde o início de sua carreira, ela acumulou títulos pioneiros. Após dois períodos como procuradora em São Francisco (2004-2011), foi escolhida duas vezes procuradora da Califórnia (2011-2017), tornando-se a primeira mulher, mas também a primeira pessoa negra, a dirigir os serviços judiciais do estado de maior população do país.

Depois, em janeiro de 2017, ela chegou ao Senado, sendo a primeira mulher de origem sul-asiática e a segunda senadora negra na história dos Estados Unidos.

O ex-governador de Massachusetts Deval Patrick entrou nesta quinta-feira (14) na corrida pela Casa Branca, tornando-se o 18º pré-candidato democrata à presidência que tenta evitar a reeleição de Donald Trump.

Patrick, de 63 anos, um dos primeiros governadores negros dos Estados Unidos e próximo ao ex-presidente Barack Obama, fez o anúncio através de um vídeo de dois minutos e meio divulgado na internet.

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"Em um espírito de profunda gratidão por tudo o que este país me deu, com a determinação de construir um sonho americano melhor, mais sustentável, mais inclusivo, hoje anuncio minha candidatura à presidência dos Estados Unidos", afirmou Patrick no vídeo.

O ex-governador declarou no ano passado que não concorreria, mas assinou nesta quinta os documentos necessários para formalizar sua candidatura no estado de New Hampshire (nordeste), entrando na disputa pela indicação democrata.

A candidatura tardia de Patrick demonstra a angústia entre os democratas: muitos estão ansiosos para ver os senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren, com propostas à esquerda, no topo das pesquisas para superar o ex-vice-presidente Joe Biden (centro), que acreditam não ter condições de derrotar Trump nas eleições presidenciais de novembro de 2020.

Quem compartilha desse temor é o bilionário e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, que também pretende concorrer às primárias democratas, prejudicando assim Biden, segundo especialistas.

Casado com uma advogada e pai de duas filhas, Deval Patrick havia dessistido da candidatura. Mas a menos de três meses das primárias, avaliou que ainda havia lugar para um candidato capaz de unir democratas moderados e radicais, segundo pessoas próximas.

Nascido em uma família pobre em Chicago, Patrick entrou para uma escola de elite em Boston antes de se formar em direito em Harvard, trabalhando em seguida por muito tempo como advogado, especialmente para a associação para a defesa dos direitos dos negros NAACP, antes de se tornar governador de Masachusets por dois mandatos (de 2007 a 2014).

Desde que deixou o governo trabalha para o fundo de investimentos privado Bain Capital, especializado em empresas que investem em um modelo de desenvolvimento sustentável, e como comentarista político do canal CBS News.

Ao acompanhar o último debate democrata, declarou durante a cobertura que "ser candidato, como ser eleito, é uma mistura de substância e desempenho artístico".

A disputa pela indicação democrata já conta com outros dois candidatos negros, a senadora Kamala Harris (Califórnia) e o senador Cory Booker (Nova Jersey), mas eles não estão entre os favoritos.

Os argelinos voltaram às ruas pela 16ª sexta-feira (7) consecutivo, na primeira grande mobilização desde a anulação da eleição presidencial e após as declarações do presidente interino sobre a vontade de organizar um novo pleito a curto prazo.

Uma grande operação policial no centro da capital Argel não impediu que a multidão chegasse à praça Grande Poste d'Alger, tradicional local de protestos, logo após as orações da tarde.

Entre músicas de protesto e gritos de palavras de ordem, os manifestantes exigiam a saída de Abdelkader Bensalah, o presidente interino, e do general Ahmed Gaid Salah, chefe do Estado Maior que é de fato o homem forte do país desde a renúncia do presidente Abdelaziz Buteflika, em 2 de abril, sob pressão deste inédito movimento de protesto no país.

Também foram registradas mobilizações em várias cidades do país, segundo a imprensa e postagens em redes sociais.

Após a saída do impopular primeiro- ministro Ahmed Ouyahia, e a renúncia de Buteflika após 20 anos no poder, os manifestantes vão às ruas desde o dia 22 de fevereiro ganharam nesta semana mais uma batalha: o Conselho constitucional constatou "a impossibilidade" de realizar no dia 4 de julho as eleições, por falata de candidatos sérios.

Num pronunciamento na TV, Bensalah insistiu na realização de eleições "o mais rápido possível" e pediu ao futuro presidente que venha a ser eleito que realize as reformas exigida.

O Conselho Constitucional da Argélia cancelou de fato as eleições presidenciais previstas para 4 de julho ao rejeitar as duas únicas candidaturas apresentadas, defendendo uma prorrogação do mandato do presidente interino, que termina em 9 de julho.

A votação deveria permitir a eleição do sucessor do presidente Abdelaziz Bouteflika, que renunciou em 2 de abril, após a forte pressão dos manifestantes e das Forças Armadas.

"O Conselho Constitucional rejeita as duas candidaturas apresentadas e anuncia, portanto, a impossibilidade de celebrar as presidenciais em 4 de julho", anunciou a televisão estatal.

O Conselho afirmou que corresponde ao atual presidente "convocar novamente a comissão eleitoral e finalizar o processo eleitoral até a escolha do (novo) presidente da República e o juramento de seu mandato".

Desta maneira, a instituição sugere a prorrogação do mandato do presidente interino, Abdelkader Bensalah, nomeado em 9 de abril após a renúncia de Bouteflika.

De acordo com a Constituição, Bensalah assumiu o cargo de chefe de Estado durante "90 dias no máximo", antes de transmitir o poder ao novo presidente eleito neste intervalo.

Bensalah, que tem como principal missão organizar as eleições presidenciais, permanecerá no posto, de fato, além do prazo previsto pela Constituição.

Desde 22 de fevereiro, os argelinos protestam nas ruas, em particular em Argel, para pedir uma mudança de sistema político no país.

Desde 1999 alternando entre os cargos de presidente e primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin está prestes a renovar o mandato à frente do país. O presidente é favorito para as eleições que acontecem neste domingo (18). Segundo o cientista político Elton Gomes, o favoritismo é explicado pela figura de “líder forte” - característica posta historicamente como essencial para um presidente pelos russos - , além do fato de uma geração ter apenas a gestão de Putin como referência de governo depois da extinção da União Soviética. 

“Ele representa um tipo de autocracia. Nunca houve um sistema democrático no território russo e quando foi feito a transição do sistema socialista para capitalista a primeira experiência de gestão não foi de sucesso. Já Putin tem como escola o implacável serviço secreto da União Soviética, a KGB [sigla russa]; ele foi um dos diretores. Desde que assumiu o primeiro mandato está fazendo a receita dos líderes russos para chegar ao poder e permanecer”, salientou o estudioso.

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Apesar de ser alvo de acusações de outros países - como a de ter interferido nas eleições norte-americanas e envenenado o ex-espião russo Serguei Skripal na Inglaterra - e sofrer sanções punitivas quanto a esses fatos, Elton Gomes observa que “o mundo continuará tendo um líder russo que não ressuscitar a União Soviética e quer manter a Rússia como um país que tem o subsistema da região”. 

“Putin vem jogando duro na segurança internacional e no investimento de novas tecnologias militares com países orientais e o Estados Unidos. Ele esta disposto a exportar o poder da Rússia para além do leste europeu. No oriente médio, especificamente na Síria, ele apoia o governo de Bashar al-Assad. Com o novo mandato de Putin, Bashar al-Assad se torna mais confortável para ele vencer a guerra que ceifa milhares de vidas naquele país e tem gerado um número cada vez maior de refugiados”, observou o cientista político. 

Com o mote de campanha "Presidente Forte – Rússia Forte", Putin tem cerca de 70% das intenções de voto e segundo colocado nas pesquisas, Pavel Grudinin, tem apenas 7%. O que demonstra a dificuldade da oposição de fazer um nome para bater o presidente russo na disputa. Isso pode ser explicado pelo controle da mídia local, que está nas mãos do governo.

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