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O surto de coronavírus já afeta 70% das empresas do setor eletroeletrônico, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). A pesquisa contou com a participação de 50 indústrias das diversas áreas do setor eletroeletrônico.

Este é o terceiro levantamento da Abinee desde a eclosão do surto de coronavírus. No primeiro, em 5 de fevereiro, o total de empresas com problemas era de 52%, subindo a 57% na sondagem de 20 de fevereiro.

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Pela primeira vez, uma parte das indústrias pesquisadas deu indicação de não entrega do produto final aos clientes. Para 54% das empresas ouvidas, caso a situação atual se prolongue por mais um mês e meio (cerca de 47 dias), haverá risco de abastecimento.

De acordo com o levantamento da Abinee, 6% das empresas pesquisadas já operam com paralisação parcial nas fábricas. Em 20 de fevereiro, esse índice estava em 4%.

A nota mostra ainda que 14% das empresas pesquisadas já programaram paralisações para os próximos dias, mas que 48% ainda não têm previsão de parar as atividades.

Com esse novo cenário, destacou a Abinee, passou de 17% para 21% o total de empresas que informaram que não devem atingir a produção prevista para o primeiro trimestre deste ano. Conforme essas empresas, a produção do período deverá ficar, em média, 31% abaixo da projetada. Este porcentual aumentou na comparação com a pesquisa anterior, que indicava queda de 22% na produção.

Por sua vez, para 48% das empresas pesquisadas, as projeções devem ser mantidas. Outras 31% afirmaram que ainda não é possível dar essa indicação.

Segundo a pesquisa, as empresas devem demorar, em média, cerca de dois meses para normalizar o ritmo da produção, após a retomada dos embarques de materiais, componentes e insumos da China.

A indústria do setor elétrico e eletrônico abriu neste ano, até outubro, 4.397 postos de trabalho com carteira assinada, aponta levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) com base nos dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho.

Só em outubro, o setor contratou e registrou as carteiras de 1.310 trabalhadores. Com o resultado, afirma o presidente da Abinee, Humberto Barbarto, o nível de emprego no segmento subiu pelo quarto mês consecutivo.

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O número total de empregados diretos na indústria elétrica e eletrônica passou de 232,8 mil em dezembro de 2016 para 237,1 mil em outubro. Para Barbato, o resultado do emprego é reflexo da retomada da atividade do setor e da maior previsibilidade da economia.

"Os sinais de recuperação estão cada vez mais evidentes. Nossa expectativa é de que esta tendência se mantenha", diz o executivo.

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