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A confusão entre brasileiros, argentinos e policiais nas arquibancadas do Maracanã nesta terça-feira, antes do confronto entre as duas seleções pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, no Maracanã, foi mais uma de um longo histórico de briga envolvendo torcedores dos dois países. A pancadaria começou durante a execução do Hino nacional argentino e atrasou o início da partida. Houve brigas entre os rivais e ação pesada da polícia.

Relembre outros episódios em que brasileiros e argentinos entraram em conflito:

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Fluminense x Boca Juniors (04/11/2023)

Mesmo antes de a bola rolar para Boca Juniors e Fluminense, no Maracanã, pela final da Libertadores, o clima no Rio já estava pesado por causa da rivalidade. Teve briga até na praia de Copacabana. Horas antes do duelo que iria decidir o campeão da América do Sul, torcedores do time argentino e a polícia militar entraram em confronto nos arredores do estádio, principalmente pelo lado norte. A polícia usou bombas e gás lacrimogêneo.

Atlético-MG x Boca Juniors (20/07/2021)

O Boca foi eliminado pelo Atlético nas oitavas de final da Libertadores, no Mineirão. Após o jogo, no acesso aos vestiários, jogadores do time argentino partiram para cima de seguranças e da delegação atleticana, inclusive erguendo grades e até um bebedouro. O argentino Pavón foi um dos principais envolvidos na confusão, tanto que recebeu uma suspensão de seis jogos da Conmebol.

Atlético-MG x Arsenal (03/04/2013)

Enquanto o Atlético-MG saía de campo comemorando a goleada por 5 a 2, no Independência, pela Libertadores, os jogadores do adversário Arsenal (ARG) partiram para cima da arbitragem, que já estava protegida pela polícia local. Revoltados com o resultado, os atletas resolveram trocar agressões com os policiais com socos e pontapés.

Por causa da confusão, eles seriam detidos, mas a segurança decidiu ouvi-los no estádio mesmo. A luta não se restringiu apenas ao gramado. Os policiais acuaram os jogadores nos vestiários do Independência com escudos e cassetetes, além de espingardas com balas de borracha. O espaço restrito e acanhado do estádio apenas aumentou a tensão e a violência continuou com cadeiras e outros objetos sendo atirados, atingindo os repórteres que estavam mais próximos.

São Paulo x Tigre (12/12/2012)

A final da Sul-Americana foi marcada como um jogo que "não acabou". Após um primeiro tempo movimentado, o São Paulo foi para o vestiário com 2 a 0 no placar. Na saída do gramado, o time do Tigre causou uma confusão generalizada com parte do elenco e os seguranças do time paulista nas escadas para o vestiário do estádio. Depois disso, os argentinos se recusaram a retornar para o campo e a equipe brasileira foi declarada vencedora da partida.

São Paulo x River Plate (22/06/2005)

O Morumbi foi palco de cenas de pancadaria antes do jogo entre São Paulo e River Plate, pelas semifinais da Copa Libertadores da América. Já nas arquibancadas do estádio, os torcedores argentinos entraram em confronto com a polícia e a briga deixou um saldo de 12 feridos, mas nenhum caso grave - foram 11 policiais e 1 torcedor do River, que se recusou a receber atendimento médico e foi para o vestiário da equipe argentina. Antes, no jogo de ida, em Buenos Aires, as duas torcidas já tinham entrado em confronto.

Fernando Diniz estava bastante sóbrio após o revés diante da Argentina por 1 a 0, no Maracanã. O treinador atendeu a todos com educação e saiu em defesa de seus jogadores após a terceira derrota seguida nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Lamentou o resultado, viu o Brasil bem melhor e o definiu como "injusto."

"Se não foi a melhor (partida da seleção sob seu comando), foi uma das melhores. Estivemos mais perto da vitória o jogo todo diante da Argentina. Foi um resultado bastante injusto", afirmou, convicto que sua seleção mostrou evolução em relação aos 2 a 1 sofridos na Colômbia.

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"Tivemos bastante oportunidades, teve bola na trave, escanteios perigosos. A jogada do Jesus com o Martinelli, mas a bola não entrou. A construção hoje, você vê muito trabalho coletivo", disse. "Foi um jogo de dois times tradicionais, muito fortes, e embora o número de finalizações tenha sido parecido, a gente levou mais perigo, tivemos chances e eles só de bola de escanteio que erramos na marcação. Ainda desperdiçamos contra-ataques claros para marcar ao errar o último passe."

Não escondeu seu orgulho, porém, com a garra apresentada pela equipe. "Os jogadores foram impecáveis na entrega. Em cinco dias a gente fez uma correção grande e no futebol o resultado às vezes não explica o que ocorreu, como hoje. Vamos procurar nas novas ocasiões vencer para confirmar o desempenho."

Diniz em momento algum falou em deixar a seleção - há amistosos no começo de 2024 - antes da possível chegada de Carlo Ancelotti. Disse que gosta de ter tempo para trabalhar, e que o resultado ainda virá. "Vamos colher coisas boas ali na frente no trabalho", cravou.

"O processo para o futuro é extremamente válido. Perder três seguidos é ruim, e já vinha de empate com Venezuela. Em termos de desempenho, vi um time oscilante, o jogo mais estável foi hoje. Com a Bolívia também, mas outro cenário. Na entrega, em termos de conteúdo tático, esse foi o melhor jogo."

O que aconteceu dentro de campo no Maracanã nesta terça-feira se tornou o menor dos problemas com os quais a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terá de lidar. A seleção brasileira sofreu uma derrota histórica para a Argentina. Apesar do placar magro, 1 a 0, é a primeira vez que o País perde um jogo como mandante nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo.

Antes de o jogo começar, quando os atletas já estavam no gramado, uma confusão generalizada teve início no setor Sul do estádio. A briga entre torcedores brasileiros e argentinos começou efetivamente durante a execução do Hino argentino. Policiais interviram no confronto e usaram cassetetes. Assentos foram arremessados e pessoas tiveram de pular o muro que separa a arquibancada do gramado. Ao menos quatro foram detidas e duas precisaram de atendimento médico. Diante da pancadaria, o jogo foi atrasado em 27 minutos.

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Quando a bola rolou, a tensão das arquibancadas se transferiu para o campo de jogo. Atletas das duas equipes travaram disputas mais ríspidas, mas os brasileiros foram advertidos pela arbitragem chilena pelas faltas cometidas. Nenhuma das seleções conseguiu criar oportunidades claras de gol. Havia muita dificuldade para acertar as assistências.

A Argentina se mostrou mais capaz de provocar desequilíbrio na defesa do Brasil nos primeiros minutos, enquanto os comandados de Fernando Diniz insistiram nos cruzamentos, que em nada assustaram Dibu Martínez. A seleção brasileira tentou pressionar a saída de bola para retomar a posse rapidamente e gerar situações de gol.

Na parte final do primeiro tempo, o Brasil se sentiu mais à vontade no jogo. Os atacantes do Arsenal, Martinelli e Jesus, se movimentaram de forma mais incisiva no setor ofensivo, mas a indecisão e falta de qualidade na finalização impediram a seleção brasileira de inaugurar o marcador.

A falta de entrosamento entre os brasileiros foi nítida, em especial nos lances de ataque. Na bola parada, de fato, o Brasil levava mais perigo e havia melhor organização. Messi pouco fez e não exibiu sua genialidade. Com o apito final no primeiro tempo, vaias ecoaram no Maracanã. A reclamação do torcedor foi condizente com o que se apresentou no gramado. As escolhas de Diniz, que manteve o esquema com quatro atacantes, não se justificaram, uma vez que a seleção novamente apresentou problemas de criatividade e construção de jogadas.

No segundo tempo, a seleção brasileira voltou com a mesma postura. A Argentina, por sua vez, fez um jogo mais conciso, focado em construir seus lances com paciência. E foi assim que os visitantes se aproximaram da meta de Alisson.

Em cobrança de escanteio, aos 18 minutos, a Argentina usou da principal fraqueza brasileira para inaugurar o marcador no Maracanã. O zagueiro Otamendi se desvencilhou da marcação, subiu mais alto e cabeceou no ângulo.

Com o placar adverso, Diniz decidiu colocar o Brasil ainda mais no ataque. O técnico do Fluminense tirou o zagueiro Gabriel Magalhães para colocar o volante Joelinton. Quem também ganhou nova oportunidade foi o garoto Endrick, de 17 anos, que atua no Palmeiras e já está vendido para o Real Madrid. As alterações, porém, não surtiram efeito, e a seleção diminuiu seu ritmo e se desencontrou em campo.

Aos 36, Joelinton, que havia entrado poucos minutos antes, tentou se livrar da marcação do meia De Paul e acertou o rosto do argentino. O brasileiro recebeu cartão vermelho e foi expulso de campo. Depois disso, a partida ficou morna, com raras oportunidades geradas de parte a parte e os argentinos controlando a posse de bola. Gritos de "vergonha" e "olé" foram ouvidos no estádio carioca e torcedores deixaram o local antes mesmo do fim do jogo.

Este deve ter sido o último jogo oficial de Fernando Diniz no comando da seleção brasileira, de acordo com o que anseia a CBF. A entidade tem convicção de que o italiano Carlo Ancelotti, hoje no Real Madrid, assumirá como técnico da equipe a partir de junho de 2024.

A terceira derrota seguida do Brasil nessas Eliminatórias faz o País cair para a sexta colocação, a última que garante vaga direta para o Mundial dos EUA, México e Canadá. A seleção tem apenas sete pontos somados. A Argentina, por sua vez, lidera o torneio, com 15 pontos.

As Eliminatórias Sul-Americanas serão retomadas apenas em setembro de 2024. Na ocasião, o Brasil terá pela frente o duelo com o Equador, em casa. Já a Argentina recebe o Chile. Até lá, as duas seleções farão amistosos, em março e junho, e disputarão a Copa América, entre 20 de junho e 14 de julho de 2024, nos Estados Unidos.

A seleção brasileira entra novamente em campo no dia 23 de março diante da Inglaterra, em Wembley. Depois, o Brasil mede forças com a Espanha. A data ainda não foi confirmada, mas deve ser no dia 26, em Madri, no Estádio Santiago Bernabéu. Messi, que passou em branco na partida, foi substituído aos 30 minutos.

FICHA TÉCNICA

BRASIL x ARGENTINA

BRASIL - Alisson; Emerson Royal, Marquinhos (Nino), Gabriel Magalhães (Joelinton) e Carlos Augusto; André e Bruno Guimarães (Douglas Luiz); Raphinha (Endrick), Rodrygo, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli (Raphael Veiga). Técnico: Fernando Diniz.

ARGENTINA - Dibu Martínez; Molina, Cristian Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); De Paul, Enzo Fernández (Paredes) e Mac Allister; Lo Celso (Nico González), Messi (Di María) e Julian Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.

GOL - Otamendi, aos 18 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Carlos Augusto, Raphinha e Gabriel Jesus.

CARTÃO VERMELHO - Joelinton.

ÁRBITRO - Piero Maza (CHI).

PÚBLICO - 68.138 torcedores.

RENDA - R$ 19.989.700,00.

LOCAL - Maracanã, no Rio.

A seleção brasileira enfrenta a Argentina, nesta terça-feira, às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã, pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Com o "dinizismo" em crise, o Brasil vai precisar derrotar a atual campeã mundial para findar a sequência negativa na competição e não correr o risco de ficar fora da zona de classificação. O clássico pode marcar, ainda, a última partida de Lionel Messi no País.

Sem vencer há três partidas, a seleção vive o seu pior momento desde que o técnico Fernando Diniz assumiu interinamente o comando da equipe, acumulando o cargo com o seu trabalho no Fluminense, enquanto a CBF aguarda por Carlo Ancelotti. Depois de estrear com goleada por 5 a 1 sobre a Bolívia e vencer por 1 a 0 o Peru, o time brasileiro empatou com a modesta Venezuela, em casa, por 1 a 1, e amargou derrotas fora de casa para Uruguai (2 a 0) e Colômbia (2 a 1). Foi a primeira vez na história que o Brasil perdeu duas partidas consecutivas em Eliminatórias.

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Em oito jogos disputados em 2023, metade sob o comando do técnico do time sub-23 Ramon Menezes, a seleção brasileira já foi derrotada quatro vezes. A última vez que o Brasil perdeu o mesmo número de partidas em um único ano foi em 2003, logo após a conquista do pentacampeonato. Se perder a quinta, diante da Argentina, vai igualar uma marca que não ocorre desde 1968.

A necessidade de vitória diante de Messi e cia também se deve ao risco de a seleção terminar a Data Fifa fora do G-6 para a Copa de 2026. Na quinta posição, com sete pontos, o Brasil pode cair para sétimo se, além de não fazer o dever de casa, o Paraguai derrotar a Colômbia, e o confronto entre Equador e Chile não terminar empatado. O time brasileiro saiu da zona de classificação pela última vez em 2016, quando o técnico era Dunga. Os resultados negativos culminaram na demissão do treinador, com Tite sendo contratado para assumir a vaga.

A fase ruim da seleção coincide com uma queda de rendimento do setor defensivo. Junto com o Chile, o Brasil tem a segunda pior defesa das Eliminatórias, com seis gols sofridos em cinco jogos - a Bolívia é a pior, tendo sido vazada 11 vezes. Diante da Colômbia, o Brasil foi sufocado no segundo tempo, com o adversário finalizando incríveis 23 vezes até virar o placar. Foi a primeira vitória colombiana sobre o time brasileiro na história em uma classificatória de Copa.

Além do desajuste defensivo, Diniz encontra dificuldades para implementar sua filosofia. Se o Flu conquistou a inédita Libertadores jogando por música, com variações de posicionamento e uma equipe ofensiva, que chegou a atuar com quatro atacantes, a seleção brasileira é o oposto. O time tem dificuldades em desenvolver jogadas contra defesas sólidas e parece ainda não ter assimilado o estilo do treinador, característico pela posse de bola e constante movimentação dos atletas. Nem mesmo a entrada do volante André, seu homem de confiança no tricolor carioca, ajudou a melhorar a equipe.

Sem Neymar, fora por causa de uma grave lesão no joelho esquerdo, a seleção também perdeu Vini Jr. por contusão e deve ter mudanças no ataque para o duelo com a Argentina. A comissão técnica aguarda para saber se Gabriel Jesus, que foi convocado enquanto ainda se recupera de um problema na coxa, terá condições de jogo. Caso contrário, João Pedro, do Brighton, e Endrick, joia de 17 anos do Palmeiras, disputam a vaga. Na lateral-esquerda, Carlos Augusto, da Inter de Milão, ganha o lugar de Renan Lodi, do Olympique de Marselha.

ADEUS DE MESSI NO BRASIL E SCALONETA DERROTADA

O clássico entre Brasil e Argentina também deve marcar a última vez em que Messi vai disputar uma partida no Brasil. O Maracanã, palco do clássico desta terça-feira, foi cenário para momentos distintos na carreira do craque. Em 2014, ele ficou com o vice da Copa do Mundo para a Alemanha. Sete anos depois, ergueu no estádio a taça da Copa América, seu primeiro título pela seleção albiceleste. A conquista encerrou um jejum de 28 anos dos hermanos sem título e foi essencial para dar confiança à equipe na campanha do tricampeonato na Copa do Catar. Ao todo, Messi disputou 22 partidas em solo brasileiro, com 13 vitórias, cinco empates e quatro derrotas.

A Argentina lidera as Eliminatórias, com 12 pontos em cinco partidas. Antes de enfrentar o Brasil, o time comandado pelo técnico Lionel Scaloni sofreu a primeira derrota desde a conquista do Mundial do Catar. Os argentinos perderam para o Uruguai na última rodada, por 2 a 0, em La Bombonera, em uma partida que terminou com briga entre os jogadores de ambas as seleções. O comandante argentino minimizou o placar e indicou duelo complicado contra os brasileiros mesmo com os desfalques do lado verde-amarelo.

"O time, apesar de não ter feito um bom jogo, nunca deixou de buscar o seu estilo, para continuar tentando empatar. E isso é o que salva. Acho que o time competiu, e isso me deixa tranquilo", disse Scaloni. "É relativo dizer que eles vêm baqueados. Fizeram uma boa partida com a Colômbia, uma boa partida até os 76 minutos. O resultado é enganoso. São grandes times, que, venham como venham, têm que sair e vencer."

A Argentina terá todos os jogadores à disposição para o duelo com a seleção brasileira, mas pode ter mudanças em relação à equipe que enfrentou o Uruguai. O experiente Ángel Di Maria pode ganhar uma chance na ponta esquerda, enquanto os centroavantes Lautaro Martínez e Julian Álvarez disputam uma vaga no ataque. O volante Paredes também pode ser novidade no meio-campo.

Messi não gostou nada da postura de alguns jogadores do Uruguai na partida de quinta-feira, na Bombonera, na qual os tricampeões do mundo foram surpreendidos e perderam por 2 a 0. O astro chegou a "brigar" com Olivera e ainda reprovou gesto provocativo de Ugarte e cobrou respeito.

"Contra o Uruguai é sempre assim. Sobre as provocações, eu prefiro não dizer o que penso. Eles têm uma grande seleção, mas acho que os mais jovens têm de aprender um pouquinho a respeitar os mais velhos e a respeitar esse clássico que sempre foi intenso, duro, mas disputado com educação", disparou Messi.

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A bronca maior era com Ugarte, de 22 anos, que fez gestos obscenos com a boca e disparou que De Paul fazia sexo oral com o craque o astro da seleção após o meia sair em defesa do camisa 10 após uma entrada desleal.

Amigo pessoal de Suárez, Messi deu um abraço caloroso no ex-companheiro de Barcelona antes de a bola rolar. Na partida, porém, o camisa 10 e capitão argentino não estava nada feliz com o clima hostil do jogo e chegou a trocar empurrões com o zagueiro Olivera, de 26 anos, para tentar apartar um princípio de briga. Mas foram os gestos obscenos de Ugarte que tiraram o astro do sério.

Sobre a derrota em Bombonera, Messi minimizou o tropeço e avisou, sorrindo: "Perdemos apenas um jogo, nada mais." O próximo compromisso é terça-feira, diante da seleção brasileira, no Maracanã, no Rio.

Apesar do tropeço, a Argentina chegará ao Rio ainda no topo da classificação das Eliminatórias Sul-Americanas, enquanto o Brasil figura somente no quinto lugar, com sete pontos, cinco atrás da tradicional adversária.

A renovada seleção brasileira de Fernando Diniz voltou a tropeçar nas Eliminatórias Sul-Americanas. O atacante Gabriel Martinelli, uma das caras novas em relação às convocações anteriores, fez o gol que garantia a vitória do Brasil. Garantia porque a equipe nacional levou dois gols em um intervalo de quatro minutos e perdeu de virada para a Colômbia, por 2 a 1, na noite desta quinta-feira.

Luiz Díaz foi o personagem da partida. O atacante do Liverpool, que viveu um drama com seu pai em cativeiro por 12 dias depois de ter sido sequestrado pelo grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN), marcou duas vezes de cabeça no segundo tempo e fez sua seleção conseguir algo até então inédito: ganhar do Brasil em um jogo de Eliminatórias.

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Díaz fez surgir uma catarse em Barranquilla. Os colombianos comemoraram muito o triunfo sobre o Brasil, que sofreu sua segunda derrota seguida - outra marca negativa inédita - e o terceiro tropeço consecutivo no torneio qualificatório. A tão esperada reação terá de vir contra a arquirrival e atual campeã mundial Argentina, que perdeu para o Uruguai em Buenos Aires. O clássico será disputado no Maracanã, na próxima terça-feira.

O novo revés rebaixa o Brasil ao quinto lugar na tabela de classificação, com sete pontos, e pressiona o técnico Fernando Diniz, que foi campeão continental recentemente com o Fluminense, mas não tem sido feliz em sua leitura de jogo à frente da seleção pentacampeã. O treinador fez escolhas erradas, como tirar de campo Rodrygo, um dos poucos que se sobressaía em campo.

INÍCIO BOM, MAS FUGAZ

Martinelli foi às redes aos três minutos do primeiro tempo, período em que a seleção dominou os anfitriões, com passes curtos e tramas envolventes. Uma dessas tramas resultou no gol do jogador do Arsenal, da Inglaterra. Ele tabelou com Vini Jr. e atirou seu corpo à frente para finalizar rasteiro e vencer o goleiro Vargas.

Cobrado por não jogar na seleção a bola que joga no Real Madrid, Vini Jr. deu indícios de que seria um dos protagonistas da partida, mas uma lesão abreviou sua participação. Dores musculares na coxa tiraram o astro do Real Madrid de campo aos 26 minutos. O jovem João Pedro entrou em seu lugar e pouco participou.

Até porque, dos 20 minutos até o fim da etapa inicial o Brasil marcou mal, não conseguiu mais atacar e foi dominado pelos colombianos. Liderada por Luis Díaz, a seleção da Colômbia pressionou os brasileiros de todas as formas.

Alisson teve de trabalhar muito para evitar os gols de Luiz Días, James Rodríguez e Jorge Carrascal. O goleiro foi competente no primeiro tempo e também contou com a sorte. No entanto, na etapa final, o Brasil, defensivamente perdido, sucumbiu. As chances que perderam nos primeiros 45 minutos os colombianos converteram na etapa final.

Depois que Diniz decidiu tirar Rodrygo para lançar mão de Paulinho, morreu o meio de campo brasileiro. Eram muitos atacantes em campo, pouca criatividade e uma marcação frouxa, sobretudo devido à fragilidade dos laterais Emerson Royal e Renan Lodi. Foi difícil para o torcedor, acostumado com Cafu e Roberto Carlos, entre outros laterais históricos, assistir a atletas na mesma posição com tantas debilidades técnicas.

A Colômbia se valeu dessas deficiências do Brasil para empatar e virar em quatro minutos graças a seu craque. Luis Díaz, inspirado, fez de cabeça os seus dois gols, o primeiro aos 29 e o segundo, aos 33. Nos dois lances, ele subiu livre, sem marcação, no meio dos zagueiros, para cutucar às redes.

Diniz tentou corrigir seus erros no final. Colocou Endrick, o jovem fenômeno do Palmeiras que, aos 17 anos e 118 dias, se tornou o atleta mais novo a vestir a camisa nacional desde Ronaldo Fenômeno, em 1994, e o quarto no geral, atrás apenas de Pelé, Edu e Coutinho. Mas o garoto - e os outros que entraram no fim - não teve tempo para mostrar serviço. Só correram atrás dos colombianos, que festejaram muito a vitória em casa.

FICHA TÉCNICA

COLÔMBIA 2 X 1 BRASIL

COLÔMBIA - Vargas; Muñoz, Davinson Sánchez, Lucumi e Deiver Machado (Cristián Borja); Castaño (Lerma), Matheus Uribe (Sinisterra), James Rodríguez e Jorge Carrascal (Richard Ríos); Luis Díaz e Borre (Córdoba). Técnico: Néstor Lorenzo.

BRASIL - Alisson; Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães (Douglas Luiz) e Renan Lodi (Pepê); André e Bruno Guimarães; Raphinha (Endrick), Vini Jr. (João Pedro), Rodrygo (Paulinho) e Gabriel Martinelli. Técnico: Fernando Diniz.

Gols - Gabriel Martinelli, aos 3 minutos do primeiro tempo; Luis Díaz, aos 29 e aos 33 do segundo.

ÁRBITRO - Andrés Matonte (Uruguai).

CARTÕES AMARELOS - Fernando Diniz, Renan Lodi e Pepê (Brasil) E Davinson Sánchez (Colômbia).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Metropolitano Barranquilla, na Colômbia.

A nova lista de convocados da Seleção Brasileira contou com o retorno de Vinícius Júnior e surpeendeu pela presença do volante Gerson. Neste sábado (23), o treinador Fernando Diniz anunciou os convocados para enfrentar a Venezuela e Uruguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

Encarada como a grande novidade, a escolha por Gerson foi comentada por Diniz. “O Gerson foi uma das convocações mais fáceis para mim pelo que ele vem mostrando no Flamengo. O time vem oscilando, mas ele apresentou um grande futebol nesse período em que esteve em campo. Vejo no Gerson uma mudança positiva em seu comportamento", afirmou.

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Outros nomes que atuam no futebol brasileiro também voltaram a aparecer na lista para os próximos compromissos com a amarelinha: André e Nino do Fluminense, Lucas Perri do Botafogo e Raphael Veiga do Palmeiras.

A Seleção assume a liderança da competição e joga contra a Venezuela no próximo dia 12, na Arena Pantanal, em Cuiabá. Em seguida, o Brasil pega o Uruguai no Estádio Centenário, na capital Montevidéu.

Confira a lista completa de convocados

GOLEIROS: Alisson (Liverpool), Ederson (Manchester City) e Lucas Perri (Botafogo);

LATERAIS: Danilo (Juventus), Vanderson (Monaco), Caio Henrique (Monaco) e Renan Lodi (Olympique de Marselha);

ZAGUEIROS: Bremer (Juventus), Gabriel Magalhães (Arsenal), Marquinhos (PSG) e Nino (Fluminense);

MEIO-CAMPISTAS: André (Fluminense), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Gerson (Flamengo) e Raphael Veiga (Palmeiras);

ATACANTES: Gabriel Jesus (Arsenal), Matheus Cunha (Wolverhampton), Neymar (Al-Hilal), Raphinha (Barcelona), Richarlison (Tottenham), Rodrygo (Real Madrid) e Vinícius Júnior (Real Madrid).

Futebol é feito de heróis. E para os amantes da bola nos quatro cantos planeta, quem merecia e carregou tal honraria nesta quarta-feira foram Bushchan; Karavaev, Zanarnyi, Matvienko, Mykolenko, Stepwnenko, Malinovskyi, Zinchenko, Tsygankov, Yarmolenko e Yaremchuk, depois Mudryk, Shaparenko, Dovbyk, Sydorchuk e Zubkov, além do técnico Oleksandr Petrakov. Os representantes de 44 milhões de ucranianos machucados pela guerra vestiram a camisa da seleção com garra e emoção para dar um motivo de alegria ao devastado e dolorido povo do país por causa da invasão russa. Jogando em Glasgow, garantiram a vitória por 3 a 1 sobre a Escócia para avançar à decisão da repescagem europeia contra País de Gales, no domingo. O sonho de ida à Copa do Mundo aumenta após um dia histórico.

Com o mundo cada vez mais clamando por paz, Ucrânia e Escócia mostraram nesta quarta-feira que as batalhas devem ser somente por coisas boas, atrás de uma classificação, uma vitória, sem tirar vidas ou destruir nações. No lotado estádio Hampden Parken, em Glasgow, as seleções se enfrentaram em clima de paz por vaga à decisão da repescagem europeia pela última vaga do continente no Catar.

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Por 90 minutos, os ucranianos esqueceram da brutal invasão russa a seu país que já dura mais de três meses, para tentar proporcionar um momento de felicidade à machucada nação. Querendo honrar o devastado país, os jogadores vestidos de amarelo entraram em campo emocionados e prometendo fazer "o jogo da vida", como adiantou o meia Zinchenko.

Não era fácil. Ainda mais com o futebol paralisado no País há algum tempo. Muitos podiam sentir a falta de ritmo. Mas superação era a palavra de ordem. E o jogo começou com impressão que estava sendo disputado em Kiev, Donetsk ou outra cidade ucraniana tamanha a disposição em campo.

Com somente 18 minutos, o goleiro escocês Gordon já havia feito dois milagres além de saída corajosa nos pés do atacante. Os visitantes mostravam a coragem com a qual enfrentam no dia a dia um duro bombardeio russo.

E o momento tão esperado surgiu aos 32 minutos do primeiro tempo. Um lançamento preciso da defesa de Malinovskyi encontrou Yarmolenko em condição legal. O camisa 7 encobriu o goleiro e saiu para a comemoração com os companheiros. Abraços em campo e sorrisos entusiasmados nas arquibancadas.

Em um cantinho no meio de 50 mil escoceses, atrás de um dos gols, 4 mil torcedores ucranianos exibiam o orgulho por sua nação com bandeiras azuis e amarelas que tremulavam sem parar. Duro segurar as lágrimas quando a vantagem no placar veio. Os gritos, os aplausos, os sorrisos, tudo mostrava que a dor e sofrimento mereciam e estavam passando por um cessar fogo.

Com sua população espalhada por outros países na Europa, casos de Polônia, Alemanha, Romênia, a Escócia abriu suas portas para 4 mil esperançosos e festivos torcedores que cantaram forte durante o jogo inteiro e voltaram a vibrar com gol do camisa 9 Yaremchuk, em cabeçada indefensável logo aos 3 minutos. O centroavante comemorou seu 45° gol na seleção nos braços da galera.

Impressionava a gana da Ucrânia. Eram chances de gols criadas em proporção. Enquanto isso, a Escócia não se achava em campo. Quando chegou bem, a bola "não quis" entrar em cabeçada na pequena área de McGinn.

Sem nada a perder, a Escócia se lançou com tudo ao ataque. Mas esbarrava em uma muralha amarela que apreendeu a se defender ainda mais nos últimos meses. E com bravura. A insistência, contudo, rendeu reação. McGregor descontou e logo depois salvou o time de levar o terceiro, cortando chance clara nos pés de Dovbyk.

A alegria ucraniana deu lugar à angústia nos minutos finais com a pressão da rival. O torcedor rezou, se apegou à fé e viu suas preces serem atendidas. No último lance, Dovbyk ampliou e garantiu a festa. O sorriso voltou a estampar os rostos ao apito final. Com três meses de atraso, a Ucrânia ganhou seu primeiro jogo da repescagem e saiu de campo sob aplausos.

A CBF ainda tenta conseguir os pontos da partida interrompida contra a Argentina, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo. "Fazemos questão dos três pontos, para moralizar", afirmou, nesta terça-feira, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

"Foi a Argentina que criou o problema. O Brasil estava lá para jogar, a Argentina é que causou problema. Por isso a CBF faz questão de ter os pontos", enfatizou o dirigente.

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A partida era realizada na Neo Química Arena, o estádio do Corinthians, em São Paulo, em 5 de setembro do ano passado, e foi interrompida aos cinco minutos do primeiro tempo por agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido à presença de atletas argentinos que infringiram as regras sanitárias então vigentes no Brasil de combate à covid-19.

A Fifa remarcou o jogo para 22 de setembro deste ano, mas ainda há recursos pendentes tanto do Brasil como da Argentina, ambos querendo os pontos da partida. "Se a Fifa determinar que o jogo tem que acontecer, vamos jogar. A situação atual é essa, estamos nos preparando para a partida. Mas ainda tem recursos pendentes, vamos até o fim", disse Rodrigues. Como mandante da partida, o Brasil deve indicar onde ela será realizada - a CBF tem até o dia 22 de junho para isso.

Dinheiro

Um outro jogo entre Brasil e Argentina, este amistoso, ocorreria em 11 de junho na Austrália, mas foi cancelado a pedido da seleção rival. O presidente da CBF afirmou que a entidade vai cobrar da empresa organizadora desse amistoso o valor que seria pago em caso de realização da partida. "O cancelamento não foi causado pela CBF, queremos receber normalmente", disse Rodrigues.

A batalha de recursos fora de campo entre brasileiros e argentinos pelo jogo não realizado na Neo Química Arena, em São Paulo, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, acabou sem vencedor. O Comitê de Recursos da Fifa anunciou seu parecer nesta segunda-feira mantendo as decisões já proferidas pelo Comitê Disciplinar na entidade, apenas com redução no valor das multas. A manutenção da partida foi confirmada, a contragosto de CBF e AFA.

O Brasil tem até o dia 22 de junho para detalhar horário e local da partida que deve ser realizada em setembro. O jogo original foi paralisado no dia 5 de setembro pela invasão do gramado por agentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que acusaram os jogadores Emiliano Buendía, Emiliano Martínez, Giovani Lo Celso e Cristian Romero de desrespeitarem os protocolos de entrada no País - vinham da Inglaterra e tinham de cumprir um tempo de quarentena ignorado pelo quarteto.

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"Depois de analisar as petições de ambas as partes e considerar todas as circunstâncias do caso, o Comitê de Recursos confirmou que a partida será disputada novamente e manteve a multa de CHF 50.000 que foi aplicada às duas federações, consequência da suspensão da partida", informou o Comitê de Recursos da Fifa, revelando que a pena extra, de aproximadamente 50,7 mil dólares, é por causa dos prejuízos extras causados pelo abandono do jogo.

Já as punições anteriores, pagas pelas entidades em fevereiro, sofreram uma redução pela metade. O Brasil pagou 540 mil dólares de punição, valor reduzido para 251 mil, enquanto a Argentina desembolsou 200 mil dólares e agora o valor caiu para 100 mil.

Apesar da redução do prejuízo financeiro, as entidades não conseguiram se livrar né nova realização do clássico. A Argentina ainda não se dei por satisfeita e ameaça ir à Corte Arbitral do Esporte (CAS) para pedir que não seja necessária nova partida.

A Nova Zelândia goleou as Ilhas Salomão por 5 a 0 nesta quarta-feira e garantiu vaga na repescagem para a Copa do Mundo conta um representante da Concacaf. A conquista das Eliminatórias da Oceania coloca a Nova Zelândia na última etapa de disputa para que um representante do continente possa garantir vaga no Mundial. Vale dizer: a Oceania é o único continente que não possui vaga direta na Copa do Mundo.

A Nova Zelândia abriu o placar com gol de cabeça do zagueiro Bill Tuiloma. Um dos principais nomes do time, o atacante Chris Wood, do Newcastle, acertou o alvo e ampliou para 2 a 0 no fim do primeiro tempo. O terceiro gol foi marcado por Joe Bell, logo na volta do intervalo. Na metade do segundo tempo, com mais um cabeceio certeiro, Tuiloma fez 4 a 0. Ainda deu tempo de Matthew Garbett fechar o placar já nos acréscimos, 5 a 0.

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Na repescagem, a Nova Zelândia enfrentará o quarto colocado das Eliminatórias da Concacaf, que será definido na noite desta quarta-feira. No momento, a posição é ocupada pela Costa Rica, que poderá ultrapassar México ou Estados Unidos nos critérios de desempate, caso vença os norte-americanos. O México enfrenta a seleção de El Salvador. O Canadá já está classificado para a Copa. Os jogos da repescagem deverão ser disputados entre 13 e 14 de junho.

A goleada sobre as Ilhas Salomão na final das Eliminatórias da Oceania repete o feito da Nova Zelândia no classificatório para a Copa do Mundo de 2018. Na ocasião, os neozelandeses venceram por 6 a 1 no jogo de ida e empataram por 2 a 2 na volta.

Com a filiação da Austrália na Confederação Asiática de Futebol, a Nova Zelândia tem dominado as disputas na Oceania, mas não teve maior sorte nas últimas duas repescagens. Ao todo, a Nova Zelândia participou de duas Copas do Mundo, em 1982 e 2010.

Em setembro do ano passado, se alguém mencionasse Philippe Coutinho como um dos prováveis nomes do Brasil na Copa do Mundo do Catar, certamente seria alvo de olhares atravessados. Recém-recuperado de uma lesão no joelho que o afastou dos gramados por nove meses, à época o jogador tentava retomar seu futebol em um Barcelona em crise. Não conseguiu.

Hoje, seis meses depois, tudo mudou em sua carreira. Em alta depois que se transferiu para o futebol inglês e contando com a confiança do técnico Tite, o agora meia do Aston Villa voltou a ser figura frequente nas convocações e tem tudo para disputar seu segundo Mundial.

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Um dos principais jogadores do Brasil no ciclo que culminou com a Copa do Mundo da Rússia, Philippe Coutinho tinha idade, futebol e admiração junto à comissão técnica para manter status neste ciclo para o Catar. Mas duas coisas inesperadas e que surgiram ao mesmo tempo atrapalharam os planos: a pandemia e uma grave lesão no joelho esquerdo.

O meia machucou o joelho esquerdo em 29 de dezembro de 2020, em partida do Barcelona contra o Eibar, pelo Campeonato Espanhol. A contusão custou três intervenções cirúrgicas e uma parada forçada de quase nove meses. No período, ele ficou fora de jogos das Eliminatórias e do grupo que foi vice-campeão da Copa América.

O longo período de inatividade também fez Coutinho perder espaço no Barcelona, que vivia crise técnica. Nos três meses em que pôde atuar, jogou 16 partidas pelo clube catalão, mas apenas cinco como titular. Foi autor de dois gols.

Emprestado ao Aston Villa, da Inglaterra, o meia ganhou ritmo e recuperou status. Por lá, já marcou quatro gols em dez jogos nestes primeiros meses de 2022. O principal, porém, foi voltar a chamar a atenção da comissão técnica da seleção. Presente nas três últimas listas de Tite, Philippe Coutinho esteve em campo nos três últimos jogos da seleção e marcou dois gols. O mais recente foi de pênalti, na quinta-feira passada, no Maracanã, quando Neymar, o batedor oficial, deixou que o ex-vascaíno fizesse a cobrança no estádio que ajudou a alavancar sua carreira.

"Isso só demonstra a união do grupo. Esse gesto do Neymar demonstra a grandeza dele, que está aí para igualar ou passar os grandes jogadores na artilharia - e ele é o batedor. É um gesto grandioso dele. Eu o agradeci no campo", disse Coutinho após a partida.

Neymar também exaltou o retorno, e o gol, do companheiro de seleção. "O Couto é um grande amigo que tenho no futebol. A gente está na seleção junto desde pequeno. Eu fiz pelo momento do jogo", afirmou o atacante, sobre o fato de ter deixado Coutinho efetuar a cobrança. "Acho que o companheirismo nesses momentos tem de existir, e a felicidade dele fazendo o gol é a mesma como se eu tivesse feito. Eu fico contente por ele ter feito o gol."

Com as suspensões de Neymar e de Vinicius Jr para esta última partida pelas Eliminatórias, diante da Bolívia, Philippe Coutinho voltará a ser titular da seleção. E, apesar da altitude de 3,6 mil metros de La Paz, a expectativa é que ele repita a atuação dos pouco mais de 30 minutos em que esteve em campo no Maracanã.

"(Tite) pediu para movimentar. Ele sempre deixa a gente, que joga nessa posição aí, livre para movimentar, tocar na bola, também dar opção para o pessoal que está atrás. Foi isso que tentei fazer (contra o Chile)", comentou Coutinho.

Um bom desempenho na Bolívia pode deixar o jogador ainda mais perto de sua segunda Copa do Mundo. Até outubro, quando será anunciada a lista final, outras duas convocações serão feitas pela comissão técnica da seleção. Ninguém duvida que Coutinho esteja em todas elas. O Brasil espera conseguir fazer alguns amistosos depois das Eliminatórias.

Difícil parar Cristiano Ronaldo quando ele está empolgado. E o astro vem esbanjando bastante confiança em levar Portugal para a Copa do Mundo do Catar. Nesta terça-feira, a seleção faz decisão com a Macedônia do Norte no Estádio do Dragão, no Porto, e o camisa 7 descarta surpresas, garantindo que a algoz da Itália não repetirá a dose nesta repescagem europeia.

"A Macedônia surpreendeu, fez isso em muitos jogos, mas acredito que amanhã não nos vai surpreender", afirmou Cristiano Ronaldo, em entrevista coletiva. "Portugal vai ser melhor e vamos ao Mundial. Não há um Mundial sem Portugal", garantiu.

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Confiança, sim, mas sem desrespeitar jamais o oponente. Cristiano Ronaldo aposta na força do conjunto português em sintonia com o maciço apoio da torcida. Prega, contudo, respeito à adversária, que derrubou a Itália com 1 a 0 em Palermo.

"Sabemos que é uma equipe muito bem organizada, tem os seus pontos fortes. Respeitamos, mas acho que se Portugal estiver no seu melhor nível, bate qualquer equipe do mundo. Queremos muito ganhar, queremos muito estar no Mundial, vai ser difícil, mas é o jogo das nossas vidas também, não só para a Macedônia."

Cristiano Ronaldo fez um apelo para que na hora da execução do hino nacional, ele seja em capela. "Gostaria que amanhã se cantasse o hino sem música. Para mostrar a nossa garra! Se os torcedores estiverem como estiveram na quinta (3 a 1 na Turquia), tenho a certeza que vamos ganhar. Quero que nossos torcedores transformem o Estádio do Dragão em um inferno."

Questionado se a Copa do Catar pode ser sua última, pois já está com 37 anos, Cristiano Ronaldo se irritou e deixou no ar a possibilidade de ainda disputar a competição em 2026. "Comecei a ver que muitas pessoas estão fazendo a mesma pergunta sobre o meu futuro. Quem vai decidir meu futuro serei eu, se eu quiser jogar mais eu vou, eu sou o líder, acabou."

Após 36 anos, o Canadá está de volta à Copa do Mundo. A seleção canadense vinha surpreendendo desde o início do torneio classificatório e garantiu sua vaga neste domingo ao golear a Jamaica, por 4 a 0, em Toronto. Com o isso, o país da América do Norte chegou aos 28 pontos e não pode mais ser alcançada por qualquer seleção, restando apenas um rodada.

No primeiro tempo, a seleção canadense já havia aberto dois gols de vantagem para os jamaicanos, vice-lanternas do octogonal final das Eliminatórias da Concacaf. Cyle Larin e Tajon Buchanan marcaram os primeiros tentos. Na segunda etapa, Junior Hoilett fez o terceiro. Adrian Mariappa marcou contra no fim do jogo e determinou o placar final.

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Ao longo das Eliminatórias, o Canadá sofreu apenas uma derrota. Ela aconteceu justamente na rodada passada, quando perdeu para a Costa Rica, por 1 a 0. A seleção canadense ainda volta a campo na quarta-feira, em visita ao Panamá, às 22h05, e pode ser determinante para a definição do time que vai à repescagem intercontinental.

A última e única participação do Canadá em uma Copa do Mundo se deu em 1986. Na edição disputada no México, os canadenses ficaram no Grupo C, ao lado de União Soviética, França e Hungria. Foram três jogos disputados, com três derrotas e nenhum gol marcado. Na estreia, perderam para os franceses pelo placar mínimo. Na segunda rodada, derrota para a Hungria, por 2 a 0. No terceiro jogo, repetição do mesmo placar e triunfo soviético.

A ida do Canadá para a Copa do Mundo de 2022 é providencial em diversos aspectos. O principal deles é porque o país será uma das sedes do Mundial de 2026. A organização será dividida com Estados Unidos e México. Com isso, a experiência inédita de jogar duas Copas seguidas será muito importante para, em quatro anos, chegarem ao torneio com ainda mais força.

Após o apito final no BMO Field, em Toronto, foi marcado por intensa comemoração por parte de jogadores e torcedores. A festa estava preparada, com camisetas e placas especiais. Mesmo com temperatura negativa e neve, não faltou animação a todos para celebrar o feito histórico.

O placar de 4 a 0 sobre o Chile no Maracanã lotado foi a despedida que a seleção brasileira esperava. Apesar do placar elástico, a goleada sobre os chilenos não foi exatamente fácil; o time do técnico Martín Lasarte povoou a defesa e ofereceu dificuldades ao trio ofensivo do Brasil - que em determinado momento se transformou em quarteto, com Paquetá aparecendo próximo à área. Para o técnico Tite, o resultado final demonstra que a estratégia de jogo do Brasil foi acertada.

"Quando se joga contra 5-3-2, com cinco atrás, abre-se dois pontas, trabalha-se com dois entre linhas com liberdade de articulação - Paquetá e Neymar, ou Coutinho, depois que entrou. Os dois, um avançado como meia esquerda, lateral que vira meia-esquerda, e segundo meio-campista que joga entre linhas, e que joga num plano de corredor pelo lado direito", explicou Tite.

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O treinador disse que a opção tática tinha como finalidade dar liberdade ao "talento desses jovens", o que de fato o torcedor pôde ver nas atuações de Vinicius Jr., Neymar e Antony, em especial no primeiro tempo.

"Construção com quatro, balança a bola e inverte pro outro lado, que vai ter um corredor livre para as construções e para deixar os atletas no último terço com liberdade de criação, ou de condução, ou de passe, ou de finta, ou de drible, ou cruzamento ou de chute. Ali é um espaço do talento desses jovens jogadores, que tem essa característica que é impressionante", considerou Tite.

Com os quatro gols diante do Chile, o Brasil chegou à marca de 36 gols marcados nas Eliminatórias, média de 2,25 por jogo. Os bons números são reflexo de um pedido comum de Tite aos jogadores. "O que eu tento colocar bastante a eles (jogadores) é: façam a jogada de uma forma vertical, procurem o gol, porque o gol é a essência maior do futebol. Todo o talento buscando essa objetividade", afirmou o técnico.

Para a despedida da seleção Brasileira nas Eliminatórias Sul-Americanas, terça-feira, na casa da Bolívia, Tite terá de mexer bem no elogiado ataque. Vinícius Jr. e Neymar levaram o segundo cartão amarelo e terão de cumprir suspensão.

Vinícius Jr. foi revelado pelo Flamengo e sabe os atalhos do Maracanã. E seu retorno ao 'quintal de casa' diante do Chile não poderia ser melhor. Aos 45 minutos do primeiro tempo, o atacante aproveitou o passe de Antony e o corta luz de Neymar para anotar seu primeiro gol com camisa amarela da seleção brasileira principal. Dominou de direita e bateu cruzado de esquerda para superar o goleiro Bravo.

A festa do camisa 28 foi gigantesca no Maracanã. Soco no ar e muitos beijos na camisa. O jovem que encanta na Europa defendendo o Real Madrid ainda busca sua vaga para a Copa do Mundo. Briga com Antony, Raphinha, Richarlison e mesmo com o companheiro de Real Rodrygo, este mais em desvantagem na corrida pelas vagas.

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Perto da bandeirinha, provavelmente Vinícius Jr festejou em direção à família e os amigos, alicerces de sua decolagem no futebol. O astro comprou 120 ingressos para a despedida do Brasil no Maracanã e queria que seus familiares presenciassem sua primeira partida pela seleção no Rio.

"(Uma noite perfeita no) Maracanã e com a minha família, não tinha um lugar melhor para fazer meu primeiro gol na seleção", festejou Vinícius Jr, à TV Globo. "Estou muito feliz e espero seguir ajudando a seleção, fazendo grandes jogos", seguiu.

O atacante de 21 anos agradeceu o forte apoio dos quase 70 mil presentes no estádio e não escondeu a confiança com a seleção brasileira para buscar o hexacampeonato mundial.

"Foi o último jogo no Brasil antes da Copa aqui, muito feliz de o público estar com a gente. Agora é seguir fazendo o trabalho bem feito para sair com o título no final do ano", enfatizou, já com a cabeça no Catar.

Faltando ainda quase oito meses para a Copa do Mundo do Catar, a seleção brasileira se despediu dos estádios do País na noite desta quinta-feira (24) com festa. Se a atuação não foi uma primazia ao logo dos 90 minutos, a goleada por 4 a 0 sobre o Chile ao menos foi inconteste e deu ao torcedor que lotou o Maracanã a esperança de que o time pode, sim, sonhar com o hexa no fim do ano.

Havia quase 13 anos e meio que a seleção brasileira não fazia um jogo de Eliminatórias no Maracanã. É verdade que no período o mais icônico estádio do futebol brasileiro foi palco de quatro decisões envolvendo a seleção - duas de Copa América, uma de Copa das Confederações e outra de Jogos Olímpicos -, mas essa sensação de abrigar um jogo que leva para a Copa do Mundo estava em falta. Talvez por isso que nessa quinta, na última partida do Brasil em solo nacional antes do Mundial do Catar, os quase 70 mil torcedores que lotaram o estádio tenham abraçado o time de forma contundente.

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O clima nas arquibancadas era o melhor possível. Diferente do que fizera em outras épocas, a CBF vendeu as entradas com preços não tão distantes daqueles praticados em jogos da Série A. Assim, o público tinha o mesmo perfil, o do torcedor que grita, que canta e que provoca o adversário - às vezes até com termos impublicáveis. Para se ter uma ideia, antes da partida os jogadores do Chile tiveram de aquecer no belo gramado do Maracanã aos gritos de "eliminado, eliminado."

O torcedor também demonstrou sentimentos distintos em relação à seleção brasileira. Neymar foi ovacionado quando teve o nome anunciado pelo sistema de som. Os ex-flamenguistas Lucas Paquetá e Vinícius Jr foram muito aplaudidos. O técnico Tite, por sua vez, teve de ouvir forte vaia, talvez a maior desde que assumiu a seleção, há quase seis anos.

Tamanho entusiasmo nas arquibancadas foi correspondido em campo no primeiro tempo, em especial pelo trio ofensivo formado por Vinícius Jr, Antony e Neymar. Os três deram ao ataque da seleção algo que vinha fazendo falta e que sempre foi a essência do futebol brasileiro: o drible. Na direita, Antony envolvia a marcação com a naturalidade de um habitué do Maracanã de outros tempos. Na esquerda, Vinícius Jr era insistente no mano a mano e nas tabelas com Neymar. O principal jogador do Brasil, por sua vez, fazia o que se espera de alguém talhado para ser protagonista da seleção. Voltava para buscar o jogo, armava, orientava o time.

Como não poderia deixar de ser, foi por intermédio dos três que o Brasil abriu sua vantagem no fim do primeiro tempo. Primeiro, com Neymar batendo pênalti. Depois, com o atacante do Paris Saint-Germain fazendo o corta-luz em passe de Antony para Vinicius Jr. chutar cruzado.

A seleção também teve outras boas notícias. Guilherme Arana estava em grande noite, jogando boa parte do tempo avançado - em determinados momentos, foi quase um meia pela esquerda. Paquetá foi outro que teve papel fundamental no ataque. Se na véspera o técnico Tite chegou a dizer que não gostava de usar o termo "falso 9" para se referir à posição de Neymar, a atuação de Paquetá contra o Chile nos 45 minutos iniciais veio para mostrar que o técnico resolveu seu problema semântico dando a função a dois de seus atletas.

Com dois gols de vantagem para o Brasil e com o Chile em desespero - a derrota significava adeus à Copa do Mundo -, a etapa final foi de futebol menos vistoso e mais pegado. Tite aproveitou para rodar o elenco, com Coutinho, Richarlison, Bruno Guimarães, Fabinho e Martinelli ganhando chance. Coutinho e Richarlison ainda ampliariam para o Brasil. No fim, o 4 a 0 com gols de um ex-flamenguista, de um ex-vascaíno e de um ex-tricolor carioca deixaram a despedida do Brasil no Maracanã ainda mais completa.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 4 X 0 CHILE

BRASIL - Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Arana; Casemiro (Fabinho), Fred (Bruno Guimarães) e Lucas Paquetá (Philippe Coutinho); Vinicius Jr. (Martinelli), Antony (Richarlison) e Neymar. Téc. Tite

CHILE - Claudio Bravo; Isla, Paulo Díaz, Enzo Roco (Montecínos) e Suazo; Medel, Baeza (Fernández), Aránguiz e Vidal; Alexis Sánchez e Vargas (Meneses). Téc. Martín Lasarte

GOLS - Neymar, aos 44, e Vinícius Jr, aos 45 minutos do primeiro tempo; Philippe Coutinho, aos 26, e Richarlison, aos 46 do segundo.

CARTÕES AMARELOS - Lucas Paquetá, Casemiro, Neymar, (BRA); Paulo Díaz, Claudio Bravo (Chile).

ÁRBITRO: Darío Herrera (ARG)

PÚBLICO - 69.368 presentes.

RENDA - R$ 6.577.230,00.

LOCAL: Maracanã, no Rio (RJ).

Gabriel Magalhães substituirá Lucas Veríssimo nos jogos contra Colômbia e Argentina pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar. Destaque nas seleções de base, o jovem de 23 anos, do Arsenal, ganha a primeira chance na equipe principal de Tite.

"O zagueiro do Arsenal, Gabriel Magalhães, está convocado para a disputa dos dois próximos jogos da seleção brasileira: contra a Colômbia, no dia 11, e contra a Argentina, dia 16 de novembro. Gabriel substitui o companheiro de posição Lucas Veríssimo, do Benfica, desconvocado após grave lesão no joelho direito sofrida no jogo do último domingo pelo Campeonato Português", informou a CBF.

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O Benfica enviou relatório para o médico da seleção, Rodrigo Lasmar, informando a grave lesão no joelho de Lucas Veríssimo, que terá de passar por cirurgia. Mesmo prometendo chamar atletas que atuam no País em caso de cortes, Tite optou por "estrangeiros".

Já havia chamado Vinícius Júnior para a vaga de Roberto Firmino e agora dá a primeira chance para Gabriel Magalhães. Revelado pelo Avaí, o zagueiro vem chamando a atenção pelas boas apresentações no Arsenal. Ele foi efetivado na defesa no clube londrino nos últimos oito jogos e vem se destacando no crescimento de time no Campeonato Inglês. Anotou até um gol.

Ele se apresentará em São Paulo, onde a seleção brasileira fará a preparação para o confronto com a Colômbia, quinta-feira na Neo Química Arena, em jogo que pode garantir a classificação à Copa. O time de Tire ainda entrará em campo no dia 16, diante da Argentina, em San Juan.

A seleção brasileira se garante na Copa do Mundo do Catar com uma vitória sobre a Colômbia, na próxima rodada das Eliminatórias Sul-americanas. Nesta sexta-feira, a Conmebol definiu as datas e horários das 13ª e 14ª rodadas e o jogo mais aguardado pelos comandados de Tite, até então, será às 21h30 do dia 11 de novembro, na Neo Química Arena, em São Paulo.

O Brasil não perde faz 23 partidas e vem de 11 vitórias seguidas como mandante. Somar um triunfo diante dos colombianos será suficiente para não mais ser alcançado pela oponente, que seguiria com 16 pontos diante de 34 do esquadrão nacional, restando somente cinco rodadas - a equipe de Tite ainda tem um jogo a menos, com a Argentina, para ser remarcado.

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O jogo do Brasil com a Colômbia fecha as partidas agendadas para o dia 11. A rodada 13 ainda terá, nesta data, Equador x Venezuela, às 16 horas, em Quito, a estreia de Guillermo Barros Schelotto no comando do Paraguai contra o Chile, às 20 horas, em Assunção, e Peru x Bolívia, às 21 horas, em Lima.

Depois de sofrer sete gols nos últimos dois confrontos, sendo quatro do Brasil e três da Argentina, e ver sua vaga bem ameaçada, o quinto colocado Uruguai, com 16 pontos, buscará reabilitação em clima de vingança contra a equipe de Messi em Montevidéu, dia 12, às 20 horas.

A 14ª rodada está agendada toda para o dia 16 de novembro. E vai reunir o tão esperado clássico entre Brasil x Argentina. Depois da polêmica em Itaquera, com suspensão do jogo com somente cinco minutos após quatro argentinos entrarem em campo impossibilitados pelas medidas de segurança do combate à covid-19 no País - Lo Celso, Romero, Martinez e Buendia deviam cumprir quarentena por virem da Inglaterra - o duelo terá seu segundo round em San Juan, às 20h30.

Completam a jornada 14: Bolívia x Uruguai, 16 horas, em La Paz; Colômbia x Paraguai, 18 horas, em Barranquilla; Venezuela x Peru, 19 horas, em Caracas, e Chile x Equador, 21h15, em Santiago.

Quatro dias após dar uma entrevista visivelmente incomodado, com voz baixa e com sentimento de despedida por causa do clima ruim em torno de seleção brasileira, Tite subiu o tom após a vitória diante do Paraguai, por 2 a 0, e garantiu que jamais pensou em deixar o comando da equipe. No dia que prometia esclarecimentos, o treinador foi evasivo e falou pouco de futebol.

"Eu pensei no meu trabalho e nas exigências que eu teria a cada dia. Continuamos trabalhando e tenho de fazer um agradecimento especial, pois a minha energia ficou voltada para isso. Não sou hipócrita e não sou alienado. Eu sei que as coisas aconteceram. Mas sei também dar prioridade, que é cuidar do meu trabalho", afirmou o técnico.

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Cuidadoso com as colocações e sempre evitando polêmicas, Tite se esquivou o máximo possível ao falar sobre o presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, com quem estaria em rota de colisão nos últimos dias e, deste maneira, correndo risco de deixar o comando da equipe nacional.

Questionado se sua decisão seria diferente "se" Caboclo ainda estivesse no comando, ele respondeu sem convicção, com ironia e demonstrando certo incômodo. "Se não tivesse parado de jogar com 27 anos, não seria técnico. Iria até uns 40. 'Se, se'. Sobre 'se' não dá para responder", desconversou.

Também se esquivou quando questionado sobre as polêmicas dos últimos dias. Nada de esclarecer o que pensa sobre s imposição ao grupo de disputar a Copa América e sobre uma possível pressão para sua demissão.

"Meu limite é o da serenidade e paz, de trabalho. De respeitar a todos com o mesmo cuidado com que Marquinhos foi feliz em dizer, de não colocar palavra na boca dos outros. A informação verdadeira é grande prevenção. Tem de saber da situação. Temos posições, mas a grandeza de buscar um momento particular de externar", afirmou.

Sobre a vitória do Paraguai, disse apenas que veio num duelo com enorme grau de dificuldade e que foi facilitada pelo gol cedo. "O fato de sair na frente deu condições de administrarmos o jogo, não precisamos ir buscar o gol toda hora. A pressão foi para o lado do Paraguai."

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